donc-novembro2011

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Sempre que um governador viaja, o outro assume “interinamente” e o estado acaba tendo, de fato, dois go- vernadores. O número um, assina e representa o estado, apresentando-se como governador. O número dois, assina e represen- ta o estado, apre- sentando-se como governador. As contas dessa duplicidade, a gente paga, sem bufar, como sem- pre. E os resultados, segundo os dois governadores, são sempre ótimos, fabulosos e compensadores. Abaixo, alguns flagrantes das últimas ativi- dades dos dois governadores. MAIS UMA VEZ, AQUELA VELHA HISTÓRIA: A DUPLICAÇÃO DE GOVERNANTES SC e seus dois governadores viajantes >>> Enquanto um faz política interna, o outro faz externa. E a gente... <<< GOVERNADOR 2: FOTOS DO JEFERSON BALDO/GVG GOVERNADOR 1: FOTOS DO RAFAEL WIETHORN/SECOM

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>>> Enquanto um faz política interna, o outro faz externa. E a gente...

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Sempre que um governador viaja, o outro assume “interinamente” e o estado acaba tendo, de fato, dois go-

vernadores. O número um, assina e representa o estado, apresentando-se como governador. O número dois,

assina e represen-ta o estado, apre-sentando-se como governador.

As contas dessa duplicidade, a gente paga, sem bufar, como sem-pre. E os resultados, segundo os dois governadores, são sempre ótimos, fabulosos e compensadores. Abaixo, alguns flagrantes das últimas ativi-dades dos dois governadores.

MAIS UMA VEZ, AQUELA VELHA HISTÓRIA: A DUPLICAÇÃO DE GOVERNANTES

SC e seus dois governadores viajantes>>> Enquanto um faz política interna, o outro faz externa. E a gente... <<<

Governador 2: fotos do Jeferson Baldo/GvG

Governador 1: fotos do rafael Wiethorn/seCoM

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QUASE DIRETÃO!Desde que me conheço por gente e

que comecei a viajar de Florianópo-lis para o norte do estado de ônibus, que a parada em Tijucas era parte inevitável da jornada.

Quando se ia a Curitiba ou São Paulo, ainda era possível encontrar, em alguns horários, ônibus que não paravam em Tijucas. Mas para Itajaí, por exemplo, não tinha jeito. Mesmo os ônibus chamados “semi-diretos”, que tinham a passagem um pouco mais cara porque não eram “pinga--pinga”, paravam em Tijucas.

Claro que, para quem mora na re-gião, isso era ótimo. Mas para quem só queria ir para outros lugares, era uma escala desnecessária que atrasa-va a viagem.

Portanto, foi com enorme felicida-de que descobri ontem, quando vim para Itajaí no Catarinense das 13:05h, que não se para nem em Tijucas nem em Itapema. Diretão a Balneário. E dali a Itajaí. É possível que isso não seja novidade para a turma que vai e volta com frequencia, mas pra mim, viajante bissexto, foi uma gradabilís-sima surpresa, que aliviou bastante o ânimo de quem enfrenta a estrada para encarar um plantão no feriado.

PERDIDO EM SÃO JOSÉA viagem do Catarinense das

13:05 de ontem foi tranquila, exce-to por um pequeno imprevisto: ao tentar pegar a 101 depois da para-da na agência de Campinas, o mo-torista encontrou as pistas habitu-ais fechadas por obras. E, claro, ne-nhuma sinalização mostrando ca-minhos alternativos.

Como resultado, demos um pas-seio por ruas daqueles bairros de São José, no limite com Florianópo-lis, parando umas duas vezes para perguntar como se fazia para che-gar à 101. Acabamos, claro, encon-trando um jeito de pegar a estrada. Mas, se dependesse da sinalização, estariamos até agora rodeando o simpático José Mendes.

Ah, esse horário não para em Ti-jucas nem em Itapema, mas, além de Campinas, dá uma paradinha em Biguaçu e no trevo de Gover-nador Celso Ramos. Afinal, não se pode ter tudo.

POR FALAR NISSO... De vez em quando reclamo aqui

que Itajaí, apesar de sua importân-cia, não tem nenhum ônibus direto a Florianópolis. Aproveito para vol-tar ao assunto, porque deve ter mui-ta gente que trocaria o carro pelo ônibus, se pudesse ir à capital em uma viagem rápida, de uma hora e meia, no máximo.

UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA

A doença de Lula>>> A confusão entre questões políticas e pessoais <<<

Ecos do turismo oficialA frase abaixo foi colhida em uma das notícias produzidas anteontem pela diretoria de Comunicação da Assembléia Legislativa de Santa Catarina. O “Kennedy” é o deputado estadual Clarikennedy Nunes (filho do seu Claribalte, não tem?), do PSD do governador, e que acompanhou a comitiva governamental ao Japão e à Coréia do Sul. O espanto, claro, é pela informação que só agora o Brasil vai iniciar um relacionamento com o Japão. E que, se não fosse a comitiva catarinense, isso poderia não ter acontecido. Bom, se levarmos em conta que a imigração japonesa no Brasil comemorou 100 anos em 2008, temos uma idéia de como a afirmação do parlamentar parece desinformada.

