Dossiê do Tarot por Roberto Caldeira

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20 Dossiê Tarot Nº 001 O facebook é uma ferramenta fantástica de comunicação e, eu a elegi para dar início a coletivização das minhas idéias e propostas para a construção de um mundo tarológico visível e palpável. Hoje sou presidente de uma ONG (OSCIP- nome técnico) dedicada ao Tarot, a OSCIP-O Caminho, devidamente registrada e legalizada no Ministério da Justiça, portanto, a única entidade do terceiro setor voltada ao Tarot no MUNDO! Além disso, a única entidade real e legal do tarot no nosso país. Ela tem um ano e meio, vem crescendo lenta e gradualmente, achando seus espaços e colocando o Tarot como assunto nos meios públicos e sociais. Temos um trabalho muito bonito, custeado por nós próprios e doação de amigos sensíveis...não vivemos nas tetas do governo! Mas antes disso, ensinei Tarot por 20 anos seguidos e ininterruptos, vivendo apenas disso e nunca ensinando outro assunto. Quanto eu cobrava? O quanto cada um quisesse pagar...dinheiro nunca foi problema para eu ensinar. Hoje, tenho o prazer de ver nomes de destaque no cenário tarológico saídos das minhas aulas (por ética não citarei nomes, cabe a eles identificarem Dossiê do Tarot Por Roberto Caldeira OSCIP- O CAMINHO Dossiê do Tarot por Roberto Caldeira

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Dossiê Tarot Nº 001

O facebook é uma ferramenta fantástica de comunicação e, eu a elegi para dar início a coletivização das minhas idéias e propostas para a construção de um mundo tarológico visível e palpável.

Hoje sou presidente de uma ONG (OSCIP- nome técnico) dedicada ao Tarot, a OSCIP-O Caminho, devidamente registrada e legalizada no Ministério da Justiça, portanto, a única entidade do terceiro setor voltada ao Tarot no MUNDO! Além disso, a única entidade real e legal do tarot no nosso país. Ela tem um ano e meio, vem crescendo lenta e gradualmente, achando seus espaços e colocando o Tarot como assunto nos meios públicos e sociais. Temos um trabalho muito bonito, custeado por nós próprios e doação de amigos sensíveis...não vivemos nas tetas do governo!

Mas antes disso, ensinei Tarot por 20 anos seguidos e ininterruptos, vivendo apenas disso e nunca ensinando outro assunto. Quanto eu cobrava? O quanto cada um quisesse pagar...dinheiro nunca foi problema para eu ensinar.

Hoje, tenho o prazer de ver nomes de destaque no cenário tarológico saídos das minhas aulas (por ética não citarei nomes, cabe a eles identificarem a sua origem), sem contar os alunos-de-alunos (os netos e bisnetos), que também circulam por essas paragens com sucesso e distinção.

Estranhamente, ao tomar contato com a comunidade tarológica do face, encontrei um cenário esquisito e contrário a filosofia dos arcanos (seja ela qual for); pois ao invés da troca que o Tarot propõe normalmente, vi muita fragmentação, intrigas palacianas, questões pessoais transformadas em dogmas tarológicos e, nada, nada mesmo, voltado a expansão do Tarot.

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Vi poucos honrando suas origens, a maioria, nasceu sabendo! Só se fala de como jogar as cartas...acaso o Tarot tornou-se isso? Uma discussão sem sentido sobre a origem do Tarot (leia-se baralho), mas nenhuma discussão sobre a filosofia dos arcanos...estranho! Presenciei muito post do que significa "tal" carta...by o fulano 5 de paus ou a fulana 3 de ouros...o quê é isso?

Tarot é uma pessoa, não um baralho! Acaso avaliamos o pedreiro pelo martelo que ele usa? Somos Tarot's Vivos...aliás, Tarot é a forma de ver, não como se vê...rsrsrsrs...

Sonho com um mundo livre e vivo de tarólogos, unidos por uma ética e um amor...o Tarot, mas isso só será possível se renovarmos essas idéias arcaicas de baralho mais importante que tarólogo.

