E-book Digital · 2019. 10. 9. · MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento...

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Nova abordagem no trauma: as perspectivas do XABCDE

AUTOR: Maria Carolina Sarmento de Matos¹ COAUTORES: Mariane Costa Dias Lins,Paulo Leão de

Menezes, Raquel Pereira de Oliveira, Lorenna Torres Andrade da Nóbrega.ORIENTADOR: Felipe

Gurgel de Araujo.

INTRODUÇÃO: O ABCDE trata-se de um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao

politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma Rodrigues MS, et al. Esse protocolo tem

como objetivo manter o paciente vivo e estável até o momento de direcioná -lo a um serviço de

emergência mais estruturado. A 9ª edição do PHTLS traz como atualização o advento do XABCDE, no

qual o acréscimo do “X” diz respeito à hemorragia externa grave, devendo a sua abordagem ser realizada

antes mesmo do manejo das vias aéreas, antes prioridade no atendimento. Por mais que os dados

epidemiológicos indiquem que a obstrução das vias aéreas seja responsável por um grande número de

óbitos - caso não haja intervenção imediata -, no trauma, hemorragia grave é a principal causa de morte.

OBJETIVO: Análise da atualização do PHTLS sobre a nova abordagem no trauma: XABCDE em

detrimento da antiga: ABCDE, elencando as principais vantagens alcançadas com a nova perspectiva.

MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento bibliográfico da 9° edição do PHTLS (2018)

com a 8° edição (2016), sobre um novo método de abordagem no atendimento ao paciente vítima de

trauma. Foram também incluídos artigos indexados da base de dados Scielo e Pubmed. RESULTADO:

Na atualização PHTLS da 9ª edição, espera-se que os profissionais aprimorem suas performances em

relação à abordagem das vítimas de trauma, priorizando a possível identificação e controle de uma

hemorragia externa grave, a qual deve ser tratada inicialmente através da compressão direta sobre o

ferimento e mantida até que o transporte do traumatizado para o hospital. Os torniquetes são utilizados,

mas podem provocar lesão isquêmica, sendo uma técnica de “último recurso”, ou seja, quando

compressão direta de uma extremidade não for efetiva. Continua na etapa “C” do atendimento primário a

avaliação das hemorragias leves. Por fim, em se tratando de exsanguinação, mesmo antes da atualização o

socorrista já deveria controlá-la antes mesmo de avaliar a via aérea do doente, mas havendo profissionais

suficientes na cena do trauma para avaliação simultânea das vias aéreas, esta pode ser avaliada

concomitantemente. CONCLUSÕES: A perspectiva do novo XABCDE na avaliação primária é diminuir

consideravelmente a chance de óbito do traumatizado, trazendo para o início do atendimento o controle

da hemorragia grave. É classificado com uma nova abordagem organizada e sistemática no cuidado do

paciente traumatizado que visa uma melhoria da sobrevida no contexto pré-hospitalar, diminuindo a

morbidade e a morbimortalidade das lesões traumáticas. Palavras-chave: Trauma; Hemorragia;

Emergência

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RELAÇÃO DE CUSTO BENEFÍCIO DA INFUSÃO DE COLÓIDES

SINTÉTICOS EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS

Joseph de Amorim Rêgo Amaral¹; Caio Cesar de Andrade Carneiro²; Darcylio Wanderley da Nóbrega²;

Nelson Fernandes Aragão Neto²; Ricardo de Sá Fernandes²; Thiago de Amorim Rêgo³ ¹ Acadêmico de

Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa ² Acadêmicos de Medicina da

Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa Email: [email protected] ³ Médico

Orientador

Introdução: O trauma é uma das mais importantes razões de morbimortalidade e incapacidade em

indivíduos adultos jovens. Compõe um dos principais problemas de saúde pública em diversos países.

Nesse sentido, no que diz respeito à pesquisa e aos estudos fisiológicos e clínicos que foram realizados,

foi evidenciado que os colóides sintéticos, administrados em estado de choque hipovolêmico, têm

diferentes perfis de segurança e efeitos. Além disso, a administração em excesso ou inoportuna traz

consequências prejudiciais, inclusive aumento da mortalidade. O hidroximetilamido, por exemplo, possui

características como potencial anafilático, injúrias renais e valor superior aos cristaloides. Apesar disso, o

volume reduzido de colóides sintéticos, necessário para reestabelecer a volemia e a sua ação prolongada

no espaço intravascular, podem ser considerados aspectos vantajosos e uma alternativa para reposição

volêmica emergencial em casos de choque hemorrágico ou hipovolêmico. Objetivos: Apurar produções e

dados científicos a cercados riscos envolvidos na utilização de colóides sintéticos em pacientes

politraumatizados e sua relação de custo x benefício quando comparados com cristalóides na reposição

volêmica emergencial. Metodologia: Este estudo constitui uma revisão bibliográfica de caráter analítico

onde foram abordados artigos nacionais e internacionais, utilizando como base de dados trabalhos

disponíveis no SCIELO. Resultados: Baseado na analise destes artigos, percebeu-se que o uso de

Hidroxietilamido e Dextran, denotam um risco maior de mortalidade em comparação ao uso de soluções

cristalóides. Não há provas de ensaios clínicos randomizados que demonstrem de forma consistente que a

reanimação com colóides sintéticos reduza o risco de morte, em detrimento da reanimação com

cristalóides. Foram identificados no campo de pesquisa 74 ensaios de fluidoterapia de uso desses

fármacos, em pacientes na unidade de terapia intensiva por consequencia do choque hipovolêmico, dos

quais 66 foram a óbito. Como os colóides sintéticos são mais dispendiosos, tóxica, e com potenciais

efeitos adversos comumente associados em relação aos cristalóides, não se justificaria o uso contínuo de

colóides sintéticos em pacientes, com a exceção do contexto de ensaio clinico controlado. Conclusão: O

caráter comparativo qualitativamente, levando em consideração o agravo e a necessidade entre o uso da

solução de colóide sintético e cristalóide, deve-se levar em consideração quais são objetivos esperados na

terapêutica do choque hipovolêmico em pacientes politraumatizados, sendo necessário uma

monitorização que permita a identificação precoce em casos de crise por uso desses fármacos, visto que

evidencia-se divergências entre os resultados dos ensaios clínicos e práticas emergenciais.

Palavras-Chaves: Choque; Emergências; Traumatismo múltiplo

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PERFIL DA RESISTÊNCIA DE FÁRMACOS ANTIMICROBIANOS USADOS

NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Júlia Leite Montenegro Pires, Coautores: Vitória Souza Saturnino; Diego Bitu de Melo e Silva; Daysianne Pereira de Lira Uchoa

Contextualização do problema: Infecções bacterianas são complicações muito recorrentes em Unidades

de Terapia Intensiva (UTIs) e que comumente causam agravo da situação do paciente. A terapia utilizada

para combater essas infecções consiste no uso de antimicrobianos, esses, porém, podem mostrar-se

ineficazes diante do aumento da resistência bacteriana frente alguns fármacos. Além disso, essa patologia

mostra-se como um problema de saúde pública, pois aumenta a morbidade, os custos hospitalares com o

doente e a mortalidade. Objetivo: O presente trabalho busca avaliar as bactérias mais comuns em UTIs,

bem como os antimicrobianos menos eficazes atualmente . Metodologia: Foi revisão sistemática que

buscou artigos na plataforma de dados Scielo, sendo selecionados os que abordam os principais tipos de

bactérias e suas resistências frente aos fármacos que podem ser administrados na Unidade de Terapia

Intensiva no Brasil, sendo utilizado os descritores UTI, resistência, Brasil e antimicrobianos. Dos artigos

selecionados, foram considerados fármacos resistentes aqueles que apresentaram valores de sensibilidade

abaixo de 19%. Os cálculos presentes foram realizados conforme os dados qualitativos presentes nos

artigos estudados. Resultado: Verificou-se que, dos artigos analisados, as bactérias mais prevalentes em

UTIs foram a Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumanni, Enterobacter spp., Escherichia coli,

Streptococcus agalatiae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase

negativa. Com relação aos materiais biológicos analisados, a urina evidenciou, principalmente, a presença

de Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Já as amostras sanguíneas apresentaram a presença de

Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus, enquanto a análise de secreções (saliva, secreções de

pele, abscesso subfrênico, abdominal, brônquico, abscesso, bolha, celulite da mão esquerda, escara, ferida

cirúrgica, joelho, úlcera, drenagem luminal, ferida, ferida cirúrgica intra-epiléptica, intraperitoneal,

membro inferior, pleural, ocular , orofaríngea, quadril direito, subcutâneo, tecido mole, traqueal, uretral)

foi evidenciado a Escherichia coli e a Pseudomonas aeruginosa. Assim como, o lavado traqueal foi

observado infecão por Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae. Com base nos artigos

analisados, a Acinetobacter baumannii mostrou-se resistente a um maior número de fármacos, sendo a

Ceftazidima e Amplicilina/Subactam aqueles que apresentaram uma menor eficácia. A Klebsiella

pneumoniae mostrou-se como a segunda mais resistente, sendo os fármacos Norfloxacina e Amplicina os

que apresentaram menor sensibilidade, já a Staphylococcus aureus mostrou-se resistente a

Ciprofloxacina, seguido de Amicacina. Enquanto a Escherichia coli mostrou-se resistente, na maioria dos

estudos, a Cefalotina e Cefepima.

Palavras-chaves: Antimicrobianos; Unidade de Terapia Intensiva; Resistência.

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Novas recomendações do ATLS 2019: Indicação do uso de vídeolaringoscopia na

intubação orotraqueal (IOT)

Autora: Mariane Costa Dias Lins; Co-autores: Paulo Leão de Menezes, Natalia Sampaio Freitas ; Rafael

Rodriguez Teixeira de Carvalho; Maria Carolina Sarmento de Matos ; Orientador: Matheus Filipe Jurema

Furtado Alves

INTRODUÇÃO: A intubação orotraqueal (IOT) é um processo de suporte avançado de vida, indicado

para assegurar passagem de ar em situações onde haja dificuldade na manutenção da permeabilidade das

vias aéreas, estando comumente presente nas unidades de emergência, unidades de terapia intensiva e

centros cirúrgicos. A técnica engloba a visualização da laringe, epiglote e cordas vocais com o auxílio do

laringoscópio e a introdução do tubo endotraqueal na fenda glótica. Assim, o conhecimento anatômico

das vias aéreas e a visualização adequada são primordiais para o sucesso da intubação. Dessa forma, a

utilização da vídeolaringoscopia tem como vantagem a melhor visualização da glote e menor taxa de

intubação esofágica, principalmente em vias de difícil acesso. OBJETIVO: Revisar a literatura acerca

das vantagens e desvantagens alcançadas com a introdução da vídeolaringoscopia na intubação

orotraqueal. MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento bibliográfico do novo ATLS, 10ª

edição (2018), uma atualização da 9ª edição (2012), sobre o uso de vídeolaringoscopia em vias aéreas

difíceis na IOT. Foram também incluídos artigos indexados nas bases de dados Scielo e BJA (British

Journal of Anaesthesia). RESULTADO: Ao contrário das cirurgias eletivas, na emergência e na terapia

intensiva os pacientes estão mais instáveis e as condições para a intubação orotraqueal são bem piores.

