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Valorização do território, proteção do ambiente e combate às desigualdades são os objetivos das jornadas que o Bloco de Esquerda realiza desde ontem e até hoje na região. A porta-voz do partido, Catarina Martins, que esteve na abertura do evento, explicou que a escolha pelo Alentejo foi pensada, afirmando que quem aqui vive sabe o que significa a desigualdade territorial. Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA TERÇA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2016 ANO: 47.º NÚMERO: 12.769 Pub. Bloco de Esquerda .... PÁG. 7 Jornadas Parlamentares no Alentejo terminam hoje Igreja de S. Francisco .... PÁG. 5 Évora recebeu Encontro Nacional de Leigos Portel Castelos são a personagem principal do Festival .... ÚLTIMA PÁG. apresenta... Os castelos, em particular o de Portel, ganham uma projeção diferente com a XIV edição do Festival de Cinema que decorre nesta vila alentejana até ao próximo sábado. “Castelo em Imagens” é o nome da iniciativa que leva diferentes filmes até ao auditório municipal, ao mesmo tempo que integra o XIII Concurso Nacional Escolar que inclui trabalhos de pintura / desenho, fotografia e vídeo. Trinta anos depois da entrada na União Europeia o Alentejo tem boas e más notícias. As más dizem que a região está mais velha e tem menos população jovem. Afinal, há menos nascimentos e mais mortes do que em 1986. Já as boas dão conta de muito menos mortalidade infantil e maior esperança de vida. O peso do envelhecimento no Alentejo 30 anos depois da adesão à Europa .... PÁG. 7 “Nada nos é indiferente entre a Terra e o Céu” foi o tema do Encontro Nacional de Leigos que juntou no passado sábado, na Igreja de S. Francisco, cerca de sete centenas participantes dos diferentes movimentos e associações da Igreja Católica. PÁG. 11 e

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Edição Diário do SUL de hoje 10/Maio/2016

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Valorização do território, proteção do ambiente e combate às desigualdades são os objetivos das jornadas que o Bloco de Esquerda realiza desde ontem e até hoje na região. A porta-voz do partido, Catarina Martins, que esteve na abertura do evento, explicou que a escolha pelo Alentejo foi pensada, afirmando que quem aqui vive sabe o que significa a desigualdade territorial.

Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIATERÇA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2016

ANO: 47.ºNÚMERO: 12.769

Pub.

Bloco de Esquerda

.... PÁG. 7

Jornadas Parlamentaresno Alentejoterminam hoje

Igreja de S. Francisco

.... PÁG. 5

ÉvorarecebeuEncontro Nacionalde Leigos

Portel

Castelos são a personagemprincipal do Festival .... ÚLTIMA PÁG.

apresenta...

Os castelos, em particular o de Portel, ganham uma projeção diferente com a XIV edição do Festival de Cinema

que decorre nesta vila alentejana até ao próximo sábado.“Castelo em Imagens” é o nome da iniciativa que leva

diferentes filmes até ao auditório municipal, ao mesmo tempo que integra o XIII Concurso Nacional Escolar que inclui trabalhos de pintura / desenho, fotografia e vídeo.

Trinta anos depois da entrada na União Europeia o Alentejo tem boas e más notícias. As más dizem que a região está mais velha e tem menos população jovem. Afinal, há menos nascimentos e mais mortes do que em 1986. Já as boas dão conta de muito menos mortalidade infantil e maior esperança de vida.

O peso doenvelhecimentono Alentejo

30 anos depois da adesão à Europa

.... PÁG. 7

“Nada nos é indiferente entre a Terra e o Céu” foi o tema do Encontro Nacional de Leigos que juntou no passado sábado, na Igreja de S. Francisco, cerca de sete centenas participantes dos diferentes movimentos e associações da Igreja Católica.

PÁG. 11 e

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DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

É

Unidade hoteleira aposta também em ser um espaço aberto à cidade

n Marina Pardal

Fotos Exclusivas

2 RegionalTERÇA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2016 diário do SUL

junto às muralhas de Évora, mais concretamente às Portas do Raimundo,

que se encontra o Hotel Vila Galé Évora. Esta unidade hoteleira de quatro estrelas foi inaugurada a 25 de abril de 2015, apresentando-se como um espaço moderno que tenta chegar a diferentes nichos de mercado.

O balanço do primeiro ano de atividade é apontado pelo diretor do Vila Galé Évora como “bastante positivo”, salientando Belmiro Pinto que este hotel “veio reforçar a oferta turística nesta cidade alentejana”.

De acordo com o mesmo responsável, “tivemos bastante aceitação por parte dos nossos clientes, não só dos já eram fide-lizados à nossa cadeia de hotéis, como também dos clientes que não conheciam os hotéis Vila Galé, mas que gostam do des-tino da cidade de Évora e que aproveitaram para conhecer a nossa unidade”.

Belmiro Pinto revelou que “no ano passado, tivemos oito meses de operação, com um início que foi crescendo gradu-almente, sendo que o pico foi em agosto, em que tivemos 90 por cento de ocupação no final desse mês”, focando que “para um hotel que tem 185 quartos isso é bastante positivo”.

O diretor do hotel salientou que “temos tido um bom ‘fe-edback’ por parte dos nossos clientes a nível da localização

Hotel Vila Galé Évora faz balanço positivodo primeiro ano de atividade

do hotel, da gastronomia e das condições que o hotel oferece aos seus clientes”.

Segundo o mesmo respon-sável, “o mercado português re-presenta cerca de 78 por cento dos nossos clientes, seguindo-se o espanhol com entre sete a oito por cento”.

Acrescentou ainda que “de-pois temos clientes de outros mercados,como o brasileiro ou o asiático”.

Ofertas para diferentestipos de clientes

O diretordo Vila Galé Évora explicou que “quando cons-truímos este hotel procurámos abranger toda a oferta possível para todo o tipo de clientes”.

Nesse sentido, realçou que “temos ofertas para clientes em negócios, visto estar localizado próximo da cidade e de algu-mas zonas industriais, e temos também facilidades para grupos e eventos, nomeadamente salas

de reuniões com capacidade para 600 pessoas em auditório, o que permite fazer congressos ou festas”.

Destacou ainda que “pelas facilidades que o hotel tem com as salas de reunião, o Vila Galé Évora recebeu vários congressos a nível do setor farmacêutico, banca, Associação de Hotelaria de Portugal, empresas nacionais e internacionais”, sustentando que “para este ano temos tam-bém vários pedidos, quer de âmbito nacional, quer interna-cional”.

Para além disso, Belmiro Pinto adiantou que “temos faci-lidades para clientes que viajam individualmente e em lazer”, exemplificando que “temos duas piscinas exteriores, uma para adultos e outra para crian-ças com escorregas”.

Outracomponente apontada pelo diretordo Vila Galé Évora foi o SPA, garantindo que “esta foi uma das mais-valias que fez com que tivéssemos uma boa taxa de ocupação na altura de época mais baixa”.

Especificou que “o SPA é composto por um ginásio, pis-cina interior aquecida, sauna, banho turco e temos um con-junto de salas de massagem e de salas de diagnóstico e de trata-mentos”, referindo que “temos também componente médica, com consultas de Nutricionis-ta, Fisioterapia e de Medicina Estética”.

O mesmo responsável asse-gurou que “todas as facilidades do nosso hotel estão disponíveis

não só para os hóspedes do ho-tel, mas também para clientes externos”.

Reforçou ainda que “uma das áreas em que apostamos, pela nossa excelente localização, é em captarmos o mercado de residentes da cidade de Évora”, assegurando que “não há qual-quer restrição para as pessoas que estejam interessadas em vir tomar um café, fazer uma refeição ou utilizar o SPA, mas obviamente que temos preços para clientes que estão hospe-dados e preços para os outros clientes”.

Quanto a esta cadeia de ho-téis, Belmiro Pinto evidenciou que “o Vila Galé é um grupo que tem 27 hotéis, 20 deles em Portugal”, realçando que “ao virmos para Évora quisemos aumentar a oferta hoteleira na cidade e aumentar o número de unidades que a Vila Galé tem no país”, ao mesmo tempo que lembrou que “temos uma outra unidade no Alentejo que fica em Albernoa (Beja)”.

“O turista que vem para o Alentejo

procura um serviço de qualidade”

Para o mesmo responsável, “Évora é uma cidade que está na moda, é um destino que está consolidado e que as pessoas procuram não só por ser Pa-trimónio da Humanidade, mas também pela sua gastronomia, por isso fazia todo o sentido o Vila Galé ter um hotel nesta cidade”.

