Dossiê Projeto 3

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Beatrice Volpato, Beatriz Frota, Fernanda Neves, Julia Lot, Mayra Bianconi e Patrícia Peruchi

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PROJETO 3 IAU USPprofessores marcelo tramontano e renato anelli

dossiê de repertório arquitetônico

Além de criar um espaço interno mais marcado, a cobertura também é parcialmente acessível pela escada formada por uma seção mais alongada, criando dois andares e ambientes, como é possível observar na imagem 6. Essa é uma solução que o grupo considerou muito interessante, pois a estrutura apresenta não so-mente a função de cobertura, mas também expande-se de forma indissociável em um local de passagem e estar. Tal característica seseria muito bem aproveitada em um equipamento urbano, por seu caráter público de convívio e movimentação. Essas possibilidades estão intrinsecamente ligadas a uma concepção de projeto que não diferencia cobertura, fechamento e sustentação. Ao longo do edifício, a cobertura toma diferentes funções e intensi-dades, desde uma zona mais privada, onde cam os quartos e ban-heiros, passando pela cozinha e salas de estar, até uma zona mais pública, voltada aos terraços e à paisagem.

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Imagem 14

O ponto da imagem 15 resolve bem a questão do conforto do usuário, protegendo principalmente do sol e da chuva, a inclinação da forma dispensa a utilização de calhas e desvia para trás da con-strução o fluxo de água. O grupo levanta a questão que caso fosse utilizado outro material - como uma chapa metálica - não seriam necessários os pilares frontais. Sua forma plástica poderia ser al-terada, adequando-se melhor a locações com especificidades di-versas.Acredita-se que, apesar da ausência de um mobiliário mais usual (como bancos, por exemplo), a estrutura possibilita algum conforto para as pessoas que aguardam seu transporte, inclusive, espera-se certa apropriação da estrutura.

Imagem 15 Imagem 16

O ponto da imagem 16 foi selecionado por sua estrutura autopor-tante e pela disposição modular, que fornece a possibilidade de re-arranjo, adequando-o a outras funções e espaços.Poderia ser facilmente adaptável a um script de triangulações, usando o próprio pentágono como base e possibilitando ainda mais experimentações em relação à forma. Além disso, o material poderia também ser substituído por outro cuja produção é mais sustentável, estruturalmente mais leve e com auxílio da fabricação digital na construção.FFornece uma proteção contra intempéries ainda maior que o pri-meiro, pois apresenta mais proteção contra o vento e também dis-pensa o uso de calhas.Há porém a uma sensação de fechamento em relação ao espaço ex-terior ao ponto, principalmente caso fosse inserido no meio urbano no qual será feito o futuro projeto

Apesar da questionável proteção contra insolação, chuva e vento, e da ausência de mobiliário, o grupo se interessa pela ex-centricidade formal e experimentação plástica presente neste projeto ainda que desenvolvida nas lógicas tradicionais con-strutivas - que poderia ser adaptada a um spript de folding. Dentre os pontos pesquisados, este é, definitivamente, o que melhor parece assinalar um local.O anel metálico aparente que suporta a estrutura em concreto talvez pudesse ser dispensado, fosse utilizada a tecnologia do concreto protendido.

Imagem 17

Imagem 18

A proposta do exercício é a construção de repertório técnico e arquitetônico, analisando referências de projetos selecionados com base nos seguintes critérios: utilização de formas complexas, possibilidade de modelação e fabricação digital, uso de materiais adequados, princípios construtivos e adequação ao con-texto da implantação, fluxo de pessoas e divisão de espaços. A análise constituiu-se com foco principal nos elementos que poderiam contribuir para o posterior desenvolvimento de estações intermodais de transporte urbano, através de moldes paramétricos e considerando sua dimensão enquanto equipa-mento público.As referências apresentadas nesse dossiê foram escolhidas baseadas em discussões prévias em grupo por apontarem questões essenciais do futuro projeto, tais como, a utilização de formas complexas que sejam autoportantes ou que não se possa diferenciar os componentes tradicionais de construção (cobertura, viga, pilar e fechamento). Outro ponto levantado é uma não-segregação dos espaços pro-jetados entre os transeuntes e os usuários do transporte, tem-se como objetivo que a divisão do público e privado no espaço seja sutil e que se privilegie a permeabilidade do espaço que caracteriza as nossas relações urbanas. Além disso, é prioridade projetual o uso de scripts, materiais e método de fabricação que sejam sus-tentáveis. A busca pelos materiais tende a ser de acordo com a possibilidade de produção próxima da obra, com o mínimo desperdício e que os materiais possam ser de certa forma reaproveitados (diferentemente de construções que privilegiam o concreto como estrutura e vedação).Uma possibilidade discutida é a criação de um projeto de certa forma modular para reduzir a complexi-dade construtiva. O caminho que o conceito do projeto tem tomado procura scripts próximos da trian-gulação, torção e slicing que facilitam a fabricação digital e a integração do sistema estrutural com a forma. É importante destacar que quando se trata de um projeto de sistema de transporte complexo como o que será elaborado, é inevitável que a intervenção modifique certas relações urbanas que atualmente se desenvolvem na cidade. Por isso é um objetivo não tratar o aparelho urbano e a construção como uma intervenção isolada, deve-se buscar a integração com a cidade e que a intervenção impacte o espaço urbano me maneira sutil, sem deixar é claro de modificar as áreas que tem demandas urgentes de re-modelagem. É essencial um cuidado minucioso com a implantação na cidade privilegiando a permeabi-lidade, acessibilidade e interação com a cidade já existente e seus palimpsestos.

conclusão06