Ed. Especial e Processos Inclusivos

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Desenvolvimento psicológico e educação Vol.3 Resumo de Estudo elaborado por Sheila Kimura * *este resumo contém citações literais, caso haja interesse pelas mesmas verifique no livro a página e indique em sua bibliografia. Além disso, encontram-se aqui apenas alguns capítulos desta obra. Capítulo 1 – Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas - A educação especial viveu profundas modificações durante o Séc. XX. 1904 – França – Alfred Binet: escalas de inteligência com a finalidade de separar as crianças que deviam ser educadas nas escolas regulares daquelas que não podiam freqüenta-las. o avaliação por níveis surgimento de escolas de educação especial 1940 – 1950: entra a relevância das influencias sociais e culturais. o Concepção que a deficiência pode ser motivada pela falta de estímulo adequado ou processo de aprendizagem incorreto. 1960 – 1970: movimento impulsionado por âmbitos sociais diversos. o Fatores: Uma nova concepção dos transtornos do desenvolvimento e da deficiência; Uma perspectiva distinta dos processos de aprendizagem e das diferenças individuais; A revisão da avaliação psicométrica; A presença de uma maior número de professores competentes; A extensão da educação obrigatória; O abandono escolar; A avaliação das escolas de educação especial; As experiências positivas de integração; A existência de uma corrente normalizadora no enfoque dos serviços sociais; COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Org.) e cols. Desenvolvimento Psicológico e Educação. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2004. 3 v.

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Resumo de estudo do Livro: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS,Jesús (Org.) e cols. DesenvolvimentoPsicológico e Educação. 2ª edição. PortoAlegre: Artmed, 2004. 3 v.Contém citações literais, caso interesse o livro deve ser consultado na íntegra.

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Desenvolvimento psicológico e educação Vol.3

Resumo de Estudo elaborado por Sheila Kimura**este resumo contém citações literais, caso haja interesse pelas mesmas verifique no livro a página e indique em sua bibliografia. Além disso, encontram-se aqui apenas alguns capítulos desta obra.

Capítulo 1 – Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas

- A educação especial viveu profundas modificações durante o Séc. XX.

• 1904 – França – Alfred Binet: escalas de inteligência com a finalidade de separar as crianças que deviam ser educadas nas escolas regulares daquelas que não podiam freqüenta-las.

o avaliação por níveis

surgimento de escolas de educação especial

• 1940 – 1950: entra a relevância das influencias sociais e culturais.

o Concepção que a deficiência pode ser motivada pela falta de estímulo adequado ou processo de aprendizagem incorreto.

• 1960 – 1970: movimento impulsionado por âmbitos sociais diversos.

o Fatores:

• Uma nova concepção dos transtornos do desenvolvimento e da deficiência;

• Uma perspectiva distinta dos processos de aprendizagem e das diferenças individuais;

• A revisão da avaliação psicométrica;• A presença de uma maior número de professores competentes;• A extensão da educação obrigatória;• O abandono escolar;• A avaliação das escolas de educação especial;• As experiências positivas de integração;• A existência de uma corrente normalizadora no enfoque dos serviços

sociais;

COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Org.) e cols. Desenvolvimento Psicológico e Educação. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2004. 3 v.

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• Os movimentos sociais a favor da igualdade.

Os alunos com necessidades educativas especiais:

• Conceito iniciado nos anos 60.

- Características:

Afeta um conjunto de alunos; Conceito relativo; Refere-se principalmente aos problemas de aprendizagem na sala de aula; Supõe a provisão de recursos suplementares.

“O conceito de necessidades educativas especiais remete à provisão de recursos educativos necessários para atender tais necessidades e reduzir as dificuldades de aprendizagem que esses alunos possam apresentar”.

A integração Educativa:

• Estritamente associada à utilização do conceito de necessidades educativas especiais – 1960.

- Informe de Warnock – três condições especificas:

1. Capacidade da escola integradora para responder às necessidades especiais dos alunos;

2. A compatibilidade com a educação efetiva dos demais colegas;3. A utilização dos recursos de forma efetiva e eficiente pelos gestores.

Formas de integração:

• Física;• Social;• Funcional.

- Física: Classes ou unidades de educação especial são inseridas na escola regular / compartilham o mesmo espaço físico.