Existem mil formas de por as cartas e, todas são boas, porém, reduzir o Tarot a isto é inaceitável! Existe o Tarot ferramenta, o Tarot portal mágiko, o Tarot terapeutico, o Tarot Caminho de vida, o tarot forma de visão, o tarot místico, o tarot auto promoção e, até o Tarot como filosofia (própria).O Tarot não é acadêmico, é ciência natural...humana...viva...

Deixo aqui meu primeiro post abrindo a discussão...que seja além de jogo!

Vou disponibilizar um material da minha escola como uma proposta de troca...bjs

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Dossiê Tarot Nº 002

Quando eu estava na fase do "namoro" inicial com o Tarot, naquela fase de paixão deliciosa, em que vc dorme, acorda e passa o dia com as cartas; tudo me encantava e eu delirava com as tantas possibilidades que o Tarot me oferecia.

A mais simples delas foi a proposição de inter-relações numéricas das cartas, ou seja, de saída, cada uma das 78 lâminas pode ocupar 78 posições lineares no jogo simples...78 elevado há 78ª potência...isso se for uma carta ao lado da outra; em duplas, trios, quartetos e assim por diante também passam pela mesma potência. Meus D'uses, que um matemático nos ajude! Com isso, eu amei mais a minha nova paixão...milhões...pasmem...milhões de correlações em apenas 78 cartas.

Eis que me vejo chegando a primeira definição natural sobre o Tarot: o Tarot é um livro com as páginas soltas, perfazendo um quase infinito números dessas mesmas páginas...pirei!

Enlouquecido depois dessa loucura amorosa, fui percebendo como os símbolos se conversavam, relacionavam e se fundiam; formavam novos universos, dimensões e perspectivas das possibilidades que constituíam o presente e o futuro.

Disso veio o casamento, passei a trabalhar profissionalmente e, dia-a-dia, eu presenciava encantado "a dança dos arcanos"...e isso me alimentava muito... o Tarot era a minha luz!

Hoje, o Tarot é um amante. O baralho é uma proposta infindável de possibilidades que se multiplicam a cada momento ante nossos olhos, mas até hoje, o encantamento dessa primeira descoberta me acompanha... bjs

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Dossiê do Tarot nº 003

Existem tantas pessoas que falam de Tarot, e no meio dessas, sinto que algumas falam dele na base do "telefone sem fio", posto que repetem frases soltas de outros, sem as experiências e vivências (fora a prática), que um verdadeiro tarólogo deve ter.

Ter um baralho há dez anos na gaveta não faz de ninguém tarólogo; jogar umas 5 ou 6 cartinhas por ano não é suficiente para tornar ninguém um profissional na Arte; ler 3 livros sobre Tarot não abaliza ninguém a se dizer conhecedor de Tarot...e explico o porque:

Meu primeiro dia como tarólogo em fase de profissionalização foi 4 de janeiro de 1990, na Distribuidora de livros Macrishadan em Santana, três dias depois, começo também no Espaço ING na Pç da Árvore (tudo isso em São Paulo). Nesse mesmo ano, completo minha agenda no IPPA- Instituto de Pesquisas Parapsicologicas Avançadas e no Nosso Espaço. Atendia um dia em cada um, das 9 as 21hs, com consultas agendadas de uma hora cada.

Nesse tempo, o Brasil vivia o fim da ditadura e a inflação era monumental, então era praxe se cobrar as consultas a dólar (US$80,00), convertidos pelo valor do dia...30% p/o espaço e 70% para o profissional.

Como o bom tarólogo se faz no boca -a-boca, demorei uns bons 6 meses para montar minha clientela, isso porque não aceitava jogar com menos de 3 meses de intervalo para a mesma pessoa (outra hora explico isso).

E chegando ao final de 1990, jogava eu 9 ou 10 horas de Tarot todos os dias, essa era a fase áurea do esoterismo, e em cada esquina, havia um novo espaço esotérico abrindo suas portas. Era o tempo do Gasparetto, Paulo Coelho, Ademar Ramos, Lair Ribeiro e a explosão da PNL, cristais, anjos e radiestesia.

O Tarot era o bastardo, pois todos acreditavam ser uma Arte menor e abaixo das outras. Na época, um mapa astral custava US$ 300,00 ou uma consulta com um radiestesista famoso era US$ 150,00...o Tarot, a metade

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disso. Para se ter idéia, a Radio Mundial (rádio especializada em esoterismo), não aceitava tarólogos.

