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Transcript of Ed01jul07

SobreNovidadese Transparência

Conselho Editorial

Revista Canavieiros - Julho de 2006 0303030303

Temos a satisfação de apresentar avocês a Revista Canavieiros. A

partir deste mês, ela irá substituir o In-formativo que, durante muitos anos, foio principal canal de comunicação dasatividades e ações do sistemaCopercana/ Canaoeste / Cocred. Essareformulação tem um único objetivo:estreitar ainda mais o relacionamentoentre as três entidades e seus associa-dos e cooperados por meio de um veí-culo moderno, de fácil leitura e com in-formações que auxiliem o produtor emsua atividade.

A Revista Canavieiros nasceu dapreocupação das diretorias das trêsentidades em manter o associado bem-informado e tornar ainda mais transpa-rente a forma de administrar o sistema.Além disso, esse novo veículo de co-municação também tem a finalidade deestabelecer uma maior interação entrea equipe que a produz e seus leitores. Ede que forma isso pode acontecer? Pormeio de sugestões de assuntos a se-rem abordados, opiniões sobre os te-mas ou críticas, os associados vão po-der contribuir e fazer parte deste proje-to.

Nesta primeira edição, a reportagemprincipal traça um perfil do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred, um dosmais importantes e estruturados doBrasil e que visa facilitar e auxiliar oprodutor em sua atividade em três ver-tentes: na obtenção de crédito maisbarato e facilitado, no acesso a novastecnologias, máquinas e equipamentose no auxílio e acompanhamento de to-

dos os aspectos relacionados à lavou-ra, como a assistência técnica, jurídicae também na representação dos forne-cedores de cana da região deSertãozinho junto a órgãos técnicos li-gados ao agronegócio.

Toda edição também trará uma en-trevista especial e neste primeiro nú-mero o personagem em destaque é opresidente da Ocesp (Organização dasCooperativas do Estado de São Paulo)Edivaldo Del Grande. Em três páginas,o presidente fala sobre o dia interna-cional do cooperativismo, seus proje-tos à frente da entidade, política públi-ca para a crise na agropecuária e setorcanavieiro. Além do espaço para entre-vista, todo mês haverá um artigo espe-cial, com ponto de vista de autorida-des e especialistas sobre o setor.

A revista trará ainda colunas técni-cas fixas, com a participação de cola-boradores do sistema Copercana,Canaoeste e Cocred, sobre as condi-ções do clima, novas tecnologias, orien-tações sobre pragas e doenças, sobrelegislação ambiental e culturas de rota-ção. Terá também uma agenda de even-tos e as notícias sobre as ações e ativi-dades das três entidades que compõemo sistema.

Enfim, a Revista Canavieiros foiplanejada para ser uma ferramenta im-portante para o produtor, que é a razãode ser do sistema, e, dessa forma, esta-rá sempre voltada aos seus interessese necessidades.

Boa leitura.

Editorial

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

Antes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da Porteira

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

Cooperados se inspiramem Ben-Hur e driblam otempo

Atendimento:Um diferencial da Cocred

Hospital Netto Campello inauguraCentro de Terapia Intensiva

COPERCANA,CANAOESTE ECOCRED

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaO II Agronegócios Copercana superaexpectativas e alavanca R$ 60 milhões

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

LEGISLAÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

NOVASTECNOLOGIAS

REPERCUTIU

CULTURA

CLASSIFICADOS

AGENDA

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Revista Canavieiros - Julho de 20060404040404

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814Marino Guerra – MTb 39.180

REVISÃO GRAMATICAL:Igor Fernando Ardenghi

PROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃO:

Márcio Carvalho

FOTOS:Carla Rossini

Marino Guerra

FOTO CAPA:Carla Rossini

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Samira Mamed

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

André Galassi, Carla Rossini, DanielPelanda, Letícia Pignata, Márcio

Carvalho, Marino Guerra, Roberta Fariada Silva, Samira Mamed, Thiago Rubião

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:8.000 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabili-dade dos autores. A reprodução parcial

desta revista é autorizada, desde quecitada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

Ponto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de Vista

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O presidente da Canaoestefala sobre a saída doministro da Agricultura,Roberto Rodrigues.

Manoel Ortolan

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Novo presidente da Ocespse apresenta aoscooperados carregandoa bandeira da paz atravésda cooperação

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Edivaldo Del Grande

Sistema deFacilidades paraos cooperados.

Revista Canavieiros - Julho de 2006 0505050505

Edivaldo Del GrandePresidente da OCESP

Entrevista

Novo presidente da Ocesp,Edivaldo Del Grande seapresenta aos cooperadoscarregando a bandeirada paz através dacooperação

Paz e atitudes

Em sua primeira passagem pelo diainternacional do cooperativismo,

que em 2006 foi comemorado no dia 1ºde julho, como presidente da Ocesp(Organização das Cooperativas do Es-tado de São Paulo) o líder agropecuárioEdivaldo Del Grande lembrou da impor-tância do cooperativismo para a con-quista da paz social e criou uma cam-

panha cujo slogan continha os seguin-tes dizeres: “Paz construída por meiode cooperativas”.

Na entrevista exclusiva que conce-deu a redação da Revista Canavieiros,Del grande ainda fala de crise no cam-po, da saída do ministro RobertoRodrigues e como não poderia faltar,de cooperativismo.

Edivaldo Del Grande, 45 anos,eleito há dois meses presidenteda Ocesp para a gestão de2006 a 2010, é administradorde empresas pela FASP, comespecialização emcooperativismo pela FEA/USPde Ribeirão Preto; compõe oquadro diretivo daCoopermota – cooperativaagrícola de Cândido Mota – hámais de 10 anos; foi diretor doramo agropecuário da Ocespde 2003 a 2006.

Perfil

Marino Guerra

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CANAVIEIROS: O tema da come-moração ao dia do cooperativismo des-se ano é “Paz construída por meio decooperativas”. Como o cooperativismopode ajudar a trazer paz para a socieda-de paulista que vive talvez sua maiorcrise civil desde a revolução de 30?

EDIVALDO DEL GRANDE: A vio-lência é um problema de política públi-ca. As cooperativas, de uma maneirageral, representam uma terceira via.Uma opção ao socialismo e ao capita-lismo. É uma maneira de distribuir ren-da de forma inteligente, porque o seufundamento é não ser concentradorade renda.

Como o cooperativismo se faz pormeio de uma gestão democrática, aca-ba se tornando uma maneira de harmo-nizar questões entre grupos. Porém,não se pode fazer uma relação direta daatuação das cooperativas com o pro-blema da violência enfrentado hojeno Estado de São Paulo. Cabe aoEstado tomar as rédeas deste pro-cesso. O foco da cooperativa é fa-zer uma gestão que melhore a vidade seus cooperados. Este é o obje-tivo da cooperativa: agregar as pes-soas para que conjuntamente te-nham um ganho econômico e soci-al.

CANAVIEIROS: Em sua posseo senhor falou sobre a realizaçãode uma administração séria, trans-parente, ética e com foco nos coo-perados. Acredito que isso é o es-perado por todos aqueles que o co-locaram a frente da OCESP. Gostaria desaber qual será o grande diferencial doEdivaldo Del Grande a frente docooperativismo paulista.

EDIVALDO DEL GRANDE: Voucontinuar o trabalho que já vinha sen-do feito nas gestões anteriores.Estamos iniciando um processo de pla-nejamento estratégico tendo em vistaque o plano anterior necessita ser re-novado. Vamos ouvir as cooperativase, a partir de então, identificar os maio-res anseios e traçar as diretrizes do tra-balho.

CANAVIEIROS: O senhor já decla-rou que vê a liberação de R$ 1 bilhão

para a comercialização da soja uma me-dida paliativa, pois não existe um mé-todo bem definido para a sua aplica-ção. Na sua visão qual seria a alternati-va para que os produtores de soja saís-sem dessa crise?

EDIVALDO DEL GRANDE: Em pri-meiro lugar, deveriam ter medidasemergenciais sérias e que fossem, real-mente, colocadas em prática. Por exem-plo, o FAT é, ainda, uma promessa. Oprazo não é compatível com a ativida-de agrícola porque a rentabilidade doprocesso é muito pequena. Mas, mes-mo assim, é melhor do que nada. Umadas ações urgentes que precisariam sertomadas pelo governo é a readequaçãodo custo de produção. Hoje, o que todoempresário precisa, seja ele de que áreafor, é recuperar a renda. As medidas de-veriam ser tomadas neste sentido. To-dos sabem que no Brasil, por exemplo,

o custo para deslocar 1 Km de soja éum dos mais altos do mundo. Os nos-sos portos são os mais caros para ex-portar soja. Os insumos são altamentetaxados ao entrarem no país. E, comoas multinacionais detém o monopóliodos produtos consumidos na ativida-de rural, contribui para seu alto custo.Há muito tempo, estamos pedindo aogoverno a permissão de entrada de ge-néricos que desonerem o custo paragarantir a competitividade do produtobrasileiro. São questões que, se fos-sem resolvidas, já fariam diferença. Aquestão mais importante não é o preçoa que a soja vem sendo vendida; im-porta é se, no fim do processo produti-vo, há uma sobra. Ou seja, o preço de

venda e o custo têm que dar rentabili-dade. Isso não vem acontecendo hoje,

já que não sobra nada para o pro-dutor, que fica sem renda. O resto écausa e precisa ser atacado. Ouseja, são necessárias medidas es-truturais. O Roberto Rodriguesmesmo falou antes de sair: no alon-gamento, eu estou cuidando doestruturando. Depois disso é pre-ciso trabalhar no estrutural que sãoas estradas, os impostos, armaze-nagem, desoneração do custo deprodução, seguro rural como ins-trumento de política agrícola sérioque dê tranquilidade ao produtor.Como, hoje, o produtor rural podepensar em investir em uma nova má-quina, se não há seguro para ga-

rantir a safra e conseqüentemente suarenda? São questões que não têm res-posta hoje, por falta de medidas estru-turais.

