duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

7
( IPTESP UFQ Pesquisa do númerode linfócitos B eT nosangue periférico de bovinos sadios, duvidosos e portadores de leucemia. 4 Édimo Garcia de Lima •"& Maria Aparecida A. Arantes ' RESUMO Foram contados os linfócitos dos tipo B e T de amostras de sangue da corrente circulatória de reses sadias e de portadoras de leucemia, usando-se o teste de rosetas. Foram examinadas 545 amostras de sangue de animais sadios e 117 de portadores de leucemia. Verificou-se um aumento dos linfócitos do tipo B, no sangue dos animais sa- dios do primeiro ano de vida até o terceiro, evidenciando-se, a seguir, uma queda do número dos linfócitos, com o avançar da idade. O número dos linfócitos T apresentou uma concentração maior no primeiro ano de vida, para decrescer com a idade, com um número mínimo de 2925 células por mm3 no grupo etário de 10-15 anos de idade dos animais sadios examinados. Os resultados encontiados nos animais suspeitos e doentes de leucemia mostra- ram uma persistência de linfocitose característica da doença e também um aumento das duas subpopulações de linfócitos estudadas, sendo que os linfócitos do tipo T mostram-se aumentados uma vez e meia mais em relação aos linfócitos do tipo B. INTRODUÇÃO número dos linfócitos dos tipos B e T foram determinados por alguns Os linfócitos são células de o- autores (4, 6, 7, 8, 16) para o ho- rigem medular e de órgãos linfáticos mem em 20,0 a 34,0%, para os lin- (2) e perfazem um total de 30,0% fócitos do tipo B e 52,0 a 81,0 % do conjunto da população celular para os linfócitos do tipo T. Foram de mesma origem (5). Recebem suas também fixados os números dos lin- diferenciações específicas no apên- fócitos B e T para o camundongo dice cecal e placas de Peyer, os lin- (12 e 13), respectivamente em 33,0 fócitos do tipo B e no timo os lin- - 34,0 % e 68,0 - 75,0 %, e ainda fócitos do tipo T (l, 4, 9, 11). O 10,0 e 70;0 %. * Trabalho realizado no Departamento de Paiasitologia, Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. ** Prof. Assistente Doutor do Departamento de ParasUologia, Microbiologia e Imu- nologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Transcript of duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

Page 1: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

( IPTESPUFQ

Pesquisa do númerode linfócitos B eTnosangue periférico de bovinos sadios,duvidosos e portadores de leucemia.4

Édimo Garcia de Lima •"& Maria Aparecida A. Arantes '

RESUMO

Foram contados os linfócitos dos tipo B e T de amostras de sangue da correntecirculatória de reses sadias e de portadoras de leucemia, usando-se o teste de rosetas.Foram examinadas 545 amostras de sangue de animais sadios e 117 de portadores deleucemia.

Verificou-se um aumento dos linfócitos do tipo B, no sangue dos animais sa-dios do primeiro ano de vida até o terceiro, evidenciando-se, a seguir, uma queda donúmero dos linfócitos, com o avançar da idade. O número dos linfócitos T apresentouuma concentração maior no primeiro ano de vida, para decrescer com a idade, comum número mínimo de 2925 células por mm3 no grupo etário de 10-15 anos de idadedos animais sadios examinados.

Os resultados encontiados nos animais suspeitos e doentes de leucemia mostra-ram uma persistência de linfocitose característica da doença e também um aumentodas duas subpopulações de linfócitos estudadas, sendo que os linfócitos do tipo Tmostram-se aumentados uma vez e meia mais em relação aos linfócitos do tipo B.

INTRODUÇÃO número dos linfócitos dos tipos B eT foram determinados por alguns

Os linfócitos são células de o- autores (4, 6, 7, 8, 16) para o ho-rigem medular e de órgãos linfáticos mem em 20,0 a 34,0%, para os lin-(2) e perfazem um total de 30,0% fócitos do tipo B e 52,0 a 81,0 %do conjunto da população celular para os linfócitos do tipo T. Foramde mesma origem (5). Recebem suas também fixados os números dos lin-diferenciações específicas no apên- fócitos B e T para o camundongodice cecal e placas de Peyer, os lin- (12 e 13), respectivamente em 33,0fócitos do tipo B e no timo os lin- - 34,0 % e 68,0 - 75,0 %, e aindafócitos do tipo T (l, 4, 9, 11). O 10,0 e 70;0 %.

