Duração: 3h30min · 2019. 4. 8. · SIMULADO 04 Duração: 3h30min LINGUAGENS QUESTÃO 1...

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SIMULADO 04 Duração: 3h30min LINGUAGENS QUESTÃO 1 Aconteceu mais de uma vez: ele me abandonou. Como todos os outros. O quinto. A gente já estava junto há mais de um ano. Parecia que dessa vez seria para sempre. Mas não: ele desapareceu de repente, sem deixar rastro. Quando me dei conta, fiquei horas ligando sem parar mas só chamava, chamava, e ninguém atendia. E então fiz o que precisava ser feito: bloqueei a linha. A verdade é que nenhum telefone celular me suporta. Já tentei de todas as marcas e operadoras, apenas para descobrir que eles são todos iguais: na primeira oportunidade, dão no pé. Esse último aproveitou que eu estava distraído e não desceu do táxi junto comigo. Ou será que ele já tinha pulado do meu bolso no momento em que eu embarcava no táxi? Tomara que sim. Depois de fazer o que me fez, quero mais é que ele tenha ido parar na sarjeta. [...] Se ainda fossem embora do jeito que chegaram, tudo bem. [...] Mas já sei o que vou fazer. No caminho da loja de celulares, vou passar numa papelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas agendinhas de papel jamais me abandonou. FREIRE, R. Começar de novo. O Estado de S. Paulo, 24 nov. 2006. Nesse fragmento, a fim de atrair a atenção do leitor e de estabelecer um fio condutor de sentido, o autor utiliza-se de a) primeira pessoa do singular para imprimir subjetividade ao relato de mais uma desilusão amorosa. b) ironia para tratar da relação com os celulares na era de produtos altamente descartáveis. c) frases feitas na apresentação de situações amorosas estereotipadas para construir a ambientação do texto. d) quebra de expectativa como estratégia argumentativa para ocultar informações. QUESTÃO 2 O comportamento do público, em geral, parece indicar o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si mesmo, não é uma obra de arte completa, pois ele só se realiza plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, ler um texto dramático equivale a comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas ele só fica pronto mesmo depois que os atores deram vida àquelas emoções; que cenógrafos compuseram os espações, refletindo externamente os conflitos internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos sofredores em movimento. LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012. Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes estratégias para guiar o leitor por um raciocínio e chegar a determinada conclusão. Para defender sua ideia a favor da incompletude do texto dramático fora do palco, o autor usa como estratégia argumentativa a a) comoção. b) analogia. c) identificação. d) contextualização. QUESTÃO 3 PROPAGANDA O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado). De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a a) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados. b) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. c) imposição das ideias e posições de grupos específicos. d) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas? Por Francisco Fernandes Ladeira À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é impotente frente aos gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. Influentes nomes, como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais sistemáticas sobre o tema, concluíram que os meios de comunicação em larga escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus receptores. Segundo eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, aos idênticos programas das várias estações. No livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid Da Viá afirma que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem vontade e os juízos aceitos pelas multidões seriam sempre impostos e nunca discutidos. 1 Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica. Todavia, como bons cidadãos céticos, 2 devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de proposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. 3 As mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos. 4 Na maioria das vezes, o discurso midiático perde seu significado original na controversa relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma “bolha ideológica”, apanágio de seu próprio processo de individuação, que condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao entramos em contato com o mundo exterior, construímos representações sobre a realidade. Cada um de nós forma juízos de valor a respeito dos vários âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à “verdade”. [...] [...] 5 A mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo recorre como argumento para formular suas opiniões. 6 Nesse sentido, competem com os veículos de comunicação como quadros ou grupos de referência fatores subjetivos/psicológicos (história familiar, trajetória pessoal, predisposição intelectual), o contexto social (renda, sexo, idade, grau de instrução, etnia, religião) e o ambiente informacional (associação comunitária, trabalho, igreja). 7 “Os vários tipos de receptor situam-se numa 8 complexa rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam”, afirmou a cientista social Alessandra Aldé em seu livro A construção da política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa. 9 Evidentemente, o peso de cada quadro de referência tende a variar de acordo com a realidade individual. Seguindo essa linha de raciocínio, no original estudo Muito Além do Jardim Botânico, Carlos Eduardo Lins da Silva constatou como telespectadores do Jornal Nacional acionam seus mecanismos de defesa, individuais ou coletivos, para filtrar as informações veiculadas, traduzindo-as segundo seus próprios valores. 10 “A síntese e as conclusões que um telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não podem ser antecipadas por ninguém; nem por quem produziu o telejornal, nem por quem assistiu ao mesmo tempo que aquele telespectador”, inferiu Carlos Eduardo. Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia- realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/. (Publicado em 14/04/2015, na edição 846. Acesso em 13/07/2016.)

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SIMULADO

04

Duração: 3h30min

LINGUAGENS QUESTÃO 1

Aconteceu mais de uma vez: ele me abandonou. Como todos os outros. O quinto. A gente já estava junto há mais de um ano. Parecia que dessa vez seria para sempre. Mas não: ele desapareceu de repente, sem deixar rastro. Quando me dei conta, fiquei horas ligando sem parar – mas só chamava, chamava, e ninguém atendia. E então fiz o que precisava ser feito: bloqueei a linha.

A verdade é que nenhum telefone celular me suporta. Já tentei de todas as marcas e operadoras, apenas para descobrir que eles são todos iguais: na primeira oportunidade, dão no pé. Esse último aproveitou que eu estava distraído e não desceu do táxi junto comigo. Ou será que ele já tinha pulado do meu bolso no momento em que eu embarcava no táxi? Tomara que sim. Depois de fazer o que me fez, quero mais é que ele tenha ido parar na sarjeta. [...] Se ainda fossem embora do jeito que chegaram, tudo bem. [...] Mas já sei o que vou fazer. No caminho da loja de celulares, vou passar numa papelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas agendinhas de papel jamais me abandonou.

