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DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

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DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Doenças causadas pelo consumo de água

contaminada com microrganismos

patogênicos ou produtos químicos,

agrotóxicos e metais

Bactérias, vírus, parasitas

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

As principais doenças de veiculação hídrica

são:

Amebíase

Giardíase

Gastroenterite

Febres tifoide e paratifoide

Hepatite infecciosa

Cólera

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Bactérias

V. cholerae cólera

S. thypi febre tifoide

Doenças diarréicas agudas Shigella, E. coli

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Vírus

Diarréias

Hepatite A

Poliomelite Já erradicada no Brasil

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Parasitas

Ameba

Giardia

Cryptosporidium

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Indiretamente

Transmissão de verminoses

Esquistossomose

Ascaridíase

Teníase

Oxiuríase

Ancilostomíase

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

Vetores, como o mosquito Aedes aegypti,

que se relacionam com a água

Dengue

Febre amarela

Malária

FONTES DE CONTAMINAÇÃO

Fezes humanas e de animais

80%das Gastroenterites /Diarréias uso

de água imprópria para o consumo

Ausência de sistema de esgoto

Práticas de higiene insuficientes

1,5 milhões óbitos crianças < 5 anos

desidratação

ÁGUA

Elevada capacidade de disseminação

Contato direto

Alimentos

Contaminação do ambiente

Fatores:

Geografia, Clima, Educação, Cultura,

Saneamento

FATORES

Eventos climáticos

Chuvas excessivas

Temperaturas altas e aumento plâncton (El

Niño),

Tsunamis

Furacão

Katrina

FATORES

Transporte marítimo

Água de lastro

90% transportam organismos vivos

FATORES

Dose infecciosa

Persistência no ambiente

DOSE INFECTANTE

Salmonella spp. 104 - 107 UFC

Shigella spp. 10 - 102 UFC

Escherichia coli enteropatogenica 106 - 108 UFC

Vibrio cholerae 103 UFC

Giardia lamblia 10 - 102 cistos

Cryptosporidium parvum 10 oocistos

Ascaris 1 - 10 ovos

Virus da hepatite A 1 - 10 UFP

INFECÇÕES PARASITÁRIAS DE

MAIOR INCIDÊNCIA NO HOMEM

OMS 2004

Parasitoses

Helmintos

Protozoários

Ectoparasitos

INFECÇÕES PARASITÁRIAS DE

MAIOR INCIDÊNCIA NO HOMEM

Enterobíase

Ascaridiose

Ancilostomose

Trichuríase

Esquistossomose

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

DAS VERMINOSES

Zona de alto risco Zona de médio risco Zona de baixo risco

BACTÉRIAS Salmonella

Vibrio cholarae

E. coli

Yersinia

Samonelose

Cólera

Gastroenterite

Diarreia

VÍRUS

Vírus da Hepatite A

Rotavírus

Reovírus

Hepatite infecciosa

Gastro-enterite aguda

Infecções respiratórias

TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DOS

MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS NO

SOLO

Agentes

patogênicos

Tipos de solo

Tempo de Sobrevivência (dias)

Médio Máximo

Vírus

Enterovírus

Diferentes

tipos

12

100

Bactérias

C. fecais

Salmonella sp.

V. cholerae

Superfície

Solo arenoso

Solo(profunda)

40

30

70

5

90

60

90

30

Protozoários

Giardia

90

300 Nematodas

Ascaris sp.

Toxocara sp.

Taenia sp.

Solo irrigado

Solo

Solo

Solo

Muitos meses

Muitos meses

Muitos meses

15 a 30 dias

(verão seco)

2 a 3 anos

7 a 14 anos

8 meses

3 a 15 meses

(inverno)

(FEIX & WIART, 1998, SCHWARTZBROD et al., 1998)

TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DOS

MICRORGANSIMOS PATOGÊNICOS NA ÁGUA

Agente patogênico Tempo de sobrevivência

Bactérias

Coliformes fecais

Salmonella sp

Vibrio cholerae

60 dias

60 dias

10 a 60 dias

Vírus

Enterovírus

60 a 120 dias

Helmintos

Ascaris sp.

Taenia sp.

