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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS Curso: FONOAUDIOLOGIA Organizador(es): LUCY JANE DANTAS E MARCOS HENRIQUE BORGES

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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso: FONOAUDIOLOGIA

Organizador(es): LUCY JANE DANTAS E MARCOS HENRIQUE BORGES

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SUMÁRIO

QUESTÃO Nº Discursiva 3

Autor(a): Eliana Souza da Costa Marques

QUESTÃO Nº Discursiva 4

Autor(a): Yvone Portilho do Nascimento

QUESTÃO Nº Discursiva 5

Autor(a): Christina Guedes de Oliveira Carvalho

QUESTÃO Nº 09

Autor(a): Eliana Souza da Costa Marques

QUESTÃO Nº 10

Autor(a): Sandra de Freitas Paniago Fernandes

QUESTÃO Nº 11

Autor(a): Luciana Martins Zuliani

QUESTÃO Nº 12

Autor(a): Ellia Christinne de Lima França

QUESTÃO Nº 13

Autor(a): Eliane Faleiro de Freitas

QUESTÃO Nº 14

Autor(a): Sílvia Ramos

QUESTÃO Nº 15

Autor(a): Ýleris de Cássia de Arruda Mourão

QUESTÃO Nº 16

Autor(a): Allan Kardec Gomes De Menezes

QUESTÃO Nº 17

Autor(a): Cláudia Cruvinel Câmara

QUESTÃO Nº 18

Autor(a): Sandra de Freitas Paniago Fernandes

QUESTÃO Nº 19

Autor(a): Thelma Iris Perini

QUESTÃO Nº 20

Autor(a): Tânia Maestrelli Ribas

QUESTÃO Nº 21

Autor(a): Danya Ribeiro Moreira

QUESTÃO Nº 22

Autor(a): Christiane Camargo Tanigute

QUESTÃO Nº 23

Autor(a): Tânia Maestrelli Ribas

QUESTÃO Nº 24 (Anulada)

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Autor(a): Rosane Cunha Lima

QUESTÃO Nº 25

Autor(a): Viviane Pacheco Santana de Brito

QUESTÃO Nº 26

Autor(a): Lucy Jane Dantas

QUESTÃO Nº 27

Autor(a): Lucy Jane Dantas

QUESTÃO Nº 28

Autor(a): Christiane Camargo Tanigute

QUESTÃO Nº 29

Autor(a): Ângela Silveira Guerra Silva

QUESTÃO Nº 30

Autor(a): Cejana Baiocchi Souza

QUESTÃO Nº 31

Autor(a): Christina Guedes de Oliveira Carvalho

QUESTÃO Nº 32

Autor(a): Éllia Christinne de Lima França

QUESTÃO Nº 33

Autor(a): Sumaya Leão Tavares

QUESTÃO Nº 34

Autor(a): Christina Guedes de Oliveira Carvalho

QUESTÃO Nº 35 (Anulada)

Autor(a): Celina Kassumi Kunieda Suzuki

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QUESTÃO Nº Discursiva 03

Um fonoaudiólogo, com o objetivo de divulgar seus serviços e atrair clientes, criou uma página em rede social onde compartilha informações gerais à população sobre alterações fonoaudiológicas e seus tratamentos. Nas últimas semanas, ele tem compartilhado fotos que tirou junto com os clientes durante os atendimentos, além de montagens fotográficas, que mostram a situação do cliente antes e depois do tratamento fonoaudiológico, o que aumentou significativamente o número de visitas feitas à página. Com base nesse caso, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Avalie a conduta ético-profissional do fonoaudiólogo no que diz respeito ao uso da rede social. (valor: 6,0 pontos) b) Apresente duas estratégias que podem ser implementadas pelo fonoaudiólogo para aumentar a sua clientela e valorizar a profissão e que estejam de acordo com o respectivo código de ética. (valor: 4,0 pontos)

Padrão de resposta: a) O estudante deve indicar que a conduta do fonoaudiólogo deve ser pautada na obtenção da autorização por escrito dos clientes para o uso de suas imagens em mídias sociais. Caso não tenha havido a autorização prévia dos clientes, a conduta do fonoaudiólogo terá sido inadequada, considerando-se os princípios de conduta ética do fonoaudiólogo, por expor a privacidade dos clientes em rede social, sem sua (ou de seu responsável) autorização por escrito para publicação de suas fotos em atendimento. Aspectos relacionados à privacidade do cliente e a infrações éticas com relação ao sigilo profissional estão previstos no código de ética da profissão. Adicionalmente, além de destacar a necessidade da autorização para a publicação das imagens, o estudante pode avaliar que a conduta do fonoaudiólogo em relação ao uso da imagem do antes e depois pode configurar uma maneira de induzir o público leigo a respeito de benefícios que extrapolam a realidade específica de cada caso. b) O estudante pode elencar propostas como: palestras e orientações à comunidade, a instituições educacionais e religiosas, bem como a profissionais em geral; fazer uso das redes sociais e/ou meios de comunicação para publicação de conteúdos informativos de sua autoria, com base científica, em linguagem acessível, para promover e valorizar a profissão; divulgar, em mídias e/ou redes sociais, informações, textos e campanhas da área do fonoaudiólogo elaborados por sociedades científicas; colocar vídeos com tarja preta para não haver identificação do cliente; solicitar autorização prévia assinada pelo cliente ou responsável quando for usar algum vídeo; solicitar aos clientes que façam depoimento a respeito do tratamento; dar entrevistas a meios de comunicação; realizar triagens em escolas e empresas; criar canal no youtube onde o fonoaudiólogo dará explicações e palestras a respeito de distúrbios fonoaudiológicos, prevenção e tratamentos; divulgar a fonoaudiologia na mídia social como um todo, sem usar um caso específico; realizar um bom trabalho, que acabará tendo a indicação de “boca em boca”; realizar momentos de perguntas e respostas (chats) para população, para ajudar a divulgar a fonoaudiologia; melhorar a formação profissional (especialização, cursos, pós, etc.) e divulgar; criar folders divulgando a fonoaudiologia/ prevenção; divulgar a fonoaudiologia em outras clínicas, hospitais e para outros profissionais; elaboração de aplicativos para monitorar o tratamento do cliente; ao invés de expor o cliente, fazer um desenho animado, contando um caso real; fazer vídeos/aulas para população.

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Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Conduta ético-profissional do fonoaudiólogo no que diz respeito ao uso das mídias sociais na divulgação e publicidade profissional e sigilo profissional

Autor(a): Eliana Souza da Costa Marques

Comentário: O padrão de resposta está bem adequado e se aplica ao esperado uma vez que , espera-se do profissional, conhecimento sobre os conteúdos ministrados na disciplina deontologia sobre código de ética e uso das redes sociais desde a sua graduação. É dever do profissional estar atualizado com o Código de Ética vigente, a fim de exercer a profissão de modo legal.O Código de ética, em sua reformulação,trouxe assuntos atuais principalmente sobre este conteúdo Capítulo X Dos Veículos De Divulgação, Informação E Comunicação, na Seção I Da Propaganda E Da Publicidade no Art. 35. Para além da legislação, existe ampla divulgação nas redes sociais do Sistema de Conselhos para manter o fonoaudiólogo bem informado.

Referências: Código de Ética da Fonoaudiologia, Lei 6965/81; Site do Conselho Federal de Fonoaudiologia. Lei nº 12.737 de 30/11/2012 Ementa DISPÕE SOBRE A TIPIFICAÇÃO CRIMINAL DE DELITOS INFORMATICOS; ALTERA O DECRETO-LEI 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 - CODIGO PENAL; E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. Apelido LEI DOS CRIMES CIBERNÉTICOS , LEI CAROLINA DIECKMANN

QUESTÃO Nº Discursiva 04

O informe epidemiológico sobre o monitoramento dos casos de microcefalia do inistério da Saúde retrata que, no Brasil, até 25 de junho de 2016, 8 165 casos foram notificados. Desse total, 3 061 casos ainda estavam em investigação em julho do mesmo ano e, dos 5 104 investigados e classificados, 1 638 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central sugestivos de infecção congênita, e 3 466, descartados. BRASIL. Ministério da Saúde. Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública sobre Microcefalias. Informe epidemiológico n. 14: monitoramento dos casos de microcefalia no Brasil. Inf. Epidemiol. v. 14, n. 7, p. 1-4 , 2016 (adaptado). Com base nas informações e nos dados do mapa apresentados, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Identifique a região com maior número de casos notificados de microcefalia e proponha três ações que possam ser desenvolvidas nessa região por um fonoaudiólogo integrante de uma unidade de atenção básica à saúde. (valor: 6,0 pontos) b) Apresente duas propostas de ação a serem desenvolvidas pelo

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fonoaudiólogo envolvido na atenção especializada de crianças com até 2 anos de idade com microcefalia. (valor: 4,0 pontos)

Padrão de resposta: a) O estudante deve identificar que a região Nordeste é a que apresenta maior número de casos confirmados de microcefalia. Diante disso, o fonoaudiólogo que trabalha na atenção básica nessa região poderá desenvolver estratégias de promoção à saúde com objetivo de diminuir o número de pessoas infectadas por esse vírus, já que pode haver uma relação das mães infectadas pelo vírus Zika e o nascimento de crianças com microcefalia. Algumas estratégias/ações são:

necessidades do território, que envolvam a adoção de medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, como a eliminação de criadouros; organizar mutirões e participar deles quanto à limpeza para combate ao Aedes Aegypti, mobilizando escolas, igrejas, comunidades.

Ações de educação em saúde para orientar a população quanto à medidas de proteção individual que as auxiliem a proteger-se da exposição aos mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça comprida e camisa de manga longa e utilizar repelentes específicos, especialmente para gestantes.

gestantes, assim como educação permanente para as equipes de saúde, como forma de identificação precoce de grupos de risco.

-natal.

da gravidez em casos de contaminação, contemplando aspectos relacionados a contracepção.

motor e cognitivo. casos de

diagnóstico de microcefalia.

ser também por via sexual. b) Possibilidades de propostas que o estudante pode apresentar:

nto materno;

linguagem; ar quando houver necessidade de vias alternativas da

alimentação;

habilidades cognitivas e sociais, da linguagem e da motricidade orofacial;

sobre o desenvolvimento da criança com microcefalia e receber orientações sobre aspectos alterados;

iva;

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Tipo de questão: média.

Conteúdo avaliado: Conhecimento sobre microcefalia e suas consequências; educação, promoção e prevenção à saúde; trabalho em equipe; objetivos do trabalho em fonoaudiologia na evolução motora e cognitiva da criança com alterações de causa neurológica.

Autor(a): Yvone Portilho do Nascimento

Comentário: Esta é uma questão sobre problemas comunitários bem atuais, envolvendo saúde coletiva, saúde pública no Brasil e trabalho em equipe intradisciplinar. É, portanto, um assunto pertinente em qualquer profissão da área da saúde, devendo seu conteúdo ser abordado em todos os cursos de fonoaudiologia. O estudante deve demonstrar seu conhecimento a respeito, pela sua relevância.