“Kennedy afirmou que a presença do governo catarinense no Japão foi essencial para iniciar uma relação com aquele país”

E sobre os resultados práticos da viagem? Ora, a mesma notícia distribuída pela Alesc tem outra frase, do deputado Jean Kuhlmann (sim, sim, do PSD do governador), informando que foi bom ter ido até lá, às custas do eleitor/contribuinte, mas a grana para a prevenção de cheias, que é só o 3º motivo do passeio, ainda não saiu. Ah, se fizerem mais algumas viagens ao Japão, pode ser que a coisa ande.

“Quanto à terceira motivação da viagem, que foi a questão da prevenção de cheias, Kuhlmann disse que em uma única ida para o Japão não seria possível viabilizar a liberação de recursos, mas a presença do governo no país foi importante”.

Não é raro encontrar quem, no fanatismo das torcidas, diga “bem feito” quando um joga-dor de um time adversário tem algum problema. Seja de saúde, seja com a polícia, seja com a gravidez esperta de alguma “Ma-ria Chuteira”. E fique não só tor-cendo pela derrota do time, mas pela desgraça pessoal dos atletas que considera “inimigos”.

Na política acontece coisa se-melhante: alguns idiotas deixam--se guiar pelo pior dos instintos e consideram que “adversário bom é adversário morto”. Aí, transfor-mam a política num troço que lembra briga de rua.

Por isso, a desagradável reação de alguns à notícia de que Lula tem câncer, não surpreende. Re-petem, em escala ampliada, os

grasnidos nojetos que ensaiaram quando do anúncio da doen-ça da Dilma. Imbecis que usam a violência como argumento fi-cam felizes quando o adversário sofre, mesmo que esse sofrimen-to nada tenha a ver com o âmbi-to público em que acontecem as disputas políticas.

Gente dessa laia existe em to-dos os lados. Gente que pensa em ganhar eleições com dossiês sobre a vida pessoal dos candi-datos são encontrados em todos os partidos. O PT e, mais recen-temente, o PCdoB, mostraram que os partidos são todos rigo-rosamente iguais na amoralidade com que tratam a coisa pública. E os ataques rasteiros a Lula com-provam que o “vale-tudo” não se restringe ao período eleitoral

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O SUS E AS DOENÇAS GRAVESO tratamento de câncer, pelo SUS,

não é o fim do mundo. Nos últimos dias, por causa da doença do Lula, muita gente falou a respeito.

O grande problema é mesmo a distância que separa a consulta ini-cial, com a primeira suspeita, do diagnóstico definitivo e do início do tratamento.

Só privilegiados têm direito a um diagnóstico no sábado e inicio do tratamento na segunda, como ocor-reu com Lula e com quem tem re-cursos ou prestígio.

A maioria da população, além de esperar meses nas filas para consul-tas, espera meses por exames com-plementares e mais outros meses pela confirmação do diagnóstico. E aí, começa outro calvário, que é a fila para início do tratamento.

Quem chega nessa fase, em cen-tros de excelência como o Cepon, de Florianópolis, não tem muito do que se queixar. O pessoal, em número insuficiente e ganhando menos do que deveria, sem poder contar com manutenção ágil dos equipamentos, faz o possível e o impossível para obter os melhores resultados.

Quem passou por lá em geral fala bem do atendimento e do tratamen-to. Mas até chegar lá...

SAÚDE PÚBLICAUm projeto de saúde pública

como o SUS é um troço grandioso, cujo sucesso deveria ser objetivo de todos nós. Se e quando o SUS fun-cionar direito, teremos muitos moti-vos de orgulho. Mas até lá...

A gente tem a impressão que nem todos têm consciência do tamanho e da importância do SUS. Mesmo gen-te que trabalha no sistema parece desconhecer a extensão e a relevân-cia do serviço que prestam.

Falta gestão, treinamento e fisca-lização. E, sobretudo, informação. Nas escolas seria necessário falar so-bre o SUS, explicar às crianças o que é, como deveria funcionar e quais os direitos dos brasileiros que os siste-ma atende. Ou deveria atender.

ESCÂNDALO PERMANENTEA comunidade deveria exercer

uma fiscalização auxiliar, deduran-do com estardalhaço aqueles que roubam dinheiro ou tempo do SUS. Médicos que não atendem direito, servidores que fazem corpo mole. E governos que desviam dinheiro da saúde. Ou que deixam os corruptos atuar impunemente.

Ter um sistema como o SUS e não implantá-lo corretamente ou garan-tir seu funcionamento eficiente de-veria ser crime inafiançável. E a de-mora no atendimento e nos diagnós-ticos deveria ser motivo de escânda-lo permanente.

Loteamento BrasilPMDB

PTBPDT

PTDEM

PCdoBPSB

PSDBPTCPSC

PMNPRPPPS

PVPTdoB

PPPSTU

PCBPRTB

PHSPSDC

PCOPTNPSLPRB

PSOLPR

PSDPPL

...

