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Economia CriativaEconomia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

So Paulo, 2011

Economia CriativaEconomia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Prefeito Gilberto Kassab Secretrio do Governo Municipal Nelson Hervey Costa

Diretor Executivo Geraldo Biasoto Junior Coordenao Editorial Aurlio Srgio Costa Caiado Consultores da Coordenao Ldia Goldenstein, Isaura Botelho Equipe Tcnica Adalberto de Lima, Andr Rodrigues Nagy, Lucas Henrique de Oliveira Carolino, Margret Althuon, Mnica Landi, Paulo Celso da Silva, Plnio Bernardi Junior, Rafael Saad Fernandez, Waldomiro Pecht Reviso Caia Fittipaldi, Elosa Tavares, Mnica dos Santos, Juarez Nunes Mota, Newton Sodr, Rafael Saad Fernandez Projeto grfico e diagramao Nino Dastre

Superviso Maria Anglica Travolo Popoutchi Luciana Csar Guimares Agradecimentos a Clovis de Barros Carvalho Secretrio do Governo Municipal (2006-2010)

Catalogao na fonte Elena Yukie Harada Normalizao bibliogrfica Ana Cristina de Souza Leo, Ruth Aparecida de Oliveira

Economia Criativa

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

ApresentaaoA Prefeitura da cidade de So Paulo concluiu um indito diagnstico sobre o papel da Economia Criativa na cidade de So Paulo. Trata-se de um conjunto de atividades que tm como base o conhecimento e possuem grande potencial de crescimento e de criao de oportunidades, cuja delimitao complexa em razo do nmero de setores em que se inserem. Neste cenrio, o estudo Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade representa um importante avano da nossa gesto, pois quanto mais se entende a dinmica dessas atividades, tanto mais eficiente ser o planejamento e definies das aes necessrias para acelerar o seu desenvolvimento. Coordenado pela Secretaria do Governo Municipal com a colaborao direta de praticamente todas as reas da administrao e da Fundao do Desenvolvimento Administrativo - Fundap, este trabalho revelou que, em 2009, a Economia Criativa j era responsvel por 3% de todo o emprego formal da cidade. To importante quanto o nmero de vagas, trata-se de atividades que podem ser desenvolvidas no apenas nos tradicionais centros econmicos da cidade, mas tambm em distritos mais distantes, que apresentam maior carncia de postos de trabalho e oportunidades. A capilaridade geogrfica da Economia Criativa fundamental para complementar a poltica de revitalizao urbana que estamos desenvolvendo. Alm do programa Nova Luz tambm est trabalhando na criao de novas centralidades na cidade, o que fundamental para que a populao tenha mais opes de trabalho, estudo e lazer perto da regio em que vive. Deste modo, reduziremos a necessidade de grandes deslocamentos, estimularemos a economia local, melhorando a qualidade de vida de todos os paulistanos. Fomentar a Economia Criativa significa acelerar esse processo e reduzir a diferena de desenvolvimento entre as vrias regies da nossa cidade. o desenvolvimento de todos os seus cidados, tanto na dimenso pessoal, delimitada pela melhoria da qualidade de vida, quanto em sua dimenso profissional, atravs de sua insero em atividades dinmicas e com potencial de crescimento, que orienta esta administrao em todas as suas aes.

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Gilberto KassabPrefeito de So Paulo

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

IntroduaoO desenvolvimento das atividades econmicas uma condio fundamental para promover a melhoria das condies de vida da populao e ampliar o aproveitamento das potencialidades locais. Neste sentido, a participao do setor de servios no conjunto da economia do municpio uma varivel fundamental na estratgia de qualquer administrao. Coube Secretaria do Governo Municipal organizar o desenvolvimento do presente estudo. Para isso, contou com o apoio da Secretaria de Cultura atravs de seus tcnicos e de seu secretrio Carlos Augusto Calil; da Secretaria de Relaes Internacionais por meio de seus tcnicos e do secretrio Alfredo Cotait; da Secretaria de Desenvolvimento Econmico e Trabalho atravs de seus tcnicos e de seu secretrio Marcos Cintra e de modo especial com a So Paulo Turismo (SP Turis). Para a construo da metodologia foi contratada a Fundap que a desenvolveu de modo a quantificar os setores e ocupaes criativas no municpio, adaptada natureza e complexidade das atividades do municpio. O trabalho apontou que o peso dos setores criativos no municpio superior ao que se verifica no Estado de So Paulo e no Brasil e que sua dinmica de desenvolvimento mais acelerada. Os resultados apontam uma srie de potencialidades no municpio. A compreenso de sua dinmica relevante, pois as principais condicionantes de seu desenvolvimento so supridas no prprio territrio j que o principal item incorporado na sua produo o conhecimento e a cultura, campos nos quais a cidade de So Paulo extremamente rica. Para se ter uma ideia, apenas na cidade de So Paulo, mais de 9% das empresas dedicam-se a algum tipo de atividade criativa. O nmero de empresas nestes setores tem crescido a um ritmo muito superior ao da mdia da economia, sendo que, em 2009, elas j empregavam cerca de 140 mil trabalhadores formais, o que corresponde a 3% de todo o emprego formal na cidade. Estes dados fazem com que a cidade de So Paulo tenha uma posio de destaque no cenrio nacional, concentrando em seu territrio mais da metade dos trabalhadores da Economia Criativa no Estado e 15% do pas. O estudo apresentado nas pginas a seguir mais um passo em direo a um grande processo de discusso, elaborao e desenvolvimento de aes voltadas para a Economia Criativa na cidade de So Paulo. Os dados obtidos ao longo deste projeto de pesquisa permitiro direcionar os esforos da municipalidade e serviro de referencial para a aferio dos resultados que sero certamente obtidos no futuro.

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Nelson Hervey CostaSecretrio do Governo Municipal

Indice

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Economia Criativa Metodologia Apresentao e Anlise dos Dados Economia Criativa: Evoluo do Emprego Formal Economia Criativa: Emprego Formal e Informal Economia Criativa: Ocupaes Criativas Economia Criativa em So Paulo Os Setores Criativos na Cidade de So Paulo Comparao entre esse Estudo e outras Pesquisas Similares Estudos de Caso A Virada Cultural na Cidade de So Paulo Impacto Econmico da Virada Cultural Clculo do Impacto Econmico da Virada Cultural no Municpio de So Paulo Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso CCJ: Sua Origem, Trajetria e Desafios CCJ nos Dias de Hoje Metodologia de Pesquisa e Questionrios Avaliao do Corpo Tcnico Entrevistado CCJ e Economia Criativa: Algumas Consideraes A SPFW e a Indstria da Moda em So Paulo O setor txtil no mundo A SPFW e a Indstria da Moda So Paulo Fashion Week A importncia da SPFW para a cidade de So Paulo Agenda para o Desenvolvimento da Economia Criativa Possibilidades de Aes Para o Desenvolvimento da Economia Criativa Referncias Bibliogrficas

15 21 27 28 40 43 48 65 113 115 116 117 118 123 124 124 127 132 134 135 135 140 141 142 147 149 153

CaPtulo 1

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia CriativaConCEitoS, origEm, PrinCiPaiS ClaSSifiCaES E tiPologiaS CriaDaS Por organiSmoS intErnaCionaiS E naCionaiSEm todas as atividades realizadas pelo homem existe um grau maior ou menor de criatividade e, nos mais simples gestos de comunicao entre os seres humanos, clara a presena de elementos culturais. No entanto, os critrios adotados pelos dife-rentes organismos que se dedicam ao estudo dos setores econmicos ditos culturais/criativos so mais especficos, considerando como parte do que se convencionou chamar Economia Criativa aquelas manifestaes humanas ligadas arte em suas diferentes modalidades, seja ela do ponto de vista da criao artstica em si, como pintura, escultura e artes cnicas, seja na forma de atividades criativas com vis de mercado, como design e publicidade. Por ter-se constitudo como um campo de estudos h pouco tempo e envolver atividades de intenso dinamismo, o conceito de Economia Criativa ainda alvo de debates no mundo todo, sobretudo no que se refere escolha de quais setores poderiam ou no ser considerados criativos. A Economia Criativa est no rol de disciplinas que compem a chamada economia baseada no conhecimento (knowledge based economy). Entretanto, no deve ser confundida com a economia da inovao, que consiste na transformao de conhecimento cientfico ou tecnolgico em produtos, processos, sistemas e servios que dinamizam o desenvolvimento econmico, criam riqueza e geram melhorias no padro de vida da populao. Tambm no deve ser confundida com economia da cultura. um conceito novo, em construo. Pode-se dizer que Economia Criativa o ciclo que engloba a criao, produo e distribuio de produtos e servios que usam a criatividade, o ativo intelectual e o conhecimento como principais recursos produtivos. So atividades econmicas que partem da combinao de criatividade com tcnicas e/ou tecnologias, agregando valor ao ativo intelectual. Ela associa o talento a objetivos econmicos. , ao mesmo tempo, ativo cultural e produto ou servio comercializvel e incorpora elementos tangveis e intangveis dotados de valor simblico. Do ponto de vista histrico, os estudos relacionados ao conceito de Economia Criativa ganharam corpo principalmente nas ltimas duas dcadas, mais especificamente a partir de 1994, com o lanamento do documento Creative Nation, na Austrlia. Conforme destaca Miguez (2007), o conceito avanou rapidamente para o Reino Unido, onde, em 1997, o New Labor identificou a indstria criativa como um setor particular da economia. Nesse contexto, foi criado pelo governo britnico o Department of Culture, Media and Sports (DCMS)1. O principal objetivo dessa iniciativa foi revitalizar a economia nacional tendo em vista a perda de espao que as indstrias de base britnicas vinham sofrendo no final do sculo XX. Para reverter esse quadro, o Reino Unido passou a apostar em setores relacionados criatividade1. O DCMS o departamento britnico responsvel pelas polticas pblicas relacionadas ao setor cultural, mdia (tanto impressa quanto rdio, televiso e internet) e esportes. Seu objetivo principal a melhoria da qualidade de vida no Reino Unido atravs do fomento s atividades esportivas e culturais, tendo sido um dos pioneiros na aferio de dados estatsticos referentes Economia Criativa. Possui status ministerial e responsvel pela realizao de grandes eventos no pas, como o caso dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos que sero realizados em Londres, em 2012.