Muitos meses

15 dias a 3 meses

Protozoários

Giardia (cistos)

30 a 90 dias

(FEIX & WIART, 1998, SCHWARTZBROD et al., 2000)

TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DE

MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS EM VEGETAIS

E RAÍZES

Microrganismo Tempo máximo (dias) Tipo de alimento

Vírus 4

60

Feijão

Plantas cultivadas

Bactérias (Salmonella) 40

10

Batata e legumes

cenoura

Cistos de Protozoários 3-15 Legumes

Ovos de helmintos 27-35 Legumes

8-15 Alface

28 Tomate

10-30 Beterraba (folhas e raizes)

( BERRON, 1984 citado por ADEME, 1998)

VIAS DE INFECÇÃO

VIAS DE INFECÇÃO

VIAS DE INFECÇÃO

FORMAS INFECTANTES

DE ONDE VEM A

CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E

DE FRUTAS E VERDURAS ?

Atividade humana Esgoto Lodo

Falta de saneamento básico

Contaminação dos recursos hídricos e solo

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PARA

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO DA ÁGUA E

SANIDADE, 1990

Falta de coleta de esgoto , tratamento,

disposição sanitária tem representado

riscos a saúde pública e deteriorado o meio

ambiente na América Latina

SANEAMENTO NO BRASIL

05 milhões sem instalações sanitárias

75 milhões de pessoas sem sistema de coleta

10 bilhões de litros de esgoto bruto no ambiente

65% das intervenções hospitalares são por doenças

de veiculação hídrica

180 mil/ano morrem pelo consumo de água

contaminada

FORMAS DE EVITAR AS

DOENÇAS

Tratamento da água

Higiene pessoal

Condições sanitárias adequadas são

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

AMEBÍASE

Entamoeba

Protozoário

Entamoeba coli

Parasito que se localiza no intestino do ser

humano

Não é prejudicial

Não precisa ser tratada

AMEBÍASE

Entamoeba hystolitica

É prejudicial e precisa ser eliminada

Diarreias persistentes

São eliminados com as fezes que, se

deixadas próximas a rios, lagoas, fossas,

podem contaminar a água.

AMEBÍASE

Moscas e baratas, ao se alimentarem de

fezes de pessoas infectadas, também

transmitem a parasitose a outras pessoas,

defecando sobre os alimentos ou utensílios

Contato das patas sujas de fezes

AMEBÍASE

Ingestão frutas e verduras cruas

Regadas com água contaminada ou

adubadas com terra misturada a fezes

humanas infectadas

Muito frequente é a contaminação pelas

mãos sujas de pessoas que lidam com os

alimentos.

AMEBÍASE - SINTOMAS

Dores abdominais

Febre baixa

Ataque de diarreia, seguida de períodos de

prisão de ventre

Disenteria aguda

AMEBÍASE – Prevenção e

Tratamento

Usar sempre a privada

Se as crianças menores usarem penicos, as fezes

devem ser jogadas na privada.

Proteger todos os alimentos contra moscas e

baratas.

Proteger as águas das minas, cisternas, poços,

lagoas, açudes e valas de irrigação, não

permitindo que sejam contaminadas por fezes

humanas.

AMEBÍASE – Prevenção e

Tratamento

Regar as verduras sempre com água limpa,

não aproveitando nunca a água utilizada

em casa ou água de banho.

Lavar bastante as verduras em água

corrente.

Lavar as mãos com sabão e água corrente

todas as vezes que usar o vaso sanitário

AMEBÍASE – Prevenção e

Tratamento

Lavar muito bem as mãos antes de iniciar a

preparação dos alimentos.

Fazer, regularmente, exame de fezes, para

detectar o parasito

GIARDÍASE

Giardia lamblia

Protozoário

Vive nas porções altas do intestino

Mais frequentes em crianças

GIARDÍASE

Ingestão de cistos

Contágio acontecer pelo convívio direto

com o indivíduo infectado

Ingestão de alimentos e água contaminados

Contato com moscas

GIARDÍASE

A infecção pode ser totalmente

assintomática.

Provoca irritabilidade

Dor abdominal e diarreia intermitente

Em alguns casos, pode estar associada a

um quadro de má absorção e desnutrição.