Referências: 1. Teixeira, Carmen Fontes. Modelos de atenção à saúde no SUS: propostas de

mudança. 2016. Disponível em http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=126&id=1529

2. Paim, Jairnilson Silva e Almeida Filho, Naomar de 9ORGS.). Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora: Medbook, 2014.

3. Tomé, Marileda Cattelan (org.) Dialogando com o coletivo - Dimensões da saúde em Fonoaudiologia. Santos Editora, 2009.

4. Vieira, Raymundo Manno (org.). Fonoaudiologia e Saúde Pública - 2ª Ed. revista e ampliada. São Paulo: Pró Fono Departamento Editorial, 2008.

5. Lipay, Maíra Somenzari e Almeida, Elizabeth Crepaldi de. A fonoaudiologia e sua inserção na saúde pública. Revista de Ciências Médicas, v.16, n 1, 2012. Disponível em: https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/view/1073

QUESTÃO Nº Discursiva 05

Um jornalista com 35 anos de idade foi contratado por uma emissora de TV para apresentar o jornal local. Dado que nunca havia trabalhado como telejornalista, ele procurou um fonoaudiólogo para aprimorar a técnica vocal. Na avaliação, o fonoaudiólogo constatou: presença de sotaque, velocidade de fala aumentada, ressonância nasal, articulação travada e intensidade de voz diminuída. Considerando o caso clínico apresentado, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Discorra sobre a atuação do fonoaudiólogo no telejornalismo nos dias atuais. (valor: 3,0 pontos) b) Apresente quatro estratégias terapêuticas a serem propostas pelo fonoaudiólogo, no que se refere aos aspectos constatados na avaliação. (valor: 4,0 pontos)

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c) Cite três orientações sobre saúde vocal a serem dadas pelo fonoaudiólogo ao cliente. (valor: 3,0 pontos)

Padrão de resposta: a) O estudante deve mencionar que o fonoaudiólogo atualmente tem como objetivo trabalhar a qualidade vocal do telejornalista, a expressão facial, os gestos, a postura, tendo em vista uma comunicação mais natural, que aproxime o profissional do seu público. b) O estudante pode apresentar estratégias como:

, trabalho articulatório, leitura com gravação para identificação dos fonemas.

salmodiada e exercícios do copo no nariz ou na boca. Observar os tipos de ressonância (oral, nasal, cabeça ou peito). Trabalhar a produção dos diferentes tipos de ressonância e projeção da voz.

alta. Articulação exagerada durante leitura e pausas em pontos determinados; uso de exercícios com trava línguas. Trabalhar com leitura de textos com símbolos, pedindo para o cliente diminuir a velocidade sempre que aparecer um determinado símbolo;

sciência articulatória (ponto e modo articulatórios) e projeção. Outras possibilidades são:

diferença, quando oral e quando nasal, através de bolinhas de isopor. lhar com técnicas de articulação exagerada e adequar para que

fiquem mais naturais. c) O estudante deve mencionar que, tendo em vista que o cliente utiliza a voz como instrumento de trabalho, é necessário orientá-lo quanto a cuidados como: ingerir bastante água ao longo do dia; realizar exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal antes e depois do uso intenso da voz; evitar o consumo de alimentos derivados do leite, chocolates e alimentos condimentados, preferindo os mais leves como legumes e verduras; evitar o tabagismo e uso de álcool; evitar sprays e pastilhas anestésicas. Outras possibilidades:

ouso vocal;

Tipo de questão: média

Conteúdo avaliado: o conteúdo avaliado foi abrangente e equilibrado, importante como conhecimentos básicos para a atuação em voz profissional, exigindo raciocício clínico e conhecimentos de abordagens terapêuticas.

Autor(a): Christina Guedes de Oliveira Carvalho

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Comentário: Há erros na correção da prova, em relação aos tipos de ressonância, que na verdade são: focos laríngeo, faríngeo, laringofaríngeo, nasal oral, que se referem à concentração excessiva de energia nas caixas de ressonância localizadas, principalmente, nas cavidades: laríngea, faríngea (ou em ambas), nasal e oral. Na ressonância equilibrada, há uma distribuião de energia e melhor amplificação de harmônicos, liberdade muscular para modificar ajustes e projetar a voz. Esse erro pode ter afetado a correção da prova. Outra crítica que faço é em relação ao termo ”trabalhar” para as estratégias propostas, embora seja amplamente utilizadas. Os termos corretos poreriam ser produzir, emitir, realizar, ou qualquer outro mais objetivo. Ainda como crítica, o proponente da questão associa intensidade vocal com articulação , enquanto seria melhor associar intensidade com a projeção vocal, evitando abusos e tensões na musculatura facial, laríngea e cervical, buscando a relação de menor custo e maiores benefícos para a voz.

Referências: Behlau, M. et al. Avaliação de Voz. Voz: o livro do Especialista. v. I. São Paulo: Revinter, 2008. Gama. A.C.C.; Kyrillos; Feijó, D. Org. Fonoaudiologia e Telejornalismo – relatos do IV Encontro Nacional de Fonoaudiologia da Central Globo de Jornalismo. São Paulo: Revinter, 2005.

QUESTÃO Nº 09

Os sistemas gráficos foram desenvolvidos para facilitar a comunicação dos usuários que apresentam distúrbios na linguagem. Os símbolos são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidade dos usuários. MENEZES, C. et al. Comunicação Suplementar a Alternativa: avaliação e princípios terapêuticos. In: MARCHESAN, I. Q. et al. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. 1 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2014 (adaptado). A partir das informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir, acerca do uso de símbolos em terapias fonoaudiológicas. I. Os símbolos devem estar relacionados aos seus significados convencionais. II. Os símbolos devem ser incorporados em situações contextualizadas nas terapias fonoaudiológicas. III. Os símbolos selecionados para o trabalho terapêutico devem atender às necessidades comunicativas individuais do cliente. É correto o que se afirma em: A I, apenas. B III, apenas. C I e II, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.

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Gabarito: D

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado: Refere-se ao uso de Comunicação Suplementar a Alternativa como recursos terapêuticos na atuação fonoaudiológica.

Autor(a): Eliana Souza da Costa Marques

Comentário: Em relação ao item I, está incorreto, pois os símbolos são de quatro tipos: Pictográficos - quando os desenhos apresentam uma semelhança física com aquilo que representam; Ideográfico– quando existe uma relação conceitual ou lóica com aquilo que representa; Arbitrários- Desenhos em que os significados obedecem as convenções pré estabelecidas.

Referências: Uso terapêutico de tecnologias assistivas : direitos das pessoas com deficiência e ampliação da comunicação / Amélia Augusta de Lima Friche ... [et al.]. -- Belo Horizonte : Nescon/UFMG, 2015.

QUESTÃO Nº 10

Na agenda das equipes de Saúde da Família, as ações de matriciamento devem priorizar o diálogo entre os profissionais da rede básica, para identificar demandas dos serviços. A partir dessa discussão, as equipes definem em conjunto as situações-objeto de intervenção do Apoio Matricial, em relações dialógicas e horizontalizadas. Considerando essas informações e a atuação do fonoaudiólogo na promoção da saúde do trabalhador, avalie as afirmações a seguir. I. O fonoaudiólogo deve atuar na organização da atenção básica e na Rede de Atenção Integral à Saúde dos Trabalhadores, restrigindo sua atuação a procedimentos de baixa complexidade. II. A triagem e o encaminhamento para avaliação e diagnóstico audiológicos de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, são atribuições do fonoaudiólogo. III. A organização dos fluxos de referência e contrarreferência na rede de saúde, de modo a garantir o cuidado resolutivo e de qualidade, faz parte da atuação do fonoaudiólogo. IV. Cabe ao fonoaudiólogo desenvolver ações de promoção e proteção da saúde, de vigilância e assistência, preservando o vínculo do trabalhador com a equipe de

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referência. É correto apenas o que se afirma em A I. B III e IV. C I, II e III. D I, II e IV. E II, III e IV.

Gabarito: E

Tipo de questão: médio

Conteúdo avaliado: SAÚDE COLETIVA: atuação do fonoaudiólogo na promoção da saúde do trabalhador

Autor(a): Sandra de Freitas Paniago Fernandes

Comentário: A questão 10 trata da atuação do fonoaudiólogo na promoção da saúde do trabalhador e traz as seguintes afirmativas para serem analisadas: I. O fonoaudiólogo deve atuar na organização da atenção básica e na Rede de Atenção Integral à Saúde dos Trabalhadores, restrigindo sua atuação a procedimentos de baixa complexidade. II. A triagem e o encaminhamento para avaliação e diagnóstico audiológicos de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, são atribuições do fonoaudiólogo. III. A organização dos fluxos de referência e contrarreferência na rede de saúde, de modo a garantir o cuidado resolutivo e de qualidade, faz parte da atuaçãodo fonoaudiólogo. IV. Cabe ao fonoaudiólogo desenvolver ações de promoção e proteção da saúde, de vigilância e assistência, preservando o vínculo do trabalhador com a equipe de referência. As afirmativas II, III e IV estão corretas. A afirmativa I está incorreta porque a atuação do fonoaudiólogo na promoção da saúde do trabalhador não se restrige a procedimentos de baixa complexidade. A atuação do fonoaudiólogo em saúde do trabalhador é importante nos ambientes de trabalho com agentes de risco para questões fonoaudiológicas a atuando também nas ações de vigilância em em saúde, o que inclui a identificação dos fatores determinantes dos agravos à saúde no trabalho, o diagnóstico dos agravos relacionados à Fonoaudiologia e a conscientização da população, visando a prevenção. Assim, o Fonoaudiólogo deverá participar das equipes de vigilância, dos CEREST, e dos NASF, atuando em assessoria, planejamento, programação, acompanhamento e avaliação das ações; assim como participar das discussões sobre a da organização dos processos produtivos e suas consequências no meio ambiente e na saúde (controle social) e no acompanhamento específico aos sujeitos expostos a esses riscos. Também deve atuar junto aos profissionais da Atenção Básica de Saúde orientando esses profissionais para uma melhor identificação dos trabalhadores em risco de desenvolver comprometimentos ou daqueles já com comprometimentos, facilitando um encaminhamento mais adequado dos casos e, inclusive, facilitando a notificação

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de problemas como as Perdas Auditivas Induzidas por Ruído – PAIR.