FREIRE, R. Começar de novo. O Estado de S. Paulo, 24 nov. 2006.

Nesse fragmento, a fim de atrair a atenção do leitor e de estabelecer um fio condutor de sentido, o autor utiliza-se de a) primeira pessoa do singular para imprimir subjetividade ao relato de mais uma desilusão amorosa. b) ironia para tratar da relação com os celulares na era de produtos altamente descartáveis. c) frases feitas na apresentação de situações amorosas estereotipadas para construir a ambientação do texto. d) quebra de expectativa como estratégia argumentativa para ocultar informações. QUESTÃO 2

O comportamento do público, em geral, parece indicar o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si mesmo, não é uma obra de arte completa, pois ele só se realiza plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, ler um texto dramático equivale a comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas ele só fica pronto mesmo depois que os atores deram vida àquelas emoções; que cenógrafos compuseram os espações, refletindo externamente os conflitos internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos sofredores em movimento.

LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012.

Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes estratégias para guiar o leitor por um raciocínio e chegar a determinada conclusão. Para defender sua ideia a favor da incompletude do texto dramático fora do palco, o autor usa como estratégia argumentativa a a) comoção. b) analogia. c) identificação. d) contextualização. QUESTÃO 3 PROPAGANDA – O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB,

1998 (adaptado).

De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a a) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados. b) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. c) imposição das ideias e posições de grupos específicos.

d) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas? Por Francisco Fernandes Ladeira À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é impotente frente aos gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. Influentes nomes, como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais sistemáticas sobre o tema, concluíram que os meios de comunicação em larga escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus receptores. Segundo eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, aos idênticos programas das várias estações. No livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid Da Viá afirma que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem vontade e os juízos aceitos pelas multidões seriam sempre impostos e nunca discutidos.

1Assim, fomentou-se a concepção de que a

mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica. Todavia, como bons cidadãos céticos,

2devemos duvidar (ou ao

menos manter certa ressalva) de proposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta.

3As mensagens transmitidas pelos

grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos.

4Na maioria das vezes, o

discurso midiático perde seu significado original na controversa relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma “bolha ideológica”, apanágio de seu próprio processo de individuação, que condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao entramos em contato com o mundo exterior, construímos representações sobre a realidade. Cada um de nós forma juízos de valor a respeito dos vários âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à “verdade”. [...] [...]

5A mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de

referência, aos quais um indivíduo recorre como argumento para formular suas opiniões.

6Nesse sentido, competem com os veículos de

comunicação como quadros ou grupos de referência fatores subjetivos/psicológicos (história familiar, trajetória pessoal, predisposição intelectual), o contexto social (renda, sexo, idade, grau de instrução, etnia, religião) e o ambiente informacional (associação comunitária, trabalho, igreja).

7“Os vários tipos de receptor situam-se numa

8complexa

rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam”, afirmou a cientista social Alessandra Aldé em seu livro A construção da política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa.

9Evidentemente, o peso de cada quadro de

referência tende a variar de acordo com a realidade individual. Seguindo essa linha de raciocínio, no original estudo Muito Além do Jardim Botânico, Carlos Eduardo Lins da Silva constatou como telespectadores do Jornal Nacional acionam seus mecanismos de defesa, individuais ou coletivos, para filtrar as informações veiculadas, traduzindo-as segundo seus próprios valores.

10“A síntese e as conclusões que um

telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não podem ser antecipadas por ninguém; nem por quem produziu o telejornal, nem por quem assistiu ao mesmo tempo que aquele telespectador”, inferiu Carlos Eduardo.

Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/. (Publicado em 14/04/2015, na

edição 846. Acesso em 13/07/2016.)

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QUESTÃO 4 Com relação às estratégias argumentativas utilizadas no texto, é correto afirmar que o autor a) vale-se da pergunta retórica do título, respondida afirmativamente por

ele mesmo. b) apresenta apenas posicionamentos de estudiosos que são idênticos

aos seus. c) vale-se do uso das aspas nos quatro momentos para se distanciar

daquilo que é dito. d) utiliza a primeira pessoa do plural para se aproximar do leitor e o

persuadir sobre seu ponto de vista. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto a seguir, retirado do Jornal do Cremesp (Edição 344 - 01-02/2017). BIOÉTICA Divulgação de dados de pacientes A possível divulgação que chegou à imprensa sobre conteúdo de exames de paciente – que teria, ainda, sido alvo de comentários ofensivos propagados via Whatsapp –, aguça uma questão que, de tempos em tempos, volta aos debates ético, bioético e deontológico: apesar de ser um dos pilares mais conhecidos da profissão, médicos sempre se preocupam com o sigilo das informações obtidas de sua relação com o paciente? Seriam claros a eles e demais profissionais da Saúde princípios éticos como confidencialidade e privacidade do paciente, tão arraigados na área, mesmo quando envolvem pessoas públicas? Para José Marques Filho, coordenador da Câmara Técnica Interdisciplinar de Bioética do Cremesp, a obrigação milenar à confidencialidade embasa a relação médico-paciente. “Favorece não apenas o âmbito ético, o mais evidente, como o técnico: o paciente que não confiar no médico esconderá informações imprescindíveis a uma anamnese completa”. Isso se estende a familiares, que, ao procurar os serviços, creem que o conteúdo de exames e detalhes relativos ao tratamento serão resguardados. Concordam com essa visão os bioeticistas Carlos Francisconi e José Roberto Goldim, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no livro Iniciação à Bioética, do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo eles, um bom vínculo terapêutico se baseia na confiança. O assistido crê que seu médico “irá preservar tudo o que lhe for relatado, tanto que revela informações que outras pessoas, com as quais convive, sequer supõem existir”. Daí se podem depreender os eventuais riscos e dissabores a que são submetidos os já vulnerabilizados pela doença, bem como seus entes queridos, quando suas particularidades de saúde são expostas em foros inadequados e de maneira frívola. Confiança