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e inovao, de maneira a fortalecer sua economia e torn-la capaz de enfrentar a acirrada competitividade do mercado global. Segundo Flew e Cunningham (2010), deve-se ao DCMS o mrito por quatro grandes contribuies para o fomento das indstrias criativas no Reino Unido. A primeira delas foi inserir as indstrias criativas como foco principal da poltica econmica ps-industrial britnica, dada sua importncia para a economia nacional, principalmente no que se refere formao do PIB e gerao de empregos. A segunda foi ressaltar que os setores criativos no seriam importantes apenas por seu valor intangvel, mas tambm por contriburem para o desenvolvimento da economia como um todo. A terceira contribuio foi fomentar a cultura, no apenas do ponto de vista do subsdio e do patrocnio, mas como objeto de polticas de exportao, propriedade intelectual, desenvolvimento urbano e educao. A quarta foi destacar que as formas tradicionais de produo de bens criativos devem no apenas ser estimuladas, mas tambm envolver formas modernas de produo diretamente relacionadas s tecnologias da informao e de conhecimento, apontando as indstrias criativas como fundamentais para o desenvolvimento do Reino Unido. A partir de 2005, o DCMS passa a adotar o termo Creative Economy em lugar de Creative Industries por entender que esse novo conceito mais abrangente ao incluir um amplo leque de setores2. So eles: a propaganda, arquitetura; mercado de artes e antiguidades; artes performticas; artesanato; design; design de moda; filme e vdeo; msica; artes cnicas; publicaes; software e games; televiso e rdio. Esses setores tm como ncleo das atividades criativas aquelas protegidas por direitos autorais devido ao seu2. bom lembrar que na lngua inglesa o termo indstria significa setor ou conjunto de empresas que realizam uma atividade produtiva comum. Por esse motivo, muitas vezes as tradu es brasileiras acabam associando o termo industrie a atividades fabris de larga escala e seriadas.

carter de produo essencialmente intelectual. Segundo os dados do DCMS (2010), a Economia Criativa j seria responsvel por 7,8% do emprego, 8,7% das empresas e 5,6% do valor adicionado da indstria no Reino Unido. Ressalte-se que esse conjunto de setores tem apresentado crescimento mdio de 5% ao ano, ritmo superior mdia do restante da economia britnica. Com a ampliao do debate sobre atividades e setores culturais/criativos e sua importncia para o mercado mundial, instituies ligadas Organizao das Naes Unidas (ONU) voltam-se ao tema por entender que investimentos nesses setores poderiam trazer importantes benefcios aos pases em desenvolvimento. Muitos estudos isolados foram feitos pelo sistema ONU, sobretudo no mbito da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (Unesco)3, da Conferncia das Naes Unidas para o Comrcio e o Desenvolvimento (Unctad)4 e da Organizao Mundial para a Propriedade Intelectual (Wipo)5. Segundo a abordagem da Unctad (2010, p. 4), as atividades da Economia Criativa encontram-se no cruzamento das artes, da cultura, dos negcios e da tecnologia. Isto , so aquelas atividades que compreendem o ciclo de criao, produo e distribuio de bens e servios que utilizam o capital intelectual como seu ponto de partida. Ademais, a Unctad v a Economia Criativa como um conceito ainda em construo , pelo fato de os prprios setores criativos viverem em contnua e acelerada trans3. A Unesco o rgo responsvel por promover a paz, a segurana e defender os direitos humanos por meio da educao, da cultura e da cincia. O organismo tem como um de seus principais trabalhos a realizao de diversos estudos, procurando favorecer o intercmbio de polticas pblicas consideradas bemsucedidas entre as diferentes naes. Ver: http://www.unesco.org. 4. A Unctad, estabelecida em 1964, responsvel por promo-ver o desenvolvimento econmico e social nos diferentes pases. J h alguns anos, a entidade tem-se dedicado ao estudo dos setores de economia criativa, apresentando-os como uma alternativa para os pases pobres e em desenvolvimento diversificarem suas economias, apostando no potencial criativo de seus povos como uma forma de agregar valor aos seus produtos, ao mesmo tempo em que valorizam sua cultura e ajudam a promover a diversidade. 5. A World Intellectual Property Organization (Wipo) a agncia das Naes Unidas dedicada a questes relativas propriedade intelectual. Estabelecida em 1967, tem sede em Genebra, na Sua.

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formao. As indstrias criativas de hoje integram setores tradicionais, intensivos em tecnologia e orientados para os servios. Diferentemente dos estudos feitos no Reino Unido, que tm foco nos direitos autorais, os realizados pela Unctad focalizam a questo da criatividade, verificando suas interaes com a tecnologia e procurando subsidiar a elaborao de polticas que fomentem essa produo e estimulem a economia. A partir desse conceito, a Unctad considera como integrantes da Economia Criativa tanto alguns setores tradicionais como os mais intensivos em tecnologia. Nesse leque, encontram-se as expresses culturais tradicionais, equipamentos culturais, artes visuais, espetculos ao vivo, design, novas mdias, audiovisual, publicaes, arquitetura, propaganda e marketing. A Unctad estima que o crescimento mdio da Economia Criativa ser da ordem de 10% nas prximas dcadas, e alguns trabalhos j a consideram o setor lder de negcios nos pases desenvolvidos. A Unesco desenvolveu uma srie de pesquisas sobre o setor cultural, focando principalmente na estruturao de uma Rede de Cidades Criativas (Creative Cities Network), com o propsito de permitir o intercmbio de polticas entre as cidades que fazem parte desse grupo. Ateno especial foi dada s iniciativas relacionadas ao estmulo aos pequenos negcios e promoo do talento das pessoas, como forma de transformar a economia tradicional6. No caso especfico do comrcio de produtos culturais, a Unesco considera criativos os produtos tangveis ou intangveis com contedo cultural e que podem ter a forma de produtos ou de servios. O mercado de produtos culturais inclui, alm dos produtos e servios de contedo cultural, os equipamentos e suportes materiais necessrios sua disseminao, bem como os servios auxiliares, mesmo que eles sejam considerados somente6. Para mais informaes sobre a Rede de Cidades Criativas, ver: http://portal. unesco.org/culture.

parcialmente culturais. Alm disso, estudo da Unesco (2004) chama a ateno para o papel exercido pelo ambiente digital e pela internet no sistema de comrcio de produtos culturais e na criao de novas ferramentas e novos meios e formatos de distribuio desses produtos. Em que pese adotarem a denominao Economia da Cultura, os estudos da Unesco caminham, praticamente, no mesmo sentido daqueles conduzidos pela Unctad, apesar de utilizarem classificaes um pouco distintas, dando maior enfoque aos produtos culturais e seu fluxo entre os diferentes pases. A Unesco entende que o conceito de economia da cultura abrange as atividades econmicas que estejam diretamente relacionadas a criao, produo e comercializao de contedos intangveis e culturais em sua natureza. Considera como culturais as atividades relacionadas a: artes performticas e msica; artes visuais e artesanato; audiovisual e mdia interativa; design e servios criativos (como arquitetura e publicidade); livros e edio; preservao do patrimnio cultural e natural. Atuando de forma transversal em todas essas reas, so tambm includas as atividades de ensino ligadas cultura, bem como as atividades relacionadas ao turismo, aos esportes e ao lazer. Na Frana, os dados coletados pelo Institut National de le Statistique et des tudes conomiques (Insee)7 so tratados pelo Dpartement des tudes de la Prospective des Statistiques (Deps)8, que desenvolve metodologia prpria, elaborando pesquisas especficas sobre economia, cultura e criatividade, no apenas para a Frana, mas tambm para toda a Unio Europeia (UE).7. O Insee vinculado ao Ministrio da Economia, Finanas e Indstria francs. Seu principal objetivo coletar, produzir e analisar informaes sobre a economia e a sociedade francesa. 8. O Deps o departamento do Ministrio da Cultura francs responsvel pela elaborao e anlise de dados estatsticos que permitem o emprego racional de polticas pblicas para a cultura no pas. Alm dos trabalhos de compilao de dados, tambm realiza estudos prospectivos, criando hipteses de tendncias sociais e culturais que podem ser importantes para a elaborao de polticas pblicas de longo prazo.

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A partir de informaes disponibilizadas nas bases da Eurostat9, o resultado desse trabalho, contemplando diversos dados estatsticos e anlises sobre a cultura na Europa, foi publicado em 2007 (Statistiques culturelles en Europe). Observa-se que, para a realizao desse estudo, o Deps adaptou suas bases de dados s estatsticas consensualmente consideradas como culturais em todos os pases-membros da UE. Dessa forma, foi adotada a proposta do European Leadership Group (LEG), responsvel pelo desenvolvimento de alguns trabalhos anteriores sobre cultura para a UE, que identifica o campo das atividades culturais relacionadas a sete domnios especficos, a saber: arquitetura; arquivos e bibliotecas; artes do espetculo; artes plsticas; audiovisual/multimdia; livro e imprensa; e patrimnio artstico e monumental. Essas atividades no necessariamente comporiam um setor parte da economia no senso mais estrito, mas, apesar disso, poderiam ser enquadradas dentro do que se passou a denominar economia da cultura. Na Amrica Latina, importante destacar o trabalho que vem sendo realizado pela municipalidade de Buenos Aires, tanto no mbito de sua participao na Rede de Cidades Criativas quanto na promoo do design, tendo em vista ser considerada pela Unesco uma das Cidades do Design no mundo. Os levantamentos estatsticos tm permitido acompanhar de modo eficiente os resultados obtidos com as polticas implementadas nos ltimos anos. Para tanto, o governo local criou o Observatorio de Industrias Creativas (OIC), constitudo de uma equipe multidisciplinar que, desde 2005, tem publicado relatrios com informaes quantitativas e qualitativas sobre essas indstrias.

No relatrio de 2009, a entidade define as industrias creativas como aquelas atividades situadas na fronteira entre a cultura e a economia, cujos produtos e servios incluem uma dimenso simblica expressiva, baseada em contedo criativo (intelectual ou artstico), com valor econmico e objetivos de mercado (OIC, 2009, p.10). A partir dessa definio, a OIC considera como criativas as atividades e os produtos relacionados a: artes cnicas e visuais (teatro, dana, pintura, escultura, etc.); audiovisual (cinema, rdio, televiso, etc.); design (grfico, industrial, moda, etc.); editorial (livros e peridicos); msica (gravada e ao vivo); servios criativos conexos (informtica, games, internet, arquitetura, publicidade, agncias de notcias, bibliotecas, museus, etc.). No Brasil, por meio de um convnio firmado entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e o Ministrio da Cultura, foi realizado estudo que organizou estatsticas referentes economia da cultura. Destaque-se que o IBGE, em sua sistematizao de informaes, analisa apenas as atividades econmicas relacionadas produo de bens e servios direta ou indiretamente ligados cultura, e tradicionalmente ligados s artes. Com essa seleo, foram excludas as atividades referidas a turismo, esporte, meio ambiente e religio, que muitas vezes entram na abrangncia do conceito de economia da cultura em alguns pases. A Federao das Indstrias do Rio de Janeiro (Firjan) realizou, em 2008, estudo sobre a Cadeia da Indstria Criativa Brasileira apoiando-se em uma classificao bem mais ampla que aquela proposta pela Unctad. Apesar das diferenas existentes entre as classificaes estabelecidas pelos rgos aqui citados, pode-se verificar que h um certo consenso sobre os principais setores contemplados nessas classificaes, a saber: Arquitetura; Patrimnio; Artes e Antiguidades; Artes Performticas; Artesanato; Design; Design de Moda; Editorao Eletrnica; Msica; Publicidade; Rdio e TV; Software e Games; e Vdeo, Cinema e Fotografia.