Estima-se que a taxa de falha na primeira tentativa chegue a 30% dos casos, com 25% experimentando

hipoxemia grave. O objetivo do uso da vídeolaringoscopia é alcançar a intubação traqueal atraumática em

tempo hábil, usando o número mínimo de tentativas. Uma recente revisão sistemática da

vídeolaringoscopia (Lewis, SR), relatou melhora da visão laríngea com vídeolaringoscopia, melhora da

facilidade de uso, redução do trauma das vias aéreas e redução de falhas, tanto em uma população não

selecionada quanto na intubação difícil prevista. CONCLUSÕES: Com o passar dos anos foram

desenvolvidos dispositivos alternativos que integram técnicas de vídeo e de imagem óptica. Segundo a

atualização do ATLS, o uso dessa tecnologia através do videolaringoscópio pode beneficiar

principalmente pacientes em situações de trauma. A sua principal vantagem é possibilitar uma melhor

visualização da glote, até mesmo para médicos menos experientes melhorando o desfecho da intubação e

a redução de traumas. Entre os pontos negativos, que não se sobrepõem aos positivos, estão os

relacionados à secreção, sangramento e dificuldade de manuseio.

Palavras-chave: Intubação; Urgência;

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TRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR POR PROJÉTIL DE ARMA

DE FOGO: RELATO DE CASO

AUTOR: Artur Moreno de Andrade Vasconcelos ; COAUTORES: Eduardo Guedes Kehrle Filgueira;

Yolanda de Melo Omena Lira; David Sammuel Dantas Torres ; Maria Hercília Vieira Melo Ramalho;

ORIENTADOR: Rodolfo de Abreu Carolino

INTRODUÇÃO: As armas de fogo são largamente utilizadas atualmente no ambiente urbano de forma

legal e ilegal resultando, muitas vezes, em homicídios ou lesões. As fraturas mandibulares correspondem

ao segundo tipo mais comum de fraturas do esqueleto facial. O manejo de injúrias na face por projéteis de

armas de fogo (PAF) é espaço de discussão no meio acadêmico, resultando em uma variabilidade na

conduta adotada nesses casos. O atendimento a esses pacientes deve-se seguir o protocolo do Advanced

Trauma Life Support (ATLS), ressucitação e manutenção das vias aéreas – a ocorrência de sangramentos

e edema local também deve ser observada. RELATO DE CASO: Paciente do gênero masculino deu

entrada no serviço de Cirurgia e Trauma de um hospital de referência do sertão do estado vítima de

agressão física por Projétil de arma de fogo (PAF). O paciente foi submetido a exames clínicos e

imaginológicos, que evidenciaram entrada do projétil na região correspondente a região esquerda da

mandíbula orifício de saída região geniana direita. Nos exames de imagem foi identificado fratura

cominutiva de mandíbula, especificamente de corpo mandibular. O tratamento proposto foi cirúrgico,

com o paciente estabilizado hemodinamicamente, com escala de Glasgow 15, sendo submetido

a anestesia geral para redução cruenta e fixação interna rígida da fratura. Inicialmente foi realizado o

acesso submandibular, divulsão por planos e exposição da fratura, a qual foi debridada com copiosa

irrigação com soro fisiológico 0,5%. Em seguida foi feita redução da fratura e fixação com placas de

fixação interna rígida: placa de reconstrução na basilar da mandíbula, e placa 2.0 em região mais superior

a esta última, ambas com oito parafusos. Em seguida foi submetido ao toalete da ferida cirúrgica e sutura

por planos. DISCUSSÃO: A escolha pelo retardo no tratamento definitivo dessas injúrias têm-se baseado

na crença de que a desvitalização do tecido e a infecção necessariamente sucederiam um episódio de

PAF. Atualmente, vêm-se optando pelo tratamento imediato. Dessa forma, escolha da abordagem deve

ser baseada nas particularidades da lesão, estado geral do paciente, equipe e ma teriais disponíveis.

Preconiza-se, no entanto, o tratamento das fraturas nas primeiras 72h, de acordo com Maloney & Lincoln.

Revisões apontam que a região do corpo mandibular é mais acometida, como se observa nesse relato.

Observa-se, também, um baixo índice de complicações pós-operatórias, sendo a má oclusão e infecção as

mais recorrentes, quando acometidas decorrem devido à técnica inadequada e má higiene oral,

respectivamente.

PALAVRAS – CHAVE: Armas de fogo; Mandíbula; Traumatismo penetrante.

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LACERAÇÃO DA CÓRNEA DECORRENTE DE TRAUMA COM OBJETO

PERFURANTE

Autor principal: Ingra Ellen Menezes Rufino; COAUTORES: Yolanda de Melo Omena Lira; Maria

Hercília Vieira Melo Ramalho; Ohanna Núria Nunes Pereira Inácio de Queiroz; David Sammuel Dantas

Torres; Igor Neves Coelho.

INTRODUÇÃO: Em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, o trauma ocular é a principal causa de

perda de acuidade visual unilateral. Cerca de 90% das lesões em decorrência de traumas oculares são

evitáveis. O trauma grave mais frequente é o perfurante, sendo a córnea a área mais acometida. RELATO

DE CASO: D.S.F, masculino, 15 anos, estudante, deu entrada no Hospital de Olhos de Cajazeiras, no dia

21 de dezembro de 2018, apresentando trauma com prego no olho direito há duas horas. Apresentou ao

exame de Biomicroscopia: laceração de córnea com perfuração no olho direito, corectopia inferior, rotura

do saco capsular com formação de catarata; e o olho esquerdo sem alterações. Apresentava, ao exame

fundoscópico: olho direito com difícil visualização e olho esquerdo inalterado. Foi aplicada uma lente de

contato terapêutica e prescrito Vigamox (cloridrato de moxifloxacino), uma gota a cada duas horas, em

associação ao Oftpred® (acetato de prednisolona), mesma posologia, ambos de uso tópico. Paciente

retorna, referindo baixa acuidade visual no olho direito, sem queixas de dor, secreção ou lacrimejamento.

Foi realizado um novo exame de Biomicroscopia que evidenciou a presença de catarata branca e

laceração de córnea tamponada (s/ seidel) no olho direito. Optou -se por retirar a lente de contato

terapêutica e manter Vigamox e Oftpred® em desmame; houve o acréscimo da Atropina, também de us o

tópico. Redução da acuidade mantida. Apresentou a um novo exame de Biomicroscopia: olho direito com

cicatriz na córnea e presença de catarata traumática. Foi realizada uma facectomia no olho direito. O

paciente recebe acompanhamento regular após cirurgia e, após uma nova avaliação, foi possível constatar

uma melhora na sua acuidade visual. DISCUSSÃO: A laceração da córnea ocorre geralmente em traumas

oculares graves e sua gestão requer avaliação cuidadosa e planejamento. O globo ocular deve ser

cuidadosamente fechado para que a função ocular possa ser restaurada de modo que a acuidade visual do

paciente possa atingir níveis próximos à normalidade.

PALAVRAS-CHAVE: córnea, acuidade visual, via perfurante.

ÁREA DO RESUMO : Tema livre – Emergências Oftalmológicas (Trauma ocular).

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MANEJO INICIAL DOS CASOS DE LITÍASE RENAL NO DEPARTAMENTO

DE EMERGÊNCIA

AUTOR: Maria Beatriz Henrique Borba; COAUTORES: Clarissa Souza Hamad Gomes; João Pedro

Chaves Luna Cavalcante Castro; Brenda Ribeiro Siqueira; ORIENTADOR: Jacy Maria de Souza Lima

Introdução: Os cálculos urinários são formados a partir da agregação de cristais com proteína não

cristalina e podem migrar pelo ureter causando dor durante o trajeto. Tem elevado impacto social, posto

que o risco de desenvolver a doença durante a vida é de 12% para os homens e 6% para as mulheres,

apresentando taxa de recorrência de 50% e com incidência maior em climas quentes (MARTINS et al.,

2015). Objetivo: Trabalho objetivado na discussão sobre a litíase renal mediante sua configuração

emergencial. Método: Realizou-se levantamento bibliográfico através de artigos indexados nas bases de

dado SCIELO e Google acadêmico, nos idiomas inglês, espanhol e português. A amostra final foi

constituída por 8 artigos. Resultados: A cólica ureteral é característica da obstrução do trato urinário e

constitui um dos quadros álgicos mais intensos descritos na medicina. Manifesta-se através de dor aguda

em região lombar, irradiando para virilha ou gônadas genitais. Em razão da inervação esplâncnica comum

do intestino e da cápsula renal, sintomas como náuseas e vômitos são comuns. A partir da suspeita

clínica, a investigação complementar é essencial. O exame de eleição é a tomografia computadorizada

(TC) helicoidal sem contraste. Após confirmação do diagnóstico, recomenda-se realizar radiografia para

avaliar se o cálculo é radiotransparente. A ultrassonografia apresenta sensibilidade inferior à tomografia,

mas pode ser utilizada na sua ausência. Nas gestantes, é indicada realização de ressonância em virtude

dos elevados níveis de radiação da TC. Inicialmente, o tratamento deve ser direcionado para o controle da

dor, antes feito com opioides. Na atualidade, porém, sabe-se que os anti-inflamatórios não-esteroidais e

inibidores da cicloxigenase-2(COX-2) são capazes de realizar analgesia provocando menos náuseas e

vômitos. Deve-se avaliar a probabilidade da eliminação espontânea do cálculo, uma vez que a maioria

tem menos de 5mm e pode sair espontaneamente. O uso da tansolusina, medicamento que facilita essa

saída, vem sendo discutido por aumentar até 65% a chance de eliminação. Em pacientes infectados, com

cálculos acima de 6mm ou piora da função renal há necessidade de intervenção para desobstrução,

podendo ser necessária ureteroscopia, litotripsia extracorpórea por ondas de choque ou até nefrostomia.

Conclusões: A litíase renal é uma das principais causas de cólica nefrética e a mais frequente urgência

urológica. Pacientes com essa afecção tipicamente apresentam cólica renal consequente à obstrução do

trato urinário. Em vista disso, uma vez confirmado o diagnóstico por exame de imagem e controlada a

crise de dor, um plano terapêutico deve ser estabelecido.

Palavras-chave: Litíase, Urolitíase, Cálculo.

Área do resumo: Abrange conteúdo de urgência e emergência urológica.

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O ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE EMERGÊNCIA:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.