- Social: Unidades ou classes especiais na escola regular em que os alunos realizam algumas atividades comuns com os demais colegas, como jogos e atividades extra-classe.

- Funcional: Tempo parcial ou completo nas classes de ensino comum.

Söder (1980): integração comunitária

- é a que se produz na sociedade quando os alunos deixam a escola.

- Declaração de Salamanca (Espanha)

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7 a 10 de Junho de 1994.

“Qualquer que seja a situação nos diferentes países, o movimento das escolas inclusivas propõe-se a impulsionar uma mudança profunda nas escolas, permitindo que todos os alunos, sem discriminação, tenham não só acesso a elas como também a uma resposta educativa adequada às suas possibilidades”.

Capítulo 2 – A prática das escolas inclusivas

• A avaliação da integração:

-Antes é preciso definir quais objetivos se pretendem ao incorporar alunos com necessidades educativas especiais na escola regular.

- O avaliador: possuir conhecimento de tais objetivos e considerar seus êxitos como um dos dados relevantes para avaliação.

- A avaliação cumulativa:

Avaliação do impacto da integração: o que está ocorrendo de acordo com os critérios previamente estabelecidos e nas dimensões selecionadas.

- A avaliação formativa: avaliação que se formula como meio para facilitar o processo de integração, detectando suas induficiências e intervindo nele para melhorá-lo. O mesmo serve de guia e de fator de mudança do programa de integração que está sendo avaliado.

Dilemas da inclusão:

“ Um dilema implica uma escolha entre várias alternativas que têm conseqüências positivas e negativas simultaneamente.”

− currículo comum ou currículo diferente:

− afirma-se que todos os alunos são diferentes em seus ritmos de aprendizagem e em seus modos pessoais de enfrentar o processo educacional e a construção de seus conhecimentos.

− No caso dos alunos com necessidades educativas especiais é preciso um respeito que exige que se proporcione uma educação adaptada às suas possibilidades.

− Problema: modificação do currículo comum.

“A articulação entre o comum e o especializado não depende principalmente das demandas educativas apresentadas pelo aluno, mas das decisões que os professores de uma escola adotam para abordar, dentro do mesmo grupo, as situações de aprendizagem que seus alunos apresentam.”

A norma sobre as necessidades educativas especiais dos alunos deve ser orientada não tanto para determinar os problemas de aprendizagem dos alunos ou os

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apoios de que necessitam, mas para indicar o tipo de resposta educativa mais adequeada.

− professor: principal recurso para instrução dos alunos que apresentam algum problema de aprendizagem.

− professor de apoio: seu principal papel é colaborar e ajudar os professores de classe para que desenvolvam estratégias e atividades que favoreçam o inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais, assim como ajudar os professores a resolver problemas e encontrar a melhor alternativa para instrução de seus alunos.

− contexto político e social

“A detecção precoce das necessidades educativas especiais, o atendimento educativo inicial que se proporciona, o modelo de avaliação psicopedagógica, o sistema de provisão de recursos, a definição do currículo escolar, a formação dos professores ou a participação dos pais no processo educacional de seus filhos são orientações gerais que têm uma enorme influência nas possibilidades de inclusão que se abrem em cada escola”.

− a transformação do currículo

“Um currículo aberto à diversidade dos alunos não é apenas um currículo que oferece a cada um deles aquilo que necessita de acordo com suas possibilidades. É um currículo que se ofere a todos os alunos para que todos aprendam quem são os outros e que deve incluir, em seu conjunto e em cada um de seus elementos, a sensibilidade para as diferenças que há na escola”.

− o desenvolvimento profissional dos professores

“...o modo mais seguro de melhorar as atitudes e as expectativas dos professores é desenvolver seu conhecimento da diversidade dos alunos e duas habilidades para ensinar-lhes.”

− uma liderança efetiva

“Uma liderança que deve ser assumida pelo diretor e sua equipe, mas que também deve ser distribuída em todos os níveis da organização escolar”.

Estratégias para impulsionar o processo de mudança (Leithwood e Jantzi – 1990):

Reforçar a cultura da escola; Realizar uma boa gestão; Impulsionar o desenvolvimento dos professores; Estabelecer uma comunicação direta e frequente; Compartilhar com outros o poder e a responsabilidade; Utilizar símbolos e rituais para expressar os valores culturais.

