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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA DENTRO DE UMA EMPRESA Por: Sheila Regina França da Silva Orientadora Prof. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA DENTRO DE UMA

EMPRESA

Por: Sheila Regina França da Silva

Orientadora

Prof. Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA DENTRO DE UMA

EMPRESA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Auditoria e Controladoria

Por: Sheila Regina França da Silva

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AGRADECIMENTOS

Á Deus em primeiro lugar que me deu

força e sabedoria para escrever essa

monografia, a todos os autores, corpo

docente do Instituto A Vez do Mestre, a

professora Luciana Madeira pela

revisão dos textos e aos meus amigos

pelo apoio e incentivo.

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DEDICATÓRIA

Em memória do meu pai Levi Marcos, que

sempre me incentivou aos estudos.

Também minha mãe Regina pela

dedicação na minha formação humana,

minha querida irmã Izabel Cristina e

minha amada avó Maria Isabel.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da

Auditoria Interna como ferramenta de trabalho e ressaltar o verdadeiro valor

dela dentro de uma empresa.

A Auditoria Interna é uma importante ferramenta para averiguar se os

dados e informações apresentados pela empresa representam

adequadamente sua realidade econômica e financeira. Trata-se de um controle

administrativo, cuja função é avaliar a eficiência e eficácia de outros controles.

O papel do auditor interno, neste sentido, é fundamental na sua prestação de

um serviço de assistência a administração e a verificação constante dos

controles internos.

Os controles internos são ferramentas da organização utilizados para

vigilância, fiscalização e verificação administrativa, permitindo prever e

observar os acontecimentos verificados dentro da empresa que podem

produzir reflexos em seu patrimônio. Eles são utilizados pelos gestores para

assegurar que as informações geradas sejam de confiança e estejam de

acordo com as normas internas da empresa.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa quanto aos meios trata-se de

uma pesquisa bibliográfica, pois será elaborada a partir de material já

publicado em livros sobre Auditoria e legislação do Conselho Federal de

Contabilidade; quanto aos fins, é uma pesquisa explicativa e descritiva, porque

tem a finalidade de descrever, a partir das informações fornecidas pela

literatura pesquisada sobre o assunto, nos últimos 12 anos, a importância da

auditoria interna dentro de uma empresa, seus procedimentos, planejamento,

normas e controle interno na prevenção de acontecimentos que possam

produzir reflexos no patrimônio e na tomada de decisões da Administração.

Os principais autores utilizados na realização desta pesquisa foram

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto, ALMEIDA, Marcelo Cavalcante, ATTIE,

William. CREPALDI, Silvio Aparecido, SÁ, Antonio Lopes. A análise dos dados

coletados foi realizada a partir de uma metodologia descritiva, procurando

descrever através do embasamento teórico pesquisado, o que vem a ser a

auditoria com enfoque em auditoria interna e controle interno e a importância

da auditoria interna para a administração como uma ferramenta na tomada de

decisões e na prevenção de fraudes e erros.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Diferença entre Auditoria Interna e Externa 14

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - AUDITORIA 10

CAPÍTULO II - AUDITORIA INTERNA 17

CAPÍTULO III – CONTROLE INTERNO 39

CONCLUSÃO 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49

ÍNDICE 50

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INTRODUÇÃO

O tema tratado nesta monografia é a importância da Auditoria

Interna dentro da empresa. A questão principal deste trabalho é demonstrar a

importância da Auditoria Interna como ferramenta de trabalho e para que ela

serve.

Este trabalho acadêmico tem por objetivo evidenciar a importância da

Auditoria Interna que agrega valor para empresa prestando um serviço de

assistência a administração por meio da medição da eficiência e eficácia dos

controles. Ela desempenha trabalhos tais como: exames da integridade das

informações financeiras e operacionais, verificação da eficiência dos recursos

empregados, determinação da extensão do cumprimento das normas, dos

planejamentos e procedimentos vigentes, determinação do grau de confiança

das informações e dados contábeis, preparados dentro da empresa, etc.

Com a globalização e a competitividade cada vez mais crescente entre

as organizações têm ocorrido como consequência a preocupação constante

com a melhoria dos processos e redução de custos internos. Por isso a

organização tem necessidade da apresentação de informações bem

estruturadas e claras de forma transparente para atendimento dos seus

clientes, acionistas, administradores, auditoria externa e publico externo.

O Primeiro Capítulo deste trabalho acadêmico tem como objetivo

demonstrar o surgimento da auditoria, as definições, suas classificações e os

órgãos relacionados com os auditores. O objetivo do Segundo Capítulo é

demonstrar entre outras coisas a importância da auditoria interna, como ela

surgiu, citação de alguns conceitos, sua posição na organização, seu suporte

gerencial, normas, planejamento, procedimentos, riscos, fraudes e erros. O

Terceiro Capítulo tem como objetivo demonstrar o conceito de Controle Interno

sua importância, objetivos e princípios, as fraudes dentro do sistema de

controle interno e a avaliação do controle interno.

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CAPÍTULO I

AUDITORIA

1.1 – Evolução histórica da Auditoria

Conforme mencionam Franco e Marra (2001, p. 39), a auditoria surgiu

como consequência da necessidade de:

Confirmação dos registros contábeis, em virtude do

aparecimento das grandes empresas e da taxação do imposto

de renda, baseado nos resultados apurados no balanço. Sua

evolução ocorreu paralelamente ao desenvolvimento

econômico, que gerou as grandes empresas, formadas por

capitais de muitas pessoas, que têm na confirmação dos

registros contábeis a proteção ao seu patrimônio.

De acordo com Attie (2011, p.7), o surgimento da auditoria está

ancorado na necessidade de:

Confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto

à realidade econômica financeira espelhada no patrimônio das

empresas investidas e, principalmente, em virtude do

aparecimento de grandes empresas multigeográficamente

distribuídas e simultâneo ao desenvolvimento econômico que

propiciou participação acionária na formação do capital de

muitas empresas.

Segundo (2011), a contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida

para auxiliar e informar o administrador, sendo ela a formadora de uma

especialização denominada auditoria, destinada a ser usada como uma

ferramenta de confirmação da própria contabilidade.

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A causa da evolução da auditoria, foi o desenvolvimento

econômico dos países, do crescimento das empresas e da expansão das

atividades produtoras, gerando crescente complexidade na administração dos

negócios e de práticas financeiras. A veracidade das informações, o correto

cumprimento das metas, a aplicação do capital investido de forma lícita e o

retorno do investimento exigiram a opinião de alguém não ligado aos negócios

e que confirmasse, de forma independente, a qualidade e precisão das

informações prestadas. Devido a essa necessidade de confirmação dos

registros contábeis, surge então a profissão do auditor, que é o profissional

responsável pela análise das contas e pela emissão de opinião.

