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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 11 DE JULHO DE 1914 NUM. 1C03 ^ rs\jk-*mrfiV ^^JSa. i ^g^ ^~-<¦.. om. ^WSB^ K-ryikf SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADQ =íf*= " i%u__.ii<_ik4k .^-à BQ.P4-3& - ;»<><» reis h<X'& 1 -^ Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telepfióne N. 3515 £_~^^ »?¦¦','-: æ'¦¦. ¦ X* "*v -¦¦ -...¦,... . ¦ ^~—~*^ BRUN ELLE Que manda dizer de novo o seu querido maridinho ? ELLA De novo, nada. Apenas pede que lhe mande mais quinhentos mil réis. ELLE (ei parte) Oh I diabo I Estou aqui, estou mordido ! Q ê, EL iz i: mu: Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis' Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias. ____________________________________________________________&.,-.„.-.. . _ . .. :.¦'..-',:....,-__-.!!._

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 11 DE JULHO DE 1914 NUM. 1C03

^ rs\jk -*mr fiV ^^JSa. i ^g^ ^~-<¦.. om. ^WSB^

K-ryikf

SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADQ =íf*= "

i%u__.ii<_ik4k .^-à BQ.P4-3& - ;»<><» reis h<X'&1 -^

Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 - Telepfióne N. 3515

£_~^^ »?¦¦','-: '¦¦. ¦ X* "*v-¦¦ -...¦,... . ¦ ^~—~*^

BRUN

ELLE — Que manda dizer de novo o seu querido maridinho ?ELLA — De novo, nada. Apenas pede que lhe mande mais quinhentos mil réis.ELLE (ei parte) — Oh I diabo I Estou aqui, estou mordido !

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EL iz i: mu: Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis'Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias.

____________________________________________________________&.,- .„.-.. . _ . .. :.¦'..-',:....,-__-.!!._ .--¦ _-,. .

11 de Julho de 1914 gj )-( O RIO NU )-(

tf*"*I^K X. ir^^^avÊllí!^

CDNo S. José, por questões que não chegam

a ter importância na ordem das questões, oAsdrubal esteve durante 40 minutos zangadocom a Belmira, e teria estado mais si por obrae graça de Mme. Suzanne Castera as coisasnão se tivessem harmonisado.

Quanto é prestigiosa a águia Mme.Suzanne ',...

ir-' A D. Pepa está creando inuque átorça nas lições de musculatura que lhe dá oPedro Dias.

Emquanto isso, o Carvalho fica maisfraco...

«sr" E já que tratamos de lições.O Roldan também dá algumas á Emilia :

ensina-a nos bastidores a cantar modinhas...o que quer dizer que elle próprio acabarácantando-a.

«ar Do Recreio enviaram-nos as seguintes:Coisas com que implico......com a mania que o Mario tem de

querer conquistar certa costureira daquelletheatro.

.. .com as moças que vão visitar o Hen-rique de Oliveira.

*=*¦ O tal gabirú do S. Pedro que nosenviou a nota que publicamos no numeropassado, remetteu-nos agora a que se seguee que também transcrevemos ipsis verbis,porque como a outra c uma maravilha :

«teremos muito breve a esplicação deuma promeça feita por uma corisla do SãoPedro. O Diaaabo e que o Deus pode nãogostar da brincadeira e assim o tal meninode cera não irá ao altar para ser estimado,adorado e mais coisinhas.»

Vocês perceberam ? Nem nós !&r Protegido por bons ares, o Martins

está firme no lar da Pepa... não obstante odesespero do distineto actor Diniz e deoutros muitos.

Quem menos se incommoda é o quesolta os ares.

tar Do actor Leitão, do Recreio, recebe-mos um cartão de visita, onde esse mesmoactor se desculpa por não ter vindo cumpri-inentar-nos ainda pessoalmente devido a terde andar com quatro olhos em cima da suacompanheira Auzenda, em quem - é istomesmo o que elle diz — não ten. absoluta-mente confiança.

O Leitão é um pândego !ar Está no Rio o celebre transformista

lusitano Silva Lisboa.Nunca o vimos trabalhar, mas um nosso

companheiro que o viu na terra lusitanagarantiu-nos que como transformista elle eesplendido... principalmente quando, comona quinta da Formiga, em Coimbra se trans-forma em mulher. . .

ns- Veiu dizer-nos certo official de policiaque está muito desgostoso com a Dolores,porque ella se deixou desencaminhar pelaTrindade. , ,

Isso passa. Dê-lhe um frasco de LoçãoDanzi, o maravilhoso preparado contra acaspa e a queda do cabello. e vera como ellanão mais liga importância á Trindade.

mr Contou-nos o Mario Santos...que aquella comida d'tirso que deu a

Maria Costa, do Recreio, foi para ens.nal-a aser-lhe fiel, porque, uma vez que elle a amae que ella quer que elle a ame, deve aomenos ella ser para elle uma mulher digna,como todas as que se prezam de ser amadas...por elle.

i^^mm**6*^

«Erare liumanum est», diziam os romanos,quando alguns moços patrícios iam ao amplii-theatro mal ajambrados de roupas e não se-guiam o exemplo do invejado Petronio, o prin-cipe da elegância. «Mutatis mutandis» pode-seempregar o dito acima aos nossos elegantes.

Como é feio ver-se um moço, ou um velho,ou mesmo um menino metlido em roupas malfeitas ! Assim, avisamos que a AlfaiatariaGuanabara, Carioca 34, resolve o pro-blema, pois tem as melhores fazendas ao ai-cance de todos !

MARCA REQ.STRAD»-ir-

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

...que a Maria Costa, depois dataicomida, foi chorar as suas misérias ao ladodo Alvarenga, mas que elle a mandou enteu-der-se com o Nascimento, o que cila não fezpor ter medo de ir para a tabeliã.

...que a Amélia anda muito contentepor ter conseguido fazer as pazes com oCandinho; porém o Candinho anda já abor-recido, e tanto assim que ainda ha dias foivisto a beijar uma zinha na caixa do S. Pedro.