9. Eurostat o instituto de estatsticas da Unio Europeia.

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A partir da identificao das principais classificaes existentes, o prximo captulo apresenta a sntese da construo da metodologia elaborada pela equipe da Fundap para definir e delimitar a Economia Criativa para a cidade de So Paulo. O trabalho foi elaborado a partir das seguintes etapas: (i) detalhamento da metodologia empregada no projeto com relao s ocupaes e atividades consideradas criativas; (ii) apresentao de quadro-sntese em que se comparam as diversas classificaes internacionais e nacionais apontadas nesse trabalho e a classificao definida; e (iii) organizao e mapeamento dos dados disponveis sobre as atividades econmicas (ou ramos de atividades) e ocupaes (ou profisses) relacionadas cultura/criatividade, a partir das bases nacionais existentes, para o Municpio de So Paulo e sua Regio Metropolitana, bem como para o Estado de So Paulo e para o Brasil. Em suma, com esse procedimento, buscou-se construir uma metodologia capaz de mensurar o peso que esse conjunto de setores selecionados assume na economia, sem deixar de garantir a possibilidade de comparao com os dados j disponibilizados por outros rgos e instituies.

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CaPtulo 2

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MetodologiaDimEnSionamEnto Da EConomia CriativaDe modo geral, os estudos sobre Economia Criativa/ Economia da Cultura definem, a partir de uma base conceitual peculiar, quais setores so considerados como criativos e/ou culturais. Esse conceito ento aplicado a pelo menos uma dessas duas dimenses de anlise: atividades econmicas (ou ramo de atividades), ocupaes (ou profisses). importante destacar que as estatsticas econmicas dos pases so organizadas de maneira a mensurar adequadamente as atividades econmicas e a atuao das empresas sediadas em seu territrio. O Brasil utiliza a Classificao Nacional das Atividades Econmicas (CNAE), desenvolvida pela Receita Federal com orientao tcnica do IBGE. A CNAE est de acordo com a International Standard Industrial Classification of All Economic Activities (Isic), coordenada pela ONU. Em seus anexos, a CNAE traz tabelas de converso de cdigos que permitem comparar as atividades brasileiras aos dados disponibilizados pela Isic e por rgos de outros pases que adotam classificaes padronizadas. Os estudos analisados nesse trabalho - e que serviram de referncia para a elaborao da proposta de classificao das atividades consideradas integrantes da economia criativa pela equipe - esto organizados em diferentes classificaes, o que exigiu trabalho adicional de compatibilizao das diversas classificaes para torn-los comparveis. O IBGE, o DCMS, a Unctad, a Unesco, a OIC e a Firjan trabalham com a questo econmica segundo o vis das atividades relacionadas cultura e criatividade. Para isso, cada rgo definiu quais seriam as atividades objeto de seus estudos, segundo critrios prprios e, a partir delas, traaram seus percursos de pesquisa. O Quadro 1 apresenta as atividades econmicas consideradas criativas e/ou culturais nos estudos analisados. Assim, foram realizados dois trabalhos distintos com as atividades econmicas. O primeiro dedicou-se a adaptar as classes de atividades indicadas pelos rgos que estudaram o tema da Economia Criativa (encontradas em diferentes padres) para a CNAE 2.01, por meio do uso de dicionrios oficiais de converso e da anlise da descrio das classes. O segundo trabalho foi a elaborao de uma lista de atividades consideradas criativas de acordo com os critrios especficos adotados por esse estudo. Nessa etapa, foi analisada a natureza das atividades econmicas consideradas, por diversos estudos, como culturais e/ ou criativas e observadas as caractersticas especficas da economia brasileira e da dinmica de seus setores criativos. Na anlise, chama a ateno a abrangncia considerada pela Firjan, que relaciona 155 classes de atividades dentre as 177 contempladas nos trabalhos analisados. Esse largo espectro explicado por sua metodologia contabilizar os servios que tm a atividade criativa como parte principal do processo produtivo (atividades-ncleo), alm dos segmentos de proviso direta de bens e servios1. A CNAE 2.0 a adaptao da verso anterior da CNAE ao conjunto de atividades econmicas visando uma melhor caracterizao destas, bem como manter a classificao comparvel aos sistemas internacionais.

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ao ncleo (reas relacionadas) e atividades de apoio (comercializao e distribuio). Ressalte-se que sete classes de atividades so comuns a todos os estudos: edio de livros; produo cinematogrfica, de vdeos e de programas de televiso; exibio cinematogrfica; gravao de som e edio de msica; televiso aberta; agncias de publicidade; e artes cnicas, espetculos e atividades complementares. No trabalho de compatibilizao das estatsticas e delimitao das classes, surgiram dificuldades relacionadas seleo de algumas atividades criativas e no criativas. Nesses casos, para evitar distores nos resultados finais do trabalho de mensurao, optou-se por excluir toda a classe em que esse tipo de problema foi detectado. Esse foi o motivo pelo qual o setor da moda no foi includo nas atividades criativas, uma vez que no possvel separar as informaes sobre criao das atividades essencialmente fabris, por estarem reunidas em uma mesma classe de atividades na indstria de confeco. Problema semelhante foi igualmente verificado em relao s atividades artesanais. Com a adoo desse critrio, manteve-se um recorte mais restrito de atividades do que aquele estabelecido pelas outras classificaes pesquisadas, privilegiando, portanto, as atividades diretamente relacionadas criatividade e cultura. Dessa forma, a classificao adotada restringiu-se a atividades essencialmente criativas, no incluindo aquelas ligadas fabricao e comercializao de bens criativos.

Assim, as atividades classificadas pela equipe totaliza 42 classes de atividades econmicas, que foram agrupadas em 10 grandes categorias de acordo com suas semelhanas (Quadro 1): arquitetura e design; artes performticas; artes visuais, plsticas e escritas; audiovisual; edio e impresso; ensino e cultura; informtica; patrimnio; pesquisa e desenvolvimento; e publicidade e propaganda. A coluna T do quadro a seguir mostra em quantas metodologias aparecem listadas como criativas as atividades selecionadas nesse trabalho.

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Quadro 1. Comparao Metodolgica em Relao ao Estudo da FundapCategoria 1 Cdigo desCrio UnesCo UnCtad ibge dCms Firjan oiC t

Arquitetura e Design

32116 32124 71111 74102

Lapidao de Gemas e Fabricao de Artefatos de Ourivesaria e Joalheria Fabricao de Bijuterias e Artefatos Semelhantes Servios de Arquitetura Design e Decorao de Interiores Artes Cnicas, Espetculos e Atividades Complementares Gesto de Espaos para Artes Cnicas, Espetculos e Outras Atividades Artsticas Atividades de Organizaes Associativas Ligadas Cultura e Arte Atividades Fotogrficas e Similares Criao Artstica Fabricao de Instrumentos Musicais Atividades de Produo Cinematogrfica, de Vdeos e de Programas de Televiso Atividades de Ps-Produo Cinematogrfica, de Vdeos e de Programas de Televiso Distribuio Cinematogrfica, de Vdeo e de Programas de Televiso Atividades de Exibio Cinematogrfica Atividades de Gravao de Som e de Edio de Msica Atividades de Rdio Atividades de Televiso Aberta Programadoras e Atividades Relacionadas Televiso por Assinatura Aluguel de Fitas de Vdeo, DVDs e Similares Edio de Livros Edio de Jornais

Sim No Sim Sim Sim Sim No Sim Sim Sim Sim Sim

No No Sim Sim Sim Sim No Sim Sim No Sim Sim

Sim No No No Sim No No Sim No Sim Sim No

No No Sim Sim Sim Sim No Sim Sim No Sim No

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

No No Sim No Sim Sim No No No No Sim No

3 1 5 4 6 5 1 5 4 3 6 3

Artes Performticas

90019 90035 94936

Artes Visuais, Plsticas e Escrita Audiovisual

74200 90027 32205 59111 59120

23

59138 59146 59201 60101 60217 60225 77225 Edio e Impresso 58115 58123

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

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Sim Sim Sim No Sim No No Sim No

Sim Sim Sim Sim Sim Sim No Sim Sim

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

No Sim Sim Sim Sim Sim No Sim Sim

5 6 6 5 6 5 2 6 4continua

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e PotencialidadeCategoria 1 Cdigo desCrio UnesCo UnCtad ibge dCms Firjan oiC t

58131 Edio e Impresso (cont.) 58191 58212 58221 58239 58298 63917 Ensino e Cultura 85937 85929 Informtica 62015 62023 62031

Edio de Revistas Edio de Cadastros, Listas e Outros Produtos Grficos Edio Integrada Impresso de Livros Edio Integrada Impresso de Jornais Edio Integrada Impresso de Revistas Edio Integrada Impresso de Cadastros, Listas e Outros Produtos Grficos Agncias de Notcias Ensino de Idiomas Ensino de Arte e Cultura Desenvolvimento de Programas de Computador Sob Encomenda Desenvolvimento e Licenciamento de Programas de Computador Customizveis Desenvolvimento e Licenciamento de Programas de Computador no Customizveis Consultoria em Tecnologia da Informao Suporte Tcnico, Manuteno e Outros Servios em Tecnologia da Informao Tratamento de Dados, Provedores de Servios de Aplicao e Servios de Hospedagem na Internet Portais, Provedores de Contedo e Outros Servios de Informao na Internet Atividades de Bibliotecas e Arquivos Atividades de Museus e de Explorao, Restaurao Artstica e Conservao de Lugares e Prdios Histricos e Atraes Similares Atividades de Jardins Botnicos, Zoolgicos, Parques Nacionais, Reservas Ecolgicas e reas de Proteo Ambiental Pesquisa e Desenvolvimento Experimental em Cincias Fsicas e Naturais Pesquisa e Desenvolvimento Experimental em Cincias Sociais e Humanas Agncias de Publicidade Atividades de Publicidade no Especificadas Anteriormente

