Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

19
Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia

Transcript of Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Page 1: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Doença de Alzheimer

Trabalho realizado por:•Ana Filipa Araújo•Diana Freitas

Neurofisiologia

Page 2: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, é uma doença neurodegenerativa cujo curso desenvolve-se ao longo de 5 a 10 anos de forma progressiva e inexorável.

O conceito de demência remete para uma alteração global e persistente do funcionamento cognitivo, suficientemente grave para ter repercussões na vida profissional, social e familiar do indivíduo.

2Doença de Alzheimer

Page 3: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Segundo a OMS, a demência caracteriza-se por “ uma diminuição progressiva da memória e da capacidade de ideação suficientemente marcada para limitar as actividades da vida quotidiana, que tenha surgido pelo menos à 6 meses e associada a uma perturbação de uma das seguintes funções: linguagem, cálculo, avaliação, alteração do pensamento abstracto, praxia, gnosia ou modificação da personalidade.

Doença de Alzheimer 3

Page 4: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Factores que predispõe a DA IDADE: Único factor de risco bem conhecido e

universalmente aceite. Aceita-se que a doença de Alzheimer seja uma doença idade - dependente, ou seja, à medida que a idade avança, maior é a probabilidade de sua ocorrência.

SEXO: Mulheres mais afectadas do que os homens, mas, como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos 5 anos maior que dos homens essa correlação ainda precisa ser estatisticamente ajustada e  melhor esclarecida.

ESCOLARIDADE: O nível de educação parece ser uma protecção para a doença de Alzheimer: quanto maior o número de anos de estudo formal menor seria o risco.

4Doença de Alzheimer

Page 5: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Lesões e FisiopatologiasA doença de Alzheimer, caracteriza-se

essencialmente por duas lesões: Placa Senil

Degenerescência Neurofibrilar

5Doença de Alzheimer

Page 6: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Placa Senil

A placa senil é uma lesão esférica, extra celular, constituída por um núcleo de substancia amilóide, no centro, e por uma coroa de axónios associada a células gliais.

A substancia amilóide é constituída essencialmente por uma proteína chamada β-amilóide; a placa senil encontra-se principalmente no córtex cerebral e são marcadas por anticorpos A- β.

6Doença de Alzheimer

Page 7: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Degenerescência Neurofibrilar A degenerência neurofibrilar é uma lesão

intraneuronal constituída por neurofilamentos anormais organizados em pares de filamentos em hélice.

A análise bioquímica destas lesões permitiu caracterizar uma proteína essencial: a proteína tau (ĩ). Neste caso ela é anormal, porque está hiperfosforilada. Estas lesões estão marcadas por anticorpos anti-T.

7Doença de Alzheimer

Page 8: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Aspectos Clínicos

A doença de Alzheimer caracteriza-se por três fases:

Fase Inicial: fase assintomática, é impossível precisar a duração desta fase;

Fase Declarada: fase sintomática e pré-demencial;

Fase Terminal: fase demencial;

8Doença de Alzheimer

Page 9: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Fase Inicial

A fase inicial caracteriza-se principalmente por perturbações da memória, linguagem e psicocomportamentais:

Perturbações da memória: dificuldades em aprender informações novas, esquecimentos respeitantes a acontecimentos vividos recentemente, tarefas a realizar. Estas perturbações da memória são muitas vezes mal percebidas ou atribuídas à idade, tanto pelos familiares como, demasiado frequentemente, pelo médico.

9Doença de Alzheimer

Page 10: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Perturbações da Linguagem: São as mais importantes, depois dos défices de memória, devido à sua frequência e são observados desde o princípio da doença em cerca de 50% dos casos.

A linguagem escrita é com frequência atingida mais precocemente do que a linguagem oral.

Desorientação: As referências temporais e mesmo, por vezes, espaciais, podem ser afectadas precocemente. As perturbações de atenção constituem a regra geral, com dificuldades em focalizar e manter uma atenção de qualidade.

10Doença de Alzheimer

Page 11: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Fase Declarada

Nesta fase, a síndrome demencial é evidente. A perda das funções cognitivas agrava-se progressivamente e o doente perde pouco a pouco, a sua autonomia; a sua permanência no domicílio só é possível com o auxílio dos que o rodeiam.

Perturbações da orientação: perturbações da orientação temporal e perturbações visuo - espaciais são frequentes.

Perturbações da linguagem: O discurso é pouco informativo, pobre e já parcialmente incoerente; As perturbações da compreensão tornam-se evidentes e agravam-se regularmente.

11Doença de Alzheimer

Page 12: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Perturbações Práxicas: Estas perturbações são constantes, pondo em evidência as dificuldades na realização dos mais simples gestos;

Estas perturbações vão aumentando de complexidade;

Apraxia reflexiva; Apraxia ideomotora; Apraxia ideatória; Apraxia do vestuário.