GIARDÍASE

É adquirida com extrema facilidade

Crianças

CRIPTOSPORIDÍASE

Cryptosporidium parvum

Protozoário

Sem organelas de locomoção por ser

intracelular Uma das principais causas de diarreia em crianças

pré-escolares

Pacientes com imunodeficiência por vírus HIV

Não possuindo esquema terapêutico definido

CRIPTOSPORIDÍASE

Zoonose

Fonte de infecção no gado, nos animais

domésticos e nos de laboratório

Em pessoas saudáveis

Provoca enterocolite aguda

Autolimitada se cura espontaneamente

CRIPTOSPORIDÍASE

Em imunocomprometidos

Aidéticos

Importante

Evacuações

Causam considerável perda de peso

CRIPTOSPORIDÍASE -

Diagnóstico

Visualização do oocisto nas fezes

Oocistos de Cryptosporidim parvum (em

vermelho).

CRIPTOSPORIDÍASE -

Prevenção

Cuidados com a qualidade da água bebida

Fervura ou a filtração como forma de inativar os

oocistos

Higiene pessoal e dos alimentos oocistos

resistentes a desinfetantes

Profissionais da área da saúde cuidados

especiais com pacientes aidéticos que

têm criptosporidíase, grandes eliminadores de

oocistos.

BALANTIDIOSE OU

BALANTIDÍASE

Balantidium coli

Protozoário ciliado

Distribuição geográfica cosmopolita

Encontrado em todo o mundo, sob variadas

condições ecológicas

Casos humanos são observados raramente

BALANTIDIOSE OU

BALANTIDÍASE

Conhecimentos epidemiológicos sobre esse

parasito são escassos

Recomendações para a prevenção são as

mesmas que as usadas para

outras parasitíases de disseminação fecal.

BALANTIDIOSE OU

BALANTIDÍASE

Infecção acomete o intestino grosso

humano

Casos humanos se relacionam, em geral,

com a presença de porcos infectados.

Balantidium coli

Assintomático

Diarreia ou disenteria

(fezes com muco e sangue), sendo que na

última situação o quadro é indistinguível

daquele produzido pela amebíase.

BALANTIDIOSE OU

BALANTIDÍASE - Prevenção

Higiene adequada das mãos e dos

alimentos

Cozimento de alimentos

Fervura ou filtração da água

Tratamento dos doentes e de porcos

Cisto de Balantidium coli Trofozoíto de Balantidium coli Forma pré-cística de Balantidium coli.

GASTROENTERITES

DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA

GASTROENTERITES

Infecção do estômago e do intestino

Vírus ou bactérias

Responsável pela maioria dos óbitos em

crianças menores de um ano de idade

GASTROENTERITES

Maior incidência em locais em que não

existe:

Tratamento de água

Rede de esgoto

Água encanada

Destino adequado para o lixo.

GASTROENTERITES

SINTOMAS

Diarreia

Vômitos

Febre

Desidratação

GASTROENTERITES

PREVENÇÃO

Saneamento

Higiene dos alimentos

Combate às moscas

Uso de água filtrada ou fervida.

GASTROENTERITES

PREVENÇÃO

O uso do leite materno

Alimento isento de contaminação

Apresenta fatores de defesa na sua

composição

GASTROENTERITES

TRATAMENTO

Reposição de líquidos

Soro de reidratação oral

Manutenção da alimentação da criança

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA

FEBRE TIFOIDE

Doença grave

Bactéria Salmonella typhi

Evolui, geralmente, num período de quatro

semanas

Do momento em que a pessoa adquire a

infecção até o aparecimento dos primeiros

sintomas, decorrem de cinco a 23 dias

período de incubação)

FEBRE TIFOIDE

Fonte de infecção doente

Desde o instante em que ingeriu os bacilos

até muitos anos depois

Bacilos persistem em suas fezes.

FEBRE PARATIFOIDE

Mais rara que a tifoide

Salmonella paratyphi dos tipos “A”, “B”

ou “C”

Fonte de infecção mesma da febre

tifoide: doentes e portadores.