CANAVIEIROS: Ainda sobrecooperativismo agropecuário qual é agrande meta desse ramo dentro do es-tado de São Paulo?

EDIVALDO DEL GRANDE: Não setrata de uma grande meta, mas sim, deum grande desafio: o de agregar valore conseguir atravessar ileso esta criseinstalada nos últimos dois anosprovocada pela crise cambial. Nesteprocesso, as cooperativas têm condi-ções de ajudar os produtores rurais.

“Temos que dar igual aten-ção ao pequeno, ao médio eao grande porque só assimdamos chance do pequenose tornar um médio produ-

tor, do médio prosperar e dogrande continuar produzin-do. Esta, aliás, é a graça do

capitalismo.”

Entrevista

Foto: Divulgação Ocesp

Revista Canavieiros - Julho de 2006 0707070707

CANAVIEIROS: A grande preocu-pação dos pequenos e médios produ-tores de cana do estado de São Paulo éa lei que prevê o fim da queima da pa-lha da cana, porque isso vai fazer comque eles tenham que aderir a colheitamecanizada tendo em vista o grandeinvestimento necessário para essanova prática, fora da realidade dessesempresários rurais, existem três cami-nhos: a formação de condomínios ru-rais, a prestação desse serviço pelascooperativas ou a terceirização parausinas ou empresas especializadas.Qual é a saída na sua opinião?

EDIVALDO DEL GRANDE: Qual-quer opção proposta é uma saída. Vaidepender da usina que está instaladana região e como ela vê esse processo.Se a usina não faz a colheita da canapor opção, melhor para o produtor, por-que ele se mantém ocupado. São rela-ções muito particulares e cada um, noseu dia-a-dia, terá que fazer as contaspara ver até que ponto vale a pena in-vestir neste maquinário e ter ganhocom isso. Depende da negociação coma usina.

CANAVIEIROS: Como o senhor vêo desenvolvimento das cooperativasde crédito paulistas em relação ao res-to do Brasil? E em relação ao mundo?

EDIVALDO DEL GRANDE: As co-operativas de crédito estão se desen-volvendo e devem crescer ainda maisem todo o país. Fica difícil fazer um com-parativo porque não conheço a reali-dade dos outros estados. Mas, em re-lação ao resto do mundo, não só ocooperativismo de crédito, mas todosos outros ramos, ainda estãoengatinhando. O cooperativismo noBrasil é muito jovem se comparado compaíses da Europa, por exemplo. Acre-dito que, com o trabalho que a OCESPvem fazendo, a tendência é de crescere se fortalecer porque existe espaçopara isso. Já está crescendo e podeganhar ainda mais espaço apoiado, éclaro, pela aprovação da lei de apoioao cooperativismo sob a batuta do de-putado Arnaldo Jardim. Esses fatoresme fazem acreditar que o coope-rativismo paulista vai crescer a passoslargos em todos os ramos, ajudando

no desenvolvimento das comunidadescom responsabilidade social.

CANAVIEIROS: Qual é o grandeobjetivo político das cooperativas decrédito rural?

EDIVALDO DEL GRANDE: Acooperativa de crédito rural sempre seráum complemento da ação do governo.Uma coisa não se sobrepõe à outra.Mas uma coisa é certa: em nenhum paísa agricultura pode ser forte se não tiverapoio governamental. O que estamosbuscando em todos os ramos é nosorganizar para cada vez estarmos maisindependentes neste processo.

CANAVIEIROS: Faça um balançosobre a gestão do Roberto Rodriguesa frente do ministério da agricultura?

EDIVALDO DEL GRANDE: Roberto Rodrigues foi um grande

ministro, que conhecia e conhece to-dos os problemas do agribusiness etambém tinha clara noção das dificul-dades internas do governo federal deentender o que é o agribusiness. Portudo isso, ele acabou pedindo demis-são e se afastou do cargo, o que é umagrande perda para todos. Mas, ao mes-mo tempo, se eu estivesse no lugardele, com certeza não ficaria tanto tem-po. Até, porque, o mesmo estava ten-tando, lutando, brigando para que ascoisas se acertassem não conseguin-do fazer o que havia proposto e saiucom sua imagem arranhada. O governoficou, por muito tempo, usando, enga-nando, ultrajando e denegrindo a ima-gem deste grande cooperativista, quecontinua sendo um grande líder da agri-cultura nacional. Por mais que ele te-nha lutado para preservar a agriculturanacional, seu esforço não foi reconhe-cido nem pelo governo nem pelos agri-cultores. Muitas pessoas não enten-deram ou não querem entender a im-portância do Roberto como ministro.Com certeza, ele foi uma grande figurae, se hoje a situação está ruim, sem eleestaria pior e teríamos ainda mais pro-blemas.

CANAVIEIROS: Quais são suasexpectativas a respeito do novo minis-tro (Luis Carlos Guedes Pinto)?

EDIVALDO DEL GRANDE: Onovo ministro, Guedes, é um homemtécnico e de grande vivência noagronegócio. Uma pessoa que já meatendeu muito bem quando eu preciseie ele era presidente da CONAB. Aocontrário do que foi divulgado sobreser um homem muito ligado ao MST,acredito que, acima de tudo, ele é umprofissional que entende da agricultu-ra de um modo geral. Até, porque, nãodá para conceber a existência de duaspastas distintas – desenvolvimentoagrário e MAPA - que separa a agricul-tura dos grandes produtores, da agri-cultura constituída pelos pequenos.Temos que dar igual atenção ao peque-no, ao médio e ao grande porque sóassim damos chance do pequeno setornar um médio produtor, do médioprosperar e do grande continuar pro-duzindo. Esta, aliás, é a graça do capi-talismo. Se esta corrente se quebrar, nostransformamos em socialismo, o quesignifica a falência do estado comogestor deste processo. Foi o que acon-teceu nos países socialistas, onde osprodutores perderam o incentivo paracontinuar produzindo. Por tudo isso,acredito no Guedes como um homemsério e comprometido com a agricultu-ra nacional. Tenho certeza que, mesmono curto período de tempo que ele dis-põe, deverá dar continuidade às açõesdo seu antecessor. E o pouco que eleconseguir conquistar já será um gran-de feito.

Entrevista

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Ponto de Vista

A saídado Ministro

Oministro Roberto Rodrigues agüentou oquanto pôde. Ele que durante a Agrishow

Ribeirão Preto já havia avisado que não per-maneceria num eventual segundo mandato deLula, anunciou sua saída quando menos seesperava. Depois de três anos e meio à frentedo Ministério da Agricultura, pediu demissãoe alegou que sua missão já estava cumprida.Saiu do governo sem dizer muito, sem reclama-ções nem críticas.

No entanto, pelo estreito comprometimen-to que sempre teve com o setor produtivo, aspoucas palavras de Roberto Rodrigues podemnos dizer muito. Revelam, por exemplo, que odescompasso entre o Ministério da Agricultu-ra e a área econômica do governo chegou a umponto crítico. Quem não se lem-bra das queixas públicas do mi-nistro em relação à falta de en-tendimento de parte do governosobre o peso do agronegócio naeconomia do país e a necessida-de de ações imediatas para ame-nizar os efeitos da pior crise dosúltimos anos.

Para a equipe econômica dogoverno, não há crise se a ba-lança comercial segue crescen-do e o saldo entre importação e exportação épositivo. É um olhar raso, simplista e superfici-al sobre a crise no setor por não levar em con-sideração se a participação do agronegócio nasexportações está em queda, se o produtor estáendividado e se o país vai plantar e colher me-nos nas próximas safras. Agronegócio para aequipe econômica é negócio de grandes em-presários, que não precisam da ajuda do go-verno, e se esquecem dos pequenos e médiosprodutores que são a maioria e que estão emtodas as partes do país.

O ressurgimento da febre aftosa no país foioutro exemplo dessa falta de compreensão. Oministro Roberto Rodrigues já havia alertado ogoverno sobre a necessidade de se aumentaros recursos para as ações de defesa

agropecuária nos Estados como condição demanter o Brasil na liderança das exportaçõesmundiais de carne bovina. Mesmo assim, par-te do Orçamento do Ministério da Agriculturafoi congelado e deu no que deu: casos da do-ença no Mato Grosso do Sul e no Paraná e oBrasil ainda hoje sofre o embargo de 58 paísesà carne bovina, com reflexo nas exportações edemissões no setor.

Neste ano, a situação se repete. A crise ain-da não passou e o orçamento do ministériotambém foi congelado. Mesmo com boas in-tenções e conhecimento de causa, sem recur-sos muito pouco pode ser realizado. Talvez porisso o ministro Roberto Rodrigues tenha ditoque havia feito o que poderia fazer. E, assim, o

governo Lula perde um de seusmais importantes quadros e osetor produtivo seu fiel defen-sor e representante no governo.Uma baixa considerável em ummomento importante e que temum significado triste para nós,nação de recursos para contor-nar a crise, seja no entendimen-to que a equipe econômica dogoverno tem sobre a importân-cia do agronegócio para a eco-nomia do país e para a geração

de empregos e renda.

Roberto Rodrigues que se auto-intitulou o“ministro da crise” foi sim um incansável guer-reiro. É fácil ser comandante em águas claras etranqüilas. E nós, pequenos e médios produ-tores de cana, temos muito a agradecer ao mi-nistro pelo apoio, pelo estímulo e pelos muitoscaminhos que nos apontou. O agronegóciodeve muito a Roberto Rodrigues e espera queseu sucessor, Luís Carlos Guedes Pinto, seuamigo de mais de quarenta anos e então secre-tário-executivo do ministério encontre condi-ções para dar continuidade ao trabalho inicia-do e à parceria que sempre existiu entre o ex-ministro e o setor.