Essas letrinhas aí do lado são as

siglas dos partidos políticos brasileiros.

Existem ainda muitos outros que estão em

processo de registro ou de legalização. Se tem

uma coisa que abunda no país, é partido

político. Parece ser um grande

negócio, porque tem atraído e enriquecido

muita gente, ao longo dos anos.

Ter um partido político para chamar de seu

tem muitas vantagens. Primeiro, o Fundo

Partidário. Um partidinho, mesmo que

não tenha conseguido eleger deputados,

ou não tenha um percentual de votos

expressivo, tem direito a uma graninha mensal.

Se tiver alguns deputados, a

coisa melhora: começa com uns R$ 300 mil

mensais e vai embora, morro acima.

Depois, a disseminada prática de oferecer

pedaços dos governos (secretarias e

ministérios) em troca de apoio partidário.

Quando um partido “ganha” uma

capitania num governo, ganha também o

direito de roubar. Digo, de captar recursos

conforme a potencialidade de cada órgão.

O(a) presidente(a) ou governador(a) que

entrega a um partido parte da sua

administração sabe, desde o começo, que não

poderá cobrar eficiência administrativa.

No máximo, poderá pedir discrição.

Ou, quem sabe, um percentual dos ganhos. Royalties.

O VERÃO PROMETE...No final de semana, em Cabeçu-

das, antes de mergulhar no plantão dominical, assisti a uma prévia do que poderá ser o verão na maioria das praias catarinenseses (e, prova-velmente, brasileiras).

Por algum motivo que ainda não consegui descobrir, as placas que faziam referência à lei municipal do silêncio desapareceram. E, sem placas e sem fiscalização, os carros vão estacionando, abrindo os baga-geiros atulhados de altofalantes e estabelecendo um bizarro concur-so de ruídos. Primeiro, tentam so-brepujar o barulho das ondas e do vento. Depois, tratam de se impor diante dos vizinhos.

Na maioria dos casos, suponho que o custo do sistema de som su-

pere, em muito, o custo do veículo, normalmente antigo e mal cuidado. Vai ver gastaram tanto com o som que ficaram sem capital para trocar o carro. Fico com pena das crianças, obrigadas desde cedo a suportar tantos decibéis. Os mais velhos cer-tamente já têm alguma perda auditi-va, com o respectivo zumbido. E os mais jovens, submetidos a esse regi-me intensivo de agressão, irão pelo mesmo caminho. É muito triste que ninguém se preocupe em proteger as crianças e demais seres huma-nos desse tipo de violência. O som é invasivo. Pior que o tipo de música que nos obrigam a ouvir é o descon-forto que o volume alto causa.

O verão, pela amostra desse do-mingo ventoso, promete...

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Por Danilo Aronovich Cunha*

Vi recentemente, num jornal, a arte de uma maquete eletrôni-

ca de como seria a quarta ponte li-gando a Ilha ao continente.

Sinceramente, as fotos que vi me deixaram apreensivo.

O grande volume de concreto, em forma de muros para sustentar as pistas de acesso e descida, me lembraram os outros muros que afastam a cidade do mar, e impe-dem a sua visualização.

Temos o acesso ao túnel, as construções da passarela onde ocorrem os desfiles de carnaval, o centro de eventos, a estação de es-gotos, enfim, uma sucessão de ve-dações ao convívo com o mar.

O aterro da Baia Sul, completa-mente corrompido daquilo que se-ria o projeto original de um gran-de paisagista como foi Burle Marx, afastou as pessoas, abriga estacio-namentos e espaços para ônibus, terminais urbanos, e se tornou um espaço árido e sem vida, quando deveria, e poderia, ser o grande parque da cidade. Um espaço de convívio, de encontro das pessoas, entre elas, e delas com o mar, com a beleza natural de nossa cidade.

Pois bem, a maquete apresen-tada mostra essa mesma tendên-cia de levantar mais muros e iso-lar uma área, na qual as pessoas convivem, hoje, com a cidade e o mar, simultaneamente.

Fala-se, também, em prédios privados para pagar o investimen-to privado.

Ora, qual a razão, se deve ser fei-ta essa operação, de não oferecer as desertas áreas que cercam a via expressa sul, abandonadas, sem qualquer utilização pela cidade, e tendentes a se tornarem ocupações irregulares, ou eternos pastos.

E não demandariam novos ater-ros!

Os prédios públicos, que tam-bém se fala na matéria, é uma ver-dadeira nóia que deve ser comba-tida pela sociedade.

Afinal, os serviços públicos não necessitam ter visada para o mar.

Precisam, sim, é ter olhos e sensibilidade para as demandas sociais, que não são poucas em Floripa.

Todos os serviços públicos que se instalaram na região da Beira--Mar se constituem em atrativos de pessoas, veículos e, por con-sequência, de grandes aglomera-ções, tráfego e congestionamento.