Joguei ininterruptamente até 95, mas desde 91 já dava aulas nesses espaços, e findo esse período, passei a dar aulas quase que o tempo todo e, aos poucos, fui me afastando das atividades de consultório.

Hoje, depois de construir minha vida material com um baralho na mão, posso afirmar que há diferença entre o simpatizante do tarot (aquele que tem o baralho, leu alguns livros e jogou para os conhecidos), o iniciante a tarólogo (aqueles que estudam com mais seriedade, mais ainda falta a prática extensa) e o tarólogo (aquele com base teórica sólida, estudo amplo, conhecimento do mundo tarológico e prática exercida pelo atendimento profissional).

Um tarólogo constrói seu nome através dos jogos e clientela, dos atendimentos e da aclamação dos que dele se valem; ensinam e passam a Arte a frente; escrevem e dão cursos. Acredito nos auto-didatas com seus conhecimentos natos; também acredito que se pode aprender o """"jogo""" em uma tarde; mas ser tarólogo de ofício requer tempo, estudo e prática, como todas as atividades humanas, o amadurecimento só vem com a vivência, com os erros e acertos, com as lágrimas e sorrisos.

Humildade não é natural no humano, porém, a humildade do verdadeiro tarólogo forjou-se em jogos tristes, em cânceres e suicídios, em abandonos e tragédias, em faltas de emprego e em muitos jogos banais também!

Dou a maior força as novas gerações e me divirto com as verdades fechadas, conceitos férreos e queixos erguidos dos livros hoje traduzidos, mas não me esqueço que nas eras do esoterismo da moda, foram figuras como Plínio Marcos, Matinas Diego, Marta Braga e Dorinha Yoshinaga em São Paulo ou Namur Copalla, Nei Naiff, Carlos Morais e Giancarlo Kind Schimit no Rio, que abriram as picadas para essa maravilhosa estrada que é o Tarot hoje!

Podemos divergir uns dos outros, posto que os bons tarólogos são artistas, e artistas padecem do ego; podemos não nos gostar, mas

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tarólogos são pessoas e, pessoas vivem de pessoalidades; podemos até atrapalhar uns aos outros, mas todos os citados são tarólogos forjados no atendimento e na aula dada...tarólogos por aclamação e feitos incontestes...tarólogos que nunca abandonaram a Arte!

Dai podemos avaliar quem é tarólogo, quem é iniciante na Arte ou quem é apenas simpatizante...rsrsrsrsrsrs...

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Dossiê do Tarot nº 004

Ai você vê aquela pessoa ávida, suspirante e ansiosa; ela que saber o que as suas cartas vão falar, o que vai ser da vida dela e, vc possui as duas primeiras escolhas de um jogo de Tarot: pedir que ela faça uma pergunta ou sair falando sem ela nada falar...

E ai está a verdade de um jogo de Tarot...opinar! Vc escolhe primeiro se é na pergunta ou na raça, depois, se a interpretação será por significados clássicos, associação, intuição ou um misto incompreensível de tudo e mais um pouco.

Mas as escolhas não param por ai, pois como será a tirada? Cruz Celta, 9 e 10, 3 cartas, mandala astrológica...qual a melhor para esse jogo? Tem diferença? Existe uma melhor?

Vc começa a por as cartas e aqueles 2 minutos iniciais malditos se arrastando e a procura da melhor colocação...vale a observação, sacação, chute, observar a reação dela...D'us...que difícil!

Devo falar da saúde, amor, dinheiro, infidelidade... a tia dela vai morrer...tem acidente...coisa ruim ou muita grana...Eu acho ou o Tarot diz?

Uma "voz" me ajuda, as palavras fluem e nem as vejo sair, me esforço ao máximo para achar a melhor expressão; e assim carta-após- carta a mesa se enche e eu falo, falo bastante, falo e nem sei o quanto já falei.

A pessoa pergunta, tiro novas cartas, respondo, ela quer mais, eu falo mais; ela contrapõe, discute, indaga, parece insatisfeita e vc novamente opina, assume uma postura, defende seu ponto e põe mais cartas.