*presidente da Canaoeste(Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)

Manoel Carlos de AzevedoOrtolan*

Revista Canaplanta - Julho de 2006 0909090909

O II AgronegóciosCopercana

NotíciasCopercana

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Obom momento pelo qual atraves-sa o setor sucroalcooleiro conta-

giou os produtores rurais interessadosem realizar bons negócios para aumen-tar a produtividade nas lavouras. As-sim foi o II Agronegócios Copercana,realizado de 28 a 30 de junho no Clubede Campo Vale do Sol em Sertãozinho.O cenário favorável fez com que o vo-lume de vendas ultrapassasse a metaprevista de R$ 40 milhões, fazendo comque a feira gerasse negócios na ordemde R$ 60 milhões.

Cerca de três mil cooperados do sis-tema Copercana, Canaoeste e Cocredestiveram visitando a feira que contoucom 30 expositores. As principais em-

O II Agronegócios Copercana reuniu 30 expositores e recebeu a visita deaproximadamente três mil cooperados

supera expectativase alavanca R$ 60 milhões

presas de agroquímicos e equipamen-tos estiveram presentes garantindoproximidade e estreitando relaciona-mentos com um público seleto de pro-dutores rurais.

Os destaques da feira foram àcomercialização de 51 mil toneladas deadubo e a expectativa ultrapassada navenda de defensivos agrícolas. “Supe-ramos nossas expectativas. A feira foium sucesso”, disse o gerente decomercialização Frederico JoséDalmaso.

Segundo Frederico, as parcerias fir-madas com os expositores e a partici-pação dos cooperados alavancaram os

negócios e ajudaram a Copercana a atin-gir suas metas. “Os bons preços prati-cados pela Copercana ajudam os pro-dutores cooperados a obterem um cus-to de produção menor aumentando suarentabilidade”, afirmou Frederico.

O presidente da Copercana, Cocrede também do II AgronegóciosCopercana, Antonio Eduardo Tonielotambém está satisfeito com os resulta-dos da feira. “A feira surpreendeu econseguimos superar os números esti-mados antes do evento. Acredito quetodos os cooperados tenham conse-guido realizar bons negócios, com pre-ços, prazos e juros acessíveis. O queimporta é a satisfação dos nossos coo-perados”, finalizou Tonielo.

Carla Rossini

Balcão de Negócios.

Antonio Eduardo Tonielo, presidente daCopercana, Cocred e do II Agronegócios

Copercana.

NotíciasCopercana

Revista Canavieiros - Julho de 2006 1111111111

Cooperados de todaregião prestigiaram o evento.

R$ 60 milhões foram alavancados emvolume de negócios.

Frederico José Dalmaso e Paulo Calixto,gerentes de comercialização e financeiro

da Copercana respectivamente.

Aproximadamente 3 mil cooperadosestiveram na feira.

O prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez, que também é cooperado, visitou afeira no dia 28. Na foto, o prefeito está ladeado por Antonio Tonielo e Pedro E. Bighetti.

O Produtor

NotíciasCanaoeste

e a distribuição de renda

Revista Canavieiros - Julho de 20061212121212

O presidente da Orplana e daCanaoeste, Manoel Carlos de Aze-

vedo Ortolan, foi palestrante no semi-nário sobre o crescimento da cana-de-açúcar na região noroeste paulista, rea-lizado no dia 26 de junho, em São Josédo Rio Preto, e que reuniu produtores,industriais, profissionais e especialis-tas do setor.

Ortolan falou sobre a “importânciado fornecedor independente no desen-volvimento da cadeia sucroalcooleira”e destacou o papel do produtor de canano processo de distribuição de renda.“O produtor acaba descentralizando acompra de insumos, equipamentos, pri-vilegiando o comércio local e o aqueci-mento da economia regional. Assim,quanto maior o número de produtoresindependentes, maior será a distribui-ção de renda”, afirmou.

A Orplana representa 12.600 peque-nos, médios e grandes produtores li-gados a 22 associações de diferentesregiões de São Paulo e Minas Gerais,entre elas a Canaoeste. No ano passa-do, foram responsáveis pela produçãode 25% da cana processada pela indús-

Em seminário sobre o crescimento do setor realizado em Rio Preto, Manoel Ortolandestacou a importância do fornecedor independente

tria paulista e cultivam uma área de 760mil hectares. Noventa por cento delesentregam até 10 mil toneladas.

De acordo com Ortolan, na regiãonoroeste paulista, onde a área com canadeve somar mais 1,2 milhão de hecta-res até 2010, 400 mil hectares podemser cultivados por fornecedores inde-

pendentes. Segundo ele, a Orplana temrealizado encontro com os produtorespara estimular a participação dos for-necedores independentes, divulgandoas vantagens da atividade e as pers-pectivas para o setor. “O processo deexpansão do setor já está acontecendoe é importante que os produtores decana também participem. É o momentode crescer”, afirmou.

O evento foi promovido pela Asso-ciação Comercial e Industrial de RioPreto em conjunto com a prefeitura etambém contou com as participaçõesdo prefeito de São José do Rio Preto,Edinho Araújo, secretários municipais,do deputado federal Antonio CarlosMendes Thame, do presidente daAplacana (Associação dos Plantadoresde Cana de Monte Aprazível), JoãoThomaz Leal Pimenta, além de AndréElias Neto, do CTC (Centro deTecnologia Canavieira), Antônio CésarSalibe, diretor-executivo da Udop (Usi-nas e Destilarias do Oeste Paulista) eJorge Petribu, diretor do grupo Petribu.

DA ESQUERDA PARA DIREITA:Rodrigo Zobaran - coordenador do Núcleo da Cadeia da Cana da ACIRP, Álvaro Luiz Estrella -

coordenador do Núcleo da Cadeia da Carne da ACIRP, Márcio Sansão - secretário municipaldo Desenvolvimento Econômico de Rio Preto e vice-presidente da ACIRP, deputado federal

Mendes Thame e Orlando Bolçone - secretario municipal de Planejamento de Rio Preto

Cristiane Barão

Centro de Terapia Intensiva

Revista Canavieiros - Julho de 2006 1313131313

O hospital passa a oferecer serviços de UTI adulta, pediátricae neo-natal

Centro de Terapia Intensiva

Hospital Netto Campelloinaugura

Unidadede TerapiaIntensiva

AUnidade de Terapia Intensiva é umlocal em que o paciente tem suas fun-

ções vitais monitorizadas durante todo otempo, possibilitando corrigir imediatamen-te possíveis alterações.

UTI

No último dia 7 de julho o HospitalNetto Campello inaugurou o seu

Centro de Terapia Intensiva. De agoraem diante os pacientes do NettoCampello que necessitarem de trata-mento intensivo poderão contar comUTIs neo-natal, pediátrica e adulto. Anova área do hospital ocupa 780 m2 epossui tudo o que há de mais modernona área de saúde intensiva.

Participaram da cerimônia de inau-guração diretores da Canaoeste e doHospital Netto Campello, médicos quecompõem o corpo clínico e funcionári-os, o vice-prefeito de Sertãozinho,Nério Garcia da Costa, representantesda Sermed e Unimed, empresas parcei-ras do Netto Campello, entre outrasautoridades.

Segundo o presidente da Sermed,Dr. Walfrido Ismael Assan, a diretoriada Canaoeste deu um passo à frentecom a construção da UTI. “ACanaoeste está de parabéns pela inici-ativa em construir essa UTI, que é umadas melhores do interior paulista. Mui-tos municípios tem problemas crônicosna área de saúde por não possuíremuma UTI”, declarou.

Além do Centro de Terapia Intensi-va também foi construído um novo cen-tro de esterilização totalmente adequa-do às normas exigidas pela ANVISA(Agência Nacional de Vigilância Sani-

tária) e está em andamento as obraspara de uma nova sala de recuperaçãopós-cirurgia com berçário que dará su-porte à maternidade.

A ampliação exigiu a contratação de25 novos funcionários, que foram trei-nados e capacitados para garantir oatendimento ao paciente.

Durante o seu discurso de inaugu-ração, o presidente da Canaoeste e doHospital Netto Campello, ManoelOrtolan, lembrou da importância queesse hospital tem para Sertãozinho.“Não posso deixar de recordar um pou-co da história desse hospital que há 51anos vem beneficiando a população deSertãozinho e região. O Hospital NettoCampello que nasceu em 1.955 é umaobra da Canaoeste. Ele nasceu graçasà visão futurista de alguns de nossosdiretores da época, que se anteciparamaos acontecimentos e deram vida aoNetto Campello”.

Dois tipos de pacientes utilizam a UTI.Aqueles que tem programado uma cirurgiade alta complexidade no que se refere aoato cirúrgico propriamente dito ou que temuma doença de base que pode requerer cui-dados mais intensos no pós-operatório.

O outro tipo de paciente que utiliza aUTI é aquele que no decorrer de sua evolu-ção, apresenta uma emergência como, porexemplo, uma insuficiência respiratória ouum estado de choque, isto é, uma falênciado sistema cardiovascular.

UTIAdulta

UTINeo-Natal

Dr. Paulo Afonseca, diretor técnico doNetto Campello, durante seu discurso.

Carla Rossini

CanaoesteNotícias

Canaoeste

NotíciasCanaoeste

Revista Canavieiros - Julho de 20061414141414

Na tarde do dia 03 de julho, o presi-dente da Canaoeste, Manoel

Ortolan participou da cerimônia de pos-se do novo ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, Luís CarlosGuedes Pinto que aconteceu no Palá-cio do Planalto, em Brasília. Em seu dis-curso, o novo ministro afirmou quemanterá como prioridades da sua ges-tão algumas metas definidas por seuantecessor Roberto Rodrigues. Entreelas, destacou o setor de agroenergia,prometendo consolidar a implantaçãodo Centro Nacional de Agroenergia,recém criado pela Embrapa.

“Há um vasto campo de pesquisapara melhorar os índices de produtivi-dade, tanto no processo de produçãoagrícola, quanto industrial para o álco-ol e o biodiesel. Por outro lado é preci-so aperfeiçoar os mecanismos deintegração das diversas instituiçõespúblicas e privadas envolvidas nesteprograma que podem contribuir decisi-vamente para a geração de renda e em-prego no país”, explicou Guedes.