Derivado do latim confidentia, entre seus significados, o termo confiança corresponde a “o que se acredita firmemente”. Segundo a obra Bioethics Information Retrieval Project, do Kennedy Institute of Ethics, a confidencialidade pode ser entendida como “a garantia do resguardo das informações dadas em confiança e a proteção contra a sua revelação não autorizada”, no contexto sanitário. Já privacidade (do inglês, privacy) costuma ser interpretada como a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como do acesso a ela própria e à sua intimidade. Isso, por vezes, se traduz no direito de alguém de manter-se afastado ou de permanecer só. Como resume Reinaldo Ayer de Oliveira, conselheiro do Cremesp e coordenador do Centro de Bioética do Conselho, há três planos em torno das informações sanitárias que devem ser salvaguardadas: o primeiro é

o da confidencialidade, no qual o indivíduo decide partilhar algo com quem lhe interessa e convém – por exemplo, seu médico assistente –; o da privacidade, pela qual a pessoa pode querer guardar sua história consigo mesma. Ambos culminam em um terceiro plano relativo à profissão médica: o compromisso do sigilo, preservado por quase 25 séculos, e consagrado pelo Juramento de Hipócrates, ao estabelecer que “aquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto”. Liberdade de expressão? Longe de simplificar o debate relativo à quebra de sigilo profissional à simples “liberdade de expressão” dos que divulgam informações sigilosas – ou apenas as replicam “inocentemente” –, como salienta Ayer, a discussão envolve algo ainda pouco regulamentado, ou seja, a divulgação de assuntos médicos via smartphones. Entre as exceções, figura o Alerta do Cremesp, publicado em setembro de 2016 (http://www.cremesp.org. br/?siteAcao=NoticiasC&id=4220), sobre uso do WhatsApp ou aplicativos similares pelos médicos: “quando for responder aos seus pacientes por WhatsApp ou aplicativos similares, façam-no, desde que conheçam o seu quadro clínico atual, com o intuito apenas de orientá-los, com observância ao Código de Ética Médica, particularmente com respeito ao sigilo profissional, não os expondo em grupos”. Nota pública do Cremesp Em Nota Pública sobre caso pontual que originou sindicância voltada a eventual divulgação indevida, por médicos, de exames de pessoa pública – que está sendo promovida com a cautela habitual na Casa –, o Cremesp salienta, entre outros pontos, que o “compromisso e a ética ante a saúde de cada um dos cidadãos colocam-se, sem distinções de qualquer natureza, sempre acima de interesses que não sejam fiéis à dignidade inviolável da pessoa doente junto aos seus entes queridos”. Por conseguinte, lamenta “a divulgação de qualquer exame, dado privativo e ofensas feitas a doentes em redes sociais”. Normas legais e deontológicas Sigilo, confidencialidade e privacidade são garantidos por diretrizes brasileiras, em âmbitos: Constitucional; Civil; Penal; e pelo Código de Ética Médica. Em resumo, determinam: - Serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das

pessoas; - A proibição (a qualquer cidadão) de divulgar, sem justa causa,

informações sigilosas ou reservadas ou conteúdo de documento particular e/ou segredo, de que tem ciência em razão (...) de ofício ou profissão, se produzir dano a outrem;

- A proibição (ao médico) de revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Permanece a proibição: mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido (...).

Disponível em: https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=2283 . Acesso em: 08 mar. 2017.

Imagem: http://www.ugt.org.br/index.php/post/3135-Novo-codigo-de-etica-medica-entra-em-vigor- nesta-terca-feira(13-04-2010). Acesso em: 08 maio 2017.

QUESTÃO 5 Em várias passagens do texto, o autor usa perguntas retóricas, que, por se tratarem de a) estratégia discursiva, constroem-se ornamentadas com figuras de linguagem para tornar o discurso mais dinâmico, de modo a impor resposta imediata do interlocutor. b) procedimento argumentativo, têm como efeito de sentido criar interesse no leitor e levá-lo a refletir sobre os assuntos contemplados, dispensando a obtenção de resposta. c) recurso estratégico, desencadeiam reflexão sobre assuntos que não são questionados, com intenção de estimular o leitor a ponderar sobre a melhor resposta ao jornal. d) recurso estilístico, contam com uma resposta retórica dos leitores, isto é, que eles se dirijam ao jornal formalmente, manifestando opinião sobre cada um dos assuntos contemplados.

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QUESTÃO 6

Você pode não acreditar

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam as garrafinhas de leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela. A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam o pão na soleira da porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo como uma coisa normal.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para namorar e voltava andando pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para trás, sem temer as sombras.

Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam airosamente. Chegavam no meio da tarde ou à noite, contavam casos, tomavam café, falavam da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de bonde às suas casas.

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da família. Era sinal de que já estava praticamente noivo e seguro.

Houve um tempo em que havia tempo. Houve um tempo.

SANTANNA, A. R. Estado de Minas, 5 maio 2013 (fragmento).

Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que...” configura-se como uma estratégia argumentativa que visa a) surpreendem leitor com a descrição do que as pessoas faziam durante o seu tempo livre antigamente. b) sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas se relacionavam entre si num tempo mais aprazível. c) advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se faz do tempo nos

dias atuais. d) incentivar o leitor a organizar melhor o seu tempo sem deixar de ser

nostálgico.