No Sim No No No No Sim No Sim No Sim No

No No No No No No Sim No No No No No

No No Sim Sim Sim No Sim Sim Sim Sim Sim No

Sim Sim No No No No Sim No No Sim Sim Sim

Sim Sim Sim Sim Sim Sim No No Sim Sim Sim Sim

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim No No No No No

3 4 3 3 3 2 5 1 3 3 4 2

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62040 62091 63119

No No No

No No No

No No Sim

No No No

Sim Ok Sim

Sim Ok No

2 2 2

63194 Patrimnio 91015 91023

Sim Sim Sim

No Sim Sim

No Sim Sim

No No No

Sim Sim Sim

No Sim Sim

2 5 5

91031

Sim

Sim

Sim

No

No

No

3

Pesquisa e Desenvolvimento

72100 72207 73114 73190

No Sim Sim Sim

No No Sim Sim

Sim Sim Sim No

No No Sim Sim

No No Sim Sim

No No Sim No

1 2 6 4

Publicidade e Propaganda

Fonte: Fundap

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Com relao ao Quadro 1, devem ser feitos alguns esclarecimentos sobre a seleo de determinadas atividades includas nas devidas categorias: a) ARquiTETuRA E DesiGN: a classe de atividade referente aos servios de arquitetura engloba arquitetura e produo de maquetes. J no caso do design, por impossibilidade de se fazer maior desagregao, foi considerada, para efeito da pesquisa, a classe design e decorao de interiores, que rene as seguintes atividades: design de moda; mobilirio; objetos pessoais; joias; e design industrial. Esse grupo compreende tambm as atividades desenvolvidas por estilistas e produtores de moda; b) ARTES PERfoRMTiCAS: inclui as atividades ligadas s artes cnicas e circenses e a outros espetculos realizados ao vivo. Fazem parte dessa categoria no apenas os espetculos em si, mas tambm as atividades de gesto dos espaos em que eles acontecem, bem como as atividades das escolas de samba e de organizaes associativas de qualquer natureza que se dediquem cultura e arte; c) ARTES ViSuAiS, PlSTiCAS E ESCRiTA: abrange as atividades de fotografia e de criao artstica, nas quais se incluem a pintura artstica, a escultura e a escrita de textos de fico e no fico; d) AuDioViSuAl: inclui atividades fabris, como a reproduo de materiais gravados (em que se inclui a gravao de CD e DVD) e a fabricao de instrumentos musicais (produzidos tanto artesanalmente como em larga escala). Os servios ligados produo, psproduo e exibio cinematogrfica tambm fazem parte dessa categoria, alm das atividades de rdio e televiso, responsveis pela maior parte dos servios de difuso de produes audiovisuais; e) EDio E iMPRESSo: encontram-se nessa categoria as atividades da cadeia de produo de todos os tipos de materiais impressos (livros, jornais, revistas e outros) e as atividades de agncias de notcias, responsveis

pela coleta, produo e difuso de contedo jornalstico para diversos meios de comunicao. As agncias de notcias foram includas nesse grupo em razo de sua estreita relao com a produo de materiais impressos e por contar com o mesmo perfil de profissionais que atuam na edio de jornais e revistas; f) EnSino E CulTuRA: rene somente as atividades educativas da rea de artes e cultura, como cursos de dana, msica, pintura, artesanato e teatro. O ensino de idiomas foi includo por ser uma importante atividade no que se refere ao contato com diferentes culturas e envolver a lngua, um dos elementos bsicos pelo qual a cultura se manifesta; g) infoRMTiCA: inclui o desenvolvimento de softwares prontos para uso e os feitos sob encomenda, alm da produo de jogos eletrnicos (games). Tambm fazem parte desse grupo, as atividades relacionadas internet, assim como os servios de hospedagem de sites, portais e provedores de contedo on-line; h) PATRiMnio: abrange as atividades relacionadas preservao de acervo bibliogrfico e museolgico, alm da explorao comercial de espaos de exibio desses materiais e das atividades de conservao e restaurao dos mesmos. Pelo seu significativo papel educacional e por contar com um grande percentual de pesquisadores em seus quadros (responsveis pela preservao de acervos biolgicos), as atividades de jardins botnicos, zoolgicos, parques, reservas e reas de proteo ambiental foram includas nesse grupo; i) PESquiSA E DESEnVolViMEnTo: envolve as atividades das instituies de pesquisa e laboratrios em todas as reas de conhecimento. Embora no haja consenso entre os estudos utilizados quanto sua insero, a Fundap optou por inclu-las, uma vez que produzem conhecimento, bens e servios sobre os quais incide algum tipo de propriedade intelectual, questo essa que permeia toda discusso sobre criatividade;

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Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

j) PuBliCiDADE E PRoPAGAnDA: inclui as atividades das agncias de publicidade e demais atividades de propaganda, como promoo de vendas e consultoria. No inclui as atividades relacionadas a venda ou aluguel de espao publicitrio, por no representar uma atividade na qual a criatividade se manifeste. Essa seleo e esse agrupamento das atividades criativas no incluiu setores que, muito embora apresentem estreita relao com a criatividade, englobam atividades no criativas. Com esse critrio, espera-se evitar a superestimao dos dados. Um exemplo o caso da atividade Comrcio atacadista de artigos de escritrio e de papelaria; papel, papelo e seus artefatos; livros, jornais e outras publicaes, que compreende a venda de jornais e revistas (bens considerados criativos), mas tambm inclui a venda de etiquetas e de material de escritrio que, apesar de serem utilizados em alguns estudos, no se caracterizam como bens criativos. Espera-se que essa organizao permita a comparao com outras bases de dados oficiais que se apresentem de acordo com as classes de atividades definidas na CNAE 2.0 do IBGE. Esse o caso, por exemplo, das informaes relativas ao mercado de trabalho formal disponibilizadas na Relao Anual de Informaes Sociais (Rais) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Esse banco de dados fornece informaes sobre o nmero de vnculos empregatcios formalmente registrados, a quantidade de unidades locais atuando no Brasil, alm de caractersticas que ajudam a descrever o perfil dos profissionais e das empresas classificadas como criativas. Ressalte-se, contudo, que os dados do MTE permitem analisar apenas o mercado formal. Para obter informaes sobre todo o mercado de trabalho inclusive o emprego informal, principal universo de alocao da mo de obra que trabalha em atividades artsticas e criativas foi utilizada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) do IBGE, que permite analisar tanto o mercado

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formal como o mercado informal no Brasil. Como a PNAD utiliza a base de dados da CNAE Domiciliar (verso resumida da CNAE 2.0) para organizar seus dados, foi feita a devida converso entre as classes de atividades econmicas da CNAE 2.0 para a CNAE Domiciliar. Com o intuito de amenizar possveis distores decorrentes da baixa representatividade de alguns setores na PNAD, optou-se por trabalhar com uma mdia mvel dos trinios, cujo valor calculado com base em uma mdia entre o valor para o ano indicado e os valores para os anos anterior e posterior. Outro grande esforo metodolgico da equipe foi montar uma classificao das ocupaes criativas. Para tanto, partiu-se da Classificao Brasileira de Ocupaes (CBO) para definir aquelas que seriam consideradas criativas. Seguindo o mesmo procedimento adotado para as atividades econmicas, a equipe buscou compatibilizar as ocupaes classificadas na CBO, do MTE, com a CBO Domiciliar (base de dados utilizada pela PNAD), para obter informaes a respeito do mercado de trabalho informal. Assim como ocorreu com as atividades econmicas, em alguns casos no foi possvel encontrar uma ocupao selecionada como criativa pela Fundap na CBO que correspondesse CBO Domicilar, o que explica o termo no h correspondente. Nos casos em que determinadas ocupaes criativas estavam reunidas com ocupaes no criativas, a opo foi indicar essa situao com o termo no foi includa por estar reunida com profissionais no criativos. Nos casos em que h profissionais criativos que desenvolvem atividades em setores nos quais no possvel dissociar os trabalhadores em atividades mais fabris daqueles que executam tarefas especificamente de criao, optou-se pela no incluso dos profissionais, evitando assim o efeito de superestimao dos dados.

CaPtulo 3

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Apresentaao e Analise dos DadosEsse captulo apresenta as estatsticas organizadas no projeto em tabelas, grficos e mapas que indicam como os setores da Economia Criativa tm crescido ao longo dos ltimos anos, sua distribuio no territrio brasileiro e, em especial, na cidade de So Paulo, e as caractersticas dos empregos e empresas que esto envolvidos nesses setores. Com esses dados, pretende-se mostrar a importncia dos setores criativos para a economia brasileira e o quanto eles tm sido cada vez mais significativos na economia paulistana. A sistematizao dessas estatsticas e a continuidade no acompanhamento da evoluo dos indicadores tm sido uma das estratgias fundamentais para a promoo da Economia Criativa no mundo, havendo em diversos pases instituies especialmente encarregadas de levantar informaes que subsidiem polticas pblicas de incentivo a estes setores. As informaes apresentadas a seguir foram organizadas a partir da base de dados do MTE, em especial da Relao Anual de Informaes Sociais (Rais), onde possvel encontrar uma srie de informaes detalhadas sobre o emprego formal no Brasil, com desagregao at o nvel municipal. Como uma forma de acompanhar os setores criativos no apenas no mercado de trabalho formal, mas tambm no total da economia, optou-se pelo uso dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio (PNAD), do IBGE. Esta base tambm oferece uma srie de detalhamentos sobre o emprego no pas e permite regionalizar boa parte das informaes at o nvel estadual. No permite, portanto, a organizao de estatsticas no plano municipal.

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Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia Criativa: Evoluo do Emprego FormalA Economia Criativa encontra-se distribuda em todo o territrio brasileiro, com participao significativa tanto do ponto de vista do emprego em atividades e/ou ocupaes criativas quanto em termos das unidades locais. A seguir, so apresentados grficos e tabelas que procuram mapear e analisar a participao do emprego formal em atividades criativas no pas, por regies, pelo Estado de So Paulo e sua Regio Metropolitana, bem como para o Municpio de So Paulo e seus distritos. Em 2009, segundo dados da RAIS-MTE, o Brasil apresentava cerca de 41 milhes de vnculos empregatcios formalmente registrados, dos quais 753 mil (1,8% do emprego formal no pas) representavam profissionais atuando em ramos de atividades econmicas consideradas criativas (ver Mapa 1). Entre 2006 e 2009, o nmero de vnculos empregatcios no total da economia passou de 35 milhes para 41 milhes, enquanto nos setores criativos verificou-se um aumento de 648 mil para 753 mil, o que equivale, respectivamente, a uma variao de 17% e 16,1% (Grficos 1 e 2).

Grfico 1 Emprego Formal no Total da EconomiaBrasil - 2006-200941.207.546 39.441.503 37.607.430

35.155.249

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2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Grfico 2 Emprego Formal em Atividades Econmicas CriativasBrasil - 2006-2009753.178 717.387

664.798 648.419

2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 1 - Distribuio do Emprego Formal em Atividades da Economia Criativa.Brasil-2009.

Total do Pessoal Ocupado 12.079.131 12.079.131 1.999.632 622.459 351.701 73.771 73.771

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Pessoal Ocupado em Atividades Criativas 296.231 92.477 31.503 16.465 6.375 682 So Paulo Rio de Janeiro Distrito Federal Pernambuco Mato Grosso do Sul Amap

Elaborado com Philcarto * 20/08/2011 12:46:31 * http://philcarto.free.fr

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE. / Mapa elaborado com Philcarto.