Com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, ocorreu o

marco da necessidade de aprimoramento no sistema contabilístico e, por

conseguinte, da auditoria, visto que muitas empresas não tinham transparência

e consistência nos seus dados financeiros, contribuindo, assim, com a já

conhecida crise mundial. Houve, a partir daí, a necessidade de se mitigar as

falhas nas divulgações contabilísticas das empresas, tendo como um dos

primeiros passos, a criação do Comité May, que atribuía regras para as

instituições que tinham as suas ações negociadas em bolsa de valores,

tornando-se obrigatória a auditoria independente das demonstrações

contabilísticas.

Com a criação, em 1934, da Security and Exchange Comission (SEC),

nos Estados Unidos, a profissão do auditor assumiu importância e criou um

novo estímulo, pois as organizações que transacionavam ações na Bolsa de

Valores foram obrigadas a utilizar-se dos serviços de auditoria, para dar maior

credibilidade as suas demonstrações contábeis.

No Brasil, o desenvolvimento da auditoria esta relacionado com a

instalação de empresas internacionais de auditoria independente, visto que

investimentos também internacionais foram implantados no país e

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compulsoriamente tiveram de ter suas demonstrações contábeis auditadas. O

desenvolvimento da auditoria no Brasil teve também como principais

influências as filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; o financiamento de

empresas brasileiras através de entidades internacionais; o crescimento das

empresas brasileiras e necessidade de descentralização e diversificação de

suas atividades econômicas; a evolução do mercado de capitais; a criação das

normas de auditoria promulgadas pelo BACEN (Banco Central do Brasil) em

1972; e criação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Lei de

Sociedades Anônimas em 1976.

1.2 - Definição

Franco e Marra (2001, p. 28) comentam que podemos definir a

auditoria como:

A técnica contábil que – através de procedimentos específicos

que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e

documentos, inspeções, e na obtenção de informações e

confirmações, relacionados com o controle do patrimônio de

uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que

permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de

acordo com princípios fundamentais e normas de

Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles

decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-

financeira do patrimônio, os resultados do período

administrativo examinado e as demais situações nelas

demonstradas.

Attie (2011, p.5) por sua vez, define auditoria como: “Uma

especialização contábil voltada a testar a eficiência do controle patrimonial

implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

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Entre as várias definições de auditoria, destaca-se também a de Sá

(2009, p. 25), o qual afirma:

Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático

exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes

ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar

opiniões, conclusões críticas e orientações sobre situações ou

fenômenos patrimoniais de riqueza aziendal, pública ou

privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e

diagnosticados.

Contudo a auditoria contábil é responsável em averiguar se os dados e

informações apresentados por uma determinada empresa representam

adequadamente sua realidade econômica e financeira.

1.3 – Classificação quanto a forma de intervenção

A Auditoria pode ser classificada em auditoria interna e auditoria

externa. Enquanto na primeira o principal objetivo é verificar se as normas vêm

sendo seguidas, executando auditoria contábil e operacional, na segunda a

principal função é emitir parecer, limitando-se a auditoria contábil.

Segundo Crepaldi (2011, p. 31), no que se refere a assuntos

contábeis, o auditor interno e o auditor externo operam em geral no mesmo

campo, e ambos têm interesse na verificação da existência de:

� um sistema efetivo de controle interno para salvaguardar o patrimônio

da empresa e que este sistema esteja funcionando satisfatoriamente e

dentro das normas legais e internas da empresa;

� um sistema contábil capaz de fornecer os dados necessários para

permitir a preparação de demonstrações contábeis que refitam com

propriedade a posição contábil e o resultado das operações da

empresa.

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O mesmo autor (IBID, p. 40) diz que comparando-se os dois tipos de

auditoria, podem-se traçar as seguintes características marcantes:

� auditor externo é independente, contratado para determinada tarefa de

auditoria, enquanto o auditor interno é empregado da empresa, sem

independência;

� as tarefas do auditor externo são delimitadas no contrato, enquanto as

tarefas do auditor interno são abrangentes quanto forem operações da

empresa;

� a auditoria externa é eventual, enquanto a auditoria interna é periódica;

� processo utilizado em ambas é o analítico e as técnicas assemelham-se;

� as bases em que assentam os exames são as mesmas: a escrituração,

os documentos e os controles;

� os resultados assemelham-se.

Para complementar o quadro 1 mostra de forma mais sucinta as

principais diferenças entre auditor interno e externo.

Auditor Interno Auditor Externo

- É empregado da empresa auditada; - Não tem vínculo empregatício com a

empresa auditada;

- Menor grau de independência; - Maior grau de independência;

- Executa auditoria contábil e

operacional;

- Executa apenas auditoria contábil;

- Os principais objetivos são:

• Verificar se as normas internas

estão sendo seguidas;

• Verificar a necessidade de

aprimorar as normas internas

vigentes;

• Verificar a necessidade de

- O principal objetivo é emitir um

parecer ou opinião sobre as

demonstrações contábeis, no sentido

de verificar se estas refletem

adequadamente a posição patrimonial

e financeira, o resultado das

operações, as mutações do

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novas normas internas;

• Efetuar auditoria das diversas

áreas das demonstrações

contábeis e em áreas

operacionais;

patrimônio líquido e as origens e

aplicações de recursos da empresa

examinada. Também, se essas

demonstrações foram elaboradas de

acordo com os princípios contábeis e

se esses princípios foram aplicados

com uniformidade em relação ao

exercício social anterior;

- Maior volume de testes (tem maior

tempo na empresa para executar os

serviços de auditoria).

- Menor volume de testes, já que o

auditor externo está interessado em

erros que individualmente ou

cumulativamente possam alterar de

maneira substancial as informações

das demonstrações contábeis.

FONTE: Almeida (2003, p. 30)

1.4 – Órgãos relacionados com os auditores

Segundo Almeida (2003, p. 31), os principais órgãos relacionados com

os auditores são os seguintes:

- CVM – a Comissão de Valores Mobiliários, criada pela Lei nº 6.385/76, é uma

entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona como

um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil;

- Instituto Brasileiro de Contadores – Ibracon – foi fundado em 13/12/1971.

O Ibracon é uma pessoa jurídica de diretito privado sem fins lucrativos.

- CFC e Conselho Regionais de Contabilidade – CRC – foram criados pelo

Decreto-lei nº 9.295, de 27/05/1946. Esses conselhos representam entidades

de classe dos contadores, ou seja, é o local onde o aluno, após concluir o

curso de Ciências Contábeis na faculdade, registra-se na categoria do

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contador. A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização

do exercício da profissão de contabilista.

- Instituto dos Auditores Internos do Brasil – Audibra - foi fundado em

20/11/1960, é uma sociedade civil de direito privado e não tem fins lucrativos.

O principal objetivo do Audibra é promover o desenvolvimento da auditoria

interna, mediante o intercâmbio de ideias, reuniões, conferências, intercâmbio

com outras instituições, congressos, publicações de livros e revistas e

divulgação da importância da auditoria interna junto a terceiros.

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CAPÍTULO II

AUDITORIA INTERNA

2.1 – A importância da Auditoria Interna

Com o crescimento das organizações, a diversificação de suas

atividades e a competitividade crescente entre as organizações, a Auditoria

Interna acabou se tornando um recurso indispensável para avaliar a eficiência

dos gestores e zelar pela confiabilidade das informações geradas, além de ser

uma importante ferramenta para o controle administrativo.