INGLÊS TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:

POLITICAL ACTIVISM

Earlier this year I had the privilege to sit in on a lunch discussion with

James Carroll, a Boston Globe columnist who was visiting my university

to give a speech on his latest book. The dialogue eventually came around

to discussing the differences between youth protests today and those

during the 1960s. He suggested that youth in the latter period had more

of an influence than today simply because they were able to involve

politicians in their rallies, petitions and causes. 1Conversely, when today's

youth hold a demonstration in front of a parliament building or contest a

particular aspect of an institution, their forms of protest lack influence to

cause change because they do not have any political figures or

individuals involved in their particular protest.

At this point, the issue of how we as youth can attract politicians to

become part of our campaigns and protests in order to successfully effect

political change should be explored. First, we as Canadian youth must

become involved in organizations and groups that address current social

and political issues that affect us. Involvement increases youth

awareness and influence. Groups or organizations that deal with issues

such as the environment, poverty, gender equality and others that may

be of interest to you are worth joining. Organizational involvement gives

youth a platform from which to express their opinions about issues of

importance.

Involvement does not have to be centred on issues on a grand

scale; more local events may persuade you to get involved. Joining an

organization that is dedicated to, for example, preventing the closing of a

local public school or big box stores from entering the neighbourhood, are

also avenues where engaged youth can make a difference. By simply

involving ourselves with these issues and organizations, we allow

ourselves the opportunity to meet people of influence, whether they be

politicians or others who have a direct influence on social and political

events in our communities, cities, provinces or country.

2Involvement in community issues and political campaigns are great

opportunities to gain access to individuals such as politicians and

community leaders. These connections can then be used in our favour

when attempting to advance our own cause or demonstrations. Any

argument will have a greater influence when it is supported by members

of the political community.

If you are dedicated to making a difference in your community, or are

dedicated to a cause and are frustrated that your voice is not being

heard, try to acquire political leaders' attention and aid in pursuing causes

that affect and concern youth. Our young political ancestors of the 1960s

did this effectively; it is time that the youth of the current generation learn

from their example and attempt to gain established political support for

our causes.

FAUSTO

www.apathyisboring.com

QUESTÃO 7

The text presents a comparative analysis of political involvement in

different decades.

According to Carroll, the conflicting attitude between youth generations of

the 1960s and of today is expressed in the following statement:

a) effective activism is attainable with political support b) traditional institutions are conscious of political needs c) community engagement is sustained by political action d) cooperative actions are dependent on political organizations QUESTÃO 8

Involvement in community issues and political campaigns are great

opportunities to gain access to individuals such as politicians and

community leaders. (ref. 2)

The fragment above highlights the importance of:

a) civic behavior b) local engagement c) active partnership d) government influence QUESTÃO 9 The title and the words in the logo anticipate the theme of the text. This combination reinforces the idea that political engagement should be

viewed as:

a) risky b) tiresome c) complex d) stimulating QUESTÃO 10

Conversely, when today's youth hold a demonstration in front of a

parliament building or contest a particular aspect of an institution, their

forms of protest lack influence to cause change (ref. 1)

The notion expressed by the capital letters is that of:

a) reiteration b) alternation c) opposition d) conformation

ESPANHOL TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: A pesar de la Noche de los Lápices, hoy los lápices siguen escribiendo

El arribo de la democracia en el mes de mayo de 1973, luego de un

proceso creciente de enfrentamientos contra la dictadura miliar que

gobernaba desde junio de 1966, trajo consigo la irrupción em la vida

política y social de los distintos sectores populares que 3habían

experimentado un crecimiento sustancial durante lãs luchas; entre ellos,

los estudiantes secundarios.

Se había alcanzado un nivel de conciencia, acción y participación

bastante elevado con lo cual el nível de cuestionamiento al sistema

capitalista era por demás peligroso para la burguesía y los sectores

reaccionarios de nuestro país.

Cuando nuevamente asumieron el gobierno, em 1976, los militares

consideraban que en la Argentina había una generación perdida: la

juventud. Esta, por la sofisticada acción de "ideólogos", se había vuelto

rebelde y contestataria.

Si bien el gobierno militar toma en cuenta la situación en la que se

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encontraba la juventud argentina, no fue tan obstinado como para

suponer que se debía atacar a toda la juventud por igual. La política

hacia los jóvenes parte de considerar que los que habían pasado por la

experiencia del 1'Cordobazo' y demás luchas previas a 1973, los que

habían vivido con algún grado de participación del proceso de los años

1973, 74 y 75, los estudiantes universitarios y los jóvenes obreros 4eran

en su mayoría irrecuperables y en consecuencia había que combatirlos. 5Para ello utilizaron un pretexto tan obvio como falaz, se trataba de

subversivos reales o potenciales que ponían en riesgo al conjunto del

cuerpo social. El ser joven pasa a ser un peligro.

6Uno de los aspectos más dramáticos de la represión, vivida en

aquellos años, fue el secuestro de adolescentes. Llegaron a 250 los

desaparecidos que tenían entre 13 y 18 años, claro que no todos

estudiaban. Muchos se habían visto obligados a abandonar la escuela

para incorporarse al mundo del trabajo.

El 16 de septiembre de 1976, 10 estudiantes secundarios de la

Escuela Normal Nro 3 de la Plata son secuestrados tras participar en una

campaña por el 2boleto estudiantil. Todos tenían entre 14 y 18 años.

Este hecho es recordado como "La noche de los lápices". Sólo tres de

ellos aparecieron un tiempo después.

Hoy, los estudiantes secundarios están de a poco recuperando

aquella tradición de lucha y defensa, por los derechos a una educación al

servicio del pueblo y con mayor presupuesto.

Hoy, los secundarios, sector dinámico de nuestra sociedad,

tienen un doble desafío, que es la de reconstruir la memoria de lucha de

nuestro pueblo y la de reorganizarse para enfrentar este calamitoso

estado de nuestra educación, ya que ellos son los más perjudicados.