.. .que no mesmo dia da comida d'ttrso aMaria Costa foi passear no automóvel 745em companhia de tres gabirús, mas que elle,Mario, fez que não viu.

...que o Nascimento está desgostosopor saber que o Mario Pedro está atirando-seá Uiiilhermina.

...e que para a semana teremos muitasnovidades.

JOÃO RATÃO.

Au Bijou de Ia Mode Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e eslran-geiro para homens, senhoras c crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

Caso urgente...

«Uma senhora de aspectoagradável, de gênio alegre esem compromissos e com algummeio de vida, deseja a protecçaode um senhor de idade e deposição, preferindo do commer-cio, e se fôr necessário pôde ira mesma para fora do Rio deJaneiro; cartas no escriptoriodesta folha, para Beatriz.»

( Do Jornal do Commercio)

Anda bastante apertadaKssa agradável senhoraE quer sahir dessa alhada,Por meio de protecçao,Bem depressa, sem demora,Tanto que não faz questãoDa coisa ser dentro ou fora !. . .

Será mesmo ?

Ouvi ha dias a RitaDizer baixinho ao Carvalho :— Só uma coisa bonitaTu tens; é o teu... cabello.

Memórias de uma colchao folhetim Casada e

no proxi.no numero aTerminando hoji

virgem, começaremospublicação das

Memórias de uma colchaapreciável trabalho do nosso collaboradorPORTHOS, que teve a habilidade de reunirnas

Memórias de uma colchaepisódios Interessantíssimos, narrados emphrases imaginosas de um colorido brilhante.

Leiam, pois, no proxi.no numero as

Memórias de uma colcha

Ando roxo, esquentadiçoP'.a dormir co.ntigo, Annette !

Pois venha ! Então que tem isso ?Eu sou duida por... miminhos.

ZE'.

Leiam•\ IHJ.LC2A."

A'. 7 dos Contos Rápidos — 300 réis

Licor TibainaO melhor ptzriíictí"—' dor do aangtíG —

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Sandwiç*-i

Já está á venda o n. 5 da «CollecçãoAmorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 reis.Os pedidos de fora, que só serão atten-

didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

ZE' Itlia lio llOH|lJ4aÍO 'i I Kio (!<• Jnm-iro

= 2 = gg) )-( O RIO NU )-(

0 busca-pé do coronel

Sr. Agapito Tertuliano, coronelcommandante de uma fantásticabrigada de cavallaria.. .a pé,

v attingira o seu meio século deidade quando tomou a resolução de casar,aborrecido que estava da sua íusuisa vidade celibatario.

Assim pensando, o coronel Agapito esta-beleceti de si para si que não escolheria es-posa sinão no interior, entre a gente simplesé sincera. Lembrou-se de que o seu amigo eantigo companheiro de pândegas, major JoãoTheobaldo, o poderia auxiliar nos seus de-sejos. , , .

O major Theobaldo, igualmente rico epouco mais moço do que o coronel, casara-se havia pouco com uma fazendeira e residiana fazenda, que elle dotou de grandes me-lhorameiitos para que a vida ali nada dei-xasse a desejar quanto a conforto e commo-didade. ,

Em meiados do mez passado, o coronelAgapito tomou o trem e apresentou-se nafazenda do amigo sem ser esperado.

Que bella surpresa! — exclamou omajor, recebendo-o de braços abertos.

Aborrecia-me na capital e vim paraaqui espairecer...

Adivinhaste em vir, pois ia escrever-te convidando-te para a festa que vou darno dia do meu santo, uo dia 24.

E' verdade ! Tu és João. . .João Theo-baldo. , ..

Vai ser uma festa de arromba, di-vidida em duas partes : de dia banquete ebaile ao ar livre para os rapazes e raparigasque trabalham na fazenda; á noite, fogo deartificio e baile nos salões para os meusconvidados especiaes.

E's um maluco IParticipo-te que, como tenho muito

em que me occupar, vou entregar-te a direc-ção do fogo de artificio; arranja-te com ofogtieteiro, de fôrma que saia coisa de effeito.

Nesse momento appareeeu a dona dacasa, acompanhada de uma outra senhora,elegante na sua simplicidade e sympatluca avaler. Depois de apertar a mão do coronel,a senhora do major fez a apresentação :

Minha prima Sophia, Sr. coronel.Immensa honra em cotihecel-a, mi-

nha senhora... Agapito Tertuliano, paraservir a V. Ex. .

A apresentada estendeu a sua maozniliadelicada, que o coronel apertou commovido.

Diabo ! — pensou comsigo. Si não écasada, está aqui uma que me serve e nãoprecisarei pedir o auxilio do Theobaldo.

No correr da conversa, o Sr. Agapitoteve o prazer intimo de saber que a Sra, So-phia era viuva, tinha trinta e seis annos,embora apparentasse vinte e cinco, residianuma fazenda próxima e viera passar algunsdias com a prima.

Por sua vez, sabendo que o coronel erasolteiro, a viuva, mulher pratica da vida,tratou de se mostrar gentil com elle...

Resumindo: tres dias depois, o Sr. Aga-pito fez a sua declaração e a proposta decasamento, mas Sophia pediu prazo para re-flectir.

Entretanto, o hospede do major 1 neo-baldo dava desempenho á tarefa de que foraincumbido: de accordo com o fogueteiro,distribuía pelo grande parque as peças dofogo de artificio c imaginava surpresas paraos convidados, Entre os números de suecessohavia este, ideado pelo próprio Agapito : dediversos pontos da varanda que circumdavaa casa do major partiam fios dc arame quetomavam varias direcções pelo jardim e iamdar todos elles, num pavilhão installado no

fundo do parque ; oor esses fios correriambusca-pés adrede preparados, que sahindoInflammados do ponto de partida, descreve-riam trajectorias interessantes, ora seguindoem linha recta, ora fazendo um semi-circiilopara cima e logo outro para baixo; elevan-do-se acima dos canteiros e em seguida ras-tejando pelo chão, contornando os massiços,descrevendo curvas, espiraes, ziz-zags etc,até chegar ao pavilhão. Um effeito assom-broso.