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

Se transmite pelas descargas do intestino

(fezes)

Contaminam as mãos, as roupas, os

alimentos e a água

O bacilo tifoide é ingerido com os

alimentos e a água contaminada

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

SINTOMAS Dor de cabeça

Mal-estar

Fadiga

Boca amarga

Febre

Calafrios

Indisposição gástrica

Diarreia

Aumento do baço

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

SINTOMAS

Incubação da paratifoide “A”

Varia de quatro a dez dias

Paratifoide “B” manifesta-se em menos de 24

horas.

Envenenamento alimentar

Caracteriza-se por náuseas, vômitos, febre,

calafrios, cólicas, diarreias e prostração.

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

PREVENÇÃO

Destinar convenientemente os dejetos humanos em

fossas ou redes de esgotos

Tratar a água

Combater as moscas

Efetuar exame e vacinação

Promover a educação sanitária dos manipuladores de

alimentos

Higienizar os alimentos.

FEBRES TIFOIDE E

PARATIFOIDE

DIAGNÓSTICO

Exame de sangue

Pelas pesquisas de bacilos nas fezes

TRATAMENTO

À base de cloranfenicol

The lifestyle of Salmonella Typhi in the human host and implications for diagnostics. A; For S. Typhi infection, the

organism normally enters the human host through oral ingestion of an infectious dose. B; S. Typhi does not replicate in

large numbers in the intestine and shedding may be sporadic and limited. C; Invasion occurs through the terminal ileum,

perhaps a short time after ingestion, M cells may be the preferred portal of entry. D; S. Typhi is transferred to monocytic

cells and is trafficked to the reticulo-endothelial system, potentially in a semi-dormant state. E; S. Typhi re-emerges at an

unknown time from the reticulo-endothelial system, possibly as the acquired immune response is activated, and re-enters

the blood stream in low numbers. F; S. Typhi seeds into the liver, the gall bladder and the bone marrow where it can reside

and may be detected for months or years. G; S. Typhi can enter into the bile duct and be shed sporadically, potentially in

high numbers into the environment via the intestine.

Baker et al. BMC Infectious Diseases 2010 10:45 doi:10.1186/1471-2334-10-45

HEPATITE INFECCIOSA

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

HEPATITE INFECCIOSA

Produzida mais comumente por dois tipos

de vírus: “A” e “B”.

HEPATITE “A”

Doença endêmica no nosso meio

Período de incubação 15 a 50 dias

TRANSMISSÃO

Pode ocorrer por meio da água contaminada

Os indivíduos doentes podem transmiti-la pelas fezes

Duas semanas antes até uma semana após o início da

icterícia

Pela transfusão de sangue

Duas a três semanas antes e alguns dias após a icterícia.

HEPATITE “A”

PREVENÇÃO

Higienização dos alimentos.

Tratamento da água

Os vírus “A” resistem aos métodos de cloração da água,

porém, a água fervida durante 10 a 15 minutos os inativa.

Isolamento do doente – após aparecer a icterícia, a

transmissão do vírus “A” pelas fezes ocorre na

primeira semana e, pelo sangue, nos primeiros dias.

Uso de seringa descartável.

Hepatite B-virions

Incidência e risco de hepatite B

Vermelho: mais de 8% da população é portadora;

Laranja: de 2 a 7%;

Amarelo:menos de 2%

CÓLERA

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

CÓLERA

Vibrio cholerae

Localiza-se no intestino das pessoas, provocando,

nos casos graves, diarreia e vômitos intensos.

Perda de grande parte dos líquidos de seu

organismo desidratação

Se não for tratada logo, essa desidratação pode

levar o doente à morte em pouco tempo.

CÓLERA

TRANSMISSÃO

Principalmente água contaminada pelas

fezes e pelos vômitos dos doentes

Pode ser transmitida por alimentos que foram

lavados com água já contaminada e não

foram bem cozidos,

Ou pelas mãos sujas de doentes ou portadores

CÓLERA

São considerados portadores aqueles

indivíduos que, embora já tenham o

micróbio nos seus intestinos, não

apresentam sintomas da doença.