"Comunicadores Solidarios". www.agenciaelvigia.com.ar

Notas: 1 El Cordobazo - designación atribuida a protestas sociales que se dieron

en la ciudad de Córdoba. 2 Boleto estudiantil - ayuda para el gasto de transporte desde la casa a la

escuela.

QUESTÃO 7

En el texto, se perciben diversos momentos en que el autor se deja

asomar a través de los adjetivos utilizados.

En las frases siguientes, el adjetivo destacado que se puede atribuir a

otro que no al propio autor es:

a) "eran en su mayoría IRRECUPERABLES" (ref. 4) b) "habían experimentado un crecimiento SUSTANCIAL durante las

luchas;" (ref. 3) c) "Para ello utilizaron un pretexto tan OBVIO" (ref. 5) d) "Uno de los aspectos más DRAMATICOS de la represión," (ref. 6) QUESTÃO 8

El texto hace referencia a hechos ocurridos durante la dictadura militar

argentina.

Tras leer los dos últimos párrafos, es posible concluir que el principal

objetivo de Comunicadores Solidarios al escribir el texto fue:

a) desmitificar la historia oficial b) avivar el sentimiento aguerrido c) denunciar los episodios violentos d) historiar el movimiento estudantil QUESTÃO 9

El gobierno militar que asumió el poder en 1976 se preocupó con la

situación de la juventud.

Según el autor, los militares trataban las reivindicaciones estudiantiles

básicamente como:

a) complot de obreros b) manifiesto de intelectuales c) maquinación de demócratas d) conspiración de enemigos QUESTÃO 10

"A pesar de la Noche de los Lápices, HOY LOS LÁPICES SIGUEN ESCRIBIENDO". El fragmento destacado del título se lo puede comprender como: a) la divulgación de nuevas propuestas b) la preservación de una biografía c) el mantenimiento de un sueño d) la recuperación de antiguas rivalidades

MATEMÁTICA QUESTÃO 11 No ciclo trigonométrico, as funções seno e cosseno são definidas para todos os números reais. Em relação às imagens dessas funções, é correto afirmar: a) sen (7) > 0 b) sen (8) < 0

c) cos( 5 ) > 0

d) cos( 5 ) > sen(8)

QUESTÃO 12

O valor de cos (2.280 ) é

a) 1

.2

b) 1

.2

c) 2

.2

d) 3

.2

e) 3

.2

QUESTÃO 13 Um determinado inseto no período de reprodução emite sons cuja intensidade sonora oscila entre o valor mínimo de 20 decibéis até o máximo de 40 decibéis, sendo t a variável tempo em segundos. Entre as funções a seguir, aquela que melhor representa a variação da intensidade sonora com o tempo I(t) é

a) 50 10 cos t .6

π

b) 30 10 cos t .6

π

c) 40 20 cos t .6

π

d) 60 20 cos t .6

π

QUESTÃO 14

Quanto aos números pares 0, 2, 4 e 8, é CORRETO afirmar que:

a) estão em progressão aritmética de razão 2.

b) estão em progressão geométrica de razão de 2.

c) são potências consecutivas da base 2.

d) têm máximo divisor comum igual a 2. QUESTÃO 15 No centro de um mosaico formado apenas por pequenos ladrilhos, um artista colocou 4 ladrilhos cinza. Em torno dos ladrilhos centrais, o artista colocou uma camada de ladrilhos brancos, seguida por uma camada de ladrilhos cinza, e assim sucessivamente, alternando camadas de ladrilhos brancos e cinza, como ilustra a figura a seguir, que mostra apenas a parte central do mosaico. Observando a figura, podemos concluir que a 10ª camada de ladrilhos cinza contém

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a) 76 ladrilhos. b) 156 ladrilhos. c) 112 ladrilhos. d) 148 ladrilhos. QUESTÃO 16

O número de raízes reais da equação 22 cos x 3 cos x 1 0 no

intervalo ]0, 2 [π é

a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

QUÍMICA QUESTÃO 17

A tabela periódica dos elementos químicos é, sem dúvida, uma ferramenta bastante útil para prever certas características e propriedades dos elementos químicos. Um exemplo disto é a previsão do comportamento dos átomos e dos compostos químicos por eles formados, ou ainda o porquê de certos átomos serem extremamente reativos, enquanto outros são praticamente inertes. Com base na tabela periódica dos elementos, assinale a alternativa correta.

a) Os íons cobalto (2 ) possuem 02 (dois) elétrons em sua camada de

valência sendo este metal considerado de transição. b) Os metais pertencentes ao grupo 1 formam compostos iônicos com

íons fluoreto devido à elevada diferença de eletronegatividade entre estas espécies químicas.

c) O raio atômico aumenta de cima para baixo e da esquerda para a direita, sendo que os não-metais possuem grandes raios devido a sua eletronegatividade.

d) A energia empregada na remoção do elétron da camada de valência dos átomos de césio é maior que nos átomos de cloro, devido à maior eletronegatividade deste último.

QUESTÃO 18

Uma unidade industrial utiliza um processo químico para tratar o dióxido de carbono antes de seu descarte na atmosfera. Esse processo consiste em reagir o dióxido de carbono com uma solução básica contendo um hidróxido metálico com as seguintes características: − apresenta apenas dois elétrons em sua camada de valência; − situa-se no terceiro período da tabela de classificação periódica dos elementos. A fórmula química do produto iônico resultante desse processo é:

a) Na2CO3

b) MgCO3

c) CaCO3

d) Al2(CO3)3

QUESTÃO 19

A tabela abaixo apresenta o nome de alguns minerais e a fórmula química da substância que constitui cada um deles.