Todos os prédios de governos municipal, estadual e federal de-veriam ser estimulados a se loca-lizarem no continente, para que a cidade volte a se movimentar, sem os diários congestionamen-tos, tendo em vista as grandes li-mitações territoriais que a condi-ção de ilha oferece.

A maior preocupação, e apre-ensão, é a naturalidade com que se trata a possibilidade de novos aterros na área oceânica criando um outro lado ocupado, um pos-sível outro paredão de prédios, no que hoje é o mar.

Já existe um projeto de aterro para ampliar a área da ponta do Coral. Mas pode se fazer aterro para aumentar com área, e águas, públicas, um patrimônio privado?

Agora o projeto do governo es-tadual, com mais aterro para a quarta ponte e áreas de manobras e mais pistas.

No Ipuf, órgão responsável pelo planejamento urbano de Florianó-polis, alguém foi consultado, tec-nicamente?

Quem são os autores do proje-to, e quais especialistas fornece-ram seus pareceres para atestar a sua necessidade e viabilidade, respeitando as limitações legais e ambientais?

E as opções hoje utilizadas em vários centros do mundo, de transporte náutico?

Muito passeios foram feitos, grandes barcaças apresentadas, fotografadas, noticiadas na im-prensa, mas até agora, nada.

Nossos governantres, que ado-ram viagens ao exterior, sem-pre voltam maravilhados com os meios de transporte que conhe-cem em países que investem nes-sa modalidade.

Mas ao retornar ao Brasil, pare-ce que voltam às limitações de op-ções rodoviárias e asfálticas.

Fala-se que a ponte não teria en-volvimento de valores ou recursos públicos.

Como que não?As áreas a serem oferecidas

para ressarcimento privado dos investimentos, são patrimônio dos cidadãos desta cidade, e de SC, pois são capital ambiental e pai-sagístico, de propriedade e domí-nio públicos.

Pelo porte do projeto, pelo eleva-do valor a ser comprometido pelos cidadãos, é necessário que se co-nheça muito bem o detalhamento dessa iniciativa, pois ela pode ser o marco da deterioração da qualida-de de vida, se não forem observa-dos os parâmetros necessários.

Uma ampla discussão com a so-ciedade, representada por profes-sores, especialistas em desenvol-vimento urbano, pesquisadores sociais, geógrafos, ambientalistas, se torna urgentemente necessária.

Sem isso, serão opiniões de po-deres públicos, pressionados por interesses privados, embalados por ganhos e lucros.

Se essa é a linguagem, que preva-leça, então, o lucro social, coletivo.

*Ex-secretário de Estado, ex-presidente do Ciasc, do Sapiens Parque e do Conselho do Sebrae-SC.

Profissional Especializado em Mediação de Conflitos Pessoais, Empresariais e Familiares

Quarta ponteTinha começado a escrever sobre esse momentoso assunto quando vi um texto do Danilo Cunha que diz, em linhas gerais, o que eu gostaria de dizer. Pra fugir do retrabalho resolvi então publicar aqui (depois de devidamente autorizado pelo autor), o artigo. Taí. Bom proveito.

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Feriadão por causo diquê mesmo?Imagino que todos saibam por

que hoje é feriado. Relembro, para os mais distraídos: há 122

anos, no dia 15 de novembro, a monarquia brasileira foi extinta e criou-se uma república presiden-cialista. O Marechal Deodoro da Fonseca assumiu, provisoriamen-te, a presidência. Neste país de paz e boa conversa, o Imperador D. Pedro II e sua família, destituí-dos do trono, viajaram sem gran-des incidentes para Portugal, no dia 17 de novembro.

Claro, se a gente for exami-nar direito, vai ver que Deodoro não queria se meter nessa histó-ria, mas aceitou, a contragosto, e marcaram o golpe militar para o dia 20. No dia 14 surgiu o boato que o governo mandaria prender os líderes do movimento (que de-via ser tão secreto que todo mun-do sabia quem eram). E o golpe foi antecipado para o dia 15 (ain-da bem, porque senão hoje não estaríamos de folga).

No dia 19 de novembro de 1889 o governo pro-visório lançou a nova

bandeira da nova república, que é essa que está lá no alto da pá-

gina, que nós conhecemos e que nos identifica, até hoje, como nação. Adaptada (acho que às pressas) da bandeira anterior, manteve as cores da família im-perial: o verde, o amarelo, o azul e o branco. Com o passar dos anos adotou-se, popularmente, a interpretação de que o verde se-ria das matas, o amarelo das ri-quezas, o azul do céu e o bran-co da paz.

Pois bem, depois de uma monarquia que durou 67 anos, embarcamos numa

república que, 122 anos depois, ainda está na adolescência. Te-mos tido algumas crises, recaí-das, febres, ataques de melancolia e uma danada de uma corrupção que não sara. Coça aqui, coça ali, quando a gente acha que cicatri-zou uma pústula, abre outra, ain-da mais fedorenta.

Mas a gente vai levando.Aos poucos, estamos apren-

dendo. Já conseguimos fazer eleições periódicas, sem sobres-saltos e sem golpes militares. O próximo passo é aprender como escolher os candidatos sem levar gato por lebre.