Chega o fim do jogo, o consulente agradece e se vai, vc arruma a mesa e mais uma vez tem certeza que aquela é a sua arte, sua maneira de ver o mundo e o seu futuro!Um bom jogo de Tarot é isso: batalha, inteligencia, mistura, verdade e muita força de caráter, posto que Tarot rima primeiro com amor, entrega e boas intenções.

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Quem nunca viveu nada disso dificilmente jogou Tarot, quem nunca teve medo, tremeu, gaguejou ou se cobrou...nunca jogou Tarot. Quem nunca errou, voltou atrás ou se arrependeu de ter falado...não sabe o que é um jogo de Tarot.

Tarot não é perfeição, muito menos acerto, Tarot é informação, contribuição, soma e agregamento de idéias, pois o Tarot alimenta o consulente, abre portas e lhe dá novas idéias...

...Quanto ao tarólogo...quem disse que ele precisava entender o que falou? Rsrsrsrs

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Dossiê do Tarot nº 005

Uma fantasia:

Ao entrar na aula de Tarot, o aluno é interpelado sem delongas: Qual o tamanho da sua mente? Aluno com cara de pêra...hummmmm...vamos ver...hummmmm...

O professor ajuda: ela é menor, igual ou maior que seu corpo? Aluno (agora já no pânico): Jesus, Maria, José e os primos...qual o tamanho da minha mente? Afeeee...

Professor dá mais pistas: Se for menor que seu corpo, sua mente não pode ser infinita, visto a mesma ser menor; se for igual, qual a parte glútea da sua mente? Agora, se ela for maior, e em estando os dois próximos, poderiam elas estarem misturadas?

Aluno (desconsolado): sim, é, não , não sei, pode ser...........sniff...por que essas perguntas numa aula de Tarot?

É vc interpretando a lâmina do lado de cá ou ela jogando vc do lado de lá?

Aluno (rindo de nervoso): faz diferença? Professor: claro! Se vc busca a informação na dimensão arcânica, devemos entender que lá tudo é vivo, ou existe informação morta?

Então eu entro na dimensão dos arcanos quando jogo o meu Tarot? Professor: sim!

Mas se eu entro no mundo deles, eu me torno eles! Professor: sim!

Se eu me torno um arcano e, eu mesmo interpreto os arcanos, é o arcano que me interpreta...

Professor: sim...rsrsrsrsrs...

Saquei profi...não preciso me preocupar com nada, basta deixar os arcanos que tudo se resolve. Professor: sim.

Entendi (cara de aliviado), e muitos risos...

Professor: até a semana que vem...rsrsrsrsrsrsrs

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Dossiê do Tarot nº 006

Conversas abstratas:

Tarólogo: pq vc está bravo comigo?

Baralho: Vc me rotula, me impõe significados e me classifica...

Tarólogo: ...mais isso é ruim, errado?

Baralho: seus significados são fixos, estáticos, engessados; eles são frutos da sua insegurança, do seu medo de errar!

Tarólogo: o quê vc quer que eu faça então?

Baralho: liberte-me. Permita-me fluir em vc como um encantamento. Não me estrangule com seus medos, e não me mate com definições que vc nem sabe a origem.

Tarólogo: pq vc quer isso?

Baralho: pq lhe quero.

Tarólogo: e como faremos isso?

Baralho: me ame sem venerar, me use sem possuir, me expanda sem loucura, me domine sem posse...rsrsrs

Tarólogo: entendi, mais alguma coisa?

Baralho: tarólogos não devem se preocupar com acertos, apenas com mensagens!

Tarólogo: então não posso mais te jogar?

Baralho: pelo contrário, mais que nunca vc deve se apegar a mim, deixar eu te transformar e, vc tornar-se o Tarot-vivo...

Tarólogo (rindo): então me dá uma cartinha? rsrsrsrsrs

Qual a sua conversa?

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Dossiê do Tarot nº 007

Existem apenas 2 razões para que um jogo de Tarot naufrague. A primeira e mais comum é o medo de errar; medo que todos nós já vivemos em algum momento, porém, para que seguíssemos a frente, além de enfrentá-lo, necessitamos vencê-lo.

O medo de que o consulente diga que estamos falando besteira, inicialmente anestesia sua mente e...nada nas cartas; depois ele embaralha tudo,... fazendo da sua cabecinha um liquidificador de idéias desconexas e, para matar a fatura, ele te faz cometer um erro bobo, daqueles que nunca vc faria normalmente.