Chegou o dia de S. João e Sophia nãodera a almejada resposta ao coronel.

Ao meio-dia, já o parque do major esta-va aninhado de gente; dos empregados dafazenda náo faltou um só. Mesas improvisa-das gemiam ao peso das iguarias e das be-bidas com que o fazendeiro entendera brindaros que o auxiliavam com o seu trabalhobraçal. , .

Embora houvesse abundância de tudo,quando acabou o banquete, sobre a mesa sohavia destroços.

Rapazes e raparigas, numa alegria es-frondosa, augmentada pelos vapores dos vi-nhos, entregaram-se ás dansas ate a noite.

A's sete horas houve ordem para a reti-rada; pelo parque ficaram os signaes da suapnsença: canteiros maltratados, plantas que-bradas e, o que é peor, aqui e ali monticulossuspeitos e pouco cheirosos como a attesta-rem a ingratidão e a digestão de alguns dosque se haviam banqueteado á custa do donoda casa...

Ápprox.ma-se a íiora de queimar o fogode artificio. O coronel Agapito, ua varanda,insiste com a viuva por uma resposta defini-tiva; a dona da casa, que protege os amoresdo solteirão insiste também junto a sua prima.Esta não se decide... O coronel então propõe:

Faça uma coisa D. Sophia. Compre-hendo o seu acanhamento em pronunciarsim ou não, por isso peço-lhe que mande aresposta por um destes busca-pés, amarran-do-lhe um objecto qualquer de seu uso...Daqui a meia hora estarei no pavilhão paradirigir o fogo. Si, ao chegar lá o primeirobusca-pé, encontrar nelle um objecto seu, eporque me acceita para marido; no caso con-trario...

Boa idéa !—disse a dona da casa.Vou chamar Theobaldo para queimar o pri-meiro busca-pé!

O Sr. Agapito retirou-se discretamente eá hora marcada foi para o pavilhão.

Muito emocionada, tremula, a viuvaamarrou o seu lencinho rendado com _ oseu monogramma no busca-pé que o majorescorvára.O minúsculo foguete partiu célere,pendurado ao fio de arame que lhe marcavaa trajectoria: serpeott, zig-zageou, elevou-se,arrastou-se pelo chão e nesse momento ro-çou num dos ínonticulos suspeitos e malcheirosos que os ingratos tinham deixadono parque.

O coronel, com o coração aos pulos,esperava ancioso o igneo portador'da suaventura ou da sua desventura.. . Finalmente,já enfraquecido, o busca-pé chegou ao pa-vilhão...

O Sr. Agapito apanhou-o com mãos ner-vosas c, ao dar com o lencinho dc Sophia,exclamou :

Oli! Sou feliz ! Acceita-me !...E levou aos lábios aquelle pedaço de

bapliste rendado ; mas retirou-o logo e fezuma careta :

Hum !... Como cheira mal !. ..E, depois de examinal-o, com ar de nojo :

Que porca 1 E que desaforada !. . .Bempodia ter dito não, em vez de usar destemeio immundo !

Partiu como uma flecha, entrou no seuquarto sem ser visto, tomou o chapéo e sa-hiu em direcção á estação da estrada deferro.

11 de Julho de 1914 Eg_ ~

Como se passasse o tempo e o coronelnão desse começo ao fogo de artificio, a mu-llier do major e Sophia dirigirani-se ao pa-vilhão. Não estava lá ninguém.

_ Onde eslá o coronel ? - perguntou aviuva a um criado que se achava próximo.

Nào sei, minha senhora. Vi-o sahirdahi a correr desesperadamenle, mas náo ovi voltar. , „ , . ....

Casualmente os olhos de Sophia dirigi-ratn-se para o chão e deram com o lenço. Aviuva apanhou-o e notou-lhe logo as manchaso o máo cheiro.

Olhe, prima 1 — disse ella, indignada.Veja o que aquelle porco fez ao meu lenço!Limpou-se com elle I

Talvez algum aperto -replicou a con-ciliadora esposa de Theobaldo.

O coionel Agapito desistiu de casar, re-ctisou-se a explicações e até hoje ainda estápara ser desvendado o mysterio...

CII1SPE.

l__íte sd C©imciiiiip§©

Para o MOTTE n. 2 da 4< seriePodes pegar sem receioNa cabeça do bichinho

recebemos as seguintes glosas :Que surucucu tão feio !Que cabeça sem pescoço !...— E' feio mas não tem ossoPodes pegar sem receio...Mas pega sempre no meio,Deixa de fora o focinhoE mostra-lhe o teu cãosinho...Si o queres ver vomitar,Passa a mão bem de vagarJVn cabeça do bichinho...

H. RAMON.

Não 'stejas a fazer feio,Chega p'ra cá, Julieta,Faz-me aqui uma. . . careta,Podes pegar sem receio.. ¦Segura-o bem pelo meio,Chega p'ra cá o beicinhoP'ra eu te dar um beijinho.Não quero que lu te assustesQuero só que a boca ajustesAto cabeça do bichinho. ..

MORELINO.

Toma este pombo — correioQue me veio de Paris ;Paguei-o caro si o quiz,Podes pegar sem receio...Pega-o, mette-o no teu seio,P'ra não fugir o pombinho,Trata-o com todo o carinho,Mas não o. vás entontecer,Quando tu fores mexerNa cabeça do bichinho...

MORENO.

Por não ser eu muito feioüósta de mim a JoannaMostrei-lhe um bicho — banana.. .— Podes pegar sem receioFoi o que lhe disse, em meioDum estalado beijinho,Dado com muito carinho,Ella foi-se adiantandoE a mãosinha foi passandoNa cabeça do bichinho...

SANTAPRAO.

4a SerieMOTTE N. 4

Ao ver-lhe a boca tão larga,Perdi de todo «... razão.