* Trabalho realizado no Departamento de Paiasitologia, Microbiologia e Imunologiada Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

** Prof. Assistente Doutor do Departamento de ParasUologia, Microbiologia e Imu-nologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Page 2: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

14 Rev. Pat. Trop. 9 (l - 2 ), jan./jun. 1980

A alteração do número doslinfócitos pode ser evidenciada emdoentes, através dos seus sistemaslinfáticos, tanto para linfócitos dotipo B, como para os do tipo T.

Há autores (10) que não a-creditam que se possa fazer diag-nóstico de doenças através da di-ferenciação destas células e, pos-sivelmente , pouca significaçãopossa apresentar.

Foi verificado que para ohomem com leucemia linfáticacrónica, o percentual dos linfó-citos do tipo B, na corrente cir-culatória, pode passar do normal de20,0 - 30,0% para 80,0 - 90,0%(7, 10 e 16). Estes valores forambastante diferentes para outros au-tores que encontraram de 4,0 a13,0% (4 e 8).

Wilson & Nossal (1971) nãoencontraram, em quatro pacientescom leucemia linfática aguda, umasó célula do tipo B, na corrente cir-culatória dos pacientes examinados.

Não encontramos na literatu-ra ao nosso alcance qualquer refe-rência feita a respeito do estudo dadiferenciação dos linfócitos B e i ,do sangue periférico de bovinos, co-mo tentativa de diagnóstico dife-rencial entre animais sadios e aque-les suspeitos ou doentes de leuce-mia.

No presente trabalho foi reali-zada a contagem absoluta dos linfó-citos B e T da corrente circulatóriade reses de diferentes idades, in-cluindo sadios, duvidosos e doentesde leucemia, com a finalidade detentar-se encontrar um novo méto-do de diagnóstico para a leucemiabovina.

Na determinação dos linfóci-tos B e T usou-se o teste de rosetas.

MATERIAL E MÉTODO

Foram utilizadas amostras desangue de 662 reses da raça holan-desa de idades variando entre l e 15anos, controladas por exames hema-tológicos semanais.

Na colheita do sangue utili-zou-se a solução de titríplex III (3),com anticoagulante e estabilizado-ra. Na determinação do número deleucócitos empregou-se a contagemeletrônica através do contador"Coulter Counter", modelo D. Noteste de rosetas empregaram-se osleucócitos dos bovinos, juntamentecom hemácias sensibilizadas trata-das por complemento (€'3), a nívelsub-lítico, e soro fetal bovino. As a-mostras de sangue (10,0 ml) dos a-nimais foram retiradas da veia jugu-lar com auxílio de agulhas 20 x 40mm, colocadas com solução de ti-tríplex III (0,1 ml) e misturadas poragitação dos tubos. As amostras fo-ram deixadas à temperatura de+ 4° C, por 16 horas, e depois derealizadas as contagens globais eespecíficas dos leucócitos submeti-das ao choque hipotônico. Os leu-cócitos foram lavados em soluçãofosfatada tamponada a pH 7,4(PBS - Phosphat Buffer Solution)por quatro vezes e a seguir diluí-dos para conter 4.000 leucócitospor mm^,

À parte foram preparadassuspensões de hemácias de carneiro,lavadas em PBS, sensibilizadas comhemolisina específica e tratadascom complemento. As hemácias as-sim obtidas foram submetidas auma diluição para conter 100.000células por mm-*. Foram mistura-dos os leucócitos com as hemáciasem volumes iguais e incubados a37° C, por 90 minutos (4 e 6). A.

lídimo G. de Uma & col. • Unfócitoi B e T no langue dê bovinos . . . 15

pós o período de incubação foramcontados os linfócitos do tipo B.