Para comemorar este dia, além do Brasão e da Bandeira da Re-pública, trouxe alguns versos do Hino à Proclamação da República:

Liberdade! Liberdade!Abre as asas sobre nós!

Mensageiros de paz, paz queremos,É de amor nossa força e poderSeja o nosso País triunfante,Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!Abre as asas sobre nós!

Pena que esta página não tenha som, senão mostra-ria também algumas fra-

ses musicais desse Hino, que são muito bonitas. O início e o estri-bilho, por exemplo, são bem le-gais. No conjunto, é claro, tem aquela formalidade dos hinos mi-litares e a letra usa uma porção de palavras eruditas e pedantes, o que atrapalha a compreensão. Mas, dos hinos que temos, é um dos mais melodiosos e expressi-vos. Ah, a letra é do Joaquim de Medeiros e Albuquerque e a mú-sica do Leopoldo Miguez.

Texto publicado pela primeira vez em 2007. Enquanto a turma não decorar a lição, repeti-lo-ei sempre que tiver coluna no feriado de 15 de novembro

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O deputado Jailson Lima (PT) é sócio da “Asian Trade Link” (asiantradelink.com.br), uma

empresa com sede no Rio de Janeiro que, como o nome diz, se dedica a juntar compradores e vendedores. A intermediação é feita, em geral, reu-nindo vendedores chineses e com-pradores brasileiros.

O deputado Jailson Lima (PT), foi várias vezes à China, país onde a em-presa da qual ele é sócio tem escritó-rio e onde realiza seus principais ne-gócios, em viagens financiadas pelo povo catarinense. Os deputados, sa-be-se lá por que, acreditaram nas ju-ras do Jailson, que de uma coisa não tinha nada a ver com a outra e auto-rizaram as viagens.

Na última viagem para estimular negócios da China, até o presidente da Alesc, deputado Gelson Merísio, foi junto. Todos empenhados em transformar aquela outrora vetusta (ok, nunca foi muito vetusta) casa de Leis, num Itamaraty genérico.

Aliás, a Alesc parece que está se preparando para se transformar no Ministério das Relações Exteriores dos Deputados Negociantes de San-ta Catarina.

O CAÇADOR DE CORRUPTOSMas voltando ao deputado Jail-

son: embora tenha interesses de-clarados no incremento de negócios entre China e Brasil, tenta fazer-nos crer que suas viagens “a serviço” à China são totalmente desprovidas de conflitos de interesse.

Pois muito bem, o deputado, além dessa atividade diplomática e co-mercial, dedica-se a apontar aberra-ções nas folhas de pagamento dos Poderes e na forma como foram concedidas aposentadorias.

Seus desafetos dizem que ele en-trou nessa pra criar uma espécie de cortina de fumaça que nos fizesse esquecer da sua militância chinesa.

Bom, mas aí a coisa fica ainda mais interessante, porque os fatos que ele

tem trazido a público, embora não fossem desconhecidos, estavam mes-mo precisando ser colocados sob o holofote da opinião pública.

Prestou, com isso, um bom serviço, o deputado caixeiro-viajante? Claro, sem dúvida. A epidemia de aposen-tadorias por invalidez é um escânda-lo que a Alesc tenta manter sob o ta-pete faz tempo. Os salários acima do teto, nos três poderes, também é coisa de arrepiar os cabelos, que precisa ser discutida e esclarecida.

E, pelo jeito, o deputado-comer-ciante vai tentar faturar uns voti-nhos em cima do marketing do ca-çador de corruptos. Aproveitando que algumas entidades marcaram pra fazer manifestações anti-cor-rupção no dia 15, ele, espertamente, lançou um concurso (veja o texto no quadro acima). E já conseguiu fazer mais um negócio, divulgando uma empresa produtora de tablets.

O AMIGO DO INIMIGOÉ, sem dúvida, uma postura am-

bígua, a de fazer discursos contra corrupção num dia e no outro atu-ar como embaixador da China, uti-lizando-se do mandato parlamentar.

Os chineses, como vocês talvez saibam, estão entrando com tudo na cadeia produtiva da soja no Brasil. Vão investir bilhões na produção, no beneficiamento e no equipamen-

to de portos (olha São Francisco do Sul aí, gente!), para terem controle sobre o preço e não ficarem sujeitos às oscilações do mercado.

Os produtos chineses são concor-rentes diretos e ameaçadores de to-das as indústrias catarinenses. Os coitados dos industriais locais até compram máquinas chinesas pra tentar reduzir os preços, mas quan-do os produtos acabados chineses (trazidos, ora vejam só, em parte graças aos bons serviços do deputa-do Jailson) chegam, não tem jeito, é aquela água.

Jailson, Merísio e tantos outros deputados estão, ao que parece, fascinados com a montanha de di-nheiro que os chineses vão colo-car no porto de São Francisco e em outros negócios Brasil afora. Tanto que nem se preocupam com a reper-cussão de seus gestos de amor in-controlável e profundo pelo comér-cio internacional. Decerto nem vão lucrar nada com isso. Puro espírito público. Todos candidatos a santos, anjos e querubins.