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Grfico 3 - Variao percentual do nmero de empregos formais no Total da Economia e em Atividades Criativas (em %)Brasil e Municpio de So Paulo - 2006-200927,9

Quadro 2 - Emprego Formal em Atividades Econmicas Criativas Comparado aos Demais Setores EconmicosBrasil - 2009Emprego formal Participao relativa (%) Posio dos setores criativos

17,2

18,3

16,2

Total Setores BrasilTotal Brasil Economia Cria va Municpio de So Paulo

Setores Criativos 753.178 296.231 140.499 1,83 2,46 3,04 9 6 4

41.207.546 12.035.497 4.621.085

Estado de So Paulo Municpio de S.Paulo

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

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Com o intuito de mapear o comportamento do emprego formal vinculado s atividades criativas em relao s demais atividades econmicas, o Quadro 2 ressalta algumas relaes para a economia brasileira, o Estado de So Paulo e o Municpio de So Paulo.

Percebe-se que as atividades criativas no Brasil ocupam a nona posio com participao de 1,83%. Para o Estado de So Paulo, esse mesmo conjunto de atividades envolve 296.231 empregos formais, representando 2,46% do total, o que o leva sexta posio frente s demais atividades econmicas. J o Municpio de So Paulo alcana a quarta posio, com quase 141 mil empregos, equivalendo a 3,04% em termos relativos. Os Quadros 3, 4 e 5, a seguir, permitem visualizar de maneira mais detalhada a colocao que as atividades criativas assumem frente s demais atividades econmicas, respectivamente, para o pas, Estado de So Paulo e Municpio de So Paulo.

Quadro 3 - Emprego Formal em Atividades Econmicas Criativas Comparado aos Demais Setores EconmicosBrasil - 2009N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Descrio TOTAL DO EMPREGO FORMAL Administrao do estado e da poltica econmica e social Comrcio varejista no-especializado Comrcio varejista de produtos novos no especificados anteriormente e de produtos usados Servios coletivos prestados pela administrao pblica Restaurantes e outros servios de alimentao e bebidas Construo de edifcios Atividades de atendimento hospitalar Comrcio varejista de equipamentos de informtica e comunicao; equipamentos e artigos de uso domstico economia Criativa Transporte rodovirio de passageiros Transporte rodovirio de carga Comrcio varejista de material de construo Atividades de limpeza Confeco de artigos do vesturio e acessrios Educao superior Servios combinados para apoio a edifcios Comrcio varejista de produtos alimentcios, bebidas e fumo Outras ativ.de servios prestados principalmente s empresas Atividades de vigilncia, segurana privada e transporte de valores Intermediao monetria - depsitos vista Comrcio varejista de produtos farmacuticos, perfumaria e cosmticos e artigos mdicos, pticos e ortopdicos Pecuria Educao infantil e ensino fundamental Produo de lavouras temporrias Comrcio atacadista especializado em produtos alimentcios, bebidas e fumo Abate e fabricao de produtos de carne Comrcio de peas e acessrios para veculos automotores Atividades de associaes de defesa de direitos sociais Fabricao e refino de acar Fabricao de produtos de material plstico Demais Setores (240)Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE

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N Abs. 41.207.546 7.817.233 1.397.061 1.308.306 946.737 910.375 868.091 860.972 757.540 753.178 660.127 647.210 638.508 620.600 620.276 581.268 558.955 533.446 513.036 498.613 490.409 479.965 471.029 414.479 411.703 392.130 391.195 369.402 359.378 326.022 324.371 15.285.931

Part. (%) 100,0 19,0 3,4 3,2 2,3 2,2 2,1 2,1 1,8 1,8 1,6 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2 1,1 1,0 1,0 1,0 1,0 0,9 0,9 0,8 0,8 37,1

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Quadro 4 - Emprego Formal em Atividades Econmicas Criativas Comparado aos Demais Setores EconmicosEstado de So Paulo - 2009N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Descrio totaL do emPrego FormaL Administrao do estado e da poltica econmica e social Comrcio varejista de produtos novos no especificados anteriormente e de produtos usados Comrcio varejista no-especializado Atividades de atendimento hospitalar Restaurantes e outros servios de alimentao e bebidas economia Criativa Transporte rodovirio de carga Atividades de limpeza Comrcio varejista de eq.tos de informtica e comunicao; eq.tos e artigos de uso domstico Outras ativ. de servios prestados principalmente s empresas Construo de edifcios Comrcio varejista de material de construo Intermediao monetria - depsitos vista Servios combinados para apoio a edifcios Fabricao de peas e acessrios para veculos automotores Comrcio varejista de produtos alimentcios, bebidas e fumo Atividades de teleatendimento Transporte rodovirio de passageiros Servios coletivos prestados pela administrao pblica Confeco de artigos do vesturio e acessrios Atividades de vigilncia, segurana privada e transporte de valores Educao superior Locao de mo-de-obra temporria Fabricao de produtos de material plstico Com. varejista de prod. farmacuticos, perf. e cosmticos e art. mdicos, pticos e ortopdicos Educao infantil e ensino fundamental Atividades de associaes de defesa de direitos sociais Produo de lavouras temporrias Comrcio de peas e acessrios para veculos automotores Fabricao e refino de acar Comrcio atacadista de produtos de consumo no-alimentar Com. atacadista espec. em produtos alimentcios, bebidas e fumo Produo de lavouras permanentes Fabricao de outros produtos alimentcios Servios de catering, buf e outros servios de comida preparada Construo de outras obras de infra-estrutura Fabricao de produtos de metal no especificados anteriormente Atividades de org. associativas no especificadas anteriormente Pecuria Constr.de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras-de-arte Demais Setores (230) N Abs. 12.035.497 1.437.472 413.769 409.044 300.709 298.290 296.231 226.804 224.177 199.431 196.152 195.500 194.058 193.903 188.637 178.429 165.474 163.818 163.558 163.185 161.373 155.683 150.706 149.177 147.688 124.752 123.318 121.975 120.969 114.523 110.222 109.908 108.260 97.104 90.342 89.164 89.020 85.014 84.440 76.544 75.664 4.084.644 Part. (%) 100,00 11,94 3,44 3,40 2,50 2,48 2,46 1,88 1,86 1,66 1,63 1,62 1,61 1,61 1,57 1,48 1,37 1,36 1,36 1,36 1,34 1,29 1,25 1,24 1,23 1,04 1,02 1,01 1,01 0,95 0,92 0,91 0,90 0,81 0,75 0,74 0,74 0,71 0,70 0,64 0,63 25,27

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Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Quadro 5 - Emprego Formal em Atividades Econmicas Criativas Comparado aos Demais Setores EconmicosMunicpio de So Paulo - 2009N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Descrio TOTAL DO EMPREGO FORMAL Administrao do estado e da poltica econmica e social Servios coletivos prestados pela administrao pblica Comrcio varejista de produtos novos no especificados anteriormente e de produtos usados economia Criativa Restaurantes e outros servios de alimentao e bebidas Atividades de atendimento hospitalar Comrcio varejista noespecializado Intermediao monetria depsitos vista Atividades de teleatendimento Servios combinados para apoio a edifcios Atividades de vigilncia, segurana privada e transporte de valores Construo de edifcios Outras atividades de servios prestados principalmente s empresas Confeco de artigos do vesturio e acessrios Atividades de limpeza Comrcio varejista de equipamentos de informtica e comunicao; equipamentos e artigos Locao de modeobra temporria Comrcio atacadista de produtos de consumo noalimentar Transporte rodovirio de carga Comrcio varejista de produtos alimentcios, bebidas e fumo Transporte rodovirio de passageiros Atividades dos servios de tecnologia da informao Educao superior Comrcio varejista de material de construo Educao infantil e ensino fundamental Atividades de associaes de defesa de direitos sociais Comrcio varejista de produtos farmacuticos, perfumaria e cosmticos e artigos mdicos Construo de outras obras de infraestrutura Atividades de organizaes associativas no especificadas anteriormente Servios de catering, buf e outros servios de comida preparada Demais Setores (240)Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE

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N Abs. 4.621.085 742.198 149.527 144.609 140.499 131.542 125.060 114.289 112.029 107.410 103.876 102.063 85.590 82.925 80.283 76.410 74.720 66.700 63.514 61.372 61.077 56.970 56.744 53.408 49.425 47.897 46.544 44.408 42.224 38.005 37.984 1.662.282

Part. (%) 100,00 16,06 3,24 3,13 3,04 2,85 2,71 2,47 2,42 2,32 2,25 2,21 1,85 1,79 1,74 1,65 1,62 1,44 1,37 1,33 1,32 1,23 1,23 1,16 1,07 1,04 1,01 0,96 0,91 0,82 0,82 35,97

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Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

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O Grfico 4 ilustra a distribuio setorial do emprego formal no total das atividades criativas para o Brasil e Municpio de So Paulo. Nota-se que os empregos no setor de Informtica lideram em ambos os casos com, respectivamente, 38,7% e 42,9% da participao total. O setor de Audiovisual com 15,6% assume a segunda posio dentre as atividades criativas no Brasil, seguido pela Edio e Impresso (15,2%). J o Municpio de So Paulo apresenta uma distribuio um pouco diferente para essas duas atividades, ou seja, em segundo lugar destaca-se Edio e Impresso com 16,5%, cabendo ao setor de Audiovisual a quarta posio com 11,4%. Para o Municpio de So Paulo, o setor de Publicidade e Propaganda detm 14,8% do total de empregos formais das atividades criativas paulistanas, o que lhe confere o terceiro lugar dentre os demais; j para o pas, esse setor responde por apenas 7,3%. Chama ateno a grande diferena registrada no setor de P&D, enquanto no Brasil esse setor ocupa a quinta posio com 6,4% do total de empregos formais em atividades criativas, no Municpio de So Paulo, ele assume a nona posio, empregando apenas 1,6%.

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Grfico 4 - Distribuio Setorial do Emprego Formal em Atividades Criativas (em %)Brasil e Municpio de So Paulo - 200942,9

Inform ca Audiovisual Edio e Impresso Publicidade e Propaganda P&D Ensino e cultura Artes perform cas Arquitetura e design Artes visuais, pls cas e escrita Patrimnio 1,6 7,3 6,4 11,4

38,7 15,6

16,5 15,2 14,8

3,9 5,8 3,3 4,2 2,9 3,7 1,8 2,2 0,9 0,9 Brasil

Ainda com relao ao emprego formal, mas considerando as Unidades Locais (ULs), os dados levantados pela RAIS-MTE, para 2009, identificam um total de 3,2 milhes de Unidade Locais (ULs) operando no Brasil, das quais 1,97% (63,6 mil ULs) so vinculadas s atividades da Economia Criativa. A evoluo dessas ULs podem ser acompanhada no Grfico 5.