Glosas até o dia 18 do corrente.

i

II de Julho de 1914 )-( O RIO NU )-(

Regras de civilidade

| we* _

CDA baroneza de Três Apitos diz, com

toda a razão e seus profundos conhecimei,-tos do mundo, que um homem pôde serdelicado sem ser galante e vice-versa.

De facto, muitos elegantes esquecem asmais rudimentares regras de civilidade quandoencontram uma senhora, chegando ao terri-vel gesto de tirarem o chapéo, quando ochie está todo nesta phrase :

—Oh I Exma., toque estes ossos ! Comovai essa carcassa ? Desculpe não tirar atampa, porque é medida de hygiene.

CD

Si, porém, o cavalheiro, por um imper-doavel esquecimento, descobrir-se, competeá dama corrigir isso deste modo :

— Cubra-se, seu Chedas, cubra-se jápara não infeccionar a zona. Bem sabe quenão ha cabungo sem tampa.

Também um outro habito que revelalogo a falta de galanteria num smart é oestender a mão quando uma senhora lheOfferecer a sua miinhequinlia.

Nessas condições o elegante deve esfre-gar a mão bem aberta sobre o coliete edizer a sorrir:

— Baixe a patinha, D. Aquelia!

Quando se tratar, porém, de um homem,não ha remédio sinão acceitar o aperto demão e nesse caso é preciso acompanhal-oassim :

— Uff! Que paulificação ! Pôde crer queé o primeiro pé de porco que eu aperto hoje!

Também ha hoje no mundo eleganteuma forte corrente contra o uso dos beijosentre as senhoras. Devemos empregar todosos esforços para fazer desapparecer essehabito, e para isso o melhor processo éuma senhora, toda a vez que fôr beijadapor outra, limpar fortemente a face mtir-mura ndo:

Safa ! Que baba fedorenta !CD

Em muitos casos a chiquissima phraseacima pôde ser substituída por esta :O' Fulana, porque é que tu não esco-vas a dentadura?

CDFinalmente, para as nossas leitoras ele-

gantes e que estejam dispostas a acabarcom os taes beijos femininos, aconselhamosrepelliretn a beijoqueira com um gesto ener-gico, como por exemplo : niettendo-lhes umdedo no olho e dizendo :Vá beijar o... Carvalhinho.

PETRONIO.

ÍRÍÊIP(©_.§© ?_._,_,.«Uma senhora viuva e parda,

deseja encontrar um repouso emcasa de um Sr. viuvo, paraviver em sua companhia, comsua filhinha, de 8 annos; queiradirigir-se á rua...»

(Do Jornal do Commercio)

A commentar esse casoNão me abalanço, não ouso,Pois é perfeito desaso ¦Chamar-se aejuiUo repouso. . .

Leiam o N. 10 dos Contos Rápidos—Fa-milia Moderna e verão o resultado !...

Consultório òo "3\io __ftu"

Curiosa — E' natural essa comiclião quelhe apparece somente quando a senhora lêos romances d'0 Rio Nu; para isso só haum remédio: é fazer a sua leitura em com-panhia de um rapaz decidido. Tome agoraum conselho: não se coce, que é peor.

Soffredora — Então a senhora, umamulher casada, tem medo do pipo de um irri-gador? Olhe que isso desabona muito seumarido...

Carreoadinho —Carregadão, é que vocêdevia dizer, camarada! Olhe que não lhefalta nada para o carregamento ser completo.Procure um especialista e prepare-se para alanceta e nitrato de prata.

V. A. J, — Essas pipocas que lhe estou-raram pelo pescoço são flores que estão bro-tando. Perca o amor a uns cobres e metta-seno 914.

Malade — Apezar de ser um só poremquanto, pôde alastrar-se pela cabeça esurgirem outros. E' bom conservar a fabricadescoberta, mesmo á força. :

Donzella — Não ha concerto possível.Uma vez arrombado esse cofre, nunca maisvoltará ao estado primitivo. Essa patranha,com certeza, foi-lhe impingida por algummalandro que quer comer a isca e... cuspirno anzol. Não consinta sinão depois de passarpela pretoria.

DR. DAMULA RUÇA.

3fc Galeria Artística %Avisamos aos leitores que tenhamfalta <Ic -tl;|iiiii:is estampas da nossaGaleria Artística, e queiram complc-tar a collcc?:lo. que em nosso escrip-torio existem exemplares «le todosos numeros do RIO W desde o ini-cio da publicação «lessa Galeria, po-«lendo ser adquiridos sem aiiijmento

de preço.

Folhetim do "Rio Nu"

FLAVIO DUVAL

(to)

CASADA E VIRGEMH Historia realista de um homem J_§J

como lia muitos

IX

Não havia mais duvida. Regina ali estavaCom mais alguém e esse alguém não era omarido porque este estava em baixo, nopavimento térreo. Era com certeza um amante.Agora tudo se esclarecia !

Aquelia mulher que ella amava com fre-nezi não era a mesma e fugia aos seus trans-portes amorosos, evitando muitas vezes ocontacto de sua carne 1 E' porque um outro aarrebatava para sempre, um outro que des-truira sem duvida a sua virgindade 1

¦ As lagrimas rebentaram bruscamente deseus olhos, abafou a boca com o lenço paraque seus soluços não fossem ouvidos. Depoiscravou uni olhar de ódio na porta semprefechada como uma sepultura. Idéas de vin-gança se apoderaram de seu cérebro.

_Não serás minha nem de mais ninguém!Instintivamente recuou e desceu as esca-

das, em busca do marido. Diante de umasecretária viu-o com um papel na mão.

— Encontrei-o finalmente, minha senhora.Ella estava tremula, nervosa, agitada.

Barbalho teve medo.Que tem a senhora ?Regina... sua mulher...Alguma desgraça ?Venha commigo.

E segurando-o fortemente pelo pulso,levou-o quasi de rastos.

Sua mulher engana-o.Como ?Está naquelle quarto com o amante.

Barbalho levantou os hombros.Ora....

Ah 1 não me acredita?Que tem isso ?