A auditoria interna é de suma importância para as organizações,

desempenha um papel de grande relevância na obtenção de informações

confiáveis, bem estruturadas e seguras.

2.2 – O Surgimento da Auditoria Interna

Segundo Almeida (2003, p. 29), a administração da empresa, com a

expansão de seus negócios, sentiu a necessidade de dar maior ênfase às

normas e procedimentos internos, devido ao fato de que o administrador, ou

em alguns casos o proprietário da empresa, não poderia supervisionar

pessoalmente todas as atividades. Entretanto, de nada valia a implantação

desses procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento, no

sentido de verificar se estes estavam sendo seguidos pelos empregados da

empresa.

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2.3 – Conceito

Crepaldi (2011, p. 31) define auditoria interna como, “A auditoria

interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa que se

destina a revisar operações, como serviço prestado à administração. Constitui

um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da

eficiência de outros controles”.

Conforme a Resolução CFC 986 (2003) define no item 12.1.1.3 e

12.1.1.4 que:

Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações,

levantamentos e comprovações, metodologicamente

estruturados para a avaliação da integridade, adequação,

eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos

sistemas de informação e de controles internos integrados ao

ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à

administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

A atividade de Auditoria Interna está estruturada em

procedimentos, com enfoque técnico, objetivo sistemático e

disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da

organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento

dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da

recomendação de soluções para as não conformidades

apontadas nos relatórios.

2.4 – Estrutura Organizacional

Dentro da organização ela esta posicionada próxima a Presidência

com a finalidade de auxiliá-la fornecendo dados sobre a adequação e

efetividade do sistema de controle interno e qualidade do desempenho da

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organização. Outra razão para esta linha de vinculação é que, estando o

auditor vinculado a um diretor, isso poderá afetar a credibilidade do seu

trabalho, na medida em que possa ser visto pelas demais diretorias como um

membro daquela verificando transações das outras. Consequentemente, a

vinculação do auditor interno diretamente com Presidência ou Conselho de

Administração, ou à Diretoria como Colegiado, passa a ser condição

fundamental para a aceitação da Auditoria Interna como um real instrumento

de controle e assessoria útil para empresa.

De acordo com Crepaldi (2011, p. 33) a independência é essencial

para eficiência da auditoria interna. Esta independência se obtém,

primordialmente, por meio do posicionamento na estrutura organizacional:

O posicionamento da função de auditoria interna na estrutura

organizacional e o apoio dado a esta função pela

administração são os principais determinantes de sua

amplitude e valor. O responsável pelas atividades de auditoria

interna deve, portanto, reportar-se a um executivo cuja

autoridade seja suficiente, para assegurar uma ação efetiva,

com respeito aos assuntos levantados e recomendações

efetuadas.

A título de exemplo de estrutura organizacional do Departamento de

Auditoria segue um modelo conforme Almeida (2003).

Fonte: Almeida (2003, p. 30)

PRESIDÊNCIA

DIRETORIA FINANCEIRA

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

DEPARTAMENTO DE AUDITORIA

INTERNA

DIRETORIA TÉCNICA

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2.5 – Suporte gerencial de aceitação da auditoria

A atividade de auditoria nem sempre é definida em seu princípio e,

muitas vezes, ela é uma atividade a ser desenvolvida por alguém que tenha

uma visão mais abrangente da empresa. Saber como é a empresa, como são

as pessoas, quais são os métodos de controles, sistemas etc. são elementos

importantes para ajudar a uma definição daquilo que se quer em termos de

atividades de auditoria.

Para que a auditoria seja aceita numa Organização, é necessário que

a empresa tenha se decidido por uma política que vise a à construção da área

de auditoria como meio de fornecer aos administradores, em todos os níveis,

informações para controlar as operações pelas quais tais administradores são

responsáveis.

É recomendável que a política da empresa defina a estrutura que a

área de auditoria deve ter. Uma vez que a auditoria esteja representada no

mais alto escalão da empresa, a atuação junto aos administradores fortalece

sua base e permiti que a auditoria se desenvolva, no mais alto grau de

profissionalismo e aceitação, a partir do presidente da empresa e por todo seu

corpo e divisões administrativas e operacionais.

O suporte gerencial para a atividade da auditoria necessita ser

proclamado, categoricamente, na mais alta declaração de política da empresa,

focando a sustentação da auditoria como atividade organizacional, permitindo-

lhe:

• Acesso irrestrito;

• Exames regulares;

• Reporte oportuno;

• Correções apropriadas.

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2.5.1 - Acesso irrestrito

A auditoria interna, como um todo, precisa ter amplo, livre e irrestrito

acesso a todas as atividades da empresa, registros, propriedades e pessoal,

segundo, obviamente, os procedimentos instituídos em cada uma das áreas.

Todas as atividades, registros, operações, propriedades e atividades

realizadas pelo pessoal da empresa precisam ser examinadas quanto à

efetividade do que representam para empresa. Porém, atividades e controles

que exijam propriedades e cuidados mais efetivos necessitam de exames, com

maior brevidade, outros em minúcias, e assim por diante. O acesso livre, amplo

e irrestrito a todos os setores e localidades da empresa permite que a auditoria

desenvolva suas atividades sem limitações, dirigido-a e aspectos que mereçam

maiores exames devido aos riscos eminentes que eles representam.

O estabelecimento do suporte gerencial determina que a auditoria é

matéria obrigatória, e ninguém pode furtar ou não desejar que os assuntos

sejam examinados.

2.5.2 - Exames regulares

Organizações, através da empresa, precisam ser revisadas a intervalos

apropriados de temo, para determinar que elas efetivamente cumpram suas

funções de planejamento, contabilização, custódia e controle, conforme as

instruções recebidas e segundo as políticas e procedimentos instituídos, em

consonância com os objetivos definidos e de acordo com os mais altos

padrões de prática administrativa.

Como cada uma das divisões de uma empresa precisa ser examinada,

é imprescindível que o seja a intervalos regulares de tempo, o que indica que o

quadro da auditoria necessita ser adequado para supri todas as atividades que

devam ser realizadas. É impreterível observar que todos os segmentos da

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empresa sejam revisados para certificar-se de que estejam cumprindo suas

funções, de acordo com as práticas traçadas pela Administração.

Nem todas as áreas ou atividades requerem o mesmo o mesmo tipo

de preocupação por parte dos administradores, porém todas são executadas

por pessoas e, portanto, sujeitas a erros. Assim dependendo do risco e dos

problemas específicos, existirão atividades e controles que serão examinados

de forma mais recorrente do que outros.

2.5.3 - Reporte oportuno

O resultado dos exames praticados pela auditoria, a opinião formada e

as recomendações sugeridas precisam ser prontamente reportados ao pessoal

que necessita ser informado, ou ao pessoal que precise tomar a ação corretiva

e apropriada.