AUTORA: REBECA CAMPELO DANTAS DE LIMA; JÚLIA ROCHA SANTOS; LAYZE

CLAUDINO SOUZA; THALITA FERREIRA CAMPOS; MARIANA SOARES MADRUGA GUEDES

PERREIRA; ALINNE BESERRA DE LUCENA MARCOLINO

INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional é uma condição presente entre os profissionais de emergência,

uma vez que se exige esforço físico, mental, emocional e psicológico pela demanda de atenção e

realização de atividades com alto grau de responsabilidade e dificuldade. Havendo desestabilização na

forma de enfrentamento diante de aspectos laborais intrínsecos, é possível uma interferência direta na

qualidade de vida e de trabalho destes profissionais. É um problema atual e tem propiciado o aumento no

número de pesquisas nesta área. OBJETIVO: Analisar a produção científica acerca do estresse

ocupacional dos profissionais de emergência no período de 2006 a 2019. METODOLOGIA: Revisão

integrativa da literatura que buscou artigos nacionais e internacionais na base de dados Biblioteca Virtual

de Saúde (BVS), utilizando como descritores as palavras profissionais de emergência (emergency

professionals) e estresse ocupacional (occupational stress). RESULTADOS: Dos 61 artigos encontrados

nesta base, após leitura dos resumos, foram excluídos estudos duplicados, artigos de revisão e as

publicações que não estivessem no formato de artigo científico, como: livros, teses, dissertações, cartas e

editoriais. Desta forma, o corpus foi constituído por 32 artigos, sendo identificados 2 eixos temáticos

principais: Estímulos estressores presentes no trabalho e Predisposição pessoal ao estresse ocupacional

no trabalho. Dentre os fatores que corroboram para o estresse ocupacional, aspectos intrínsecos como a

sobrecarga de trabalho, limitação de recursos adequados para sua execução, exposição à violência física

e verbal, baixa remuneração e superlotação do serviço de emergência foram os mais presentes, assim

como fatores pessoais como a dificuldade em relacionamentos interpessoais, estilo de vida inadequado,

sedentarismo e limitados momentos de lazer e relaxamento. CONCLUSÃO: O estresse ocupacional é um

fator presente entre os profissionais de emergência e, assim, percebe-se que estratégias devem ser criadas

para que estes possam enfrentar, com condições propícias, as dificuldades que acarretam desgastes

físicos, mentais e financeiros por meio de implementação de ações que visem a melhoria do ambiente e

investimento em um clima organizacional favorável, de modo a garantir o direito da sua saúde no

trabalho, sua maior satisfação e, consequentemente, melhor relacionamento com seus colegas e com os

usuários do serviço.

PALAVRAS - CHAVE: Estresse ocupacional. Profissionais de emergência. Revisão integrativa da

literatura.

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SÍNDROME DA EMBOLIA GORDUROSA EM PACIENTES

POLITRAUMATIZADOS

AUTOR: Lucas Bezerra de Aguiar; COAUTORES: Carlos Fábio Vieira Júnior, Eduardo Antonio

Montenegro Cabral, Maria Thereza de Freitas Leite, Mylena Beatriz Alves dos Santos, Tânia Regina

Ferreira Cavalcanti.

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Embolia Gordurosa (SEG) corresponde à disfunção ou lesão de órgãos

isolados ou não, decorrente da evolução da oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura (embolia

gordurosa) originada, principalmente, pela fratura de ossos longos. A embolia gordurosa está presente em

grande parte dos pacientes politraumatizados, dos quais cerca de um terço pode evoluir para SEG.

Algumas observações clínicas são sugestivas para a identificação dessa condição e, portanto, são

relevantes para o conhecimento do profissional médico, como a tríade de acometimentos neurológicos,

hematológicos e respiratórios. OBJETIVOS: Apresentar aspectos de relevância clínica e profilática

relativos à SEG, sobretudo, em pacientes politraumatizados. METODOLOGIA: Revisão de literatura

feita a partir das bases de dados PubMed, Scielo e ScienceDirect, as palavras -chave “embolia gordurosa”,

“síndrome da embolia gordurosa” e “politrauma”, nas línguas portuguesa e inglesa, publicados a partir de

2005, utilizando-se como critérios de inclusão a relevância e a especificidade referente à temática.

RESULTADOS: O êmbolo gorduroso pode migrar através da circulação e obstruir capilares alveolares,

o que, de forma maciça, pode desencadear cor pulmonale. As células dos alvéolos produzem lipase que

hidrolisam a gotícula em ácidos graxos, estes que, em alguns casos, podem lesionar o tecido alveolar e os

capilares. No mecanismo de lesão, há destaque para a maior fixação de neutrófilos por integrina no

endotélio local, liberando enzimas proteolíticas, desencadeando-se, assim, a SEG. A apresentação aguda

fulminante é marcada por cor pulmonale que, em geral, culmina em óbito. A forma sub-aguda é

caracterizada pela tríade: dificuldade respiratória progressiva devido ao acúmulo de exsudato e sangue no

alvéolo, causando um quadro de hipóxia generalizada, taquipneia evoluindo para dispneia e cianose, com

morte em até 24 horas se não tratado; alterações neurológicas como irritabilidade, agitação, confusão

mental, anisocoria, ataxia e plegias descorrentes de edema em região baixa do encéfalo; petéquias como

consequência do rompimento de capilares na pele. Estudos apontaram o politraumatismo, o lactato sérico

acima de 22 mmol/L em 12 horas após a lesão e SaO2 abaixo de 90% em até 24 horas como fatores que

predispõe a SEG. Como profilaxia pós -traumática para a SEG, pesquisas mostraram que os

corticosteroides reduzem o risco de desencadeamento da SEG em quase 80%, bem como o risco de

hipóxia em cerca de 60%, sendo a administração em doses menores mais eficientes . CONCLUSÃO:

Reconhecer a possível evolução de embolia gordurosa para SEG torna fundamental o saber médico acerca

da profilaxia e dos achados clínicos.

PALAVRAS-CHAVE: Embolia gordurosa. Traumatismo múltiplo.

ÁREA DE CONHECIMENTO: Traumatologia.

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ULTRASSOM À BEIRA DO LEITO PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO

VOLÊMICO NO PACIENTE EM CHOQUE SÉPTICO

Autor: Miriam Campos Soares de Carvalho; Coautores: Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Carolline

Ithamar Fernandes Franco; Eleonora de Abrantes Barreto; Luana Ferreira Leite Araújo; Antônio Mateus

Andrade de Sousa.

Introdução: O choque séptico e sepse grave são um desafio para a assistência médica. A melhoria na

taxa de mortalidade associada ao choque séptico está relacionada ao diagnóstico precoce em combinação

com a reposição volêmica oportuna e a administração adequada de antibióticos. A antiga definição de

choque séptico como hipotensão apesar de expansão volêmica adequada ajudou muito nesse sentido. O

somatório de variados dados clínicos, pode nos dar uma direção entre um pouco mais de volume ou já

iniciar drogas vasoativas/inotrópicas. Ressalta-se que vários trabalhos têm apontado os malefícios do

balanço hídrico muito positivo, além de efeitos colaterais de cristaloides. Devemos lembrar da curva de

Frank-Starling. A avaliação do estado volêmico é rotineira em unidades de terapia intensiva. Por isso a

ultrassonografia à beira do leito vem sendo uma aliada de extrema importância para avaliação do estado

volêmico de pacientes graves e tornou-se fundamental nesta avaliação. Estudo publicado pelo American

Journal of Respiratory and Critical Care Medicine comparou diferentes medidas obtidas pela

ultrassonografia: diâmetro de veia cava inferior, variação respiratória no diâmetro de veia cava superior,

velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE; (como parâmetros preditores de resposta

volêmica) comparando-os com a variação na pressão de pulso (medida por cateter arterial) e com a

elevação passiva de membros inferiores. Sendo a variação respiratória da veia cava superior a medida

mais específica e de melhor acurácia e a velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE a medida

mais sensível. Objetivos: a) Apontar conceitos e condutas a respeito do choque séptico; b) A avaliação

volêmica em pacientes graves acometidos por choque séptico através da ultrassonografia à beira d o leito.

Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando artigos selecionados e publicados entre os anos

de 2010 a 2016, a partir do banco de dados da SciELO, BVS e PubMEd. Resultados: A reanimação do

choque séptico inclui reposição intravascular, manutenção adequada da pressão de perfusão e

fornecimento de oxigênio. Para atingir esses objetivos, a avaliação da responsividade do volume e das

intervenções complementares (vasopressores/inotrópicos/transfusão de sangue) pode ser necessária, para

isso a ultrassom ganha a dianteira nas avaliações dos diversos parâmetros e medidas. Conclusões: A

ultrassom se apresenta como bom método na análise do estado volêmico nos pacientes em choque

séptico, dando suporte no levantamento dos parâmetros clínicos para melhor avaliação clínica, embora

tenha suas limitações e a acurácia de seu uso não supere o julgamento clínico.

Palavras-chave: Choque séptico; ultrassom; Balanço hídrico.

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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

AUTOR: Pedro Henrique de Medeiros Morais; COAUTORES: Larissa de Menezes

Albuquerque Coelho; Pedro Henrique Brasil de Medeiros; ORIENTADOR: Diego Bonfada.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Assim, a Parada

Cardiorrespiratória é uma das emergências médicas que comumente apresentam-se como desafios para

serviços e profissionais inseridos nos diversos níveis de atenção à saúde, em especial na atenção primária,

tida como componente pré-hospitalar fixo da rede de atenção às urgências e emergências. Um agricultor

idoso, hipertenso e dislipidêmico, de um município interiorano do Rio Grande do Norte chegou à Unidade

Básica de Saúde alegando dispneia e desconforto torácico. A intenção inicial foi aferir a Pressão Arterial

Sistêmica, contudo, percebeu-se que o paciente se encontrava irresponsivo. Posteriormente, foi

identificada a Parada Cardiorrespiratória e buscou-se seguir os passos da Corrente de Sobrevivência (1-

Acionar Sistema de Emergência; 2- RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas; 3- Rápida

desfibrilação; 4- Suporte avançado de vida eficaz; 5- Cuidados pós-PCR integrados). Contudo, mesmo

iniciando as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar, a assistência à vítima foi parcial devido à

ausência do Desfibrilador Externo Automático na UBS, sendo esse um dos fatores determinantes para o

óbito. Assim, tendo o Infarto Agudo do Miocárdio como principal hipótese causal da RCP, o manejo

adequado do paciente é fundamental. Logo, o conceito de corrente de sobrevivência refere -se à sequência

de ações que devem ocorrer para aperfeiçoar as taxas de sucesso da reanimação cardiopulmonar, não

podendo ser consideradas isoladamente, visto que nenhuma dessas atitudes sozinha pode reverter a

maioria das PCRs. Dessa forma, o item “C”, estando relacionado com a redução da mortalidade -já que o

menor tempo para o choque está associado à maiores chances de sobrevivência -, está diretamente

prejudicado com a ausência do DEA. Essa ausência é considerada uma negligência, visto que o mesmo

deve constar em ambientes com grande fluxo de pessoas, o que é assegurado pelo Parecer Normativo

Nº002/2017. Tal negligência é ainda mais indignante pois a UBS, a principal porta de entrada do Serviço

de Saúde, atende pacientes detentores de muitas comorbidades, incluindo as de ordem cardiovascular, que

se aproximam ou até mesmo ultrapassam a prevalência de 50%. Dessa forma, as PCRs seriam eventos

previsíveis em uma UBS, visto que é um ambiente repleto de pacientes com fatores de risco, à exemplo

da Hipertensão Arterial Sistêmica e da dislipidemia. Em suma, percebe-se a necessidade de concordância

entre os insumos oferecidos pela “teoria” no cenário prático, objetivando diminuir os índices de

mortalidade em emergências no cenário da atenção primária à saúde.