Ele destacou também que a defesasanitária, animal e vegetal, será objetode permanente preocupação do minis-tério, considerando-a “condição essen-cial para a manutenção, consolidaçãoe ampliação de nossa posição de gran-de exportador”.Para Guedes a melhoriada promoção comercial dos produtos

Guedesé o novoMinistro da Agricultura

agropecuários brasileiros depende deum planejamento estratégico com a “in-dispensável participação do setor pri-vado”. Segundo o ministro, além degrande exportador, o Brasil precisa sepreocupar com a qualidade dos produ-tos que exporta, incorporando valorese garantindo mercados.

O novo ministro prometeu tambémaprofundar estudos para reduzir as os-cilações inerentes à produçãoagropecuária e lembrou que os instru-mentos e mecanismos do seguro agrí-cola e dos títulos relacionados ao mer-cado futuro dos produtos agrícolas jáforam estabelecidos pelo ministroRoberto Rodrigues. “Trata-se agora decaminhar na direção do aprimoramentoe da consolidação desse processo”

Guedes enfatizou ainda a necessi-dade de reduzir o desequilíbrio na rela-ção entre produtores e processadoresde produtos agropecuários, buscando-se uma distribuição mais eqüitativa dariqueza do setor. O novo ministro fina-lizou afirmando que, a exemplo deRodrigues, manterá as portas do Mapaabertas a todos. “O diálogo franco eleal é tônica da qual não abriremos mão.Estou seguro que, quando não há pré-juízos e pré-conceitos e se busca o in-teresse nacional, sempre é possívelencontrar a melhor solução para osdestinos do país”.

Oengenheiro agrônomo e professor daUnicamp, Luís Carlos Guedes Pinto,

é o novo ministro da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento. Nascido em Vera Cruz,interior paulista, Guedes já foi presidenteda Companhia Nacional de Abastecimento(Conab), secretário da Agricultura do Es-tado de São Paulo e diretor da Companhiade Entrepostos e Armazéns Gerais de SãoPaulo (Ceagesp).

Conforme informações do Ministérioda Agricultura, antes de assumir o novoposto, Guedes foi secretário-executivo nagestão do ex-ministro Roberto Rodrigues.No Governo Federal, também participoudo processo de implantação da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa), da qual foi assessor e chefe doGabinete da Presidência. Desempenhouainda a presidência do Conselho de Admi-nistração da Ceasa Campinas.

No setor não-governamental, o profes-sor Guedes Pinto participou da direção dediversas organizações, sendo presidente daAssociação Brasileira de Reforma Agráriae da Associação de Docentes da Universi-dade de Campinas.

Formado pela Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz, da Universidadede São Paulo (1965), doutorou-se pela mes-ma Universidade, em 1973 e, em 1991, fezpós-doutorado na Universidade de Córdo-ba, na Espanha.

Além de professor da Unicamp, desde1983, foi chefe do Departamento de Polí-tica e História Econômica e pró-reitor deDesenvolvimento Universitário. Lecionoutambém na PUC Campinas e na Universi-dade de Brasília (UnB).

Luís CarlosGuedes Pintofoi secretário deAgricultura doEstado de SãoPaulo

Carla Rossini

Foto

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Ismael Perina Júnior (presidente Socicana); Luis Carlos Guedes Pinto (Ministroda Agricultura) e Manoel Ortolan (presidente Canaoeste e Orplana).

CIRCULAR Nº 05/06DATA: 30 de junho de 2006

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue duranteo mês de JUNHO de 2006. O preço médio do kg de ATR para o mês de JUNHO é de R$ 0,3865.

Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, nos mesesde MAIO e JUNHO e acumulados atéjunho, são apresentados ao lado:

Os preços do Açúcar de MercadoInterno (AMI) e os do álcool anidro ehidratado destinado à industria (AAI eAHI), incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (AMEBco e AMEVHP) e do álcool anidroe hidratado, carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

NotíciasCanaoeste

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de MAIO e JUNHO e acumuladosaté JUNHO, calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:

Revista Canavieiros - Julho de 20061616161616

NotíciasCocred

Atendimento:Um diferencial da Cocred

Um dos assuntos mais importantesabordados pelos grandes estu-

diosos da administração de empresasé a forma de como a instituição develidar com o seu cliente, ou seja, para seconstruir uma empresa de sucesso épreciso atender bem os seus consumi-dores.

Quando decidiu implantar o proces-so de certificação da qualidade ISO9001, a diretoria da Cocred já tinha no-ção dessa nova necessidade de sobre-vivência no mercado, levando-a a bus-car a melhoria dos processos internosa fim de garantir um atendimento deprimeira aos seus cooperados.

Mas não foi apenas a busca pelocertificado exclusivo (é a única coope-rativa de crédito rural que possui esse

certificado) que fez a Cocred ganharfama de parceiro do produtor rural nocampo. Todas as diretorias da Cocredsempre se preocuparam em estar ao ladodo cooperado, o reflexo disso é quehoje a cooperativa conta com noveagências (Sertãozinho, Pitangueiras,Cravinhos, Pontal, Serrana, Morro Agu-do, Barretos, Batatais e Severínia), eainda projeta para o final do ano a inau-guração de mais três pontos de atendi-mento ao cooperado.

Para o gerente-geral da Cocred,Márcio Meloni, o bom atendimento aosclientes é tratado com a mesma impor-tância das operações financeiras feitaspela instituição.

“Hoje o produtor rural não vaiprocurar um financiamento ou fazer

um investimento em uma instituiçãofinanceira que não se preocupa emcriar produtos e serviços adequadoscom sua realidade. Lógico que a soli-dez de uma cooperativa de crédito éde suma importância, mas é precisopensar cada vez mais em soluções rá-pidas e facilitadas para o problemados cooperados, e 90% disso está re-lacionado com o bom atendimento”,diz Meloni.

Quem concorda com a opinião dogerente-geral da Cocred é o cooperadode Sertãozinho, Mário José Lopes, queressalta a melhoria do atendimento de-vido à agilidade que os gerentes dasagências conseguem resolver seus pro-blemas.

“Sou cliente da Cocred há oitoanos e pude perceber uma grande evo-lução no atendimento em decorrênciada liberdade que a diretoria deu paraque os gerentes pudessem direcionarnossos problemas e com isso resolve-los de maneira muito mais rápida eeficaz” afirma Mário Lopes.

O cooperado de Batatais Mário Sér-gio Monteiro Baggio ressalta entreoutras qualidades do atendimento daCocred a preocupação de todos os pro-fissionais da agência em atender damelhor maneira possível as necessida-des dos clientes.

“A participação da gerência, in-clusive nas lavouras, acompanhandoo cooperado ao lado do agrônomo daCopercana é uma característica raraem se tratando de uma instituição fi-nanceira. Na Cocred, do guarda aogerente, todo mundo luta para aten-der bem”.

O Sr. Mário Baggio também lembrou

Marino Guerra

O gerente da agência de Sertãozinho Rogério Moisés ao lado docooperado Mário Lopes.

Com a certificação ISO 9001 a diretoria e administração da Cocred mostram sua preocupação emsempre melhorar o atendimento aos seus cooperados.

Revista Canavieiros - Julho de 2006 1717171717

NotíciasCocred

Em breve os cooperados da Cocreddos municípios de Cajuru e

Viradouro, também poderão contar comtodo o atendimento de qualidade, issoporque, as instalações das agênciasestão em processo final, podendo ser

trabalha naabertura denovas agências

Cocred inauguradas em breve.Levar em conta que há diversos

produtores rurais no qual atuam basi-camente nas culturas de cana-de-açú-car e sementes brachiaria foi o motivoque a direção da Cocred encontroupara montar uma agência na cidade deCajuru. A Cocred mais uma vez cumprecom um importante papel dentro docooperativismo, pois outra caracterís-tica da cidade é a grande quantidade

do trabalho desenvolvido pelo atualpresidente da entidade, Antonio Eduar-do Tonielo.

“Sempre fui fã da Copercana eCocred, sou um entusiasta da organi-zação. Acho que ela tem na figura deseu presidente um exemplo de empre-sário bem-sucedido e ele conseguetranspor isso dentro das cooperati-vas”.

Ele ainda falou da importante deci-são da Cocred em estar mais próximade seus clientes através da abertura denovas agências.

“A Cocred sempre teve como ca-racterística o bom-atendimento, sóque havia o problema da distância,pois os produtores de Batatais tinhamque se locomover até Sertãozinho. Aoabrir a agência aqui, a diretoria con-seguiu melhorar aquilo que já erabom, mantendo o mesmo atendimentode qualidade de Sertãozinho, só queagora ao lado de casa”.

Já o cooperado do município deSerrana, Otávio de Freitas Tavares, lem-bra do atendimento personalizado quea Cocred realiza.

“Eu e meu pai estamos muito sa-tisfeitos com os serviços oferecidospela Cocred, uma vez que este está emconstante evolução. Além do que re-cebemos um atendimento muito per-sonalizado”, finaliza Otávio.

de pequenos e médios produtores ru-rais que nem sempre conseguem o fi-nanciamento necessário para continu-ar no campo.

Já Viradouro aguarda há muito tem-po a abertura de uma agência daCocred, pois só falta a cooperativa decrédito para que os produtores ruraisdaquele município possam gozar detodas as vantagens do sistemaCopercana/Canaoeste/Cocred.

O gerente daagência deBatataisCésarHenrique deSousa aolado docooperadoMárioBaggio.

O gerente da agência de Serrana Mauricio Roberto Rodrigues, aolado do cooperado Otávio de Freitas Tavares.