Mineral Fórmula química

da substância

Calcita CaCO3

Cerussita PbCO3

Estroncianita SrCO3

Magnesita MgCO3

Rodocrosita MnCO3

Siderita FeCO3

Witherita BaCO3

Considerando a tabela, assinale a alternativa que apresenta o nome oficial do mineral cuja fórmula química da substância que contém o metal de maior raio atômico. a) Carbonato de ferro II b) Carbonato de cálcio c) Carbonato de Bário d) Carbonato de chumbo II

QUESTÃO 20

“Pelos critérios da nova forma de censura, a Justiça não é cega, mas deficiente visual, Caetano Veloso não poderia cantar Eu sou neguinha, e Chico Buarque deveria ser advertido porque na música Meu caro amigo ele manda dizer a Augusto Boal que ‘a coisa aqui tá preta’.”

VENTURA, 2012, p.66.

A melanina é a substância responsável pela nossa cor de pele, e não pelo nosso caráter, crença ou qualquer outra coisa. A fórmula estrutural da melanina está representada a seguir.

Sobre a melanina é CORRETO afirmar que

a) sua fórmula molecular é 6 6N H .

b) possui carbonos trigonais. c) apresenta a função amida. d) possui apenas ligações sigma. QUESTÃO 21 A pólvora é o explosivo mais antigo conhecido pela humanidade.

Consiste na mistura de nitrato de potássio, enxofre e carvão. Na

explosão, ocorre uma reação de oxirredução, formando-se sulfato de

potássio, dióxido de carbono e nitrogênio molecular. Nessa

transformação, o elemento que sofre maior variação de número de

oxidação é o:

a) carbono. b) enxofre. c) nitrogênio. d) oxigênio. QUESTÃO 22

Considera-se que quatorze elementos químicos metálicos são essenciais

para o correto funcionamento do organismo, portanto indispensáveis

para manter a saúde. Os referidos elementos estão listados na tabela a

seguir:

Com base na distribuição eletrônica dos átomos desses metais no

estado fundamental, assinale a alternativa correta.

a) K, Ca, V, Cr, Mn, Fe, Co e Ni são elementos que apresentam o elétron

mais energético em orbitais d e são por isso conhecidos como metais de transição.

b) Mg e Ca pertencem ao mesmo grupo ou família da Tabela Periódica.

c) A camada de valência de K possui a configuração 3s2 3p

6 3d

1.

d) Mo e Sn possuem elétrons em subnível f.

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BIOLOGIA QUESTÃO 23

O bom funcionamento de nosso organismo depende em parte de rotas metabólicas correlacionadas e controladas. Glicose, lipídeos e proteínas podem servir como fontes de energia para nosso corpo. Diante da decisão de uma pessoa perder peso rapidamente, foram feitas as afirmações a seguir. I. As proteínas possuem funções essenciais ao organismo, como

enzimas e elementos estruturais, não sendo então armazenadas como fonte primordial de energia.

II. As gorduras apresentam maior conteúdo energético por unidade de massa do que os carboidratos.

III. Os músculos podem utilizar tanto suas reservas de glicogênio como

ácidos graxos para a produção aeróbica de ATP. IV. Na gliconeogênese alguns aminoácidos podem ser desaminados e

usados para produzir glicose para o cérebro, que depende de glicemia adequada para o bom funcionamento.

Estão CORRETAS as afirmações: a) I e II, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) I, II, III e IV. QUESTÃO 24

O ATP atua como um tipo de “moeda energética”. Considere as seguintes afirmações sobre essa molécula. I. A molécula é um nucleotídeo composto por uma base nitrogenada,

uma ribose e um grupo trifosfato. II. A hidrólise da molécula libera energia livre que pode ser utilizada no

transporte ativo. III. A síntese da molécula pode ocorrer na ausência de oxigênio, quando

a glicólise é seguida pela fermentação. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) I, II e III. QUESTÃO 25 O crescimento populacional humano é produto da reprodução sem controle, que agrava os problemas de superpopulação mundial. Por outro lado, a reprodução nos organismos unicelulares ocorre por divisão celular, enquanto que nos organismos multicelulares esse processo é responsável pelo crescimento e reparo de tecidos. Sobre o processo em destaque, analise as afirmativas abaixo. I. A prófase I da meiose I possui cinco subfases: leptóteno, zigóteno,

paquíteno, diplóteno e diacinese. II. Na telófase os cromossomos começam a se desespiralizar e adquirem

a forma de fita. III. Na anáfase ocorre a separação das cromátides. IV. Na meiose I, a metáfase I se caracteriza pelo alinhamento dos pares

homólogos na placa equatorial. V. O produto da meiose são quatro células haploides. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I, II e IV b) I, III e V c) II, III e V d) I, II, III, IV e V

QUESTÃO 26 Considere a ilustração abaixo, de uma célula animal com padrão diploide

de seis cromossomos, ou seja, 2n 6, em divisão celular.

A partir da ilustração, observa-se a ocorrência do seguinte processo: a) reposição de células mortas b) multiplicação celular assexuada c) produção de células totipotentes d) formação de células reprodutoras QUESTÃO 27

Se a quantidade de DNA de uma célula somática em metáfase mitótica é 2X, as células do mesmo tecido, nas fases G1 e G2 apresentam, respectivamente, as seguintes quantidades de DNA: a) X e X b) X/2 e X c) X/2 e 2X d) X e 2X QUESTÃO 28 A levedura Saccharomyces cerevisiae pode obter energia na ausência de oxigênio, de acordo com a equação

6 12 6 2 3 2C H O 2 CO 2 CH CH OH 2 ATP.

Produtos desse processo são utilizados na indústria de alimentos e bebidas. Esse processo ocorre __________ da levedura e seus produtos são utilizados na produção de __________. As lacunas dessa frase devem ser preenchidas por: a) nas mitocôndrias; cerveja e vinagre. b) nas mitocôndrias; cerveja e pão. c) no citosol; cerveja e pão. d) no citosol; iogurte e vinagre.