Na determinação do númerodos linfócitos do tipo T foram em-pregados os leucócitos dos animais,assim como hemácias de carneirotratadas com soro fetal bovino. A-pós a incubação a + 4° C, por 16horas, da mistura em partes iguaisda suspensão dos leucócitos com asuspensão das hemácias, foram con-tados os linfócitos que apresenta-vam como rosetas formadas comas hemácias, os linfócitos do tipoT.

Foram, a seguir, realizados oscálculos dos valores absolutos doslinfócitos para cada tipo, em cadaamostra de sangue examinada.

RESULTADOS

Com a finalidade de mostrar adiferença entre o número dos linfó-citos B e T, de animais sadios e dedoentes com leucemia, foram estu-dadas amostras de sangue de 545 a-rumais sadios. Eram animais proce-dentes de diferentes rebanhos e dediversos grupos etários.

A observação do número ab-soluto dos linfócitos B, dos ani-mais sadios, está representada na ta-bela l e gráfico l e do número ab-soluto dos linfócitos do tipo T, natabela 2 e gráfico 2.

A análise de variança encon-trada com o número dos linfócitosdo tipo B, assim como linfócitos dotipo T, nos grupos de animaissadios, mostrou alta significãncia nadependência de idade. Nos gráficosl e 2, pode-se verificar uma quedado número dos linfócitos na depen-dência da idade.

Nos resultados para os linfóci-tos do tipo B, (tabela l e gráfico 1)observa-se o número de 740 células

/mm ̂ no primeiro ano de vida equeda gradativa para os grupos etá-rios mais velhos até 410 células/mm^, para os animais entre 10 e 15anos de idade.

Os resultados para os linfóci-tos do tipo T (tabela 2 e gráfico 2)corresponderam a 5850 células/mm^, no primeiro ano de vida,mostrando a seguir uma queda donúmero de linfócitos, nos grupos e-tários seguintes.

Observa-se nos resultados,tanto para os linfócitos do tipo Bcomo para os do tipo T, uma varia-ção do número deles em função daidade, que é mais acentuada para oslinfócitos do tipo T.

Na determinação dos linfóci-tos B e T, da corrente circulatóriade bovinos duvidosos, juntamentecom doentes de leucemia, foram u-sados 117 animais, sendo 30 por-tadores de resultados 'duvidosos e87 com resultados declaradamentepositivos. O número dos linfócitosB e T computados, é o resultadoda média de duas contagens paracada animal separadamente. Osanimais com exames duvidosos epositivos pertencentes a diversas i-dades mostraram marcantes dife-renças no total dos linfócitos por

O pequeno número dos extre-mos não influenciou, tanto na idadecomo no aumento do número delinfócitos, nos grupos em que foramdivididos.

Os animais com exames duvi-dosos e positivos foram divididosem grupos segundo o número delinfócitos que apresentavam (Tabe-la 3 e Gráfico 3).

Page 3: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

16 Rev. Pat. Trop. 9 (l - 2 ),jan./jun. 1980

TABELA l

Número absoluto de linfócitos do tipo B por mm3 do san-gue de animais sadios.

rIdade(anos)

12345678910-15

No.deanimais

52545050505062555171

Média(x)

819679825817702616643463445404

00Estimada

740785795770726650580506456410

TABELA 2

Número absoluto de linfócitos do tipo T por mm^ dosangue de animais sadios.

Idade(anos)

12345678910-15

No.deanimais

52545050505062555171

Média(X)

5648513539773604330933593153324528622779

(X)estimada

5850480041503700340032003100300029502925

DISCUSSÃO

A proposição principal destetrabalho é a determinação do nú-mero dos linfócitos do tipo B e dotipo T, da corrente circulatória deanimais portadores de leucemia,

diagnosticados por exames hemato-lógicos. Não encontramos na litera-tura a nós acessível, trabalhos quefizessem referência ao número delinfócitos dos tipos B e T por mm^de sangue de bovinos sadios e mes-mo de doentes com leucemia, em

Édlmo G. de Lima & col. • Llnfócitos B e T no langue de bovinos ... 17

800

700

600

500

400

300

200

100

1 2 3 4 5 6 9 10-15 anos

Gráfico l - Número absoluto de l infõci tos do t ipo B por mm:

Page 4: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

18 Rev. Pat. Trop. 9 (l - 2 ), jan./jun. 1980

6000

5000

4000

3000

2000

1000

9 10-15 an

Gráfico 2 - Numero absoluto de linfõcitos do tipo T por

Page 5: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

Número absoluto dos linfócitos B e T por innP de animais duvidosos e portadores de leucemia.