A pratica da auditoria deve permitir que os exames realizados sejam

levados ao conhecimento do pessoal interessado e habilitado a receber tais

informações, quanto às atividades executadas. Preferencialmente, a

comunicação da auditoria deve ser formalizada, documentando os fatos aos

interessados, de maneira adequada, para que tomem conhecimento e

permitam a ação corretiva apropriada.

Um adequado e eficiente meio de comunicação deve ser implantado

para permitir, não só às áreas responsáveis, mas também a alta direção, a

indicação da situação dos serviços realizados pelos auditores e a avaliação

dos itens auditados.

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2.5.4 - Correções apropriadas

Quaisquer planos tomados para corrigir condições apontadas como

deficientes, têm de ser avaliados quanto a sua efetividade e, se considerados

inadequados, precisam ser discutidos até o alcance da disposição satisfatória.

Quando o Auditor possui suporte gerencial adequado da

Administração, ele obtém ações corretivas satisfatórias sobre suas

observações e recomendações citadas no relatório de auditoria, e deve

esperar pronta e efetiva ação do pessoal responsável por resolvê-las.

Todos os níveis da empresa devem entender claramente que qualquer

matéria não resolvida e citada pelo Auditor deve ser respondida a uma pessoa

da auditoria com autoridade para insistir sobre a solução dos assuntos.

É oportuno que a alta administração determine claramente a fixação de

limites de tempo para a obtenção de respostas quanto aos itens não resolvidos

do relatório de auditoria, assim como quanto ao fato de o Auditor caber o

julgamento das respostas obtidas.

Os assuntos examinados pelos auditores e que requerem ajustes de

controles devem ser encaminhados às pessoas que resolverão estes itens, ao

contrário o produto do serviço do Auditor será ineficaz e improdutivo. Se o

assunto requer urgência em sua solução, quanto mais o tempo passa maior

será o risco corrido pela empresa. 1

2.6 – Objetivo da Auditoria Interna

O objetivo da Auditoria Interna é beneficiar a empresa com um melhor

controle de seu patrimônio, procurando reduzir a ineficiência, negligência,

1 Auditoria Interna / William Attie. – 2. ed – São Paulo: Atlas, 2007

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incapacidade, etc. Com essa ferramenta de controle administrativo a empresa

se beneficia dos diagnósticos, quanto à obediência as normas e procedimentos

internos, possíveis de riscos, possibilitando a administração tomar as decisões

necessárias.

O objetivo não só observa como os controles internos funcionam, mas

especialmente a qualidade dos registros e seguranças desses.

Segundo Attie (2007, p. 07), o objetivo da auditoria interna é examinar

e avaliar as atividades da empresa, auxiliando a administração no

desempenho de suas responsabilidades, fornecendo-lhe análises, avaliações,

recomendações, assessoria e informações relativas às atividades examinadas.

O mesmo autor descreve de forma sintética, os objetivos da auditoria

interna (IBID, p. 08):

a) examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e

operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e

comunicar essas informações;

b) examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às

políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter,

impacto sobre as operações e relatórios, e determinar se a organização

está em conformidade com as diretrizes;

c) examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário

comprovar sua existência real;

d) verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e

econômica;

e) examinar operações e programas e verificar se os resultados são

compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas

são executados de acordo com o que foi planejado; e

f) comunicar o resultado do trabalho da auditoria e certificar que foram

tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas.

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Segundo o autor, para que o trabalho de auditoria interna surta efeito,

deve estar amparado pelo voto de confiança da administração, que esta,

sentido necessidade de tais serviços confie na auditoria e delegue autoridade.

2.7 - O Auditor Interno

Segundo Attie (2011 p. 07) a origem do termo auditor provém da

palavra inglesa to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar).

Segundo Crepaldi (2011, p. 31), o auditor interno é a pessoa de

confiança dos dirigentes; esta vinculado à empresa por contrato trabalhista

continuado e sua intervenção é permanente. Sua área de atuação envolve

todas as atividades da empresa; predominam a verificação constante dos

controles internos, a manipulação de valores e a execução de rotinas

administrativas.

De acordo com o mesmo autor, o auditor interno interessa-se por

qualquer fase das atividades do negócio em que possa ser útil à administração.

Isto pressupõe sua incursão em campos além dos de contabilidade e finança,

a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Testa

a qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda; enfim, assiste à administração e

lhe fornece informações periódicas principalmente no que tange:

� à aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e

operacionais, revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando

os controles contábeis e financeiros e outros de natureza operacional,

propiciando controles eficazes a um custo razoável;

� à extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos;

determinado o grau de atendimento;

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� à salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de

todas as espécies; determinando o grau de controle dos ativos da

empresa quanto à proteção contra perda de qualquer tipo;

� à avaliação da qualidade e desempenho na execução das

responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos dados

administrativos originados na empresa;

� à recomendação de melhorias operacionais.

Ainda conforme Crepaldi (IBID, p. 32) as responsabilidades da

auditoria interna, na organização, devem ser claramente determinadas pelas

políticas da empresa. A autoridade correspondente deve propiciar ao auditor

livre acesso a todos os registros, propriedades e pessoal da empresa que

possam vir a ter importância para o assunto em exame. O auditor interno deve

sentir-se á vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos, procedimentos e

registros. As responsabilidades do auditor devem ser:

a) informar e assessorar a administração e desincumbir-se das

responsabilidade de maneira condizente com o Código de Ética do

Instituto dos Auditores Internos;

b) coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais

facilidade os objetivos da auditoria em benefício das atividades da

empresa.

Quanto às características técnicas e pessoais do auditor interno, o

mesmo deve ser honesto, objetivo, dirigente e leal. De acordo com Attie (2007,

p. 105), são necessários os seguintes quesitos:

a) capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas, nas

execuções das auditorias. Significa enfrentar situações que possam

ocorrer, sem necessitar recorrer a outras fontes para assessoria ou

pesquisa técnica;

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b) capacidade na área de princípios e técnicas contábeis. É necessária

para auditores que executam trabalhos com ênfase na contabilidade,

registros e relatórios financeiros;

c) conhecimento dos princípios de administração para conhecer e avaliar

relevância e significação dos eventuais desvios em relação às boas

práticas empresariais. Pressupõe capacidade de resolver situações que

possam ocorrer, reconhecer eventuais desvios relevantes e efetuar a

pesquisa necessária para chegar a soluções viáveis;

d) conhecimento dos fundamentos de contabilidade, economia, direito

comercial, impostos, finanças, métodos qualitativos e processamento

eletrônico de dados. Esse conhecimento pressupõe capacidade de

identificar a existência de problemas ou a possibilidade de estes

ocorrerem e de determinar o que é mais necessário em termos de

pesquisa e assessoria.

Segundo Crepaldi (2011, p. 226) a relevância de papel desenvolvido

pelo auditor interno está diretamente relacionada com os seguintes fatores:

� a crescente complexidade dos métodos contábeis, administrativos e de

operações;

� a tendência cada vez mais acentuada da descentralizações com o

consequente aumento da delegação de autoridade;

� a cada vez maior verticalização dos níveis operacionais.