NotíciasCocred

BalanceteMensalMaio de 2006

Reportagem de Capa

Carla Rossini

São supermercados, postos de combustíveis, lojas de ferragens e magazine, unidade de armazenamento de grãos,

corretora de seguros, banco, assistência técnica, jurídica,médica, odontológica. Tudo em um só lugar e à disposiçãodos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred.

“Quando saio de casa para ir a Copercana, sei que vouresolver vários assuntos de uma só vez. Isso facilita a nossavida”, afirma o cooperado Ângelo Roberto Bachega, produ-tor de cana-de-açúcar, soja e amendoim.

E esse sistema que busca simplificar as atividades liga-das à produção e ao dia-a-dia dos cooperados começou aser construído há mais de 60 anos e hoje a Copercana, aCanaoeste e a Cocred são consideradas modelos decooperativismo e associativismo rural e servem de referên-cia não apenas para o Brasil, mas para o mundo.

“Atualmente o sistema tem um quadro de aproximada-mente cinco mil associados e cooperados, que fazem delasinstituições sólidas, de excelência nos serviços prestados eque crescem junto com a comunidade de Sertãozinho. É umademonstração de pujança e seriedade, que busca a perma-nente evolução tecnológica do agronegócio brasileiro”, afir-ma o presidente das cooperativas, Toninho Tonielo.

O sistema começou a se configurar com a fundação daCanaoeste, em 1945. “A Canaoeste sempre fez a representa-ção política dos seus associados perante órgãos públicos eprivados”, diz o seu atual presidente Manoel Carlos de Aze-vedo Ortolan que também preside a Orplana (Organizaçãodos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil).

No entanto, era necessário ampliar o suporte aos produ-tores de cana. Assim, a Cooperativa dos Plantadores de Canado Oeste do Estado de São Paulo - Copercana, fundada em19 de maio de 1963, surgiu com a finalidade de unir os agri-cultores da região para promover a defesa de seus interes-ses econômicos.

Com base na colaboração recíproca, desde a sua funda-ção, o objetivo principal era desenvolver o estímulo de seuscooperados, através do fornecimento de produtosagropecuários, das vendas em comum da sua produção e daprestação de serviços agrícolas. A história do sucesso e docrescimento da cooperativa se confunde com a personalida-de e o caráter do atual presidente, Antonio Eduardo Tonielo,que está sempre estimulando os colaboradores e fornece-dores.

Em 27 de julho de 1969 foi fundada a Cocred – Coopera-tiva de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho.Também presidida por Antonio Eduardo Tonielo, a Cocredsurgiu para viabilizar o cumprimento da Lei 4.870/1965, quetratava das taxas de financiamento, assistência eassociativismo que o fornecedor de cana recolhia, via usi-nas, para o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). A peque-na cooperativa foi crescendo, se tornou parte da vida doscooperados e hoje, é a primeira cooperativa de crédito doBrasil a obter o selo de qualidade ISO 9001.

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Reportagem de Capa

“O sistema oferece o suporte queprecisamos para trabalhar”, afirmam osprimos Ângelo Roberto Bachega eMarcelo Rodrigo Baccega (leia o textoTradição Familiar)

Tudo a favordo Cooperado

Antonio Eduardo Tonielo explica aevolução ocorrida nestes anos de

existência e credita o sucesso a algunsfatores. “Primeiro há de se destacar quenós conhecemos bem e a fundo o nos-so negócio. Depois, nós nos dedica-mos inteiramente ao trabalho em defe-sa dos interesses dos nossos coope-rados e associados. Nestes anos to-dos, é inegável que o patrimônio dosnossos cooperados cresceu muito. Esó quem vive o negócio, como aCopercana, a Canaoeste e a Cocredestão vivendo, é que pode oferecersempre o melhor ao produtor.”

Outra razão do sucesso se deve àestrutura que é oferecida aos coopera-dos. “Aqui o cooperado sabe que sem-pre será valorizado na hora das ven-das. Isto porque a nossa estrutura é

Suportee estabilidadeao produtor

Osistema Copercana, Canaoeste eCocred é um suporte fundamen-

tal para o sucesso da atividade produ-tiva, na opinião dos cooperados. E estásempre perto do produtor, já que pos-sui filiais em Cravinhos, Serrana,Batatais, Pontal, Pitangueiras,Viradouro, Barretos, Morro Agudo,Severínia, Terra Roxa e Uberaba.

Formado em Economia pela FAAP(Fundação Armando Álvares Pentea-do), o cooperado Aguinaldo deAlmeida Prado, de Jardinópolis, enxer-ga a Copercana como uma extensão doseu trabalho. “Costumo dizer que aCopercana existe para facilitar o meutrabalho. Quando eu preciso compraralguma coisa, ou mesmo na parte deassistência técnica e não posso sair doescritório, ligo na Copercana e souatendido na hora”, afirma.

Aguinaldo conta que sua famíliaplanta cana-de-açúcar há 25 anos e sojacomo cultura de rotação. “Tudo come-çou com meu irmão Aluízio, um dos fun-dadores da Usina Jardest, que abriuespaço para eu começar a trabalhar com

TradiçãoFamiliar

Afamília Bachega é um exemplo depequenos produtores que persis-

tem no plantio de cana e ainda procu-ram terras para arrendar. Com a expe-riência acumulada desde a década de60, quando a família começou a plantarcana e, com a assistência oferecida pelaCanaoeste e Copercana, a produtivida-de é excelente e alcança 90 toneladaspor hectare (a média levantada pelaOrplana é de 80 toneladas/hectare).

Na safra passada, os primos Ânge-lo Roberto Bachega e Marcelo RodrigoBaccega (a diferença entre os sobre-nomes é um erro de registro) plantaramcana, soja, amendoim e milho emSertãozinho, Uberaba e Paulo de Farianum total de 540 hectares. “A principalcultura é a cana, as leguminosas sãoapenas em rotação de cultura”, explicaMarcelo.

Os primos fazem parte da quarta ge-ração da família. “Meu avo, vindo daItália, começou a trabalhar como funcio-nário de fazendeiros aqui no Brasil.Mas, graças a muito esforço, adquiriuterras e distribuiu aos seus sete filhos”,conta Ângelo.

Apaixonados pela agricultura, elesnão sabem se as próximas geraçõesdarão continuidade ao negócio, masnão desanimam. Nem quando o setorpassou por fases críticas os Bachega

cana e de lá para cá tomei gosto poressa cultura”, diz o economista.

Aguinaldo trabalha na administra-ção das propriedades da família, emJardinópolis e Andradina. Além da cana,os irmãos Aguinaldo e Aluízio estão napecuária e avicultura. No total, os doiscultivam 770 alqueires. Na última safra,eles entregaram 150 mil toneladas decana.

O produtor acredita nas boas pers-pectivas para o setor. “A cana é um óti-mo negócio para o Brasil e para quemconsegue trabalhar com volume. É ga-rantia de boa renda nesse momento quevive o setor”, finaliza.

entregaram os pontos – a primeira cri-se foi em 1964/65, por causa da seca e,a segunda, em 1998/2000, quando hou-ve a desregulamentação do setor e ex-cesso de produção e estoques.

A preocupação dos Bachega é vol-tada, agora, à expansão desordenadados plantios, por causa do bom mo-mento conjuntural do setor canaviei-ro. “A expansão que estamos vivendoatualmente na região oeste de São Pau-lo precisa ser planejada, pois existemmuitos aventureiros que não conhecemo setor e começam a plantar cana ten-do em vista o bom momento pelo qualatravessa a cana”, diz Ângelo. “Mes-mo com os bons preços atuais, a nego-ciação com as usinas é complicada edepende muito de mercado em cada mo-mento”.

Quando questionados sobre a im-portância do sistema Copercana,Canaoeste e Cocred os dois respon-dem juntos: “é o suporte que precisa-mos para trabalhar”. Marcelo se arris-ca ainda mais. “O melhor banco queexiste é a Cocred. As facilidades e co-modidades que você encontra naCocred acabam estimulando os coope-rados a investirem cada vez mais. O re-torno é excelente”, conclui.

Aguinaldo de Almeida Prado, cooperado eprodutor de cana-de-açúcar.

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Reportagem de Capa

E por falarem Sertãozinho...

diferente. Anualmente comercializamoscerca de 50 mil toneladas de soja, 1,8milhões de sacas de amendoim e 120mil toneladas de calcário, entre outrosinsumos”, finaliza Tonielo.

Não é por acaso que Sertãozinho éo maior pólo sucroalcooleiro do

mundo. A cidade concentra cinco usi-nas de açúcar e álcool, duas destilariase três engenhos de aguardente. A pri-meira vez que se ouviu falar em cana napequena Sertãozinho foi por volta de1.900, quando os agricultores da regiãocultivavam apenas café.

De lá para cá a cana parece ter inva-dido Sertãozinho. A cidade transfor-mou-se no centro da região mais fortee tradicional do Estado de São Pauloque, por sua vez, é o maior produtor deaçúcar e álcool do mundo. Segundo aSecretaria de Agricultura do Estado,nesta safra serão produzidas 267 mi-lhões de toneladas de cana.

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercanae Cocred. Tonielo também é proprietário de 3 usinas

de açúcar e álcool

Desse total, 25% estão nas mãosde pequenos e médios produtores. Deacordo com a Orplana, são cerca de12.600 plantadores de cana em diferen-tes regiões do Estado e que cultivam,em média, 60 hectares. Noventa porcento deles entregaram até 10 mil tone-ladas na safra passada.

É dentro deste perfil que se encai-xam os cooperados do sistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. ACanaoeste é uma das mais importantesassociações de produtores do mundoe, na safra passada, foi responsável por5% de toda a cana produzida por for-necedores. Desempenho que se deveao suporte e à assistência oferecidosao produtor pelo sistema.

Vista da Praça 21 de Abril, na região central de Sertãozinho. A cidadeé considerada a capital do açúcar e do álcool.