Palavras-chave: Atenção primária à saúde, desfibrilador, parada cardiorrespiratória, reanimação

cardiopulmonar e mortalidade.

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FRATURA PÉLVICA COM CHOQUE HIPOVOLÊMICO COM INDICAÇÃO DE

ARTERIOGRAFIA

AUTOR: Ana Raquel Casimiro Dantas de Oliveira; Coautores: Felipe Gurgel de Araujo; Lorenna Torres

Andrade da Nóbrega; Mariane Costa Dias Lins; Victor Augusto de Lima Cabral.

Introdução:A mortalidade das vítimas de trauma com fraturas pélvicas instáveis, ou seja, casos que

apresentam distúrbios hemodinâmicos, vem diminuindo com o decorrer dos anos, estando, atualmente

entre 25% a 35%. Na maioria das vezes, a hemorragia retroperitonenal resultante da fratura pélvica tem

natureza venosa e óssea, no entanto, pode ser também decorrente de lesões artérias. Nesse sentido, vale

ressaltar que as lesões arteriais são infrequentes, mas são responsáveis pela maioria das hemorragias, que

podem levar a morte em questão de minutos ou horas por choque hipovolêmico incontrolável. Por isso,

demandam tratamento especifico, como embolização angiográfica (AE), que poucos hospitais tem

disponibilidade diária. Objetivo: Descrever os casos analisados de vitimas com fraturas pélvicas, que

resultaram em distúrbios hemodinâmicos. Métodos: Realizou-se estudo descritivo dos casos prováveis de

vitimas com fraturas pélvicas, que resultaram em distúrbios hemodinamicos, utilizando revisão de artigos

da base de dado da Scielo a partir do descritor: Pelvis Fracture. Resultados: Nos casos analisados, apesar

da instabilidade hemodinâmica inicial, a maioria das vitimas eram admitidas na urgência com pronta

intervenção médica empregando várias medidas para diagnóstico precoce do foco de sangramento

(utilizando métodos como a Angio-TAC abomino-pélvica), transfusões sanguíneas, tratamento da

coagulopatia e hemostasia precoce, no intuito de minimizar os danos ao paciente. 20% dos casos

analisados com hemorragia, estabilizaram apenas com o emprego da reposição de volumes. Tal deve -se

aos processo naturais de auto-hemostase. Contudo, 80% das vítimas, após a confirmação da lesão arterial

pela Angio-TAC, utilizaram o método da AE, que consiste na obliteração intencional de um vaso para

ocluir o fluxo vascular, precedendo o procedimento cirúrgico, para minimizar o risco de hemorragias

intra-operatórias. Conclusão: As lesões arteriais pélvicas, se não constatadas e tratadas, podem ter várias

consequências, como, morte por choque hipovolêmico, anemia continuada e isquemia tecidual. Em vista

disso, a embolização, precedida pela angiografia, é o tratamento ideal para as lesões arteriais. No entanto,

trata-se de uma técnica apenas usada em alguns hospitais, e dificilmente usada como técnica de rotina.

Com isso, no intuito de reduzir a mortalidade dessas vitimas, faz-se necessário o conhecimento das lesões

arteriais e implementação de protocolos de trauma, como métodos para a rápid a identificação da origem

do sangramento e algoritmo para o controle da hemorragia retroperitoneal que envolva a fixação externa

precoce e AE, para poder evitar hemorragias inesperadas durante a cirurgia de redução e fixação interna

da fratura.

Palavras-chaves: Pelvis Fracture, Choque Hipovolêmico, Lesões arteriais.

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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SEPSE EM JOÃO PESSOA/PB – 2014 A

2018 AUTOR: Francisco Geyson Fontenele Albuquerque; COAUTORES: Robson Prazeres de Lemos

Segundo, Sthefany Dantas de Brito Muniz, Maria do Carmo Andrade Duarte de Farias.

Sepse é a disfunção orgânica que ameaça à vida, em resposta desregulada do organismo humano a uma

infecção causada por vírus, bactérias ou protozoários. Objetivo: analisar o perfil da Sepse em João

Pessoa/PB no período de 2014 a 2018. Método: Estudo observacional analítico feito a partir de dados

disponíveis no site do DATASUS sobre as internações por Sepse em João Pessoa/PB, durante o período

de 2014 a 2018. As variáveis foram analisadas em relação ao ano, sexo, faixa etária, valor médio gasto,

número de dias de internação, número de óbitos e taxa de mortalidade. Os dados utilizados neste estudo

são públicos e disponibilizados na internet, sem identificação de indivíduos. Resultados: a Sepse foi

responsável por 3684 internações de 2014 a 2018 em João Pessoa, sendo que em 2015 houve 886

internações (24,05%) e que em 2017 houve a maior a taxa de mortalidade (38,46). Em relação ao sexo, o

masculino teve 1856 internações e o feminino 1828, mas o feminino teve 641 óbitos e o masculino 547

óbitos no período analisado, correspondendo a uma taxa de mortalidade de, respectivamente, 35,07 e

29,47. O sexo masculino teve uma média de dias de internação de 9,9 dias e o feminino, 9,2 dias,

correspondendo a um valor gasto médio de R$3149,03 e R$3082,91, respectivamente. Analisando a faixa

etária, percebe-se que a de menos de 1 ano (n=448) e acima de 50 anos (n=2177) tiveram os maiores

números de internações. A de 15 a 19 anos teve o maior número de dias médio de internações, com 10,3

dias, mas o valor médio gasto foi maior na faixa etária de 10 a 14 anos (R$ 4268,56). O número de óbitos

foi maior nas faixas etárias acima de 70 anos (n=494); e as taxas de mortalidade são maiores na faixa

etária acima de 80 anos e de 70 a 79 anos, com valores de 58,32 e 46,85, respectivamente. Conclusão:

Sepse é uma resposta sistêmica que em, João Pessoa, provoca mais mortes no sexo feminino e os

indivíduos com menos de 1 ano e com mais de 70 anos estão mais susceptíveis à mortalidade por Sepse.

Com isso, precisa-se que os serviços de saúde estejam aptos a identificar a Sepse precocemente, pois essa

detecção precoce, bem como o início rápido e correto do t ratamento, propicia uma redução importante da

mortalidade.

Palavras- chave: Sepse; mortalidade; infecção.

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A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE ESCALAS PARA O DIAGNÓSTICO

PRECOCE NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Letícia Evelyn Oliveira de Souza¹, Tamíris Pontes Dantas², Gabriel Henrique do Nascimento Feitosa³.

¹ Discente da Faculdade Santa Maria ( autor) / ² Discente da Faculdade Santa Maria ( coautor)/ ³Médico

formado pela Faculdade de Ciências Médicas - PB ( coautor/orientador).

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica de ocorrência súbita,

considerada a segunda causa de mortalidade global entre as doenças cardiovasculares. Na América

Latina, o Brasil permanece como um dos países com maior risco de morte prematura por AVC. Quando

há sobrevivência, estima-se que cerca de 45% dos indivíduos apresentem incapacidade funcional. A

aplicação das ferramentas de Escalas, como a Cincinnati Prehospital Stroke Scale (CPSS) e a Los

Angeles Prehospital Stroke Screen (LAPSS) estão atreladas ao diagnóstico precoce e a um prognóstico

favorável. Objetivo: Elucidar acerca da importância do uso das Escalas na acurácia no exame pré -

hospitalar em pacientes com suspeita de AVC. Método: Trata-se de uma Revisão de Literatura que

utilizou, a partir do levantamento bibliográfico da Biblioteca Virtual de Saúde, os seguintes bancos de

dados: SCIELO e PUBMED, nos últimos 5 anos, por meio dos descritores “acidente vascular cerebral”,

“serviços de emergência” e “pesquisas e questionários” e seus correlatos em inglês. Foram selecionados 4

artigos de acordo com o objetivo da pesquisa. Tais materiais foram publicados nas línguas portuguesa e

inglesa. Resultados: Diante do atendimento pré-hospitalar com suspeita de AVC, na execução das

ferramentas das Escalas mais usadas, estudos demonstram que a CPPS tem maior sensibilidade, em

porcentagem de 95% e valor preditivo negativo em torno de 79%, adicionado a isso também possui tem

alta reprodutividade, faz análise da sintomatologia além de que indivíduos não familiarizados com AVC

podem reconhecer os sintomas da escala guiadas por telefone. No que se trata de especificidade, a LAPSS

exibe 85%, contra 56% da CPPS. A LAPSS avalia os elementos da história clínica, medidas da glicemia

juntamente com sinais e sintomas e é usada quando há alterações neurológicas, não comatosas e sem

trauma. Conclusões: Diante de tais exposições, conclui-se que é de grande auxílio à equipe médica o uso

dessas escalas em ambiente pré-hospitalar, de modo que os resultados obtidos por elas podem alterar o

reconhecimento precoce e o manejo do paciente. A escala CPSS apresentou-se como a de maior

sensibilidade em reconhecer casos agudos e a escala LAPSS como a de maior especificidade ao AVC.

Dessa maneira, ambas podem ser utilizadas dentro de contextos específicos para o melhor aproveitamento

de seus resultados.

PALAVRAS CHAVE: Acidente vascular cerebral. Serviços de emergência. Pesquisas e questionários.

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A EFICÁCIA DO USO DE CORTICOIDES NA SEPSE

AUTOR: Maria Hercília Vieira Melo Ramalho; COAUTORES: Yolanda de Melo Omena Lira; Ingra

Ellen Menezes Rufino; Artur Moreno de Andrade Vasconcelos; ORIENTADOR: Pedro Augusto Dias

Timoteo.

Introdução: A sepse é definida como a presença de disfunção ameaçadora à vida em decorrência da

presença de resposta desregulada à infecção, sendo uma das principais causas de morte no ambiente da

terapia intensiva. Quando a sepse evolui para hipotensão não responsiva à utilização de fluidos associada

a nível sérico de lactato acima de 2mmol/L, torna-se o choque séptico, em que o paciente apresenta

alterações circulatórias, celulares e metabólicas. Para amenizar essas complicações, os corticosteroides

têm sido utilizados para o controle da resposta inflamatória sistêmica. Objetivos: Discutir (1) a eficácia do

uso de corticosteroides no tratamento adjuvante da sepse e do choque séptico e (2) sua implicação na

redução de mortalidade. Método: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica informatizada nos motores de

busca PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical

Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Selecionados artigos com os descritores:

“choque séptico”, “corticosteroides”, “sepse” e “tratamento farmacológico” entre os anos 2008 a 2018.

Critérios de inclusão adotados: artigos completos e disponíveis, em inglês e português com enfoque em

sepse e uso de glicocorticoide. Resultados: Foi visto que o corticoide atua de modo permissivo na

resposta vasomotora de catecolaminas circulantes em baixas doses auxiliando na restauração do choque

séptico e reduzindo o tempo de reversão do choque. Os estudos avaliados evidenciam que a terapia

precoce com altas doses não reduziu mortalidade nos pacientes com sepse. Os estudos não foram

suficientes para avaliar o tempo de tratamento, podendo fazer a suspensão do corticoide após resolução da

instabilidade hemodinâmica. Conclusões: Recomenda-se utilizar corticoides em doses baixas nos

pacientes com sepse ou choque séptico, entretanto apenas nos pacien tes refratários ao tratamento com

necessidade crescente de vasopressores. Contudo, deve-se sempre monitorar o paciente tendo em vista o

aumento do risco de infecções e elevação da glicemia, se usado por tempo prolongado. Os

corticosteroides não afetaram a mortalidade por todas as causas em sepse e choque séptico.