CÓLERA

SINTOMAS

Diarreia intensa, que começa de repente

Evacuações de cor esverdeada com uma

espuma branca em cima, sem muco ou

sangue.

A febre, quando existe, é baixa.

Junto com a diarreia, podem aparecer,

também, vômitos e cólicas abdominais.

CÓLERA

SINTOMAS

A pessoa doente chega a evacuar, desde o

início, uma média de um a dois litros por

hora.

Desidratação ocorre rapidamente.

CÓLERA

PREVENÇÃO

Controle da qualidade da água

Destino adequado das fezes

Adoção de bons hábitos de higiene

CÓLERA

TRATAMENTO

Simples e bastante eficaz

Consiste na reposição dos líquidos perdidos

pela diarreia e vômitos

Dependendo do estado do paciente, faz-se uso

da reidratação oral ou da intravenosa e

administram-se antibióticos indicados pelo

médico.

HELMINTOS PARASITAS DO

HOMEM

DOENÇAS VEICULADAS PELA

ÁGUA

HELMINTOS PARASITAS DO

HOMEM

Profilaxia das doenças parasitárias

Educação sanitária

Saneamento

Melhoria do estado nutricional

Apenas o tratamento das verminoses não é

suficiente

É preciso modificar o ambiente para que a

doença não ocorra novamente.

HELMINTOS DE INTERESSE

MÉDICO

Reino Animalia

Filos

Platyhelminthes e Nematoda

ESQUISTOSSOMOSE

(XISTOSA)

Doença crônica

Schistosoma mansoni

Instala-se nas veias do fígado e do intestino

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Endoparasitas (tênia e esquistossomo)

Microscópicos

Muito longos 10m de comprimento

Pequena espessura do corpo

Troca de gases respiratórios e liberação de

excretas nitrogenadas (amônia) por difusão

através da superfície do corpo

CLASSE TREMATODA

Parasitas

Uma ou duas ventosas fixação ao corpo

do hospedeiro

Boca comunica-se com um esôfago curto

de onde partem ramos intestinais curtos

CLASSE TREMATODA

Revestimento do corpo modificado

Proteção contra substâncias produzidas pelo

hospedeiro

Absorção de nutrientes pela superfície

corpórea

Principalmente aminoácidos por pinocitose

Trocas gasosas e liberação de excretas

CLASSE TREMATODA

Trematódeos

Esquistossomo (Schistossoma mansoni).

Causador da esquistossomose ou barriga-

d’água

Dióicos com dimorfismo sexual

Desenvolvimento indireto

fêmea

macho

Ovo do esquistossomo

ESQUISTOSSOMOSE

Para que surja a esquistossomose numa

localidade, são necessárias várias

condições:

Existência de caramujos que hospedam o

Schistosoma mansoni.

Nem todos servem para o parasito

Algumas espécies

ESQUISTOSSOMOSE

Esses caramujos vivem em córregos, lagoas,

valas de irrigação e canais onde haja

segurança e boa alimentação.

A temperatura média de muitas regiões do

Brasil é favorável à proliferação de

caramujos.

Ovo Miracídio Cercária

CICLO DE VIDA DO ESQUISTOSSOMO

vermes adultos

ovos nas fezes

larva miracídio

(lagoa)

Caramujo

(H.I)

larva cercária

(lagoa)

(veias do intestino)

Penetração ativa

das cercárias pela

pele – sangue

Molusco Gastrópode

Planorbídeo Biomphalaria sp

CARAMUJO HOSPEDEIRO

INTERMEDIÁRIO DO ESQUISTOSSOMO

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O CARAMUJO

Observar bem a água antes de tomar banho,

pescar, nadar, lavar roupa, regar plantações

etc., a fim de verificar se existe o caramujo.

Dificultar a sobrevivência do caramujo com

pequenas obras de engenharia, de retificação

de valas, canais, aterro de pequenas lagoas.

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O CARAMUJO

Criar nas águas seres vivos prejudiciais ao

caramujo, sejam plantas ou animais, como

patos e gansos.

Evitar a poluição das águas nos meses que se

seguem à estação chuvosa, quando os

caramujos proliferam em grande quantidade.

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O CARAMUJO

Aplicar medicamentos químicos que

exterminem, mesmo que temporariamente, os

caramujos.