FÍSICA QUESTÃO 29

Uma mola está suspensa verticalmente próxima à superfície terrestre,

onde a aceleração da gravidade pode ser adotada como Na extremidade livre da mola é colocada uma cestinha de massa

desprezível, que será preenchida com bolinhas de gude, de cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que a mola tem

uma constante elástica quantas bolinhas é preciso

acrescentar à cesta para que a mola estique exatamente

a)

b)

c)

d)

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QUESTÃO 30

As forças e na Figura, fazem ângulos retos entre si e

seus módulos são, respectivamente, e

Calcule o módulo da força resultante, em

a)

b)

c)

d) QUESTÃO 31

Uma mola, de constante elástica tem um comprimento

relaxado igual a Ela é, então, presa a um bloco de massa

e sustentada no alto de uma rampa com uma inclinação de

com a horizontal, como mostrado na figura. Não há atrito entre a rampa e o bloco. Nessa situação, qual é o comprimento da mola, em

Considere:

a)

b)

c)

d) QUESTÃO 32

Um carro parte do repouso com aceleração de e percorre

uma distância de Qual é o valor da velocidade média do carro, em m/s nesse trecho? a) 2,5 b) 20 c) 50 d) 100

QUESTÃO 33 Um corpo, caindo do alto de uma torre, chega ao chão em 5 s. Qual a altura da torre? g = 9,8 m/s

2

a) 130 m b) 122,5 m c) 245 m d) 250 m

QUESTÃO 34

Ao visitar um terreno em que será construída uma nova casa, uma arquiteta observa a existência de um poço seco. Precisando estimar a profundidade do poço e não dispondo de uma trena, a profissional faz um experimento simples de Física, com as seguintes etapas:

- abandona um tijolo na boca do poço, ao nível do solo, quando seu

relógio marca 0s;

- observa que o tijolo não encontra obstáculos em seu movimento até o

fundo do poço;

- ouve o ruído do choque do tijolo contra o fundo do poço quando seu

relógio marca 2s.

Com base no experimento e adotando uma aceleração gravitacional de

10m/s2, a arquiteta pode afirmar que a profundidade do poço vale,

aproximadamente:

a) 20 m b) A profundidade do poço não pode ser estimada apenas com os dados

fornecidos. c) 2 m d) 5 m

HISTÓRIA

QUESTÃO 35 (Upe-ssa 1) Obser ve a i mag em a seguir:

Observe a charge a seguir:

A charge acima representa os primeiros anos logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. É correto afirmar que entre as principais características desse período temos a a) extração do Pau-Brasil por meio do estanco (troca), onde os indígenas

realizavam o corte da madeira e recebiam em troca objetos vistosos, mas de estimado valor, como espelhos, armamentos e tecidos diversos.

b) extração das drogas do sertão por meio de trabalho escravo, pelo qual os exploradores aproveitaram para iniciar o processo de ocupação territorial do Brasil a partir da construção de feitorias.

c) construção das primeiras feitorias com a finalidade de estimular a vinda de colonos para a produção de riquezas, como a cana-de-açúcar, e consequentemente efetivar a ocupação do território brasileiro garantindo a presença portuguesa.

d) extração do Pau-Brasil por meio do escambo (troca), onde os indígenas realizavam o corte e o transporte da madeira recebendo em troca objetos de pouco valor, como espelhos, miçangas e instrumentos de ferro.

QUESTÃO 36

De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a sua colônia na América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimentos e as expedições guarda-costas. A economia, nesse período, a) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba. b) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho

escravo.

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c) dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais.

d) baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos.

QUESTÃO 37 Sobre o período pré-colonial na História do Brasil, é correto afirmar que a) foi estabelecida a escravidão indígena como forma de exploração do

trabalho, devido à ausência de uma atividade econômica que financiasse o tráfico de escravos africanos para o Brasil.

b) a economia baseou-se na exploração de produtos naturais da terra, que não exigiam o estabelecimento da agricultura para serem extraídos, como o pau-brasil, o cacau e o látex.

c) promoveu-se a doação de porções da terra recém-descoberta para a aristocracia portuguesa, cujos membros ocupavam os principais cargos na administração pública reinol.

d) havia desinteresse na colonização imediata do território, tendo em vista que os principais recursos humanos e materiais portugueses estavam voltados para a exploração do rendoso comércio com as Índias.

QUESTÃO 38 “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida, começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a deus.”

(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. São Paulo: IBEP. Sd. p.58)

Em 622, ocorreu a Hégira, que significou para o mundo islâmico, a) o nascimento de Maomé e a chegada dos muçulmanos na África. b) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Yatreb. c) o casamento de Maomé com Khadija e a retomada de Meca. d) a ocupação da península Ibérica pelos muçulmanos. QUESTÃO 39 Um texto bastante famoso produzido na Idade Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois e dos cães, que explicava: “A razão de ser dos carneiros é fornecer leite e lã, dos bois é lavrar a terra, a dos cães defender os carneiros e os bois. Se cada um cumprir sua missão, Deus protegê-la-á. Do mesmo modo, fez com os homens: instituiu os Clérigos e os Monges para que rezassem, plenos de doçura, como ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar a subsistência, e os guerreiros para que defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os que oram e os que cultivam a terra.”

(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 1984, vol. 2, p. 10, adaptado).

Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade Feudal se dividia em três ordens principais, registradas na alternativa a) Os religiosos (os carneiros), os trabalhadores (os bois) e os guerreiros

(os cães). b) Os mercadores (os bois), os clérigos (os cães) e os guerreiros (os

carneiros). c) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e os nobres (os carneiros). d) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e a corte (os carneiros). QUESTÃO 40

Durante a Idade Média, no ano de 570, nascia Maomé, conhecido por ser o profeta de Alá. Desde a sua morte até o século XXI a crença em Alá tem sido difundida pela fé Islâmica que é, até hoje, predominante no norte da África e na Península Arábica. Em 711, a expansão islâmica conquistara espaço na Europa Ocidental. Quase toda a Península Ibérica fica sob o poder do Califado.