Palavras-chave: Sepse. Choque séptico. Corticosteroides. Tratamento farmacológico.

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NOVAS RECOMENDAÇÕES DO ATLS 2019: ATENÇÃO AO TRAUMA PÉLVICO

EM IDOSOS DEVIDO AO ALTO ÍNDICE DE MORTALIDADE

AUTOR: Mariane Costa Dias Lins; Coautores: Paulo Leão de Menezes ; Lorenna Torres da Nóbrega;

Maria Carolina Sarmento de Matos ; Ana Leticia Ferreira Ventura; Orientador: Felipe Gurgel de Araújo.

INTRODUÇÃO: Analisando a anatomia do anel pélvico, sabe-se que o mesmo é constituído pelos ossos

ilíaco, púbis, ísquio e sacro, contendo órgãos urogenitais, reto, vasos e nervos. As fraturas pélvicas estão

entre as lesões com maior índice de mortalidade relacionado ao trauma, sendo mais graves em idosos,

com índices até quatro vezes maiores que em jovens. Comumente podem causar lesão dos tecidos moles

pélvicos, vasos sanguíneos, nervos e órgãos, sendo as da área pubo -obturadora relativamente comuns e

não raro são complicadas em razão de sua relação com a bexiga urinária e a uretra, que podem se romper

ou sofrer lacerações. OBJETIVO: Revisar a literatura acerca da atenção ao trauma pélvico no idoso em

relação ao novo ATLS (2018), que vigora a partir de 2019. MÉTODO: Em fevereiro de 2019, foi feito

um levantamento bibliográfico do novo ATLS, 10ª edição (2018), uma atualização da 9ª edição (2012),

sobre a ocorrência de fraturas pélvicas, em especial em idosos, cujo o risco de óbito é q uatro vezes maior

que em jovens. Foram também incluídos artigos indexados nas bases de dados WJES e Scielo.

RESULTADO: As lesões a nível de anel pélvico causam instabilidade do mesmo, levando a um aumento

do volume interno, que associado ao rompimento de outros tecidos, como o vascular, facilita a

hemorragia no espaço retroperitoneal, causando alterações no estado hemodinâmico do paciente. A

classificação do trauma pélvico em menor, moderado e severo, leva em consideração não somente a

classificação das lesões do anel pélvico, mas avalia principalmente o estado hemodinâmico dos pacientes.

Já em pacientes idosos, o mesmo trauma, por menor que seja, pode causar grandes fraturas pélvicas e

sangramentos, devido a uma diminuição da função dos sistemas de regulação, como o vasoespasmo.

CONCLUSÕES: A grande maioria das fraturas pélvicas em idosos têm como causa quedas geralmente

no nível do solo. Devido à grande incidência de osteoporose em indivíduos com mais de 60 anos, a

mortalidade nessa faixa etária é quatro vezes maior que em jovens, assim como a necessidade de

transfusão sanguínea mesmo em fraturas aparentemente estáveis. Diante da necessidade de reduzir a taxa

de mortalidade por trauma pélvico, a atualização do ATLS visa dar maior atenção às possíveis

complicações que podem surgir no tratamento de fraturas nessa faixa etária.

Palavras-chave: Trauma; Pélvico; Fraturas do anel pélvico.

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APLASIA CUTÂNEA DE MEMBRANA EM RECÉM-NASCIDO DO RECIFE:

RELATO DE CASO

AUTOR: Beatriz Rodrigues Leal; Coautores: Talina Tassi Saraiva de Arruda; Ivonete Formiga Garcia.

Contextualização do problema: A aplasia cutânea membranosa (ACC) é uma doença rara, de incidência

desconhecida. Ocorre, em 70% dos casos, no couro cabeludo, e é caracterizada pela ausência de alguma

camada da pele. A ACC se apresenta como uma ferida ulcerada, normalmente coberta por uma membrana

de pele fina que pode atingir diferentes profundidades. Ela pode ocorrer por distúrbio primário ou em

associação com outros distúrbios subjacentes. Objetivo: Relatar um caso de aplasia cutânea de membrana

em recém-nascido e evidenciar as formas de diagnóstico precoce. Metodologia empregada: Foi

empregada uma análise de caso clínico do hospital Instituto de Medicina Integral Professor Fernando

Figueira (IMIP), em Recife, PE, sobre aplasia cutânea de membrana. D.V.T.A., sexo feminino, 14 dias de

vida, admitida na emergência do IMIP em março de 2019, se apresenta com história de nódulo em região

da fontanela anterior desde o nascimento. Foi realizada uma ultrassonografia (USG) transfontanela, na

qual foi evidenciada imagem cística no interior do ventrículo lateral direito, adjacente ao plexo coróide,

bem delimitada, medindo 0,4 cm, sugestivo de cisto germinolítico. Além disso, em topografia de lesão

cutânea, foi observada imagem hipoecóica medindo 0,6 x 0,2 cm, sem aparente comunicação com sistema

nervoso central. Foi programada abordagem cirúrgica, durante a qual irá realizar uma biópsia, a fim de

concretizar o diagnóstico feito pela experiência clínica do dermatologista e dos outros profissionais de

saúde envolvidos. Resultados de estudos: A pele é um órgão de extrema importância devido às suas

diversas funções, entre elas defesa imunológica, proteção mecânica, regulação da temperatura corporal. A

aplasia cutânea de membrana é um distúrbio caracterizado pela ausência de parte da pele de uma forma

localizada ou dispersa ao nascer, logo, o local dessa aplasia fica sem proteção adequada. Seu diagnóstico,

que é principalmente feito por dados clínicos, pode ser aprimorado por meio de USG transfontanela

conforme o caso visto, que elucidou melhor o problema. Outra alternativa, porém de maior custo e

portanto inviável para muitos serviços no Brasil, é o exame histopatológico. A ACC apresenta riscos de

hemorragia inclusive para o plexo coróide, trombose do seio sagital ou infecção, por isso a relevância do

diagnóstico e tratamento precoce.

Palavras chaves: aplasia, membrana, emergência.

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HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: UMA EMERGÊNCIA MÉDICA

AUTOR: Mariany Neri Fernandes; Coautores: Miriam Campos Soares de Carvalho; Stephanny Louise de

Araújo Teixeira; Juliana Machado Amorim; Maria Leonília de Albuquerque Machado Amorim

Introdução: Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é uma emergência comum, definida como sendo todo

sangramento ocorrido por lesão proximal ao ligamento suspensório do duodeno, ou ligamento de Treitz

(esôfago, estômago e duodeno). Objetivos: Discorrer sobre Hemorragia Digestiva Alta, catalisando o

entendimento acerca de sua etiologia, sinais, sintomas e condutas na emergência. Metodologia: Realizou -

se uma revisão bibliográfica acerca do tema em artigos científicos em português disponíveis em bases de

dados como Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Bireme (Biblioteca Regional de Medicina),

bem como consulta a uma literatura em livros didáticos. Resultados: Hemorragia Digestiva Alta

corresponde a cerca de 80% do total dos quadros de hemorragia digestiva, s endo uma patologia com alta

incidência e mortalidade, em torno de 10%. Pode ter sua etiologia classificada como não varicosa,

causada geralmente por úlcera péptica, correspondente a 50% dos casos, ou varicosa, causada por ruptura

de varizes esofágicas ou gástricas. Os principais sinais e sintomas na emergência incluem melena

(evacuação fétida e escurecida, contendo sangue) e hematêmese (vômito com sangue vivo ou com aspecto

de “borra de café”), podendo ainda, ocorrer peristaltismo exacerbado, disfagia, disp epsia e cólica

abdominal. A conduta da HDA na emergência tem como prioridade a estabilização clínica do paciente,

quesito em que se inclui a proteção e o suporte da via aérea, estabelecimento de acesso venoso e

reposição volêmica, se necessário, podendo a partir deste ponto realizar outras intervenções. A busca pela

etiologia da Hemorragia em curso irá determinar o procedimento mais adequado a ser realizado. Para as

HDAs, a endoscopia geralmente é diagnóstica e terapêutica, devendo ser realizada nas primeiras 24h de

internação, não devendo, entretanto, ser realizada em pacientes instáveis hemodinamicamente. Assim, o

tratamento é composto por condutas que vão desde procedimentos minimamente invasivos como

Endoscopia Digestiva Alta, até transplantes hepáticos, nos casos de sangramento por varizes mais graves.

Deve-se sempre atentar para condições como uso de AINEs e anticoagulantes, aspiração nasogástrica

com sangue vivo, melena persistente, hematêmese volumosa. Pacientes maiores de 60 anos e que

possuem comorbidades associadas, também são fatores que indicam mau prognóstico e exigem uma

avaliação mais cuidadosa. Conclusão: A Hemorragia Digestiva Alta é uma emergência comum, que exige

conhecimento da fisiopatologia por parte do profissional de saúde, a fim de se obter uma conduta rápida e

acertada de acordo com os indicativos apresentados pelo paciente, visando a correta elucidação das causas

e prevenção de novos sangramentos.

Palavras- chave: Emergência. Endoscopia. Hematêmese.

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INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS E SÍNDROMES TÓXICAS NA

EMERGÊNCIA

AUTOR: Sayonara Maria Lia Fook; COAUTORES: Letícia Lima de Lira; Manoella Cardoso

Cafeseiro Dias; Marina Lia Fook Meira Braga;

Ricardo Olinda Alves.

INTRODUÇÃO: Dados de Centros de notificação das intoxicações brasileiros e norte-americanos

apontam que os medicamentos são o principal agente responsável por intoxicações nesses países.

OBJETIVO: Avaliar as intoxicações por medicamentos através da identificação das síndromes tóxicas

nas emergências. MÉTODO: Trata-se de estudo clínico-epidemiológico, transversal, com abordagem

quantitativa e qualitativa. Os dados clínicos epidemiológicos foram coletados das fichas de notificaç ão

dos pacientes admitidos com história de exposição ou intoxicação por medicamentos no Centro de

Informação Toxicológica de Campina Grande (CEATOX-CG), no ano de 2018. Os medicamentos foram

classificados de acordo com a classificação Anatomical Therapeutic Chemical Code (ATCC), que separa

os agentes de acordo com sua atuação nos sistemas e órgãos alvo. RESULTADOS: No período avaliado,

foram notificados 340 casos de intoxicações por medicamentos. Observamos que as intoxicações por

medicamentos acometem principalmente mulheres jovens, por tentativa de suicídio. De acordo com a

análise do qui-quadrado, as variáveis circunstância e gênero possuem associação estatisticamente

significativa (p<0.05). É importante destacar que a grande maioria dos desfechos é de cu ra sem sequela.