Na sua opinião, “o turismo tem vindo a crescer, o cliente que vem para o Alentejo e nomeadamente para Évora procura qualidade, é um clien-te exigente, que tem poder de compra, mas infelizmente é um cliente que não fica muitas noites, fica uma ou duas noites, embora isso não queira dizer que não fique noutras localida-des do Alentejo”.

Constatou ainda que “é um cliente que procura produtos com qualidade, bons hotéis,

bons restaurantes, conforto, bom atendimento e simpatia”.

Outro dos pontos focados pelo diretordo Vila Galé Évora foi o impacto que esta unidade hoteleira teve na economia da região, nomeadamente ao nível da criação de emprego.

“No ano passado, em média, tivemos55 pessoas a trabalhar diretamenteno nosso hotel, sendo que esse número era reforçado com trabalho tem-porárioquando a ocupação do hotel o justificava, na parte de andares e de restaurante”, escla-

receu Belmiro Pinto.Na sua perspetiva, “este ano,

com o crescimento da ocupação, poderemos chegar até às 65 pes-soas a trabalhar diretamente no nosso hotel, havendo o respeti-vo reforço se for necessário”.

O diretordo Vila Galé Évora mencionou que “há ainda a salientar os postos de trabalho indiretos, pois trabalhamos com fornecedores locais e acreditamos que pelo volume de compras viemos ajudar a criar mais postos de trabalho em outras empresas que ajudam à

Belmiro Pinto, diretor do Hotel Vila Galé Évora

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3Tema de AberturaTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016diário do SUL

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais

Os pais, quando chega a idade dos fi lhos irem estu-dar, procuram saber onde está a melhor qualidade.

É o dever de família que fará a escolha, conforme as posses de cada uma.

Existem em Portugal 45 mil alunos nos colégios com contrato de Associação, com cerca de 3000 pro-fessores.

Os falados cortes nos apoios às Escolas Particulares e Cooperativas porá grave risco a esses Colégios e, de igual modo, atenta contra a intenção dos pais que preferem essas Escolas Particulares, que lhe merecem confi ança nos estudos e na segurança dos fi lhos.

Dizem os responsáveis deste sector da Educação, que o projecto do Governo atenta contra os direitos a ensinar e aprender e à liberdade dos pais, na esco-lha do ensino que querem para os fi lhos.

Tudo o que diga respeito à Educação é muito sen-sível e deve ser tratado “com pinças”.

Sempre houvera excelentes Colégios, não só cató-licos, como empresariais e neles se formaram jovens que vieram a ter preponderância na vida do País, logo chegados à idade adulta e profi ssional.

Parece que os cortes serão prejudiciais à escolha da Educação e a sua poupança não irá benefi ciar o Orçamento, onde há outras áreas de menor alarme social e cultural.

Espera-se que o bom senso dos responsáveis venha a adiar para as calendas gregas esta hipótese, que causou grande alarme na Escola Privada, não só nos professores, como nos seus 45 mil alunos.

(...)Tudo o que

diga respeitoà Educação

é muito sensívele deve

ser tratado“com pinças”.

(...)

Pub.

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diário do SUL4 OpiniãoTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016

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n Pe. Madureira da Silva

A fome e a sede são dimensões históricas que colocam um selo de sofrimento e de precariedade sobre a condição humana; por isso, a Bíblia exprime em esperança a promessa de um mundo finalmente livre de tais pragas. A humanidade redimida do Apocalipse é evoca-da nestes termos: “Nunca mais passarão fome nem sede, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e conduzirá às fontes de água viva” (Ap 7, 16-17). A água apresenta-se aqui como realidade humana e teológica. Nas bem-aventuranças, fala-se de “sede de justiça” (Mt 5, 6). A sede saciada de justiça não seria o saciar a sede real de água, de dignidade e de so-lidariedade? Sabemos que a Palavra de Deus é fonte que mata a nossa sede e os sacramentos são água viva para a nossa caminhada diária. De acordo. Mas também somos leva-dos a meditar sobre este recurso sem o qual a nossa vida humana ficaria incapacitada para receber os dons espirituais de Deus. Sabemos que a água é um bem renovável, mas limitado. O povo de Israel foi afetado pela sua escassez. O Papa Francisco, na encíclica Laudato Si (Louvado sejas), alertou-nos para a questão da água no n.º 8: «quando os seres humanos contaminam as águas, o solo, o ar... tudo isso é

2.ª obra de misericórdia corporal

DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDEpecado». Porque «um crime con-tra a natureza é um crime contra nós mesmos e um pecado contra Deus». Eis a água nos seus diversos significados e aplicações.

Um problema particularmente sério é o da qualidade da água dis-ponível para os pobres, que diaria-mente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por micro-organismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higie-ne e reservas de água inadequados, constituem um fator significativo de sofrimento e mortalidade infan-til. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas atividades extrativas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não são ape-nas as descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo con-tinuam a ser derramados em rios, lagos e mares (LS 29). Em nossos tempos, esta obra de misericórdia parece sem sentido. Pudera! cada um tem água canalizada na sua casa! Pensa desta forma quem tem o privilégio de viver longe das secas e dos desafios de ter de andar, em pleno século XXI, muitos quilóme-tros para buscar água em açudes. Sabemos que a água, a médio ou longo prazo, tende a ser um “tesou-ro” que se extingue. A consciência ecológica impele-nos a exercitamos o uso responsável da água potável. O uso correto, consciente e sem

desperdício da água é um desmem-brar desta obra de misericórdia.

Para espíritos mais familiari-zados com questões espirituais, a água tem uma ligação ao batismo e recorda-nos o coração trespassado de Cristo na cruz. Mas também está em jogo a gratuidade de todas as obras de misericórdia que, sendo coisa de pouca monta, produz efei-tos de valor eterno. Dar de graça, muito ou pouco, nem que seja um copo de água a um destes irmãos mais pequenos – é extraordinário! Mas não sejamos tacanhos. Dar de beber a quem tem sede é muito mais do que oferecer um copo de água. Diz o Papa Francisco que o acesso à água potável é um direito humano essencial, fundamental e universal. Por isso, não resisto ao texto do P. Manuel Morujão: «Já repararam que seis das sete obras de misericórdia corporais se torna-ram em rentabilíssimas indústrias e em comércios fabulosos? “Dar de comer a quem tem fome” e “dar de beber a quem tem sede” passaram a ser “vender de comer e de beber mesmo a quem tenha o estômago cheio” – restaurantes, marisquei-ras, cafés, salões de chá, croissan-terias, pizzarias, bares, bufetes, gelatarias... dizem adeus ao verbo dar e conjugam os verbos vender e ganhar». A gratuidade parece ter sido desterrada para alguma ilha longínqua: estava a mais e incomo-dava! Daí que já ninguém estranhe que não haja almoços grátis; e se al-guém nos diz: ‘leve, é uma oferta’, ficamos de pé atrás, desconfiados se nos estão a burlar ou à espera de algum favor!

Vale do Pereiro: as horas calmas da planície

É da natureza da gente...oze filhos, uma dúzia de doze, fora os quatro abortos sem querer.

Dois homens, diferentes, desiguais, o primeiro, valente e danadinho, fez-me nove e quatro abortos, trabalhava qualquer hora do dia, no campo, em casa, apetite à mesa e noutros sítios, o segundo, mais fraquinho que o primeiro, apesar de mais novo, quase sempre sem apetite, biqueiro nisto, biqueiro naquilo, é da natureza da gente, a custo fez-me parir três, a muito custo mas fez, ainda bem, veja lá a fartura que não era se fosse danadinho, e aqui estou com noventa e oito, sem tirar nem pôr,vida nada fácil.

Netos e bisnetos mais que os dedos das nossas mãos e dos pés, talvez dois pares de cada daria para os somar, para contar o apetite feroz dos pais e das mães, todos meus filhos, ao todo somando doze, da dúzia já foram cinco, todos dentro dos cinquenta e um e sessenta e três, estes ficaram muito aquém da natureza da gente, não saíram à mãe que é bem da natureza da gente

(daqui a sete meses faço noventa e nove, se lá chegar...)

e a vida não foi fácil, tudo rijo como o meu primeiro marido, sempre a trabalhar, sempre com apetite, sempre pronto e à dúzia, tudo muito agreste, fome molestando de sol a sol, chuva fria com geada a congelar a pele ao relento para mais tarde desenhar regos, abrir rugas. Farturas biqueiras

só com o meu segundo marido, ainda bem, sempre enjoado, pálido de morte, marido que não é da natureza da gente é de outras naturezas e Deus não nos faz todos iguais, fome a matar fome e pão com pãozinho a roer caroços de azeitonas, ainda verdes, que a fraqueza ignorava e eu devorava, sugava – cá estou com noventa e oito, não de vida fácil, é da natureza da gente.

