Doenças Transimitidas pelo ar

8/7/2019 Doenas Transimitidas pelo ar

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Sarampo

O Sarampo uma doena de origem vrica que ataca principalmente crianas at 10 anos;

esporadicamente ocorrem alguns casos em adultos.

Vrus:

Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) [ou ARNcs(-)] Ordem: Mononegavirales Famlia: Paramyxoviridae Gnero: Morbillivirus

Espcie: Vrus do sarampo

O vrus do sarampo um vrus com genoma de RNA simples de sentido negativo (a sua cpia que DNA e serve para sntese proteica). um vrus envelopado (com membrana lipdicaexterna) pleomrfico com cerca de 150-300 nanmetros.

Induz a fuso de clulas infectadas formando clulas gigantes, o que facilita a sua circulao emultiplicao sem ser reconhecido e inativado por anticorpos circulantes, e resistente aocomplemento. Ele infecta as clulas fundindo a sua membrana (envelope) com a da clulaaps acoplagem da sua protena envelopar, ocorrendo a fuso a receptor especfico.

Reproduz-se no citoplasma da clula. A sua multiplicao destri as clulas exceto nosneurnios. Os eritemas cutneos so causados mais pela aco do sistema imunitrio contra ovrus que por ele prprio. A resoluo da doena d imunidade para toda a vida.

Epidemiologia

O sarampo um dos cinco exantemas da infncia clssicos, com a varicela, rubola, eritemainfeccioso e rosola. altamente infeccioso e transmitido por secrees respiratrias comoespirros e tosse. Aps o incio de uso da vacina tornou-se raro nos pases que a utilizam deforma eficaz, como Amrica do Norte e Europa. Contudo, ainda causa 40 milhes de casos e

um a dois milhes de mortes por ano em pases sem programas de vacinao eficientes. Asepidemias tendem a ocorrer a cada dois ou trs anos, necessitando do nascimento de novosbebs susceptveis para se propagar.

Sinais

As manifestaes iniciais so febre alta, tosse rouca e persistente, coriza, conjuntivite efotofobia (medo de luz).

Surgem manchas brancas na mucosa da boca (que so diagnsticas). Aps isso surgem

manchas maculopapulares avermelhadas na pele, inicialmente no rosto e progredindo emdireo aos ps, durando pelo menos trs dias, e desaparecendo na mesma ordem de
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aparecimento. A mortalidade de 0,1% em crianas de boa sade e nutrio, mas pode subirat 25% em crianas subnutridas.

Diagnstico e tratamento

O diagnstico clinico devido s caractersticas muito tpicas, especialmente as manchas deKoplik - manchas brancas na mucosa da boca-parte interna da bochecha. Pode ser feitadeteco de antignios em amostra de soro.

A preveno porvacina de vrus vivo atenuado. O tratamento sintomtico.

Preveno

A preveno feita por vacinas. Quando no ocorrem complicaes, o doente fica curado empoucos dias.

Histria

O sarampo hoje uma doena de infncia pouco perigosa, mas no foi sempre assim. A altamortalidade que provocou nos amerndios sem defesas imunolgicas ou genticas quando foiintroduzido na Amrica, logo aps a descoberta de Colombo, indica que a sua introduo naEuropa pode ter sido igualmente traumtica, e teria provavelmente ocorrido nos ltimos sculosda existncia do Imprio romano - em cujo declnio e queda as suas epidemias combinadascom as da varola teriam sido fatores importantes.

A doena era desconhecida antes da era crist; Hipcrates no descreve nada parecido. Aepidemia pode ter surgido na Europa nos sculos II e III d.C., matando grande proporo dapopulao totalmente no imune do Imprio romano, como mais tarde faria na Amrica, esendo um fator principal do declnio dessa civilizao. Segundo alguns autores conceituados (ohistoriador William McNeil entre outros) pode ter sido a queda da populao de Roma e do seuimprio devido s doenas antes desconhecidas varola, sarampo e varicela que diminuiu apopulao do imprio ao ponto de leis serem decretadas da hereditariedade das profisses,postos oficiais e reduo servido dos agricultores antes livres, dando origem ao feudalismo.Nesta situao de debilidade, os povos germnicos e outros encontraram a oportunidade de seestabelecer nas terras quase vazias devido epidemia no imprio, de incio com a aquiscinciados oficiais romanos, desesperados com a queda dos rendimentos fiscais. S depois destapoca a varola e o sarampo se tornaram frequentes na Europa, e naturalmente atingindo ascrianas no imunes, ao contrrio das epidemias raras, que matam os adultos. A infeco dascrianas, com morte das suscetveis mas imunidade para as sobreviventes, menos danosapara uma civilizao que a de adultos j formados e economicamente ativos - o que explica osgraves problemas criados em Roma pela morte de adultos que no tinham encontrado adoena na infncia.