Analisamos, ainda, que fora as associações medicamentosas (n=140), os dois grupos farmacológicos mais

comuns nas intoxicações foram o N05 (antipsicóticos e ansiolíticos), com 98 casos, e o N06

(antidepressivos), com 16 casos. Os pacientes intoxicados com fármacos do grupo N05, como o haldol e

os benzodiazepínicos, manifestam-se clinicamente através da síndrome extrapiramidal e da síndrome da

depressão neurológica, respectivamente. Por outro lado, os casos de intoxicação por fármacos do grupo

N06, representados pelos antidepressivos tricíclicos revelam-se através da síndrome serotoninérgica.

CONCLUSÃO: O atendimento inicial do paciente intoxicado na emergência segue etapas básicas, e uma

delas é a identificação das síndromes tóxicas, descritas como um conjunto complexo de sinais e sintomas

produzidos por exposições tóxicas a produtos químicos, como os medicamentos. Assim, se faz necessário

que o profissional tenha um raciocínio clínico capaz de reconhecer com rapidez, através do exame físico,

os tipos de síndromes que podem acometer os pacientes intoxicados que dão entrada no serviço de

emergência. Dessa forma, o diagnóstico precoce das síndromes possibilita uma conduta terapêutica

adequada, com o uso de antídotos e antagonistas específicos. A agilidade no manejo tem como

consequência a melhora do prognóstico e desfecho do caso. Desse modo, buscamos efetivar a premissa da

toxicologia clínica que devemos tratar o paciente, e não o agente tóxico.

Palavras-chave: Intoxicação. Síndrome. Emergência

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DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM ARTÉRIAS CORON

ÁRIAS NÃO OBSTRUTIVAS (MINOCA) NA EMERGÊNCIA: RELATO DE CASO

AUTOR: Arthur Guilherme Dantas de Araújo; CO-AUTORES: Laís Soares Holanda, Luana Barbosa

Parente, Davi Lima Medeiros, Gabriela de Almeida Maia Madruga, Sabrina Severo de Macêdo Duarte.

Introdução: O infarto agudo do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) apresenta -

se com síndrome coronariana, crescimento de biomarcadores cardíacos, mas com cateterismo cardíaco

sem evidência de obstrução significativa. Entre as causas, destacam-se as de etiologia coronariana, como

vasoespasmo, distúrbios microvasculares, trombofilias e as não-coronarianas, como miocardite,

miocardiopatia, trauma cardíaco e taquiarritimias. A ressonância magnética cardíaca deve ser o primeiro

exame na investigação diagnóstica para avaliar a causas cardíacas do MINOCA, pois consegue distinguir

de forma precisa miocardias isquêmicas de não isquêmicas. O teste espasmo provocativo pode ser

indicado, bem como rastreio de medicamentos em alguns pacientes, já que a cocaína e as metanfetaminas

foram associadas ao MINOCA, pois induzem espasmo da artéria coronária.

Relato de Caso: M.S.A.M., feminino, hipertensa, 58 anos, admitida na UPA Cruz das Armas com clínica

de dor torácica típica tipo A intensa associada a irradiação para o dorso e sintomas autonômicos, além de

elevação dos marcadores de necrose miocárdica e eletrocardiograma apresentando alterações isquêmicas

de repolarização inferior. Foi encaminhada para acompanhamento clínico e internação no Hospital

Municipal Santa Isabel, onde indicou-se a realização de cineangiocoronariografia devido suspeita

principal de síndrome coronariana aguda, sendo então direcionada para o Hospital Universitário Nova

Esperança para realização do procedimento. Evidenciou-se a presença de circulação coronária sem lesões

obstrutivas e ventrículo esquerdo com volume e contratilidades preservadas. Dessa forma, a paciente

possuía padrão clínico de isquemia, biomarcadores positivos, mas com cateterismo cardíaco sem

evidência de obstrução significativa, evidenciando diagnóstico de MINOCA. Após estabilização

hemodinâmica e melhora do quadro clínico, a paciente obteve alta hospitalar e foi encaminhada para o

ambulatório de cardiologia para acompanhamento médico.

Discussão: O caso traz à tona uma situação complexa da MINOCA, cuja identificação prévia é essencial,

pois pode atingir um prognóstico de forma precisa e distinguir as variedades de miocardias. Além disso, é

importante a identificação e investigação da etiologia e de fatores de risco, pois irão modificar o curso do

tratamento, além de ser determinante na sobrevida dos pacientes. Em casos de causa não identificada,

mais estudos são necessários para avaliar o tratamento mais eficiente. Evidencia-se que, esses casos

podem ser bastante perigosos, por isso a importância na busca de resultados satisfatórios quando trata -se

da melhoria da qualidade de vida do paciente e o alívio dos seus sintomas. Dessa forma, como relatado,

houve uma recuperação sem maiores complicações devido ao diagnóstico precoce por meio da atenção

fornecida aos sinais clínicos e laboratoriais.

Palavras- chave: Infarto do miocárdio; Emergência; Vasos coronários; Isquemia miocárdica.

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A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL EMPACIENTES COM EXA

CERBAÇÃO ASMÁTICA

AUTOR: Luan Cayke Marinho de Oliveira; Coautores : Alice Slongo; Guilardo Soares da Fonseca Ataíde;

Paloma Medeiros Gomes Cavalcanti; Reyvson de Queiroz Guimarães; Vinicius Costa Calado.

Introdução: as exacerbações agudas da asma são advindas da piora dos sintomas e da fun ção pulmonar.

Podem ocorrer mesmo com um pequeno estímulo e se torna pior caso os pacientes sejam mais atópicos.

Dentre os fatores que podem desenvolver o processo de exacerbação estão: infecção respiratória do trato

superior, alérgenos espalhados no ambiente, como também, a baixa resposta a medicação de manutenção.

Dessa maneira, a melhor forma de controlar o processo de exacerbação é identificando de modo rápido e

intervindo por meio da utilização dos melhores métodos, a fim de reduzir o tempo de sofrimen to do

paciente e evitar possíveis complicações que possam levar ao óbito. Objetivos: Identificar os métodos de

diagnóstico de tratamento de um paciente que está em um processo de exacerbação asmática na

emergência. Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo e natureza qualitativa, baseado em

informações obtidas a partir da pesquisa de artigos nas bases de dados Pubmed e Uptodate, nos idiomas

inglês e português correspondentes aos anos de 2017 a 2019. Resultados: O processo de exacerbação

asmática fatal ou quase fatal pode ocorrer independentemente se for do tipo leve, moderada ou grave. De

acordo com estudos de observação clinica, a maioria dos pacientes que chegam ao óbito devido à asma

tem como característica ser de inicio lento e com predomínio eosinofílico. Já no caso da asma fatal de

inicio rápido, esta é menos frequente e mais severa, ao ponto de causar a morte do paciente devido ao

bronco espasmo com predomínio de neutrófilos. Desse modo, para diagnosticar, inicialmente deve ser

avaliado sinais clínicos como taquipneia, taquicardia, uso de musculatura acessória e incapacidade de

falar frases completas. Como medida de intervenção, é preciso o fornecimento de oxigênio a fim de

estabilizar o drive respiratório e o uso de agonistas beta dois adrenérgico inalatórios de curta ação

associado a anticolinérgicos e corticoides sistêmicos, para agir de forma sinérgica e garantir a sobrevida

do paciente. Conclusão: A exacerbação asmática é um processo que necessita de ação imediata por parte

da equipe médica, associado à educação do paciente sobre os sinais e sintomas, com objetivo de que a

procura pelo atendimento médico e a prática das intervenções ocorram em menor tempo previsto. Logo, o

diagnóstico e a utilização de medicações que atuem de modo rápido e sistêmico são comprovadamente

eficazes nestas situações, a fim de reduzir cada vez mais os índices de morte provenientes dessa doença.

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AVE E DOENÇA FALCIFORME: DA CONDIÇÃO GENÉTICA À

EMERGÊNCIA CLÍNICA

Clarissa Souza Hamad Gomes¹; João Pedro Chaves Luna Cavalcante Castro²; Maria Beatriz

Henrique Borba³; Ana Flávia de Souza Lima e Silva²; Jacy Maria de Souza Lima4

1 - Autor principal, Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande - PB.

2 - Acadêmicos de Medicina da Unifacisa, Campina Grande - PB. 3 - Acadêmico de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa - PB.

4 - Orientador, Doscente de Medicina da Unifacis a, Campina Grande - PB.

Introdução: A doença falciforme (DF) é a hemoglobinopatia monogênica mais comum no mundo,

estima-se que, atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas possuem a doença, com maior incidência entre

afrodescendentes. Trata-se de uma patologia de alta prevalência no Brasil, devido a dois fatores:

colonização escravocrata e alta taxa de consanguinidade no país. Sua fisiopatologia baseia-se na mutação

da hemoglobina (Hb), que passa a ter conformação semelhante a de uma foice e perde sua capacidade de

transporte de oxigênio e de deformabilidade, desencadeando menor aporte de oxigênio aos tecidos e

oclusão microvascular. Nesse cenário, esta condição está associada à lesão neurológica grave, uma vez

que pessoas com DF apresentam alto risco de acidente vascular encefálico (AVE) e infarto cerebral

silencioso (ICS). Objetivos: Demonstrar a importante relação entre a DF e o AVE, discorrendo sobre a

prevalência dessa complicação e sobre formas de prevenir a ocorrência desse evento nesta população.

Metodologia: Realizou-se revisão da literatura, nas bases de dados BVS e Pubmed a partir dos

descritores: "cerebrovascular accident and sickle cell anemia", "sickle cell disease" e "AVE e anemia

falciforme". Elegendo estudos nos idiomas português e inglês; publicados nos últimos 5 anos e que

atendessem ao critério de escolha: abordar a DF e a prevalência de AVE entre esses pacientes. Após

triagem, foram eleitos 33 artigos. Resultados: Após análise dos artigos, pôde-se observar que o AVE é

uma das principais implicações da DF. Estudos demonstraram que complicações neurológicas da DF

incluem ICS chegando a 39% de chance aos 18 anos; AVE isquêmico, afetando 1% das crianças com

triagem e profilaxia eficazes, mas quase 11% daquelas sem triagem; e AVE hemorrágico ocorrendo em

3% dos casos em crianças e 10% em adultos. Ademais, estudos demonstraram que a taxa de reincidência

de AVE nesses pacientes é de 17%, podendo chegar a 78% naqueles que não tomam condutas

profiláticas. Nesse cenário, medidas de prevenção devem ser tomadas, sendo elas a realização de Doppler

transcraniano para medida das velocidades de fluxo sanguíneo (BFV) nas principais artérias cerebrais; a

prescrição de transfusões sanguíneas regulares para pacientes com BFV > 200 cm/sec, visando redução

da quantidade de HbS < 30%; e a terapia medicamentosa com hidroxiureia. Conclusão: Devido ao

grande número de pacientes diagnosticados com DF no Brasil e à importante relação entre essa condição

genética e a ocorrência de AVE, é preponderante que a comunidade médica entenda as formas de prevenir

a agudização emergencial dessa condição genética.

Palavras chave: Doença Falciforme; AVE na doença falciforme; Emergência Neurológica.