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Grfico 5 - Unidades Locais na Economia Criativa.Brasil - 2006-200963.633 60.707 58.458 58.663

Municpio de So Paulo

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Em termos de distribuio espacial, o Mapa 2 apresenta a localizao do total das ULs e as principais reas de concentrao das ULs Criativas, com destaque para a Regio Sudeste, em particular o Estado de So Paulo.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 2 - Distribuio do Nmero de Unidades Locais em Atividades da Economia CriativaBrasil - 2009

Total das Unidades Locais873.117 873.117 183.963 55.140 21.804 3.738 3.738

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Unidades Locais Criativas20.396 6.968 2.249 1.461 631 83 Elaborado com Philcarto * 19/08/2011 17:25:42 * http://philcarto.free.fr So Paulo Minas Gerais Bahia Pernambuco Par Roraima

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

De maneira a identificar a distribuio das Unidades Locais (ULs) vinculadas Economia Criativa em relao s demais atividades econmicas, o Quadro 5 rene essas informaes para Brasil, utilizando como referncia o ano de 2009. Verifica-se que as ULs Criativas aparecem na 14

posio, com participao semelhante quela identificada para o emprego formal (1,8%), situando-se logo abaixo de setores tradicionais como a Construo de Edifcios (2,3%) e o Transporte Rodovirio de Cargas (2,1%).

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Quadro 6 - Comparao do Nmero de Unidades Locais da Economia Criativa com Demais Setores EconmicosBrasil - 2009N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Descrio TOTAL DAS UNIDADES LOCAIS Comrcio varejista de produtos novos no especificados anteriormente e de produtos usados Pecuria Comrcio varejista de equipamentos de informtica e comunicao; equipamentos e artigos de uso domstico Restaurantes e outros servios de alimentao e bebidas Servios combinados para apoio a edifcios Comrcio varejista no-especializado Comrcio varejista de material de construo Comrcio varejista de produtos alimentcios, bebidas e fumo Comrcio varejista de produtos farmacuticos, perfumaria e cosmticos e artigos mdicos, pticos e ortopdicos Atividades de ateno ambulatorial executadas por mdicos e odontlogos Comrcio de peas e acessrios para veculos automotores Construo de edifcios Transporte rodovirio de carga economia Criativa Produo de lavouras temporrias Comrcio varejista de artigos culturais, recreativos e esportivos Confeco de artigos do vesturio e acessrios Produo de lavouras permanentes Manuteno e reparao de veculos automotores Outras atividades de servios prestados principalmente s empresas Outras atividades de servios pessoais Comrcio varejista de combustveis para veculos automotores Atividades de apoio agricultura e pecuria; atividades de ps-colheita Atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contbil e tributria Atividades de organizaes associativas no especificadas anteriormente Comrcio atacadista de produtos de consumo no-alimentar Comrcio atacadista especializado em produtos alimentcios, bebidas e fumo Atividades jurdicas Educao infantil e ensino fundamental Atividades de associaes de defesa de direitos sociais Demais Setores (240)Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

N Abs. 3.223.514 306.004 167.337 154.228 140.265 125.438 123.828 121.146 114.400 106.305 91.926 80.173 73.508 68.192 63.633 59.992 49.878 49.755 41.983 39.880 39.417 34.524 33.511 32.242 31.104 30.966 28.861 28.189 27.441 26.827 25.380 907.181

Part. (%) 100,00 9,49 5,19 4,78 4,35 3,89 3,84 3,76 3,55 3,30 2,85 2,49 2,28 2,12 1,97 1,86 1,55 1,54 1,30 1,24 1,22 1,07 1,04 1,00 0,96 0,96 0,90 0,87 0,85 0,83 0,79 28,14

37

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

No caso da cidade de So Paulo, os dados da RAISMTE demonstram que, em 2006, existiam 226 mil ULs no municpio. Em apenas quatro anos, este nmero teve um incremento de 13,36%, alcanando 257 mil ULs (Grfico 6). Enquanto os setores criativos paulistanos registraram um crescimento, no mesmo perodo, de quase 19%, passando de 7.094 unidades, em 2006, para 8.438, em 2009 (Grfico 7), as ULs Criativas no Pas aumentaram apenas 8,85%, entre 2006 e 2009.

Grfico 7 - Unidades Locais na Economia CriativaMunicpio de So Paulo - 2006-20092006-2009

8.438 7.863 7.094 7.276

2006

2007

2008

2009

Grfico 6 - Unidades Locais no Total da EconomiaMunicpio de So Paulo - 2006-200920

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

257.236

248.040 235.702

38

226.919

2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

O Grfico 8, por sua vez, permite visualizar a participao do nmero de ULs Criativas no total das ULs para o Brasil, a Regio Sudeste, o Estado de So Paulo, a Regio Metropolitana de So Paulo e o Municpio de So Paulo. inegvel a relevncia que as ULs criativas assumem, notadamente, para a Regio Metropolitana de So Paulo e o Municpio de So Paulo, ao representarem, respectivamente, 2,96% e 3,28% em relao ao total de ULs, em 2009.

Grfico 8 - Participao do Nmero de Unidades Locais Criativas no Total das Unidades LocaisBrasil, Regio Sudeste, Estado de So Paulo, RMSP e Municpio de So Paulo - 2006-20093,01 2,37 2,34 2,96 3,13 3,28

2,06

2,22 1,97

2,16

Brasil

Regio Sudeste

Estado de So Paulo 2006 2009

RMSP

Municpio de SP

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Quanto distribuio setorial das ULs Criativas observa-se, a exemplo do verificado com relao ao emprego formal, que o setor de Informtica lidera com 49,4% do conjunto de ULs Criativas, para o Municpio de So Paulo, em 2009 (Grfico 9). Na sequncia, encontra-se o setor de Audiovisual com 10,9% e o de Publicidade e Propaganda, com 10,8%.

Grfico 9 - Distribuio Setorial das Unidades Locais CriativasMunicpio de So Paulo - 2009Arquitetura e Design 5,9% Publ. e Propaganda 10,8%

P& D 0,8% Patrimnio 0,3%

Artes Perform cas 6,2% Artes Visuais, Pls cas e Escrita 5,3%

39

Audiovisual 10,9%

Inform ca 49,4%

Edio e Impresso 7,5% Ensino e Cultura 2,9%

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE. / Mapa elaborado com Philcarto.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia Criativa: Emprego Formal e Informal

40

Conforme descrito no Captulo 2, a pesquisa da Fundap buscou, alm do emprego formal, apresentar as informaes sobre o emprego informal em atividades econmicas criativas a partir da base de dados da PNAD. No Brasil, o nmero de empregos formais e informais, entre 2006 e 2009 passou de 87,2 milhes para 91,6 milhes, uma variao de 5%. Observa-se, ainda, que a participao do emprego formal e informal das economias criativas tem permanecido na faixa de 3% em relao ao total do emprego formal e informal brasileiro, durante o perodo estudado. A distribuio espacial do total dos trabalhadores (formais e informais) nas unidades federativas (Mapa 3) no muito diferente daquela verificada nos dados da RAIS, reforando a concentrao espacial dos empregos criativos na Regio Sudeste, notadamente, no Estado de So Paulo. Nesse caso, por exemplo, os dados da PNAD registram que 965 mil trabalhadores (formais e informais) ocupam atividades criativas, o que corresponde a 4,8% do emprego total registrado para o Estado de So Paulo (19,9 milhes), em 2009.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 3 - Distribuio do Emprego Formal e Informal no Total da Economia e em Atividades CriativasBrasil - 2009

Emprego Formal e Informal no Total da Economia19.926.154 19.926.154 5.543.325 1.656.946 1.194.783 184.117 184.117

41

Emprego em Atividades Criativas965.395 365.430 107.739 93.082 43.386 4.402 Elaborado com Philcarto * 24/08/2011 19:28:19 * http://philcarto.free.fr So Paulo Rio de Janeiro Cear Gois Rio Grande do Norte Roraima

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Os Grficos 10 e 11 apresentam o nmero de trabalhadores (formais e informais) para o Brasil, Regio Sudeste e Estado de So Paulo. Sabe-se que, em 2009, havia no Brasil cerca de 91,6 milhes de trabalhadores, dos quais 3,2 milhes desempenhavam atividades criativas (3,5%). Na Regio Sudeste, por sua vez, a participao de trabalhadores criativos no total do emprego da regio um pouco maior, chegando a 4,7% dos cerca de 38,9 milhes de empregados. J no Estado de So Paulo, temos uma participao ainda maior, com 5,2% dos trabalhadores exercendo atividades da Economia Criativa. Esses dados reafirmam o que foi verificado pela anlise dos dados da RAIS-MTE, nos quais era possvel detectar uma forte concentrao de profissionais criativos no Estado.

Grfico 11 Emprego Formal e Informal em Atividades Criativas.Brasil, Regio Sudeste e Estado de So Paulo (2009)3.207.491

1.709.023 965.395

BRASIL

Regio Sudeste

Estado de So Paulo

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

42

Grfico 10 Emprego Formal e Informal no Total da Economia.Brasil, Regio Sudeste e Estado de So Paulo (2009)91.636.877

Nos perodos apresentados no grfico abaixo, nota-se que a taxa de formalizao da economia criativa superior do total da economia. Em 2009, a diferena era de 3,5 pontos. Alm de ser superior taxa de formalizao do total da economia, ela apresentou crescimento no perodo analisado, passando de 60% em 2006 para 61,6% em 2009.

38.915.767 19.926.154

Grfico 12 Evoluo da Taxa de Formalizao no Total da Economia e nos Setores Criativos.Brasil - 2006-200961,6 60,0 58,1

BRASIL

Regio Sudeste

Estado de So Paulo

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

54,2

2006 Total da Economia

2009 Economia Cria va

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia Criativa: Ocupaes CriativasSegundo os dados de ocupao da RAIS-MTE, dos 41 milhes de vnculos formais registrados no Brasil, em 2009, 1,3 milho referem-se a profissionais registrados como exercendo ocupaes consideradas criativas (3,2% do total). Em relao ao nmero de trabalhadores formais vinculados a atividades criativas (753.178) fica evidente que a pesquisa de ocupaes realiza pelo MTE consegue abarcar um nmero maior de atividades criativas. O Mapa 4 permite visualizar a distribuio espacial sob a perspectiva das ocupaes no territrio nacional. No caso do Estado de So Paulo, temos cerca de 444.245 mil empregos, valor superior ao registrado no Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar com 134.971 vnculos formais registrados.