Para vencer esse medo, vc deve ter consciência de algumas coisas simples:

1- quem disse que vc precisa acertar? É comum nós falarmos algo sem sentido e, para a pessoa que ouve, ser a maior "sacada" do ano;

2- por que vc está preocupado em falar coisas que o consulente já saiba? Isso é perda de tempo, e se for proposital, é exibição barata;

3- da onde vc tirou a idéia que o consultante entende imediatamente tudo o quê é falado para ele? Tem sempre o chato que nem espera vc terminar para contradizer...acostume-se a eles...eles não mordem!

4- por que vc acha que uma leitura de Tarot é um discurso exato e pragmático? Relaxa...dá o seu recado prestando atenção ao seu coração: se ele está leve é acerto, se aperta, é erro...pronto...

Assim seu jogo será fluido, elegante e profundo... e sem medo...rsrsrsr...

Ahhhh...a segunda razão: incompetência. Mas acho que não é o seu caso...rsrsrsrsr...

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Dossiê do Tarot nº 008

Delírio didátido:

Chega um cara carregando um laptop, coloca-o na mesa e o abre, e aparece na tela: quero aprender Tarot! O pobre do proprietário da máquina, meio sem jeito, tenta explicar que tentou de tudo, até formatou o infeliz, mesmo assim ele insistia na loucura de aprender Tarot.

O professor na maior calma disse: se ele quer, não tem problema, podemos começar...

... Nisso, o dono indaga: não precisa de intuição pra isso?

Professor: sim! Proprietário: e computadores tem intuição? Professor: e quem pode dizer que não? Proprietário: essa eu quero ver...rsrsrsrs...

Professor: caro Lap (truque para deixar o aluno mais solto), existe uma carta no Tarot chamada de Louco, e ela corresponde ao zero e as outras 77 cartas do Tarot correspondem a 1, quando o Louco se aproxima das outras cartas, se ele ficar na frente fica 01, e se ele ficar depois, 10...isso se chama linguagem binária.

O Laptop, aluno que é, intervem dizendo que isso ele conhece muito bem e, que na verdade, é simples demais.

Professor: verdade, mas olhemos de outra forma...digamos que o Louco é o infinito (portanto, existe um só), e as outras lâminas, um aspecto das possibilidades (conquanto, infinitas); então basta junta-las nas seguintes ordens: do infinito para o finito ou vice-e-versa...

Nessa hora o coitado do Lap já havia se reiniciado umas duas vezes, pois, como assim, de um infinito para várias possibilidades ou das possibilidades para um infinito?

Professor (tranquilo): vejamos...o Louco 0 de frente para o Mago 1 nos leva a uma viagem iniciática de que, o Louco para obter poder deve tomar

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o formato do verdadeiro iniciado Mago; mas se for ao contrário, o Mago só terá poder em perdendo-se em sua loucura...simples, viu?

Proprietário e Laptop: simples...sim?!? Lap: mas e o resto das cartas, é assim também?

Professor: sim, vou dar um exemplo: o Louco 0 (infinito) fica na frente do Ás de copas; o infinito gera um ponto de amor capturado numa taça do coração ou o coração é uma taça de amor que serve o infinito? Proprietário (entusiasmado): os dois! E poderia ser, nenhum amor preso pode ser infinito ou...cara, isso é demais!

Laptop (emburrado): e o 1 com o 1, não acontece?

Professor (ainda na calma): evidente, pois as outras cartas (possibilidades) são influenciadas por outras possibilidades na sua forma finita...exemplo: o Mago defronte o Ás de Copas pode ser a magia enche sua taça, a primeira regra da magia é o amor ou Magos não gostam de água com gás...

Proprietário: e o que define o significado da leitura?

Professor: aquela possibilidade finita ou infinita, não importa, mas que ela contenha coração...isso é a intuição!

Proprietário: saquei...o tarólogo apenas ouve, vê ou percebe qual a possibilidade está em sintonia com o consulente...isto é que é ler Tarot?

Professor: sim!

Laptop: erro 404...