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EMERGÊNCIAS NA GESTAÇÃO: SÍNDROME HELLP João Pedro Chaves Luna Cavalcante Castro

1 ;Clarissa Souza Hamad Gomes

2 ; Ana Flávia de Souza Lima e

Silva3 ;

Antônio Fernando de Vasconcelos Junior3 ;

Maria Beatriz Henrique Borba4;

Jacy Maria de Souza

Lima5

1- Autor Principal, Acadêmico de Medicina da Unifacisa, Campina Grande, PB.

2- Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB.

3- Acadêmicos de Medicina da Unifacisa, Campina Grande, PB. 4- Acadêmico de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB

5- Orientador, Unifacisa, Campina Grande, PB.

Introdução: A Síndrome HELLP é um quadro multissistêmico, relacionado à gravidez e caracterizado

por hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia, sendo responsável por altas taxas de

mortalidade materna e perinatal. Faz parte das síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) que compõem

cerca de 30% dos atendimentos de Urgência e Emergência hipertensiva, estando intimamente ligada a

complicações de pré-eclampsia e eclampsia. Objetivos: demonstrar a importância do conhecimento

acerca da Síndrome HELLP, destacando seu curso sintomatológico e suas principais intercorrências no

âmbito emergencial. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados

Pubmed, Google acadêmico e Scielo a partir dos descritores: "síndrome HELLP na emergência”,

“syndrome hellp” e "emergências hipertensivas na gestação". Elegendo estudos nos idiomas português,

inglês e espanhol; publicados nos últimos 5 anos e que atendessem ao critério de escolha: discutir a

Síndrome HELLP, seus sintomas e suas complicações clínicas. Elegendo, ao final, 24 artigos.

Resultados: Após a análise dos estudos, pôde-se observar que a síndrome HELLP é uma condição ainda

pouco conhecida, fato este que resulta em alta mortalidade materna e complicações clínicas graves,

devido a dificuldade de um diagnóstico rápido. Seus sinais e sintomas estão associados à hemólise

microangiopática, trombocitopenia e alterações nos testes de função hepática, acometendo 0,6% das

gestações e cerca de 4 a 12% em pacientes com pré-eclâmpsia (PE) grave. Estudos constataram que o

período mais comum de internações devido a ocorrência da síndrome foram o terceiro trimestre de

gravidez (46,79%) e o período pós-parto (40,37%). Ademais, notou-se que em cerca de 2% das gestações

complicadas pela síndrome HELLP ocorre a formação de hematoma subcapsular, acompanhado de

necrose hemorrágica das células hepáticas e ruptura da cápsula de Glisson. Essas intercorrências têm

evolução frequentemente fulminante, elevando a mortalidade materna, nesses casos, para mais de 50%.

Conclusão: A Síndrome HELLP, devido ao seu caráter raro, ainda é pouco conhecida entre os

profissionais da área da saúde. Contudo, o seu entendimento é de extrema importância no contexto do

atendimento emergencial, uma vez que seu manejo necessita de fatores técnicos e precisos para

desencadear um rápido diagnóstico e, consequentemente, um bom prognóstico. Além disso, foi observado

que seus sintomas, embora clássicos, ainda são confundidos com os sintomas da eclâmpsia e pré -

eclâmpsia, devendo, assim, ser bem discutida e avaliada pela comunidade médica.

Palavras chave: Sindrome HELLP; Emergencia Hipertensiva gestacional; Emergencias gestacionais.

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ALERTA VERMELHO: PNEUMOTÓRAX DECORRENTE DE ACIDENTES

DE TRÂNSITO Autor: Rayanne Alessandra da Silva Barreto; Coautores: Camilla Maria Barbosa Ramos; Flávia Ferreira

da Silva; Vinícius Vieira Leandro da Silva; Orientador: Maria Anunciada Agra de Oliveira Salomão

INTRODUÇÃO: Os acidentes de trânsito constituem grande preocupação para saúde pública no país,

representando a principal causa externa de óbito. Na Paraíba, durante o período de 22 de dezembro de

2016 a 15 de dezembro de 2017 ocorreram cerca de 8.042 casos em 25 serviços hospitalares da região.

Dentre os vários agravos acometidos a estes pacientes, o pneumotórax é uma das principais complicações

dos traumas físicos que acometeram as vítimas, acarretando colapso pulmonar parcial ou completo. O

pneumotórax consiste na existência de ar entre as pleuras parietal e visceral, ocorrendo aumento da

pressão intratorácica, resultando na redução da capacidade vital e do re torno venoso, principalmente

quando evolui para pneumotórax hipertensivo, levando à hipóxia ou dependendo do caso, à anóxia.

OBJETIVO: Chamar atenção para os altos índices de traumas torácicos ocorridos em acidentes

automobilísticos, enfatizando prevenção, complicações e agravos, sobretudo desencadeamento de

pneumotórax, explanando sua fisiologia e tratamento. METODOLOGIA: Baseia -se numa pesquisa

elaborada baseada em dados de artigos científicos relacionados aos traumas torácicos com

desencadeamento de pneumotórax. RESULTADOS: O trauma torácico possui grande morbidade, sendo

responsável por uma alta porcentagem de mortes evitáveis, enfatizando os acidentes de trânsito. As

vítimas mais acometidas são jovens e as causas mais frequentes são devido a velocidade incompatível,

ingestão de álcool, uso de celulares concomitante a direção, desobediência à sinalização, ultrapassagens

indevidas. Assim, dentre os principais agravos, o pneumotórax é uma das lesões mais recorrentes. O

diagnóstico é eminentemente clínico através dos sinais e sintomas do paciente, avaliando-se presença de

dispnéia, proporcional à gravidade do pneumotórax, dor torácica, de início agudo e de localização

homolateral. A realização de exames complementares como radiografia de tórax são desnecessá rios na

urgência, podendo atrasar procedimentos que devem ser feitos rapidamente e favorecer a evolução para

pneumotórax hipertensivo. Assim, é importante a realização de radiografia torácica após o diagnóstico

clínico, para acompanhamento e controle de cura. O tratamento das vítimas é efetivo, inclui

procedimentos como repouso, observação, oxigenoterapia suplementar à aspiração simples, drenagem

pleural fechada e videotoracoscopia. CONCLUSÃO: Por fim, é pontuado que o pneumotórax advindo dos

traumas torácicos, nos acidentes automobilísticos, pode ser prevenido com o uso de cintos de segurança,

pactuação entre o Ministério da Saúde e instituições de ensino para promoção da educação em trânsito d e

forma sistemática, através da mídia, pontuando o alcoolismo e o uso de celulares no trânsito, como

principais fatores desencadeantes.

Palavras-chave: Pneumotórax, Trauma, Prevenção

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NOVAS RECOMENDAÇÕES DO ATLS 2019: TRAUMA TORÁCICO E A

ABORDAGEM DO TÓRAX INSTÁVEL COMO LESÃO POTENCIALMENTE

AMEAÇADORA À VIDA

AUTOR: Lorenna Torres Andrade da Nóbrega; COAUTORES: Ana Raquel Casimiro Dantas de Oliveira;

Arthur Guilherme Dantas de Araújo; Mariane Costa Dias Lins; Rebeca Aguiar Vital de Almeida;

ORIENTADOR: Felipe Gurgel de Araújo.

INTRODUÇÃO: Os órgãos torácicos estão diretamente ligados à manutenção da oxigenação, ventilação

e perfusão, e fluxo de oxigênio no corpo. A respiração e a circulação trabalham juntas para que o

oxigênio chegue aos órgãos, tecidos e células do corpo, e, consequentemente, o gás carbônico seja

eliminado. Ocorre que, mecanismos contusos e penetrantes podem inesperadamente interrompe r tais

processos fisiológicos. Tratam-se, em especial, das lesões torácicas, que se tratadas de forma inadequada,

podem gerar hipóxia, hipercapnia, acidose e choque, ocasionando complicações para o traumatizado e,

assim, uma alta taxa de morbidade. Visando um atendimento eficiente e adequado, o ATLS (Advanced

Trauma Life Support) traz, periodicamente, atualizações sobre as etapas a serem rigorosamente seguidas

pela equipe. Com relação ao trauma torácico, em 2019 trouxe mudanças. OBJETIVO: Revisar a

literatura acerca do trauma torácico e destacar a nova abordagem do tórax instável como lesão

potencialmente ameaçadora à vida. MÉTODO: Em fevereiro de 2019, foi feito um levantamento

bibliográfico do novo ATLS sobre a abordagem do trauma torácico, e, em especial, do tórax instável,

ressaltando as mudanças da 10º edição (2018) com relação à 9º edição (2012). Tais alterações entram em

vigor em 2019. RESULTADO: O tórax instável é decorrente de múltiplas fraturas de costelas,

ocasionando a perda de continuidade com o restante da caixa torácica. Duas ou mais fraturas em dois ou

mais arcos costais ou uma disjunção costocondral são suficientes para determinar a instabilidade. No

ATLS anterior, o tórax instável era enquadrado como lesão ameaçadora à vida, juntamente com o

pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço e tamponamento cardíaco. Já a lesão

da árvore traqueobrônquica era tratada como lesão potencialmente ameaçadora à vida. Com a publicação

do novo ATLS, houve uma troca, o tórax instável passou a ser tratado como lesão potencialmente

ameaçadora à vida e a lesão da árvore traqueobrônquica uma lesão ameaçadora à vida. CONCLUSÕES:

Lesões torácicas ameaçadoras à vida são aquelas que podem causar hipóxia grave e/ou choque. Embora a

instabilidade da parede torácica provoque movimento paradoxal, isso, por si só, não é causa de hipóxia

grave. A intensidade da contusão é que vai determinar essa condição. No entanto, o traumatizado respira

com dificuldades e o movimento torácico é descoordenado e assimétrico, por vezes com crepitações

decorrentes das fraturas. Inicialmente, deve-se corrigir a hipoventilação, administrar oxigênio umidificado

e reposição volêmica. Posteriormente, como terapia definitiva, deve-se administrar uma melhor

oxigenação, infundir líquidos cautelosamente e introduzir a analgesia para melhorar a ventilação.

Palavras-chave: Traumatismos torácicos; Tórax; Emergências.

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IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE NO

ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO

AUTOR: Bruno Araújo Novais Lima; Coautores: João Manoel Lima de Barros Carvalho,

Camila Araújo Novais Lima, Manoel Almeida Gonçalves Junior, Antônio Ferreira de Almeida Neto.