Já ia esquecendo, isto da natureza da gente às vezes turva-nos, da França, estive em França, no intervalo do meu primeiro marido para o segundo, nada, mesmo nada, apenas jejum e calores, no trabalho da beterraba, esquecida de tudo,três temporadas de três meses seguidos, suados, aquilo era mesmo duro, triste, faz lá o senhor ideia da dureza, na altura eram nove bocas para alimentar a maldita fome e com a natureza da fome não se brinca. Saudades da senhora francesa, boazinha, mulher do patrão, também bonzinho, também atrevido nos apetites, comigo não, desejo do bacalhau demolhado em leite de véspera,oferecido uma vez por semana, e o resto dos temperos não sei, saber até sabia se puxasse um pouco a memória, é da natureza da gente…

(daqui a sete meses faço noventa e nove, se lá chegar...)

já ia esquecendo, isto da natureza da gente às vezes turva-nos, obrigadinha pelas amêndoas, ainda bem que não sofro de

colesterol, da diabetes, tensão alta nem baixa também não, souberam mesmo bem, mais uma vez obrigadinha, não precisava de se incomodar com os meus noventa e oito.

(daqui a um ano e sete meses faço cem anos, se lá chegar...)

Fui a mais velha de oito e já enterrei todos, novos, cinco irmãos, duas irmãs, comigo ainda viva três, cresceram nas minhas lides, fezes, uma casa cheia de gente, trabalho e fome, arrelias e alegrias, os temperos da vida subindo e percorrendo as veias, ora azedando, ora açucarando, o último morreu cego, a diabetes cegou-lhe todo, e eu de olhos bem vivinhos assistindo a tudo, vezes resignada outras rezingando durante noventa e oito anos, é da natureza da gente – Quantos funerais já passaram por mim? Faça o senhor uma ideia, as contas, foram tantos que já não sei chorar com lágrimas, é mesmo da natureza da gente.

Compadre e amigo Consciência aproximando o apetite da colher, e a colher arrematando, e a colher danadinha para a léria – Já não há naturezas destas, não senhor. Não é uma mulher qualquer, é mais do que uma mulher que eu nem sei o que lhe dizer, uma senhora talvez, com certeza, mas, se lá chegar, eu hei de, com todo o apetite que o respeito tem, dar-lhe um beijo nos seus cem anos. Isto é mesmo da natureza da gente…

José Eduardo de Vale Pereiro

D

“Só neste País” é o título de uma série de reportagens emitida pela Antena 1, aos sábados, entre as 12h e as 13h. Aqui, são abordados temas da sociedade, como o envelhecimento, a solidariedade, a educação, a adoção, a rádio, a internet, o analfabetismo, entre tantos outros exemplos.

No programa de 27 de Fevereiro de 2016, foi emitida uma reportagem sobre a realidade do analfabetismo em Portugal, na qual a Suão – Escola Comunitária de São Miguel de Machede participou. Porém, irei destacar o último desses programas, emitido no passado sábado (dia 7 de

“Só Neste País…”Maio), a propósito do Dia da Europa (data que se comemoraria dois dias depois, em 9 de Maio), no qual se apresentaram casos/testemunhos de pessoas a viver em Portugal e outros espalhados pela Europa. Um desses casos foi o “autarca-músico”.

Eu liguei o rádio do carro, quando estava a ser emitida essa reportagem. Despertou-me a atenção o mote da canção que acompanhava a locução da jornalista”Só neste país, há gente que faz e ninguém diz” e o facto de o autor ser, precisamente, a pessoa que estava a ser entrevistada: Álvaro Amaro que, recentemente, lançou a canção “Há um País”.

Álvaro Amaro nasceu e cresceu no Pinhal Novo. Faz parte do Dialecto que é um grupo musical e, mais recentemente, decidiu criar um projecto a solo (Amaro Máscaras). A par da música, do associativismo e do desporto, já foi titular de vários cargos

políticos: no Parlamento, como Presidente de Junta de Freguesia (durante 12 anos) e, actualmente, Presidente da Câmara Municipal de Palmela.

Tal como referia a jornalista, na peça: o Álvaro do Dialecto; o Amaro a solo e o Álvaro Amaro na presidência da Câmara Municipal de Palmela representam as várias facetas de uma mesma pessoa. Vale a pena escutar a canção “Há um País”, não só pela mensagem que transmite, como pela qualidade vocal de quem a canta.

A Antena 1 também está de parabéns pela qualidade destas reportagens e por dar voz e vez a muita gente deste país, porque, de facto, como diz o Álvaro Amaro há muita “gente que faz e ninguém diz.”

Este exemplo é, no entanto, raro, uma vez que e infelizmente, as rádios e as televisões, estão cheias de «gente que diz e nunca fez…».

Lurdes Pratas NicoE-mail: [email protected]

Histórias de Vida...

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5SociedadeTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016diário do SUL

Portalegre

Fotos ExclusivasNa Igreja de S. Francisco

Leigos reúnem-se em Évora em Encontro Nacional“Nada nos é indiferente entre

a Terra e o Céu” foi o tema do Encontro Nacional de Leigos que juntou no passado sábado, na Igreja de S. Francisco, cerca de sete centenas participantes dos diferentes movimentos e associações da Igreja Católica.

Durante o terceiro Encontro, promovido pela Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos, foram apresentadas experiências de transformação das sociedades na Amazónia, Bagdad e Nova Iorque, como exemplo de combate à indiferença.

Durante a manhã, no painel internacional, que foi moderado pelo advogado António Pinto Leite, a iraquiana Pascale Warda, católica ativista pelos direitos humanos, defendeu que a ONU deve reconhecer como genocídio a perseguição contra minorias religiosas que o autoproclamado Estado Islâmico (EI), Daesh, tem levado a cabo.

O cineasta e fotógrafo norte-americano Joseph Campo, por seu turno, apresentou a sua experiência junto dos mais pobres em Nova Iorque (EUA), referindo que aí a pobreza não significa necessariamente ter fome, mas sim falta de contacto humano.

Já Luís Ventura Fernández, voluntário na Amazónia durante nove anos, alertou para a necessidade de uma profunda conversão ecológica, que não olhe a terra como um armazém e testemunhou a harmonia dos povos indígenas na relação com os outros, com a natureza e com Deus.

À tarde, o 3º Encontro Nacional de Leigos promoveu oito ateliers

onde foram analisados os temas “Cuidar da Terra – desenvolver uma Ecologia Integral” e “Procurar o Céu – cultivar Oásis de Misericórdia”. O primeiro conjunto de quatro ateliers debateu os temas “Ecologia Humana”, “Ecologia Familiar”, “Ecologia ambiental, económica e social” e “Ecologia cultural”, seguindo-se, e depois os temas: “Contemplação do Mistério”, “Peregrinação do Ser Humano”, “Reconciliação e perdão” e “Acolhimento nas periferias”.

“Relatos de profundahumanidade”

Para a presidente da

Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos (CNAL), as três experiências dadas a conhecer durante a manhã são relatos de profunda humanidade, de quem vive a vida até ao fim, em contextos culturais e sociais distintos, e de uma grande proximidade com Deus. Alexandra Viana Lopes frisa que não é possível ficar indiferente perante as situações apresentadas

e que vale a pena arriscar a vida.“Há uma felicidade que se

encontra aí, mais do que noutras pequenas felicidades imediatas e não profundas, refere a presidente da CNAL, acrescentando que o 3.º Encontro Nacional de Leigos é um ponto de partida para o quotidiano, a partir de uma jornada que permitiu contemplar o essencial.

Para o arcebispo de Évora a realização do 3.º Encontro Nacional de Leigos na cidade alentejana “excedeu as expectativas e é um sinal da mobilização do laicado, a nível nacional”.