Na China o panorama pode ter sido semelhante, e tambm a caiu pela mesma altura o ImprioHan. Julga-se[quem?] que estas doenas foram importadas simultaneamente nessa altura da ndiapara as duas grandes civilizaes dos extremos da Eursia, e talvez no por coincidncia quefoi precisamente nos sculo I e sculo II DC que as rotas comerciais para a ndia e a rota daseda para a China foram estabelecidas pela primeira vez, ligando as trs regies com grandedbito de mercadorias e comerciantes.

O sarampo foi um dos principais responsveis pela destruio das populaes nativas daAmrica aps a sua importao da Europa com Colombo. Juntamente com a Varola, Varicelae outras doenas, ela matou mais de 90% da populao do continente, derrotando e destruindoas civilizaes Asteca e Inca muito mais que Hernn Corts e Francisco Pizarro alguma vezseriam capazes.
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A primeira descrio reconhecvel do sarampo atribuda ao mdico rabe Ibn Razi (860-932)(conhecido como Rhazes na Europa). O vrus foi isolado apenas em 1954, e a vacina foidesenvolvida em 1963.

Rubola

A Rubola ou Rubela uma doena causada pelo vrus da rubola e transmitida por viarespiratria. uma doena geralmente benigna, mas que pode causar malformaes noembrio em infeces de mulheres grvidas.

Vrus da Rubola

Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA); Famlia: Togaviridae; Gnero: Rubivirus; Espcie: Rubella virus; Doena infecciosa aguda benigna; Disseminao: Respiratria e contato pessoal intimo e persistente.;

Perodo de incubao:12 a 19 dias.

O vrus da rubola um togavrus com genoma de RNA unicatenar (simples) de sentidopositivo (serve de mRNA para sntese protica diretamente). Possui um capsdeo icosadrico eum envelope bilipdico.

Epidemiologia

A rubola um dos cinco exantemas (doenas com marcas vermelhas na pele) da infncia. Osoutros so o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a rosola.

Progresso,transmisso e sintomas

A transmisso por contato direto, secrees ou pelo ar. O vrus multiplica-se na faringe e nosrgos linfticos e depois dissemina-se pelo sangue para a pele. O perodo de incubao deduas a trs semanas; e o perodo de trasmisso ocorre em uma semana antes de aparecer oexantema cutneo,(manchas avermelhadas na pele)geralmente na pior fase da doena.

A infeco, geralmente, tem evoluo benigna e em metade dos casos no produz qualquermanifestao clnica. As manifestaes mais comuns so febre baixa (at 38 C), aumento dosgnglios linfticos no pescoo, hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital, manchas(mculas) cor-de-rosa (exantemas) cutneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamenteem direo aos ps e em geral desaparecem em menos de 5 dias. Outros sintomas so avermelhido (inflamao) dos olhos (sem perigo), dormuscular das articulaes, de cabea e

dos testculos, pele seca e congesto nasal com espirros.
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O vrus da rubola s realmente perigoso quando a infeco ocorre durante a gravidez, cominvaso da placenta e infeco do embrio, especialmente durante os primeiros trs meses degestao. Nessas circunstncias, a rubola pode causaraborto, morte fetal, parto prematuro emalformaes congnitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congnita, microcefaliacom retardo mental ou espinha bfida). Uma infeco nos primeiros trs meses da gravidezpelo vrus da rubola suficiente para a indicao de aborto voluntrio da gravidez.

Diagnstico

O diagnstico clnico difcil por semelhana dos sintomas com os dos outros exantemas. mais freqentemente sorolgico, com deteco de anticorpos especficos para o vrus, ou porELISA (teste imunoenzimtico que permite a deteco de anticorpos especficos no soro).