INTRODUÇÃO: O ataque isquêmico transitório (AIT) é um episódio agudo e transitório de disfunção

neurológica causado por isquemia focal no encéfalo, diferindo do acidente vascular cerebral em que há

infarto agudo. A maioria dos AIT’s são revertidos dentro das primeiras duas horas. O diagnóstico é feito

de forma retrospectiva, após exame de imagem e resolução do quadro. A duração dos sintomas não deve

evitar uma terapia agressiva. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa é destacar a importância da rápida

identificação de um déficit neurológico agudo seguida do manejo adequado, devido alto índice de

recorrência e evolução para acidente vascular cerebral. MÉTODO: Realizou-se revisão integrativa,

descritiva, e exploratória entre 2009 e 2019 que versa sobre a importância do diagnóstico e tratamento

precoce do ataque isquêmico transitório. A seleção dos artigos através dos seguintes critérios de inclusão

e exclusão: 1. Foram incluídos estudos de revisão sistemática, estudos clínicos, estudos coorte. Foram

excluídos relatos de caso e outros artigos com propostas divergentes; 2. Foram incluídos estudos

publicados em todos os idiomas; 4. Só incluímos como elegíveis estudos publicados e completos. Os

estudos foram identificados e selecionados com estratégia de busca e fonte de informação no banco de

dados da Internet: Medline. As Mesh-termos usados no PubMed foram: Ischemic Attack, Transient;

Time-to-Treatment. RESULTADOS: O AIT pode preceder o AVC isquêmico em 9,4% a 26% dos

pacientes. Sendo que o risco de AVC após a AIT pode chegar a 12% aos 7 dias e 20% aos 90 dias, com

metade desses AVCs ocorrendo nas primeiras 48 horas. Há diversos fatores que atrasam a avaliação

diagnóstica, dentre eles: atraso na avaliação após contato com o primeiro serviço e no encaminhamento

após um diagnóstico suspeito; estes incluíram o uso variável do escore de estratificação de risco ABCD2.

Ocorrência do AVC dentro 90 dias foi associada ao atraso na busca de atendimento médico após o evento

índice, atraso no tratamento com anti-plaquetário e estatina. A avaliação e intervenção urgentes em

clínicas de AIT demonstraram reduzir o risco de AVC após AIT em até 80%. CONCLUSÕES:

Prestadores de cuidados primários e de emergência precisam rever como eles podem lidar melhor com

pacientes que apresentam sintomas que podem ser devido a acidente vascular cerebral ou AIT. Na prática

geral, isso pode incluir treinamento dos profissionais da unidade. O encaminhamento direto para a clínica

de AIT.

Palavras-chave: Ischemic Attack, Transient; Time-to-Treatment.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAMENTOS RELACIONADOS ÀS

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS HOSPITALARES NO BRASIL

AUTOR: Emanuel Evangelista de Santana; Coautores: Vivianne Gomes Pereira; Citânia Cordeiro da Nóbrega; Kalyne de Medeiros Nobre Alves; Jourdalany Costa Benício Diniz;

Orientadora: Luzia Sandra Moura Moreira

INTRODUÇÃO: A área de urgência e emergência são ferramentas importantes do sistema único de

saúde (SUS) no processo de assistência à saúde. As internações hospitalares podem ocorrer de maneira

eletiva ou de urgência/emergência, economicamente, as internações decorrent es destas oneram

significativamente o financiamento do SUS. OBJETIVOS: Descrever as principais causas de

internamentos relacionados às urgências e emergências hospitalares no Brasil, no período de 2009 a 2016.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados secundários através da base

de dados do SUS DATASUS, Brasil. A amostra foi composta por todos os indivíduos cadastrados neste

sistema de informação. Foram coletadas informações sobre frequência de internamentos segundo a CID-

10, sendo considerados dados de distribuição nacional e por região do país. Foram inclusos, neste estudo,

os internamentos de urgência e emergência referenciados nos capítulos relacionados aos diagnósticos no

internamento no SUS. Internamentos eletivos foram excluídos. Os dados são apresentados sob a forma de

frequência, sendo considerado IC95%. As informações estatísticas foram obtidas por meio do aplicativo

estatístico SPSS 19.0 (IBM Corp., Armonk, Estados Unidos). RESULTADOS: A principal causa de

internamentos em urgência e emergência, no Brasil, é por gravidez, parto e puerpério (24,5%), seguida de

doenças do aparelho respiratório (13,0%), doenças do aparelho circulatório (10,0%) e

envenenamento/causas externas (10,0%), e doenças infecciosas e parasitárias (8,9%). Dados semelhantes

foram observados quando analisadas as causas de internamento por região, sendo a mais frequente

gravidez, parto e puerpério, em todas as regiões. No que concerne a essa condição, observou -se maiores

percentuais no Norte (31,3%) e no Nordeste (28,9%) em relação às demais, sendo o Sul a de menor

frequência (18,3%). No Norte e Nordeste, as doenças infecciosas e parasitárias ocupam o segundo

(13,3%) e terceiro lugares (12,7%), respectivamente, como principais causas de internamento nessas

regiões. CONCLUSÃO: Tendo em vista os aspectos observados, as principais causas de internamentos

podem ser evitadas com o trabalho ativo e eficiente de uma equipe multiprofissional, podendo ser

resolutiva, ainda que em níveis de atenção mais inferiores, sobretudo quando esse pensamento envolve a

atenção básica.

Palavras-chave: Hospitalização. Emergências. Perfil de saúde.

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MANEJO DAS FARMACODERMIAS NA EMERGÊNCIA

AUTOR: Francisca Maria Tavares da Rocha; COAUTORES: Guilherme Vasconcelos Visani; Lucas

Lobo Tigreiro; Viviane Gurjão Melo; Wilma Viviane Rodrigues Figueirêdo Henriques Rodrigues .

Introdução: as medicações têm potencial para desencadear reações medicamentosas, ou seja,

manifestações diferentes do efeito clínico esperado. A identificação destas reações no setor de emergêcia

é extremamente importante, uma vez que o médico socorrista deve reconhecer tais manifestações

dermatológicas e suas potenciais gravidades a fim de que sejam tomadas medidas assertivas objetivando

evitar a evolução com desfecho letal. Tem-se como reações cutâneo-mucosas mais comuns: exatemas,

urticárias, erupção fixa medicamentosa e fotossensibilidade. Todavia, as de maior gravidade são:

síndrome de hipersensibilidade a drogas (SHD), síndrome de Stevens -Johnson (SSJ), necrólise

epidérmica tóxica (NET) e pustulose exantemática generalizada (PEAG), as quais serão abordadas neste

trabalho. Reconhecer o padrão das lesões cutâneas direciona ao tipo de erupção medicamentosa em

questão, favorecendo a escolha do tratamento específico de forma precoce. Objetivos: realizar uma

revisão de literatura sobre a importância da eficácia do médico no manejo das farmacodermias na

emergência com o intuito de destacar quais são as doenças dermatológicas que devem ser tratadas no

contexto ambulatorial e quais devem ser abordadas de forma imediata. Metodologia: trata-se de uma

revisão integrativa de caráter analítico construída a partir de artigos publicados na plataforma National

Library of Medicina (PubMed) e a Scientific Electronic Library Online (SciELO ) sobre o manejo das

farmacodermias na emergência. Definiu-se como critério de escolha artigos publicados nos anos de 2016,

2017 e 2018, sem limitação do idioma na tentativa de obter quantidade relevante de referencia teórica.

Resultados: suspeitada uma reação medicamentosa têm-se com medida inicial mais importante, além do

suporte clínico, a interrupção de todas as drogas suspeitas utilizadas recentemente. Correlacio nar os tipos

de reação, medicamentos suspeitos e a classe farmacológica é de suma importância. Todavia, verificou -se

que em alguns casos houve a suspeita de mais de um medicamento, mostrando a dificuldade em detectar

com precisão qual causou a reação adversa. As porcentagens das classes dos medicamentos suspeitos de

causarem farmacodermias evidencia que os anti-hipertensivos foram os mais responsáveis pelos casos.

Seguido pelos antimicrobianos e anticonvulsivantes. Além do diagnóstico clínico pode ser neces sário,

principalmente em reações medicamentosas de caráter sistêmico (PEAG, SSJ e NET), a solicitação de

exames laboratorias que permitam avaliar a extensão do processo cutâneo para outros sistemas.

Conclusões: em suma, esse estudo pode trazer benefícios para a prática clínica, dominar os fármacos

causadores das farmacodermias dessas condições clínicas, um diagnóstico mais rápido pode ser fechado e

tratado da melhor forma possível, incentivando mais estudos e busca por maiores conhecimentos.

Palavras Chaves: emergência; reações medicamentosas; farmacodermia.

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HEMORRAGIAS DO PACIENTE TRAUMATIZADO

AUTOR:Arthur Guilherme Dantas de Araújo; COAUTORES: Brenda Ribeiro Siqueira, Juliane Freire

Madruga Viana, Lorenna Torres Andrade da Nóbrega, Maria Beatriz Henrique Borba;

ORIENTADOR:Felipe Gurgel de Araújo.

Introdução: Além de contribuir para a morte hospitalar tardia, a hemorragia está diretamente responsável

pela maioria das mortes hospitalares precoces. O sangramento contribui no desenvolvimento de um

distúrbio de coagulação complexo gerado pela deficiência da utilização do fibrinogênio, dissolução

exacerbada do coágulo (hiperfibrinólise), hipotermia, entre outros. Desse modo, prevenir, identificar e

controlar rapidamente a hemorragia são etapas cruciais na avaliação e no manejo dos pacientes, sendo

necessário a rápida e precisa avaliação do estado hemodinâmico. Objetivo: Revisar a literatura acerca do

uso do Ácido Tranexâmico (ATX) e destacar a abordagem indicada pelo novo Advanced Trauma Life

Support (ATLS). Método: Foi feito um levantamento bibliográfico envolvendo artigos publicados entre

1995 e 2018, indexado na base de dados “SCIELO, PUBMED, LILACS, SCIENCE DIRECT e THE

LANCET JOURNAL”, em português e inglês, utilizando os descritores Tranexamic acid for trauma and

Emergência”. Além da 10º edição (2018) do novo ATLS, a amostra final foi constituída por 10 artigos.

Resultados: O TAX é um análogo sintético de lisina que inibe competitivamente a ativação do

plasminogênio em plasmina e a fibrinólise . Desse modo, a Food and Drug Administration divulgou em

1986 que uma injeção do medicamento pode reduzir ou prevenir o sangramento, visto que o TAX tem o

benefício potencial de diminuir a fibrinólise. Também foi confirmado por HENRY (2017) que, em

cirurgias eletivas, o ATX diminui em cerca de 30% a necessidade de transfusão sanguínea, sem afetar a

mortalidade e nem aumentar as complicações pós -operatórias. Desse modo, o novo ATLS informou que

alguns pacientes gravemente feridos chegam com a coagulopatia já estabelecida, o que levou algumas

jurisdições a administrarem o ATX preventivamente nesses pacientes. De acordo com o Documento de

Orientação para o Uso Pré-Hospitalar de Ácido Tranexâmico em Doentes Feridos (2016), estudos

militares europeus e americanos demonstram que há uma melhora na sobrevida quando o ácido é

administrado dentro de 3 horas após a lesão. Conclusões: Embora tenhamos visto a eficácia do ácido, é

importante ressaltar que a administração desse medicamento nunca deve substituir as técnicas de controle

de sangramento de campo, o transporte rápido para um centro de trauma ou a administração de sangue ou

plasma. Portanto, temos que seguir as recomendações da TBE-CiTE (Telemedicina Baseada em

Evidências – cirurgia do trauma e emergência), a qual diz que o ATX deve ser administrado 1g

endovenoso apenas nas 3 primeiras horas após o trauma seguido de infusão de 1g ao longo de 8 horas.

Palavras- chave: Ácido tranexâmico; Emergências; Terapêutica; Ferimentos e lesões.

Área Temática: Urgência e Emergência.

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