“Faz-nos muito bem contactar com pessoas que vêm da América, do Iraque, da Amazónia e nos trazem a vivência dos seus

problemas. Confrontar-nos com a realidade vivida por essas pessoas é diferente de ler um artigo de revista. Isso mobiliza”, defendeu D. José Alves

Papa envia mensagemO Papa Francisco enviou uma

mensagem aos participantes do 3.º Encontro Nacional de Leigos, congratulando-se com a “feliz iniciativa” promovida pela Conferência Nacional de Associações de Apostolado dos Leigos. “Este encontro constitui um contributo importante em ordem a uma maior sensibilização de quantos, comungando o espírito da ‘Laudato Sí’, pretendem defender cuidar da nossa casa comum, a terra”, afirmou o Papa numa mensagem transmitida pelo núncio apostólico em Lisboa, D. Rino Passigato.

No texto lido pelo representante diplomático do Papa em Portugal, Francisco disse que o Encontro tem uma “agenda estimulante”, com as suas comunicações que se inspiram no Jubileu da Misericórdia e na encíclica do ‘Laudato Sí’

“Não há espaço para a indiferença”, lembrou o Papa na sua mensagem dirigida a cerca de 700 participantes dos diferentes movimentos e associações da Igreja Católica.

As Récitas Musicais do 3º Encontro Nacional de Leigos estiveram a cargo do Quarteto de guitarras da Escola das Artes da Universidade de Évora, Dueto de Canto e Guitarra, Joana Godinho e José Farinha, e do Coro Polifónico “Eborae Mvsica”, dirigido pelo Maestro Eduardo Martins.

n João Trindade

Cerci lança campanha Pirilampo Mágico

A Cerci Portalegre lanço de novo a campanha do Pirilampo Mágico com o objectivo de ajudar à causa social do apoio a crianças e jovens com deficiência intelectual e/ou multideficiência. Os seus responsáveis consideram que “o estatuto adquirido por este ícone garante-lhe grande credibilidade e impacto mediático, que em muito tem contribuído para o sucesso das intervenções desenvolvidas junto deste tipo de população. A Campanha Pirilampo Mágico é realizada anualmente, no decorrer do mês de maio. É promovida pela FENACERCI em conjunto com suas associadas CERCI’s e por outras organizações congéneres.

Ministro da Agricultura questionado sobre a barragem do Pisão

O Deputado do PCP João Ramos em nota de imprensa dá conta do seguinte requerimento:

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República

No distrito de Portalegre, com ao processo de desindustrialização, a agricultura tomou uma cada vez mais expressiva posição. Com a necessidade de desenvolvimento da agricultura surge a necessidade de água. O projecto de construção de um empreendimento associado à barragem do Pisão, no concelho do Crato, é antigo e apesar do alargado consenso em torno da

sua construção, encontra-se por realizar. O ministro da agricultura tem vindo a confirmar que existirão verbas disponíveis para novos regadios sem especificar ainda quais. Posto isto, com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio perguntar ao Governo, através do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, o seguinte:

Considera o ministério como prioritária a construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato?

O que pode ser adiantado relativamente à sua construção e ao seu aproveitamento?

O Restaurante “O Garfo”, em Évora, assinala hoje os seus 40 anos de atividade. Dedicado à cozinha tradicional alentejana, este espaço está situado em pleno centro histó-rico da cidade alentejana.

Leontina e João Marques são os proprietários desta casa que tem apostado em manter os sabores da gastronomia regional, apresentando ao longo do ano várias iniciativas para promover os pratos típicos, como é o caso da semana das sopas ou da rechina.

O Restaurante “O Garfo” está localizado na Rua de Santa Catarina n.º 13-15. Mais informações pelo telefone 266 709 256.

Espaço situa-se no centro histórico de Évora

Restaurante “O Garfo”comemora hoje 40 anos de atividade

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FUTEBOL NO ALENTEJO

diário do SUL6 DesportoTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016

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Juventude, 2 — Louletano, 1

O que foi e o que poderia ter sido

Jogo no Estádio Sanches de Miranda em ÉvoraÁrbitro – Tiago Cordeiro de Beja auxiliado por José Silva e Joel

SalvadorJuventude – Rafael, Marquinhos, Sérgio (Adilson, 70’), Pedro

Amendoeira e Ruben Freire; André Largueiras (Antoninho, 70’), D’jerman e Luís Carapinha; Gonçalo Farinha (Sebastien, 57’), Xande e Tavares

Treinador – Jorge VicenteLouletano – Bruno Lúcio; Guilherme, Ravera ( Yá Yá, 90+2’),

Chiquinho, Vilela ( Juan, 65’), Joabson, Cordeiro, Garrach (Rodrigo,67’), Faústo, Vila e Ulisses

Treinador – Ivo SoaresGolos – Joabson (43’), Xande (73’), Sebastien (90+3’)Amarelos – Vilela (53’), Bruno Lúcio (85’), Joabson

(86’),Antoninho (9+2’)

O Juventude despediu-se por esta temporada dos seus adeptos com uma vitória justa e justificada pela postura dos seus jogadores que mostraram ao pouco público que se deslocou ao Sanches de Miranda que aquilo que diz o lema do clube “Força de Vontade” não foi esquecido numa temporada que merece uma grande reflexão.

Digamos que o Juventude venceu porque na realidade quis vencer, não que nos outros jogos, a equipa não mostrasse valor ou vontade de vencer, só que desta vez, ousou vencer e essa postura foi determinante para ultrapassar um Louletano já em descompressão, mas que tudo fez para levar de Évora os pontos em disputa.

Este jogo mostrou ainda o que foi o Juventude durante a temporada que está prestes a terminar e o que poderia ter sido, naturalmente com outro resultado que não fosse a descida ao distrital de Évora que matematicamente se confirmou no passado domingo.

E, o que foi o Juventude neste jogo que mostrou como foi a equipa durante a maior parte dos jogos desta temporada. Pois bem, foi a equipa da primeira parte do jogo frente ao Louletano, uma equipa na expectativa, sem iniciativa, muito previsível e manifestamente sem grande força anímica.

E, tal como aconteceu em muitos jogos, esta equipa com este

espírito acabou por ver o seu adversário adiantar-se no mercador já muito perto do final da primeira parte.

E, perguntam então, o que mostrou que poderia ter sido a equipa e não foi nesta temporada. Basta ter visto o jogo na segunda parte frente ao Louletano para se perceber o que faltou ao Juventude para não estar nesta altura no distrital de Évora.

Na segunda parte da partida de domingo o Juventude conseguiu surpreender o seu adversário, ousou tomar a iniciativa do jogo, pressionou no meio campo adversário os laterais nomeadamente Ruben Freire libertou-se e correu pelo seu corredor foi á linha cruzou e na área no seu sitio Xande fez o que mais gosta de fazer, depois as substituições trouxeram qualquer coisa de novo.

O Juventude imprevisível, trocou as voltas a Ivo Soares que não foi capaz de montar a sua equipa para manter a vantagem que trazia do intervalo e assim de forma natural o Juventude acabou por merecer a sorte de marcar o golo da vitória nos últimos instantes da partida.

Num jogo praticamente a “feijões” o Juventude despediu-se dos seus adeptos comum sinal de esperança que é possível a curto prazo voltar a colocar Évora nos campeonatos nacionais de seniores.

CAMPEONATO DE PORTUGAL Atlético de Reguengos e Castrense a luta por um lugar

Atlético de Reguengos e Castrense são a únicas equipas alentejanas que à partida para a última jornada da serie de manutenção no Campeonato de Portugal Prio, podem aspirar a continuar numa prova a nível nacional.

Tem vantagem o Atlético de Reguengos que pode inclusivamente sonhar com a manutenção automática pois os resultados com a formação algarvia do Lusitano de Vila Real de Santo António colaça as duas equipas em pé de igualdade, o Atlético de reguengos perdeu no Algarve por dois a um e respondeu com uma vitória caseira sobre os algarvio também por dois a um o que quer dizer que será a diferença de golos com vantagem para o Lusitano de Vila Real, a ditar quem fica no campeonato de Portugal e quem vai disputar ainda mais dois jogos para continuar nos nacionais.

Mas, para que tal aconteça o Atlético de Reguengos de vencer com alguns golos o Pinhalnovense e esperar que o Juventude vá ao terreno do Lusitano de Vila Real vencer.

Se esta hipótese é mais remota, jogar a chamada Liguilha, está mais ao alcance dos de Reguengos de Monsaraz, pois para isso terá de pelo menos empatar para ficar á frente do Castrense, a outra equipa do Alentejo que pode ainda sonhar com a manutenção no campeonato de Portugal.

Para que o Castrense vá disputar pelo menos mais dois jogos, terá de vencer no seu

terreno o Almansilense e esperar que o Atlético de Reguengos perca.

