Dra. Ana Maria Franklin de Oliveira FCM /Unicamp o S DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE AGENTES...
Transcript of Dra. Ana Maria Franklin de Oliveira FCM /Unicamp o S DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE AGENTES...
Dra. Ana Maria
Franklin de Oliveira
FCM /Unicamp
AGENTES COMUNITÁRIOSooS DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDES DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE
Um pouco da história e da minha gratidão aos Agentes Comunitários
Comecei com S. da família em 97 editando os Agentes em Ação – foi uma injeção de ânimo na veia – viajar o Brasil e conhecer aquele trabalho maravilhoso de resgate da solidariedade na saúde
Déc. De 70/80 Experiências isoladas
Ceará –Estado Pioneiro
91- Programa Nacional -PACS
92 – Maior visibilidade –controle da Epidemia de cólera na Amazônia
Prêmio da UNICEF – redução da Mortalidade infantil no NE
Os profissionais de saúde podem se sentir parte integrante do território?
Nas comunidades menores e mais atrasadas, as diferenças culturais são menores e o sentimento de pertencimento maior.
Nas metrópoles, as diferenças são imensas, o distanciamento maior e mais difícil de ser vencido.
Território é mais que espaço geográfico, é cultural, político, afetivo e ético.
Que imagens e sentimentos temos do território em que vivemos?
Minha imagem: Território cindidoMinha imagem: Território cindido
Violência – onde os diferentes territórios se encontram
A violência revela o que negamos: o
apartheid social em que vivemos
Não estabelecemos os nexos entre a violência e a
organização social que criamos
Como Promover a Saúde, sem a solidariedade e a inclusão?
As relações de solidariedade são escassas numa
cultura individualista. Como construir
oportunidades, trabalho, educação, lazer, auto-estima?
Como promover a paz, a convivência solidária, estilos de vida saudáveis?
Quando o espaço das ruas, das escolas, das praças, não é mais oespaço do aprendizado, das trocas, da convivência pacífica?
Quando a vida é violenta e as pessoas se encarceram nas casas?
Cada um reage como pode
Alguns exageram?
Cercas eletrificadas, muralhas, fossos
arames farpados...
O pior é que muitos se desiludem e
vivem só para si
Nossas doenças são frutos da sociedade que criamos
uma guerra de todos contra
todos, marcada pela indiferença
social
Acreditamos na cura fora de nós e queremos milagres
Sofremos de um tipo de lepra social, que
vai nos deixando insensíveis
resolvemos abolir a dor –como se
houvesse fármacos até para as dores
existenciais
Responsabilizamos sempre os outros. Faz parte das nossas defesas
Responsabilizamos a equipe, a chefia, o Secretário, o PT,os bandidos, os pais, os maridos, ...
É muito difícil assumirmos a nossa parte e mudarmos a prática cotidiana
Nos acomodamos e nos acovardamos no território daquilo que já é conhecido
Onde as raízes de nossas dores?
Stress, cardiopatias, hipertensão,
diabetes,, obesidade, anorexia, dependência
química, depressão, ansiedade, violência
no trânsito, nas casas, nas ruas-
Estilo de vida “American Way of Life” “Time is money”
Por trás de uma vida desequilibrada estão os valores de uma época.
Descuidamos do corpo e daquilo que nos faz bem e traz equilíbrio emocional.
Sócio e psico patologias: doenças da nossa modernidade
Ora nos sentimos onipotentes
ora impotentes..
Onde a nossa a potência?
Como melhorar nossas práticas? Atividades físicas
Cultuamos a poltrona de TV e o sedentarismo.
Amanhã nos prometemos os “ trinta minutos que fazem a diferença”
Que tal hoje? Ainda é tempo...
Economia: gastamos mais com médicos que com lazer e academia
- U$ 1 dólar em atividade física economiza U$ 3, 2 em custos médicos.
- Os indivíduos fisicamente ativos economizam U$ 500 por ano com custos médicos.
-Austrália -> 1% no nível
de atividades físicas /adultos economiza 7 milhões de custos potenciais com tratamentos
Alimentação desequilíbrio metabólico
>Refeições prontas x Alimentação natural
excesso de amidos e açúcares refinados grande produção de insulina,
Aumento do consumo de gordura hidrogenada
obesidade, diabetes e hipertensão arterial
Causas externas: Acidentes e Violência
estão entre as principais causas de mortalidade (anos 80)
segundo lugar no ranking, superados apenas pelas doenças do aparelho circulatório ( anos 90).
Antídoto: Educação e Solidariedade
Acidentes de Trânsito
Ocupam o segundo lugar dentre as causas externas
60% destes acidentes ocorreram no sudeste.
Educação no trânsito também dá resultados, além das multas, radares, boas condições nas estradas...
Violência de Gênero...Violência Doméstica...
A violência baseada na desigualdade de gênero não é devidamente diagnosticada no país.
A violência doméstica contra crianças e adolescentes é fruto da banalização da violência
É possível construir pontes sobre abismos?
Os abismos não são
intransponíveis Mas,
necessitam esplendidas
obras de engenharia
É possível modificar nossa relação com a comunidade?
Combater a desesperança?
Conviver melhor com as
diferenças?
Construir projetosIntersetoriais?
Como promover a mobilização social?
Acreditando...Como dizia o
poeta:Sonhar um sonho só, é
sonho. ..Sonhar um sonho junto, é realidade...
Não somos uma ilha de egoísmo e desesperança
Agentes Comunitários são parte dessa esplêndida obra de reengenharia social
Ajudam a transpor
e unir éticamente o espaço social em
que vivemos.
Os desafios de promover a saúde
Promover saúde é abrir um enorme leque de possibilidades de atuação intersetorial .
As ações devem ser eminentemente participativas e transformadoras.
Promover a Saúde
É mudar posturas, hábitos, promover a mobilização comunitária, a educação em saúde, mudar a organização dos serviços, privilegiando sempre a saúde em detrimento da doença.
Fácil como toda mudança paradigmática. Não é?
Promover a Saúde e Construir a Cidadania
Como desenvolver uma nova ética para
promover a saúde e construir a cidadania?
O que está em jogo é a ética e o sentido da
cidadania