− a modificação da cultura e da organização da escola

− cultura: consitui o principal suporte sobre o qual se apoiará o desenvolvimento do currículo.

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− um compromisso com a mudança

“A mudança de cada escola deve partir de sua cultura própria e orientar-se no sentido de sua transformação”.

Segundo FURLAN (1991): é necessário manter uma tensão constante entre a pressão da organização para manter a continuidade de seu passado e suas práticas e a busca de novas formas de desenvolvimento às novas situações.

− o contexto da sala de aula

“O trabalho do professor em sala de aula deve partir da compreensão de como os alunos aprendem e de qual é a melhor forma de lhes ensinar”.

Triângulo interativo: relação que se estabelece entre o professor, o aluno e o conteúdo da aprendizagem.

Quando o ensino é eficaz, a ajuda adapta-se às possibilidadesdos alunos.

-Aluno: conhecimentos prévios, a atividade mental construtiva e a motivação para aprender.

-Professor: o mecanismo de influência educativa que pode exercer para possibilitar que o aluno construa novos conhecimentos e suas expectativas em relação à aprendizagem dos alunos.

-Conteúdo: sua estrutura e sua coerência interna para favorecer aprendizagens significativas.

O professor deve ser capaz de organizar e estruturar os conteúdos do currículo para ajudar tais alunos a aprender de forma ativa e significativa.

Também que compartilhe com esses alunos o significado da aprendizagem e utilize os sistemas de comunicação necessários para que tal interação se produza.

É necessário observar, e perguntar, analisa e ouvir.

“No fim das contas, é um conjunto de bons professores que torna possível o ensino integrador em uma escola regular”.

Capítulo 15 - A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo

“A educação escolar tem como objetivo fundamental promover, de forma intencional, o desenvolvimento de certas capacidades e a apropriação de determinados conteúdos da cultura, necessários para que os alunos possam ser membros ativos

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emm seu âmbito socio-cultural de referência. Para atingir o objetivo indicado, a escola deve conseguir o difícil equilíbrio de oferecer uma resposta educativa, tanto compreensiva quanto diversificada, proporcionando uma cultura comum a todos os alunos, que evite a discriminação e a desigualdade de oportunidades e, ao mesmo tempo, que respeite suas características e suas necessidades individuais”.

“Nem todos os alunos enfrentam com a mesma bagagem e da mesma forma as aprendizagens estabelecidas – capacidades, interesses, ritmos, motivações e experiências diferentes que medeiam o processo de aprendizagem”.

− Nem toda necessidade individual é especial.

“...determinadas necessidades individuais não podem ser resolvidas pelo meios indicados, sendo necessário pôr em prática uma série de ajudas, recursos e medidas pedagógicas especiais ou de caráter extraordinário, diferentes das que requer habitualmente a maioria dos alunos”.

− modificações: na organização e no funcionamento da escola, como nas adaptações no currículo e nos meios para ter acesso a ele.

“...se no currículo se expressam as aprendizagens consideradas essencias para serem membros da sociedade, este deve ser o referencial da educação de todos os alunos, fazendo as adaptações que sejam necessárias e proporcionando-lhes as ajudas e os recursos que favoreçam a obtenção das aprendizagens nele estabelecidas”.

− projeto da escola – um dos fatores de êxito da integração está em que ela seja debatida amplamente e assumida por toda a comunidade educacional.

− Definição de um marco conceitual compartilhado.− As opções são diversas qaundo se percebem as diferenças como uma

oportunidade para o enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem e para o desenvolvimento profissional.

− É preciso assegurar que o currículo da escola seja o mais amplo, equilibrado e diversificado possível.

− Rever as relações e a capacidade de trabalho conjunto dos professores, o nível de participação dos pais, a relação com a comunidade e com os profissionais que desempenham funções de apoio e assessoramento.

− a resposta à diversidade no contexto da sala de aula

− a competência dos professoresOs professores devem conhecer bem as possibilidades de aprendizagem dos alunos, os fatores que a favorecem e as necessidades mais específicas deles.

A forma como se propõem as situações de ensino e de aprendizagem é determinante para conseguir ou não uma aprendizagem significante.

Atribuir m sentido pessoal à aprendizagem implica que compreendam não apenas o que têm de fazer, mas também por que e para quê.