As outras equipas têm o destino traçado, destino esse há muito tempo anunciado, o Juventude venceu o Louletano mas face aos empates do Atlético de Reguengos e Castrense viu matematicamente cortadas todas as hipóteses de sonhar até à última jornada.

Foi um campeonato para esquecer por parte dos eborenses que depois de uma primeira volta da fase regular de bom nível vieram por aí abaixo e estão agora no campeonato distrital de Évora.

No norte alentejanos, também na penúltima jornada se consumou o que há muito estava anunciado o Eléctrico de Ponte de Sôr equipa que há algumas temporadas se vinha mantendo nos nacionais não conseguiu evitar a descida está no penúltimo lugar e coma passagem já tirada para o distrital de Portalegre, o mesmo acontecendo com o Crato, que depois de algumas esperanças perdeu no seu terreno e não conseguiu fugir ao último lugar, fazendo assim companhia ao Eléctrico na descida aos distritais.

De todas as equipas que participaram no Campeonato de Portugal a única que há muito garantiu a manutenção foi o Moura que disputou o Play off de subida está na última posição, fez já o seu trabalho e prepara-se para disputar na próxima temporada o campeonato de Portugal.

Resultados e Classificações:Serie H/Resultados Juventude 2 Louletano 1, Barreirense 0

Atlético de Reguengos 0, Pinhalnovense 0 Castrense 0, Almancilense 2 Lusitano VR 1.

Classificação: 1º Almancilense 43, 2º Barreirnse 32, 3º Pinhalnovense 31, 4º

Louletano 30, 5º Lusitano VR 28 6º Atlético de Reguengos 25, 7º Castrense 22, 8º Juventude 21.

Próxima jornada (15/5/2016):Lusitano VR - Juventude, Atlético de Reguengos –

Pinhalnovense, Louletano – Barreirense, Castrense – Almancilense.

Serie G/Resultados: Coruchense 0 Real 0, Elétrico de Ponte de Sôr 0 Sintrense

0, Loures 3 Sacavenense 0, Torreense 1 Malveira 0.Classificação: 1º Loures 37, 2º Sintrense 35, 3º Real 34, 4º Malveira 34, 5º

Torreense 26, 6º Sacavenense 24, 7º Elétrico de Ponte de Sôr 19, 8º Coruchense 16.

Serie F/Resultados: Peniche 1 Sertanense 0, Crato 0 Caldas 2, Sernache 2 Naval

1, Alcanenense 0 Águias 0.Classificação: 1º Alcanenense 42, 2º Caldas 39, 3º Sernache 26, 4º Sertanense

25, 5º Naval 25, 6º Águias 24, 7º Peniche 23, 8º Crato19.Play off/Subida/Resultados: Benfica de Castelo Branco 6 Moura 1,Casa Pia 1 Cova da

Piedade 0, Praiense 1 1º Dezembro 2, Angrense 1 União de Leiria 4Classificação: 1º Cova da Piedade 27, 2º Casa Pia 22, 3º União de Leiria 20, 4º 1º Dezembro 19, 5º Benfica de Castelo Branco 19, 6º Praiense 18, 7ºAngrense 11, 8º Moura 6.

PortalegreGavionense vence Super taça

Comendador Rui Nabeiro

ÉvoraSporting de Viana pode ser campeão

mas Redondense ainda sonha

Terminou a temporada futebolística em Portalegre com o Gavionense a quebrar a hegemonia total do Mosteirense ao vencer a equipa de Mosteiros na final da Supertaça Comendador Rui Nabeiro por 2-1, em jogo disputado no Estádio Capitão César Correia, em Campo Maior.

O Mosteirense apresentava-se como grande favorito pois já tinha vencido o campeonato e da Taça da Associação de Futebol de Portalegre, no entanto os de Gavião não foram fazer a festa do Mosteirense e entraram muito determinados em alcançar o troféu.

O jogo foi muito equilibrado com o primeiro golo a surgir não minuto quarenta e seis e para o Gavionense, Zé Pedro foi o autor do golo. Respondeu de imediato o Mosteirense que dois minutos depois chegou ao empate com o golo de Fernando Toscano.

O jogo estava aberto e aos cinquenta e um minutos Basílio colocou novamente o gavionense em vantagem, até ao final os de Gavião defenderam-se bem e foram uns justos vencedores da Supertaça “vingando” assim a derrota sofrida na final da Taça Distrito de Portalegre precisamente frente ao Mosteirense.

Na divisão de Elite de Évora tudo se vai decidir na próxima jornada a última deste empolgante campeonato onde o nível das equipas principalmente as seis primeiras subiu muito e houve digamos que campeonato até ao fim.

O Sporting de Viana é a equipa que está melhor colocada para se sagrar campeã distrital, depois de ter ido a Borba vencer por dois a zero vai ter um jogo com o Portel no seu terreno e em caso de vitória vai sagrar-se campeã.

Por seu lado o Redondense que perdeu a liderança na partida que disputou em Viana do Alentejo, recebeu o Lavre e espera agora um deslize dos leões de Viana para poder chegar ao titulo, isto caso vença no último jogo que vai disputar em Oriola.

Para o terceiro lugar os Canaviais que nesta altura estão na quarta posição estão muito bem colocados pois estão ao um ponto do União de Montemor que se despediu do campeonato, uma vez que descansa na última jornada com um excelente exibição e uma goleada das antigas nove a zero ao Calipolense.

Os eborenses dos Canaviais, vão

jogar a Vila Viçosa e caso vençam passam para a frente do União e acabam a prova num excelente terceiro lugar.

A luta pela permanência está ainda dependente do que acontecer ao Atlético de reguengos no campeonato de Portugal, mas para já o Borbense já desceu e o Portel com a derrota caseira frente ao rival Monte Trigo complicou muito a sua situação, tanto mais que os de Portel vão jogar na ultima jornada a Viana do Alentejo, um jogo extremamente difícil, quem não está ainda descansado é o Perolivense, o Lavre e mesmo o Escouralense que só na última jornada vão decidir o seu futuro.

Divisão de Elite/Resultados Lusitano 3 Perolivense 1, Portel 2 Monte Trigo 5, Borbense 0 Sporting de Viana 2, Redondense 4 Lavre 0, Canaviais 5 Oriolense 1, União de Montemor 9 Calipolense 0.

Classificação: 1º Sporting de Viana 57, 2º Redondense 55, 3º União de Montemor 54, 4º Canaviais 53, 5º Lusitano 48, 6º Monte Trigo 36, 7º Oriolenses 24, 8º Calipolense 21, 9º Escouralense 18, 10ºLavre 17, 11º Perolivense 17, 12º Portel 15, 13º Borbense 9.

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rinta anos depois da entrada na União Europeia o Alentejo tem

boas e más notícias. As más dizem que a região está mais velha e tem menos população jovem. Afinal, há menos nascimentos e mais mortes do que em 1986. Já as boas dão conta de muito menos mortalidade infantil e maior esperança de vida.

A análise é feita pela Pordata, a base estatística da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que junta vários números para ajudar a perceber as reais transformações demográficas desde 1986. O envelhecimento, que é uma tendência transversal ao país e à Europa, atinge, sobretudo, o Alentejo com um índice de 183,6% apurado em 2014, quando em 1986 média regional não ultrapassava os 60%.

7RegionalTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016diário do SUL

n Maria Antónia Zacarias

Fotos Exclusivas

V

n Roberto Dores

T

De 1986 para cá

Peso do envelhecimento no Alentejo30 anos depois da adesão à Europa

O ritmo de envelhecimento tem sido acelerado, o que empurra mesmo o país para a sexta posição na Europa com valores mais elevados na proporção de idosos com 80 ou mais anos, numa altura em que um em cada quatro idosos ultrapassa essa barreira.

Os estudos mostram que foi a

partir de 2001 que o número de idosos ultrapassou o número de jovens, enquanto em 2014 a proporção média entre os três distritos alentejanos já era de 183 idosos por cada cem jovens, havendo concelhos em que a preocupação se agrava. Gavião chega aos 462 idosos por cem jovens, Arronches atinge 386, Nisa 376, Mértola tem 368, Marvão 314, Castelo Vide 315, Ourique 313 e Mora 309.

Isto só para citar os municípios que superam a fasquia dos 300, surgindo a maioria dos concelhos da região acima dos 200. Sines e Campo Maior exibem as taxas mais baixas (132 e 134% respetivamente), Beja 139, Moura 141 e Évora 149.