Referências: SANTANA, MCCP; BRANDÃO, KKCP, GOULART, BNG, CHIARI, BM. Fonoaudiologia E Saúde Do Trabalhador: Vigilância É Informação Para Ação. Rev. CEFAC. 2009

QUESTÃO Nº 11

Pessoas idosas têm procurado, cada vez mais, o atendimento na Otoneurologia, tanto para diagnóstico como para reabilitação das alterações do equilíbrio. As queixas de vertigem e/ou tontura, além dos relatos de quedas, são frequentes nesse grupo. A respeito desse tema, avalie as afirmações a seguir. I. As alterações e as doenças metabólicas, vasculares e ortopédicas podem ser causas das queixas labirínticas pelos idosos. II. O decréscimo fisiológico do controle do equilíbrio é um fator predisponente às quedas e refere-se à perda gradual das funções envolvidas nos processos centrais e sensitivos de propriocepção, visão e vestibulares nos idosos. III. A demência vascular, a hidrocefalia com pressão normal e as síndromes parkinsonianas associam-se a alterações da marcha, que são responsáveis pelas quedas dos idosos. IV. A reabilitação vestibular ativa em idosos costuma ter baixa efetividade devido ao processo fisiológico de envelhecimento e à ausência de neuroplasticidade. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B II e III. C III e IV. D I, II e IV. E I, III e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: Médio

Conteúdo avaliado: Otoneurologia, Equilíbrio, Envelhecimento, Reabilitação

Autor(a): Luciana Martins Zuliani

Comentário: Para respondê-la são necessários conhecimentos da área da otoneurologia, como

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saber identificar as causas das queixas e sintomas de desequíbrio, as principais doenças que geram manifestações de desequilíbrio e quedas nos idosos, conhecer os princípios e aplicações da Reabilitação Vestibular. O enunciado da questão já envolve o respondente ao assunto de interesse trazendo a temática da tontura no idoso e risco eminente de quedas com suposição terapêutica. As afirmativas envolvem o conhecimento das estruturas periféricas responsáveis pelas entradas sensoriais, apontam algumas possibilidades de doenças que acometem a população idosa, embora este item contemple uma doença não relacionada, o que faz com que a afirmativa esteja incorreta, e a última delas, também incorreta, atribui a reabilitação um papel limitado, o que não traduz a realidade da sua efetividade. O item é bem estruturado e não apresenta nenhum viés de interpretação.

Referências: 1- BOECHAT, Edilene.Martini. et al. (ABA). Tratado de Audiologia. 2ªed., Ed.

Santos. 2- SAUVAGE, Jean-Pierre; GRENIER, Hélène. Reabilitação Vestibular – Guia

Prático. Ed.Revinter, 1ªed., 2017. 3- MAIA, Francisco Carlos ZUMA e cols. Elementos práticos em

Otoneurologia. Ed.Revinter, 2ªed., 2011.

QUESTÃO Nº 12

Um recém-nascido pré-termo, com 32 semanas de idade gestacional e peso de 1 330 g, foi encaminhado ao setor de alto risco na UTI neonatal e entubado, em razão de problemas respiratórios. Após 20 dias, superadas as dificuldades respiratórias, o recém-nascido foi transferido para o setor de risco intermediário, em uso de sonda orogástrica para a alimentação. Na avaliação fonoaudiológica, manteve-se sonolento, com reflexo de busca inconsistente, sucções irregulares e língua posteriorizada. Nesse caso, a conduta fonoaudiológica a ser adotada é A introduzir alimentação por via oral e reduzir o complemento por sonda orogástrica. B encaminhar o recém-nascido a videodeglutograma, antes de iniciar a intervenção fonoaudiológica. C incentivar o aleitamento materno para melhorar o padrão de sucção e o posicionamento da língua. D incentivar o aleitamento materno para garantir que o recém-nascido se mantenha em estado de alerta. E realizar estimulação oral por intermédio da sucção não-nutritiva, com dedo enluvado ou mama vazia.

Gabarito: E

Tipo de questão: Médio

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Conteúdo avaliado: Desenvolvimento e amadurecimento do sistema estomatognático e das funções de sucção, deglutição, respiração, mastigação e fala. Avaliação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios oromiofuncionais. Amamentação.

Autor(a): Ellia Christinne de Lima França

Comentário A amamentação é a melhor fonte de alimentação do bebê, não só pelas questões nutricionais, imunológica, afetiva, como também para o desenvolvimento, crescimento e fortalecimento das estruturas do sistema estomatognático e para a realização de suas funções. Nos primeiros meses de vida, a sucção constitui a função necessária para a alimentação eficiente por via oral e o adequado desenvolvimento motor-oral. Para tanto, esta deve ser coordenada e harmônica, sendo necessários, entre outros fatores: reflexo de busca e de sucção, vedamento labial; adequada movimentação da língua e mandíbula; ritmo de sucção, eclosões de sucção alternadas com pausas; coordenação entre sucção/deglutição/-respiração. No Recém-nascido pré-termo-RNPT com tempo de gestação menor do que 34 semanas, a sucção pode ser imatura e limitada, devido à fragilidade do RN e à falta de coordenação do reflexo de sucção, deglutição e respiração, o que dificulta a alimentação por via oral. Portanto, o alimento é oferecido por sonda naso ou orogástrica, até que eles apresentem condições de coordenar a alimentação oral. Nesses casos, a atuação fonoaudiológica nos unidade neonatais de risco visa, dentre outros, à estimulação da sucção não-nutritiva (SNN), durante os períodos de alimentação por sonda, minimizando a privação sensorial e capacitando o RN a alimentar-se por via oral o mais precocemente possível. A SNN pode ser realizada com dedo enluvado, chupeta e/ou com o seio materno vazio. É realizada, frequentemente, concomitantemente à alimentação enteral, propiciando a maturação do reflexo de sucção; favorecendo a transição da alimentação por sonda para via oral; ganho de peso e redução da permanência no hospital.

Referências: ANDRADE,C.R.Et al Fonoaudiologia em Berçário Normal e de Risco. São Paulo: Lovise, 1996 BASSETO,M.C.A.Neonatologia-um convite à atuação Fonoaudiológica. São Paulo: Lovise, 1998. PERNAMBUCO, L,A; SILVA, H.J; SOUZA, L.B.R; MAGALHÃES JR., H.V; CAVALCANTI, RVA . Atualidades em motricidade orofacial. São Paulo: Revinter, 2011

QUESTÃO Nº 13

Um menino com 9 anos de idade, aluno do 4º ano do ensino fundamental, foi

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levado pela mãe para avaliação fonoaudiológica. Ela relata que o filho é muito desastrado, costuma esbarrar nos objetos, queixa-se de dores de cabeça ao estudar e não gosta de escrever. Na avaliação fonoaudiológica, observou-se leitura silabada, trocas na escrita por traço de sonoridade, espelhamento de letras, inversão de letras nas sílabas e de sílabas nas palavras, dificuldade na organização de ideias para formar um texto e trocas na fala, como gato /‘Katu/, bolo /‘polu/, zebra /‘seba/ e janela /¿a’nεla/. Com relação a esse caso, avalie as condutas descritas a seguir, a serem adotadas pelo fonoaudiólogo. I. Encaminhar o menino para avaliação neurológica, oftalmológica e otorrinolaringológica, a fim de se investigar possíveis alterações. II. Trabalhar os processos de dessonorização, fazendo correspondência fonema-grafema. III. Orientar a família a incentivar a leitura e a escrita fora do contexto escolar. É correto o que se afirma em A I, apenas. B III, apenas. C I e II, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Linguagem escrita e aprendizagem infantil, e linguagem oral

Autor(a): Eliane Faleiro de Freitas

Comentário: A pergunta foi pertinente à realidade e conseguiu abranger os aspectos da linguagem, contemplando tanto a parte de leitura e escrita, como a da linguagem oral. Abordou os processos avaliativos e exigiu, por parte do candidato, refletir sobre a conduta do profissional do fonoaudiólogo com relação aos encaminhamentos necessários e à orientação familiar.

Referências: ACOSTA, V. et al. Avaliação da linguagem: teoria e prática do processo de avaliação do comportamento linguístico infantil. São Paulo: Santos Livraria e Editora, 2003.

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QUESTÃO Nº 14

Um homem com 27 anos de idade, professor do ensino fundamental há cinco anos, foi encaminhado ao fonoaudiólogo pelo médico otorrinolaringologista, que diagnosticou nódulos vocais bilaterais e fenda triangular do tipo médio-posterior. Na consulta com o fonoaudiólogo, ele relatou rouquidão; falhas na voz; fadiga vocal; perda de potência da voz, principalmente no final da semana; dores na região cervical; e 5 episódios de afonia. Com base nesses dados conclui-se que A as estratégias terapêuticas devem promover a adequação do comportamento vocal e a reabsorção da lesão nodular. B o desenvolvimento de nódulos vocais, alteração prevalente no sexo masculino, resultou do exercício de profissão considerada como fator de risco: o magistério. C a presença da fenda triangular médio-posterior, causada pela tensão ou esforço à fonação, evidencia tratar-se de um caso de disfonia funcional. D a reabilitação mediante o uso de técnicas de relaxamento corporal é suficiente, uma vez que o tipo de lesão apresentada resultou de tensão associada à fonação. E as técnicas de força-empuxo e ataques vocais bruscos devem ser utilizadas para a coaptação glótica

Gabarito: A

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Reabilitação para Disfonia Orgânico-funcional (nódulo vocal)

Autor(a): Sílvia Ramos

Comentário: A questão foi clara e objetiva, sendo de fácil raciocinio para resposta. A maior incidência de nódulos vocais em adulto é no sexo feminino, principalmente nas mulheres na faixa etária de 25 a 35 anos que utilizam a voz profissionalmente, sendo a reabilitação a alternativa mais indicada com exercícios para mobilização da mucosa e suavização na emissão, não sendo indicadas técnicas de força-empuxo e ataques vocais bruscos por propiciarem coaptação glótica com esforço.

Referências: Behlau,M O Livro do especialista Vol. III, Ed. Revinter, 2001

QUESTÃO Nº 15

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A Resolução n. 492/2016, do Conselho Federal de Fonoaudiologia, dispõe sobre a atuação do profissional fonoaudiólogo diante de casos de disfagia, como, por exemplo, a realização de aspiração das vias aéreas antes, durante ou após a execução de procedimentos fonoaudiológicos, quando necessário. A partir das informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Durante a realização de aspiração das vias aéreas é necessário e suficiente o uso dos seguintes equipamentos de proteção individual: luvas estéreis, capote, gorro, óculos e máscara. PORQUE II. A aspiração de vias aéreas superiores é um procedimento invasivo que deixa o fonoaudiólogo susceptível ao contato com secreções do indivíduo. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: A

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Procedimento de Aspiração na Fonoaudiologia

Autor(a): Ýleris de Cássia de Arruda Mourão

Comentário: O Conselho Federal de Fonoaudiologia afirma que a utilização dos seguintes equipamentos de proteção individual: luvas estéreis, capote, gorro, óculos e máscara, durante a realização de aspiração das vias aéreas é necessário e suficiente. Para avaliar a funcionalidade da deglutição de saliva em pacientes traqueostomizados à beira leito, muitas vezes o procedimento de aspiração de via aérea é necessário. Para realização do teste clínico, utilizando um marcador azul na língua para a coloração da saliva, em pacientes traqueostomizados por meio da coloração das secreções provenientes da aspiração traqueal serão necessários a utilização dos equipamentos de proteção individual: luvas estéreis, capote, gorro, óculos e máscara Qualquer evidencia do azul na aspiração através da cânula de traqueostomia seriam indicativas de que o paciente estaria aspirando e para proteção individual do fonoaudiólogo, este deve utilizar luvas estéreis, capote, gorro, óculos e máscara, durante a realização de aspiração das vias aéreas.