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− a organização do ensino

Vale lembrar que a forma de aprender das crianças com necessidades não é muito diferente, ainda que, em muitos casos, necessitem de mais ajudas ou ajudas diferentes de seus demais colegas.

As crianças não aprendem apenas com o professor, mas também com seus iguais.

− as adaptações curriculares individuais

− o conceito de adaptação curricular*adaptar o currículo de forma individual*será preciso realizá-las quando a programação diversificada da turma

não for suficiente para responder a determinadas necessidades de um aluno.*podem ser entendidas como um processo compartilhado de tomadas de

decisões, o currículo comum de modo a responder às necessidades educativas especiais dos alunos e conseguir seu máximo desenvolvimento pessoal e social.

*trata-se de julgar a proposta curricular da turma em interação com as necessidade especiais do aluno.

− características das adaptações curriculares

Pode ser de grande utilidade caracterizar previamente os programas de desenvolvimento individual para identificar que mudanças as adaptações curriculares representam em comparação com esses programas.

Os programas têm uma concepção mais psicológica ou evolutiva do que curricular.

As adaptações curriculares têm uma concepção mais educacional do que reabilitadora.

− o contínuo da adaptação do currículo

As adaptações podem ser classificadas por seu maior ou menor grau de significação. Quanto mais afastem o aluno das propostas educacionais típicas do ensino comum, mais significativa será a adaptação.

− meios de acesso ao currículo

Os meios de acesso ao currículo favorecerão o desenvolvimento e a aprendizagem de determinadas capacidades e conteúdos que de outra forma apresentariam sérias dificuldades para o aluno.

Condições físico-ambientais materiais, equipamentos e suporte técnicos códigos de comunicação: entre os meios de acesso, a adaptação

completa é a aprendizagem de um código de comunicação.

− adaptações nos componentes do currículo

São as modificações ou os ajustes que se fazem com relação a quê, como e quando ensinar e avaliar.

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*adaptações curriculares mais ou menos significantes

As adaptações não-significativas são as que se fazem nos elementos não-prescritivos do currículo oficial.As adaptações significativas são aquelas que afetam os elementos prescritivos do currículo oficial e podem ter efeitos na titualação do aluno.

− fases do processo de adaptação curricular

Podem-se considerar quatro etapas fundamentais no processo de adaptação curricular: avaliação inicial psicopedagógica, identificação das necessidades educativas especiais, resposta educativa e acompanhamento.

− realização de uma avaliação do aluno em interação com o contexto escolar

A avaliação psicopedagógica ampla ao aluno em interação com o contexto escolar em que se desenvolve e aprende. Ela coletará informações relevantes.

O importante é identificar, por meio da avaliação, as necessidades do aluno com relação ao currículo escolar e os apoios.

Deve ser feita por profissionais especializados em colaboração com os professores que atendem o aluno.

− determinação das necessidades educativas especiais

A formulação de tais necessidades constitui o elo de ligação entre o processo de avaliação e resposta educativa.

Deve ser muito genérica, para que não se confunda com as próprias adaptações, além de que não devem ser muito numerosas e implicam algumas medidas de caráter extraordinário, temporariamente ou permanente.

Também, ocorre que uma mesma adaptação possa reposnder a mais de uma necessidade educativa.

− concretização da proposta curricular para responder às necessidades do aluno

Deve-se responder às perguntas sobre o quê, como e quando ensinar e avaliar.

Um critério fundamental é o nível de desenvolvimento do aluno e seu nível de competência com relação ao curículo.

Um segundo critério é contemplar as aprendizagens que compensem as dificuldades decorrentes da problemática do aluno e que favoreçam o conhecimento e a aceitação de si mesmo.

Um terceiro critério refere-se à funcionalidade das aprendizagens. Entre tais aprendizagens, as mais relevantes serão as que sirvam também para continuar avançando no conhecimento.

Um quarto critério é o de selecionar aprendizagens que favoreçam a interação e inserção na sociedade.

Finalmente, é importante dar atenção às aprendizagens que motivem o aluno e sejam adequadas às suas características pessoais.

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− provisão de recursos materiais, ajudas pessoais e modalidade de apoio

É fundamental que o apoio seja prestado, na medida do possível, na sala de aula para que o aluno não se desvincule das experiências de aprendizagens que ocorrem nela.