A doena no sria mas crianas de sexo masculino necessitam tomar vacina, quefreqentemente so inoculadas para prevenir as epidemias ou que depois infectem, no futuro,companheira grvida no vacinada. s de sexo feminino administrada sempre, devido aorisco de que aparea mais tarde durante perodos de gravidez. A vacina composta por vrusvivo atenuado e causa a doena em 15% dos casos [carece de fontes], mas como j foi dito, em

crianas incua. A vacina permitiu a sua erradicao em Cuba em 1993 o primeiro pas aconsegui-lo[carece de fontes]. A doena s grave em mulheres grvidas.

Preveno

A preveno da rubola feita atravs da vacinao. A vacina contra a rubola contm o vrusvivo atenuado, isto enfraquecido, mas com capacidade de induzir o organismo humano aproduzir anticorpos.

No calendrio de vacinao de rotina a vacina aplicada aos 15 meses (junto com as vacinascontra o sarampo e a caxumba).

Vacina

A vacina composta por vrus atenuados, cultivados em clulas de rim de coelho ou emclulas diplides humanas. Pode ser produzida na forma monovalente, associada comsarampo (dupla viral) ou com sarampo e caxumba (trplice viral). A vacina se apresenta deforma liofilizada, devendo ser reconstituda para o uso. Aps sua reconstituio, deve serconservada temperatura positiva de 2 a 8 C, nos nveis local e regional. No nvel central, atemperatura recomendada de menos 20 C. Deve ser mantida protegida da luz, para noperder atividade. A vacina utilizada em dose nica de 0,5 mL via subcutnea.

Parotidite infecciosa (Caxumba)

A parotidite infecciosa, popularmente conhecida como papeira (em Portugual) ou caxumba (NoBrasil) uma doena de transmisso respiratria, causada pelo vrus da parotidite infecciosa. uma doena da infncia geralmente incua, mas pode causar alguns problemas no adulto.

Vrus da Parotidite

Grupo: Grupo V ((-)ssRNA) Ordem: Mononegavirales
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Familia: Paramyxoviridae Gnero: Rubulavirus Espcie: Vrus da parotidite

um vrus da famlia dos paramixovirus, parente do vrus do sarampo. O seu genoma deRNA simples, de sentido negativo (a cpia que serve de mRNA para sntese proteica).

envelopado, pleomorfico variando de 100-600nm, e de formato esfrico, muitas vezesfilamentoso. O envelope contm as protenas hemaglutinina e neuraminidas, que participamdas reaes imunolgicas, sendo antgenos virais.

Fonte: Trabulsi, Microbiologia, 4 edio

Epidemiologia

altamente infeccioso. Os vrus so transmitidos por gotas de espirros,tosse, respirao emambiente fechado ou por contato direto. O vrus pode continuar a ser transmitido 2 meses apsa infeco.

Progresso e sintomas

A parotidite infecciosa uma enfermidade contagiosa aguda caracterizada por um aumentono supurativo de uma ou ambas glndulas salivares partidas, e tambm as outras glndulassalivares, sendo outros rgos tambm acometidos. O perodo de incubao de 12 a 24 dias.

O vrus penetra pela boca e vai at glndula partida (canal de Stenon) onde se d amultiplicao primria, viremia e localizao nos testculos, ovrios, pncreas,tireide, crebro,prstata, fgado, bao e timo. A multiplicao tambm se pode dar no epitlio superficialrespiratrio, viremia e localizao nas glndulas salivares e outros rgos.

Os sintomas so inchao das partidas (dos lados da face junto s orelhas) com dor, febre,dores de cabea, garganta inflamada e dores de testculo em 20% dos casos. Um tero dasinfeces pelos vrus da caxumba so assintomticos.

Ocasionalmente em adultos ou adolescentes, mas raramente em crianas, quando tratada deforma equivocada ou displicente, pode comprometer o sistema nervoso central(meningoencefalite) e testculos (orqui-epididimite), raramente resultando em surdez eesterilidade. A esterilidade s ocorre em individuos do sexo masculino durante ou aps apuberdade e nunca em crianas.

A imunidade aps resoluo para toda a vida. A mortalidade baixa e principalmente emadultos.

Diagnstico e tratamento

O diagnstico pela deteco de anticorpos especficos contra o vrus, ou porimunofluorescncia.[carece de fontes]

usada uma vacina viva atenuada que previne eficazmente a parotidite.

O tempo de repouso recomendado de trs semanas.

Preveno

A preveno para no pegar caxumba a vacina trplice viral, que deve ser administrada aos15 meses de idade.
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