Segundo a socióloga e demógrafa Alice Matos, o envelhecimento, agravado nos últimos anos pela emigração jovem, traduz um dos maiores desafios

para a Europa. “Este envelhecimento demográfico levanta alguns problemas, como o da sustentabilidade da Segurança Social, mas constitui também uma oportunidade de desenvolvimento das sociedades, através da criação de novos produtos e serviços e da reorganização da vida social”, diz a especialista.

Recorde-se que o Alentejo está a perder uma média de oito pessoas por dia, de acordo com a Associação Alentejo de Excelência, tendo sido um dos motivos que em abril levou o presidente da Câmara de Évora a justificar a defesa da regionalização. Carlos Pinto Sá referiu ao “Diário do Sul” que o Alentejo tem perdido oportunidades e população por não ter regiões administrativas.

“É uma batalha não só a favor do Alentejo mas de todo o país, porque Portugal precisa de regionalização e de uma política que olhe e aposte

em todos”, disse após o Congresso do Alentejo que decorreu em Troia, recordando que as regiões estão previstas na Constituição da República desde 1976, mas são o único nível do sistema democrático que continua por cumprir.

“Neste momento temos um poder regional que não é eleito, mas sim nomeado, respondendo a quem o nomeia. Que gere verbas, que tem uma estrutura grande e que, naturalmente, não responde a quem deveria responder, que é às populações”, insistia Pinto de Sá, para quem é “necessário haver eleições em que as pessoas possam votar e escolher os seus representantes, que depois terão que prestar contas sobre a necessidade de desenvolvimento. O Alentejo não pode continuar a perder sete pessoas por dia e é preciso trazer mais atividade para a região”, acrescentava o edil.

Encontrado corpo do homem desaparecidono rio Mira,no concelhode Odemira

O corpo do homem de 39 anos, que estava desaparecido desde sábado à noite, quando pescava no rio Mira, concelho de Odemira, foi encontrado ontem, cerca das 16:45, disseram fontes dos bombeiros e da GNR.

A fonte da GNR adiantou que o corpo do homem foi encontrado a boiar no rio Mira, junto ao Moinho da Asneira, na zona do Galeado, onde estava a pescar, perto de Vila Nova de Milfontes.

As buscas com duas embarcações, segundo aquela fonte da força de segurança, tiveram início após as autoridades terem sido alertadas, cerca das 11:00, para o desaparecimento do homem, residente no concelho de Odemira.

No local, de acordo com a fonte da GNR, estiveram elementos e dois barcos, um da GNR e outro da Polícia Marítima de Sines, e operacionais com dois veículos dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Milfontes.

Bloco de Esquerda realiza até hoje jornadas parlamentares no Alentejo

Catarina Martins defende que“a agricultura é uma área em que o nosso país deve investir mais”

alorização do território, proteção

do ambiente e combate às desigualdades são os objetivos das jornadas que o Bloco de Esquerda realiza desde ontem e até hoje na região. A porta-voz do partido, Catarina Martins, que esteve na abertura do evento, explicou que a escolha pelo Alentejo foi pensada, afirmando que quem aqui vive sabe o que significa a desigualdade territorial. A dirigente salientou que na agenda destas jornadas, a agricultura está na ordem do dia, considerando que este deve ser um trabalho bem remunerado, cabendo às instituições públicas valorizar os produtos locais como contributo para uma maior dinamização da economia.

Catarina Martins, no átrio do Teatro Garcia de Resende, afirmou que este local “é um bom exemplo do mau que tem sido feito no que concerne à cultura”. E justificou: “O Cendrev foi durante muitos anos, uma das mais importantes estruturas de formação para tantas pessoas que hoje trabalham nas artes em todo o país. Se não tivesse sido fragilizado pelo financiamento

que tem vindo sempre a ser cortado para a cultura, teríamos hoje aqui uma maior capacidade de fixação de gente no território, através da cultura, e uma maior capacidade de formação”.

Catarina Martins adiantou que o facto de o BE estar no teatro “é

também um sinal do que se passa e do que temos que fazer pelas questões da qualificação, da formação, da cultura, da ciência”, admitindo que só assim será possível haver desenvolvimento no nosso país.

Referindo-se ao Alentejo, a

dirigente sublinhou que “quem aqui vive sabe bem o que significa desigualdade territorial, desinvestimento e conhece bem o que tem sido a desertificação do território”. Considerando que o Alentejo representa dois terços do território nacional “é um bom local para falarmos de questões do território, da capacidade produtiva e das questões ambientais com o intuito de promover a sustentabilidade futura do nosso país”.

Olhando para o setor da agricultura, a mesma responsável sustentou que a agricultura “é uma área em que o nosso país deve investir mais, mas de uma forma que permita que as pessoas vivam desse trabalho”. Defendeu que o não é concebível que quem trabalha na agricultura não possa viver de uma forma digna. “Se não fizermos nada, produziremos menos”, frisou. E acrescentou: “Estão, neste momento, na

especialidade dois projetos de lei do Bloco de Esquerda que respondem à necessidade de uma maior produção agrícola com respeito por quem vive e trabalha na agricultura”.

“Emigração é bem-vinda”nos campos da região

Catarina Martins defendeu que a emigração é bem-vinda em Portugal, uma vez que no trabalho agrícola “precisamos de mais gente que aqui possa trabalhar com dignidade, acabando com o trabalho forçado”. O outro projeto que anunciou prende-se com o ganho de quem trabalha na agricultura, tendo salientado a relevância de obrigar as cantinas públicas (escolas, autarquias, universidades, estabelecimentos prisionais) a utilizarem a produção agrícola local “como forma de contribuir para uma economia sustentável”.

Por fim, apresentou um projeto de lei que pede a avaliação de impacte ambiental em todas as operações de prospeção e extração de petróleo e gás, desafiando “todos os partidos” a subscrever o texto. “É um passo essencial de defesa do futuro, do ambiente, e de um país que se leva a sério”, vincou a porta-voz do BE. O projeto de lei apresentado considera que “no quadro jurídico português existe uma enorme omissão na exigência de avaliação de impacte ambiental, sendo i n c o m p r e e n s i v e l m e n t e dispensados dessa obrigação infraestruturas relevantes de prospeção e extração de petróleo e gás natural”.

Recorde-se que o BE tem, desde as eleições legislativas do ano passado, o maior grupo parlamentar da sua história: o partido soma 19 deputados na Assembleia da República.

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diário do SUL8 RegionalTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016

A Câmara Municipal de Évora vai abrir no dia 16 de Maio as inscrições para mais uma edição do programa municipal Okup@-te/ Jogar Mais em Férias, que visa promover a ocupação de tempos livres das crianças, em atividades de carácter desportivo, lúdico, cívico e solidário, bem como apoiar as famílias eboren-ses nos períodos de pausas letivas, contribuindo desta forma para o processo de conciliação entre a vida familiar e profissional.

O programa decorre no Com-plexo das Piscinas Municipais de Évora entre meados de junho e o início do mês de setembro, estando previstos os seguintes blocos: bloco 1 - 13 a 24 Jun; bloco 2 - 27 Jun a 8 Jul; bloco 3 - 11 a 22 Jul; bloco 4 – 25 Jul a 5 Ago; bloco 5 – 8 a 19 Ago; bloco 6 – 22 Ago a 2 Set.

Inscrições, limitado ao número

de vagas, decorrem nas Piscinas Municipais entre as 08h30 e as 20h00.

O horário do programa munici-pal Okup@-te/ Jogar Mais em Férias é o seguinte: de segunda a sexta – feira, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30 (com tolerância máxima até às 18h00). Contudo a partir das 8h30 encontram-se disponíveis monitores para receber os participantes, ficando igualmente garantido o acompanhamento das crianças no período de almoço, caso estas per-maneçam no local.

Câmara abre inscrições parao Okup@-te/ Jogar Mais em Férias

Em 2015 o Município apoiou com 48 mil euros os possuidores de Cartão Municipal de Idoso, decisão que há 15 anos é habitual no concelho de Mora.

BREVESMontemor-o-Novo

Suspeita de DesviosO Município suspendeu um funcionário da tesouraria por suspeita

de desvio de verbas de elevado valor. Foi também apresentada queixa à justiça.

Odemira

Futebol em SaboiaJá foi inaugurada a requalificação do campo de futebol local com

piso sintético e a obra custou 200 mil euros.

Mora

Município apoia

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O I ciclo de conferências, Leitu-ras a Sul, é uma iniciativa promo-vida pelo Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS) no âmbito do trabalho desenvolvido pelo grupo Literacias e Património Textual (lpt), sob a coordenação da professora Maria Filomena Goncalves que teve ini-cio dia 7 de abril de 2016.