O auditor interno deve visar sempre à eficiência e objetividade, para

isto deve manter-se atualizado quanto as normas contábeis e legislações.

2.8 - Normas de Auditoria Interna

As Normas Brasileiras de Contabilidade são regras que determinam os

procedimentos técnicos de trabalho da auditoria interna, os auditores devem

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28

estar sempre em sintonia, atualizados, atendendo as normas vigentes e

buscando realizar seu trabalho de forma eficaz e responsável.

O CFC (1995) define no item 3.1.1 da NBC PI 01 - Normas

Profissionais do Auditor Interno que:

O Contador, na função de auditor interno, deve manter o seu

nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado

das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas

contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação

inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e

da legislação aplicável à Entidade.

Franco e Marra (2001, p. 56) enfatizam que:

As normas de auditoria são entendidas as regras estabelecidas

pelos órgãos reguladores da profissão contábil, em todos os

países, com o objetivo de regulação e diretrizes a serem

seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções.

De acordo com Crepaldi (2011, p. 226) o conceito, tradicionalmente, de

policial do auditor interna está sendo modificado pelas novas concepções de

gestão empresarial que veem na auditoria um considerável aliado na revisão

das operações desenvolvidas pelas operacionais e de apoio.

2.9 - A função estratégica da Auditoria Interna

Segundo Crepaldi (2011, p. 46), com a globalização e a necessidade

crescente de otimização de resultados as empresas estão buscando cada vez

mais a identificação de oportunidades e estratégias para minimizar riscos aos

seus negócios, eficiência em suas operações e um nível adequado de controle

e retorno aos seus investimentos.

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A auditoria interna se tornou um elemento-chave no processo de

avaliação contínua dos processos e atividades das empresas, ela deve estar

adequadamente sincronizada nesse cenário. O enfoque tradicional de

avaliação dos controles internos não é suficiente para atender às novas

exigências das empresas que estão inseridas num mercado altamente

competitivo e em transição.

Dentro do contexto atual deverão ser incorporadas às atividades da

auditoria interna novas habilidades que considerem, por exemplo, uma atuação

proativa no entendimento e análise das estratégias das empresas e como os

ricos estão inseridos nos respectivos processos de negócios.

2.10 – Planejamento de Auditoria Interna

Para se obter um trabalho de qualidade em uma auditoria interna é

necessário um planejamento.

Segundo Attie (2007, p. 227) o planejamento da auditoria consiste na

determinação antecipada de quais procedimentos serão aplicados, como

também a extensão e a distribuição dos procedimentos quanto ao tempo e ao

trabalho.

Franco e Marra (2001, p. 297) salientam que o trabalho de auditoria

deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista o objetivo da auditoria.

Segundo Franco e Marra, o planejamento pressupõe a formulação do

programa de auditoria. Nele será abordado um plano de trabalho para exame

de uma área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão se utilizados

para que se possa alcançar o resultado almejado. O programa de auditoria

deve ser amplo e flexível, para que possa se ajustar de acordo com as

circunstâncias que possa vir a aparecer no decorrer dos trabalhos.

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De acordo com a Resolução do CFC (2003), no item 12.2.1.1 o

planejamento do trabalho de auditoria interna compreende os exames

preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a

amplitude e a época do trabalho a ser realizado de acordo com as diretrizes

estabelecidas pela administração.

Ainda segundo a mesma Resolução, no item 12.2.1.2 para elaborar um

planejamento da Auditoria Interna devem-se considerar os fatores relevantes

na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de

riscos da entidade;

b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas

contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da

entidade;

c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria

interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos

da entidade;

d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que

estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;

e) o uso do trabalho de especialistas;

f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou complexidade das

transações e operações;

g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a

trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;

h) as orientações e expectativas externadas pela administração aos

auditores internos; e

i) conhecimento da Missão e Objetivos Estratégicos da entidade.

Quanto aos métodos usados na auditoria incluem os seguintes

procedimentos:

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� confirmação externa (circularização);

� inspeção física;

� contagem dos itens físicos;

� exames, ou obtenção, de comprovante autêntico;

� revisão profunda dos critérios de avaliação e exame de sua

conformidade com os princípios contábeis;

� exame de registros auxiliares e fiscais e sua repercussão nos registros

contábeis principais;

� obtenção de informações de várias fontes fidedignas e cruzamento

dessas informações;

� conferência de somas e cálculo;

� estudo dos métodos operacionais.

� avaliação dos controles internos.

Observa-se então que é justamente no planejamento da auditoria que

se define os tipos de trabalhos a serem empregados, a prioridade e a

frequência com que devem ser realizados.

2.11 – Procedimentos da Auditoria Interna

A auditoria interna necessita de ferramentas de trabalho que possam

possibilitar o alcance dos objetivos estabelecidos inicialmente. O objetivo da

auditoria é justamente fundamentar seu ponto de vista com fatos, evidência e

informações possíveis, necessárias e materiais.

Conforme consta na Resolução do CFC (2003), no item 12.2.3.1

referente aos procedimentos de auditoria, “constituem exames e investigações,

incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor

interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e

recomendações à administração da entidade”.

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De acordo com Attie (2011, p. 209), procedimentos de auditoria são as

investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação

fundamentada da opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras ou

sobre o trabalho realizado. Esses procedimentos de auditoria são as

ferramentas técnicas, das quais o auditor utiliza para a realização de seu

trabalho, consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e

avaliação das informações obtidas, para a formação de sua opinião imparcial.

Segundo Attie (2007, p. 157), o auditor deve identificar e testar a

validade de qualquer informação, adotando os procedimentos necessários à

situação, tanto na extensão como na profundidade, para que as informações

possam dar segurança na questão abordada. O auditor deve manter sua

postura, sempre independente e impessoal.

2.12 – Riscos da Auditoria Interna

A Auditoria Interna é feita com o objetivo examinar as informações

geradas pela empresa, verificar se os mecanismos de Controle Interno estão

funcionando de maneira correta e auxiliar os gestores no cumprimento de suas

responsabilidades. Todavia podem surgir alguns riscos no decorrer de uma

auditoria, isto é, os relatórios emitidos pelo auditor podem conter erros ou

irregularidades que não foram detectados no processo de auditoria,

A Resolução do CFC (2003), no item 12.2.2.1 define que:

A análise dos riscos de Auditoria Interna deve ser feita na fase

de planejamento dos trabalhos e estão relacionados à

possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo

dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados,

principalmente, os seguintes aspectos:

a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao

alcance dos procedimentos de Auditoria

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Interna a serem aplicados, considerando o volume ou

complexidade das transações e das operações;

b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso

dos trabalhos de especialistas.

Portanto, os riscos da Auditoria Interna devem estar evidenciados

na fase do planejamento, de forma a buscar procedimentos mais específicos e

exames mais efetivos e eficientes para detectá-los. Entretanto tem-se que ter o

cuidado, pois o risco da auditoria pode surgir de formas diferentes durante o

processo da auditoria, bem como varia de uma auditoria para outra.