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Destaque

Virálcool 2entra em operaçãoem Castilho

Osetor sucroalcooleiro está em fran-ca expansão na região noroeste

de São Paulo, conforme apontavam asperspectivas. No último dia 24 entrouem operação a usina Virálcool 2, emCastilho, na divisa entre São Paulo eMato Grosso do Sul, e que irá moer jánesta safra 700 mil toneladas de canacom estimativa de processar 2,5 milhõesde toneladas em 2010.

A unidade de produção pertenceaos irmãos Toniello, Antonio Eduardo,José Pedro, Renato e Waldemar, queinvestiram cerca de R$ 160 milhões naparte industrial e agrícola. De acordocom o diretor do grupo, Antonio Eduar-

Usina irá processar nesta safra 700 mil toneladas de cana;disponibilidade de área para cana foi fator decisivo

do Tonielo, nesta primeira safra a in-dústria deverá produzir cerca de 60 mi-lhões de litros de álcool. A usina terá50% de cana própria, cultivada em umaárea de 24 mil hectares, e o restante seráde fornecedores.

De acordo com Antonio Tonielo, ocritério para a definição do local para ainstalação da Virálcool 2 foi a disponi-bilidade de área para o cultivo de cana.“Na região de Ribeirão Preto, onde játemos duas unidades de produção, nãohá mais espaço para crescer e nestaregião é possível, num raio de 20 km,colher até três milhões de toneladas”,afirmou.

Aregião noroeste paulista, con-siderada a última fronteira para a

cana no Estado, deverá abrigar 40 no-vas unidades de produção até 2010,

Regiãoé a nova fronteira

Família Tonielo descerra a placainaugural da Virálcool 2

A Virálcool 2 irá gerar 1,1 mil empre-gos, número que será ampliado à medi-da em que a unidade aumentar sua pro-dução. Até 2008, segundo o diretor dogrupo, a intenção é iniciar a produçãode açúcar.

O Grupo Toniello foi fundado em1965 e também é proprietário da usinaVirálcool, em Pitangueiras, e da Desti-laria Santa Inês, em Sertãozinho, quemoem cerca de 2,8 milhões de tonela-das. Quando a Virálcool 2 atingir suacapacidade total de processamento, ogrupo irá processar 5,8 milhões de to-neladas.

de acordo com levantamento da Udop(União das Destilarias do OestePaulista). Na safra 2004/05, as 61 usi-nas em funcionamento processaram82,6 milhões de toneladas de cana e acultura ocupou 1,2 milhão de hectaresna região.

Para 2010, serão necessárias mais

80 milhões de toneladas e a estimativaé que a área ocupada pela cana alcance2,6 milhões de hectares. O crescimentose dará sobre as áreas de pastagem combaixa tecnologia. O número de cabeçasde gado por alqueire deverá crescer,aumentando a eficiência na pecuária eliberando áreas para a cana.

Cristiane Barão

Virálcool 2,unidade de Castilho.

Puxadas pelos embarques de açúcare álcool, papel e celulose, couros e

seus produtos, cereais, farinhas e pre-parações, as exportações do agrone-gócio totalizaram US$ 21,358 bilhões noprimeiro semestre deste ano. Esse va-lor é 5,7% acima do registrado em igualperíodo de 2005 e um recorde para osperíodos de janeiro a junho. O saldocomercial do setor nos primeiros seismeses de 2006 foi de US$ 18,375 bilhões.

A balança do agronegócio foidivulgada pelo Ministério da Agricul-tura no último dia 5. Nos últimos 12meses (julho de 2005 a junho de 2006),as exportações do setor somaram US$44,758 bilhões, com saldo de US$ 39,072bilhões. Esse valor ficou 9,9% acimados US$ 40,720 bilhões registrados emigual período anterior.

Os grupos que mais contribuírampara as exportações do setor no pri-meiro semestre registraram os seguin-tes aumentos: açúcar e álcool mais21,8% (de US$ 2 bilhões para US$ 2,5bilhões); papel e celulose mais 17,7%(de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,9 bilhão);couros e seus produtos mais 11,6% (deUS$ 1,48 bilhão para US$ 1,65 bilhão);cereais, farinhas e preparações mais

59,7% (de US$ 197,9 milhões para US$316 milhões).

No mês de junho, os produtos quetiveram maior crescimento em valoresabsolutos foram os seguintes: açúcare álcool, com mais 57,9%; papel e celu-lose, com 20,6%; couros e seus produ-tos, com 12,8%; e fumo e tabaco, com7,1%.

Em São Paulo, de janeiro a junho, oagronegócio paulista também apresen-tou exportações crescentes, alcançan-do US$ 6,01 bilhões (9,3%). As impor-tações somaram US$ 1,89 bilhão(13,2%), o que produziu um saldo co-mercial 7,6% maior que o de igual perí-odo do ano anterior, chegando a US$4,12 bilhões.

Os índices de quanti-dade do comércio exteri-or do agronegócio mos-tram que, no Brasil, aquantidade exportada re-cuou 4,7% no primeirosemestre de 2006, quan-do comparada com a domesmo período de 2005.Já no caso do Estado deSão Paulo, a queda foi

mais expressiva 12,2%. Entretanto, nosíndices de preços, os comportamentossão inversos.

Subiram 9,9% em nível nacional,patamar muito inferior aos 24,4% deaumento verificados no âmbito de SãoPaulo. Isto se deve basicamente aospreços internacionais do setorsucroalcooleiro, principalmente açúcar.

Os cinco principais agregados decadeias de produção nas exportaçõesdo agronegócio paulista, no primeirosemestre de 2006, foram: cana esacarídeas (US$ 1,75 bilhão), bovídeos(US$ 1,23 bilhão); produtos florestais(US$ 0,77 bilhão), frutas (US$ 0,71 bi-lhão) e bens de capital e insumos (US$0,35 bilhão), que juntos perfazem 80,6%das exportações setoriais paulistas.

Destaque

Açúcar e álcoolpuxam exportaçõesno semestreCristiane Barão

Revista Canavieiros - Julho de 20062626262626

Chuvas de Junhoe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

As chuvas do mês de junho de 2006, anotadas em vários postos meteorológicos na região de abrangência daCANAOESTE, são apresentadas no quadro abaixo.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo no período de 15 a 18 de junho de 2006.

As chuvas de junho,em todos os locaisacima, “ficou” abaixodas médias históricase, até mesmo, aquémdas previsões, aexemplo dos meses deabril e maio.

O mapa 1, acima, mostra que o índice de Água Disponível no Solo, no períodoacima, encontrava-se como nível crítico em toda área canavieira do Estado de SãoPaulo. Está sendo muito benéfico para a maturação, operações de colheita eprocessamento de matérias primas mais ricas. Entretanto, na região de abrangênciada CANAOESTE, as últimas chuvas que foram anotadas até meados de abril emuito pouco em maio e junho, causam preocupação aos produtores quanto àssoqueiras recém-colhidas / brotadas, que já apresentam ataques de elasmo e,quanto aos plantios efetuados após meados de abril.

EngºAGRÔNOMO

OSWALDOALONSO

ConsultorAgronômico-

CANAOESTE

Revista Canavieiros - Julho de 2006 2727272727

Informações setoriais

Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de junho de 2005.

Com o fim de subsidiar em pla-nejamentos de atividades fu-

turas, o Departamento Técnico daCANAOESTE resume o prognós-tico climático de consenso entreo Instituto Nacional deMeteorologia-INMET e InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais-INPE, para os meses de julho eagosto de 2006, como se seguem:

§ Embora as temperaturas àSuperfície do Oceano PacíficoEquatorial se encontrem próximosda neutralidade, ainda se nota efei-to do fenômeno “La Niña”;

§ mesmo que de média/bai-xa confiabilidade, os prognósticosde consenso INPE-INMET apon-tam que:

· Na Região Centro-Sul, astemperaturas poderão ser próxi-mas das médias históricas, comgrande variação ao longo desteperíodo. Não está descartada apossibilidade de “entradas” demassas polares (frias) mais inten-sas;

· as chuvas poderão “ficar”próximas às precipitações históri-cas em toda Região Centro Sul.

Com a finalidade deexemplificar, tomando-se a regiãode abrangência da CANAOESTEe normais anotadas pelo CentroApta IAC - Ribeirão Preto, a chu-vas poderão “ficar” ao redor de20mm em cada um destes doispróximos meses.

Comparando-se os mapas 2 e 3, observa-se que, ao final de junho de 2005(mapa 3), o índice de Água Disponível no Solo encontrava-se entre médio a bomem todas as outras regiões canavieiras, com exceção de áreas críticas localizadasno extremo Noroeste e região Central do Estado e nas regiões de Franca, São Joãoda Boa Vista, Sorocaba. Porém, ao final de junho deste ano (mapa 2), somente aregião Sudoeste e alguns pontos isolados do Estado de São Paulo apresentavabom nível de umidade no solo, notando-se que o retrato climático é totalmentediferente dos anos anteriores mais recentes, pois, desde o final deste abril, osíndices de Água Disponível no Solo mostravam-se aquém da média histórica emquase todo Estado de São Paulo.

Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de junho de 2006.

Legislação

Revista Canavieiros - Julho de 20062828282828

Queima de CanaQueima de CanaQueima de CanaQueima de CanaQueima de CanaNão cabe aos municípiosNão cabe aos municípiosNão cabe aos municípiosNão cabe aos municípiosNão cabe aos municípioslegislar sobre meiolegislar sobre meiolegislar sobre meiolegislar sobre meiolegislar sobre meioambienteambienteambienteambienteambiente

No último mês de Junho, o Tribunalde Justiça de São Paulo, através

de seu Órgão Especial, decidiu na AçãoDireta de Inconstitucionalidade nº125.132.0/4-00, ajuizada em desfavor deuma lei do município de Americana-SP.que proibia a queima da palha da canaem seu território, que referida proibi-ção feria princípios constitucionais, namedida em que havia legislação federale estadual já regulando a matéria. Noâmbito federal o Decreto nº 2.991/98 e,no âmbito estadual, a Lei nº 10.547/2000, alterada pela Lei nº 11.241/2002,que traçam um cronograma de elimina-ção gradativa.