O itinerario proposto a utiliza-dores e publico em geral, para a realização de Leituras a Sul, estende-se a toda a região alente-jana, com iniciativas nos distritos de Portalegre, Évora e Beja. Nesta primeira fase, o ciclo de conferên-cias decorrerá em sete bibliotecas municipais detentoras de coleções patrimoniais, as quais incluem livros antigos datados entre os séculos XVI e meados do seculo XIX.

É objetivo desta iniciativa cons-tituir uma rede de bibliotecas com coleções patrimoniais, com o

intuito de fomentar a promoção do património textual das biblio-tecas do Alentejo, muitas vezes relegado para segundo plano e de diíicil acesso e compreensão para a comunidade em geral.

Sete bibliotecas municipais, com sete preocupações idênticas: tratar, organizar, integrar, preser-var, conceber planos de emergên-cia adequados, definir condições de consulta aos leitores e disponi-bilizar coleções patrimoniais úni-cas e intrinsecamente relacionados com a identidade cultural das respetivas comunidades.

Investigadores e profissionais da informação juntos, para dialo-garem e estudarem coleções úni-cas.

Leituras a sul é uma iniciativa que proporcionará uma reflexao integrada sobre as colepções patri-moniais, criando sinergias entre os municípios envolvidos, para a revalorização deste património textual.

CIDEHUS promove I ciclo de Conferências: Leituras a Sul

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9PublicidadeTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016diário do SUL

Page 10: Ds 10 05 2016

diário do SUL10 SociedadeTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016

NECROLOGIATEODORA EMILIA CAEIRO

Faleceu dia 08/05/2016, em Évora, a senhora Teodora Emília Caeiro, de 89 anos de idade, natural de Vimieiro (Arraiolos), viúva do senhor Manuel José Salvado e que residia em Évora.

Dia 09/05/2016, na Igreja da Sagrada Família (Álamos), foi celebrada encomendação de corpo presente às 10:30 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério de Vimieiro.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

JUVENTINA MARIA BRANDÃO PÃOSINHOFaleceu dia 07/05/2016, em S. Miguel de Machede, a senhora

Juventina Maria Brandão Pãosinho, de 76 anos de idade, natural de S. Miguel de Machede (Évora), e que residia em S. Miguel de Machede.

Dia 08/05/2016 na Igreja de S. Miguel de Machede, foi celebrada encomendação de corpo presente, às 12:30 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério de S. Miguel de Machede.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

HENRIQUE JOSÉ DE JESUS DAVIDÉ com pesar que comunicamos o falecimento do Sr. Henrique José

de Jesus David, de 64 anos , casado com a D. Maria Augusta Aguiar e pai de Carla Sofia David, Maria das Dores David, Sandra David e de Sérgio David, natural de Évora e residente no Bairro da Malagueira - Rua dos Amores , em Évora.

O seu corpo esteve em câmara ardente na Casa de Velórios do Hospital de Évora, onde dia 08.05.2016 pelas 09:00H foi celebrada a encomendação, seguindo o seu funeral para o Cemitério do Espinheiro - Évora.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Dias Lojas em Évora e Arraiolos

MANUEL JOAQUIM RAMOS DO CARMO Faleceu dia 09/05/2016, em Évora, o senhor Manuel Joaquim Ramos

do Carmo, de 76 anos de idade, natural de Oriola (Portel), casado com a senhora Isaura da Fonseca Joice do Carmo, e que residia em Évora.

Dia 10/05/2016 na Igreja Sagrada Família (Alamos) será celebrada encomendação de corpo presente às 14:30 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério do Espinheiro em Évora.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

JOSÉ AIRES ZORRO Faleceu dia 06/05/2016, em Évora, o senhor José Aires Zorro, de 82

anos de idade, natural de Évora, casado com a senhora Maria do Carmo Bravo Pinto, e que residia em Évora.

O Extinto Senhor era Pai de Alberto José Pinto Zorro. Dia 07/05/2016 na Capela do Hospital, foi celebrada encomendação

de corpo presente às 14:30 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério dos Remédios em Évora.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

TORCATO JOÃO MANTEIGAS PEIXEÉ com pesar que comunicamos o falecimento do Sr. Torcato João

Manteigas Peixe, de 61 anos, casado com a D. Margarida de Jesus e pai de Nelson Ilídio, Carmen Dolores , Ricardo Jorge e de Telmo Alexandre, natural do Vimieiro e residente na Travessa do Soares, em Évora.

O seu corpo encontra-se em câmara ardente na Igreja de S. Gregó-rio, onde dia 10.05.2016 pelas 09:00H será celebrada a encomendação, seguindo o seu funeral para o Cemitério do Vimieiro.

Tratou do Funeral a Agencia Funerária DiasLojas em Évora e Arraiolos

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

Sua família participa que será celebrada missa por sua intenção no próximo dia 11 de Maio, na Igreja do Espírito Santo pelas 19:15

LUÍS RUY GUTTIERREZ CAEIRO

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11RegionalTERÇA-FEIRA , 10 DE MAIO DE 2016diário do SUL

Fotos Exclusivas

06:32 Repórter África07:00 Zig Zag11:05 Estilo E Sedução12:00 Inesquecíveis Viagens De Comboio13:00 Liberdade 2114:00 Sociedade Civil15:00 A Fé Dos Homens15:38 Euronews16:00 Zig Zag20:38 Rapazes Do Nada21:00 Jornal 221:48 Página 222:00 Uma Aldeia Francesa22:50 Literatura Aqui23:20 Coleção De Sonhos E Desilusões00:10 Eurodeputados00:40 24: Live Another Day01:25 E2 - Escola Superior De Comunicação Social01:55 Sociedade Civil02:55 Euronews

06:00 Edição Da Manhã

08:45 A Vida Nas Cartas: O

Dilema

10:00 Queridas Manhãs

13:00 Primeiro Jornal

14:30 Dancin’ Days

15:45 Grande Tarde

19:00 I Love Paraisópolis

20:00 Jornal Da Noite

21:30 Coração D’Ouro

22:15 Rainha das Flores

23:15 Poderosas

00:00 A Regra Do Jogo

00:45 C.S.I.

01:30 Investigação Criminal

02:30 Jura

03:15 Televendas

06:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:19 Bem-vindos a Beirais14:58 Água De Mar15:51 Agora Nós18:00 Portugal em Direto19:00 O Preço Certo20:00 Telejornal21:00 The Big Picture22:00 Festival Eurovisão da Canção 201600:15 5 Para a Meia-Noite01:30 Forever02:15 O Outro Lado03:15 Os Nossos Dias04:00 Televendas05:00 Filhos da Nação05:30 Hora dos Portugueses (Diário)05:45 Online 3

PROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – MisericórdiaBORBA – Carvalho CortesESTREMOZ – Carapeta e IrmãoÉVORA - GalenoMONTEMOR-O-NOVO – FreitasMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Fialho REDONDO – Xavier da CunhaREGUENGOS MONSARAZ – MartinsVENDAS NOVAS – RibeiroVIANA DO ALENTEJO – NovaVILA VIÇOSA – Torrinha

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – PereiraALMODÔVAR – RamosALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – CentralCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Fialho MOURA – Ferreira da CostaSERPA – Serpa JardimVIDIGUEIRA – Pulido Suc.

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – Campo MaiorCASTELO DE VIDE – FreixedasCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – CostaFRONTEIRA – VazGAVIÃO – GaviãoMONFORTE – JardimNISA – Ferreira Pinto; Moderna PONTE DE SÔR – Varela Dias PORTALEGRE – PortalegrenseSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – AlcarenseGRÂNDOLA – Moderna; Silva ÂngeloSANTIAGO DO CACÉM – BarradasSINES – Atlântico

Farmácia de Serviço Tempo

ÉvoraAguac. Máx.: 18º C Min.: 9º C

Terça-feira, 10

BejaAguac. Máx.: 18º C Min.: 11º C

PortalegreAguac. Máx.: 15º C Min.: 8º C

06:00 Todos Iguais

06:30 Diário Da Manhã

10:10 Você Na TV!

13:00 Jornal Da Uma

14:45 Mundo Meu

16:00 A Tarde É Sua

19:00 Massa Fresca

20:00 Jornal Das 8

21:42 A Única Mulher

22:55 Santa Bárbara

00:00 Love On Top: Extra

01:30 Super Quiz

02:45 O Escritório

03:45 Love On Top: Extra

05:00 Queridas Feras

Concerto do Multi-i n s t r u m e n t i s t a , c o m p o s i t o r ,

orquestrador, professor e produtor Carlos Malta, contou com a presença do Presidente do Turismo do Alentejo - ERT António Ceia da Silva entre outras entidades.