Lúcia não se conteve, Com raiva con-centrada disse entre dentes, cuspindo-Ihe nacara.:

Imbecil 1Com uma força sobrenatural metteu o

hombro na porta. Os fechos saltaram. Lúciaempurrou Barbalho para o quarto.Contempla aquelle espectaculo !

Regina, semi-nua, procurava occultar-seentre as cobertas. Leoncio, em ceroulas, ves-tia apressadamente as calças.

Então ? perguntou Lúcia a Barbalho,que faz o senhor?

Eu ? Nada ! Si lhe faz bem !... Minhamulher gosta. ..

Ia para sahir, a rebolar o trazeiro,quando a moça, desesperada, tomou-lhe afrente.

Então o senhor permitfe que suamulher o engane?

Perníitto.Convencido !!!

Depois de novamente lhe escarrar na

cara, Lúcia sahiu desesperada pela raiva epelo ciúme.

No dia seguinte Leoncio installou-se com-niodamente em casa de Barbalho na quali-dade de marido ad-lwc de Regina. O velhoestimava-o a valer e sempre que o via a sósatirava-lhe ás bochechas o eterno estribilho:

Quando se cansar de minha mulhernão se esqueça — estou eu aqui...

O poeta, porém, bem depressa ficouennojado daquelle typo viciado e acabou pordizer á amante: . •

Sabes? Não posso mais supportar teumarido !

Que pretendes fazer?Ainda não sei; mas é impOssivel, para

mim, continuar a viver sob o mesmo tecloque elle.

Poiihamol-o então na rua.E elle se sujeitará ?Si não se sujeitar, tanto peor para

elle. Farei escândalo.Barbalho acceitou a intimação da mulher:

mudou-se e estabeleceu uma mezada a Regina.Os dois amantes ainda hoje vivem juntos,

felizes, esperando apenas que o velhote morrapara elles legalizarem pelo casamento a stiaunião.

PiPtl

No próximo numero,MEMÓRIAS DE UMA COLCHA,

por P0RTH0S.'Y^ .: .,

4= [_£___ )-(ÜRIONU )-(

M»Lataria,lírfrana

IDD

O perfumado barbeirinho da rua CapitãoRezende arranjou mais uma conquista nazona Cacliamby.

Si houver «editor-responsavel» quandoviero«petiz» teremos mais um.. .baptisado !

Com o homem das «cem comadres» eassim !

O" O Manduca da Liglit continua a ser,na opinião de muitas das formosas «divas»cachambyenses, um verdadeiro Adonis !

Têm razão as pequenas, o Manduca eum rapaz... formoso e elegante !

Jáé!sar O «rouxinol» da rua Dr. Bulhões, oarchi-celebre Mocinho, deu formidável deses-pero com o facto da «estourada» Luzia quererarranjar um «papai» para o seu gury.

E' que o pirata-rei do Engenho deDentro sabe que «aquillo» é «obra» muito sua!

ta- O abaixadinho tenor Zé Pinto do FadoLiró, mesmo depois de «amarrado»,continuaa ser o mesmo pirata dos saudosos temposdas «farras» do 83.

Agora atire-se á roxura dos amorescubanguenses.

Sempre «farristas» o «mano» Haller. _IBS' Anda triste, bem triste, o «bacalháo»

Pompêo. .,...,E' que depois da celebre noite do baile no

«24 de Maio», em que fizeram um rolo formi-davel, elle, o compadre Horacio e o Chandicoe no qual foi «victima» um «menino prodígio»que é das «entranhas» da sua amada quehavia «sonhado» amores com uma zinha(que apezar de outro acompanhou o «com-padre» Caldas) a «sua» Violeta atirou-se aamar em rendez-vous!

O «bacalháo» estranhou os «adornos» Iits" Sahindo do «Maison-Moderne» com

formosa caboca do «Caxangá», vimos o«pirata» Ferraz das wesughts.

O aconferentado rapaz de Madureira,que anda em vésperas de ser «papai», iaradiante ao lado da galante mulata, mas aovêr alguém... empallideceu !

O' Ferraz, mais «uma», não é ?(»" O «ratinho» da «Guarda» é todo agora

de gentil e formosa casadinha da zona R. .Seu Pedrosa Caldas, não sentirá «remor-

sos» pelas «falsidades» feitas aquelle que sediz tão seu amigo ?

Depois disto, ainda une-se ao Asdrubale vai conquistar virgens para o largo deSão Francisco ou então leva a «costella»para a casa do Velho e toca a conquistar avisinha do lado !

(W O «capitão» Arm.-.indo assistir aoGrande Premio Jockey-Club de Buenos-Ayresno Prado Fluminense, lá encontrou-se como seu loiro amigo dos saudosos tempos doEngenho Novo.

Ao passo que o seu collega contava-lheas suas novas conquistas, o «capitão» só selembrava de formosa mulata que os amou aomesmo tempo de uma Vez só !

Depois, seu Albuquerque quiz saberquem. era a galante morena que, no Meyer,achava-se em companhia do seu aconductoradocompanheiro.

E' bem «curioso» o A. F. A..itíT O Fausto Loterico em companhia do

mulatinlio Isidoro, domingo passado, larga-ram o Meyer e foram cavar conquistas noCampo de São Chrisfovão.

O Isidoro, ao encontrar-se com o «chefede serviço do mar», ficou «passado»!

«ar Ao saber que as «tristezas» do..Ruarda-maluco» eram causadas pela falta de«flanellas»,a esguia Ercia do Telephone fez-llie presente de um terno de brim de... sacco.

Oue bella oflerta Iíár Porque será que o tenente O Neill,

nutrora habitue assiduo das «farras» naMcre Louisc, sempre em companhia dostenentes Guerra e Barros, ausentou-se repen-finamente, deixando de amar uma «peregrinaformosura» que é «estrella» de cabaret ecujas iniciaes são B. R. ?

Dizem as más linguas que o galante catiradiço official anda apaixonado por for-mosa morena suburbana,pois veem-n'o diária-mente tomar o trem na Central com destinoao Meyer.