CTABELA 3 *ft

C

Grupos deanimais

1234567891011

Animais com resultadosduvidosos positivos

114327012000

24586

1211111279

Média Númerolinfócitos/mm-* linfócitos

(í)

79779551

103941139112608134591520916780189262109837599

1,88 ±2,0011,74±2,67 ±2,35 ±3,28 í2,47 í2,4913,6213,79- í6,16 ±

de linfócitostipo BS

0,930,640,841,591,541,851,151,461,692,534,56

em relação à idadelinfócitos tipo Tfv\\ ^

2, 06- i2,42 ±2,49 ±2,90 ±2,97 13,38 ±3,57 ±3,90 t4,92 i5,73 ±

10,66 i

0,450,310,620,490,420,680,500,580,820,825,68

8

io:foIA

CDnH

1g

1n

8-cro

O j

Page 6: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

20 Rev. Pat. Trop. 9 (l - 2 ), jan./jun. 1980 Édimo G. de Lima & col. • Linfócitos B e T no sangue de bovinos . . . 21

11

10

8 12 16 20 24 28 32 36

Núncro toE«l de linfócitos em mil por «d3 de sangue.

Gráfico 3 - ReiaçSo do núnera «édio por «n3 de Iinf5cito« • mídias do*

linfÕcitot B e T

Legenda! 4 linfócitoi do tipo B

• línfÓcitoi do cipo T

l

diferentes idades. Estes dadosforam por nós determinados. Paraisto foi necessário a introdução deuma técnica como o teste de rose-tas, que nos fornecesse segurançana reprodutibiiidade dos resulta-dos. O teste usado é o de Huber &col.(1971) e de Jondal, Holm &Wigzell (1972) para determinar onúmero de linfócitos do tipo B, eo de Waller & Maclenman (1972),para os linfócitos do tipo T.

Foram determinados os nú-meros absolutos dos linfócitos B eT de 545 animais de rebanhos sa-dios, nos quais verificou-se um au-mento do número dos linfócitos dotipo B, a partir do primeiro ano devida dos animais até o terceiro ano,para depois decrescer até o grupodos animais com 10-15 anos deidade.

0 número dos linfócitos dotipo T, no primeiro ano de vida, a-presentou uma média de 5.850 cé-lulas por mm^ de sangue como oslinfócitos do tipo B, que tambémapresentaram queda com o avançarda idade dos animais.

No estudo das subpopulaçõesdos linfócitos B e T nos animaisportadores de leucemia foram com-putados os resultados dos examesde 117 animais, nos quais se podeverificar um aumento do númerodaqueles linfócitos, sendo que o nú-mero dos linfócitos do tipo T émaior uma vez e meia que o doslinfócitos do tipo B.

CONCLUSÕES

1 - Baseando-se nos resultadosencontrados pode-se inferir que háuma elevação do número relativodos linfócitos do tipo B e T, no san-gue dos animais portadores de leu-

cemia em relação aos animais sa-dios,

2 - Pode-se verificar, ainda,que em relação ao aumento de am-bas as subpopulações de linfócitoshouve um aumento maior dos linfó-citos do tipo T, na proporção deuma vez e meia.

SUMMARY

Lymphocytes type B and Twere counted from blood samplesof healthy and sick cows havingleukaemia, using the rosette test.The sample consisted of 545 heal-thy and 117 sick animais.