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Dossiê do Tarot nº 009

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Da tiragem de cartas:

Inexplicavelmente aos olhos comuns, o Tarot sempre traz a mensagem e, objetivamente, aos olhos tarológicos, a mensagem está em tudo, posto que ela não precisa vir, e sim nós vermos. Começo assim para falar da tiragem de cartas num jogo ou atividade que envolva o Tarot, onde inadvertidamente, inúmeros profissionais da área acreditam que uma forma de ti...ragem é melhor que outra, meio que na base de Maquiavel e seus meios justificando os fins.

O método nunca é mais importante que o sistema já diria qualquer engenheiro. Se vc usa o método da cruz celta, roda astrológica, labirinto, cruz de Merlin ou uma carta; basta que a mensagem seja eficiente, que é a função do sistema tarológico, qualquer um desses métodos equivale ao outro. Sim irmãos, somos anti-maquiavélicos, pois o fim dá a função ao meio; é a resposta que importa, não como se chega a ela!

E talvez um mais ousado pergunte: posso criar meu próprio meio de tirar cartas? Sim, e cheque-o da melhor maneira existente, que é o tempo e experiência, posto que ao passar por eles, sendo sua tiragem correta, seu modo se consagra.

Asseguro a todos que o Tarot não parou no tempo. A cada dia nascem novas formas de jogar e outras tantas de interpretar, e não podemos venerar as antigas em desprezo das novas...ou vice-versa...todas cabem e servem.

Mas mantenha-se alerta, o sistema (Tarot), não pode ser violado por métodos (tiragens) ilógicas ou caóticas, pois na perfeição do jogo mora a boa mensagem.

O bom tarólogo deve dominar pelo menos três tipos de tiragens. Seja pela versatilidade, pela profundidade ou apenas pelo saber; ampliar a possibilidade do jogo é sempre sensata...ou a exemplo do cozinheiro, devemos fritar o ovo apenas de um jeito sempre?

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Inovar é ampliar; ampliar exageradamente é banalizar. Usar o tradicional é seguro, mas aprisionar-se na segurança é fatal. Tornemo-nos plurais, ecléticos e múltiplos, assim nossos jogos ganham vigor na variedade e beleza no conhecimento!

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Dossiê do Tarot nº 010

Por que vc joga Tarot?

Joga para dar ou receber informações sobre sua vida presente? Para saber sobre o futuro? Para ter as respostas que não consegue sozinho? Porque é o seu dom? Não!

Você usa o Tarot porque em algum lugar em sua mente o poder grita, te chama, desafia, incomoda e faz força para vir a tona; posto que aqueles que procuram o invisível, o escondido e o não vis...ível são os que conhecem o poder!

Não é poder sobre ninguém ou algo, não é o poder de exibição, muito menos o poder que os fracos ambicionam para serem reconhecidos... o Tarot fala de outro poder...o poder sobre a própria Vida.

Portanto, quem tem medo de ser especial, diferente ou único; talvez até aprenda um pouquinho de Tarot, mas nunca o conquistará.

No seu primeiro grau o Tarot é um jogo de predição, no segundo, uma filosofia elaborada, no terceiro ele será uma ferramenta múltipla para as artes mágicas e, já no quarto grau uma magia própria em si; do quinto em diante, saibam que o Tarot torna-se um Caminho em si, onde a jornada vale mais que a própria existência.

Se vc tiver medo do seu próprio poder, vc nunca dominará o Tarot, nunca descobrirá como ultrapassar o jogo, ficará preso no pântano das significações de cartas ou se perderá no labirinto das associações infindáveis com todo o resto.

Prepare-se para a jornada, e numa noite fria, em sua mente, o Louco desprovido de qualquer sentido lhe perguntará: para que serve uma jornada no abismo? Se vc responder certo, uma porta se abrirá, e quando vc entrar atrás de si ela se fechará...vc estará no pavilhão do Mago, e este

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lhe perguntará: para quê vc quer o poder? Responda certo ou morra de fome e sede nesta sala.

Vencendo o desafio do Mago, abrir-se-a a porta da Sacerdotisa, e nova pergunta virá...vença ou morra...

E se assim vc ultrapassar as 21 salas, encontrará do lado de fora o Louco ascensionado que lhe perguntará: vamos em frente?

Assim começa a segunda volta do Louco e os 21 templos da sabedoria...já imaginou como serão as 21 voltas com 21 etapas cada?

Por isso, quem ama o Tarot, ama o poder!