Posicionar o Alentejo como um destino de excelência, foi uma das razões apontadas por Ceia da Silva para que o EXIB Musica Expo ibero-americana de música, conta-se desde a primeira hora, com o apoio da Região de Turismo do

EXIB promove“Concerto Especial no Convento do Espinheiro”Carlos Malta (Brasil)

Alentejo e Ribatejo. Depois Évora tem uma potencialidade enorme no Alentejo acrescida de estar a comemorar 30 anos de Património Mundial, depois aproveitar a excelência dum um festival desta qualidade, que pode funcionar como click para o turista trazendo-o do sofá para a realidade, e assim aumentar a permanência media na cidade.

Ter trazido o EXIB de Bilbao para Évora foi uma excelente noticia e todos nós devemos ficar satisfeitos, mesmo tendo em conta alguns condicionalismos,

O

estamos sempre disponíveis para os apoiar, nós estamos sempre prontos a cooperar e queremos sempre fazer parte da solução e nunca parte do problema, por esse motivo, mantemos com todas as entidades as melhores relações

e por isso queremos afirmar Évora e a Região, como o território com maior procura turística no Alentejo e os festivais desta natureza são um bom exemplo para isso.

João Cinza

“Castelo em Imagens “ em Portel

Festa do Cinemade 8 a 14 de Maioom a edição deste ano dedicada aos castelos na comédia, hoje terça-feira, o dia vai

continuar no Auditório Municipal de Portel com sessões de cinema de entrada grátis.

Assim, pelas 10.00 h, teremos mais um filme de animação de Dartacão e os Três Moscãoteiros.

Pelas 15.00h, na sessão da tarde vai ser preenchida com Pamplinas Maquinista. Esta comédia de Buster Keaton, que se desenrola no cenário de um western, parte de um facto histórico: em Abril de 1862, um grupo de espiões nortistas rouba uma locomotiva na estação de Big Shantv, levando-a rumo ao Norte. É este episódio que está na base do argumento criado pelo próprio Buster Keaton e por Clvde Bruckman, ambos igualmente co-realizadores do filme. A base real do filme confere-lhe desde logo uma autenticidade inatacável, e um clima de algum dramatismo, dado o rigor com que Keaton a trabalha. Em lugar de se servir desse episódio para sobre ele efabular simplesmente, o autor procura, pelo contrário, o pormenor preciso, indo ao ponto de reconstruir locomotivas movidas a carvão em tudo idênticas às da História. Depois, todos os cenários são naturais, raras são as cenas rodadas em estúdio, as reconstituições de acampamentos, estações de caminho-de-ferro, meios de locomoção, cenas de batalha, em tudo Buster Keaton procura o dado rigoroso que dê credibilidade à

história. No seu entender, só assim os “gags” resultam mais divertidos, porque inscritos numa realidade dramática plausível. Razão que está igualmente na base da aparente rigidez da sua máscara: os espectadores divertem-se mais se o actor cómico se assume na sua seriedade. Será, aliás, na construção do “gag” que este filme de Keaton se distingue, sendo mesmo considerado um dos mais perfeitos (senão mesmo o mais) do autor.

Na sessão da noite do “O Castelo em Imagens”, pelas 21.30 h vai ser exibido o filme “Oito Vidas por um Título” que tem como título original “Kind Hearts and Coronets”, que é uma citação ligeiramente alterada de um poema de um dos mais prestigiados escritores ingleses, Alfred Lord Tennyson. O filme de Robert Hammer parte de um argumento escrito pelo próprio Robert Hamer, de colaboração com John Dighto, segundo romance de Roy Horniman, “Israel Rank: The Autobiography of a Criminal” (1907), que relatava a vida e as façanhas criminosas de um judeu de ascendência italiana que confessara a autoria de vários crimes cometidos ao longo da vida numa sistemática vingança. O romance conheceu grande sucesso na época, pelo tom cínico e irónico com que relatava as proezas amorais de um herói pouco provável.

Amanhã, continuará a ter boas razões para ir a Portel assistir ao “Castelo em Imagens” e os seus Castelos na Comédia.

C

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ANO: 47.º NÚMERO: 12.769 PVP: 0,75€ TERÇA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2016 diariodosul.com.ptdiariodosul.com.pt

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Iniciativa inclui também o Concurso Nacional Escolar

Castelos são a “personagem principal”do Festival de Cinema em Porteln Marina Pardal

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s castelos, em particular o de Portel, ganham uma projeção

diferente com a XIV edição do Festival de Cinema que decorre nesta vila alentejana até ao próximo sábado.

“Castelo em Imagens” é o nome da iniciativa que leva diferentes fi lmes até ao auditório municipal, ao mesmo tempo que integra o XIII Concurso Nacional Escolar que inclui trabalhos de pintura / desenho, fotografi a e vídeo.

A cerimónia de abertura teve lugar no domingo à noite, contando com a presença do presidente da Câmara Municipal de Portel, José Manuel Grilo, e do diretor do Festival “Castelo em Imagens”, o cineasta Lauro António.

Para marcar o início desta iniciativa foi apresentada a peça de teatro “Uma Casa de Gente Safada”, pelo Grupo de Teatro da Secção Cultural “O Restolho” da Associação Seara Nova, de Viana do Alentejo.

Em declarações ao Grupo Diário do Sul, José Manuel Grilo salientou que “este festival nasceu há 14 anos para chamarmos a atenção para o nosso castelo e para o património que o envolve”, lembrando que “no segundo ano,

introduzimos uma outra componente para além da parte de cinema, o Concurso Nacional Escolar, subordinado ao tema dos castelos”.

O presidente do Município de Portel explicou que “este ano, o tema dos fi lmes centra-se na comédia”, lembrando que “a parte da manhã (10 horas) é virada para o público mais infantil, com as aventuras do D’Artacão e os Três Moscãoteiros”.

Acrescentou ainda que “à tarde

(15 horas) e à noite (21h30) os fi lmes são dirigidos para os jovens e os adultos”, frisando que “todas as sessões têm entrada gratuita”.

De acordo com José Manuel Grilo, “o Concurso Nacional Escolar, que abrange desde o ensino básico até ao universitário, pretende despertar alunos e professores para a questão do património, através de atividades relacionadas com as áreas artísticas”.

O autarca referiu também que

“o objetivo do festival é despertar o gosto pelo cinema, mas também pelo património, ao mesmo tempo que alertamos para a necessidade de haver alguma intervenção nestes espaços”.

Garantiu ainda que “tem havido alguns ganhos nesse sentido”, exemplifi cando que “nos últimos anos, a Fundação da Casa de Bragança, que é a proprietária do castelo de Portel, tem colaborado connosco nesta iniciativa”.

Outro aspeto que realçou foi o facto de no próximo sábado ser inaugurada a Casa do Castelo, “um espaço junto ao posto de turismo que vai acolher algum espólio relacionado com o castelo e exposições, bem como os trabalhos que foram premiados nas várias edições deste concurso escolar”.

Por sua vez, o cineasta Lauro António recordou que “este é um festival ‘sui generis’, pois não me lembro de mais nenhum que seja só sobre o castelo”.

Segundo o diretor do festival, “este evento não tem um caráter competitivo ao nível dos fi lmes, apresentando-se como uma mostra e nesse aspeto procuramos

que o festival seja um complemento cultural e cinematográfi co”.

Explicou ainda que “nesta edição temos o castelo na comédia e apresentamos vários fi lmes que têm o castelo como tema, como é o caso de ‘Frankenstein Júnior’ ou ‘Por Favor Não Me Mordam o Pescoço’”.

No entanto, “há outros fi lmes na programação que não são passados em castelos, como o de Charlie Chaplin ou o de Buster Keaton, mas considerámos importante mostrá-los como sendo duas referências na história da comédia”.

A sessão inaugural também contou com a presença de Norberto Patinho, presidente da Assembleia Municipal de Portel e deputado à Assembleia da República pelo distrito de Évora.

Na sua opinião, “este é um festival de cinema com características muito próprias que julgo que é de preservar”, considerando que “a envolvência cada vez maior das escolas pode ser um contributo para enraizar o gosto pela sétima arte e pelo património”.

O presidente do Município de Portel, José Manuel Grilo; e o diretor do Festival de Cinema, Lauro António.