Mapa 4 - Distribuio do Emprego Formal em Ocupaes da Economia CriativaBrasil - 2009Total do Pessoal Ocupado 12.079.131 12.079.131 1.999.632 622.459 351.701 73.771 73.771

43

Pessoal Ocupado Criativo444.245 So Paulo 134.971 Rio de Janeiro 49.647 33.928 15.769 1.151 Rondnia Cear Par Roraima

Elaborado com Philcarto * 15/01/2011 12:02:17 * http://philcarto.free.fr

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

O emprego em ocupaes criativas em So Paulo apresenta uma quantidade 50% maior de trabalhadores que o registrado do ponto de vista das atividades. No Grfico 13, tem-se o nmero de profissionais com ocupaes criativas nas diferentes regionalizaes analisadas neste estudo. Quando comparadas as participaes, nota-se que o Estado de So Paulo responsvel por 34,3% de todo o emprego formal em ocupaes criativas do pas, cabendo cidade de So Paulo pouco menos que a metade destes profissionais (16,1% do pas).

Grfico 13 - Emprego em Ocupaes Criativas.Brasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo1.293.648

Na cidade de So Paulo, os trabalhadores em ocupaes criativas respondem 4,5% do emprego formal da cidade. Observando com mais detalhes, a distribuio do emprego nas ocupaes criativas (Grfico 14), v-se que o setor com maior importncia em nmero de trabalhadores o de Informtica, com 44% dos ocupados criativos. Em seguida, mas em quantidade j bem menor, aparecem os setores de Publicidade e Propaganda (9,4%), Audiovisual (7,8%) e Design (7,6%).

44

Grfico 14 - Distribuio do Emprego Formal em Ocupaes Criativas.Municpio de So Paulo - 2009Publicidade e Propaganda 9% Artes Perform cas 1%

444.245 288.292 208.596

Artes Visuais 1% Artesanato 2%

Brasil

Estado de SP

RMSP

Municpio deSP

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Patrimnio 4%

P&D 5%

Audiovisual 8% Design 8%

Moda 4%

Edio e Impresso 7% Ensino e Cultura 7%

Inform ca 44%

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Quanto distribuio setorial das ocupaes criativas (base RAIS-MTE), observa-se que, novamente, o setor de Informtica desponta como o principal empregador de profissionais criativos. Para o ano de 2009, por exemplo, 44,1% das ocupaes paulistanas referem-se a esse setor, contra 34,8% para o Brasil. Para o Municpio de So Paulo, a segunda posio compete ao setor de Publicidade e Propaganda, com 9,4%, seguindo pelo Audiovisual, com 7,8%. O setor de Ensino e Cultura, por sua vez, registra uma participao de 17,5% entre as ocupaes criativas no pas, caindo para 7,5% no Municpio de So Paulo (Grfico 15).

Grfico 15 - Distribuio Setorial do Emprego em Ocupaes Criativas (em %)Brasil e Municpio de So Paulo - 2009Inform ca Ensino e Cultura Audiovisual Arquitetura e Design Edio e impresso Artesanato Moda Patrimnio Publicidade e propaganda P&D Artes visuais, pls cas e escrita Artes Perform cas 2,0 5,4 4,0 4,7 3,9 3,9 9,4 3,4 5,0 1,1 0,9 0,8 0,9Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

34,8 44,1 17,5 7,2 8,1 7,8 7,5 7,6 6,8 7,3 6,1 Brasil Municpio de So Paulo

45

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

O Mapa 5 apresenta a distribuio espacial das ocupaes formal e informal (base PNAD) nas unidades federativas brasileiras. Percebe-se que a concentrao do emprego criativo continua sendo na Regio Sudeste, com um nmero ligeiramente superior ao apresentado pelo recorte das atividades econmicas.

Mapa 5 - Distribuio do Emprego Formal e Informal no Total da Economia e nas Ocupaes Criativas Brasil - 2009

46

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Quanto ao rendimento mdio desses trabalhadores, o Grfico 16 apresenta lado a lado a mdia do rendimento no total do emprego formal comparada mdia na Economia Criativa. H aqui uma diferena ainda maior entre as duas mdias que a verificada nas atividades criativas, sendo no Brasil 63% maior que a mdia da economia o ganho dos profissionais criativos, enquanto no Municpio de So Paulo essa diferena chega a 84%.

Grfico 17 - Tempo Mdio de Permanncia no Emprego no Total do Emprego Formal e em Ocupaes Criativas (em meses)Brasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo - 200960,2 61,1 54,3 51,5 57,3 50,0 61,9 50,9

Grfico 16 - Rendimento Mdio do Emprego no Total do Emprego Formal e em Ocupaes CriativasBrasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo - 2009R$3.593 R$3.097 R$2.393 R$1.461 R$1.680 R$1.914 R$2.040 R$3.769

Brasil

Estado de So Paulo

RMSP

Municpio de So Paulo

Total do Emprego Formal

Economia Cria va

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Brasil

Estado de So Paulo Total do Emprego Formal

RMSP

Municpio de So Paulo

Economia Cria va

Um fator importante a ser destacado sobre o emprego em Economia Criativa a idade dos trabalhadores (Grfico 18). Os profissionais criativos aparecem como mais jovens em todas as regionalizaes observadas, no caso da cidade de So Paulo, a diferena entre a mdia de idade maior, chegando a quase 2 anos.

47

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Grfico 18 - Mdia de Idade dos Profissionais no Total do Emprego Formal e nas Ocupaes CriativasBrasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo - 200935,76 35,26 34,79 33,77 33,75 33,98 35,96 35,49

Fazendo a comparao do tempo mdio de permanncia no emprego em meses entre o emprego em ocupaes criativas e o total do emprego formal nas regionalizaes estudadas, possvel verificar que apenas para o Brasil esse tempo maior nas ocupaes criativas que no total do emprego. No caso do Municpio de So Paulo, em mdia o trabalhador permanece no emprego por 61,9 meses, contra 50,9 nas ocupaes criativas.

Brasil

Estado de So Paulo

RMSP

Municpio de SP

Total do Emprego Formal

Economia Cria va

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Economia Criativa em So PauloEm todos os recortes apresentados, at o momento, o Estado de So Paulo aparece em destaque em relao ao total da economia brasileira. Dentro do Estado de So Paulo, conforme ser apresentado a seguir, tanto os empregos quanto as ULs encontram-se concentrados na Regio Metropolitana, sobretudo na capital. Em nmeros absolutos, este dado se explica pelo fato da capital abrigar um maior nmero de empresas e trabalhadores que o restante do Estado. No entanto, quando se observa a participao da Economia Criativa, vemos que ela bastante superior da economia como um todo, o que mostra uma especializao da cidade de So Paulo nestes setores. As atividades econmicas relacionadas criatividade na cidade de So Paulo, base RAIS-MTE, empregam uma grande quantidade de trabalhadores e esse nmero vem crescendo de forma significativa nos ltimos anos. O Grfico 19 mostra que, em 2006, o nmero de trabalhadores formalmente empregados no total da economia paulistana era de 3,9 milhes, tendo alcanado, em 2009, a marca de 4,6 milhes de trabalhadores, o que representa um crescimento de 18,3% em relao a 2006. Nos setores criativos, o nmero de trabalhadores formais era de 109.868, em 2006, chegando a 140.499, em 2009, significando um crescimento superior ao registrado no total da economia, ou seja, 27,9% no mesmo intervalo de tempo (Grfico 20).

Grfico 19 - Emprego Formal no Total da EconomiaMunicpio de So Paulo - 2006-20094.621.085 4.489.076 4.206.171 3.905.101

48

2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Grfico 20 - Emprego Formal nas Atividades Econmicas CriativasMunicpio de So Paulo - 2006-2009109.868 114.987 134.588 140.499

2006

2007

2008

2009

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

No que se refere taxa mdia anual de crescimento do emprego formal na Economia Criativa entre os anos de 2006 e 2009 (Grfico 21), nota-se que, enquanto no Brasil h uma ligeira reduo nesta taxa (de 5,4% para 5,1%), nas demais regionalizaes apresentadas, ao contrrio, ela cresce fortemente. No caso da cidade de So Paulo, por exemplo, esta taxa chega a 9,2% (em 2009), frente aos 5,8% registrados para o total da economia paulistana (em 2006).

Grfico 21 - Taxa de Crescimento Mdio ao Ano do Emprego Formal em Atividades Criativas (em %)Brasil, Regio Sudeste, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana de So Paulo e Municpio de So Paulo - 2006-20098,4 5,4 5,1 6,0 5,4 5,5 9,2 8,1 5,8

5,2

A RAIS-MTE permite ainda extrair o rendimento mdio dos trabalhadores. No Grfico 22 verifica-se que para todas as regionalizaes apresentadas, o emprego formal em setores da Economia Criativa apresenta rendimento superior ao encontrado no total da economia, sendo que essa diferena aumenta medida que se avana para a menor unidade, ou seja, a cidade de So Paulo. Na capital, a mdia de rendimentos dos trabalhadores criativos de R$ 3.000,22, 47% superior mdia de rendimentos no total do emprego formal (R$ 2.040,67) e tambm acima da renda mdia nacional na Economia Criativa (R$ 2.172,26).

49

Brasil

Sudeste

Estado de SP RMSP

Municpio de SP

Grfico 22 - Rendimento Mdio (em R$) dos Trabalhadores Formais no Total da Economia e em Atividades CriativasBrasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo - 2009R$2.568 R$2.172 R$1.461 R$1.680 R$2.861 R$1.914 R$3.000 R$2.040

Total do Emprego Formal

Economia Cria va

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Brasil

Estado de So Paulo Economia Cria va

RMSP Municpio deSP Total do Emprego Formal

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Quando se utiliza a base de dados da PNAD, tambm se verifica que superior o rendimento mdio dos trabalhadores (formais e informais) vinculados a atividades criativas comparado renda dos trabalhadores no total da economia tanto para o Brasil, como Regio Sudeste e Estado de So Paulo. O Grfico 23 mostra que, em 2009, os profissionais criativos no Brasil estavam recebendo salrios mdios de R$ 1.591,81, 52,7% superiores mdia do total do emprego. Na Regio Sudeste, este nmero cresce ainda mais, com trabalhadores criativos recebendo, em mdia, R$ 2.033,66 contra R$ 1.236,32 no total da economia, uma diferena de 64,5%. No caso do Estado de So Paulo, os trabalhadores criativos recebiam em mdia R$ 2.122,04, bem acima dos R$ 1.352,46 recebidos nos empregos do total da economia paulista (56,9% a mais). 50

Grfico 23 Rendimento Mdio (em R$) do Emprego Formal e Informal no Total da Economia e nas Atividades Criativas.Brasil, Regio Sudeste e Estado de So Paulo - 2009R$2.033 R$1.591 R$1.042 R$1.236 R$1.352 R$2.122

Ao comparar os rendimentos mdios obtidos pelos trabalhadores vinculados s atividades criativas, segundo as duas bases utilizadas na pesquisa (RAIS-MTE e PNAD), percebe-se que o mercado formal (RAIS-MTE) oferece rendimentos mdios superiores aos estabelecidos no mercado formal e informal (PNAD). As informaes contidas no Grfico 24 revelam essa discrepncia que apresenta uma reduo para o Brasil e Estado de So Paulo de, respectivamente, 36,5% e 21%.