De acordo com a referida decisão,só pode legislar em matéria ambiental aUnião, os Estados e o distrito Federal,

Foi publicado no dia 27 deJunho de 2006, pelo então Gover-

nador Cláudio Lembo, o Decreto Esta-dual nº 50.889/2006, que regulamentouno Estado de São Paulo a questão dareserva florestal legal a ser averbada econstituída em cada propriedade rural,observando o mínimo de 20% em cadaimóvel. Referido dispositivo normativocria uma série de obrigações ao pro-prietário para a manutenção, recompo-sição e condução da regeneração na-tural ou compensação das áreas de re-serva legal, dentro de um prazo máximode 30 (trinta) anos e que estão sendoobjeto de discussões por parte do se-tor produtivo, visando analisar os seusimpactos para uma tomada de posição.

Um reflexo imediato e prático destedecreto é o caráter vinculativo que pro-voca nos órgãos públicos estaduais,mormente os ambientais, que podemexigir a averbação de reserva florestallegal como condição de quaisquer ou-tros licenciamentos de seu âmbito deatuação, como por exemplo, constru-ção de indústrias na área rural, inter-venção em área de preservação perma-nente, corte de árvores isoladas, explo-ração de várzea, regularização de di-ques e represas, dentre outros. Se issoocorrer realmente, além de significar umengessamento do setor produtivo, cer-tamente estará se cometendo um abu-so de interpretação legal, pois averbare constituir reserva florestal legal é, aonosso ver, condição de desmatamentoe, jamais, condição para quaisquer ou-tros tipos de licenciamento ambiental,pois, neste último caso, falta norma le-gal que assim expressamente determi-ne.

ReservaReservaReservaReservaReservaFlorestalFlorestalFlorestalFlorestalFlorestalLegalLegalLegalLegalLegal

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

de forma concorrente, conforme esti-pulado expressamente no artigo 24,da Constituição Federal, estando oMunicípio apto apenas a suplemen-tar leis federais e/ou estaduais e nãoàs torná-la ineficaz.

Esta decisão, portanto, vai refletirnas demais ações contra outras leismunicipais que vedam totalmente aprática da queima controlada da cana-de-açúcar, agindo assim em totaldescompasso com a legislação esta-dual, como ocorre nos municípios deRibeirão Preto-SP., Paulínea e Limei-ra, assim como mostrará aos legisla-dores municipais que a tentativa delegislar nessa área, somente deveráocorrer se observado os parâmetrosda legislação estadual e federal exis-tentes.

Revista Canavieiros - Julho de 2006 2929292929

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção demaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclareceralgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doportuguêsportuguêsportuguêsportuguêsportuguês

ODia Internacional do Coopera-tivismo, comemorado todo primei-

ro sábado de julho, foi instituído em1923 pela Aliança Cooperativa Interna-cional com o intuito de demonstrar aomundo a solidariedade dos coope-rativistas, a eficácia de sua organiza-ção como meio de emancipação eco-nômica e a garantia de paz para todo omundo. Baseado nisso, a sugestão deleitura para a primeira edição da Revis-ta CANAVIEIROS é a obra de DivaBenevides Pinho. Fazendo uma análise dos fatos queestão mudando o Cooperativismo bra-sileiro, no início do século XXI, a obradestaca a substituição da unicidadepela pluralidade de representação dascooperativas, a emergência da econo-mia cooperativa solidária, as alteraçõesintroduzidas pelo novo Código Civil e,no ramo crédito, a abertura do BancoCentral do Brasil ao microcredito coo-perativo. O livro apresenta, na Parte I,o Cooperativismo brasileiro a partir daspré-cooperativas até às inovações doSéculo XXI; e na Parte II, sob a formade verbetes, a Vertente CooperativaPioneira, cujas raízes estão no final doséculo XIX, mas que se consolida comosistema a partir de 1970; e a nova Ver-tente de Economia Solidária, embasadano crédito solidário como instrumentode concessão de pequenos emprésti-mos, sem burocracia e sem formalida-des, a empreendimentos populares depequeno porte, tendo em vista apotencialidade do negócio e o caráterdo(s) empreendedor(es).

Os interessados em conhecer a obra“O Cooperativismo no Brasil”, podemprocurar a Biblioteca da Canaoeste que ficana Rua Augusto Zanini, nº 1461 emSertãozinho ou pelo telefone (16) 3946 3300Ramal 2016.

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Outro dia ouvi de um cidadão:...Futebol não é jogo de “PIMBOLIM”!!!

Recordar é viver, frase caseira e famosa...Quantos amigos leitores já não jogaram PEBOLIM !!!Prezados amigos leitores,com certeza, futebol não é jogo dePEBOLIM...(escrita correta).

“AOS DOMINGOS” reunimos a família para um grande almoço !!! Paz total...

Muito bem!!! Nada melhor do que termos a família reunida AOS DOMINGOSem plena confraternização, sem brigas, discussões, mal-entendidos...

Dica útil: quando algo se repete, nos dias da semana, usamos o nome do diano plural, antes da preposição A.

Exemplos corretos: Aos sábados vamos à fazenda.(ação que se repete—dia dasemana no plural: sábados—preposição A+OS=AOS)

Às terças-feiras eles vão ao cinema.

Obs.: usar o acento grave(tópico gramatical—CRASE) antes das locuçõesadverbiais femininas que indicam TEMPO, MODO e LUGAR.

Ex.: Às quartas-feiras almoçamos fora de casa. (quarta-feira——locução adverbial de tempo)

Teimou “COM INSISTÊNCIA” e disse:—Não vou à palestra. Ficarei na fazenda descansando...

Prezado amigo leitor, mesmo preferindo fazenda à palestra há redundância foinítida na frase... Evite redundâncias na oralidade e na escrita.Quem TEIMA já procede com INSISTÊNCIA!!!

“A vida é como jogar bola na parede:Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.Por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma quevocê não esteja pronto para recebê-la.A vida não dá nem empresta; não se comove nem seapieda.Tudo o que ela faz é retribuir e transferir aquilo quenós lhe oferecemos.” ALBERT EINSTEIN

CURIOSIDADE

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, MBA em Direito eGestão Educacional,

Escreveu a GramáticaPortuguês Sem Segredos

(Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

Revista Canavieiros - Julho de 20063030303030

Pragas e Doenças

Cigarrinha-das-Raízesuma praga que podedestruir 100% do CANAVIAL

Acolheita mecanizada e sem quei-ma é uma realidade que cresce

cada vez mais no Brasil e, principalmen-te, no Estado de São Paulo. Até porexigência da legislação que pretendeaté 2.030 acabar com a queimada dapalha da cana-de-açúcar, a pratica dacolheita mecanizada vem aumentando.Essa evolução é ótima, mas algumasprecauções devem ser tomadas.

Uma das observações já constata-da com a colheita mecanizada é o au-mento de pragas que podem afetar oscanaviais. O ataque de cigarrinha-das-raízes, por exemplo, tem ocasionadoprejuízos aos produtores canavieiros.Cada vez mais freqüente e intensa, senão for controlada, essa praga podedestruir 100% dos canaviais alerta aengenheira agrônoma e doutora emnematologia e entomologia do Institu-to Agronômico (IAC), Leila LuciDinardo Miranda. “Dependendo davariedade e das populações decigarrinha, pode ocorrer perda total daárea, mas, geralmente, as reduções sãoda ordem de 8 a 10% da produtividadede açúcar para canaviais colhidos eminício de safra (abril-maio) e de 50% paracanaviais colhidos em final de safra(novembro)”, explica a pesquisadora.

Os primeiros focos de cigarrinha noestado de São Paulo foram encontra-dos em áreas de colheita de cana crua,local onde a palha deixada no campofavorece o crescimento populacionalporque propicia melhores condições deumidade. Atualmente, a cigarrinha éencontrada em altas populações no es-tado e causa problemas em áreas decana queimada e até de cana planta.

A cigarrinha-da-raízes é um insetosugador que ataca os canaviais em duasfases. As ninfas sugam as raízes dacana, extraindo grande quantidade deágua e nutrientes. Já os adultos sugama seiva e as folhas. A doutora Leila ex-

plica que tanto as ninfas quanto osadultos, para sugar, injetam toxinas naplanta, causando necrose nos tecidosfoliares e radiculares. “Com o ataquedessa praga o processo de fotossínteseé reduzido e, como não ocorre a forma-ção de açúcares nas folhas, não háacúmulo nos colmos tornando-os me-nores, mais finos e curtos”, diz Leila.

Além da cana-de-açúcar, acigarrinha-das-raízes é freqüentementeencontrada em diversos capins e gra-mas. Para identificar um canavial infes-tado é preciso observar se durante aestação chuvosa, há presença de “es-pumas” no pé da cana, afirma a pesqui-sadora. “Essa “espuma” é produzidapelas ninfas para proteção e é um sinalde presença de cigarrinhas na lavou-ra”, alerta.

Em condições de ataque severo, oscolmos apresentam-se desnutridos edesidratados, secando do topo para abase, as folhas se tornam de início ama-reladas e posteriormente secas, causan-do a morte da planta. O canavial ficacompletamente seco, com aspecto quei-mado. Segundo a Dr. Leila, “esses sin-tomas, que podem ser confundidoscom seca, podem aparecer mesmo du-rante a estação chuvosa”.

Para controlar a praga há métodosbastante eficientes, porém não existeprevenção. As recomendações, segun-do a Dr. Leila, incluem levantamentospopulacionais, que devem iniciar cercade 15 a 20 dias depois das primeiraschuvas da primavera, quando as ninfascomeçam a eclodir dos ovos.