Mas Poder para quê? Rsrsrsrsrs

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Dossiê do Tarot nº 0011

Das posturas:

Se vc quer um bom profissional, não perca de vista que ele tem componentes humanos e, que esses componentes, definem a sua atuação, ela boa ou ruim.

MSN, Orkut,Twitter e mais agora o Facebook, permitem-nos observar os fatores humanos de diversos profissionais das mais variadas áreas; hora vendo suas belezas e n'outras seus desvarios e infantilidades. E são nesses momentos de distração que conhecemos verdadeiramente as pessoas.

Profissionais destemperados, deselegantes, ofensivos; eternamente envolvidos em polêmicas e brigas on-line, em si, geralmente não produzem nada bom em essência, usando da profissionalidade (só o nome), para espalhar o caos e a desordem.

Se vc necessitar de um tarólogo, procure um conhecido, que se mostre sensato, equilibrado e com constância. Prefira os de boa postura, discretos e bem posicionados; fuja das ostentações, dos grandes gurus e dos falsos humildes. Dê mais atenção aos ligados aos humanos, aos de visão cotidiana e vontade de agregar.

Assim, a possibilidade de vc vir a receber um ótimo serviço estará quase que garantida.

Bom jogo!

Roberto Caldeira

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Dossiê do Tarot nº 012

Como o último dossiê dessa série gostaria de falar sobre aprender e inventar. Todos nós aprendemos desde o momento do nascimento, aprendemos com tudo e todos, e assim nos desenvolvemos e adquirimos nossas personalidades; mas eis que chegando a certo ponto, abdicamos do aprendizado em prol da invenção. Alguns dizem que não precisam mais aprender, outros só querem aprender consigo mesmos e apenas uma pequena parcela ainda aceita a orientação de terceiros.

No meio tarológico, o meio que nos interessa, parece um amontoado de órfãos autodidatas, posto que ninguém aprendeu com absolutamente ninguém, ou seja, bastou pegar o baralho e saiu jogando por si mesmo. Lógico que não bastando isso, a criatura hibrida "adaptou" ao seu bel prazer o método de terceiros sem nem ao meno...s saber as regras que compõem uma tiragem de Tarot (aliás, a maioria dos tarólogos acha que os métodos de tiragem de cartas são apenas formas estéticas de colocação das lâminas), sem se preocupar se as mesmas seguem as regras magnas do nosso Universo.

E assim, livros foram escritos, cursos dados e informações sem checagem prévias assumiram ares de verdades herméticas, foram retransmitidas tantas vezes que, atualmente, qualquer "coisa" passou a ser técnica de Tarot, qualquer curso é bom e qualquer jogo é certo.

Não precisamos de curriculum de tarólogos, qualquer um que se denomine deve ser aceito e respeitado só porque se diz tarólogo. Sem curso de origem, sem pedigree, sem origem, sem formação respeitável; apenas a sua palavra e nada mais. O que garante que essa pessoa leu meio livro de um péssimo escritor, comprou um baralho e saiu a dar seus cursos ou atendimentos? Bom, nada como o tempo para provar as coisas...rsrsrsrs...

Mas não paramos por ai, pois com a modernidade, entramos pelo perigoso caminho das misturas, daquelas sem razão ou porque são semelhantes. Passou-se a misturar-se Tarot com tudo sem o pudor de

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manter-se as características naturais das duas partes; muito parecido com a mistura de feijoada com sorvete no mesmo prato e hora; sozinhos são maravilhosos, juntos, meramente lavagem de porcos.

Vejam, não sou contra as fusões, desde que obedeçam critérios e normas, não um ser disfarce do outro. Símbolo, número e forma devem ser respeitados em suas independências! Podem conviver juntos, porém, guardando sempre suas características...

Não se respeita mais os bons professores, os desenvolvedores e, principalmente os antigos mestres da arte. Os ícones ancestrais não valem mais nada, as tradições idem, o estudo acurado e dedicado também nada valem.

Por isso, em tempos de Facebook, fast food e tudo descartável, o Tarot está jogado no profundo do amadorismo...sem tradição, sem modernidade!

Encerro meus post's agradecendo aos que acompanharam e comentaram esses escritos, e que querem ver o Tarot no seu devido lugar, meus agradecimentos!

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