Grfico 24 - Comparao dos rendimentos mdios (em R$) dos empregos em Atividades Criativas.Brasil e Estado de So Paulo - 2009R$2.569 R$2.172 R$1.591 R$2.122

Brasil Sudeste So Paulo Total do Emprego Economia Cria vaFonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

Brasil Rais PNAD

Estado de SP

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio - PNAD e Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Outro indicador que deve ser considerado quando se analisa o perfil das atividades criativas a mdia de idade dos trabalhadores. O Grfico 25 informa a mdia de idade dos trabalhadores formais empregados em atividades criativas e dos empregos nas demais atividades. Observa-se uma diferena entre essas idades, revelando que os trabalhadores criativos chegam a ser, em mdia, quase trs anos mais jovens que a mdia dos demais profissionais.

Grfico 25 - Mdia de Idade dos Profissionais no Total do Emprego Formal e em Atividades Criativas.Brasil, Estado de So Paulo, Regio Metropolitana e Municpio de So Paulo - 2009 35,76 33,47 32,38 35,26 32,68 35,49 32,92 35,96

A partir desses dados comparativos, a etapa seguinte do trabalho centrou-se em organizar os dados de emprego formal da pesquisa RAIS-MTE para os 96 distritos do Municpio de So Paulo, com o objetivo de extrair informaes que subsidiem a tomada de deciso para eventuais aes nos segmentos criativos da cidade. Apesar de os dados apresentados at aqui apontarem para uma concentrao de empresas criativas na cidade de So Paulo, isso no necessariamente quer dizer que essas empresas esto distribudas uniformemente no territrio. Para obter uma viso mais precisa da distribuio dessas ULs na cidade, preciso partir para uma anlise no nvel intramunicipal. Essa anlise mais detalhada fornecer subsdios para a implementao de polticas pblicas especficas para regies da cidade nas quais podem ser encontrados nichos de setores criativos especficos.

51

Brasil So Paulo Economia Cria va

RMSP Municpio de SP Total do Emprego Formal

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

3 42 63 11 29 48 13 51 50 21 70

81 39 92 18 28 44 87 74 36

82

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

65

Mapa 6 - Distritos da Capital19

84 86 89 64 6 59 9 56 88 37 96 80 8 60 69 91 5 41 2 26 66 78 10 20 31 53 7 24 1 12 49 14 62 45 85 67 47 4 57 25 90 34 93 72 54 32 94 73 35 76 33 77 15 83 75 27 68 17 71 38 40 46 79 23 16 22 581 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 gua Rasa Alto de Pinheiros Anhanguera Aricanduva Artur Alvim Barra Funda Bela Vista Belm Bom Re ro Brs Brasilndia Butant Cachoeirinha Cambuci Campo Belo Campo Grande Campo Limpo Cangaba Capo Redondo Carrao Casa Verde Cidade Ademar Cidade Dutra Cidade Lder Cidade Tiradentes Consolao Cursino Ermelino Matarazzo Freguesia do Graja Guaianases Moema

95

43

61 3 42 63 95 40 88 41 11 29 48 13 51 50 21 70 81 39 92 89 80 1 93 59 20 85 72 91 4 76 18 28 64 5 24 57 73 7555 30

82 86

44 87 3752 47

74

84 96 31 25 33

36

67 65 94 17 19

6 9 56 8 60 69 66 78 10 2 26 53 7 12 49 14 62 45 54 35 32 15 71 79 23 16 90 77 38 22 58 34 27 68

52

83

Distritos da Capital 33 Iguatemi 34 Ipiranga 35 Itaim Bibi 36 Itaim Paulista 37 Itaquera 38 Jabaquara 39 Jaan 40 Jaguara 41 Jaguar 42 Jaragu 43 Jd. Angela 44 Jd. Helena 45 Jd. Paulista 46 Jd. So Lus 47 Jos Bonifcio 48 Lapa 49 Liberdade 50 Limo 51 Mandaqui 52 Marsilac 53 Mooca 54 Morumbi 55 Parelheiros 56 Pari 57 Pq. do Carmo 58 Pedreira 59 Penha 60 Perdizes 61 Perus 62 Pinheiros 63 Pirituba 64 Ponte Rasa

65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96

Raposo Tavares Repblica Rio Pequeno Sacom Santa Ceclia Santana Santo Amaro So Lucas So Mateus So Miguel So Rafael Sapopemba Sade S Socorro Tatuap Trememb Tucuruvi Vila Andrade Vila Curu Vila Formosa Vila Guilherme Vila Jacu Vila Leopoldina Vila Maria Vila Mariana Vila Ma lde Vila Medeiros Vila Prudente Vila Sonia So Domingos Lajeado

46 43

30 55

52

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

gua Rasa Alto de Pinheiros Anhanguera Aricanduva Artur Alvim Barra Funda Bela Vista Belm Bom Re ro Brs Brasilndia Butant Cachoeirinha Cambuci Campo Belo Campo Grande Campo Limpo Cangaba Capo Redondo Carrao Casa Verde Cidade Ademar Cidade Dutra Cidade Lder Cidade Tiradentes Consolao Cursino Ermelino Matarazzo Freguesia do Graja Guaianases Moema

Distritos da Capital 33 Iguatemi 34 Ipiranga 35 Itaim Bibi 36 Itaim Paulista 37 Itaquera 38 Jabaquara 39 Jaan 40 Jaguara 41 Jaguar 42 Jaragu 43 Jd. Angela 44 Jd. Helena 45 Jd. Paulista 46 Jd. So Lus 47 Jos Bonifcio 48 Lapa 49 Liberdade 50 Limo 51 Mandaqui 52 Marsilac 53 Mooca 54 Morumbi 55 Parelheiros 56 Pari 57 Pq. do Carmo 58 Pedreira 59 Penha 60 Perdizes 61 Perus 62 Pinheiros 63 Pirituba 64 Ponte Rasa

As ULs na cidade de So Paulo, de forma geral, concenRaposo tram-se65nos Tavares distritos centrais da cidade, conforme pos66 Repblica 67 Rio Pequeno 68 Sacom svel observar no Mapa 6. A distribuio bastante prxima 69 Santa Ceclia 70 Santana da encontrada no Mapa 14, onde se v as ULs criativas. 71 Santo Amaro 72 So Lucas 73 So Mateus Neste caso, porm, pode-se dizer que os distritos a oeste 74 So Miguel 75 So Rafael apresentam uma concentrao maior de ULs criativas do 76 Sapopemba 77 Sade S que UL 78no geral. No Mapa 15, onde os dados apresen79 Socorro 80 Tatuap tados so de participao do nmero de ULs criativas no 81 Trememb 82 Tucuruvi 83 ULs, nota-se que os distritos de Perdizes, Alto de total das Vila Andrade 84 Vila Curu 85 PinheirosVila Formosa e Pinheiros, no centro-oeste da cidade, e Sade, 86 Vila Guilherme 87 Vila Jacu 88 Vila Leopoldina no centro-sul, so os que concentram o maior nmero de 89 Vila Maria 90 Vila Mariana ULs criativas, ficando os distritos centrais com participa91 Vila Ma lde 92 Vila Medeiros es menores, o que mostra que nessas regies da cidade, 93 Vila Prudente 94 Vila Sonia apesar 95 So Domingos uma grande quantidade de empresas de haver 96 Lajeado criativas, elas so pouco significativas diante do grande nmero de ULs no total da economia dessa regio.

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 7 - Distribuio do Emprego Formal no Total da EconomiaMunicpio de So Paulo 2009

Pessoal Ocupado 515.847 229.03461 3 42 63 95 40 88 41 67 65 94 83 71 38 19 46 79 16 22 58 43 23 12 54 11 13 51 82 29 48 2 62 60 45 32 15 50 6 21 69 26 70 9 56 86 8 53 34 81

50.011 25.306 14.09639 92 18 89 59 80 20 1 93 85 72 76 77 27 68 75 24 4 73 33 57 91 28 64 5 87 37 44 74 84 96 31 47 25 36

5.798 2.819

66 78 10 49 14 90

7

35

17

53

30 55

Observando agora os dados referentes distribuio do emprego em atividades criativas nos distritos da capital, o Mapa 7 apresenta os dados sobre o emprego formal no total da economia paulistana no ano de 2009. Nota-se uma grande concentrao do emprego em distritos (Itaim Bibi, Morumbi, Santo Amaro e S) localizados na regio centro-sul da cidade.

52

Elaborado com Philcarto * 10/01/2011 20:53:16 * http://philcarto.free.fr

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 8 - Distribuio do Emprego Formal em Atividades da Economia CriativaMunicpio de So Paulo 2009

Pessoal Ocupado 23.401 4.83661 3 42 63 95 40 88 41 67 65 94 83 71 38 19 46 79 16 22 58 43 23 12 54 11 13 51 82 29 48 2 62 60 45 32 15 50 6 21 69 26 70 9 56 86 8 53 34 81

1.686 634 15039 92 18 89 59 80 20 1 93 85 72 76 77 27 68 75 24 4 73 33 57 91 28 64 5 87 37 44 74 84 96 31 47 25 36

15 2

66 78 10 49 14 90

7

35

54

17

30 55

J no Mapa 8, aparecem os dados referentes ao emprego em atividades econmicas criativas. Aqui os distritos do Morumbi e Itaim Bibi voltam a se destacar, mas aparecem tambm os distritos de Pinheiros e Barra Funda com grande importncia em nmeros absolutos de profissionais formalmente empregados.

52

Elaborado com Philcarto * 10/01/2011 21:55:31 * http://philcarto.free.fr

Fonte: Relao Anual de Informaes Sociais - Rais. Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

Economia Criativa na Cidade de So Paulo: Diagnstico e Potencialidade

Mapa 9 - Participao dos Trabalhadores Formais em Atividades Criativas no Total do Emprego FormalMunicpio de So Paulo 2009

Participao (em %) 12,1 9,561 3 42 63 95 40 88 41 67 65 94 83 71 38 19 46 79 16 22 58 43 23 12 54 11 13 51 82 29 48 2 62 60 45 32 15 50 6 21 69 26 70 9 56 86 8 53 34 81

3,2 2,1 1,039 92 18 89 59 80 20 1 93 85 72 76 77 27 68 75 24 4 73 33 57 91 28 64 5 87 37 44 74 84 96 31 47 25 36

0,2 0,0

66 78 10 49 14 90

7

35

17

55

30 55

52

Elaborado com Philcarto * 16/01/2011 12:24:39 * http://philcarto.free.fr

No Mapa 9