2.13 – Papéis de Trabalho

De acordo com Franco e Marra (2001, p. 322) os papéis de trabalho

constituem o testemunho do trabalho que o auditor realizou, a forma que fora

executado, e fundamentam as conclusões a que auditor chegou. Contêm as

informações obtidas ao longo dos exames e servem de base para a opinião do

auditor.

Segundo Attie (2007, p. 169) os papéis de trabalho são um conjunto de

formulários e documentos que contêm apontamentos obtidos pelo auditor, bem

como as provas e descrição da realização de exames.

A Resolução do CFC (2003), no item 12.1.2 no que se refere a papéis

de trabalho ressalta que:

12.1.2.1 - Auditoria interna deve ser documentada por meio de

papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico,

que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática

e racional.

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12.1.2.2 - Os papéis de trabalho constituem documentos e

registros dos fatos, informações e provas obtidas no curso da

auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar

suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.

12.1.2.3 - Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau

de detalhes suficientes para propiciarem a compreensão do

planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos

procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem como do

julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas.

12.1.2.3 - Análises, demonstrações ou quaisquer outros

documentos devem ter sua integridade verificada sempre que

forem anexados aos papéis de trabalho.

Almeida (2003) destaca que os principais objetivos dos papéis de

trabalhos de auditoria são os seguintes:

� atender às normas de auditoria geralmente aceitas;

� acumular as provas necessárias para suportar o parecer do auditor;

� auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho;

� facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele

assegure-se de que o serviço foi efetuado de forma correta;

� servir como fase para avaliação dos auditores;

� ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de papéis de

trabalho bem preparados serve de guia na auditoria do outro exercício

social, concorrendo para que ela seja conduzida de forma mais

eficiente);

� representar na Justiça (no caso de ser movida uma ação contra o

auditor ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.

Em última análise e para melhor compreensão no que diz respeito aos

papéis de trabalho Attie (2011), destaca alguns aspectos fundamentais que

são sintetizados a seguir:

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� Completabilidade – os papéis de trabalho precisam ser completos por si

sós. Eles precisam relatar o começo, meio e fim do trabalho praticado.

� Objetividade – os papéis de trabalho precisam ser objetivos e

demonstrar os caminhos trilhados pelo auditor para a condução de seus

propósitos. Entretanto, nas informações a serem colocadas nos papéis

de trabalho não é preciso incluir todos os detalhes obtidos, mas aqueles

considerados relevantes.

� Concisão – os papéis de trabalho precisam ser concisos, de forma que

todos entendam sem ser necessária a presença de quem os preparou.

A concisão determina a clareza e a autossuficiência.

� Lógica - os papéis de trabalho devem ser elaborados segundo o

raciocínio lógico, apresentando a sequência natural dos fatos e o

objetivo a ser atingido.

� Limpeza – aos papéis de trabalho é necessário certo cuidado na sua

preparação, eliminando-se todas e quaisquer imperfeições e

incorreções.

Diante de todas essas reflexões expostas, percebe-se que os papéis

de trabalho têm uma grande importância no processo de auditoria, que

algumas normas e procedimentos devem ser seguidos para garantir a

integridade das informações geradas. Portanto a fim de assegurar a relevância

de sua auditoria o auditor deve tomar o máximo de cuidado com os papéis de

trabalho.

2.14 – Relatório da Auditoria Interna

De acordo com a Resolução do CFC (2003), no item 12.3.1, o relatório

é o documento pelo qual a Auditoria Interna demonstra o resultado dos seus

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trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade,

expressando claramente suas conclusões, recomendações e providência a

serem tomadas pela administração da empresa.

Conforme a mesma Resolução, no item 12.3.2 o relatório deve

abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:

a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;

b) a metodologia adotada;

c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua

extensão;

d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de

auditoria;

e) a descrição dos fatos constatados e as evidências

encontradas;

f) os riscos associados aos fatos constatados; e

g) as conclusões e recomendações resultantes dos fatos

constatados.

O relatório deve ser entregue a quem solicitou o trabalho ou a quem

este autorizar, devendo ser conservada a privacidade do seu conteúdo.

2.15 – Fraudes e Erros

Durante o processo de auditoria os auditores frequentemente se

deparam com a fraude e o erro, ambos são muitos parecidos, porém uma ação

é totalmente distinta da outra. A fraude ocorre de forma dolosa, quando uma

pessoa tem a intenção de alterar algum dado ou resultado a fim de obter

benefício próprio, Já o erro ocorre de forma culposa, quando uma pessoa

normalmente por falta de conhecimento ou atenção, comete um ato

involuntário e sem intenção que pode prejudicar a empresa.

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Segundo Crepaldi (2011, p. 227) a fraude pode ser caracterizada

seguinte forma:

� manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de

modo que modifique os registros de ativos, passivos e resultados;

� apropriação indébita de ativos;

� supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;

� registro de transações sem comprovação; e

� aplicação de práticas contábeis indevidas

De acordo com o mesmo autor (IBID; p. 228) os erros consistem em:

� erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações

contábeis;

� aplicação incorreta das normas contábeis;

� interpretação errada das variações patrimoniais.

O termo irregularidade refere-se às distorções voluntárias nas

demonstrações financeiras. Nele inclui-se:

� deliberadas simulações pela administração (fraude gerencial); e

� apropriação de ativos (desfalques).

As irregularidades podem resultar de:

� impostura ou omissão dos efeitos de eventos ou transações;

� manipulação, falsificação ou adulteração dos registros ou documentos;

� omissão de informação significativa nos registros ou documentos;

� contabilização de transações sem substância;

� má aplicação intencional de princípios de contabilidade; ou

� apropriação indébita de ativos por administradores, empregados ou

terceiros.

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A Resolução do CFC (2003), no item 12.1.3 traz considerações a

respeito da fraude e do erro:

12.1.3.1 - Auditoria Interna deve assessorar a administração da

entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros,

obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira

reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de

irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

12.1.3.2 - O termo "fraude" aplica-se a ato intencional de

omissão e/ou manipulação de transações e operações,

adulteração de documentos, registros, relatórios, informações

e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto

monetários.

12.1.3.3 - O termo "erro" aplica-se a ato não intencional de

omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação

de fatos na elaboração de registros, informações e

demonstrações contábeis, bem como de transações e

operações da entidade, tanto em termos físicos quanto

monetários.

Portanto, ao realizarem seus exames, os auditores internos devem

estar conscientes da possibilidade de existirem fraudes ou erros nos registros

que examinam. Devem estar atentos a estas ações, quando detectadas é

importante que ocorra uma verificação mais detalhada, tomando as decisões

necessárias para que no futuro estes erros ou fraudes não venham a trazer

nenhum prejuízo e também para poder evitá-los.

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CAPÍTULO III

CONTROLES INTERNOS

De uma forma cada vez mais crescente, começa-se a dar a devida

importância aos métodos científicos de administração, embora seja

praticamente desconhecida uma acepção clara de controle interno. Às vezes

imagina-se ser o controle interno sinônimo de auditoria interna. É uma ideia

totalmente equivocada, pois a auditoria interna equivale a um trabalho

organizado de revisão e apreciação dos controles internos, normalmente

executados por um departamento especializado, ao passo que o controle

interno se refere a procedimentos de organização adotados como planos

permanentes da empresa. (ATTIE, 2011, p. 189).