Ah, um tema legal para as ativida-des investigativas do deputado Jail-son é o exame (e a divulgação, caso encontre algum esqueleto) dos atos de seu presidente, Gelson Merísio (PSD). A recente compra de mobili-ário para a Alesc, por exemplo, seria um bom teste da sua seriedade.

“Neste mês de novembro o deputado Jailson Lima, autor das denúncias de irregularidades do Poder Público catarinense, vai premiar a melhor frase sobre corrupção publicada no Twitter. Quem seguir o @deputadojailson deve retuitar com a hashtag #SCcontraCorrupcao para con-correr a um tablet da Braox, que será entregue pelo deputado Jailson Lima.

A Braox é uma empresa que vem se destacando no ramo de tecnologia da informação em todo o país. A sede da empresa fica na cidade de Caçador, no Meio Oeste catarinense. O depu-tado Jailson lançou a promoção para que os twitteiros possam se manifestar sobre a limpeza no serviço público que vem ocorrendo em Santa Catarina.

Portanto, convidamos a todos para que sigam @deputadojailson e participe desta nova promoção. Seja criativo e lance sua frase.

Quem sabe você seja o grande vencedor.”Transcrição ipsis literis de texto publicado no site do deputado [www.deputadojailson.com.br] no último dia 9

À esquerda, o presidente da Assembléia Legislativa, Gelson Merísio (PSD). De pé, o deputado Jailson Lima (PT). E acima (de tudo) dinheiro, muito dinheiro.

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No último diário oficial da As-sembléia Legis-

lativa, um edital chama a atenção: estão contra-tando empresa para en-sinar o pessoal da Alesc a falar chinês (manda-rim é uma das línguas oficiais da China).

É, realmente, um es-panto. Pelo que a gente vê e ouve na TVAL, bem que a Alesc poderia pagar cursos de português para vários de seus parla-mentares. E talvez até tivesse algum sentido facilitar o ensino do espa-nhol, ou do inglês, embora seja coi-sa pouco séria bancar o aprendizado de idiomas com dinheiro público.

Ensinar os servidores da Alesc a falar chinês é, sem dúvida, o fim da picada. É o ó do borogodó. Pelo

jeito o presidente Gelson Merísio e seus coleguinhas perderam comple-tamente a noção do ridículo.

Claro que, ao ensinar chinês a al-guns privilegiados assessores, os de-putados querem melhores condições de negociar e de intermediar negó-cios com empresas que pretendam se instalar em SC. O que, da mesma forma, é muito suspeito.

Na semana passada falei aqui sobre o entu-siasmo com que alguns deputados, com o Jail-son Lima (PT) à frente, transformaram-se em-baixadores informais da China em SC. Por coin-cidência, no dia anterior ao da publicação da co-luna, o deputado saiu para um período de fé-rias de 60 dias. Oficial-

mente, é uma espécie de reveza-mento: o deputado bonzinho deixa um suplente (que o eleitor não quis colocar na Alesc) experimentar o gostinho das mordomiazinhas.

Com a saída do Jaílson, entra a veterana Odete de Jesus (PRB), da bancada evangélica governista, para passar as festas de final de ano como deputada estadual interina.

A GLOBO É CEGA?Vocês sabem o que é “closed cap-

tion (CC)”? São aquelas legendas que as emissoras são obrigadas a colocar para que o pessoal que tem deficiência auditiva também possa saber o que está passando (como na foto ao lado, do Jornal Nacional).

As emissoras transmitem essas le-gendas junto com o sinal de TV e quem tem televisores com tecla CC pode acessá-las. É bom também para ambientes em que não se dese-ja colocar alto o som.

Pois bem, enquanto estava gastan-do as gordurinhas na esteira, na aca-demia, fiquei prestando atenção na TV. Estava na Globo, num desses pro-gramas matutinos, sem som e com o CC ligado (o que, numa academia onde todo mundo sua, faz todo o sen-

tido). Mas aí, depois de alguns mi-nutos, fiquei com pena dos surdos: a quantidade de erros nas legendas era inacreditável. Alguns períodos eram completamente incompreensíveis. As palavras não faziam sentido.

Achei que, como o programa era ao vivo, alguém poderia ter se atrapa-lhado e feito aquela caca. Aí começou

um desenho animado e foi a mesma porcaria. Letras faltando, palavras er-radas, uma zorra.

Como isso vem sendo feito há al-guns anos, era de imaginar que já tivessem alcançado um padrão ra-zoável. A Globo usa um sistema se-melhante ao da BBC: uma pessoa com boa dicção fica numa cabine, ouvindo o som do programa. E vai falando o que está sendo dito, num microfone acoplado ao software de reconhecimento de voz. Aí as pala-vras vão sendo escritas na tela au-tomaticamente.

Pelo jeito a Globo tá cega e não consegue ver a porcaria que estão colocando no ar, no canal de “clo-sed caption”. Ou então não se pre-ocupa em melhorar, tipo assim “o pior cego é o que não quer ver”.