O facto é que o loiro e galante tenente,depois que deixou a Bertha, anda sempretriste, elle que outrora vivia feliz e alegre,sempre em «farras» e amando as nossas maisformosas demi mondaines que por elle sen-liam «paixões vorazes», escravas do seugentil trato.

Diga-nos, seu William, que paixão eesta que até fel-o abandonar o maxixe, emque é mestre dos mestres, e mais ainda asua formosa Bertha, que eram os seusÍdolos ?

«Amores virgens», por certo !

CORRESPONDÊNCIA

Arêde ( Central) — Porque assustou onrano Edgard? Deixe seu Bittencourt ninar ávontade.

Luzia (Engenho de Dentro) — Para quearranjar outro «pai»? O rouxinol da rua Dr.Bulhões assume a... paternidade!

C. M. A. (Engenho de Dentro")—Nada nostem dito da esguia Ercia, do Raphael e dodoitor Veiga.

Porque?Vicior Xispê (Meyer) — Então anda á

procura do homem da capa preta ?'.¦•» Pessoal da Luz e Força (Meyer) — OZéca Mingáo, apezar de ser o «menino deouro» da Light, reconhece que o Manduca émais querido e muito mais... formoso !

Belleza e elegância é ali !PIRATA MÓR.

c.oiwbtb:Si ás vezes passo sozinhaAo pé delle ouço-o dizer:— Vem commigo, mulatinlia IVamos! Quero-te... beijar.

PONTO.

11 dc Julho de 1914

craajxnnnai*5» oe ESTratüOS

VERSEJADOR —A quadrinha do vaiico seucollega e que tanto o enttiusiasma c assim :

.Quando de Athenas partiuO argonauta valente,Deu tres... pulos de contenteA grã...»

O resto você vem cá ouvir de viva voz,ou pergunta a cila mesma, lá em sua casa.

BACHAREL - Qual o quê. você nâo ébacharel nem nada ! Quando muito pode serbestarei. Um typão que tem receio de naopoder consummar o casório por ser muitomiudinho, não é bacharel nem aqui, nem nacasa do diabo. Então quer mesmo que lheensinemos uma posição em que aproveitetodos os seus modestos bens de raiz?! Omelhor é mandar dizer-nos quando e onde ca festança e nós lá iremos ajudal-o nessadifficil passagem.

Leitor assíduo — Recebemos a bella earrebatadora producção que nos enviou para«honrar as colunmas do nosso jornal». Re-unimos todo o pessoal da redacçáo para versi algum entendia o idioma em que estavao troço escripto.e nada. Recorremos ao pes-soai das zonas, que é perito em linguas, etres vezes nove vinte e sete.

Por isso julgamos que a sua obra foi emlingua bunda e cotno nós não gostamos, láfoi o troço litereiro para a cesta.

Patriota — Deixa de lorota, mano; essepatriotismo já é conhecido desde o tempo deD. Miguel Charuto.

Você quer saber o ministério do Wen-cesláo para cavar o seu desde já e não poramor á Pátria. Não vá, porém, mantendoillusões porque o Braz não vem ser thesou-reiro e é roxo em economias. O periodo vaiser de sardinha frita e farinha secca.

JOÃO DURO.

Tônico Japonez

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, nâo hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

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I TiSlI *•"* "ózrs.v ; \ffl-CFlliIV » \ I _j_<["'E1:--'—-*1'-— --:¦. f / wS_f

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, do

que o Peitoral de Angico Pelotense., verda-deiro especifico contra a tuberculose nos

primeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

)-( O RIO NU )-(11 de Julho de 1914

j

CDA cabeça sempre foi um troço notável e

de destaque no meio da humanidade. Quan-tos e quantos homens se tornaram notáveise populares por causa da cabeça, quer pelosei. tamanho, quer pelos enfeites com quesuas extremosas esposas os adornavam.

O Castro Urso. por exemplo, foi uma ca-beca e tanto e o f.dlecido Carvalho teve talnotoriedade que deu motivo ao celebre e pri-moroso romance «A cabeça do Carvalho»que vendemos em nosso escriptorio, com umsuecesso enorme.

Além disso, ninguém desconhece a ceie-bre cabeça de Meduza e ninguém quer abso-li.taniente ser «cabeça de turco».

Desde os tempos em que Adão e Evaprincipiaram a chupar canna no Paraiso, quecorre mundo a conhecida phrase «cabeçudocomo um burro» o que, parece, deve serrasgado elogio para a classe dos bucephalos,ainda que o não seja lá das melhores recom-mendações para quem o cliucha.

Pois bem; a cabeça, que sempre distin-guiu os homens, que para muitos foi o talis-man das conquistas e fortuna supplantandomesmo o nariz avantajado e promettedor decoisas desejadas, acaba de perder a qualidadede ,ser o distinetivo dos . grandes homens,para o ser das mulheres.

. 'Dora avante as sehhoras elegantes e assenhoritas chies serão conhecidas pela cordo pello das... cabelleiras.

A tentativa das ditas de cor pegou mes-mo deveras e futuramente não haverá se-rihora que se preze que não possua, pelomenos, uma trunfa azul cor de manteiga ouenlão idem de burro quando foge.

E' bem possível que essa geringonça decabellos passados a oca de varias cores nãoseja lá ultra-chic, que até offenda o smar-tis.no das nossas elegâncias, porém ninguémlhe pôde negar que seja uma grande in-venção tão útil'ao amor como a telegraphiasem fio o é aos bipedes humanos.

A trunfa vermelha, por exemplo, vemdesthronar a saia preta, como esta derribouá encarnada. E executa isso com muitomais graça, como muito chiquismo.

Um camaradão tem uma entrevista coma creaturinha que está exercendo na oecasiãoas funeções de amorzinl.o roubado, vai emcaminho do chauteau, de repente vê a sup-plicante armada com uma cabeça mais rubraque a antiga bandeirola que annunciava noCastello paquete á barra. Si não gosta dotroço, assim,tira o corpo fora e não dá a cara.