3.1 – Conceito de Controle Interno

Segundo Franco e Marra (2001, p. 267), entende-se por controle

interno todos os instrumentos da organização destinados à vigilância,

fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir

ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que

produzam reflexos em seu patrimônio.

Almeida (2003, p. 63) define:

Controle interno representa em uma organização o conjunto de

procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de

proteger ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a

administração na condução ordenada dos negócios da

empresa.

Conforme o mesmo autor os dois primeiros objetivos representam

controles contábeis e o último, controles administrativos.

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São exemplos de controles contábeis:

- sistemas de conferencia, aprovação e autorização;

- segregações de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis

não podem custodiar ativos da empresa);

- controles físicos sobre ativos;

São exemplos de controle administrativos:

- análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos;

- controle de qualidade;

- treinamento de pessoal;

- estudos de tempos e movimentos;

- análise das variações entre os valores orçados e os incorridos;

- controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados

economicamente.

Attie (2011, p. 189) destaca a definição de Controle Interno emitida

pelo Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados:

O Controle Interno compreende o plano de organização e

todos os métodos e medidas adotadas na empresa para

salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos

dados contábeis, desenvolver a eficiência nas operações e

estimular o seguimento da políticas administrativas prescritas.

Por sua vez, Crepaldi (2011) registra uma definição emitida pelo Institut

Français dês Experts Comptables:

“O Controle Interno é formado pelo plano de organização e de

todos os métodos e procedimentos adotados internamente

pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade

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internamente dos dados fornecidos pela Contabilidade, ampliar

a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da

direção.”

Conforme as definições dos autores, os Controles Internos são todas

as ferramentas que os gestores utilizam para assegurar que as informações

geradas sejam confiáveis e estejam de acordo com as normas e políticas pré-

estabelecidas. Todavia não basta que o auditor saiba o que constitui um bom

sistema de Controle Interno, sua função é estudar e avaliar e descobrir

possíveis deficiências ou falhas do sistema.

O controle Interno é à base de qualquer trabalho de auditoria, pois é

através dele que os auditores podem avaliar o processo de gestão, bem como

verificar se os erros e irregularidades estão sendo reduzidos.

3.2 – Importância do Controle Interno

De Acordo com Crepaldi (2011) pode-se entender a importância do

controle interno a partir do momento em que se verifica que é ele que pode

garantir a continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as

empresas. Nesse contexto, a contabilidade dos resultados gerados por tal fluxo

assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a

tomada de suas decisões.

Attie (2011, p. 191) também afirma que fica patente a importância

controle interno a partir do momento em que se torna impossível conceber uma

empresa que não disponha de controles que possam garantir a continuidade

do fluxo de operações e informações proposto.

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3.3 – Objetivos do Controle Interno

A definição e a importância do Controle Interno abrangem vários

processos onde o gestor determina seu objetivo, projeta seus planos para

alcançar este objetivo, busca mecanismos para controlar.

Attie (2011, p. 195) classifica controle interno em quatro objetivos básicos:

� a salvaguarda dos interesses da empresa;

� a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis,

financeiros e operacionais;

� o estímulo à eficiência operacional;

� a aderência às políticas existentes.

Em relação a esses objetivos básicos citados por Attie, pode considerar

que:

� Salvaguarda dos interesses – refere-se a proteção do patrimônio contra

quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou irregularidades.

� Precisão e confiabilidade dos informes contábeis, financeiros e

operacionais – compreende a geração de informações adequadas e

oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender

os eventos na empresa.

� Estímulo à eficiência operacional – determina prover os meios

necessários à condução das tarefas, de forma a obter entendimento,

aplicação e ação tempestiva e uniforme.

� Aderência às políticas existentes – é assegurar que os desejos da

administração, definidos através de suas políticas e indicados por meio

de seus procedimentos, sejam adequadamente seguidos pelo pessoal.

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3.4 – Controle Interno e Sistema de Procedimentos

Eletrônico de Dados

De acordo com Attie (2011, p. 200), a aplicação de meios eletrônicos

de processamento de dados nos sistemas de informação das empresas surgiu

como consequência dos novos aspectos de controle interno. A correta

observação dos princípios de controle interno é muito importante quando existe

aplicação de meios eletrônicos de processamento de dados. Isto decorre do

fato de que uma unidade do CPD passa a centralizar o processamento de uma

parte substancial dos dados.

Conforme o mesmo autor pode-se citar os seguintes procedimentos

eletrônicos:

� Programa de computador – os documentos que explicam e servem de

suporte aos programas devem ser cuidadosamente elaborados e

mantidos. As alterações de programas também devem ser refletidas na

documentação do programa. Devem, ainda, ser aprovadas por pessoas

com autoridade para tanto.

� Procedimentos de entrada – os dados de entrada devem ser precisos e

recebidos para processamento, de forma ordenada, acurada e

completa. São necessário, portanto, procedimentos adequados e

formais, um mínimo de transações que requeiram tratamento especial,

para se obter exatidão no dados de entrada e se fortaleça o controle

interno.

� Processamento – durante o processamento, vários procedimentos são

necessários para efeito controle interno. As operações devem ser

precisas e por escrito; estes devem ser instituídos para manter contatos

diretos ou aceitar instruções verbais dos programadores, quando

surgirem erros; códigos numéricos de identificação devem ser

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compostos com dígitos autoconferidores e devem existir pontos de

controle em toda a extensão do processamento, instruções sobre

inconsistências etc.

� Manutenção de arquivos – o processamento é amplamente baseado em

arquivos e dados (fitas magnéticas, discos). É necessário adequado

controle interno sobre a manutenção de arquivos. Devem existir

controles físicos que impossibilitem rasuras ou reutilizações inadvertidas

de fitas, discos; para isso os arquivos devem ser adequadamente

identificados.

� Manutenção de equipamentos – é necessário que se tenha segurança

quanto ao funcionamento constante e normal do equipamento. Deste

modo as condições físicas do local devem ser adequadas, devendo

haver manutenção do equipamento feita regulamente e por pessoal

capacitado.

3.5 – Controle Interno e Fraude

Bons controles internos previnem contra fraude e minimizam os riscos

de erros e irregularidades, porque, por si só, não bastam evitá-los.

Conforme Attie (2011, p. 204) a eficiência do sistema de controle

interno como um todo deve permitir detectar não somente irregularidades de

atos intencionais, como também erros de atos não intencionais. Esses erros

podem ser:

a) de interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos princípios

contábeis geralmente aceitos na contabilização de transações;

b) de omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas normas em

vigo;

c) decorrentes de má aplicação de uma norma ou procedimento.