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UMA VELHA PONTE QUE APROXIMA A INCOMPETÊNCIA DA SEMVERGONHICE

A bela foto acima foi enviada pelo Gabriel Pereira Knoll, leitor do DIARINHO. Ela mostra um dos “olhais” que unem os elos da corrente que sustenta o vão central da ponte Hercílio Luz. Na foto a cores (que vocês podem ver na versão online desta coluna que está em www.diarinho.com.br), aparece com maior clareza o estado lamentável em que se en-contra essa parte vital da ponte.

O grande problema da ponte, contudo, não é a ferrugem apa-rente, que é relativamente fácil de corrigir (embora não tenha sido, pelo que se vê na foto). Mas a situação da barra que está den-tro do “olhal” é que é a grande ameaça. É uma espécie de pino que une os elos que, se trincar, quebrar, derruba a ponte.

Para trocar esses pinos, seria preciso apoiar o vão central de alguma forma para poder des-manchar as correntes, substituir os elementos e depois recolocar, praticamente reconstruindo a ponte. Um trabalhão.

Pra vocês terem uma idéia do tamanho da incompetência e das fundadas suspeitas de semvergo-nhice, basta lembrar que a ponte foi fechada pela primeira vez em 1982 (há quase 30 anos!), já com suspeitas de que a estrutura po-

deria estar comprometida. E em 1991 (20 anos!) foi fechada defi-nitivamente porque descobriram problemas numa das barras do “olhal” e a ponte poderia cair a qualquer momento se continuas-se sendo utilizada.

E aí qualquer pessoa razoavel-mente sensata se pergunta: “ca-raca! 20 anos pra tomar uma de-cisão sobre o que fazer com uma ponte condenada?”

E o que fizeram nessas déca-das todas? Fizeram uma “ma-nutenção” que consistia, basica-mente, em tirar a ferrugem com jatos de areia e pintar. E em al-guns anos nem isso.

No reinado de Luís XV resol-veram “recuperar” a ponte, fazer uma reforma completa. Começa-ram pelas cabeceiras. E aí quan-do era pra começar a desmontar as correntes (com a correspon-dente sustentação alternativa do vão central), a coisa engripou. Não anda nem desanda.

Ou, pensando melhor: conti-nua a desandar. O dinheiro sub-mergido no canal do Estreito, sob a ponte, a pretexto de “conser-vação”, daria para construir vá-rias pontes. Mas ninguém parece muito empenhado em estancar essa sangria. Suspeitíssima san-gria de dinheiro público.

AMEAÇA REAL

Fiz essa “brincadeira” aí, há alguns anos, usando o photoshop, para ilustrar uma coluna num dia 10 de abril. Quando fiz, ainda era apenas uma brincadeira. Agora, está perdendo

a graça, porque a cada semana aparece algum especialista falando a sério nessa possibilidade. Mas o governo promete terminar a “restauração” em 2013 ou 2015.

CARTA-RESPOSTA DO PAPAI NOELMinha querida:Recebi sua cartinha e fiquei mui-

to feliz em saber que você, apesar de adulta, ainda acredita que eu possa lhe trazer um pouco de alegria. Às vezes fico um pouco cansado de ler cartas que só pedem riquezas e bens materiais. Mas a sua não, a sua é uma bela cartinha, cheia de esperan-ça e muito generosa, ao pensar tam-bém em outras pessoas. Sinto que você é uma pessoa boa, que tem se portado bem e que por isso merece uma atenção especial.

A vida de Papai Noel não é fácil. Desde que Mamãe Noel resolveu re-pensar a relação e experimentar coi-sas novas cantarolando aquela músi-ca do Paulinho da Viola (“ao seu lado não me sinto muito criativa, tenho asas, meu amor, preciso abri-las”), as salas e quartos dos meus Palácios de Verão no Polo Norte e de Inverno no Polo Sul não foram mais as mesmas.

Aquele silêncio obsequioso que rei-nava quando Mamãe Noel estava em casa, foi substituído por uma cer-ta balbúrdia controlada, de jovens seminuas correndo para lá e pra cá, música alta e os elfos, meus ajudan-tes, meio confusos, sem saber se ser-viam a cerveja ou olhavam para a bunda das visitas.

Essa vida de amores inconstantes e muito esforço físico, como sabes, cansa. Estou precisando atracar mi-nha velha lancha em um porto mais tranqüilo. Enquanto não encontro, só me resta procurar, no horizonte, al-gum sinal de terra firme. E a tua car-tinha, minha querida, pode ter sido um desses sinais. Por isso apressei-me em respondê-la e ao mesmo tempo fa-zer um convite: por que a gente não se encontra pessoalmente para trocar uma idéia? Não seria legal?

A gente podia tomar um chá, uma coca zero com limão ou um champagne, comer uns petit-fours, saborear uns queijinhos ou jantar à luz de velas.