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Referências: 1. Marik PE. Aspiration pneumonitis and aspiration pneumonia. N Engl J Med.

2001 March 1 vol. 344, n. 9; 665-71 2. Padovani AR, Moraes DP, Mangili LD, Andrade CRF. Protocolo

fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia (PARD). Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007;12(3):199-205.

3. Devivitis, RA.; Santoro, PP.; Sugueno, LA. Manual Prático de Disfagia – diagnóstico e tratamento Editora Revinter Ed.2017.

4. Vieira, Thais. POP: Gerenciamento Fonoaudiológico de Reabilitação da Deglutição em âmbito Hospitalar. Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian/UFMS – Campo Grande/MS: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2017. 51p.

QUESTÃO Nº 16

Uma mulher com 33 anos de idade foi atendida em um Serviço Ambulatorial de Saúde Auditiva para adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI). Ela tem grande dificuldade de reconhecer a fala em ambientes ruidosos e se queixa de leve zumbido de pitch agudo bilateral. Na avaliação audiológica inicial, evidenciou-se perda auditiva sensorioneural bilateral de configuração descendente, os limiares variaram de 35 dB em 250 Hz a 90 dB em 8 000 Hz à direita e de 40 dB em 250 Hz a 85 dB em 8 000 Hz à esquerda. A cliente relatou já ter feito uso de AASI intracanal, que apresentava eco no som amplificado, o que a levou a desistir de usá-lo. Atualmente, trabalha como recepcionista em uma empresa e teme perder o emprego devido à sua condição auditiva. Relata, ainda, sentir muita vergonha de usar o AASI, pela questão estética e por receio de ser discriminada. A partir das informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O AASI selecionado deverá ser do tipo retroauricular com receptor no canal. PORQUE II. O aparelho retroauricular com receptor no canal possui flexibilidade nos parâmetros de amplificação e recursos tecnológicos, além de atender às necessidades estéticas pelo seu tamanho reduzido. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: D

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado:

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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO, ADAPTAÇÃO E REABILITAÇÃO AUDITIVA POR MEIO DE DISPOSITIVOS ELETROACÚSTICOS - APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL; Associar conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas de Avaliação Audiológica I e II aos conhecimentos referentes ao processo de seleção, indicação e adaptação dos AASI (aparelhos de amplificação sonora individual). -Realizar avaliação específica para a seleção e adaptação dos AASI.

Autor(a): Allan Kardec Gomes De Menezes

Comentário: A questão apresenta uma boa descrição do caso, porém a proposta da asserção e razão não foram claras e objetivas, apresenta margem para interpretações diversas, uma vez que o autor da questão usou duas asserções, uma complementando a outra. O ideal seria a proposta de asserção e razão. A asserção i está incompleta e dá margem para várias interpretações dificultando o acesso a proposta da resposta correta.

Referências: ALMEIDA, K. & IORIO,M.C.M . Próteses Auditivas; Fundamentos Teóricos e Aplicações Clínicas. São Paulo: Lovise, 1996, 224p. I .Q.; ALMEIDA, K . O processo de seleção e adaptação de aparelho de amplificação sonora para criança deficiente auditiva. In: CALDAS N;CALDAS NETO S & SIH,T . Otologia e Audiologia em Pediatria. São Paulo, Revinter , 1999. P. 247- 257. COUTO, C.M. , MENEGOTTO, I.H .. In PANHOCA, i& LACERDA, C . Considerações teóricas sobre a seleção de próteses auditivas em indivíduos com perda auditiva de grau severo e profundo Tempo de fonoaudiologia. São Paulo, Cabral Editora Universitária, 1997. P.99-122

QUESTÃO Nº 17

As habilidades auditivas são essenciais para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Nos últimos anos, a avaliação dessas habilidades, por meio dos testes de processamento auditivo, tem contribuído para a intervenção fonoaudiológica nas diferentes fases do ciclo de vida. Considerando a influência do processamento auditivo na aprendizagem escolar, avalie as afirmações a seguir. I. O baixo desempenho escolar de crianças com transtorno de processamento auditivo está relacionado às dificuldades de interpretação do que elas ouvem, principalmente em ambientes com sons competitivos e ruidosos. II. Crianças com transtorno de processamento auditivo têm dificuldade para identificação da ideia principal de um enunciado e baixa capacidade de interpretação de palavras, frases, anedotas, metáforas, trocadilhos e analogias. III. A avaliação do processamento auditivo surgiu como um meio de esclarecer

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manifestações auditivas que os testes convencionais não conseguiam explicar, pois, na maioria das vezes, apesar dos resultados dos testes convencionais serem compatíveis com a normalidade, persistiam queixas relativas ao uso funcional e eficiente da audição. É correto o que se afirma em A I, apenas. B II, apenas. C I e III, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: Média

Conteúdo avaliado: Processamento Auditivo Central

Autor(a): Cláudia Cruvinel Câmara

Comentário: A criança com Transtorno do Processamento Auditivo, apesar de ter a audição

periférica preservada a comunicação está prejudicada pela transtorno da passagem

dessa informação pela via auditiva até o córtex. Se eu não entendo o que é solicitado

o resultado dessa solicitação, estará também comprometida.

Os testes convencionais, audiometria e imititânciometria, avaliam o quanto o indivíduo

escuta e o Processamento avalia a função, como ele escuta e o que ele está fazendo

com aquilo que ele ouve.

Todas as alternativas verdadeiras.

Referências: BOECHAT, E. M.; MENEZES, P. L.; COUTO, C. M.; (orgs). Tratado de audiologia . 2ª Edição ampliada e revisada. São Paulo: Santos editora, ABA 2009-2011. 565p. PEREIRA, LD.; SCHOCHAT, E. Processamento auditivo central: manual de avaliação. São Paulo: Lovise; 1997. SCHOCHAT, E. Processamento Auditivo Central: Revisão da Literatura. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 5(1):24-30, 1998.

QUESTÃO Nº 18

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Um homem com 40 anos de idade que trabalha, há aproximadamente 20 anos, em uma usina de cana-de-açúcar, procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua região com queixa de zumbido e dificuldade para compreender a fala em ambientes ruidosos. Nessa situação, a conduta a ser adotada pelo fonoaudiólogo da UBS é A encaminhar o trabalhador à Vigilância Epidemiológica do município para a notificação do caso, pois trata-se de perda auditiva relacionada ao trabalho. B encaminhar o trabalhador a um serviço de saúde ocupacional do município, por intermédio de guia de referência e contrarreferência. C realizar triagem auditiva na UBS para caracterizar a Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados. D realizar acolhimento na UBS e encaminhar o trabalhador para o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, por intermédio de guia de referência e contrarreferência. E realizar acolhimento do trabalhador na UBS e preencher a ficha de investigação de Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados.

Gabarito: D

Tipo de questão: médio

Conteúdo avaliado: Saúde coletiva: conduta a ser adotada pelo fonoaudiólogo da UBS

Autor(a): Sandra de Freitas Paniago Fernandes

Comentário: A questão traz o caso de um homem com 40 anos de idade, trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar com queixa de zumbido e dificuldade para compreender a fala em ambientes ruidosos. Sobre a conduta a ser adotada pelo fonoaudiólogo da UBS é realizar acolhimento na UBS e encaminhar o trabalhador para o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, por intermédio de guia de referência e contrarreferência. De acordo com a Vigilância em Saúde do Trabalhador, o fono também deve atuar junto aos profissionais da Atenção Básica de Saúde orientando esses profissionais para uma melhor identificação dos trabalhadores em risco de desenvolver comprometimentos ou daqueles já com comprometimentos, facilitando um encaminhamento mais adequado dos casos e, inclusive, facilitando a notificação de problemas como as Perdas Auditivas Induzidas por Ruído – PAIR. Referência representa o maior grau de complexidade, para onde o usuário é encaminhado para um atendimento com níveis de especialização mais complexos, os hospitais e as clínicas especializadas. Já a contrarreferência diz respeito ao menor grau de complexidade, quando a necessidade do usuário, em relação aos serviços de saúde, é mais simples, ou seja, “o cidadão pode ser contra-referenciado, isto é conduzido para um atendimento em nível mais primário”(FRATINI, 2008, p.67), devendo ser este a unidade de saúde mais próxima de seu domicílio(FRATINI, 2008).

Referências:

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FRATINI, JRG; SAUPE, R; MASSAROLI, A. Referência e contra referência: contribuição para a integralidade em saúde – 2008. DOI:10.4025/cienccuidsaude.v7i1.4908

QUESTÃO Nº 19

Um fonoaudiólogo elaborou proposta de atuação para uma escola de Educação Infantil. Após a apresentação da proposta, surgiram demandas da equipe pedagógica e dúvidas acerca das competências atribuídas ao fonoaudiólogo em ambiente escolar. Considerando essa situação e o disposto na Resolução n. 387/2010 do Conselho Federal de Fonoaudiologia, avalie as afirmações a seguir, relativas à atuação do fonoaudiólogo educacional. I. As ações do fonoaudiólogo na escola devem ser independentes do planejamento educacional, para não interferirem no cronograma curricular. II. A partir das demandas da escola, cabe ao fonoaudiólogo propor intervenções nas turmas em que há alunos com dificuldades fonológicas, para adequação dos processos alterados. III. Compete ao fonoaudiólogo propor ações de saúde e cuidado vocal para os professores da escola, tais como o ensino de técnicas de relaxamento muscular da cintura escapular e cervical, para aqueles com queixa de rouquidão. IV. Diante de queixas sobre o barulho intenso no espaço escolar, o fonoaudiólogo deve propor melhorias no ambiente físico, como, por exemplo, adequações acústicas. É correto apenas o que se afirma em A I e IV. B II e III. C III e IV. D I, II e III. E I, II e IV.

Gabarito: C

Tipo de questão: Fácil

Conteúdo avaliado: Ações Coletivas em Saúde

Autor(a): Thelma Iris Perini

Comentário: Conteúdo fácil, as alternativas I e II são absurdas, podendo ser eliminadas facilmente.

Referências: LAGROTTA,M.G.M;CESAR,C.P.H.A.A Fonoaudiologia nas Instituições.São Paulo:Lovise,1997

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QUESTÃO Nº 20

Uma menina com 6 anos de idade, disfônica há 3 meses, foi encaminhada ao serviço de fonoaudiologia pelo otorrinolaringologista, com diagnóstico de lesão nas pregas vocais compatível com disfonia organofuncional, conforme imagem abaixo. Na consulta, sua voz foi avaliada por meio da análise perceptivo-auditiva e da análise acústica da voz, métodos que fornecem pistas valiosas a respeito das características vocais e contribui no follow up do tratamento. A imagem a seguir mostra a laringe da criança. Disponível em: <http://www.vozedisfonia.org.br>. Acesso em: 30 jul. 2016. Com base no quadro clínico e na imagem, avalie as afirmações a seguir. I. Na análise vocal perceptivo-auditiva dessa cliente, com utilização da escala GRBASI, os parâmetros roughness (rugosidade) e breathness(soprosidade) podem destacar-se. II. Na análise vocal perceptivo-auditiva dessa cliente, com utilização da escala GRBASI, o parâmetro asteny(astenia) pode destacar-se. III. Na análise acústica da voz realizada no início do tratamento, o jittere shimmer podem estar diminuídos. IV. A análise acústica da voz e a análise perceptivoauditiva são ferramentas confiáveis, de fácil utilização, rápidas e indolores para a cliente. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e IV. C II e III. D I, III e IV. E II, III e IV.

Gabarito: B

Tipo de questão: média para difícil

Conteúdo avaliado: Conceito de disfonia orgânico-funcional, avaliação perceptivo- auditiva e análise acústica

Autor(a): Tânia Maestrelli Ribas

Comentário O quadro apresentado caracteriza lesão de massa, como os nódulos vocais,bastante típico das disfonias orgânico-funcionais. Este tipo de disfonia decorre do uso indevido da voz, e comumente apresenta rouquidão (ruído na voz) e também é possível haver soprosidade na voz, parâmetros facilmente observados na avaliação perceptivo-auditiva. A astenia não é característica do quadro apresentado. Na análise acústica, os parâmetros jitter e shimmer podem estar alterados e não diminuídos.

Referências: Pinho, SR. Avaliação e tratamento da voz in Pinho, SMR, Fundamentos em Fonoaudiologia-Tratando os distúrbios da voz. 2ª ed. Guanabara Koogan. 2003.

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QUESTÃO Nº 21

Um recém-nascido sem indicadores de risco de perda auditiva falhou na triagem auditiva neonatal (TAN), realizada na maternidade com emissões otoacústicas evocadas por estímulos transientes. Quinze dias depois, no reteste, o resultado se repetiu. A timpanometria, realizada aos 3 meses de idade, revelou curva timpanométrica do tipo B na orelha esquerda e do tipo A na direita. As emissões otoacústicas evocadas por estímulos transientes estavam ausentes na orelha esquerda e presentes na orelha direita. O registro do potencial evocado auditivo de tronco encefálico com cliques é apresentado a seguir. Os valores obtidos na pesquisa da integridade da via auditiva, em 80 dBnNA, são apresentados abaixo. Lado esquerdo Lado direito Onda I: 3,51 ms Onda I:1,55 ms Onda III: 5,56 ms Onda III: 4,00 ms Onda V: 7,44 ms Onda V: 6,45 ms Interpico I-III: 2,05 ms Interpico I-III: 2,45 ms Interpico III-V: 1,88 ms Interpico III-V: 2,45 ms Interpico I-V: 3,98 ms Interpico I-V: 4,90 ms Esses resultados indicam A audição normal em ambas as orelhas. B alteração do tipo condutiva em ambas as orelhas. C alteração do tipo condutiva na orelha esquerda e audição normal na orelha direita. D alteração do tipo retrococlear na orelha esquerda e do tipo condutiva na orelha direita. E alteração do tipo condutiva na orelha esquerda e do tipo sensorioneural coclear na orelha direita.

Gabarito: C

Tipo de questão: média.

Conteúdo avaliado: Triagem Auitiva Neonatal e avaliação audiológica Infantil.

Autor(a): Danya Ribeiro Moreira

Comentário: O enunciado da questão está relacionado à Triagem Auditiva Neonatal realizada, antes da alta hospitalar, por meio da pesquisa das Emissões Otoacústicas Evocadas por Estímulo Transiente (EOAET), uma vez que a criança não apresentava nenhum Indicador de Risco para Perda Auditiva. Ao FALHAR nesta triagem, os pais foram orientados a retornar para o reteste, uma vez que a possível presença de vérnix ou de

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restos embrionários na orelha média impossibilitariam a captação das respostas das EOAET. No retorno, com 15 dias de vida, com a manutenção da resposta FALHA na pesquisa das EOAET, a criança foi encaminhada para realização de diagnóstico audiológico. Os resultados da avaliação audiológica na orelha esquerda “ ausência de respostas das EOAET e timpanograma B” sugerem presença de componente condutivo nesta orelha . Os resultados do PEATE corroboram a presença desta alteração condutiva uma vez que pode ser verificado um aumento das latências absolutas das ondas I,III e V , com latências interpicos preservadas e um limiar eletrofisiológico alterado. Na orelha direita os resultados encontram-se adequados para todos os testes realizados.

Referências: JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING. Year 2007 Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs. Pediatrics, v. 120, n.4, p. 898-921, 2007. LEWIS, D. R.; MARONE, S. A. M.; MENDES, B. C. A.; CRUZ, O. L. M.; NÓBREGA, M. Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva – COMUSA. Braz J Otorhinolaryngol. v.76, n.1, p.121-128, 2010. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v76n1/v76n1a20.pdf Acesso 12/05/2016. SOUSA, L. C. A.; PIZA, M.R.T.; ALVARENGA, K.F.; CÓSER,P.L. Eletrofisiologia da Audição e Emissões Otoacústicas-Princípios e Aplicações Clínicas, 3ª Ed, São Paulo: Novo Conceito/Saúde,2016.

QUESTÃO Nº 22

A Resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia n. 387/2010 dispõe sobre as atribuições e competências do profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional. O documento descreve as formas de atuação no ambiente escolar, abrangendo todas as etapas e modalidades de ensino, assim como todos os envolvidos no processo educacional. Com base nessa resolução, avalie as afirmações a seguir, a respeito da atuação do fonoaudiólogo em ambiente escolar. I. Um dos pressupostos do trabalho fonoaudiológico é a valorização da figura do professor em sala de aula como elemento capaz de ajudar o aluno a desenvolver e aperfeiçoar sua comunicação verbal pela linguagem oral e escrita. II. O fonoaudiólogo tem o compromisso de orientar os professores na avaliação de seus alunos de acordo com protocolos padronizados, com o objetivo de identificar, na linguagem espontânea e na nomeação de figuras trabalhadas em sala de aula, a ocorrência de distorções, omissões ou trocas de fonemas. III. O fonoaudiólogo deve incentivar o professor a elaborar atividades que priorizem a comunicação direta entre professor e alunos, por meio de exercícios de pronúncia de fonemas e de exercícios dos órgãos fonoarticulatórios. IV. O trabalho do fonoaudiólogo deve englobar não só aspectos preventivos nas áreas de comunicação oral e escrita dos alunos, como também inserir aspectos preventivos relacionados à saúde vocal dos professores, por meio de programas de orientação vocal. É correto apenas o que se afirma em

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A I e III. B I e IV. C II e III. D I, II e IV. E II, III e IV

Gabarito: B

Tipo de questão: média.

Conteúdo avaliado: conhecimento sobre a atuação do profissional Fonoaudiólogo na especialidade de Fonoaudiologia Educacional

Autor(a): Christiane Camargo Tanigute

Comentário: Importante o conhecimento, para uma atuação acertiva e não invasiva nas áreas afins. O conteúdo foi retirado da Resolução 387/2010, até o momento vigente em nosso CFFa.

Referências: Conselho Federal de Fonoaudiologia, resolução 387/2010

QUESTÃO Nº 23

Apresenta-se, a seguir, amostra da fala espontânea de um homem com 25 anos de idade.“situações /emocionais em que eu /dava uma importância grande né fatalmente eu acho que eu ficava nervoso né hã // hoje em dia muito menos porque com o passar dos anos né eu fui criando segurança né então né eu fui ganhando hã hã é segurança pessoal, auto confiança // não aparece sempre sempre sempre // em situações que eu não que eu não tenho o domínio né quando eu não domino uma situação // quando eu não tô senhor de mim ou quando eu ou quando eutô emocionalmente abalado né ou quando as circunstâncias me me deixam inseguro né ou quando eu vou ser eu vou ser testado vamos supor com plateia nova né se eu tenho aí né éééé uma reunião née é um público que já me conhece eu vou muito bem né e normalmente” Considerando os tipos de ruptura involuntárias do fluxo de fala, evidenciados nessa amostra, avalie as afirmações a seguir. I. A amostra de fala espontânea contém rupturas comuns e rupturas gagas. II. Na amostra de fala espontânea verificam-se rupturas comuns que são classificadas como interjeição, hesitação, repetição de palavra e repetição de segmentos. III. Rupturas gagas classificadas como bloqueio e repetição de sílabas estão

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presentes na amostra de fala espontânea. IV. Prolongamentos e pausas, que são rupturas gagas, são observados nessa amostra. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e IV. C III e IV. D I, II e III. E II, III e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: média.

Conteúdo avaliado: Avaliação da gagueira (tipologia das disfluências)

Autor(a): Tânia Maestrelli Ribas

Comentário: A amostra de fala apresentada é caracterizada por interjeições, repetição de palavras e de segmentos, e não apresenta repetição de sílabas e prolongamentos.

Referências: JUSTE, F.; ANDRADE, C. R. F. de. Tipologia das rupturas de fala e classes gramaticais em crianças gagas e fluentes. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, Barueri (SP), v. 18, n. 2, p.129-140, maio-ago. 2006.

QUESTÃO Nº 24 (ANULADA)

Na charge a seguir, Cebolinha conta ao Dinofauro, um simpático dinossauro azul sem mandíbula, seu sonho de ser o dono da rua. Disponível em: <http://www.imgrum.net>. Acesso em: 9 jul. 2016 (adaptado). Considerando o desenvolvimento da linguagem oral e a conversa entre os personagens dessa charge, avalie as afirmações a seguir. I. Ao substituir o fonema /r/, da palavra “rua”, pelo /l/, Cebolinha realiza o processo fonológico denominado simplificação da fricativa velar, comum em crianças com até 4 anos de idade. II. Ao substituir o fonema /r/, da palavra “queria”, pelo /l/, Cebolinha realiza o

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processo fonológico denominado simplificação de líquida, comum em crianças com até 4 anos de idade. III. Ao substituir o fonema /g/, da palavra “amigo”, pelo /f/, Dinofauro realiza o processo fonológico denominado ensurdecimento de fricativa, o qual não é esperado no desenvolvimento de crianças. IV. Ao substituir o fonema /t/, da palavra “entendo”, pelo /f/, Dinofauro realiza um desvio fonético não esperado no desenvolvimento de crianças. É correto apenas o que se afirma em A I e III. B II e IV. C III e IV. D I, II e III. E I, II e IV.

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: processo fonológico

Autor(a): Rosane Cunha Lima

Comentário: O conceito de processos fonológicos foi primeiramente concebido por Stampe(1973), e, a partir de suas idéias, esses processos têm sido revistos e ampliados, e pesquisas na área de aquisição da linguagem têm aplicado essa teoria a diferentes línguas. Segundo Stampe (1973: 1),um processo fonológico é uma operação mental que se aplica à fala para substituir, no lugar de uma classe de sons ou de uma seqüência de sons que apresentam uma dificuldade específica comum para a capacidade de fala do indivíduo, uma classe alternativa idêntica, porém desprovida da propriedade difícil. Os processos fonológicos servem, então, para facilitar a produção de sons, ou grupos de sons, pelas crianças. Grosso modo, podemos dizer que um som com certa propriedade “difícil” (em termos articulatórios, motores ou de planejamento) é substituído por algum outro que seja exatamente igual, mas desprovido dessa propriedade que o torna mais complexo para o pequeno falante. Por exemplo, a consoante líquida não-lateral representa, em geral, uma dificuldade para o pequeno falante, principalmente quando ela se encontra em posição intervocálica. Sendo um som de difícil produção, a criança poderá adotar várias estratégias, como (a) o simples apagamento da líquida não-lateral; (b) a semivocalização; ou (c) a substituição dessa líquida pela líquida lateral, de mais fácil produção ([l]). Além disso, é muito importante que fique claro que esses processos são inatos,naturais e universais. Isso quer dizer que todos os seres humanos ditos “normais”, em algum momento durante os primeiros anos de sua aquisição da linguagem, enfrentaram tais dificuldades e limitações.

Referências:

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1. HODSON, B. W.; PADEN, E. P. Phonological processes which characterize unintelligible and intelligible speech in early childhood. JSHD, n. 46, 1981. 2. LAMPRECHT, Regina Ritter. Os processos nos desvios fonológicos evolutivos: estudo sobre quatro crianças. Dissertação de Mestrado, PUCRS, Porto Alegre, RS, 1986. 3. LEONARD, Laurence B. Deficiência fonológica. In: FLETCHER, Paul; MacWHINNEY, Brian. Compêndio da linguagem da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 4. MORI, Angel Corbera. Fonologia. In: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (orgs.). Introdução à lingüística: domínios e fronteiras v. 1. São Paulo: Cortez, 2001. 5. MOTA, Andrea; OTHERO, Gabriel de Ávila; FREITAS, Joselaine Moreira de. A análise dos processos fonológicos. Não impresso, 2001. 6. OTHERO, G. A. Introdução ao estudo da história da língua portuguesa. Pará de Minas: Virtualbooks, 2003.

QUESTÃO Nº 25

Uma mulher com 52 anos de idade, com diagnóstico de diabetes melito tipo II e

hipertensão arterial sistêmica, foi atendida por otorrinolaringologista com queixa de

sensação de flutuação, crises de vertigem eventuais, sensação de plenitude auricular

e desconforto a sons intensos.

Foi solicitada avaliação otoneurológica e os resultados obtidos na audiometria

tonal liminar e na logoaudiometria estão representados a seguir. Na imitanciometria

foram verificadas curvas timpanométricas do tipo A e reflexos acústicos ipsi e

contralaterais, presentes bilateralmente.

Com base nesse caso, avalie as afirmações a seguir, relativas aos resultados

esperados da vectoeletronistagmografia.

I. Na calibração, espera-se encontrar traçado irregular dos movimentos oculares.

II. Na prova de rastreio pendular, espera-se encontrar curva sinusoidal do tipo I.

III. Na prova calórica com ar, espera-se que ocorra hiperreflexia ou preponderância

direcional.

IV. Na prova de pesquisa do nistagmo semiespontâneo, espera-se encontrar

nistagmo multidirecional.

V. Na prova de pesquisa do nistagmo espontâneo, de olhos abertos e fechados,

espera-se presença do nistagmo.

É correto apenas o que se afirma em

A I e II.

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B I e IV.

C II e III.

D III e V.

E IV e V.

Gabarito: C

Tipo de questão: médio.

Conteúdo avaliado:

Avaliação Otoneurológica – Exame da Vectoeletronistagmografia computadorizada.

Autor(a): Viviane Pacheco Santana de Brito

Comentário:

O enunciado do item descreve com clareza, os sinais e sintomas auditivos e vestibulares de um caso clínico classe de Hidropsia Endolinfática. As alternativas possibilitam mediante os possíveis resultados separar o que é esperado para este caso, do que seriam sinais centrais distintos e não compatíveis aos achados desta doença labiríntica. No item I, em função de ser esta uma alteração periférica, não se espera uma calibração irregular dos movimentos oculares, pois este é, via de regra, um sinal central. No item II, na prova do Rastreio Pendular, o achado de uma Onda sinusoidal tipo I, sugere resposta normal ou a possibilidade de um componente periférico, o que vai de encontro ao caso. No III, na Prova Calórica, tanto a Hiperreflexia, quanto a disfunção irritativa, podem ser encontrados nos achados de hiperexcitação do sistema vestibular, também comuns a este quadro. No item IV, não necessariamente, a não ser que a senhora estivesse em uma situação de crise, o nistagmo espontâneo estaria presente. Porém, vale ressaltar que, se presente, haveria o Efeito Inibidor da Fixação Ocular (EIFO). Embora, a questão esteja bem estruturada, o respondente necessitaria de conhecimentos prévios em avaliação otoneurológica e interpretação dos achados da VENG.

Referências:

1- BRONSTEIN, Adolfo; LEMPERT,Thomas. Tonturas - acompanha DVD

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Diagnóstico e tratamento - Uma abordagem prática. Ed.Revinter, 1ªed., 2009. 2- CHAYS, A Florant, A; ULMER, E. Vertigem e outras tonteiras. Ed.Revinter, 2ªed.,

2011. 3- MAIA, Francisco Carlos ZUMA e cols. Elementos práticos em Otoneurologia.

Ed.Revinter, 2ªed., 2011. 4- MAIA, Francisco Carlos ZUMA e; ALBERNAZ,Pedro Luiz MANGABEIRA CARMONA,

Sérgio. Otoneurologia Atual. Ed.Revinter, 1ªed.,2014.

QUESTÃO Nº 26

O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, instituído pelo Decreto n. 7.612/2011, ressaltou o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências da Organização das Nações Unidas. O Brasil tem avançado na implementação dos apoios necessários ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas as pessoas com deficiência e na equiparação de oportunidades para que a deficiência não seja utilizada como impedimento à realização de sonhos, desejos e projetos. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br>. Acesso em: 8 jul. 2016 (adaptado). Considerando essas informações e a perspectiva da inclusão plena das pessoas com deficiência em todas as esferas da vida social, avalie as afirmações a seguir. I. Unidades Básicas de Saúde são locais de acesso prioritário à pessoa com deficiência, dada sua proximidade geográfica e sociocultural com a comunidade que a circunda. II. Programas educacionais especiais para pessoas com deficiência proporcionam redução da segregação desses indivíduos na sociedade produtiva e devem ser implementados de maneira complementar ou suplementar ao ensino regular. III. Articulação intersetorial é fundamental para ampliar o alcance das ações nas áreas de educação, saúde, trabalho e emprego, lazer, cultura, transporte e moradia, além de potencializar o desenvolvimento da pessoa deficiente. É correto o que se afirma em A I, apenas. B II, apenas. C I e III, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.

Gabarito: E

Tipo de questão: média

Conteúdo avaliado: Atenção básica à saúde, inclusão da pessoa com deficiência na escola regular, articulação intersetorial.

Autor(a): Lucy Jane Dantas

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Comentário: A Unidade Básica de Saúde deve ser a porta de entrada de qualquer cidadão, respeitando o pricípio do SUS da Regionalização. Em relação à inclusão do aluno com deficiência na escola regular, sabe-se que todo ambiente escolar possibilita a aprendizagem e que ao se inserir na escola o aluno amplia sua visão de mundo, as vivências e as experiências, passando a ter mais possibilidades de conhecimento. Além de tudo, as ações públicas relacionadas à pessoa com deficiência devem estar interrelacionadas para propiciar a integralidadedo atendimento e a melhor qualidade de vida dessas pessoas.

Referências:

Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial. A inclusão escolar de

alunos com necessidades educacionais especiais - DEFICIÊNCIA FÍSICA. Brasília –

DF, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência no Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília – DF, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_pessoa_deficiencia_sus.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE. Princípios do SUS. Disponível em: http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da Pessoa com Deficiência: diretrizes, políticas e ações. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-da-pessoa-com-deficiencia

QUESTÃO Nº 27

Um fonoaudiólogo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), com base em um levantamento epidemiológico, verificou elevado número de gestantes em sua região. Elaborou e apresentou, então, para as equipes de saúde, um projeto de orientação sobre o aleitamento materno. Alguns profissionais da equipe manifestaram-se contrariamente à realização do projeto, alegando que esse trabalho não compete ao fonoaudiólogo, mas, sim, aos enfermeiros. Nessa situação, considerando o processo de trabalho em equipe interdisciplinar e o código de ética profissional, a conduta adequada do fonoaudiólogo é: A repassar o projeto ao enfermeiro da equipe, para que ele oriente as gestantes quanto ao posicionamento do recém-nascido durante a amamentação, pois essa função é restrita aos profissionais de enfermagem. B discutir com a equipe as competências do fonoaudiólogo e dos demais membros do Nasf, salientando que esse trabalho deve ser realizado em conjunto. C capacitar o enfermeiro da equipe quanto a práticas fonoaudiológicas relacionadas ao aleitamento materno para garantir um atendimento integral às gestantes.

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D reportar-se diretamente ao gestor e solicitar a remoção dos profissionais que se opuseram à realização do projeto, por sua conduta inadequada à postura esperada dos integrantes de uma equipe interdisciplinar. E concordar com os profissionais que se opuseram à realização do projeto e assumir o seu papel específico no Nasf, que é o de realizar a intervenção quando a criança apresenta hábitos deletérios, decorrentes da substituição do aleitamento materno pelo uso da mamadeira.

Gabarito: B

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Competências de atuação do Fonoaudiólogo e do Enfermeiro; trabalho interdisciplinar.

Autor(a): Lucy Jane Dantas

Comentário: Atualmente defende-se amplamente o trabalho interprofissional, que é um processo de convivência entre diferentes profissões em um espaço comum, atuando de forma em que haja um processo de comunicação e tomada de decisões compartilhadas para melhor resultados nos cuidados em saúde. Tanto o fonoaudiólogo quanto o enfermeiro têm papel fundamental dentro de uma equipe de saúde, no que se refere ao processo de aleitamento materno. Desta forma, quando ambos trabalham em consenso, juntamente co os demais profissionais da saúde, a mãe e o bebê são beneficiados com este trabalho colaborativo.

Referências: BRANDÃO, I. C. A. et al. O papel do enfermeiro na promoção ao aleitamento materno: uma revisão narrativa. 2011. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0649_0784_01.pdf Conselho Federal de Fonoaudiologia.Fonoaudiologia orienta posicionamento e pega adequada para amamentação. 2013. Disponível em: www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/2013/07/fonoaudiologia-orienta-posicionamento-e-pega-adequada-para-amamentacao/ ARRUDA, L. S.; MOREIRA, C. O. F. Colaboração interprofissional: um estudo de caso sobre os profissionais do Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (NAI/UERJ), Brasil). 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v22n64/1807-5762-icse-1807-576220160613.pdf

QUESTÃO Nº 28

A prática fonoaudiológica expõe profissionais e clientes ao contato com microrganismos. Uma forma segura e eficaz de evitar a contaminação é a utilização de equipamentos de proteção individual, tais como jaleco, gorro, óculos, luvas, entre outros. A respeito do uso do jaleco, assinale a opção correta.

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A O jaleco de tecido, após ser utilizado, deve ser retirado do local de atendimento e colocado em sacos de plástico para ser transportado. B O jaleco descartável deve ser utilizado pelo profissional quando há suspeita de que o indivíduo a ser atendido tem doença infectocontagiosa. C O jaleco descartável é de uso restrito às áreas de trabalho, visto que essa é uma medida de proteção própria para o indivíduo em atendimento. D O jaleco de tecido deve ser descontaminado antes de ser lavado. E O jaleco de tecido deve ser trocado ou lavado semanalmente, para se evitar contaminações.

Gabarito: A

Tipo de questão: fácil.

Conteúdo avaliado: Conhecimento em cuidados de biossegurança para o fonoaudiólogo

Autor(a): Christiane Camargo Tanigute

Comentário: Questão de conhecimento básico de todos os profissionais de Saúde.

Referências: NR32 da ANVISA

QUESTÃO Nº 29

A solicitação de avaliação fonoaudiológica em UTI neonatal para início da transição da alimentação para via oral em prematuros, deve observar alguns critérios, como estabilidade clínica, manutenção estável de saturação de oxigênio e aceitação da dieta enteral. RIBEIRO, F. G. S. M. Protocolo para transição da alimentação para via oral em prematuros. In: FURKIM, A. M.; RODRIGUES, K. A. Disfagia nas Unidades de Terapia Intensiva. São Paulo: Roca, 2014 (adaptado). Considerando esse contexto, avalie as afirmações a seguir. I. O termo disfagia funcional é adequado à descrição do quadro de prematuridade, pois o que ocorre é uma imaturidade de caráter transitório. II. O estímulo digital oferecido com dedo enluvado favorece a adequação do padrão e da força de sucção do prematuro, além do controle oral de volume de alimento introduzido. III. A transição para via oral pode ser feita diretamente no seio materno, com o apoio de técnicas de relactação ou pelo uso de utensílios.

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É correto o que se afirma em A II, apenas. B III, apenas. C I e II, apenas. D I e III, apenas. E I, II e III.

Gabarito: D

Tipo de questão:

Conteúdo avaliado: Disfagia infantil / Prematuridade.

Autor: Ângela Silveira Guerra Silva

Comentário: O controle oral de volume de alimento introduzido não está vinculado ao estímulo digital, que de fato objetiva um ganho do padrão e força de sucção. O estímulo digital já se inicia na fase pré-oral quando há ausência dos reflexos orais ante os estímulos oferecidos e quando não há oferta de volume via oral. O controle oral de volume de alimento dependerá da eficiência adquirida na coordenação da sucção, deglutição e respiração (SDR). A oferta de volume se inicia no estádio 2 da fase oral, quando é possível treino de coordenação SDR.

Referências: RIBEIRO, F. G. S. M. Protocolo para transição da alimentação para via oral em prematuros. In: FURKIM, A. M.; RODRIGUES, K. A. Disfagia nas Unidades de Terapia Intensiva. São Paulo: Roca, 2014

QUESTÃO Nº 30

O fonoaudiólogo que atua na área de estética facial reeduca as funções orofaciais para gerar efeitos positivos sobre a musculatura da região e, assim, suavizar rugas, sulcos e flacidez, por exemplo. Considerando a atuação do fonoaudiólogo e o processo de envelhecimento facial, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Por meio da intervenção terapêutica, o fonoaudiólogo atua nos músculos envolvidos na formação de cada ruga, respeitando a correlação entre os grupos musculares dos terços da face, reorganizando a dinâmica da mímica facial e adequando as funções de mastigação, de deglutição e de fala. PORQUE II. Quando se contraem, os músculos da face movimentam a pele, provocando depressões caracterizadas por linhas ou fossas perpendiculares à direção das fibras musculares que, com o tempo e a repetição desses movimentos,

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transformam-se em rugas. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: B

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: Intervenção miofuncional orofacial com enfoque estético.

Autor(a): Cejana Baiocchi Souza

Comentário: O trabalho fonoaudiológico em estética da face é uma área da Motricidade Orofacial

que busca atenuar os sinais do envelhecimento (PIEROTTI, 2004). Conforme dispôs

o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), por meio da Resolução CFFa nº 352,

5 de abril de 2008, a atuação em Motricidade Orofacial com finalidade estética visa

avaliar, prevenir e equilibrar a musculatura da mímica facial e/ou cervical, buscando a

simetria e a harmonia das estruturas envolvidas no movimento e na expressão,

resultando no favorecimento estético. Com o reequilíbrio muscular e a reeducação

funcional observa-se a suavização das rugas, dos sulcos, a melhora da flacidez

(PIEROTTI, 2004) e da definição de contornos que contribuem para o

rejuvenescimento da face (FRAZÃO; MANZI, 2010).

Durante a expressão facial, os músculos agem em diversas combinações, variando a

aparência (TASCA, 2002). Cada expressão é resultante da ação de vários músculos,

transmitida à pele pelo sistema músculo aponeurótico superficial (SMAS), situado

abaixo da hipoderme (TOLEDO, 2006).

Ao contraírem, os músculos movimentam a área da pele à qual estão fixados,

produzindo depressões em formas de linhas perpendiculares à direção das fibras dos

músculos, podendo transformar-se em rugas com o tempo, mesmo em pessoas

jovens, quando em excesso (PIEROTTI, 2004). Inadequações na dinâmica muscular

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durante a realização das funções de respiração, mastigação, deglutição e fala podem

contribuir para o processo de envelhecimento (MANZI; FRAZÃO, 2011).

A asserção I diz respeito à atuação fonoaudiológica no equilíbrio muscular e funcional

do sistema estomatognático com enfoque estético. A asserção II refere-se à

formação de rugas decorrente de mímicas orofaciais. Ambas são verdadeiras, porém,

a asserção II não justifica a I, por se tratar especificamente da formação de rugas de

origem mímica.

Referências: CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução CFFa nº 352. Jornal do CFFa, ano IX, n.37, abr./maio/jun., 2008. 26p. FRAZÃO, Y.; MANZI, S. Eficácia da intervenção fonoaudiológica para atenuar o envelhecimento facial. Rev. CEFAC. 2010. Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010005000124&lng=en&nrm=iso> Acesso em: set. 2011. MANZI, S.; FRAZÃO, Y. O prazer de se olhar no espelho e sentir-se bem – Fonoaudiologia estética facial. In: MANZI, S.; FRAZÃO, Y. Saúde e rejuvenescimento – você saudável por dentro e por fora. São Paulo: Pulso Editorial, 2011. p. 23-66. PIEROTTI, S. Atuação fonoaudiológica na estética facial. In: Comitê de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Motricidade Orofacial: como atuam os especialistas. São Paulo: Pulso, 2004. p.281-287. TASCA, S.M.T. Programa de aprimoramento muscular em fonoaudiologia estética facial (PAMFEF). São Paulo: Pró- fono, 2002. TOLEDO, P.N. Fonoaudiologia & Estética: a motricidade orofacial aplicada na estética da face. São Paulo: Lovise, 2006.

QUESTÃO Nº 31

Uma adolescente com 13 anos de idade participa, desde os seus nove anos, de atividades de teatro e canto coral desenvolvidas pela prefeitura do município em que vive. Tanto no teatro quanto no coral, sempre se destacou por sua facilidade em se expressar, embora apresentasse uma voz rouca na fala, notada pelo regente do coral. Ultimamente, ela começou a sentir dificuldades no canto, como incapacidade para emitir os sons mais agudos e “quebras” na voz; além disso, devido ao seu aumento de peso, tem evitado papéis de destaque no teatro. Comenta que não percebe mudanças na sua voz falada, mas conta que, quando fala ao telefone, as pessoas a confundem com sua mãe. Considerando o caso descrito, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. As atividades de promoção de arte e cultura durante o processo de crescimento dos indivíduos são válidas para o desenvolvimento da comunicação infantil, e o fonoaudiólogo deve participar de projetos dessa natureza com o objetivo de promover a saúde vocal dos sujeitos envolvidos e prestar assistência às crianças que começarem a apresentar alterações vocais ou de comunicação. PORQUE II. As atividades de teatro e de canto coral promovem o abuso vocal; portanto,

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se a disfonia funcional apresentada pela aluna tivesse sido tratada quando ela era mais nova, não teria evoluído para seu agravo na adolescência. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas.

Gabarito: C

Tipo de questão: difícil.

Conteúdo avaliado: voz clínica e desenvolvimento de voz profissional.

Autor: Christina Guedes de Oliveira Carvalho

Comentário: Considero a questão de nível difícil, pois aborda tanto questões clínicas, pois trata se de uma adolescente em provável muda vocal e possivelmente, com alterações estruturais mínimas em cobertura de pregas vocais e em desenvolvimento de voz profissional cantada, o que envolve necessidade de técnica vocal adequada e a ocorrência de possíveis abusos cometidos no ato do canto. Portanto, a questão exige raciocínio clínico complexo.

Referências: Behlau M.; Rehder, M. I. Higiene Vocal para o Canto Coral. São Paulo: Revinter, 1997. Behlau, M. Org. Voz: o livro do especialista. v 1. São Paulo: Revinter, 2008. Behlau, M. Voz: o livro do especialista. v 2. São Paulo: Revinter, 2005

QUESTÃO Nº 32

A norma de atenção humanizada ao recémnascido de baixo peso: método canguru (MC) é uma política pública que foi instítuida pela Portaria n. 693/2000, do Ministério da Saúde. Essa norma, em complemento aos avanços tecnológicos, reúne a humanização e a integralidade na assistência dirigida ao recémnascido e sua família. Considerando essas informações e as ações fonoaudiológicas no MC, avalie as afirmações a seguir. I. A avaliação semanal da mamada e a atuação no manejo clínico da

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amamentação integram as ações fonoaudiológicas do MC. II. O desenvolvimento de ações educativas de promoção e proteção à saúde em geral e da comunicação humana é uma das ações do MC. III. Entre as várias ações previstas no MC, incluem-se o manejo clínico da amamentação e a intervenção em disfunções orais dos recém-nascidos. IV. Incluem-se entre as ações do MC o incentivo e a assistência para a amamentação exclusiva até um ano de idade e sua prolongação até dois anos, acompanhada da introdução da dieta complementar. V. A identificação e a correção de possíveis disfunções orais dos recém-nascidos e a capacitação da mãe e da família para controle e intervenção são ações contempladas pelo MC. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I, III e IV. C I, IV e V. D II, III e V. E II, III, IV e V.

Gabarito: D

Tipo de questão: média

Conteúdo avaliado: Políticas Públicas de promoção e proteção ao aleitamento materno e saúde materno infantil. Desenvolvimento e amadurecimento do sistema estomatognático e das funções de sucção, deglutição, respiração, mastigação e fala. Avaliação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios oromiofuncionais.

Autor(a): Éllia Christinne de Lima França

Comentário : O Método Canguru, instituído pela Portaria GM/MS nº 1.683 de 12 de julho de 2007, é uma política pública e está sendo ampliado e fortalecido no Brasil. É um modelo de assistência perinatal voltado para a melhoria da qualidade do cuidado, que parte dos princípios da atenção humanizada; reduz o tempo de separação entre mãe e recém-nascido e favorece o vínculo; permite um controle térmico adequado; contribui para a redução do risco de infecção hospitalar; reduz o estresse e a dor do recém-nascido; aumenta as taxas de aleitamento materno; melhora a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do recém-nascido; propicia um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde; possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado do seu filho inclusive após a alta hospitalar; reduz o número de reinternações; e contribui para a otimização dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Cuidados Intermediários Neonatais. O elevado número de neonatos de baixo peso ao nascimento (peso inferior a 2.500g, sem considerar a idade gestacional) constitui um importante problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. Além disso, tem graves consequências médicas e sociais.

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O fonoaudiólogo no alojamento canguru é o profissional de saúde que atua no desenvolvimento de ações educativas de promoção e proteção à saúde em geral e da comunicação do recém-nascido, bem como promoção e proteção do aleitamento materno, no manejo clínico da amamentação, na identificação e intervenção de possíveis disfunções orais dos recém-nascidos e na capacitação da mãe e da família sobre os cuidados necessários. No Recém-nascido pré-termo-RNPT com tempo de gestação menor do que 34 semanas, a sucção pode ser imatura e limitada, devido à fragilidade do RN e à falta de coordenação do reflexo de sucção, deglutição e respiração, o que dificulta a alimentação por via oral. Nesses casos, a atuação fonoaudiológica nas unidade neonatais de risco visa, dentre outros, à estimulação do sistema sensóriomotor oral e a funções de sucção, respiração e deglutição capacitando o RN a alimentar-se por via oral o mais precocemente possível.

Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru. Manual Técnico. 2ª ed. Brasília-DF. 2011. Disponível em: www.saude. gov.br. Acesso em: 20 de abril de 2019. ______. Portaria n° 1.683 de 12 de julho de 2007. Aprova, na forma de anexo, a Normas de Orientação para a Implantação do Método Canguru. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jul. 2007, coleção 2, p. 84. ANDRADE,C.R.Et al Fonoaudiologia em Berçário Normal e de Risco. São Paulo: Lovise, 1996 PERNAMBUCO, L,A; SILVA, H.J; SOUZA, L.B.R; MAGALHÃES JR., H.V; CAVALCANTI, RVA . Atualidades em motricidade orofacial. São Paulo: Revinter, 2011

QUESTÃO Nº 33

A avaliação audiológica de uma criança deve ser vista como um processo e não como avaliação isolada. Muitas vezes, são necessárias diversas visitas da criança à clínica para que o profissional obtenha as informações e os resultados dos testes que permitam a conclusão do quadro . Considerando a realização de audiometria tonal e de logoaudiometria em uma criança de quatro anos, avalie as afirmações a seguir. I. O estímulo sonoro deve ser apresentado à criança através do campo sonoro, em vez de se iniciar diretamente pelos fones, porque permite que a criança conheça o som e aprenda a responder à sua apresentação, além de oferecer ao examinador um rápido levantamento da extensão da perda auditiva da criança. II. O estímulo acústico deve ser variado – ruído de banda larga, tom modulado, sons ambientais filtrados e estímulos vocais –, escolhendo-se o mais significativo para a criança. III. A audiometria lúdica infantil com fones permite a obtenção de respostas comportamentais da criança a estímulos acústicos em situação controlada, mediante uso de brinquedos simples, como os de encaixe. IV. A pesquisa do nível de alerta da fala é realizada com técnica ascendente em campo sonoro e depois, com fones, determinandose a menor intensidade para a qual a criança apresente reação de alerta, expressa por alguma mudança no seu

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comportamento ao receber o estímulo. É correto o que se afirma em A I, II e III, apenas. B I, II e IV, apenas. C I, III e IV, apenas. D II, III e IV, apenas. E I, II, III eIV.

Gabarito: C

Tipo de questão: fácil.

Conteúdo avaliado: Avaliação Audiológica Infantil

Autor(a): Sumaya Leão Tavares

Comentário: Na avaliação audiológica de uma criança de 4 anos, quando se suspeita que há uma perda auditiva, a realização da audiometria em campo, além de permitir à criança o conhecimento do estímulo empregado, fornece dados sobre os limiares de audibilidade mínimos, a tons puros, na melhor orelha. Desta forma, tem-se uma noção do possível comprometimento auditivo apresentado pela criança. Os limiares auditivos da criança em cada orelha somente podem ser obtidos, de forma real, com a pesquisa realizada por meio de fones e a técnica de encaixe é ,comumente, empregada nesta faixa etária. Nos casos em que são vericadas perdas auditivas severas ou profundas e, naqueles casos em que não exista linguagem oral expressiva, a pesquisa do limiar de alerta para fala faz-se necessária e é de grande importância para a escolha de qual metodologia deve ser empregada na habilitação/reabilitação auditiva da criança.

Referências: NORTHERN, J. L.; DOWNS, M. P. Audição na Infância. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 5ª edição, 2005, p.188-192. RUSSO, I.C.P.; SANTOS, T.M.M. Audiologia infantil. 3ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 1989.

QUESTÃO Nº 34

Um homem com 35 anos de idade sofreu acidente automobilístico e ficou hospitalizado por dois meses, com diagnóstico de traumatismo cranioencefálico. Após a alta hospitalar, foi encaminhado para avaliação fonoaudiológica, em que se constatou Afasia de Broca. Na avaliação, apresentou dificuldade em encontrar as palavras desejadas; fala lenta, com muitas interrupções e consciência de seus erros; compreensão preservada; consciência de suas dificuldades; e estado depressivo.

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A partir desse caso, avalie as afirmações a seguir. I. O fonoaudiólogo deverá investigar a extensão da lesão, a motivação do cliente e suas condições gerais de saúde, pois esses fatores interferem no sucesso do tratamento fonoaudiológico. II. O fonoaudiólogo deverá iniciar a terapia fonoaudiológica semanal com o cliente, estimulando a linguagem oral, valendo-se da plasticidade do sistema nervoso central. III. A utilização da comunicação suplementar e alternativa deverá ser indicada pelo fonoaudiólogo, pois houve lesão ao sistema nervoso central do cliente. IV. O cliente deverá ser encaminhado para tratamento psicoterápico antes da realização da intervenção fonoaudiológica, pois a depressão poderá impedir o progresso da fala. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B I e III. C II e IV. D I, III e IV. E II, III e IV.

Gabarito: A

Tipo de questão: média.

Conteúdo avaliado: Avaliação e terapia Linguagem nas Afasias

Autor(a): Christina Guedes de Oliveira Carvalho

Comentário: Questão de dificuldade média, mas que exige raciocínio clínico e conhecimento das características linguísticas do paciente com afasia de Broca, de neuroplasticidade e de da terapia de linguagem.

Referências: Jakubovick, R.; Cupello, R. Introdução à Afasia: Diagnóstico e Terapia. São Paulo: Revinter, 2005. Ortiz, K. Z. Distúrbios Neurológicos adquiridos: Linguagem e cognição. São Paulo: Manole, 2010.

QUESTÃO Nº 35 (ANULADA)

Algumas alterações craniofaciais presentes na síndrome do respirador oral podem ser observadas no personagem apresentado na figura a seguir: crescimento

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craniofacial predominantemente vertical, dimensões faciais estreitadas, protrusão da maxila e retrognatismo mandibular. Disponível em: <http://springfieldbound.wikia.com>. Acesso em: 8 jul. 2016. Considerando-se uma criança com as mesmas características craniofaciais desse personagem, e que apresente síndrome do respirador oral, avalie as afirmações a seguir, a respeito das possíveis alterações a serem encontradas na sua avaliação fonoaudiológica. I. A criança pode apresentar mastigação ineficiente acompanhada de hipotonia e hipofunção dos músculos elevadores da mandíbula. II. É possível que a criança apresente alteração de tônus com hiperfunção dos lábios e bochechas. III. Na avaliação dessa criança podem constar deglutição com ruído acompanhada de projeção anterior da língua, contração exagerada de orbicular e movimentos de cabeça. IV. A criança pode apresentar alteração dos fonemas labiodentais /f/ e /v/, dada a dificuldade de contato do lábio inferior com os dentes incisivos superiores. É correto o que se afirma em A IV, apenas. B I e II, apenas. C I e III, apenas. D II, III e IV, apenas. E I, II, III e IV.

Gabarito: ANULADA

Tipo de questão: fácil

Conteúdo avaliado: MOtRICIDADE ORAL- RESPIRAÇÃO ORAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO PROCESSO DE CRESCIMENTO CRANIODENTOFACIAL E NAS ESTRUTURAS MUSCULARES

Autor(a): Celina Kassumi Kunieda Suzuki

Comentário: Quando o padrão nasal de respiração é substituído pelo oral, uma série de mudanças posturais e estruturais são acarretadas , sendo que as principais ocorrem na morfologia craniofacial A respiração oral produz sérias alterações no aparato estomatognático que afetam o indivíduo estética e funcionalmente e as características do quadro clínico variam de acordo com o biotipo do paciente e o tempo em que o problema persiste. As alterações craniofaciais e dentários mais comuns na RO são: aumento vertical do terço inferior da face, arco maxilar estreito, palato em ogiva, ângulo goníaco obstuso; má oclusão dentária. Quanto aos aspectos orofaciais, o RO apresenta alterações de tônus e mobilidade de lábios, língua e bochechas, determinando menor eficiência na execução das funções

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estomatognáticas da mastigação, deglutição, fala e voz. Na fala, são descritas produções articulatórias com anteriorização da língua nos fonemas linguodentais; imprecisão nos fonemas bilabiais, ceceio anterior e lateral.

Referências: ANDRADE,C.R.Et al Fonoaudiologia em Berçário Normal e de Risco. São Paulo: Lovise, 1996. MAAHS, M.A.; ALMEIDA, S.T. Respiração Oral e Apneia Obstrutiva do Sono. Integração no Diagnóstico e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2017. MARQUESAN, I.Q. Avaliação e Terapia dos Problemas da Respiração. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan. 2005