Em alguns casos, será necessário estabelecer o tipo de materiais, mobiliário ou equipamento específico que o aluno requer para facilitar seu processo de aprendizagem.

− colaboração com a família

É mais que necessária ainda no caso dos alunos que requerem ajudas mais específicas e intensas.

É importante informar os pais sobre as decisões adotadas para orientá-las sobre o tipo de ajudas.

− acompanhamento das adaptações realizadas

Devem estar abertas as modificações constantes em função dos dados proporcionados pela prática.

− A resposta à diversidade: um trabalho em colaboração

A situação requer um trabalho colaborativo entre todos os envolvidos no processo educacional: professores, pais, alunos, profissionais de apoio e recursos da comunidade.

É fundamental que todos os profissionais que desempenham funções de apoio especializado e os professores compartilhem o mesmo modelo de intervenção.

− natureza dos objetivos da intervenção

Situar-se em um plano clínico implica dar mais atenção às características individuais e evolutivas dos alunos e às suas dificuldades ou deficiências específicas.

O pólo pedagógico supõe dar mais importância a aspectos relacionados com os processos educacionais gerais.

A educação especial já não é considerada como um sistema paralelo que só atende às crianças com deficiência, mas sim como o conjunto de recursos especializados que se colocam a serviço da educação comum.

− modalidade de intervenção

Colaborar com as escolas para que atinjam seus objetivos implica uma intervenção dirigida preferencialmente a facilitar o desenvolvimento e o enriquecimento da instituição escolar.

− âmbito prefencial da intervenção

*aluno ou turma;*instituição escolar;*família;

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*a comunidade;*os agentes educativos.

A atenção direta ao aluno estará condicionada por diversos fatores: a capacidade de resposta do docente, o número de alunos que requerem apoio, o tipo de necessidades educacionais especiais e idade.

− estilo da intervenção

Transmissor, hierárquica e linear: O especialista dá a solução dos problemas. As mudanças que se produzem estão condicionadas pela sua presença. Alto grau de dependência na solução dos problemas ena melhoria da prática.

Construtiva ou em colaboração: Soluções são buscadas conjuntamente entre o especialista e os professores. Cria-se uma relação de participação, de envolvimento e de responsabilidade. Existe uma alto grau de autonomia na resolução dos problemas.

Cap. 17 – As famílias de crianças com necessidades educativas especiais

No passado, e em muitos casos ainda no presente, a intervenção educativa centrou-se quase que exclusivamente nos problemas da criança, sem levar em conta o ambiente que mais a afeta.

“Famílias normais em circunstâncias especiais”

− reações emocionais

As etapas que os pais trilham até a aceitação da deficiência do filho são muito similares às do luto.

1. Fase de choque: bloqueio, atordoamento geral;2. Negação: “esquecer” ou ignorar o problema – questionamento do diagnóstico;3. Fase de reação: os pais vivem uma série de sentimentos

■ Irritação

■ Culpa

■ Depressão“Um certo nível de depressão é saudável, porque supõe a melhor compreensão das dificuldades e o sentimento gerado por ela”.

4. Fase de adaptação e de orientação: visão realista.

Nem todas as pessoas passam por todas as etapas, nem nessa ordem exata.

Também se deve levar em conta que as diferentes fases não se superam de uma vez por todas, mas algumas reações tendem a repetir-se ciclicamente.

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-FamíliaÉ preciso lembrar que o ambiente familiar mais adequeado para uma

criança com necessidades educativas especiais é aquele em que se procura um equilíbrio entre as necessidades de todos e cada um de seus membros.

− Envolvimento profissional-emocional

No plano emocional, no trabalho com os pais, o especialista deve encontrar sua distância profissional perfeita, isto é, um ponto médio entre a possibilidade excessiva e a distância demasiada.

Esta distância é conseguida pela experiência, pela reflexão e pela tomada de consciência das reações e sentimentos que cada família provoca.

− Decisões sobre escolarização durante a trajetória escolar

O apoio profissional: informação, apoio emocional, ajuda no processo de decisões é particularmente importante nas encruzilhadas da trajetória escolar.

Um momento de encontro, ou desencontro entre famílias e profissionais, ocorre nas decisões