12Doença de Alzheimer

Page 13: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Perturbações Gnósicas: A agnosia visual traduz-se por dificuldades em

reconhecer imagens de objectos, e em seguida, os próprios objectos na ausência de qualquer défice visual;

A prosopagnosia é frequente, sendo o paciente incapaz de reconhecer o rosto dos familiares e ate, por vezes, a sua própria imagem no espelho.

A anosognosia, ou seja, a ausência de consciência de perturbações, é nesta fase quase permanente, tornando difícil cuidar de paciente.

As capacidades de raciocínio e as capacidades de execução do doente ficam profundamente alteradas.

13Doença de Alzheimer

Page 14: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Fase Terminal

Esta fase é caracterizada por uma síndrome demencial de grave intensidade: a comunicação torna-se impossível, a autonomia é nula. Pouco a pouco o caminhar torna-se difícil, levando ao acamamento permanente e frequente postura em tripla flexão. A incontinência esfincteriana é total. Há uma alteração do estado geral, evoluindo para o estado caquéctico. A morte surge, em média, 8 a 12 ano após os sintomas.

14Doença de Alzheimer

Page 15: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

15Doença de Alzheimer

Page 16: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Sinais Clínicos Evocadores de Diagnóstico   Na ausência de marcadores biológicos e perante um

síndrome demencial, a contribuição clínica para o diagnóstico da doença de Alzheimer é de grande importância.

O inicio é caracterizado por perturbações da memoria dos factos recentes, afectando sobretudo a memória episódica. Em seguida aparecem: a falta da palavra adequada, perturbações da atenção e uma diminuição da memória em relação ao trabalho. Nota-se regularmente, a partir desta fase, perturbações psicocomportamentais com desinteresse, apatia, irritabilidade, etc.… Posteriormente, constitui-se uma síndrome afaso - apraxo- agnósica característica, continuando, no entanto, as perturbações da memória a ocupar o centro do quadro clínico.

 16Doença de Alzheimer

Page 17: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Sinais Clínicos que devem pôr em causa o DiagnósticoO diagnóstico de doença de Alzheimer deve ser

obrigatoriamente posto em causa se for observado um dos seguintes sinais:

Um inicio abrupto, uma evolução rápida em direcção a um estado de demência grave ( no espaço de um ou dois anos );

Perturbações de memória pouco acentuadas ou nítidas e corrigidas por indiciação ou situação de reconhecimento;

Perturbações psicóticas (sobretudo alucinações), perturbações precoces do comportamento em relação a um determinado tipo de desinibição (sexual, alimentar, social);

Sintomas neurológicos presentes desde o início (hemiparésia, síndrome cerebelosa, síndrome extra piramidal);

17Doença de Alzheimer

Page 18: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Tratamento Medicamentoso O tratamento de Alzheimer é plurimodal,

recorrendo a estratégias medicamentosas e não medicamentosas.

Deve ser elaborado um plano de cuidados específicos para cada doente, alterado regularmente no decurso da evolução.

Os medicamentos colinérgicos têm uma acção sintomática que permite melhorar o funcionamento cognitivo e também as perturbações psicocomportamentais. Quando estas são graves, a utilização de psicotrópicos pode tornar-se indispensável.

Utilizar-se-ão, de preferência, os neurolépticos atípicos de nova geração, os anti-depressivos não tricíclicos e evitar-se-ão os sedativos.

18Doença de Alzheimer

Page 19: Doença de Alzheimer Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo Diana Freitas Neurofisiologia.

Conclusão

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, é uma doença neurodegenerativa cujo curso desenvolve-se ao longo de 5 a 10 anos de forma progressiva e inexorável.

O único factor de risco bem conhecido e aceito universalmente é a idade. Aceita-se que a doença de Alzheimer seja uma doença da idade, ou seja, à medida que a idade avança, maior é a probabilidade de sua ocorrência.

A placa senil e degenerescência neurofibrilar constituem marcadores neuropatológicos da doença de Alzheimer.

A doença de Alzheimer caracteriza-se em primeiro lugar, por uma fase pré-clínica ou assintomática, em relação à qual, se torna impossível precisar a duração, se não existirem marcadores de diagnóstico facilmente utilizáveis, originários da história da vida do paciente. A esta fase assintomática segue-se uma fase sintomática, primeiro pré-demencial, e que depois se torna demencial.

A doença de Alzheimer não pode ser detectada com precisão precocemente, só se tem a certeza da presença desta doença após a morte do doente e análise do cérebro durante a autópsia.

19Doença de Alzheimer