Uma outra cabelleira de grandes resul-tados é incontestavelmente a roxa. Vejamos.

Topamos um dia com um palminho decara provocante e um corpo cheio de mil ten-tações; damos em cima do bofe com todasas regras da arte, porém a cuja, apezar deter um camapheu velho como o diabo poresposo, não liga, fica indiflerente e fria comoum sorvete de banana.

Outróra era caso de desanimo, hoje nãose perde o pulo, continua-se a perseguir abicha até o dia em que a dita appareça detrunfa roxa.

Então é tiro e...queda certa.E as outras ! E digam que não é uma

grande invenção a óca nos pellos!L. REPÓRTER.

Está á venda —A PULOA— Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

Collecção amorosa A Ibum de um velho |

Composta rle cinco ronrnrtce.es editados pelo Rio .\rr,a saber: ri. 1, Amores <lo um Frade, prc.t.resen historia tle frei Ignacio, nm inuUrrm quo soubeoosnr o _rrc do melhor existe neste mundo - o amor;n. U, Noite cie Noivado, em fn-' silo nurrmirts

s dc um.IMIII .UI.IJU1. IIII' ..... ...a ,

escova,!., como o noivo; ... :1 IHaclEimo Minet,deliciosa narrorivu da si,,., amoros.r de Ultra nrllllrerM,„l„, en. i]lic ella, afinal n.'o ...... ,. melhor parle...ii. -!. Casta Suzanno, lixmiviij-.i.i.e .nsiormde urna donzella, .ruc sò dcisDir de o ser depors dehaver i.roviulo o iimor por vários modo,1, que miocontpromettiam a sua virijindade ; e ir. .',. Sanei-wich I, iiiiiTiii,vii mimiaosn ile unia ret-em-aM^ui;.

¦Mui de rodas as idmentü escils-ntc em q

l_J.milquer desses volumes, que se vendem jniiios ouseparados, .1 mia de SOO réis cada nnr, consriluc

des. não sò pcla llngiingcni alta-io «.'lies mo escriptos, como tum-

..en, pelas lindas e soratuslivns enrvuras que os ornamu que s?o mesmo ,1c fWer rususcitar um itefnnlo. ——Os pedidos do Correio, aos quaes devem ac.in.par.lrjrmais SOO réis para .. porre de cada livro, devem ser

Alfredo Velloso .5*»^TJ!

A collecção completa sora enviadaa quem a pedir enviando aquantia cie 3$S0O (em dtatrtirü).

Olha o plano !...

«Um quarto mobiliado, inde-

pendente, e em casa de umasenhora só; aluga-se a um senhorde tratamento; á rua.. .->

(Do Jornal do Brasil)

Quem nfio sabe acha uni perigoEssa bomba ao pé do logo ;Não se dá isso commigo,Que conheço o velho jogo. . .

Esse plano é bem vulgar,De o saber estamos fartos:O que ella quer é alugarNão o quarto, mas os quartos. . .

Elle —Não posso tomar nada gelado porcausa da minha tosse.

Ella — Eu tambem andei assim, mas de-pois que me receitaram o Peitoral de AngicoPelotense e eu usei-o, posso tomar tudo queme aprouver...

CONQUISTA DIFFIC1L

Assim que a loura e fidalga Leonor, aformosa e i.npeccavel esposa do poeta Ai.as-tacio, após haver trocado o ultimo beijodaquella primeira e louca entrevista de amorcom o venturoso e irresistível literato Ma-ximo partiu marcando novo encontro, estetratou de refazer a toitclte e correr ao con-sultorio do Dr. Epami.iondas a contar agrande victoria, a nova conquista.

Esse açodamento do Maxi.no parece in-dicar que elle era uni mesquinho caçador deamores fáceis e que qualquer um outro maisdistineto o deslumbrava. Entretanto, a ver-dade é que o nosso heroe estava no auge dotriu.npho e nenhum elegante da época podiaolhal-o sem inveja.

O que motivava a pressa delle ir contarao seu amigo intimo, ao seu confidente, oDr. Epaminondas, a queda da esposa dopoeta Anastácio é que Leonor até então forauma esculptural estatua, fria como o mar-more, a esmagar sob os pés de fada os co-rações que se lhe offereciam para tapete cque ella pisava indifferente e linda, sem con-ceder siquer a graça suprema de um olharde compaixão.

Quando' Maxi.no sentiu a paixão des-peitar sob o olhar glauco da formosa e aris-tocratica creatura, quando percebeu que sema posse daquelle corpo artístico não poderiaviver, contou o que se passava ao medico.

Este, certo da honestidade jamais estre-mecida da elegante senhora, procurou dis-suadil-o de tal empresa e foi mesmo comum sorriso zombeteiro que nessa oecasiãose despediu do amigo.

Poi, pois, impando de júbilo, com oolhar brilhante dos vencedores e o sorrisosuperior dos triumphadores, que o Maxi.noestendeu a aristocrática mão ao Dr. Epami-nondas, ao chegar ao consultório deste.

Vens muito alegre, Máximo !Feliz, meu amigo, immensamente fe-

liz — é o termo.E posso saber porque?Vim cá especialmente para contar-t'o.

Ha uma hora apenas que a linda, a honestaLeonor, deixou meus braços ebria de amor,morta de goso.

O Dr. Epaminondas atirou ao ar uma fu-maça do aromatico cigarro e a sorrir res-pondeu :

Pois, meu caro Máximo, si viessescinco minutos mais cedo, assistirias á con-sulta do esposo da tua deusa.

O Anastácio está doente ? Que temelle?

Varias moléstias que se apanham noculto de Venus !

Ü Máximo ergueu-se pallido, apertou obraço do medico e gaguejou :

E... elle terá tido contacto com aesposa ?