Não se expor ao contato com águas

infestadas; usar botas e luvas de borracha em

regiões alagadiças, a fim de evitar

contaminação pela cercária.

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O ESQUISTOSSOMO

Fazer exame de fezes ou outro tipo de exame

de laboratório para verificar se a pessoa tem

esquistossomose e proceder a um tratamento

médico

Repetir o exame quatro meses depois, para

verificar se o tratamento foi eficiente e se não

há ovos nas fezes

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O ESQUISTOSSOMO

Construir privadas e fossas para que as fezes

não sejam despejadas nas águas nem no solo

dos quintais, forma segura de impedir que os

ovos do Schistosoma alcancem os córregos e

se transformem em miracídio.

ESQUISTOSSOMOSE

MEDIDAS PROFILÁTICAS –

CONTRA O ESQUISTOSSOMO

Não se expor ao contato com águas

infestadas; usar botas e luvas de borracha em

regiões alagadiças, a fim de evitar

contaminação pela cercária.

CLASSE CESTODA

Parasitas

Tênias

Sem sistema digestório

Nutrientes absorvidos por pinocitose ou por

absorção através do revestimento do corpo

Taenia solium e Taenia saginatta

10m de comprimento

Solitárias

CLASSE CESTODA

Cestódeos

Tênias ou solitárias

Taenia solium e Taenia saginata.

Sistema digestório ausente

Monóicas com autofecundação

Cabeça + estróbilo (muitos proglotes).

Taenia taeniformis

Taenia saginata

Ovo de Taenia

Taenia soliumVentosas e coroa de ganchosPorco

Taenia saginataVentosas para fixação no hospedeiroBoi/vaca

TÊNIAS – detalhe das cabeças

CICLO DE VIDA

Carne bovina com cisticerco

TENÍASE

Tênia adulta no intestino delgado

humano

Proglotes com ovos eliminadas pelas fezes

Ingestão desses ovos pelo boi (T.saginata)

ou porco (T.solium)

Desenvolvimento de cisticercos na

musculatura do boi/porco

TENÍASE

Ingestão de carne crua/mal passada de

boi/porco pelo homem

Cisticercos se desenvolvem em tênias

adultas.

CISTICERCOSE

Patologia caracterizada pela presença de

cisticercos no fígado ou cérebro

(neurocisticercose)

Através de ingestão de ovos da Taenia

solium em água ou alimentos

Cérebro humano fixado com cisticercos

PROFILAXIA DA TENÍASE E CISTICERCOSE

Higiene e saneamento básico

Não comer carne de boi/porco mal passadas/cruas

Cisticerco da Taenia solium

ganchos

Imagem de cérebro de paciente com neurocisticercose

Nemata

Nema fio

Nematoda

Corpo alongado, cilíndrico e fino

Extremidades afiladas

Grande diversidade

Maioria de vida livre

1mm a 5cm de comprimento

Solos, água doce e mares

Nemata

Parasitas de plantas e animais

40mm filárias

50cm lombrigas

Maioria com sexos separados e dimorfismo

sexual

Nemata

Oxiúros

Ascaris

Microfilárias

Ancylostoma

ASCARIDÍASE

Lombrigas ou bichas

Ascaris lumbricoides

Vive no intestino das pessoas

ASCARIDÍASE

Lombrigas ou bichas

Terra, da poeira, dos alimentos mal lavados

Mãos sujas contaminadas

Depois de engolidos, os ovos arrebentam,

soltando larvas no intestino.

ASCARIDÍASE

Larvas levadas pelo sangue, passam pelo

fígado, coração, pulmões, brônquios e

retornam ao intestino, onde se tornam

adultas, para se acasalar e pôr ovos.

ASCARIDÍASE

Organismo humano ovo leva de 2,5 a 3

meses para se transformar em larva e

depois em verme adulto.

O verme adulto vive no intestino

geralmente menos de seis meses, nunca

mais de um ano

ASCARIDÍASE

Vermes com de 15 a 25 cm de

comprimento

Em grande número, formam verdadeiros

novelos, que entopem o intestino, causando

sua obstrução

ASCARIDÍASE

Podem também sair pela boca e nariz ou

localizar-se na traqueia, ocasionando,

muitas vezes, asfixia e morte,

especialmente em crianças

Ataques de vermes.