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Fraude, entretanto, assume múltiplas modalidades. Das diversas

classificações de fraudes até hoje tentadas, reveste-se de interesses a que as

divide em:

a) não encobertas - são aquelas em que o autor não considera necessário

esconder, porque o controle interno é muito fraco.

b) encobertas temporariamente - são feitas sem afetar os registros

contábeis;

c) encobertas permanentemente - nesse casos, os autores da

irregularidade preocupam-se em alterar a informação contida nos

registros e outros arquivos, para assim ocultar a irregularidade.

De forma geral, o sistema de controle interno deve permitir localizar

todas as irregularidades. Um bom sistema de controle interno oferece maiores

possibilidades de identificação de fraudes em qualquer que seja a sua

modalidade à identificação.

3.6 – Fatores e Princípios do Controle Interno

Segundo Sá (2009, p. 107), o auditor deve observar,

fundamentalmente, se o controle interno obedece aos princípios básicos

peculiares.

São considerados princípios fundamentais:

a) Existência de um plano de organização com uma adequada distribuição

de responsabilidade.

b) Regime de autorização e de registros capazes de assegurar um controle

contábil sobre os investimentos, financiamentos e sistema de resultados

da empresa (custos e receitas), ou de metas das funções a ele

atribuídas;

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c) Zelo do elemento humano no desempenho das funções a ele atribuídas;

d) Qualidade e responsabilidade do pessoal, em nível adequado.

A eficiência do controle depende dos métodos, meios e pessoal

adequado. Existem profissionais que estabelecem, como componentes para o

cumprimento dos princípios, os seguintes:

- Organização e regime de autorização;

- Supervisão e procedimentos normativos;

- Registros e relatórios;

- Análise sistemática de conjuntos e subconjuntos de fatos.

- Estatísticas.

3.7 – Avaliação do Controle Interno

A avaliação do Controle Interno deve ser realizada de acordo com a

necessidade da empresa auditada, onde o auditor através de seus

conhecimentos específicos determina as possíveis consequências e

implicações de processo de auditoria, bem como os procedimentos a serem

adotados.

Segundo Attie (2011) é nesse momento que todo o conhecimento

profissional e técnico do auditor é colocado á prova e que ele pode revelar-se

de utilidade e benéfico à empresa, com recomendações e sugestões feitas

com bases sólidas possíveis de ser realizadas.

Ele ainda diz que avaliação deve ser realizada mediante a aplicação

dos objetivos e procedimentos de controle interno; envolve os controles

internos contábeis e os controles administrativos. Usualmente, desenvolvem-se

questionários que auxiliam a avaliação global dos sistemas ou do ciclo em

estudo.

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A seguir apresentar-se-á um resumo que demonstra quatro aspectos

para avaliar os controles internos de acordo com o autor:

� Sistema de Controle Interno Adequado - compreende todos os aspectos

fundamentais, procedimentos e práticas compatíveis, possibilitando

alcançar os objetivos que foram propostos.

� Sistema de Controle Interno, podendo ser aprimorado - contém

descrição semelhante ao anterior, entretanto é recomendável que o

sistema seja aperfeiçoado de acordo com as circunstâncias e

necessidades, podendo inclusive torna-se mais econômico e confiável.

� Sistema de Controle Interno adequado com fraquezas - apresenta

deficiências que podem vir a afetar o sistema de controle como um todo,

no momento de sua descoberta deve ser acompanhado pelo auditor

para a determinação de suas consequências.

� Sistema de Controle Interno Inadequado - possui graves problemas nos

sistemas de controle interno, ou até mesmo inexiste. Desta forma,

permite que ocorram anomalias, fraudes e atos de dolo contra a

empresa.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho, procurou-se mostrar a importância da auditoria interna

dentro da empresa, frente a uma realidade de ambiente globalizado, sua

contribuição torna-se significativa para gestão eficaz dos negócios. Dentro da

organização sua atuação deve estar voltada para alavancar resultados e

prestar um serviço de qualidade.

Conclui-se através da pesquisa realizada neste trabalho, que a auditoria

interna é uma importante ferramenta para o controle administrativo. A ausência

dela pode expor a empresa a inúmeros riscos, erros, desperdícios e fraudes.

Ela é também uma importante ferramenta interna para se obter informações

financeiras e operacionais integras e para avaliar os sistemas e procedimentos

da empresa, otimizar processos, observar a qualidade dos registros e

segurança dos controles internos.

Os controles internos são indispensáveis para proteger a empresa com

relação às irregularidades. É necessário que as empresas tenham um bom

sistema de controle interno para minimizar a possibilidade de fraudes e risco

de erros.

É muito importante também à atuação do auditor interno ele deve estar

sempre atualizado através de estudos contínuos, é imprescindível seu trabalho

na avaliação das atividades dos controles mantidos pela empresa,

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Auditoria: um curso moderno e completo. 6ª

ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

ATTIE, William. Auditoria Interna. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

ATTIE, William. Auditoria: conceito e aplicações. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 7ª ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Norma Brasileira de

Contabilidade NBC TI 01 - Da Auditoria Interna. Disponível em:

http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_986.doc. Acesso em: 09.mar.13

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Norma Brasileira de

Contabilidade NBC PI 01 - Normas Profissionais do Auditor Interno. Disponível

em: http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_781.doc . Acesso em:

09.mar.13

FRANCO, H.; MARRA E. Auditoria Contábil. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

SÁ, Antonio Lopes de. Curso de Auditoria. 10ª ed. São Paulo: Atlas 2009.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

LISTA DE QUADROS 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

AUDITORIA

1.1 – Evolução histórica da Auditoria 10

1.2 – Definição 12

1.3 – Classificação quanto a forma de intervenção 13

1.4 – Órgãos relacionados com os auditores 15

CAPÍTULO II

AUDITORIA INTERNA

2.1 – A importância da Auditoria Interna 17

2.2 – O Surgimento da Auditoria Interna

2.3 – Conceito 18

2.4 – Estrutura Organizacional

2.5 – Suporte gerencial de aceitação da auditoria 20

2.5.1 – Acesso irrestrito 21

2.5.2 – Exames regulares

2.5.3 – Reporte oportuno 22

2.5.4 – Correções apropriadas 23

2.6 – Objetivos da Auditoria Interna

2.7 – O Auditor Interno 25

2.8 – Normas de Auditoria Interna 27

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2.9 – A função estratégica da Auditoria Interna 28

2.10 – Planejamento de Auditoria Interna 29

2.11 – Procedimentos da Auditoria Interna 31

2.12 – Riscos do Planejamento de auditoria Interna 32

2.13 – Papéis de trabalho 33

2.14 – Relatórios da Auditoria Interna 35

2.15 – Fraudes e Erros 36

CAPÍTULO III

CONTROLES INTERNOS 39

3.1 – Conceito de Controle

3.2 – Importância do Controle Interno 41

3.3 – Objetivos do Controle Interno 42

3.4 – Controle Interno e Sistema de Procedimentos 43

Eletrônicos de Dados

3.5 – Controle Interno e Fraude 44

3.6 – Fatores e Princípios do Controle Interno 45

3.7 – Avaliação do Controle Interno 46

CONCLUSÃO 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49

ÍNDICE 50