A sorrir o Epaminondas respondeu :Nào lenhas cuidado. Quem mimoseou

Anastácio foi.. .a Leonor I

MATHUSALEM.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

-II 11 de Julho de 1914 )--( 0 RIO NU )-(

^t^tuLf^CiCD

AVISO — O "Rio A'»" náo tem repórter at-giim nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como tal c um inlrujãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieContou-nos a Odette Bem...gallinha que

o Bahiano ainda não conseguiu que no «ChoppRio Branco» fosse montado o arranjo 'Osamores dc Mariquita*, apezar do grande de-sespero que dera a hespanliola por termosdado essa noticia.

Fique mansa, dona aquella !,w Ha dias, a Durvalina Irmã de Caridade

fez uma fita de suicídio bebendo lysol.Disse-nos o Fumaça que, si não fosse

elle, a estas horas a Durvalina seria um•cadáver.

Era uma de menos I.*?'' Igual scena de suicídio fez a Ludovina

Liglit, por ciumadas e amores contrariados.Porque vocês, suas funecionarias, fazem

essas fitas e não se suicidam mesmo deverdade ?

sv' 0 conhecido garganta Miguel, quandobrigou com a Isaura da zona Mem de Sá,trouxe a zinlia de canto chorado, mas quandonovamente se avaccalliou com ella andoudesmentindo o que dissera.

Bem fez a Edith que não quiz dar con-fiança a esse zinho !

,t3T Pergunta-se ao Leal o que vai fazertodos os dias em casa da Joanninha da zonaMem de Sá 56.

Si a sua zinlia da zona Lavradio sabe,temos encrenca na zona !

SS' Pediu-nos o Ciccro Barbeirinho quechamemos a attenção do Miguel para o pro-cedimento do seu amigo Leal, por quem aIsaura se diz apaixonada.

Então você não sabe, seu Cicero, que oMiguel diz não fazer caso dessas coisas por-que tudo ficava em... familia ?

ser Diz o Silva que, depois da publica-ção da nota sobre a differença que a Philóanda fazendo á Odette Bem. . .gallinha, aaltista anda ranzinza p'ra burro.

Luxos de velha, seu Silva !<ts' O Walter, para satisfazer o pedido

que lhe fizera a Laura do 11 zona Riacluie-lense, comprou seis vidros da Loção Danzi,maravilhoso especifico contra a caspa e quedado cabello.

Fez muito bem a Laura porque o Walter,além de muita caspa que tem, está quasificando careca I

»sr Contou-nos um amigo do Fumaça quea Durvalina Irmã de Caridade já está com oslábios cicatrizados das queimaduras do lysolna noite em que tentou sulicidar-se.

Bom proveito 1LINGUA DE PRATA.

*à í;i.í. .lapoiieza

Não ha outra que torne a pelle maia

macia. Dá ao cabello a côr que se desejs.

E' tônico, faz crescer o cabello e extirpa

a caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 e

Hospicio, 164 e 166.

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyraml-dal trabalho do bestuuto do incomparavel Va-gabundo, 2*000; pelo Correio, 2J500.

SCENAS DE ALCOVA - Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1JÇ500;pelo Correio, 2ÍO00.

AMORES DE UM FRADE — (3- edição,n. 1 da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO -(n. 2 da «Col-lecção Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-iinido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis1

CASTA SUZANNA — (11. 4 da «Collec-ção Amorosa»)— Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zelia e Lúcio d'Ainour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-ché de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1Í000; pelo Correio1*500.

CONTOS RÁPIDOS - Estão pu-bl içados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores, N. 10, FamiliaModerna e N. II, Na Zona...

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados sãoillustrado» com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

CDOs pedidos dirigidos ao nosso escripto-

rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes ou dinheiro e endereçados a

ALFREDO VELLOSO, Rua do Hospicio, 218.

Licor TibainaO melhor petrifica-

— dor do sangue —¦

GRANADO & C. - Rua \° de Março, 14

fevSS ifífhnsCD

...a Benedicta fazendo falsidades ao NenenOctacilio das Agitas e Obras Publicas...

.. .a Marietta Chantecler na zona Passeiopromettetido certos amores a um viciado...

...na zona Ouvidor a Malvina acompa-nhada do seu eterno marchante...

... ua zona Gomes Freire a Reginafazendo fitas por não ter certo chauffeur cor-respondido á sua... espectativa...

...na Avenida Rio Branco a Zulmiraquerendo passar por cocolte chie...

...na zona Sete de Setembro a Belmiracomprando um chapéo de palha...

...na zona Carioca a Annita Russinltacavando quem lhe pagasse a entrada para o«Cinema íris.....

...o Miguel avaccalhando-se com a Isaura...VÈ TUDO.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado, 18 do corrente, ás 3 horas da tarde

300 — 11°

I00:000$000Bilhete inteiro 8$000 — Décimos a

Bilhetes á venda em todas ascasas lotericas

Eu queria que tu fosses,Rozinha, hoje ao meu chateou;Dou-te vinho, dou-te docesE inda outra coisa te dou.

ZÉ.

BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

646-45—148 783-81—782 579-77-378

037—38—639 036—33—935 261-63-864DEZENAS

50-98—27—89-01 -09-26-00-72-15-42

CENTENAS496-910-837-365-184-397

DON FELICIO.

8 =§_g] )-( O RIO NU )-( g2_= H___- II de Julho de 191-1 f___

Sj1 Poeça de expressai

____________________. ....i_,......_-.....,,v _.,.,„, ¦;--;— -. «_-_.y-.y-j

Não sei qual das duas merece mais elogios, pois ambas são bellas e elegantes.Então, entre nós duas, seu coração balança ?

O coração, menina? Isso é muita força de expressão...

Jkj@@r N. -1 — O TIO EMPATAN. _2 — A MULHER DE FOGON. 3 — O. ENGRACIAN. A — FAZ TUDO...N. 5 — A VIUVA ALEGREN. 6 — O Menino do Gouveia

N. 7 — A PULGAN. S — O Correio do AmorN. S— DOLORESN.-IO- Familia ModernaN. 1 -1 - NA ZONA...N. -1 2 - O Brinquedo (Em preparo)

Contos RápidosA' venda em nosso escriptorio