E quem sabe neste Natal nós dois não teríamos nossos desejos reali-zados? Você ganhando casa, comi-da, roupa lavada, carro na garagem, jardineiro musculoso e dinheiro no banco, como estava na sua cartinha e eu ganhando o seu lindo coração, aliás muito bem protegido por esses simpáticos monumentos que apare-cem na foto que estava no envelope. Que tal? Topas?

Beijos, Santa.

Page 9: donc-novembro2011

MORTE EM CHAPECÓ O líder do PT na Alesc, deputado Dirceu Dresch, divulgou uma nota sobre o assassinato do verador Marcelino Chiarello (PT de Chapecó), onde diz uma frase que levanta algumas suspeitas sobre quem poderia ter sido o mandante do crime:

“Marcelino deu sua vida à política e fez dela uma bandeira contra o desrespeito e o mau uso do dinheiro público.”

 Chapecó, todos sabem, é terra de paixões políticas que foi administrada pelo PT durante vários anos e de uns tempos para cá é governada pelo grupo do secretário da Agricultura e ex-prefeito (e ex-DEM), João Rodrigues (PSD). Os vereadores fiscalizam o prefeito. Se, como sugere o líder do PT, a morte de Chiarello e tem a ver com o incômodo que ele causava à administração municipal, então...

TAXAS DO DETRAN O governo Raimundo divulgou uma justificativa “humanitária” para enfiar-nos, goela abaixo, o aumento de 12%nas taxas do Detran: “é pra ajudar a pagar um salário melhor pros policiais, tadinhos!” Pra quê? Os sindicatos dos policiais subiram nas tamancas. E o presidente da ADEPOL-SC, delegado Renato Hendges lascou:

“O governo acha que somos idiotas. Quer nos usar para justificar o aumento das taxas do Detran e colocar a população contra a Polícia Civil, mas vamos mostrar a verdade.”

SEM EDUCAÇÃO E por falar no governo estadual, sabem como andam as negociações para resolver as pendência dos servidores da Educação? Pois é, não andam. Pelo que resmungam os sindicatos, tá tudo mais ou menos na mesma. O governo, como em várias outras áreas, não consegue explicar direito o que pretende nem como vai resolver as pendências eternas. O tempo passa, o tempo voa e o tal “Grupo de Estudos” criado com participantes de servidores e governo para encontrar soluções, até agora não achou nada. Muito menos uma saída. Por enquanto, ao que tudo indica, o governo conseguiu ganhar tempo, mas os servidores da educação não conseguiram ganhar nada.A professora Janete Jane da Silva (da corrente Conlutas, do SINTE/SC), acaba de cair fora do “Grupo de Estudos”. Diz ela:

“Para o Governo, as reuniões com o SINTE/SC são apenas para enrolar a categoria, enquanto ataca e desmonta a educação e os trabalhadores em educação de Santa Catarina.”

VAI, TEBALDI! Pra mostrar que o governo Raimundo está mesmo muito preocupado com a Educação, o secretário Tebaldi de Tal também vai para a Europa, na comitiva liderada pelo governador 2. A má notícia é que ele pretende voltar.

F R A S E D A T E R Ç A

“Denuncismo são as denúncias lançadas contra nossos aliados enquanto denúncia é o denuncismo praticado contra nossos adversários”

Capturada no Blog do Alon (http://www.blogdoalon.com.br)

O GOvernadOr 2 cOntra-ataca!Dr. Moreira DiSTriBUi DiNHeiro e CHeFia CoMiTiVa oFiCiaL Do GoVerNo À eUroPa

Todo vice-governador sonha em governar no lugar do governador.

E alguns têm mais sorte que outros. Vejam só o Dr. Moreira, vice-gover-nador de Santa Catarina, que daqui em diante será chamado, aqui, de Governador 2: passou as últimas se-manas viajando pelo interior do esta-do, distribuindo bondades.

Desde presentes relativamente modestos, como uma kombi para a Apae de um pequeno município até convênios mais polpudos o Gover-nador 2, tal como se governador fos-se, andou entregando e assinando.

E está tudo registrado na página de fotos do site de notícias oficial do governo, o www.sc.gov.br, que foi de onde tirei as fotos acima.

Normalmente, o vice assumia al-gumas funções na ausência do gove-nador titular, mas agora o Raimun-do está aí, governando normalmen-te, ou fazendo o possível para isso. E mesmo assim quem é que aparece para receber embaixadores em Palá-cio? O Governador 2.

Esta semana, para confundir ain-da mais a cabeça de pessoas simples e distraídas como eu, o Governador 2 está partindo para a Europa, che-fiando uma missão oficial do gover-no catarinense. Fica por lá uma se-mana, tentando, entre outras coi-sas, convencer-nos de que o passeio será fundamental para convencer a BMW a instalar uma fábrica em SC. E o Raimundo? Fica em casa, né?

Acima, o Governador 2 recebe o embaixador da Argélia, no dia 23/11. O Governador 1 estava no RS. Abaixo, à direita, dá pra ver que mesmo quando o Governador 1 está presente, o Governador 2 entra em cena

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