It was found an increase oflymphocytes type B, in the healthyanimais from the first to the thirdyear of life and then a fali propor-tional to the age. As to the numberof lymphocytes type T, the greatestconcentration was found in thefirst year of age then decreasing. Inthe age-group 10-15 it was found aminimal number of 2925 cells permrrp,

In the sick animais, a charac-teristic presistent lymphocytosiswas found and an increase of thetwo sub-populations of B and Tlymphocytes, the type T showingan increase of one and a half morethan type B.

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

BURNET, F.M. - Immunologicalsurveillancc. Pergamon Press.Oxford, 1970.

FLIEDNER, T.M. - Lymphozyten =Lymphozyten?. Tagung Dtsch.Gês. Innere Med. Wiesbaden,29. IV-3.V. 73, 1973.

Page 7: duvidosos e portadores de leucemia. nosangue periférico de ...

2?\. Pat. Trop. 9 (l - 2 ), jan./jun. 1980

DE LIMA, E. & MITS-'f. CHERLICH, E. - Untersuchun-

gen ueber die Zahl der B-undT-Lymphozyten in stroemen-den Blut von gesunden, leuko-severdaechtigen und leukose-kraken Rindern der DeustchenSchwarzbunten. Zbl. Vet.Med., 6,20:665-684,1973.

4 HUBER, C.H.; ASAMER, H.; HU-BER, H.; WIGZELL, H. &BRAUNSTEINER. - Zur fun-ktionellen, Differenzierunglymphatischer Zellen: Lym-phozyten mit Immunglobulin-determinanten und Bindungs-faehigkeit fuer immunkomple-xe bei der Maus. Zbl. Exp.Med., 156:34-51,1971.

5 HUDSON, G.; OSMOND, D.G. &ROYLANCE, PJ. - CeU po-pulations in the boné marrowof the normal guinea pig. Actaanat.Basel, 52:234-249,1963.

6 JONDAL, M.; HOLM, G. & WI-GZELL, H. - Surface markerson human T and B lymphocy-tes. J. Exp. Med., 136:207-215,1972.

7 KOENIG, E.; COHNEN, G.; DOU-GLAS, S.D. & BRITTINGER,G. - Frage der B-Zellen - Naturder CLL - Lymphozyten: In vi-tro-Unter-suchungen mit Poke-weed Mitogen (PWM). 3. Ar-beitstagung ueber Leukozyten-kulturen, Tuebingen, 17-18,18.3,1972.

8 MICHLMAYER, G. & HUBER, H. -Receptor sites for complementon certain human peripheralblood lymphocytes. J. Immu-nol, 105^70-676,1970.

9 MOORE, A.R. - Evidence for apri-mary association between im-

munoblasts and small gut. Na-ture, 239:161-162,1972.

10 NOSSAL, G.J.V. - Imraunologieund Krebs. Die gelben Hsfte.Behring-Werke. Warburg. 12:14,1972.

11 OWEN, J.J.T. - "Hie origens and de*vetopment of lymphocyte po-pulations. Ciba FoundationSympos., Ontogeny of acqui-red immunity, 35-54, ElsevierExcerpta Medica, North-Hol-land,

12 RAFF, M.C. - The use of surfaceantigen markers to define dif-ferent population of lympho-cytes in the mouse. 3rd. Si-grid Juselius Sympos. Helsinki83-90, Academic Press, Lon-don, New York, 1971.

13 RAFE, M.C.; NASE, S. & MITCHI-SON, N.A. - Mouse specificboné marrow derived lympho-cyte antigen as a marker forthymus-indenpendent lympho-cytes. Nature, 230: 50-51,1971.

14 YOFFEY, J. M. & COURTICE, F.C. - Lymphatics, lymph andthe lympho-myeloid complex.Academic Press, London, NewYork., 1970.

15 WALLER, C.A. & MACLENMAN,I.C.M. - Analysis of lymphocy-tes in blood and tissues. Spon-taneous sheep cell rosettes-intechniques in clinicai immuno-logy. Ed. Thompson, R.A. Bla-ckwell Scientific Publications.197.

16 WILSON, J.A. & NOSSAL, G.J.V. -Identification of human T andB lymphocytes in normal peri-pheral blood and chronic lym-phocytíc leukaemia. Lancet,II; 788-791,1971.