Ascaris lumbricoides

Morfologia:

Ascaris lumbricoides

Morfologia: ovos

Ascaris lumbricoides:

Patogenia:

Ascaris no fígado

Ascaris: Ciclo de vida

ASCARIDÍASE

SINTOMAS

Irritabilidade

Falta de apetite

Náuseas

Vômitos

Diarreia

Cólicas

Dor abdominal.

ASCARIDÍASE

PROFILAXIA

Ter sempre uma privada ou fossa.

Fazer com que todos usem a privada.

Se for usado penico, especialmente por

crianças pequenas, jogar as fezes na privada.

ASCARIDÍASE

PROFILAXIA

Limpar e varrer os quintais e queimar ou

enterrar todo o lixo.

Lavar as mãos ao sair da privada e também

antes das refeições ou merenda.

ASCARIDÍASE

PROFILAXIA

Proteger todos os alimentos contra moscas e

poeira;

Proteger os utensílios domésticos:

Talheres, copos, pratos, panelas etc. e,

principalmente, os objetos de uso dos bebês, como

bicos, mamadeiras e outros.

ASCARIDÍASE

PROFILAXIA

Lavar todas as frutas e verduras antes de

comê-las.

Cuidar da alimentação, principalmente das

crianças

Alimentos que ajudem no crescimento e

aumentem a resistência às doenças

Ancylostoma duodenale e Necator

americanus

Ancilostomose, necatoríase, opilação ou

amarelão

Ancylostoma duodenale e Necator

americanus

Morfologia:

Ancylostoma duodenale

Morfologia: Larva filarióide

Ancylostoma duodenale

Morfologia: ovo

Ancylostoma duodenale

Ocorrência:

Ancylostoma duodenale

Patogenia: Amarelão ou Mal do Jeca tatu

Ancylostoma duodenale

Sintomas:

Cansaço, desânimo, moleza

Ancylostoma duodenale

Sintomas:

Anemia ferropriva

Geofagia

Aspecto amarelado

Hemorragias

Sangramento nas fezes

Ancylostoma duodenale

Ciclo biológico:

OXIURÍASE

Enterobius vermiculares ou Oxiures

Vermiculares

Saltão, tuchina ou verme da coceira

Assemelha-se a um pequeno fio de linha

Vermes adultos vivem no intestino

OXIURÍASE

Machos

Têm vida curta e morrem depois de fecundar

as fêmeas, sendo logo eliminados.

Fêmeas

Produzem grande quantidade de ovos e

caminham pelo intestino humano chegando

até o ânus do doente, onde soltam os ovos.

Oxyurus vermicularis ou

Enterobius vermicularis

Oxiurose ou enterobiose

12mm

Vivem no intestino humano onde se

reproduzem

A fêmea transforma-se em uma “bolsa de

ovos” eliminada com as fezes ou migrar

e se fixar no ânus do hospedeiro coceira

Oxíuros

Morfologia:

OXIURÍASE

SINTOMAS

Prurido (coceira) anal

Ocasionais episódios de diarréia

Maioria das pessoas assintomáticas

OXIURÍASE

SINTOMAS

Infestações intensas

Vômitos diarréia frequente inclusive com

esteatorréia (excesso de gordura nas fezes),

prurido anal constante, insônia.

Irritabilidade

Perda de peso desnutrição.

OXIURÍASE

DIAGNÓSTICO

Visualização dos vermes nas fezes raro

Pesquisa de ovos no exame parasitológico de

fezes

Pesquisa de ovos na região perianal e anal

através de raspado anal (swab) ou fita adesiva

OXIURÍASE

PREVENÇÃO

Higiene de um modo sistemático

Mãos

Alimentos

Animais

Roupas

Roupas de cama

Brinquedos

OXIURÍASE

PREVENÇÃO

Uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve

para maior eficácia na limpeza de objetos que

não sejam atacados pelo cloro

Oxíuros

Profilaxia:

Oxíuros

Ciclo: