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Economia Brasileira em PERSPECTIVA Ministério da Fazenda 13 Edição | Agosto - Outubro | 2011 a

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

13 Edição | Agosto - Outubro | 2011a

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Sumário Executivo

Atividade Econômica

Emprego e Renda

Inflação

Juros e Crédito

Política Fiscal

Setor Externo

Panorama Internacional

Especial – A crise na Zona do Euro

Glossário

Índice

7

9

27

43

53

69

83

97

121

134

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NOTA

O relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, publicado pelo Ministério da Fazenda, consolida e atualiza as principais variáveis econômicas do Brasil, com dados atualizados até 30 de novembro de 2011. O documento é resultado do trabalho conjunto dos seguintes órgãos deste Ministério: Secretaria de Política Econômica (SPE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Sumário Executivo

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

A dinâmica recente da economia brasileira

Nos anos recentes, o Brasil tournou-se um importante mercado para inversões produtivas, seja por conta de ações governamentais diretas, tais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, seja devido às inversões privadas de empresas nacionais e estrangeiras. Tais investimentos são importantes para a elevação da capacidade de oferta e somam-se a mercado doméstico mais dinâmico e a mercado de trabalho mais robusto.

Isso pode ser notado pelo comportamento da taxa de desemprego no país, que atingiu patamares mínimos históricos, como o registrado em outubro deste ano (5,8%), em contraste com a média de 8% observada nos países do G-20. No tocante à taxa de inflação, os números mais recentes já mostram considerável arrefecimento do IPCA, indicando a convergência da inflação para o centro da meta.

Diferentemente do quadro fiscal observado na Zona do Euro, o Brasil consolida a redução da dívida líquida em relação ao PIB, que passou de 54,8%, em dezembro de 2003, para 38,2%, em outubro de 2011. Além disso, destaca-se o forte comprometimento governamental com o resultado fiscal. Até o presente, o Governo Central já atingiu 94% da meta cheia de superávit primário do ano.

Em suma, a solidez nas contas públicas e no sistema financeiro nacional, o controle da inflação, a ênfase no mercado doméstico e, principalmente, nos investimentos, fortalecem o Brasil para enfrentar a crise econômica global e para continuar na rota de crescimento sustentado com plenas condições.

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Atividade Econômica

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Atividade Econômica

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No terceiro trimestre de 2011, o crescimento econômico seguiu um processo de acomodação, refletindo as medidas adotadas no início de 2011 e a piora no cenário global. Em ambiente internacional mais desfavorável, a estratégia do Governo é prosseguir consistente com os fundamentos macroeconômicos do país, além de promover o ingresso de investimentos produtivos e de adensamento de cadeias industriais, com qualificação da força de trabalho, estímulos à inovação tecnológica e investimentos em infra-estrutura.

Além do Programa de Aceleração de Crescimento, o Governo anunciou um conjunto de políticas para fortalecer a indústria doméstica, sintetizadas no Plano Brasil Maior. São medidas de comércio exterior, desoneração tributária, valorização aos produtos com maior conteúdo fabril local, dentre outros. Vale destacar, ainda, medidas para qualificação da força de trabalho, o Pronatec, a ampliação do Simples Nacional e a promoção da inclusão social por meio do Plano Brasil sem Miséria.

Com a aplicação dessas medidas, o crescimento voltará a acelerar nos próximos trimestres, liderado pela força do mercado doméstico.

Força da demanda doméstica sustenta o crescimento

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Atividade Econômica

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Crescimento do PIB (% trimestral, com ajuste sazonal)

Dados em: % trimestral,com ajuste sazonal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

PIB permanece estável no terceiro trimestre de 2011

A estabilidade do PIB no terceiro trimestre de 2011, em relação ao trimestre anterior, mostra a atividade econômica desacelerando, em virtude das medidas tomadas no início do ano para manter o crescimento sustentável do país e do aumento da incerteza sobre o desempenho da economia mundial.

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

III.2011

II.2011

I.2011

IV.2010

III.2010

II.2010

I.2010

IV.2009

III.2009

II.2009

I.2009

IV.2008

III.2008

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I.2008

IV.2007

III.2007

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IV.2006

III.2006

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I.2006

IV.2005

III.2005

II.2005

I.2005

0,0

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Atividade Econômica

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Exportação e Importação (% trimestral, com ajuste sazonal)

Exportações de bens e serviços Importações de bens e serviços

Dados em: % trimestral, com ajuste sazonal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

A despeito da crise, a demanda externa mostrou recuperação no terceiro trimestre

O crescimento da demanda externa líquida foi o destaque positivo do PIB no terceiro trimestre de 2011. Enquanto as exportações cresceram 1,8% em relação ao trimestre anterior, na série sazonalmente ajustada, as importações recuaram 0,4%.

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

III.2011

II.2011

I.2011

IV.2010

III.2010

II.2010

I.2010

IV.2009

III.2009

II.2009

I.2009

IV.2008

III.2008

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I.2008

IV.2007

III.2007

II.2007

I.2007

IV.2006

III.2006

II.2006

I.2006

IV.2005

III.2005

II.2005

I.2005

1,8

-0,4

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Crescimento do PIB: Demanda e Oferta (% a.a.)

2010 2011* 2012*

Dados em: % anual* Estimativas do Ministério da Fazenda

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Crescimento econômico: óticas da demanda e da oferta

Em virtude dos dados ocorridos no terceiro trimestre de 2011, a projeção para o crescimento do PIB em 2011 foi revisada de 4,5% para 3,8%. Para 2012, mantemos a estimativa de expansão de 5%. Do lado da demanda, o investimento seguirá crescendo mais do que o consumo das famílias, contribuindo, dessa forma, para o aumento sustentado da capacidade produtiva.

0

5

10

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20

25

Formação Bruta de Capital Fixo

Consumo do Governo

Consumo das Famílias

PIBServiçosIndústriaAgropecuária

Oferta Demanda

3,5

3,2

5,4

5,0

5,6

2,2

10,22,

5

2,2

3,8

3,8

5,2 2,

4

6,4

6,5

10,1

5,4

7,5

7,0

3,3

21,8

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Atividade Econômica

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Decomposição do Crescimento do PIB - Ótica da Demanda (% a.a.)

Demanda Doméstica Demanda Externa Líquida PIB

Dados em: % anual

* Estimativas do Ministério da Fazenda

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

A importância da demanda doméstica

A demanda doméstica continuará a ser o principal condutor da expansão econômica em 2011 e 2012. A difusão dos investimentos produtivos e a solidez do consumo das famílias sustentarão crescimento acima das expectativas de mercado ao longo dos próximos anos.

-3-2-10123456789

101112

0,2 5,0 2,7 5,3 7,5 6,9 10,3 4,7 5,6

2012*2011*201020092008200720062005200420032002

-1,4 -1,4 -1,7 -2,8 -0,9 -0,6-0,5

2.7

1.1

5.7

3.2

4.0

6.1

5.2

-0.3

7.5

3.8

5.0

1,7

7,5

2,71,1

5,7

3,24,0

6,15,2

-0,3

3,85,0

0,2

0,5

0,7

2,5

-0,1

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Crescimento do PIB em 2009 (% a.a.)

Dados em: % anual

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Revisão do PIB de 2009

Segundo os dados revisados para o PIB de 2009, a retração da renda naquele ano foi menos intensa, 0,3%, ante 0,6% na estimativa preliminar. O destaque foi a menor queda da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), de -10,3% na estimativa preliminar para -6,7% na definitiva. Com isso, a taxa de investimento (FBCF/PIB) passou a ser de 18,1% e poderá estar em torno de 20% em 2010, tendo em vista o crescimento maior da FBCF frente ao PIB em 2010.

Preliminar Definitivo

Oferta -0,6% -0,3%Agropecuária -4,6% -3,1%Indústria -6,4% -5,6%Serviços 2,2% 2,1%Demanda -0,6% -0,3%Consumo das Famílias 4,2% 4,4%Consumo da Administração Pública 3,9% 3,1%Consumo das instituições sem fins de lucro a serviços das familías n.d. n.d.

Formação Bruta de Capital Fixo -10,3% -6,7%Exportação de Bens e Serviços -10,2% -9,1%Importação de Bens e Serviços (-) -11,5% -7,6%

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Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (número-índice)*

Dados em: número-índice (2002=100)

* Dados dessazonalizados

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Atividade econômica em retração

Segundo o indicador de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), a atividade econômica brasileira mostrou crescimento de apenas 0,02% em setembro de 2011, na comparação dessazonalizada com o mês anterior. Numa análise trimestral, o IBC-Br aponta retração de 0,3% no terceiro trimestre de 2011, em relação ao trimestre anterior.

120

125

130

135

140

145

Set 2011

Ago 2011

Jun 2011

Abr 2011

Fev 2011

Dez 2010

Out 2010

Ago 2010

Jun 2010

Abr 2010

Fev 2010

Dez 2009

Out 2009

Ago 2009

Jun 2009

Abr 2009

Fev 2009

Dez 2008

Out 2008

142,13

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Atividade Econômica

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Índice de Produção Industrial (número-índice, com ajuste sazonal)

Dados em: número-índice, com ajuste sazonal (média 2002=100)

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Produção industrial arrefece

A produção industrial apresentou queda de 2,0% em setembro, na comparação com agosto, considerando-se o ajuste sazonal, e queda de 1,6% em relação a setembro de 2010. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a produção industrial registra expansão de 1,6%.

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135

Set 2011

Mai 2011

Jan 2011

Set 2010

Mai 2010

Jan 2010

Set 2009

Mai 2009

Jan 2009

Set 2008

Mai 2008

Jan 2008

Set 2007

Mai 2007

Jan 2007

Set 2006

127,0

103,8

130,8 130,5 132,3

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Produção Industrial Regional - Setembro de 2011 (%)

Dados em: %* Dados com ajuste sazonal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Diferenças no comportamento da produção industrial por regiões

Os índices regionais apresentaram comportamento distintos no mês de setembro de 2011. Metade dos estados apresentou recuo em relação a agosto de 2011, destacando-se o Paraná, com recuo de -13,5%. A outra metade registrou crescimento, com destaque para Goiás, 8,8%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, apenas 5 dos estados pesquisados registraram variação negativa.

LocaisVariação (%)

Set / Ago* Set 2011 / Set 2010

Acumulado Janeiro - Setembro

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil -2,0 -1,6 1,1 1,6 Goiás 8,8 10,7 5,7 7,8 Amazonas 4,3 11,3 3,0 3,3 Espírito Santo 2,5 -0,1 8,2 7,8 Ceará 2,5 -8,6 -13,2 -11,3 Pernambuco 1,6 6,4 -1,4 -0,5 Nordeste 1,1 -2,3 -5,2 -4,2 Bahia 1,0 -0,7 -4,3 -3,9 Pará -0,2 4,8 2,7 4,9 Santa Catarina -0,8 -4,5 -3,9 -2,6 Rio Grande do Sul -1,4 2,8 1,9 1,7 Minas Gerais -2,7 -5,8 0,8 2,2 Rio de Janeiro -3,0 -0,1 1,3 2,3 São Paulo -4,2 -3,9 1,6 1,9 Paraná -13,5 1,5 4,4 4,2

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Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - NUCI (% com ajuste sazonal)

NUCI - CNI NUCI- FGV NUCI - FIESP*

Dados em: % com ajuste sazonal* Abrange apenas a indústria do Estado de São Paulo

Fonte: CNI, Fiesp e FGVElaboração: Ministério da Fazenda

Utilização da capacidade instalada também em moderação

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria, divulgado pela FIESP e pela CNI, apresentou recuo em setembro. Por outro lado, o NUCI da FGV, já referente ao mês de outubro, tem mostrado estabilidade.

75

77

79

81

83

85

87

89

Out 2011

Set 2011

Mai 2011

Jan 2011

Set 2010

Mai 2010

Jan 2010

Set 2009

Mai 2009

Jan 2009

Set 2008

Mai 2008

Jan 2008

Set 2007

Mai 2007

Jan 2007

Set 2006

81,6 82,0

83,5

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Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - NUCI (% com ajuste sazonal)

Setores com crescimento acima de suas respectivas médias históricas Setores com crescimento abaixo de suas respectivas médias históricas

Dados em: % com ajuste sazonal

* Período: 2000-2011

Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda

Utilização da capacidade instalada setorial

Apesar do recuo da utilização da capacidade instalada da indústria geral, os números mostram que mais da metade dos setores ainda opera acima de suas respectivas médias históricas.

NUCI por Setor Out 2010 Out 2011 Média do Setor*Indústria Geral 85,2 83,5 82,6Material de Construção 90,4 90,0 84,6Minerais não metálicos 89,6 88,4 84,4Duráveis de Consumo 88,7 86,3 80,7Material de Transporte 87,5 85,5 81,5Mecânica 83,8 84,6 81,9Produtos de Matérias Plásticas 89,2 84,5 83,7Bens de Capital 83,6 83,9 80,3Material Elétrico 82,0 82,1 76,5Bens de Consumo 85,8 81,9 80,2Outros Produtos 82,0 81,7 78,1Produtos Farmacêuticos 74,0 69,8 69,5Celulose e papel 93,4 90,6 92,4Bens Intermediários 86,5 85,1 86,2Metalurgia 88,2 84,7 88,6Vestuário e Calçados 85,8 84,4 84,7Química 85,0 84,0 84,5Têxtil 88,8 83,1 86,5Produtos Alimentares 83,7 80,3 82,1Mobiliário 78,6 77,4 77,8Não duráveis de consumo 82,0 76,3 79,9

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PMC PMC Ampliada*

Dados em: % acumulado em 12 meses até setembro de 2011

* Inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Vendas no comércio varejista em acomodação

Os resultados de setembro confirmam moderação do crescimento do comércio, em linha com o arrefecimento no consumo das famílias. Na desagregação setorial, 6 de 11 setores comerciais ainda estão com crescimento acima do apresentado pelo comércio varejista ampliado nos últimos 12 meses (9,6%).

7,7

9,6

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Set 2011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Set 2008

Combustíveis e Lubrif.

Hipermercados e supermercados

Hip., Super. Prod. Alim., Bebidas e Fumo

Outros art. de uso pessoal e doméstico

Tecidos, vestuário e calçados

Livros, jornais, revistas e papelaria

Art. Farm., médicos, ort., de perf. e cosm.

Material de construção

Veículos, motos, partes e peças

Equip. e mat. para esc., inf. e comunic.

Móveis e eletrodomésticos 17,9

16,6

12,9

11,1

10,9

10,6

6,7

6,3

4,5

4,4

3,0

Volume de Vendas no Comércio Varejista Volume de Vendas no Comércio Varejista : variação setorial

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Atividade Econômica

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Índices de Confiança: Indústria e Consumidor (pontos, com ajuste sazonal)

Índice de Confiança Consumidor Índice de Confiança Indústria

Dados em: pontos, com ajuste sazonal

Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda

Confiança na economia brasileira segue positiva

O índice de confiança da indústria mantém-se em patamar positivo, apesar do recuo observado nos últimos meses, em consonância com o arrefecimento da atividade industrial. Já o otimismo quanto ao futuro da economia registra, no Índice de Confiança do Consumidor, alta de 3,3% entre outubro e novembro de 2011, passando de 115,2 para 119 pontos.

80

90

100

110

120

130

Nov 2011

Out 2011

Set 2011

Ago 2011

Jul 2

011

Jun 2011

Mai 2011

Abr 2011

Mar 2011

Fev 2011

Jan 2011

Dez 2010

Nov 2010

Out 2010

Set 2010

Ago 2010

Jul 2

010

Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

Fev 2010

Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

Out 2009

Otimista

Pessimista 100,7

119,0

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Atividade Econômica

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Execução Orçamentária do PAC 2 (R$ bilhões)*

Dados em: R$ bilhões* Dados referentes a OGU Fiscal e Seguridade, Estatal e Privado

Fonte: MPOGElaboração: Ministério da Fazenda

Investimentos do PAC se intensificam

A execução orçamentária da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) apresentou grande crescimento, alcançando R$143,6 bilhões até 30 de setembro de 2011. Este valor representa 15% do total no período de 2011 a 2014 e mostra aumento de 66% entre junho e setembro. Até setembro, o PAC 2 alcançou volume de pagamento 22% superior em comparação com o mesmo período de 2010.

0102030405060708090

100110120130140150

2° Balanço 30 Set 20111° Balanço 30 Jun 2011

15% do total2011/14

9% do total2011/14

86,4 143,6

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Atividade Econômica

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Vendas de Bens de Capital por Segmento (%)

Dados em: variação percentual

Fonte: BNDESElaboração: Ministério da Fazenda

Vendas de bens de capital com cenário otimista

Projeções de vendas nominais por parte dos fabricantes de bens de capital apontam para cenário otimista. Para o terceiro trimestre de 2011, a projeção para o crescimento no setor é de 19,3% (em relação ao terceiro trimestre de 2010) e de 11,7% (em relação ao segundo trimestre de 2011). No total do ano, espera-se aumento de 8,8%, destacando-se máquinas agrícolas com 14,3%.

2T/2011 em relação a

3T/2011 em relação a

Crescimento Anual

Segmentos 2T/2010 1T/2011 3T/2010 2T/2011 2011/2010

Equipamentos não transporte 9,9 9,0 22,2 27,2 9,6

Equipamentos de transporte 11,9 20,6 18,2 3,5 8,0

Máquinas agrícolas 19,3 20,7 13,2 11,7 14,3

Todos 11,6 16,9 19,3 11,7 8,8

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Ministério da Fazenda

Atividade Econômica

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Dados em: R$ bilhões e % variação no período

Fonte: BNDESElaboração: Ministério da Fazenda

Perspectivas favoráveis para os investimentos

O crescimento do investimento em segmentos essenciais de infraestrutura será substancial ao longo dos próximos anos (54% no período compreendido entre os anos 2011 a 2014). O crescimento do investimento do setor industrial também será considerável (60% entre 2011 e 2014). Destaque para os setores de Petróleo & Gás e Químico.

Setores Valores (R$ bilhões) Crescimento

2006-2009 2011-2014 Var.% 2011-2014

Petróleo e gás 205 378 84Extrativa mineral 60 62 3Siderurgia 28 33 18Química 22 40 82Veículos 25 33 32Eletroeletrônica 20 29 45Papel e celulose 18 28 56Edificações 353 607 72Indústria 378 603 60

Setores Valores (R$ bilhões) Crescimento

2006-2009 2011-2014 Var.% 2011-2014

Energia elétrica 104 139 34

Telecomunicações 62 72 16

Saneamento 26 41 58

Ferrovias 20 60 200

Transporte rodoviário 30 51 70

Portos 5 18 260

Infraestrutura 247 381 54

Investimentos em Infraestrutura Investimentos na Indústria

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Ministério da Fazenda

Atividade Econômica

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Evolução dos Anúncios de Investimento (US$ bilhões)

Dados em: US$ bilhões

* Dados preliminares acumulados entre janeiro e outubro de 2011

Fonte: MDIC (RENAI)Elaboração: Ministério da Fazenda

Evolução dos anúncios de investimento no Brasil

Mesmo com a turbulência econômica internacional, a confiança das empresas na economia brasileira reflete-se na manutenção de elevados níveis de intenções de investimento. As oportunidades oferecidas pelo Brasil permitem projeção de crescimento dos investimentos nos próximos anos. Somente em 2011, os investimentos somarão US$ 282,2 bilhões.

0

50

100

150

200

250

300

2011 *2010200920082007200620052004

89,8 50,5 76,2 173,3 219,3 226,8 268,8 282,2

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Emprego e Renda

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Emprego e Renda

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Apesar da desaceleração do crescimento econômico nos últimos trimestres, o mercado de trabalho brasileiro continua mostrando sinais de robustez. A taxa de desemprego está nos menores patamares da série histórica (5,8% em outubro de 2011) e a criação de postos formais de trabalho mantém-se forte.

O vigor do mercado de trabalho brasileiro e as políticas sociais implementadas pelo Governo Federal garantem a continuidade da melhora nos indicadores sociais, em especial, a distribuição da renda. Isso provoca a migração de mais pessoas na pirâmide social brasileira, fazendo surgir uma nova e abrangente classe média no país.

Com vistas a dar maior sustentação a esses avanços sociais, o Governo Federal instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com o objetivo, dentre outros, de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio presencial e à distância, além de cursos e programas de formação inicial e continuada ou qualificação profissional. O programa é composto por ações múltiplas, com destaque para a ampliação de vagas e expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, além de financiamento estudantil focado para este público.

Educação profissional em expansão

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Ministério da Fazenda

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Ministério da Fazenda

Emprego e Renda

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Proporção da População Residente, por Situação do Domicílio 1950/2010 (% da população)*

População Urbana População Rural

Dados em: % da população

* Para o cálculo da taxa referente a 1950 foi utilizada a população presente em 1950. Para os anos seguintes foi utilizada a população residente

Fonte: IBGE (Censo Demográfico 1950/2010)Elaboração: Ministério da Fazenda

A maioria da população brasileira habita áreas urbanas

Os resultados do Censo Demográfico de 2010 mostraram que continua o processo de urbanização do Brasil. Desde meados da década de 1960, a população urbana superou a população rural. Esse processo de urbanização foi acompanhado da melhoria de vários indicadores, tais como a queda da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida.

0

20

40

60

80

100

2010200019911980197019601950

84,4

15,6

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Ministério da Fazenda

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Emprego e Renda

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Taxa de Analfabetismo segundo os Grupos de Idade (% da população)

2000 2010

Dados em: % da população

Fonte: IBGE (Censo Demográfico 1950/2010)Elaboração: Ministério da Fazenda

Queda generalizada da taxa de analfabetismo

Dados do Censo Demográfico 2010 mostram que, na última década, a taxa de analfabetismo caiu em todos os grupos de idade. Essa queda foi mais acentuada entre os mais jovens, diminuindo de 7,2% para 3,9% para a população entre 10 e 14 anos, e de 5,0% para 2,2% para a faixa dos 15 a 19 anos.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

65 anos ou mais

60 a 64 anos

55 a 59 anos

50 a 54 anos

45 a 49 anos

40 a 44 anos

35 a 39 anos

30 a 34 anos

25 a 29 anos

20 a 24 anos

15 a 19 anos

10 a 14 anos

2,2

2,8

4,0

5,8

7,4

9,3

10,5

12,3

15,7

20,4

29,43,

97,

2

5,0

6,7

8,0

9,7

10,8

12,4

15,7

20,3

25,5

29,1

38,0

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Ministério da Fazenda

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Emprego e Renda

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Coeficiente de Gini (média móvel em 12 meses)*

Dados em: média móvel em 12 meses

* Pessoas de 10 anos ou mais de idade mais de idade; com base na renda per capita de todos os trabalhos efetivamente recebida

Fonte: IBGE / PMEElaboração: Ministério da Fazenda

Desigualdade de renda tem diminuído constantemente

O Índice de Gini, usado para medir a desigualdade de renda, caiu continuamente nos últimos anos. A explicação vem da redução da desigualdade na renda do trabalho e da política de valorização do salário mínimo, ao lado dos programas de transferência de renda. Com base na renda do trabalho (cerca de 75% da renda total das famílias), o Coeficiente de Gini está em 0,543, contra cerca de 0,56 em meados de 2009.

0,540

0,545

0,550

0,555

0,560

0,565

Set 2011

Ago 2011

Jul 2

011

Jun 2011

Mai 2011

Abr 2011

Mar 2011

Fev 2011

Jan 2011

Dez 2010

Nov 2010

Out 2010

Set 2010

Ago 2010

Jul 2

010

Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

Fev 2010

Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

Out 2009

Set 2009

Ago 2009

Jul 2

009

Jun 2009

0,543

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Emprego e Renda

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Programa de Transferência de Renda: Bolsa Família

Bolsa Família (% do PIB) Bolsa Família (R$ bilhões) Nº de famílias (em milhões)

Dados em: % do PIB e R$ bilhões

* Gasto acumulado em 12 meses findos em outubro

Fonte: MDSElaboração: Ministério da Fazenda

“Brasil sem Miséria” amplia “Bolsa Família”

O “Bolsa Família”, reconhecido como um dos programas mais eficientes em reduzir a pobreza, fornece assistência a 13 milhões de famílias. Recentemente, o Governo Federal lançou o programa “Brasil sem Miséria”, com a meta de alcançar os 16 milhões de brasileiros que ainda vivem em condições de extrema pobreza. O foco não é somente a transferência de renda, mas também o melhoramento dos serviços públicos e a criação de novas oportunidades de trabalho para estes cidadãos.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0,0

0,1

0,1

0,2

0,2

0,3

0,3

0,4

0,5

2011*

Dez 2010

Dez 2009

Dez 2008

Dez 2007

Dez 2006

Dez 2005

Dez 2004

0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4

13,17

16,63

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Emprego e Renda

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Distribuição da População baseada na Renda per capita (percentis, taxa de crescimento anual)*

Taxa de crescimento da renda per capita

Dados em: R$

* Estimativas produzidas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE/PR), com base na PNAD de 1999 e 2009 segundo a renda per capita

Fonte: IBGE e SAE / PRElaboração: Ministério da Fazenda

Classe média ultrapassa metade da população

Ao longo da última década, a taxa de crescimento na renda per capita dos 10% mais pobres foi quase quatro vezes a taxa de crescimento entre os 10% mais ricos. Enquanto a renda per capita dos mais pobres crescia a 5,1% ao ano, entre os mais ricos a taxa de crescimento era de 1,3% ao ano. Desde 2003, devido à melhor distribuição de renda, a nova classe média brasileira incorporou 29 milhões de pessoas, respondendo por 52% do total da população.

85º34º

R$ 1.000Classe média (52%)R$ 250

Média

0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,05,56,0

100’90’

80’70’

60’50’

40’30’

20’10’1’

%

percentis

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Emprego e Renda

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Evolução do Salário Mínimo Real (R$ e taxa de variação real)

Salário mínimo real cresceu quase 60% nos últimos 8 anos

A aceleração do crescimento econômico nos últimos anos provocou expansão significativa da renda per capita. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo Federal, o valor do salário mínimo teve aumento ainda mais significativo (56% entre 2003 a outubro de 2011). A Lei 12.382/2011 assegura o compromisso do Governo de manter a valorização real do salário mínimo nos próximos anos.

0

100

200

300

400

500

600

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

19991998

19971996

1995

29,9%

56%

268,

6

280,

2

287,

3

298,

9

301,

6

312,

0

340,

3

349,

0

351,

4

364,

5

389,

9

444,

7

471,

6

486,

1

521,

2

548,

9

548,

0

Salário Mínimo (Média anual - a preços de outubro de 2011) Taxa de variação em termos reais

Dados em: R$ e % real

* Outubro de 2011

Fonte: IPEAElaboração: Ministério da Fazenda

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Emprego e Renda

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Criação Líquida de Emprego (milhares de postos de trabalho)

Criação líquida de empregos regidos pela CLT

Dados em: milhares de postos de trabalho regidos pela CLT

Fonte: MTEElaboração: Ministério da Fazenda

Forte criação de empregos mantém taxa de desemprego baixa

No acumulado de janeiro a outubro de 2011, foram gerados 1,9 milhão de postos de trabalho, valor abaixo do total de 2,4 milhões criados no mesmo período de 2010, porém superior à média de 2003 a 2011. De janeiro de 2003 a setembro de 2011, por sua vez, foram criados cerca de 12,8 milhões de empregos celetistas.

-500

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

Jan-O

ut 2011

Jan-O

ut 2010

Jan-O

ut 2009

Jan-O

ut 2008

Jan-O

ut 2007

Jan-O

ut 2006

Jan-O

ut 2005

Jan-O

ut 2004

Jan-O

ut 2003

Jan-O

ut 2002

Jan-O

ut 2001

Jan-O

ut 2000

Jan-O

ut 1999

Jan-O

ut 1998

Jan-O

ut 1997

Jan-O

ut 1996

Jan-O

ut 1995

-92,

4

74,3

365,

6

-25,

6

63,3

910,

5

1.79

6,3

1.52

6,9

1.51

3,6

1.81

2,2

2.14

8,0

1.16

3,6

2.40

6,2

1.93

1,5

Média = 392

Média = 1.689

882,

9

849,

9

1.02

3,7

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Emprego e Renda

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Criação Líquida de Empregos por Setor (milhares de postos de trabalho, acumulados em 12 meses)

Serviços Comércio Indústria de Transformação Outros*

Dados em: milhares de postos de trabalho, acumulados em 12 meses

* Inclui Administração, Construção Civil, Serviços Industriais de Utilidade Pública e Agropecuária, Extrativismo Vegetal e Mineral, Caça e Pesca

Fonte: MTEElaboração: Ministério da Fazenda

Comércio e Serviços são os que mais criam empregos

A criação de empregos foi altamente influenciada pelos setores de Comércio e de Serviços. De novembro de 2010 a outubro de 2011, o setor de Serviços foi responsável pela criação de 820 mil empregos, enquanto o Comércio criou 414 mil. Ambos contribuíram com 74% do total de 1,662 milhão de empregos gerados no período.

Crise de2008

-600

-400

-200

0

200

400

600

800

1.000

Out 2011

Jan 2011

Fev 2010

Mar 2009

Abr 2008

Mai 2007

Jun 2006

Jul 2

005

Ago 2004

Set 2003

Set 2002

Set 2001

Out 1999

Out 1998

Out 1997

Nov 1996

Dez 1995

215

820

414

213

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Emprego e Renda

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Taxa de Formalização (%)

2009 2010 2011

Dados em: % empregados com carteira de trabalho sobre total de ocupados

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Proporção de empregos formais continua a crescer

A taxa de formalização atingiu valores históricos em 2011, alcançando 53,5% em outubro. Dentre os fatores que contribuíram para tal desempenho, citem-se: (a) aumento na produtividade; (b) melhores níveis de educação formal; (c) simplificação da estrutura tributária e (d) fiscalização por órgãos governamentais.

45

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54

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

52,0

52,7

53,0

53,1

52,6

52,8

53,0

53,2

53,2

53,5

50,3

50,7

50,9

51,1

51,1

51,0

50,8

50,8

51,1

50,1

51,3

51,6

49,4

49,5

49,3

49,7

49,8

49,6

49,9

49,1

48,8

49,0

49,1

49,3

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Ministério da Fazenda

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Emprego e Renda

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Taxa de Participação por Faixa Etária** (% da PIA)

Dados em: % da população em idade ativa

* Média dos últimos 12 meses até outubro de 2011 ** Taxa de Participação: razão entre população economicamente ativa (PEA) e população em idade ativa (PIA)

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Taxa de participação cai entre os mais jovens

A taxa de participação na economia mede a razão entre população economicamente ativa e população em idade ativa. A queda desta taxa entre os mais jovens, principalmente até os 17 anos, é reflexo do aumento da renda domiciliar per capita que possibilita ao jovem adiar a entrada no mercado de trabalho. Isso faz a produtividade da mão de obra aumentar no longo prazo.

10 a 14 anos de idade

15 a 17 anos de idade

18 a 24 anos de idade

25 a 49 anos de idade

50 anos ou mais de idade

2003 3,5 26,0 70,2 78,5 38,02004 3,0 25,5 70,8 78,8 38,22005 1,8 22,5 69,5 78,6 38,02006 2,0 23,6 70,6 79,1 38,32007 1,7 22,1 70,9 79,7 38,42008 1,7 21,7 70,7 79,9 39,22009 1,4 19,0 69,9 80,1 39,52010 1,3 18,9 70,1 80,9 40,0

2011* 1,3 19,8 69,7 81,0 40,2

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Emprego e Renda

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Taxa de Participação por Anos de Estudo (% da população em idade ativa)

Menos de 8 anos de estudo 8 a 10 anos de estudo 11 anos ou mais de estudo

Dados em: % da população em idade ativa

* Média dos últimos 12 meses até outubro de 2011

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Nível de instrução dos trabalhadores é crescente

Enquanto a participação das pessoas com menos de 8 anos de estudo caiu ao longo do tempo, a proporção de ocupados com 11 anos ou mais de estudo é crescente. Isso indica, juntamente com o aumento da formalização, a melhora na qualidade do mercado de trabalho.

0

12

24

36

48

60

2011*20102009200820072006200520042003

56,7

16,021,1

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Ministério da Fazenda

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Ministério da Fazenda

Emprego e Renda

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Recursos para a Educação Profissional (R$ bilhões)

Dados em: R$ bilhões* Não inclui gastos com inativos, dívidas e precatórios

Fonte: MECElaboração: Ministério da Fazenda

Educação profissional em expansão

Os recursos destinados à educação profissional elevaram-se de forma considerável nos últimos anos. Desde 2003, o crescimento mantém-se em torno dos 21% ao ano, em termos reais, chegando a R$ 4,5 bilhões em 2011. Para os próximos anos, esta ampliação será intensificada com o Pronatec. Além da expansão da Rede Federal de Ensino Profissionalizante e Superior, será implantado o FIES-Empresa, que visa facilitar às empresas o acesso ao crédito para o aumento da qualificação de mão de obra.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

2011*20102009200820072006200520042003

4,5

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41

Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

41

Ministério da Fazenda

Emprego e Renda

41

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa de Desemprego (% da PEA)

Dados em: % da população economicamente ativa

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento da taxa de desemprego

O fortalecimento da economia brasileira permitiu à taxa de desemprego do país atingir um dígito desde 2007. Desde o início de 2011, a referida taxa permanece em torno dos 6%, apesar de a atividade econômica já apresentar sinais de arrefecimento. Em outubro, a taxa de desemprego registrou 5,8%, menor percentual para o mês desde a reformulação da pesquisa de emprego em 2002.

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Out 2011

Mar 2011

Jun 2010

Out 2009

Jan 2009

Mai 2008

Set 2007

Dez 2006

Abr 2006

Ago 2005

Dez 2004

Mar 2004

Jul 2

003

Nov 2002

Mar 2002

5,8

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42

Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

42

Ministério da Fazenda

Emprego e Renda

42

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa de Desemprego Regional (% da PEA)

Salvador

Recife

Rio de Janeiro

São Paulo

Belo Horizonte

Porto Alegre

Dados em: % da população economicamente ativa

Fonte: IBGE (Pesquisa Mensal de Emprego)Elaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento regional da taxa de desemprego

No que concerne à análise regional, é importante destacar as taxas de desemprego de Porto Alegre (4,4%) e Belo Horizonte (4,5%) em outubro de 2011. Essas localidades atingiram níveis compatíveis com o dos países desenvolvidos antes da eclosão da crise financeira internacional. Também é digno de nota a queda de 2,0 p.p da taxa de desemprego de Recife em relação ao ano passado.

3,0

5,5

8,0

10,5

13,0

15,5

18,0

Out 2011

Jan 2011

Jan 2010

Jan 2009

Jan 2008

Jan 2007

Jan 2006

Jan 2005

Jan 2004

Jan 2003

Mar 2002

4,4

5,65,7

4,5

9,4

6,0

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Inflação

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44

Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

44

Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Como previsto, a inflação brasileira medida pelo IPCA já mostra sinais evidentes de arrefecimento. Se, em outubro de 2010, a taxa de inflação mensal ficou em 0,75%, em outubro deste ano, recuou para 0,43%. Isso gerou taxa de inflação de 6,97%, acumulada nos últimos 12 meses até outubro. Números de novembro caminham na mesma direção e mostram reversão da trajetória de alta dos preços, iniciada em setembro de 2010, e muito determinada pelos elevados preços internacionais dos alimentos e por altas atípicas em preços administrados.

Daqui em diante, espera-se que a inflação desacelere sucessivamente nos próximos meses. De acordo com o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central do Brasil em setembro, o IPCA deve encerrar 2011 com variação anual de 6,4% e convergir para o centro da meta de 4,5% em 2012-2013.

Inflação começa a ceder

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

45

Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Inflação: IPCA (% a.a.)

Inflação IPCA Meta de Inflação Limites superior e inferior

Dados em: % anual

* De acordo com o Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil (setembro 2011)

Fonte: IBGE e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Inflação dentro do intervalo das metas

Desde 2005, a inflação mantém-se dentro dos intervalos estabelecidos pelo regime de metas. As pressões de preços observadas desde o último trimestre de 2010 estão se dissipando e a taxa acumulada em 12 meses começou a recuar a partir de outubro. De acordo com projeções do Banco Central do Brasil*, a variação do IPCA deverá ficar em torno de 6,4% em 2011, percentual abaixo do limite superior (6,5%).

0

2

4

6

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2012*

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

1999

8,9 6,0 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,4 4,7

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Inflação: IPCA (% a.m.)

2011 2010 2009

Dados em: % mensal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

IPCA desacelera no 4º trimestre de 2011

A inflação medida pelo IPCA apresentou forte desaceleração a partir de maio de 2011 em relação aos resultados verificados no início do ano. A elevação do índice mensal em agosto e setembro refletiu, sobretudo, a reversão sazonal dos preços de Alimentação e Bebidas e de Vestuário. Em outubro, o índice variou 0,43% em relação ao mês anterior.

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

0,37

0,28

0,63

0,75

0,43

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

IPCA: Preços de Alimentos e Bebidas (% a.m.)

2011 2010 2009

Dados em: % mensal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Inflação de alimentos cede a partir de setembro

Os itens relacionados à alimentação contribuíram muito para o resultado do IPCA, tanto no último trimestre de 2010 quanto em meados de 2011. Tais preços começaram a ceder já em setembro deste ano, registrando 0,56% em outubro de 2011 e contribuindo de forma decisiva para a inflexão da inflação.

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

1,32

0,24

-0,09

1,89

0,56

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

IPCA: Preços Monitorados (% a.m.)

20112009

2010

Dados em: % mensal

Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Inflação de preços monitorados em retração

Os preços monitorados mostraram elevação atípica no início do ano, influenciados, sobretudo, por choques nos grupos Habitação e Transportes. Este movimento reverteu-se a partir do resultado de maio, trazendo os resultados recentes para patamares comparáveis aos dos últimos anos.

-0,3

0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

0,26

0,510,46

0,30

0,42

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Inflação IPCA: Índice Geral, Preços Livres e Preços Monitorados (% acum. em 12 meses)

Preços Livres IPCA Preços Monitorados

Dados em: % acumulado em 12 meses

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Inflação acumulada em 12 meses recua a partir de setembro

A inflação acumulada em 12 meses atingiu 6,97% até outubro de 2011 contra 7,31% no mês anterior. A variação dos preços livres (7,23%) também está com tendência de queda, mas ainda supera a variação dos preços monitorados (6,34%). O recuo dos preços deve perdurar nos próximos meses, colocando a inflação em direção ao centro da meta em 2012.

0

2

4

6

8

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Out 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

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Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

Jul 2

007

6,976,34

7,23

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Inflação: IGP-DI e seus Componentes (% acum. em 12 meses)

INCC-DI IGP-DI IPC-Br

IPA

Dados em: % acumulado em 12 meses

Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda

IGP-DI continua desacelerando

A variação do IGP-DI apresenta desaceleração importante, registrando 6,79% nos últimos 12 meses, até outubro do ano corrente. Essa dinâmica deve-se principalmente ao comportamento dos preços ao produtor (IPA), que acumulou variação de 6,63% na mesma base de comparação, patamar mais baixo de 2011.

-10

-5

0

5

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Out 2011

Set 2011

Ago 2011

Jul 2

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Jun 2011

Mai 2011

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Dez 2010

Nov 2010

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Set 2010

Ago 2010

Jul 2

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Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

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Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

Out 2009

Set 2009

Ago 2009

Jul 2

009

6,79

6,636,78

7,72

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

IPA-DI e Aberturas por Origem (% acum. em 12 meses)

PA-DI Produtos Agropecuários IPA-DI IPA-DI Produtos Industriais

Dados em: % acumulado em 12 meses

Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda

IPA-DI: desaceleração acompanha comportamento das commodities

Os preços no atacado seguem em retração no acumulado em 12 meses, principalmente em função dos produtos agropecuários. A trajetória acompanha o movimento de acomodação dos preços de commodities no mercado internacional.

-10

-1

8

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26

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Out 2011

Set 2011

Ago 2011

Jul 2

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Jun 2011

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Mar 2011

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Dez 2010

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Out 2010

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Ago 2010

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Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

Fev 2010

Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

Out 2009

Set 2009

Ago 2009

Jul 2

009

9,016,635,80

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

InflaçãoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

IPA-DI: Preços ao Produtor de Origem Agropecuária (% acum. em 12 meses)

IPA-DI Lavouras Permanentes IPA-DI Lavouras Temporárias IPA-DI Produtos Agropecuários IPA-DI Pecuária

Dados em: % acumulado em 12 meses

Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda

IPA agrícola acompanha baixa dos preços internacionais

Os preços dos produtos de origem agropecuária inverteram o comportamento em 2011, num processo de desaceleração que perdura até o final deste ano. Isso ameniza não só a inflação ao produtor mas também a inflação ao consumidor.

-15

-5

5

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25

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Out 2011

Set 2011

Ago 2011

Jul 2

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Mai 2011

Abr 2011

Mar 2011

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Dez 2010

Nov 2010

Out 2010

Set 2010

Ago 2010

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Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

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Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

Out 2009

Set 2009

Ago 2009

Jul 2

009

7,28

12,219,459,00

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Juros e Crédito

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

A expansão recente das operações de crédito do Brasil tem sido importante para impulsionar a atividade econômica doméstica e para a inserção de mais pessoas no mercado de consumo de massa. Nos últimos anos, o crédito cresceu 31,1% em 2008, 15,2% em 2009 (sob a influência da crise mundial) e 20,6% em 2010. Isso resultou no aumento da razão crédito/PIB de 40,5% para 46,4% no período, valor este bem abaixo da média mundial.

De acordo com a projeção do Banco Central do Brasil, o crescimento do saldo dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional deverá atingir 17% em 2011. Este arrefecimento em relação ao percentual observado em 2010 está consistente com o objetivo de moderação da expansão da atividade econômica e convergência da inflação para a meta num futuro próximo.

Com a moderação da atividade econômica e a deterioração do cenário internacional, o Banco Central do Brasil iniciou ciclo de flexibilização monetária e revisou algumas medidas creditícias. Pelas novas regras, foram reduzidas as exigências de capital para: 1) operações de crédito consignado com prazo entre 37 e 60 meses; 2) operações crédito pessoal (CDC) com prazo entre 25 e 36 meses; 3) diversas operações de arrendamento e financiamento de veículos garantidas por alienação fiduciária com prazo entre 25 e 60 meses. Concomitante a essas ações, foram elevadas as exigências de capital para as operações de crédito consignado e crédito pessoal com prazo acima de 60 meses.

A dinâmica recente do crédito

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa Selic–Meta e Taxa Real de Juros Ex-Ante (% a.a.)*

Taxa SELIC Taxa real ex-ante de juros

Dados em: % anual

* Taxa real deflacionada pela mediana das expectativas de inflação acumuladas para os próximos 12 meses

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Juros reais e nominais no Brasil

Após ciclo de alta, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 p.p., para 11,00% a.a., com três reduções de 0,5 p.p. em agosto, outubro e novembro de 2011. Esta decisão levou em consideração a deterioração do cenário internacional.

A taxa de juros real chegou a 3,89% em 29 de novembro de 2011, considerando a taxa do Swap DI-Pré 360 dias (9,72%) e a mediana das expectativas de inflação (não suavizada) do Boletim Focus (5,61%).

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5

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20

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3,89

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Nov 2011

Jan 2011

Jan 2010

Jan 2009

Jan 2008

Jan 2007

Jan 2006

Jan 2005

Jan 2004

Jan 2003

Jan 2002

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Estrutura a Termo da Taxa de Juros (% a.a.)*

Jan 2016 Jan 2013 Jan 2012

Dados em: % anual

* DI - Depósito Interfinanceiro de 1 dia - Futuro

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento recente da estrutura a termo da taxa de juros

A estrutura a termo das taxas de juros brasileiras sofreu ajustes após a intensificação das incertezas fiscais nos países desenvolvidos. As taxas de juros de longo prazo registraram decréscimo acentuado nos últimos meses, com a expectativa de menores taxas de juros futuras.

9,5

10,3

11,1

11,9

12,7

13,5

Nov 2011

Out 2011

Out 2011

Set 2011

Ago 2011

Ago 2011

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Jun 2011

Jun 2011

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Abr 2011

Abr 2011

Mar 2011

Mar 2011

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Fev 2011

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Dez 2010

Dez 2010

Nov 2010

Nov 2010

Out 2010

Out 2010

Set 2010

Ago 2010

Ago 2010

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Jun 2010

Jun 2010

Mai 2010

Mai 2010

Abr 2010

Abr 2010

Mar 2010

Mar 2010

Fev 2010

Fev 2010

Jan 2010

Jan 2010

11,0 10,8

10,0

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Evolução do Saldo de Crédito às Pessoas Físicas (% acum. no período)

2008 2009 2010 2011

Dados em: % acumuladono período

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Evolução do saldo das operações de crédito ao segmento pessoa física

O saldo das operações de crédito às pessoas físicas aumentou 16,3% no período de janeiro a outubro de 2011 em relação ao mesmo período do ano anterior. As modalidades de crédito pessoal e de financiamento para aquisição de veículos apresentaram crescimento em ritmo mais moderado.

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3,9

5,4

7,9

9,3

10,5

12,4

14,6

16,8

18,3

19,5

5,9

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11,4

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15,9

17,8

21,1

23,4

23,8

25,1

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Evolução do Saldo de Crédito às Pessoas Jurídicas (% acum. no período)

2008 2009 2010 2011

Dados em: % acumulado no período

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Evolução do saldo das operações de crédito ao segmento pessoa jurídica

O crédito destinado às pessoas jurídicas também cresceu em ritmo mais moderado, com elevação de 12,2% no período de janeiro a outubro de 2011, em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa desaceleração decorreu, principalmente, do arrefecimento da expansão do crédito às pessoas jurídicas com recursos direcionados.

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3,3

4,5

6,1

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12,22,

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7,3

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29,3

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1

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7

6,3

8,9

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59

Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Média Diária de Concessões de Crédito à Pessoa Física* (R$ bilhões)

2011** 2010 2009

Dados em: R$ bilhões

* Refere-se a créditos regulamentados pela Circular do Banco Central do Brasil nº 3.445, de 2009** Valores a preços constantes de outubro de 2011 com base no IPCA

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Média diária de concessões de crédito à pessoa física

A trajetória da média diária das concessões de crédito às pessoas físicas mostra relativa estabilidade em 2011. Esse comportamento é consistente com as medidas macroprudenciais implementadas desde 2010 e as elevações da taxa Selic até meados de 2011.

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

3,8

3,3

3,0

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60

Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Média Diária de Concessões de Crédito à Pessoa Jurídica* (R$ bilhões)

2011** 2010 2009

Dados em: R$ bilhões* Refere-se a créditos regulamentados pela Circular do Banco Central do Brasil nº 3.445, de 2009** Valores a preços constantes de outubro de 2011 com base no IPCA

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Média diária de concessões de crédito à pessoa jurídica

As médias diárias de concessões de crédito às pessoas jurídicas, registradas no ano de 2011, são similares às médias obtidas no anterior. Em 2010, houve uma recuperação das médias de concessões de créditos às pessoas jurídicas, que foram cerca de 2% superiores às médias apresentadas em 2009.

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

5,45,3

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Prazo Médio das Operações de Crédito (dias)

Pessoa Física Pessoa Jurídica

Dados em: dias

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento do prazo de concessão de crédito

Ao longo de 2010, por força do dinamismo da economia, bem como pela melhor composição dos passivos do sistema bancário (captação), o prazo médio das operações de crédito ampliou-se, tanto no segmento de pessoa jurídica quanto no de pessoa física. Em 2011, essa tendência de crescimento se manteve no segmento de pessoa física, ao passo que, no segmento de pessoa jurídica, o prazo médio das operações de crédito permanece estável.

100

200

300

400

500

600

Out 2011

Jan 2011

Abr 2010

Jul 2

009

Out 2008

Jan 2008

Abr 2007

Jul 2

006

Out 2005

Jan 2005

Abr 2004

Jun 2003

Set 2002

Dez 2001

Mar 2001

Jun 2000

590,04

398,63

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Spread Bancário Pessoa Física (% anual e pontos percentuais)

Taxa de Operação Ativa (aplicação) Taxa de Operação Passiva (captação)

Dados em: % anual e pontos percentuais

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Spread do segmento pessoa física

Nas operações para pessoas físicas, o spread bancário decresceu ao longo do tempo, registrando 36,5 p.p. em outubro de 2011.

0

20

40

60

80

100

Out 2011

Dez 2010

Mar 2010

Jun 2009

Set 2008

Dez 2007

Mar 2007

Jun 2006

Set 2005

Dez 2004

Mar 2004

Jun 2003

Set 2002

Dez 2001

Mar 2001

Jun 2000

36,53%

47,01

10,48

Spread

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Spread Bancário Pessoa Jurídica (% anual e pontos percentuais)

Spread do segmento pessoa jurídica

Com relação ao spread bancário para a pessoa jurídica, verifica-se que ainda se encontra em patamar elevado, mas estabilizado em torno de 19% no período posterior a março de 2011.

5

10

15

20

25

30

35

40

Out 2011

Dez 2010

Mar 2010

Jun 2009

Set 2008

Dez 2007

Mar 2007

Jun 2006

Set 2005

Dez 2004

Mar 2004

Jun 2003

Set 2002

Dez 2001

Mar 2001

Jun 2000

29,76

10,79

Spread19%

Taxa de Operação Ativa (aplicação) Taxa de Operação Passiva (captação)

Dados em: % anual e pontos percentuais

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxas de Inadimplência (% do total)

Pessoa Física Pessoa Jurídica

Dados em: % do total

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Taxas de inadimplência dentro de patamares históricos

A taxa de inadimplência do segmento pessoa física ainda continua dentro de sua média histórica, apesar do recente movimento de alta. Já a inadimplência do segmento pessoa jurídica encontra-se estacionada próxima a 4% desde meados de 2009.

0

2

4

6

8

10

Out 2011

Fev 2011

Jun 2010

Out 2009

Fev 2009

Jun 2008

Out 2007

Fev 2007

Jun 2006

Out 2005

Fev 2005

Jun 2004

Out 2003

Fev 2003

Jun 2002

Out 2001

Fev 2001

Jun 2000

7,13

3,97

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Operações de Crédito com Recursos Livres e Direcionados (R$ bilhões e % do PIB)

% do PIB Direcionado Livre

Dados em: R$ bilhões e % do PIB

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Crescimento nos volumes de crédito livre e direcionado

O crédito no segmento livre alcançou R$ 1,26 trilhão em outubro, com crescimento de 12,6% em 2011 e de 16,4% ante mesmo mês do ano anterior. Na modalidade de crédito direcionado, o saldo atingiu R$ 689,4 bilhões e registrou elevação de 16,9% e 22,0%, respectivamente, em 2011 e nos últimos 12 meses.

0

500

1.000

1.500

2.000

Out 2011

Dez 2010

Dez 2009

Dez 2008

Dez 2007

Dez 2006

Dez 2005

Dez 2004

Dez 2003

Dez 2002

48,5%

240,2 255,6 317,9 403,7 498,3 660,8 871,2 954,5 1.116,1 1.256,9

144,2 162,6 180,8203,3

234,3275,2

356,1459,8

589,8689,4

46,4%

44,4%

40,5%

35,2%

30,9%28,3%

25,7%24,6%26,0%

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Empréstimos do BNDES no Sistema Financeiro Nacional (% do total)

Dados em: % do total

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Participação do BNDES no crédito total

Apesar do incremento das operações de crédito disponibilizadas pelo BNDES em 2010, sua participação no crédito total do SFN permanece dentro de patamares históricos. A média de participação dos últimos 10 anos foi de 20,6%, nível similar ao registrado em outubro do corrente.

0

5

10

15

20

25

Out 2011

Dez 2010

Dez 2009

Dez 2008

Dez 2007

Dez 2006

Dez 2005

Dez 2004

Dez 2003

Dez 2002

Dez 2001

Dez 2000

18,9

21,0

24,3

24,0

22,1

20,4

19,0

17,1

17,1

20,0

21,0

20,5

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Fontes de Recursos de Longo Prazo na Economia Brasileira (R$ bilhões e %)

Dados em: R$ bilhões e %

Fonte: BNDES e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Fontes de recursos de longo prazo na economia brasileira

Imediatamente após a crise de 2008, houve diminuição de recursos provenientes de investidores estrangeiros e mercados de capitais, sendo substituídos pela expansão dos financiamentos do BNDES que alcançaram 43,3% no final de 2009. Entretanto, no acumulado de agosto de 2010 a julho de 2011, nota-se recuperação de recursos advindos de investimentos estrangeiros no mercado doméstico, atingindo 46,4% do total.

BNDES Mercados de Capitais

Recursos Externos Total

R$ Bilhões Part. % R$ Bilhões Part. % R$ Bilhões Part. % R$ Bilhões

2007 64,9 19,3 91,2 27,1 180,3 53,6 336,5

2008 90,9 25,0 96,9 26,7 175,9 48,4 363,6

2009 136,4 43,3 40,5 12,8 138,4 43,9 315,2

2010 168,4 30,8 172,1 31,5 205,7 37,7 546,2

Ago 2010 - Jul 2011 140,2 22,4 195,9 31,2 291,1 46,4 627,2

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Juros e CréditoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Fontes de Financiamento para a Indústria (% do total)

Debêntures Ações Captações Externas BNDES Lucros Retidos

Dados em: % do total

Fonte: BNDES e AnbimaElaboração: Ministério da Fazenda

Fontes de financiamento para a indústria

Historicamente, o setor industrial brasileiro é pouco alavancado para padrões internacionais, tendo em conta a participação dos lucros reinvestidos como principal fonte de financiamento. Durante a crise financeira internacional, o BNDES destacou-se como a principal fonte diante das condições desfavoráveis. Mas, já a partir de 2010, o padrão histórico do setor voltou a se estabelecer, elevando a participação dos lucros reinvestidos de 30,7% em 2009 para 37,6% em 2010.

0

20

40

60

80

100

2010200920082007200620052004200320022001

10,0

15,1

27,6

4,23,78,9

52,5

3,1

15,6

6,1

30,6

7,09,0

27,8

5,0

17,0

21,2

2,010,0

19,5

2,013,0

19,0

5,0

30,0

16,0

2,06,0

22,0

1,0

30,0

16,0

9,67,015,010,09,010,014,0

37,630,7

44,749,2

41,8

58,557,0

49,0

60,0

39,0

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Política Fiscal

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Ao longo de 2011, a política fiscal assumiu importante papel no sentido de promover a suavização do crescimento econômico. Antes disso, o País vinha de dois períodos bastante distintos: em 2008/2009, quando foi importante conceder incentivos fiscais, a fim de amenizar os efeitos da crise internacional, e 2010, quando estes incentivos começaram a ser retirados. A consolidação fiscal, anunciada em fevereiro de 2011, foi mais um passo neste processo gradual de adaptação do instrumento fiscal ao cenário econômico de cada período.

Diante das perspectivas de agravamento do cenário internacional percebido ao longo do ano, o governo optou por aprofundar esta consolidação fiscal, ampliando a meta de superávit primário do Governo Central em R$ 10 bilhões, elevando-a de R$ 81,8 bilhões para R$ 91,8 bilhões. Faltando dois meses para completar o ano, não só o Governo Central como o Setor Público Consolidado mostram determinação no cumprimento das metas. Com os resultados de outubro, a meta reajustada em agosto já foi atingida em 93,4% pelo Governo Central e 92,7% pelo Setor Público Consolidado.

A condução da política fiscal, bem como a firmeza no cumprimento das metas, refletem-se não só na queda da Dívida Líquida do Setor Público, que atingiu em outubro 38,2% do PIB, mas também no reconhecimento pelo mercado. Atestam este reconhecimento o excelente resultado da reabertura do título de dívida externa Global 2041, que apresentou menor custo de emissão para um título de 30 anos - pela primeira vez abaixo dos 5% a.a. - e o upgrade baseado fortemente na performance fiscal, concedido em novembro pela agência de rating Standard & Poor’s.

Robustez fiscal diferencia o Brasil no contexto internacional

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Resultado Primário do Governo Central (R$ bilhões e % acum. até outubro de cada ano)

Superávit Primário Realizado até outubro de cada ano Superávit Primário Realizado até outubro / Meta Ano

Dados em: R$ bilhões e %* Não inclui as empresas estatais federais nem as deduções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) autorizadas na LDO

Fonte: STN / Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

Resultado primário em acelerado cumprimento da meta

O Governo Central alcançou superávit primário de R$ 85,7 bilhões nos 10 primeiros meses de 2011, o que representa 93,4% da meta anual ajustada em agosto. Este resultado, aparentemente inferior ao registrado até 2008, explica-se pelo fato de que, para cumprir a meta, o Governo Central tinha que fazer expressivo superávit primário até dezembro de cada ano para compensar o forte déficit que sazonalmente ocorria no referido mês. Este padrão se alterou nos últimos anos, com o deslocamento de algumas despesas para outros meses.

0

20

40

60

80

100

20112010

2009 2008

2007 2006

20052004

20030

50

100

150

200

112,7127,4 128,0

106,5119,5

152,8

45,0

83,093,4

44,1 53,0 59,8 57,2 63,3 95,3 29,9 61,7 85,7

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Resultado Fiscal do Setor Público (% do PIB)

Primário Total Primário Governo Central Primário Governos Regionais Primário Estatais Nominal Total

Dados em: % do PIB* Acumulado em 12 meses até outubro de 2011 (incluindo capitalização da Petrobras)

Fonte: Banco Central do Brasil Elaboração: Ministério da Fazenda

Crescimento econômico com consolidação fiscal

O setor público persegue as metas de resultado fiscal em conformidade com os princípios da responsabilidade fiscal, um dos pilares da política econômica brasileira. Neste sentido, houve aumento do superávit primário de 2,8% do PIB em 2010 para 3,3% nos últimos 12 meses encerrados em outubro de 2011. O esforço vem tanto do Governo Central quanto dos Estados e Municípios.

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

0,3

0,2

0,1

0,2

0,2

-0,0

49

0,1

0,04

2

0,1

0,03

8

0,7 0,8

0,9

1,0

0,8 1,1

1,0

0,7

0,6 0,7

2,2

2,3

2,7

2,6

2,2

2,2

2,4

1,3

2,1

2,6

-2,5

3,32,8

2,0

3,43,33,23,83,7

3,3

3,33,2

-2,5

-3,3

-2,0

-2,8

-3,6-3,6-2,9

-5,2

-4,4

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Contração Fiscal de 2011: Componentes dos Gastos (R$ milhões)

Dados em: R$ milhões a preços constantes (IPCA)

* Não inclui despesas com sentenças judiciais, depósitos judiciais, indenizações, restituições e outros encargos** Transferências para estados, municípios e instituições privadas

Fonte: SIAFIElaboração: Ministério da Fazenda

Controle dos gastos públicos

Após o anúncio da consolidação fiscal em fevereiro, o Governo reduziu significativamente algumas despesas de custeio, com destaque para as despesas com diárias, passagens e locomoção. Até outubro de 2011, houve decréscimo real de 5,5% no conjunto destas despesas de custeio direto e indireto.

R$ Milhões - Preços Constantes (IPCA) Acumulado até Out 2010

Acumulado até Out 2011 Var. %

Custeio Direto* 36.458 34.720 -4,8Material de consumo 9.084 8.609 -5,2Material de distribuição gratuita 773 1.032 33,5Premiações Cult., Art., Cient., Desp. e outros 102 66 -35,6Passagens e despesas com locomoção 780 466 -40,2Diárias 1.093 628 -42,5Contratação por tempo determinado 878 421 -52,1Outras desp. com pessoal; contratos terceiriz. 38 217 478,0Locação de mão-de-obra 3.172 3.484 9,8Serviços de terceiros - pessoa física 1.413 1.241 -12,2Serviços de terceiros - pessoa jurídica 18.944 18.370 -3,0Serviços de consultoria 182 185 1,9Arrendamento mercantil 0 – –

Custeio Indireto** 47.808 44.881 -6,1Contribuições 44.880 41.247 -8,1Despesas de exercícios anteriores 2.927 3.634 24,1

Total 84.266 79.601 -5,5

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Dados em: % do PIB

* Acumulado 12 meses até outubro de 2011** Compreende benefícios previdenciários, abono, seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e Bolsa Família*** Compreende a constituição do FSB (2008) e a operação de capitalização da Petrobras (2010)

Fonte: STN / Ministério da Fazenda; Siga-Brasil / Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda

Resultado do Governo Central - acima da linha (% do PIB)

O resultado do Governo Central passa por mudanças consideráveis desde 2002. A receita líquida subiu de 17,9% do PIB em 2002 para 20,2 % em 2011. Quanto às despesas primárias, apesar do aumento ocorrido entre 2002 e 2011 (de 15,7% para 17,7%), esses recursos adicionais foram alocados para transferências de renda às famílias, contribuindo para a redução da desigualdade.

Melhoria do perfil dos gastos públicos

Em % PIB 2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

*

Receita Bruta 21,7 21,0 21,6 22,7 22,9 23,3 23,6 23,2 23,0 24,4Transferências para Estados e Municípios 3,8 3,5 3,5 3,9 3,9 4,0 4,4 4,0 3,8 4,2Receita Líquida Total 17,9 17,4 18,1 18,8 19,0 19,3 19,2 19,2 19,2 20,2

DESPESAS PRIMÁRIAS 15,7 15,1 15,6 16,4 17,0 17,1 16,4 18,0 17,9 17,7Pessoal e encargos 4,8 4,5 4,3 4,3 4,5 4,4 4,3 4,8 4,5 4,5Transferência de Renda às Famílias** 6,8 7,2 7,6 8,1 8,4 8,5 8,1 8,9 8,7 8,7Investimentos 0,8 0,3 0,5 0,5 0,6 0,7 0,9 1,0 1,2 1,0Custeio com saúde e educação 1,7 1,6 1,7 1,8 1,7 1,8 1,7 1,9 2,0 2,0Demais despesas de custeio 1,6 1,6 1,5 1,8 1,8 1,8 1,4 1,4 1,4 1,5

RESULTADO PRIMÁRIO sem FSB e Cessão Onerosa 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,8 1,2 1,3 2,5

Impacto do FSB e da Cessão Onerosa*** 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,9 0,0RESULTADO PRIMÁRIO (acima da linha) 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,4 1,2 2,1 2,5

Receita Líquida menos Transferências de Renda às Famílias 11,1 10,3 10,5 10,8 10,6 10,8 11,1 10,3 10,4 11,5

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Despesas Públicas Selecionadas (% do PIB)

Transferências de Renda à Família Investimentos Pessoal e Encargos Sociais

Dados em: % do PIB

* Acumulado em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: STN / Ministério da Fazenda; Siga-Brasil / Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda

Estabilidade do gasto com pessoal

Apesar do aumento do número de servidores nos últimos anos e da recomposição salarial, as despesas de pessoal mantêm-se em torno de 4,5% do PIB. No mesmo período, o crescimento das despesas com investimentos e transferências de renda a famílias foi bastante expressivo e ainda se mantém em patamar historicamente elevado no ano de 2011.

4

5

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2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

6,87,2

7,6

8,18,4 8,5

8,1

8,98,7 8,7

0,8

0,3

0,5 0,50,6

0,7

0,9

1,0

1,2

1,0

4,84,5

4,3 4,34,5 4,4 4,3

4,84,5 4,5

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Previdência Social (% do PIB)

Receitas da Previdência Social Benefícios Previdenciários Déficit

Contribuintes/Pop. Ocupada

Dados em: % do PIB e % da população ocupada

* Acumulado em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: STN / Ministério da Fazenda e IBGEElaboração: Ministério da Fazenda

Criação de emprego auxilia no balanço da previdência social

Em outubro de 2011, as necessidades de financiamento da Previdência atingiram 0,93% do PIB, o nível mais baixo nos últimos dez anos. Em parte, este desempenho é devido à concessão mais criteriosa de aposentadorias e auxílio-doença. Mas o aumento da arrecadação e a formalização no mercado de trabalho são os fatores mais importantes. A quantidade de contribuintes da Previdência Social, por exemplo, registrou percentual recorde de 70,6% da população ocupada em outubro de 2011.

Contribuintes da Previdência Social (% da pop. ocupada)

4,0

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5,5

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0,5

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5.1 5.

2 5.3 5.

4

5.7 5.8 5.

9

6.8 7.

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6.9

6.9

2011*2010

20092008

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2005

0,93

5,6

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2011*2010

20092008

20072006

2005

62,2

63,0

64,2

65,8

66,8

68,4

70,6

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Composição da Despesa Primária do Governo Central

Dados em: % do PIB

* Acumulado em 12 meses até setembro de 2011** LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social, RMV - Renda Mensal Vitalícia

Fonte: STN / Ministério da Fazenda; Siga-Brasil / Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda

Aumento das transferências de renda diminui desigualdade

O detalhamento das despesas do Governo Central revela crescimento do gasto primário de 15,7% do PIB para 17,7% do PIB entre 2002 e 2011. Esse aumento de 2,0 p.p. explicam-se principalmente pelo comportamento das transferências de renda, que subiram 1,9 p.p. no período. Os investimentos e o custeio em educação também cresceram em 0,2 p.p. do PIB desde 2002. Já as despesas com pessoal e outras despesas de custeio foram reduzidas.

Em % do PIB 2002 (% do PIB)

2011* (% do PIB)

Variação 2011 -2002

(p.p. do PIB)

Contribuição para o crescimento

(% do Total) Despesas Primárias 15,7 17,7 2,0 –

Pessoal e Encargos Sociais 4,8 4,5 -0,3 -17,3Transferências de Renda 6,8 8,7 1,9 97,7 Benefícios Previdenciários 6,0 6,9 0,9 47,1 Abono e Seguro Desemprego 0,5 0,8 0,4 17,9 Benefícios Assistenciais (LOAS e RMV)** 0,2 0,6 0,4 19,2 Bolsa Família 0,1 0,4 0,3 13,4 Investimentos 0,8 1,0 0,2 11,1 Custeio 3,3 3,4 0,2 8,5 Saúde 1,4 1,4 0,0 -1,5 Educação 0,3 0,6 0,3 14,5 Outros 1,6 1,5 -0,1 -4,5

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Dívida Bruta do Governo Geral e Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)

Dívida Bruta do Governo Geral* Dívida Líquida do Setor Público**

Dados em: % do PIB

* Metodologia utilizada a partir de 2008** Exclui os ativos e passivos da Petrobras e Eletrobras

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Dívida pública cai para os menores níveis da série histórica

Desde a crise financeira, a política fiscal no Brasil mantém o endividamento público em tendência declinante (% do PIB). Por exemplo, a Dívida Bruta do Governo Geral caiu de 63,4%, em setembro de 2009, para 55,4%, em outubro de 2011. Já a Dívida Líquida do Setor Público reduziu de 43,3% para 38,2% no mesmo período.

0

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57.1 57

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58.3

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.5 62.1 63

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54.7 55

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56.2

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55.4

46.7

46.7

46.7

45.9

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37.8 38

.5 39.1

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39.8

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Out 2011

Mai 2011

Dez 2010

Jul 2

010

Fev 2010

Set 2009

Abr 2009

Nov 2008

Jun 2008

Jan 2008

Ago 2007

Jan 2007

57,1

46,7

38,2

55,4

63,4

43,3

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Perfil da Dívida Pública Federal (% do total)

Prefixado Taxa Flutuante* Índice de Preços Câmbio

Dados em: % do total da dívida* Inclui SELIC, TR e outras** Inclui dívidas interna e externa administradas pelo Tesouro Nacional *** Outubro de 2011

Fonte: STN / Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

Melhoria do perfil da Dívida Pública Federal

A Dívida Pública Federal registrou aumento da participação dos títulos prefixados (de 33,1%, em janeiro de 2011, para 35,0%, em outubro de 2011) e declínio dos títulos indexados à taxa de juros (de 33,5% para 32,0% no mesmo período). O risco de refinanciamento e de mercado também estão sendo diminuídos pelo alongamento da maturidade média da dívida e a redução do percentual vincendo em 12 meses.

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Out 2011

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Jun 2010

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Nov 2005

Dez 2004

Jan 2004

35,0

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32,0

Indicadores da DPF** 2004 2006 2009 2010 2011***Estoque em Mercado (R$ bilhões) 1.013,9 1.237,0 1.497,4 1.694,0 1.806,6 Prazo Médio (anos) 2,9 3,0 3,5 3,5 3,6 Vincendo em 12 meses 39,3% 32,4% 23,6% 23,9% 23,7%

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Detentores da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (por título, % do total)*

Outros Índice de Preços Taxa Flutuante Prefixados

Dados em: % do total

* Posição de outubro de 2011** Inclui fundos e recursos administrados pela União tais como FAT, FGTS, fundos extramercado, fundo soberano, fundos garantidores

Fonte: STN / Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

Base de investidores diversificada ajuda a mitigar riscos

Uma base de investidores diversificada em relação ao horizonte de investimentos, preferência por risco e motivação para comercializar os ativos, é vital para estimular transações, aumentar a liquidez dos títulos públicos e obter financiamentos em vários cenários econômicos. Os dados mostram que os investidores não-residentes demandam muito mais títulos prefixados, ao passo que os fundos de pensão, por exemplo, preferem papéis indexados a índices de preços.

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SeguradorasGoverno**Não-Residente

PrevidênciaFundosBancos

53,0

24,1

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14,83,7

70,7

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22,4

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1,5

20,5

29,9

22,919,5

81,5

18,422,9

48,1

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Ministério da Fazenda

Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Participação de Não-Residentes na Dívida Pública (% do total da DPMFi)

Dados em: % do total da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna

Fonte: STN / Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

Investidores não-residentes na dívida pública brasileira

Os títulos públicos da dívida doméstica brasileira continuam atrativos para os investidores estrangeiros. O típico investidor não-residente demanda mais títulos prefixados e com maior maturação, o que contribui para a melhora do perfil da Dívida Pública.

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Out 2011

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Mar 2009

Nov 2008

Out 2008

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Mar 2008

Nov 2007

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Mar 2007

IOF: 1,5% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro.

IOF : 2,0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro.

IOF: 6,0% imposto sobre entrada de investimento estrangeiro.

11,41

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Política FiscalEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa de Emissão dos Títulos Brasileiros com Prazo de 30 anos (% a.a.)

Dados em: % anual

* Troca Global 2030** Exchange Offer

Fonte: STN / Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

Sucesso na emissão dos títulos brasileiros com prazo de 30 anos

O Tesouro Nacional re-emitiu, em 4 de novembro de 2011 seu título de referência de 30 anos, o bônus Global 2041, no valor de US$ 1,1 bilhão. O bônus foi vendido ao preço de 114,70% do seu valor de face, resultando em taxa de retorno para o investidor de 4,7% a.a., a menor taxa dentre as emissões de bônus da dívida externa com prazo de 30 anos já realizadas pelo País.

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29 Nov 2005

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9 Jun 1997

8,210,9 10,3 13,1 12,5 8,8 8,8 8,3 7,6 6,8 7,2 6,6 6,4 5,8 5,2 4,7

Global2027 Global

2027

Global2030 Global

2030

Global2034

Global2034 Global

2034 Global2037 Global

2037

Global2034*

Global2037** Global

2037Global2037 Global

2041 Global2041 Global

2041

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Setor Externo

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Ministério da Fazenda

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

O agravamento da crise financeira na Europa amplia a aversão ao risco e induz os investidores a assumirem posturas mais conservadoras. Entretanto, os ingressos de recursos de longo prazo para o Brasil, como o investimento estrangeiro direto (IED), continuam vigorosos. Contribuem para isso as expectativas favoráveis de crescimento da economia brasileira para os próximos anos e a melhora contínua do horizonte de planejamento, reconhecida pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que elevou recentemente a nota dada à dívida brasileira de longo prazo.

No terceiro trimestre deste ano, o ingresso de IED alcançou US$17,9 bilhões, mais que suficiente para financiar o déficit de US$10,6 bilhões na conta de transações correntes. No ano, o fluxo de IED deve chegar aos US$ 60 bilhões, de acordo com o Relatório Focus de Mercado do Banco Central do Brasil (25 de novembro de 2011). Apesar da crise mundial, os investimentos estrangeiros devem continuar fortes em 2012, como mostra recente pesquisa da Unctad*. Entre as economias mais citadas como destinos atrativos de IED, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking, atrás apenas de China e Índia.

Investimento estrangeiro direto continua vigoroso

* World Investment Prospects Survey 2010-2012

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Balança Comercial (US$ bilhões, ao ano)

Exportação Importação Saldo Comercial

Dados em: US$ bilhões, anual

* Valores acumulados em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda

Comércio exterior apresenta recordes sucessivos

No acumulado em 12 meses até outubro de 2011, a balança comercial brasileira registrou recordes para a exportação (US$ 250,7 bilhões, com aumento de 31,7% sobre igual período do ano passado), para a importação (US$ 219,7 bilhões, com aumento de 26,9%) e corrente de comércio (US$ 470,4 bilhões, com aumento de 29,4%). Em relação ao saldo comercial, o valor chega a US$ 31,1 bilhões (aumento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado).

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20072006

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20012000

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6

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7

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6

219,

6

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Balança Comercial por Regiões Geográficas (US$ bilhões, acum. em 12 meses)

Dados em: US$ bilhões, acumulados em 12 meses* Valores acumulados em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda

Sudeste e Centro-Oeste apresentam aumento no saldo comercial

No acumulado de 12 meses, por regiões geográficas, obtiveram superávit: a região Sudeste (US$ 21,8 bilhões), a Norte (US$ 5,6 bilhões) e a Centro-Oeste (US$ 7,1 bilhões), enquanto as regiões Sul e Nordeste registraram déficits, de US$ 3 bilhões e US$ 4,4 bilhões, respectivamente. Em valores absolutos, a região Sudeste foi quem mais exportou, US$ 142,2 bilhões, com alta de 36,2% em relação a 2010. As exportações da Região Norte foram as que mais cresceram em temos percentuais (55,7%).

2010* Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

Exportações 12,97 14,95 15,01 104,47 36,1

Importações 11,95 15,67 9,36 96,04 36,19

Saldo 1,02 -0,72 5,65 8,43 -0,09

2011* Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

Exportações 20,20 17,80 19,10 142,20 44,13

Importações 14,56 22,24 12,02 120,38 47,13

Saldo 5,64 -4,44 7,08 21,82 -3,00

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Saldo em Conta Corrente (US$ bilhões e % do PIB)

Transações correntes (saldo) Transações Correntes/PIB em 12 meses (%)

Dados em: US$ bilhões e % do PIB

* Acumulado em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Déficit em conta corrente arrefece

O déficit em transações correntes declinou em 2011, chegando a -2,0% do PIB no acumulado em 12 meses até outubro. A balança comercial permaneceu positiva, compensando parcialmente os déficits das contas serviços e rendas. As remessas de lucros também contribuíram para o déficit em transações correntes, reflexo da participação crescente do Investimento Estrangeiro Direto (IED).

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

1,6

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

19991998

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

19971996

4,2 11,7 14,0 13,6-23,5 -30,5 -33,4 -25,3 -24,2 -23,2 -7,6 -28,2 -24,3 -47,4 -47,3

-2,8

-3,5-4,0

-4,3-3,8

-4,2

-1,5

0,8

1,8 1,61,3

0,1

-1,7 -1,5

-2,3-2,0

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Balança Comercial de Serviços (US$ bilhões)*

Serviços Viagens internacionais Aluguel de equipamentos

Dados em: US$ bilhões

* Acumulado em 12 meses até outubro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Importações de serviços influenciam déficit em transações correntes

As importações líquidas de serviços chegaram a US$37 bilhões no acumulado em 12 meses até outubro de 2011. Aluguel de equipamentos (US$ 16,2) e viagens internacionais (US$ 14,3) continuam pressionando as despesas líquidas, muito embora os gastos com viagens estejam desacelerando.

-14,3-16,2

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Out 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

Jul 2

007

Jan 2007

Jul 2

006

Jan 2006

Jul 2

005

Jan 2005

Jul 2

004

Jan 2004

Jul 2

003

Jan 2003

Jul 2

002

Jan 2002

Jul 2

001

Jan 2001

Jun 2000

-37,0

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Principais Destinos de IED no Período 2010-2012 (número de vezes em que o país foi mencionado)

Dados em: número de citações

* World Investment Prospects Survey 2010–2012

Fonte: UnctadElaboração: Ministério da Fazenda

Brasil é um dos principais destinos de IED

Pesquisa da Unctad* mostra que, pela primeira vez, as quatro principais economias emergentes estão entre as cinco mais citadas como destinos atrativos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) pelas principais empresas transnacionais, no período de 2010 a 2012. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking, atrás apenas de China e Índia.

0

20

40

60

80

100

120

Peru

Espanha

África do Sul

Chile

CanadáJa

pão

Malásia

França

Austrália

Polônia

Tailândia

Alemanha

Indonésia

Vietnã

Reino Unido

México

RússiaEUA

Brasil

ÍndiaChina

110

70 67 66 35 30 28 26 24 23 20 19 18 17 16 16

15 15 14 13 11

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

IED Desagregado por País e Setor de Aplicação (% do total)*

Agricultura, pecuária e extrativismo mineral Serviços Indústria

Dados em: % do total

*Janeiro a setembro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Investimento estrangeiro direto: origem e setores de aplicação

Em 2011, os Países Baixos e a Espanha se destacaram na alocação de IED no Brasil. Em âmbito setorial, o destaque foi o segmento de telecomunicações.

Demais (Agric., Pec. e Ext. Mineral)1%

Agricultura, pecuária e serviços relacionados1%

Comércio, exceto veículos10%

Demais (Serviços)24%

Serviços financeiros e atividades auxiliares

7%

Extração de petróleoe gás natural

4%

Extração de minerais metálicos

4%

Metalurgia14%

França6%

Estados Unidos10%

Japão13%

Países Baixos28%

Espanha14%

Reino Unido5%

Demais24%a

Telecomunicações15%

Bebidas7%

Demais (Indústria)14%

Produtos alimentícios5%

Produtos minerais não-metálicos4%

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Investimento Estrangeiro Direto e em Carteira e Transações Correntes (% do PIB)

Investimento Estrangeiro Direto Investimento Estrangeiro em Carteira Transações Correntes

Dados em: % do PIB

* Até outubro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Investimentos estrangeiros com dinâmicas diferentes

O perfil dos investimentos estrangeiros no Brasil passa por uma mudança positiva em virtude das medidas tomadas pelo Governo. Enquanto os investimentos em carteira diminuíram, atingindo 1,0% do PIB, em outubro, os investimentos estrangeiros diretos cresceram, atingindo 3,2% do PIB, com montante suficiente para financiar o déficit de 2,0% do PIB em transações correntes.

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

Out 2011

Dez 2010

Mai 2010

Out 2009

Mar 2009

Ago 2008

Jan 2008

-2,0

1,0

3,2

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Reservas Internacionais (US$ bilhões)

Dados em: US$ bilhões

* Posição de outubro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Reservas internacionais continuam a aumentar

A acumulação de reservas internacionais é um dos pilares da política econômica brasileira de forma a reduzir a vulnerabilidade externa. Até outubro de 2011, as reservas somavam US$ 353 bilhões.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

19991998

19971996

19951994

85,838

,8 51,8

60,1

52,2

44,6

36,3

33,0

35,9

37,8 49

,3

52,9

53,8

180,

3

193,

8

238,

5

288,

6

353,

0

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Taxa de Câmbio Nominal (R$/US$)

Dados em: R$/US$

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento da taxa de câmbio

Após período de constante apreciação cambial, como consequência do fluxo intenso de investimento estrangeiro, a taxa de câmbio permaneceu estável, com o auxílio das medidas macroprudenciais adotadas nos primeiros meses de 2011 para conter o fluxo de capitais especulativos no país. A instabilidade financeira internacional, associada, sobretudo, à crise dos países europeus, imprime depreciação na taxa de câmbio nos últimos meses.

1,5

1,7

1,9

2,1

2,3

2,5

23 Nov 2011

Nov 2011

Out 2011

Set 2011

Ago 2011

26 Jul 2

011

Jul 2

011

Jun 2011

25 Mai 2

011

28 Abr 2011

Abr 2011

Mar 2011

Fev 2011

7 Jan 2011

Dez 2010

Nov 2010

19 Out 2

010

5 Out 2

010

Set 2010

Ago 2010

Jul 2

010

Jun 2010

Mai 2010

Abr 2010

Mar 2010

Fev 2010

Jan 2010

Dez 2009

Nov 2009

19 Out 2

009

Out 2009

Set 2009

Ago 2009

Jul 2

009

Jun 2009

Mai 2009

Abr 2009

Mar 2009

Fev 2009

Jan 2009

Dez 2008

Nov 2008

Out 2008

Set 2008

Ago 2008

Jul 2

008

Jun 2008

Mai 2008

Abr 2008

Mar 2008

Fev 2008

Jan 2008

1,84

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Dívida Externa e Reservas Internacionais (US$ bilhões)

Dados em: US$ bilhões* Posição estimada para outubro de 2011

Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

O perfil da dívida externa

O perfil predominante de longo prazo da dívida externa brasileira consolida-se ao longo dos anos. O aumento da participação da dívida de longo prazo em relação à dívida total entre 2010 e 2011 veio acompanhado do volume maior de reservas, que preserva as condições de solvência dos compromissos externos brasileiros. A dívida externa líquida (dívida bruta - reservas) do país é negativa, o que o torna credor no cenário internacional.

Dívida Externa* e Reservas Internacionais (US$ bilhões)

2010 2011

Reservas 288,6 352,9

Dívida total 256,8 297,6

Dívida de longo prazo 77,7 84,3

Dívida de curto prazo 22,3 15,7

Indicadores de Endividamento (%)

Dívida total/reservas 88,9 84,3

Dívida de longo prazo/reservas 69,1 71,0

Dívida de curto prazo/reservas 19,8 13,3

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Setor ExternoEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Evolução da Classificação de Rating do Brasil

Fitch Moody’s S&P

Dados em: rating

Fonte: Fitch, Moody’s e S&PElaboração: Ministério da Fazenda

Brasil melhora sua classificação de risco

Desde 2002, o Brasil melhora sua posição junto às agências classificadoras internacionais. Isso é fruto da credibilidade na política monetária e disciplina fiscal. A mais recente elevação foi da S&P, de BBB- para BBB em meados de novembro de 2011.

Abr 2011

Mai 2008

Mai 2007

Jun 2006

Set 2004

Nov 2003

Out 2002

Jun 2011

Set 2009

Jul 2

009

Ago 2007

Mai 2007

Ago 2006

Ago 2006

Out 2005

Set 2004

Dez 2002

Nov 2011

Abr 2008

Mai 2007

Fev 2006

Set 2004

Jul 2

002

B B+ BB-

BB BB+

BBB-

BBB

B+ BB-

BB BB+

BBB-

BBB

B2 B1 Ba3

Ba3

Ba2

Ba2+

Ba1

Ba1+

Baa3

Baa2

Grau de investimento

Grau de investimento

Grau de investimento

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

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Panorama Internacional

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

A recente volatilidade na economia mundial é ditada pelos acontecimentos na Zona do Euro. Uma recessão na Europa, um dos maiores mercados consumidores do mundo, pode reduzir o ritmo de importação de bens e serviços e prejudicar a dinâmica econômica global.

Segundo avaliação do FMI*, os riscos de desaceleração econômica mundial aumentam, em virtude de fragilidades fiscais em diversos países da área do euro, fragilidades estas que podem se alastrar por vários canais de transmissão, como crédito, comércio e investimentos.

As medidas implementadas até agora têm caráter mais paliativo, uma vez que as questões estruturais da região ainda não foram levadas em conta. De todo modo, ainda que se chegue a uma solução para o problema fiscal e financeiro na Europa, os efeitos sobre a atividade econômica serão sentidos nos próximos anos.

Economia mundial em perspectiva

* World Economic Outlook, setembro de 2011

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Perspectiva de crescimento dos países do G20

2011 2012

PIB (% a.a.)

Emergentes Avançados Mundo

4,0 1,

9

6,1

4,0 1,

6

6,4

Arábia Saudita

Brasil*

Rússia

Argentina

Índia

China

Indonésia

Coreiado Sul

Itália

França

Alemanha

Austrália

Japão Estados Unidos

África do Sul

Turquia

México

CanadáReinoUnido

1,6

5,0

4,6

3,6

3,6

3,67,5

2,20,3

1,4 4,1

4,4

6,3

9,0

3,3

2,31,8

1,9 1,31,1

3,8

3,4

6,60,6

1,7

6,57,8

4,3

-0,5

3,9

9,5

6,4

1,88,0

3,8

1,5

2,92,7

* Estimativas do Ministério da Fazenda

Dados em: % ao ano

Fonte: FMI e Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

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100

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Perspectiva de inflação dos países do G20

2011

2012

Taxa de Inflação IPC (% a.a.)

Arábia Saudita

Brasil*

Rússia

Argentina

Índia

China

Indonésia

Coreiado Sul

Itália

França

Alemanha

Austrália

Japão Estados Unidos

África do Sul

Turquia

México

CanadáReinoUnido

2,4

4,7

11,8

3,1

5,0

5,38,6

6,91,6

1,4 7,3

3,5

6,5

3,3

3,3

-0,51,2

2,1 1,34,5

6,4

5,9

6,02,6

2,1

5,410,6

8,9

-0,4

4,5

5,5

5,7

3,511,5

3,4

3,0

2,92,2

* Estimativas do Banco Central do Brasil: Relatório de Inflação (setembro 2011)

Dados em: % ao ano

Fonte: FMI e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Perspectiva para as taxas de desemprego dos países do G-2O

2011

2012

Taxa deDesemprego (%)

Arábia Saudita

Brasil*

Rússia

Argentina

Índia

China

Indonésia

Coreiado Sul

Itália

França

Alemanha

Austrália

Japão Estados Unidos

África do Sul

Turquia

México

CanadáReinoUnido

7,8

6,1

6,9

3,9

23,8

14,2-2,2

10,78,5

9,2 7,1

3,3

6,6

4,0

4,8

4,89,0

7,7 6,27,8

6,0

24,5

10,58,2

9,5

20,6-2,2

7,3

4,9

3,3

4,0

6,8

5,07,3

4,5

9,1

7,66,0

* Estimativas do Governo Federal

Dados em: %

Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011Dados em: % do PIB

Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda

Perspectiva para o saldo em conta corrente dos países do G20

2011

2012

Conta Corrente(% do PIB)

Arábia Saudita

Brasil

Rússia

Argentina

Índia

China

Indonésia

Coreiado Sul

Itália

França

Alemanha

Austrália

Japão Estados Unidos

África do Sul

Turquia

México

CanadáReinoUnido

-2,5

-0,9

-0,9

-3,7

14,2-2,2

-7,4-3,0

-2,5 3,5

1,4

-0,4

5,6

-4,7

2,8-2,1

-3,8 4,9-2,3

-2,3

-2,8

-10,3-3,5

-2,7

20,6-2,2

5,5

2,5

1,5

5,2

0,2

-2,2-0,3

-1,0

-3,1

-3,35,0

-2,7

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Perspectivas de resultado fiscal para os países do G20

2011

2012

Resultado Fiscal(% do PIB)

Arábia Saudita

Brasil*

Rússia

Argentina

Índia

China

Indonésia

Coreiado Sul

Itália

França

Alemanha

Austrália

Japão Estados Unidos

África do Sul

Turquia

México

CanadáReinoUnido

-4,7

-1,65

-2,5

3,6

-3,4

3,6-8,0

-1,5-1,1

-2,8 -1,8

2,4

-1,3

-0,9

-1,8

-7,6-5,0

-1,9 -0,9

-2,18

-3,7

-2,1-2,6

-3,8

6,5-8,3

-0,3

-8,1

2,1

-1,8

-1,7

-3,7-2,9

3,8

-6,4

-3,0-1,4

-6,3

* Estimativa do Governo Federal

Dados em: % do PIB

Fonte: FMI e Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda

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104

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Indicadores PMI e ISM (pontos)

Índice ISM (EUA) PMI China PMI Global

Dados em: pontos

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Indicadores apontam queda na atividade global

Os indicadores PMI (Purchasing Managers Index) e ISM (Institute of Supply Management) são importantes para a mensuração das condições econômicas de países e regiões. Desde o início de 2011, os índices apresentam tendência de declínio nos EUA e na China, além do índice global.

30

35

40

45

50

55

60

65

Out 2011

Mai 2011

Dez 2010

Jul 2

010

Fev 2010

Set 2009

Abr 2009

Nov 2008

Jun 2008

Jan 2008

50,050,450,8

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105

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105

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Índices de Confiança dos EUA e Zona do Euro (pontos)

Indicador de Sentimento Econômico da Zona do Euro Indicador de Confiança do Consumidor EUA

Dados em: pontos

Fonte: Eurostat e Conference BoardElaboração: Ministério da Fazenda

Índices de confiança em retração na Europa e nos EUA

Desde o início de 2011, os indicadores de confiança dos EUA e Europa estão em declínio. Os números ainda não alcançaram os patamares observados em 2008-2009, mas um agravamento da crise da Zona do Euro pode levar à piora da percepção dos consumidores.

0

20

40

60

80

100

Out 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008 60

70

80

90

100

110

120

39,8

94,8

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Preços do Cobre e do Ouro (Ouro em US$/Oz e Cobre em US$/Ton)

Ouro Cobre

Dados em: Ouro em US$/Oz e Cobre em US$/Ton

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento dos preços do cobre e do ouro

A valorização do preço do cobre é sinal de recuperação econômica, ao passo que a valorização do ouro reflete busca por segurança financeira. Na crise de 2008, houve queda brusca do preço do cobre e, desde meados de 2011, a relação entre as duas commodities encontra-se mais favorável ao ouro. Isso mostra sinais de piora na perspectiva econômica global.

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2.000

Nov 2011

Set 2011

Jul 2

011

Mai 2011

Mar 2011

Jan 2011

Nov 2010

Set 2010

Jul 2

010

Mai 2010

Mar 2010

Jan 2010

Nov 2009

Set 2009

Jul 2

009

Mai 2009

Mar 2009

Jan 2009

Nov 2008

Set 2008

Jul 2

0082.000

3.000

4.000

5.000

6000

7.000

8.000

9.000

10.000

11.0001.707

7.725

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

107

Ministério da Fazenda

Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Atividade Econômica Regional nos EUA (índice)

Dallas Fed Kansas City Fed Richmond Fed Philadelphia Fed

Dados em: índice

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

EUA: recuperação econômica ainda não é tendência

A atividade econômica nos Estados Unidos deu sinais de leve recuperação nos dados mais recentes. O setor manufatureiro da região da Filadélfia mostrou avanço em outubro de 2011 (8,7), contra -17,5 no mês anterior. As regiões de Kansas e Dallas também mostraram recuperação. Entretanto, isso ainda não pode ser visto como uma tendência de crescimento sustentado nos EUA.

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

Out 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

8,06,0

8,7

2,3

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108

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

108

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

EUA - Balanço Estrutural do Governo Geral (% do PIB) EUA - Dívida Pública Total (US$ trilhões)

Dados em: % do PIB e US$ trilhões

*Previsão FMI/WEO setembro de 2011

Fonte: FMI e Escritório de Orçamento Público dos EUAElaboração: Ministério da Fazenda

Cenário fiscal dos EUA requer cuidados

A situação fiscal dos EUA deteriorou-se desde 2007, o que provoca crescente endividamento do país. Em agosto deste ano, o Congresso dos EUA elevou o teto da dívida americana em US$ 2,4 trilhões, fazendo-a totalizar cerca de US$ 16,7 trilhões. Cortes de gastos e aumentos de impostos estão previstos, caso haja acordo político neste sentido.

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0-2,8 -2,0 -2,2 -4,5 -6,7 -7,0 -6,3 -5,0

2012*

2011*2010

20092008

20072006

2005

5.6

5.9

6.4

6.9

7.5

8.1

0

5

10

15

20

Ago 2011

Jul 2

011

Dez 2010

Dez 2009

Dez 2008

Dez 2007

Dez 2006

Dez 2005

Dez 2004

Dez 2003

Dez 2002

Dez 2001

Dez 2000

5,6

5,9

6,4

6,9

7,5

8,1

8,6

9,2

10,6

12,3

14,0

14,3

16,7

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

109

Ministério da Fazenda

Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

PIB Potencial PIB Real

Taxa de Desemprego

Dados em: USS trilhões e %

Fonte: FMI e Escritório de Orçamento Público dos EUAElaboração: Ministério da Fazenda

EUA: desafios à frente

Nos EUA, o desafio principal é fomentar a economia de forma a gerar mais empregos. Números oficiais mostram que o país só estará de volta ao seu crescimento potencial em 2015. Somente então a taxa de desemprego poderá estar próxima de uma média histórica.

PMC Ampliada

0

2

4

6

8

10

12Taxa de desemprego

2011T1

2008T2

2005T3

2002T4

2000T1

8,9

PMC Ampliada

10

11

12

13

14

15

16

17

2016T4

2013T4

2011T1

2008T2

2005T3

2002T4

2000T1

16,2Projeções

EUA - PIB Real e PIB Potencial (US$ trilhões) EUA: Taxa de Desemprego (%)

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa de Desemprego da Zona do Euro (%)

Dados em: %

* Dados da Estônia sem ajuste sazonal** Julho de 2011

Fonte: EurostatElaboração: Ministério da Fazenda

Desemprego na Zona do Euro

A crise europeia já começa a ter consequências em termos de taxa de desemprego na região, que já alcançou os 2 dígitos (10,2% em set/11). Destaque para os números da Espanha (22,6%) e Grécia (17,6%).

10,2

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

10,5

Set 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

Jul 2

007

Jan 2007

Jul 2

006

Jan 2006

Jul 2

005

Jan 2005

EspanhaGrécia**

IrlandaEslováquia

PortugalFrança

ItáliaEslovêniaFinlândia

ChipreEstônia*

BélgicaMalta

AlemanhaLuxemburgo

HolandaÁustria 3,9

4,54,85,86,66,77,27,87,88,08,39,912,513,514,217,622,6

Desemprego Zona do Euro

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Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

China - Taxa de Inflação - IPC (% acum. 12 meses)

Dados em: % acumulado em 12 meses; % ao ano

* Projeções FMI

Fonte: Banco Mundial, FMI e ReutersElaboração: Ministério da Fazenda

O importante papel da China

A China tem importante papel na atividade econômica global. As previsões ainda apontam para taxas de crescimento consolidadas em 2011 (9,5%) e 2012 (9,0%). A trajetória inflacionária do país também apresenta previsão de arrefecimento em 2011 (5,5%) e 2012 (3,3%), segundo projeções do FMI.

3,3

-4

-2

0

2

4

6

8

10In�ação China

2012*

Jul 2

011

Out 2010

Jan 2010

Abr 2009

Jul 2

008

Out 2007

Jan 2007

59 6,4

6,9

0

3

6

9

12

15

2012*

2011*2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

5,58,

4

8,3

9,1

10,0

10,1

11,3

12,7

14,2

9,6

9,2

10,3

9,5

9,0

China - Taxa de Crescimento do PIB (% a.a.)

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112

Ministério da Fazenda

Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Spread de CDS de 5 anos – Países Selecionados do G20 (pontos-base)

Dados em: pontos-base

* Dados de 2008 referem-se a 31 de dezembro de 2008. Dados de 2011 referem-se a 7 de novembro de 2011** CDS 5 anos dos EUA refere-se a 17 de setembro de 2009

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Risco de default dos países do G20

O Credit Default Swap (CDS) constitui-se em proteção contra possível moratória por parte de um país e, por isso, indica a percepção dos agentes financeiros em relação ao risco soberano. Comparando-se o risco de calote dos países do G20 entre 2008 e 2011, nota-se a elevação do risco das nações europeias.

ArgentinaItáliaÍndia

TurquiaRússia

IndonésiaFrança

África do SulCoreia do Sul

BrasilMéxico

ChinaJapão

Reino UnidoAlemanha

AustráliaEstados Unidos**

ArgentinaItáliaÍndia

TurquiaRússia

IndonésiaFrança

África do SulCoreia do Sul

BrasilMéxico

ChinaJapão

Reino UnidoAlemanha

AustráliaEstados Unidos**48

69

87

88

112

134

143

146

148

178

182

203

211

244

283

507

879

20

128

47

106

46

201

293

301

333

394

56

691

741

409

361

164

4.040

CDS 5 anos – 2011* CDS 5 anos – 2008*

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Spread de CDS de 5 anos – Países Selecionados (pontos-base)

Turquia Rússia Brasil México

Dados em: pontos-base

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Países emergentes com menores spreads de risco soberano

Dados mostram que a probabilidade de default nos países emergentes, em especial o Brasil, diminuiu consideravelmente em anos recentes. A partir de agosto deste ano, a crise mundial com fonte na Europa provocou leve alta nos CDS de emergentes, que já reverteu no decorrer de outubro.

0

200

400

600

800

1.000

1.200

Nov 2011

Out 2011

Ago 2011

Jun 2011

Abr 2011

Fev 2011

Dez 2010

Out 2010

Ago 2010

Jun 2010

Abr 2010

Fev 2010

Dez 2009

Out 2009

Ago 2009

Jun 2009

Abr 2009

Fev 2009

Dez 2008

Out 2008

244211

143146

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Países do G20: Variação das Bolsas de Valores em 2011 (%)

Dados em: %

* Variação calculada para o período 3 de janeiro a 8 de novembro de 2011

Fonte: ReutersElaboração: Ministério da Fazenda

O comportamento das bolsas de valores nos países do G20

As bolsas de valores ao redor do mundo também têm sofrido os impactos da crise financeira europeia. Especificamente nos países do G20, as perdas no ano de 2011 foram grandes, com destaque para os acontecimentos dos últimos meses, onde as perdas parecem estar mais concentradas.

EUA - Dow JonesIndonésia

EUA - NasdaqÁfrica do Sul

EUA - S&P500México

InglaterraArábia Saudita

CanadáCoreia do SulChina Xangai

AustráliaRússia

ÍndiaAlemanha

JapãoBrasil

TurquiaFrança

ArgentinaItália -23,4

-23,0-19,4

-16,9-15,6-15,4

-14,7-14,5

-10,8-10,1-10,1

-8,1-7,1-6,9

-5,6-3,2

0,31,11,3

2,14,3

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Países do G20: Variação Cambial em 2011 (%)*

Dados em: %* Variações positivas significam desvalorização da moeda frente ao dólar e variações negativas significam valorização. Variações de 03/01/2011 a 08/11/2011

Fonte: ReutersElaboração: Ministério da Fazenda

Variação cambial nos países do G20

O comportamento da taxa de câmbio nos países componentes do G20 mostra variação mais acentuada devido ao agravamento da crise financeira na Zona do Euro. Japão e China, por exemplo, apontam tipicamente direção contrária, com respectivas moedas valorizando-se em relação ao dólar, ao passo que os outros países apresentam desvalorização de suas moedas.

-5 0 5 10 15 20

JapãoChina

Reino UnidoEuro

AustráliaRússia

IndonésiaCoreia do Sul

Arábia SauditaCanadá

BrasilArgentina

MéxicoÍndia

TurquiaÁfrica do Sul 18,6

13,610,79,27,25,72,3

-0,0-0,4

-0,8-1,0

-1,5-3,3-3,8-3,9-4,8

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Comportamento das Taxas de Câmbio do Brasil, Canadá e Austrália

Brasil Canadá Austrália

Dados em: Brasil (R$/US$), Canadá (CAD/US$) e Austrália (AUD/US$)

Fonte: Bloomberg e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda

Moedas-commodities seguem trajetórias cambiais semelhantes

As taxas de câmbio brasileira, australiana e canadense possuem características semelhantes, dada a importância das commodities nestes mercados. Isto pode ser visto claramente durante a crise de 2008 e também nos últimos meses com as turbulências na economia mundial.

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

Nov 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

0,6

0,8

1,4

1,6

1,8

Brasil

0,971,021,75

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Taxa de Câmbio Real Efetiva* (número-índice: 2005=100)

Brasil China Zona do Euro Estados Unidos

Dados em: número-índice (2005=100)

* Deflator: índices de preços ao consumidor dos respectivos países. Aumento significa apreciação cambial e queda significa depreciação

Fonte: BISElaboração: Ministério da Fazenda

Taxa de câmbio real efetiva

A taxa de câmbio real efetiva referencia o nível de investimentos e de comércio entre um país e seus parceiros comerciais. O dólar norte-americano apresentou tendência contínua de queda, trazendo sobressaltos à perspectiva econômica internacional, tanto do ponto de vista do comércio, quanto do ponto de vista financeiro. Após agosto, com o agravamento da crise na Europa, a moeda brasileira perdeu valor, tal como o euro. A exceção foi a China.

80

90

100

110

120

130

140

150

160

Set 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

Jul 2

007

Jan 2007

Jul 2

006

Jan 2006

Jul 2

005

Jan 2005

95,4

125,0

86,0

146,0

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Índice de Preços das Commodities - CRB (número-índice: 1951=100)

CRB Metais CRB Alimentos CRB Spot

Dados em: número-índice (1951=100)

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Comportamento dos preços das commodities

A evolução dos preços das commodities caracterizou-se pelo descolamento das commodities metálicas desde 2004 até a crise de 2008, quando os metais sofreram forte desvalorização. A recuperação econômica mundial, a partir de então, provocou novo descolamento, apesar de acompanhar os preços das demais commodities. A recente crise volta a influenciar os preços das commodities metálicas.

100

320

540

760

980

1.200

Nov 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008

Jul 2

007

Jan 2007

Jul 2

006

Jan 2006

Jul 2

005

Jan 2005

Jul 2

004

Jan 2004

Jul 2

003

Jan 2003

Jul 2

002

Jan 2002

Jul 2

001

Nov 2000

506,8

886,0

470,7

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Panorama Internacional

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

Preço do Petróleo Tipo Brent (US$/barril)*

Preços constantes (em US$ de julho de 2011) Preços correntes (US$)

Dados em: US$/barril

* Valores de outubro

Fonte: ReutersElaboração: Ministério da Fazenda

Panorama do preço internacional do petróleo

Os movimentos de preço do barril de petróleo estão quase sempre ligados ao processo de atividade econômica mundial e às tensões políticas existentes nos principais países produtores localizados no Oriente Médio. O movimento recente no preço do petróleo reflete esta preocupação quanto ao futuro da economia mundial, principalmente das economias dos EUA, da Europa e do Japão.

102030405060708090

100110120130140150

2011 2010

20092008

20072006

20052004

20032002

20012000

19991998

19971996

1995 1994

19931992

19911990

19891988

19871986

19851984

19831982

19811980

112,8

112,8

Current Prices (US$)

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Economia Brasileira em

PERSPECTIVA

Ministério daFazenda

Especial A Crise na Zona do Euro

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

O mercado econômico-financeiro internacional permanece muito influenciado pelos fatos ocorridos na Zona do Euro. Ao longo do ano, os problemas fiscais na região aumentaram a probabilidade de default de dívidas soberanas, bem como dos impasses políticos em algumas nações. Particularmente, países como Grécia, Itália, Espanha e Portugal figuram dentre aqueles com maior nível de incertezas quanto à capacidade de controle de seus gastos fiscais e gestão dos respectivos níveis de endividamento.

A consequência é a elevação das taxas de juros cobradas para a rolagem das dívidas soberanas de alguns dos países-membros da Zona do Euro, bem como o downgrade na reclassificação de seus riscos. De igual forma, preocupa também o nível de exposição de instituições financeiras aos instrumentos de dívida soberana de algumas nações europeias.

Diante da forte inter-relação dos mercados e da existência de apenas uma autoridade monetária para controlar a volatilidade financeira, o risco de alastramento da crise para outras economias provoca turbulências internacionais. A incerteza quanto a soluções para a economia europeia pode prejudicar ainda mais os esforços de ajuste fiscal da região, bem como impor sacrifícios elevados à população, como corte de salários, congelamento de benefícios sociais e aumento de impostos.

Os membros da União Europeia tentam estabelecer um conjunto de medidas que mantenha as finanças em ordem e recupere a confiança dos mercados. Dentre as propostas, destacam-se o projeto de integração política e financeira, a defesa da moeda comum estável, o aprimoramento da governança dos tratados europeus, e a união fiscal, com controle e monitoramento conjunto dos orçamentos.

Crise na Zona do Euro à espera de uma solução definitiva

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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Ministério da Fazenda

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Zona do Euro: Transações Correntes sobre PIB em 2011 (% do PIB)*

Dados em: % do PIB

* Projeções FMI/WEO setembro de 2011

Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda

Europa: déficit em transações correntes preocupa

A crise econômica que se alastra pela Zona do Euro possui sinais de maior gravidade em Portugal, Itália, Grécia e Espanha. Uma das razões para o alto nível de endividamento é o déficit em conta corrente dessas economias.

-10-8-6-4-202468

10

Luxemburgo

Holanda

Alemanha

Áustria

Finlândia

Estônia

Irlanda

Bélgica

Eslováquia

Eslovênia

França

Itália

EspanhaMalta

Chipre

Grécia

Portugal

-8,6

-8,4

-7,2

-3,8

-3,8

-3,5

-2,7 -1

,7

-1,3

0,6 1,

8 2,4

2,5 2,8

5,0

7,5

9,8

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Ministério da Fazenda

Edição Agosto – Outubro | Ano 2011

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Zona do Euro - Balanço Estrutural do Governo Geral em 2011 (% do PIB potencial)*

Dados em: % do PIB potencial

* Projeções FMI/WEO setembro de 2011

Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda

Europa: sérios problemas fiscais

A dinâmica fiscal é fonte de preocupação na maioria dos países componentes da Zona do Euro. Isso significa que a região precisa passar por ajustes fiscais consideráveis ao longo dos próximos anos.

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

Grécia

Irlanda

Chipre

Espanha

Eslováquia

Portugal

França

Eslovênia

Holanda

Áustria

Malta

BélgicaItá

lia

Alemanha

Finlândia

0,6

-1,4 -2,6 -2,6 -3,1 -3,2 -3,3 -3,6 -3,8 -4,0 -4,2 -4,4 -5,9 -6,8 -6,9

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Zona do Euro - Dívida Bruta do Governo Geral em 2011 (% do PIB)*

Dados em: % do PIB

* Projeções FMI/WEO setembro de 2011

Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda

Nível de endividamento da Zona do Euro

O problema de endividamento de países europeus demanda solução urgente, principalmente nos países com percentuais de dívida sobre o PIB acima de 100%.

0

50

100

150

200

Grécia

Itália

Irlanda

Portugal

Bélgica

França

Alemanha

Áustria

EspanhaMalta

Holanda

Chipre

Finlândia

Eslováquia

Eslovênia

Luxemburgo

Estônia

6,0 19

,7

43,6

44,9

50,2

64,0

65,5

66,3

67,4

72,3

82,6

86,8

94,6

106,

0

109,

3

121,

1

165,

6

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Níveis de Endividamento de Países Europeus Selecionados (€ bilhões e % do PIB)

Dados em: € bilhões e % do PIB

Fonte: BISElaboração: Ministério da Fazenda

A dívida da Zona do Euro em números

A Grécia continua sendo o problema mais grave e imediato dentre os países da Zona do Euro, já que possui endividamento correspondente a 165% do PIB (aqui não levando em conta o perdão de 50% da dívida do país). Mas os casos de Portugal, Irlanda, Itália e Espanha também requerem atenção.

Países Dívida (% PIB) Dívida Bruta (€ bi) Vencimentos em 2012

(€ bi)

Portugal 106 162,9 28,9

Irlanda 109 110,1 9,9

Itália 121 1.592,9 367,5

Grécia 165 345,3 56,3

Espanha 67 658,0 165,4

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Grau de Exposição de Países Selecionados na Zona do Euro (US$ bilhões)*

Itália Espanha Irlanda Portugal Grécia

Dados em: US$ bilhões

*Dados não se referem exclusivamente à dívida soberana e nem têm necessariamente o setor público ou setor financeiro como maiores credores

Fonte: BIS (Quarterly Review, outubro de 2011)Elaboração: Ministério da Fazenda

O grau de exposição dos países na Zona do Euro

Os dados mostram o grau de inter-relação entre credores e devedores, com destaque para a exposição da França a ativos italianos. Se, por um lado, isso incentiva a solução das pendências, dado o interesse mútuo entre as partes, por outro, a dificuldade de um acordo se intensifica.

0

100

200

300

400

500

39.8

Itália

Bélgica

EspanhaJa

pãoEUA

Reino

Unido

Alemanha

França

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Exposição dos Bancos dos EUA a Países Europeus (US$ bilhões)

Total Bancos Setor Público Setor Privado ex. bancos

Dados em: US$ bilhões

Fonte: BIS (Quarterly Review, outubro de 2011)Elaboração: Ministério da Fazenda

O setor financeiro europeu e sua relação com os EUA

O grau de exposição dos bancos norte-americanos a ativos de países europeus é considerável, o que comprova a interdependência dos dois mercados financeiros. Ou seja, uma solução para a crise na Zona do Euro beneficiaria, também, a economia norte-americana.

0

50

100

150

200

250

300

130,5191,6

França

Alemanha

Holanda

Espanha

Irlanda

Itália

Bélgica

Luxemburgo

Áustria

Finlândia

Grécia

Portugal

1,1 2,3 2,9 2,8 9,4

12,9 7,6 8,0

59,6

24,91,9 3,5 2,8 4,8

9,8 14,9 40,0 30,8 71,6 44,5 55,2

2,2 2,5 6,4 4,6 2,1 15,0 19,1

31,6 34,246,9

53,666,8

104,5

234,7

271,7

8,4 12,15,3 12,2

1,6

27,81,9

28,424,911,7

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Índice VIX - EUA e Índice ITRAXX (pontos e pontos-base)

ITRAXX VIX

Dados em: pontos e pontos-base

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Volatilidade crescente nas bolsas dos EUA e no risco europeu

O índice VIX mede a expectativa de volatilidade de 30 dias no mercado bursátil, com base na volatilidade dos preços de opções do índice S&P 500. Itraxx é um índice médio de risco cobrindo regiões como Europa, Austrália e Japão. Os patamares atuais denotam a piora da percepção de mercado relacionada à questão fiscal nos EUA e à crise na Europa.

0

20

40

60

80

100

Nov 2011

Jul 2

011

Jan 2011

Jul 2

010

Jan 2010

Jul 2

009

Jan 2009

Jul 2

008

Jan 2008 50

100

150

200

250

32,2

175,7

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Países da Zona do Euro: Variação das Bolsas de Valores em 2011 (%)

Dados em: % acumulada no período de 3 de janeiro de 2011 a 23 de novembro de 2011

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Bolsas de valores com variações consideráveis na Europa

A crise financeira da Zona do Euro provoca grande instabilidade nas bolsas de valores da região. Variações negativas são recorrentes.

-60 -50 -40 -30 -20 -10 0

Irlanda

Espanha

Alemanha

Países Baixos

Zona do Euro

França

Portugal

Bélgica

Itália

Áustria

Grécia-51,3

-41,2

-28,3

-23,6

-23,4

-23,4

-22,4

-21,0

-18,7

-18,7

-11,3

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Spread de CDS de 5 anos – Países Selecionados da Zona do Euro (pontos-base)

Grécia Portugal Irlanda Espanha Itália

Dados em: pontos-base* Dados da Grécia até 14 de setembro 2011

Fonte: ReutersElaboração: Ministério da Fazenda

Risco se eleva na Zona do Euro

A consequência imediata da crise financeira na Europa é o aumento do grau de percepção de risco dos agentes em relação a uma possível moratória das dívidas soberanas de alguns países da região. O Credit Default Swap (CDS) reflete esta percepção, sendo Grécia, Portugal e Irlanda os casos mais agudos.

0

1.200

2.400

3.600

4.800

6.000

Nov 2011

Ago 2011

Jun 2011

Abr 2011

Fev 2011

Dez 2010

Set 2010

Jul 2

010

Mai 2010

Mar 2010

Jan 2010

Out 2009

Ago 2009

Jun 2009

Mar 2009

Dez 2008

Out 2008

Set 2008

Jul 2

008

5.047,4

1.033,2

380,8498,3

727,5

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Classificação de Risco da Standard & Poor’s (S&P)

Grau de Investimento Grau Especulativo

Dados em: rating da S&P

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Classificação de risco dos países europeus

Uma das consequências da grave crise econômica europeia é a percepção de aumento do grau de risco por parte dos agentes financeiros. Isso está refletido nas recentes mudanças de classificação de risco de Portugal, Itália, Irlanda e Grécia. Este último está com nota próxima do nível de calote da dívida.

Países Rating atual Data de alteraçãoItália A 19/09/2011Grécia CC 27/07/2011Irlanda BBB+ 01/04/2011Portugal BBB- 29/03/2011Espanha AA 28/04/2010Finlândia AAA 01/02/2002Holanda AAA 07/12/1992Bélgica AA 25/11/2011França AAA 26/06/1989Alemanha AAA 17/08/1983Áustria AAA 07/09/1975

DCCCCCCB-BB+BB-

BBBB+BBB-

BBBBBB+

A-AA+AA-AAAA+

AAA

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A Crise na Zona do EuroEdição Agosto – Outubro | Ano 2011

Yields de 10 anos de Países Selecionados da Zona do Euro (pontos-base)*

Espanha Itália França Alemanha

Grécia Portugal

Dados em: pontos-base

* Posição em 22 de novembro de 2011

Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda

Investidores exigem mais para comprar títulos europeus

Os números recentes mostram que os yields (rendimentos dos títulos oferecidos ao portador) elevaram-se na Europa. Isso significa que os investidores estão com maiores exigências para adquirir dívida dos países europeus, em virtude do elevado grau de desconfiança existente no mercado. O caso mais grave é o grego, mas Itália, Espanha e França também se destacam pela recente elevação de seus respectivos yields.

5

10

15

20

25

30

Nov 2011

Out 2011

Ago 2011

Jul 2

011

Mai 2011

Abr 2011

Fev 2011

Jan 2011

11,281

29,139

1

2

3

4

5

6

7

8

Nov 2011

Out 2011

Set 2011

Jul 2

011

Mai 2011

Abr 2011

Fev 2011

Jan 2011

2,067

5,204

6,9397,102

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Glossário - Instituições

Anbima Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais

BIS Banco de Compensações Internacionais

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CNI Confederação Nacional da Indústria

FED Banco Central dos EUA

FGV Fundação Getúlio Vargas

FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

FMI Fundo Monetário Internacional

IBGE Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

MEC Ministério da Educação

MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NASDAQ National Association of Security Dealers Automated Quotation

RFB Receita Federal do Brasil

SAE/PR Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

SAIN Secretaria de Assuntos Internacionais

SEAE Secretaria de Acompanhamento Econômico

SPE Secretaria de Política Econômica

STN Secretaria do Tesouro Nacional

S&P Standard & Poor's

Unctad Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento

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Glossário - Termos

CDS Credit Default Swap

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CRB Commodity Research Bureau

DI Depósito Interbancário

DPMFi Dívida Pública Mobiliária Federal Interna

FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador

FBCF Formação Bruta de Capital Fixo

FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

FIES Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior

FSB Fundo Soberano do Brasil

IBC-Br Índice de Atividade Econômica do Banco Central

IED Investimento Estrangeiro Direto

IGP-DI Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna

INCC-DI Índice Nacional de Custo da Construção Civil - Disponibilidade Interna

IOF Imposto Sobre Operações Financeiras

IPA-DI Índice de Preços ao Produtor - Disponibilidade Interna

IPC Índice de Preços ao Consumidor

IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo

ISM Institute of Supply Management

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOAS Lei Orgânica de Assistência Social

NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

PEA População Economicamente Ativa

PIA População com Idade Ativa

PIB Produto Interno Bruto

PMC Pesquisa Mensal do Comércio

PME Pesquisa Mensal de Emprego

PMI Purchasing Managers Index

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios

Pronatec Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

RENAI Rede Nacional de Informações Sobre o Investimento

RMV Renda Mensal Vitalícia

Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SFN Sistema Financeiro Nacional

SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

TR Taxa de Referência

WEO World Economic Outlook/FMI

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Presidente da República: Dilma Vana RousseffMinistro da Fazenda: Guido MantegaSecretário Executivo: Nelson BarbosaSecretário de Política Econômica: Márcio Holland Chefe de Gabinete: Marcelo Fiche

Produção e ExecuçãoSecretaria de Política EconômicaAssessoria de Assuntos Econômicos do Gabinete do Ministro

Distribuição e CirculaçãoAssessoria de Assuntos Econômicos do Gabinete do Ministro

ArteProjeto Gráfico: Viviane BarrosArte da capa e entre capítulos: André NóbregaDiagramação: Alline Luz e Viviane BarrosEstagiários de Design: Letícia Lopes e Weslei LopesEstagiária de Economia: Andrea Motta

Suporte TécnicoSecretaria do Tesouro Nacional - STNSecretaria de Assuntos Internacionais - SAINSecretaria de Acompanhamento Econômico - SEAEServiço Federal de Processamento de Dados - SERPRO

www.fazenda.gov.br

Finalizado em 30 de Novembro de 2011

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