O que detém o avanço Islâmico é a) a resistência do império Franco e o processo de reconquista ligado às

monarquias locais fortemente influenciadas pelo cristianismo. b) a proposta, dos grupos dirigentes das Monarquias Ibéricas, de

associar os preceitos islâmicos aos valores cristãos, enfraquecendo assim as frentes de batalha.

c) a ação da Rússia em repressão aos islâmicos, formando uma frente combativa para manter as antigas monarquias ibéricas.

d) a formação de um Reino Cristão que unia todas as monarquias europeias para combater os invasores.

GEOGRAFIA

QUESTÃO 41 O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diploma de desenhista industrial e seu alto conhecimento de inglês devem ajudá-lo a tomar um rumo. Mas a taxa de desemprego, que supera 52% entre os que têm menos de 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de que seu futuro profissional não está na Espanha, como o de, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos. O irmão dele, que é engenheiro-agrônomo, conseguiu emprego no Chile. Atualmente, Daniel participa de uma “oficina de procura de emprego” em países como Brasil, Alemanha e China. A oficina é oferecida por uma universidade espanhola.

GUILAYN, P. “Na Espanha, universidade ensina a emigrar”. O Globo, 17 fev. 2013 (adaptado).

A situação ilustra uma crise econômica que implica a) valorização do trabalho fabril. b) expansão dos recursos tecnológicos. c) exportação de mão de obra qualificada. d) diversificação dos mercados produtivos. QUESTÃO 42

Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois

blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de

caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco

ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É

importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além

dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica

atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela

opção entre os modelos capitalista e socialista.

Essa divisão europeia ficou conhecida como

a) Cortina de Ferro. b) Muro de Berlim. c) União Europeia. d) Convenção de Ramsar. QUESTÃO 43 As diferentes formas em que as sociedades se organizam socioeconomicamente visam a atender suas necessidades para a época. O liberalismo, atualmente, assume papel crescente, com os Estados diminuindo sua atuação em várias áreas, inclusive vendendo empresas estatais. Da ideia de interferência estatal na economia, do "Estado de Bem-Estar", da assistência social ampla e emprego garantido por lei, e, às vezes, à custa de subsídios (na Europa defendido pela Social-Democracia), caminha-se para um Estado enxuto e ágil, onde a manutenção do progresso econômico e uma maior liberdade na conquista do mercado são as formas de assegurar ao cidadão o acesso ao bem-estar. Nem sempre a população concorda. Neste contexto, as eleições gerais na Alemanha, em 1998, poderão levar Helmuth Kohl, com longa e frutuosa carreira à frente daquele país, a entregar o posto ao social-democrata Gerhard Schroeder. O desemprego na Alemanha atinge seu ponto máximo. A moeda única europeia será o fim do marco alemão. A imagem de Helmuth Kohl começa a desvanecer-se. Conseguirá vencer este ano? Seja como for, ele luta. Mas recebeu um novo e tremendo golpe: o Partido Liberal (FDP) deixou Kohl. O secretário-geral do FDP, Guido Westerwelle, declarou: Começou o fim da era Kohl! A Alemanha ajuda a concretizar o bloco econômico da União Europeia. A participação neste bloco implica a adoção de um sistema socioeconômico que: a) dificulte a livre iniciativa econômica, inclusive das grandes empresas

na Alemanha. b) ofereça mercado europeu mais restrito aos produtos e serviços

alemães. c) diminua as oportunidades de iniciativa econômica para os alemães em

outros países e vice-versa.

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d) por meio da união de esforços com os países da União Europeia, permita à economia alemã concorrer em melhores condições com países de fora da União Europeia.

QUESTÃO 44 A Sociologia nasce no século XIX com o objetivo de combater a visão de mundo predominante nesse período, defendendo o estudo da ação coletiva e social. Assim, o objeto de estudo da Sociologia é definido como um conjunto de relacionamentos, que os homens estabelecem entre si, na vida em sociedade, num determinado contexto histórico. Na tirinha a seguir, percebe-se um objeto de estudo da Sociologia, que representa o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social.

Assinale a alternativa que contém a principal característica desse objeto de estudo. a) Igualdade b) Individualismo c) Liberdade d) Coerção QUESTÃO 45 Para que o caso Paulo Coelho revele o modo como cultura erudita e indústria cultural se relacionam no Brasil, é preciso articular dois movimentos. Em primeiro lugar, tentar uma explicação para o sucesso do escritor, centrando a análise no pacto ficcional que seus livros propõem aos leitores. Em seguida, tentar entender seu fracasso em encontrar assento no domínio culto da literatura brasileira, expresso sobretudo na reação da crítica. Parto de uma dupla recusa: a da atribuição mecânica do sucesso comercial ao propósito de autoajuda (gênero editorial, não literário) num contexto de ultraindividualismo egoísta; e a do juízo de valor estético como critério absoluto do literário.

PINHEIRO, F. A recusa acadêmica em entender Paulo Coelho. In: Folha de São Paulo, 20 jan. 2013. Adaptado. Disponível em: <http://folha.com/no1217251>

Acesso em 22 jan. 2013.

A recusa evocada pelo autor do texto corresponde a uma importante consideração metodológica. Tomando como referência a metodologia proposta por Émile Durkheim, esse tipo de recusa está inserido na ideia de “tratar os fatos sociais como coisas” e corresponde a: a) Descartar sistematicamente todas as prenoções. b) Distinguir os fatos sociais normais dos patológicos. c) Dividir o fenômeno em quantas partes forem necessárias. d) Cuidar para que os fenômenos se apresentem isolados de suas

manifestações individuais.