A recomendação do IAC para ma-nejo de áreas com problemas decigarrinha é o uso do fungoMetarhizium anisopliae em áreas compouca incidência de insetos. No entan-to, se as populações estiverem muitoelevadas (superiores a 4 insetos por

metro quadrado em cana colhida a par-tir de agosto e maiores de 10 insetosem cana colhida de abril a julho), a re-comendação da Dr Leila é para que sefaça o uso de aplicações de inseticidasquímicos.

Ciclo de vida

ADr. Leila explica que os adultostem hábitos crepusculares, ou

seja, são mais ativos no final do dia.Após acasalamento, as fêmeasovipositam na palhada e, principal-mente, na superfície do solo próxi-mas à base das touceiras. Uma fêmeapõe entre 310 a 380 ovos. Em condi-ções de temperatura e umidade ele-vadas, as ninfas emergem os ovoscerca de 15 a 20 dias após a postura,dirigem-se às raízes, de onde sugamgrande volume da seiva. Essasninfas passam por cinco mudançasde pele, num período de 30 a 45 dias,e estão sempre envolvidas por umaespuma densa, bastante característi-ca, que as protegem da dissecação.O ciclo evolutivo completo é de 45 a60 dias. O nome vulgar, cigarrinha-das-raízes, está relacionado ao localde alimentação e desenvolvimentodas ninfas, as raízes. Os insetos adul-tos medem aproximadamente 13mmde comprimento por 6,5mm de largu-ra. Os machos são avermelhados comasas orladas de castanho escuro ecom uma faixa longitudinal da mes-ma cor. As fêmeas normalmente sãomais escuras, marrons avermelhadas,com faixas das asas quase pretas.

da Cigarrinha-das-Raízes

Carla Rossini

Novas Tecnologias

OCentro Apta Cana, com sede emRibeirão Preto, inaugurou no iní-

cio do mês o Laboratório de BiologiaMolecular Cana IAC, que irá acelerar oprocesso para obtenção de novas va-riedades de cana-de-açúcar, além depossibilitar análises para o diagnósti-co de doenças como o raquitismo dasoqueira.

Os equipamentos do laboratórioforam adquiridos com investimentos decerca de R$ 235 mil da Fapesp. Sãotecnologias destinadas ao aperfeiçoa-mento de pesquisas já em andamentono Centro de Cana IAC sobremapeamento genético e identificaçãode genes relacionados a pragas, doen-ças e tolerância à seca.

Na região de Ribeirão Preto não háoutro laboratório desse tipo. Até en-tão, o Centro de Cana IAC vinha pro-duzindo variedades por meio do me-lhoramento tradicional. Nos últimosoito anos, o IAC disponibilizou 12 no-vas variedades de cana por meio domelhoramento convencional, que re-quer cerca de 10 anos de pesquisa atéobter nova variedade. Com as novasferramentas, espera-se reduzir o temponecessário para o desenvolvimento denovos materiais e assim continuar afortalecer o setor por meio da variabili-dade genética, que evita grandes pre-

Centro de Canainaugura Laboratório

juízos em caso de ocorrência de doen-ças.

“As ferramentas da biologiamolecular podem proporcionar a obten-ção de variedades de cana em um perío-do menor de tempo e, em casos especí-ficos, com características que não po-deriam ser obtidas por meio do me-lhoramento inteiramente convencio-nal”, diz Luciana Rossini Pinto, pesqui-sadora do IAC.

Ainda neste ano, o Centro de Canado IAC irá colocar à disposição do se-tor produtivo a análise de diagnósticopara raquitismo da soqueira, importan-te doença da cana-de-açúcar que podelevar a perdas superiores a 50% emvariedades suscetíveis. No Brasil, essadoença está disseminada na maioriadas regiões de canavicultura e trans-missão se dá durante o corte, quandoo facão ou as lâminas das colheitadeirascortam plantas doentes e, depois, plan-tas sadias.

“Plantas contaminadas apresentamatraso no desenvolvimento e encurta-mento dos colmos, e conseqüentemen-te, redução da produtividade”, explicaSilvana Creste Dias de Souza. Daí aimportância de realizar o diagnóstico.Segundo a pesquisadora, o objetivo doCentro de Cana é amplia o atendimento

As variedades dão sustentabilidadeao mercado, reforçam a diversida-

de genética e isso redunda em uma es-tratégia de proteção das lavouras con-tra pragas e doenças. Quanto menor avariabilidade genética, maior sus-cetibilidade aos mesmos aos mesmosproblemas fitossanitários.

Na década de 70 e 80, quase 50%da cana cultivada em São Paulo eradominada por uma única variedade. Em93, surgiu o amarelinho da cana-de-açúcar, que atingiu a variedade queocupava mais de 30% da área, resul-tando em queda na produção de algu-mas usinas. O aparecimento da pragaestimulou os programas de melhora-mento.

Variedadesasseguramsustentabilidade

ao setor, oferecendo também serviçosde diagnóstico para escaldadura dasfolhas e mosaico. Para isso, o Centroestá buscando o financiamento de no-vos projetos de pesquisa.

Cristiane Barão

Revista Canavieiros - Julho de 20063232323232

Culturas de Rotação

Na década de 60 avicultores ingle-ses identificaram que parte dos fi-

lhotes de Peru vieram a morrer por in-toxicação devido a ingestão de raçãoque continham farelo de amendoim.Depois de pesquisas sobre o assuntofoi identificada a causa da morte dosanimais, a Aflatoxina, toxina liberadapor diversos tipos de fungos que den-tre outros produtos se instala com muitafacilidade no amendoim.

O gerente da Unidade de Grãos daCopercana, Augusto César Strini Pai-xão, alerta os produtores da necessi-dade em se fazer o manuseio adequa-do, obter o conhecimento e buscar astécnicas apropriadas existentes paraevitar o aparecimento dessa toxina.

“O produtor rural tem a responsa-bilidade de evitar o surgimento da

O inimigonúmero 1do amendoim

Em toda cadeia produtiva do amendoim é preciso tomar cuidado para que o fungonão estrague o trabalho de uma safra inteira

Aflatoxina no campo e para isso ele temque se preocupar com o controle deinsetos e fungos, rotação de culturas,nutrição das plantas, prevenção deestresse hídrico, prevenção de danosmecânicos, evitar o brotamento doamendoim e escolher de forma planeja-da a variedade que será plantada. To-mando esses cuidados dificilmente oamendoim entregue pelo produtor teráuma qualidade baixa”. Explica Augusto.

O gerente ainda explica o baixo va-lor de mercado do produto que chegapara a armazenagem com um índice deaflatoxina acima do permitido, 20ppb(microgramas de aflatoxina por quilo-gramas do produto analisado) para oproduto destinado a alimentação hu-mana no mercado interno, podendochegar até 4ppb dependendo do paísque será exportado, e 50ppb para o

amendoim que será destinado para ra-ção animal.

“O amendoim contaminado com aAflatoxina só poderá ser comercializadocom as indústrias de óleo, perdendo asmelhores fatias do mercado”. Alerta ogerente da Unidade de Grãos.

Após a colheita a oleaginosa aindanão está livre da contaminação pelosfungos causadores da toxina, pois, aochegar nas cooperativas para oarmazenamento o produto precisa pas-sar por um importante processo de lim-peza, secagem (a aflatoxina se desen-volve quando a umidade do amendoimestá acima de 8%) e armazenamento dosgrãos.

Para evitar o risco de contamina-ção a Copercana recebe o produto de

O inimigonúmero 1O inimigonúmero 1

Marino Guerra

Armazém de amendoim da Unidade deGrãos da Copercana.

Culturas de Rotação

seus cooperados e utiliza um pro-cesso artificial de secagem earmazenamento em bags. Vale lem-brar que toda a ação é rastrea-bilizada, ou seja, a cooperativa temtodo o controle das informaçõesdesde o campo até a entrega para aindústria de beneficiamento.

Todo esse cuidado rendeu paraa Copercana o índice de 98% doamendoim entregue pelos seus co-operados livre da Aflatoxina, ouseja, de 1 milhão de sacas recebi-das, 990 mil foram classificadas dealta qualidade.

Outro ponto da cadeia produti-va muito importante para se evitar acontaminação é na hora de trans-portar o produto, caso a carga ve-nha a receber umidade depois de terpassado pelo processo de secagem,as chances do surgimento daAflatoxina se tornam muito altas.

Secadores de amendoim.

Revista Canavieiros - Julho de 20063434343434

Repercutiu

“Pedimosa Deus que

não tenhamosmais crises

nos próximosdois, três

anos.”

Do ex-ministroRoberto Rodrigues,

em seu discurso de despedida

“Não há calça jeanssem plantador dealgodão, não há

sapato e bolsa sem opecuarista, não há

etanol sem cana, nãohá pão sem trigo,

óleo sem soja, man-teiga sem leite, não

há vida sem aagricultura e sem o

agricultor.”

“Ele foi a pessoa certa que ocupou o ministério daagricultura no momento errado. As críticas à sua

atuação à frente do ministério são injustas.Rodrigues enfrentou todas as conseqüências do

corte de verbas, como ocorreu com a defesa sanitá-ria, que teve os recursos destinados ao controle de

febre aftosa retidos.”

Do deputado federalRonaldo Caiado (PFL-GO),no caderno Dinheiro da Folha deS. Paulo do dia 29 de junho de2006, sobre a saída do ministroRoberto Rodrigues

“Sai tarde. Ele nãoconseguiu reverter

o corte noorçamento, resolver

a dívida do setor.Só perdemos.”

Presidente da Sociedade Rural Brasileira,João de Almeida Sampaio, em nota publicada no site da instituição.

Do presidente Lula,durante a transmissão de cargo noMinistério da Agricultura,no dia 30 de junho.

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OutubroOutubroOutubroOutubroOutubro

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SetembroSetembroSetembroSetembroSetembro e e e e e Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro de de de de de 20062006200620062006

31 de julho a 04 de agosto - III FERSUCRO (Feira de Exposição e Promoção Técnico-comercial de produtos,serviços e insumos para o setor sucroalcooleiro) – Maceió/ALSite: www.stlabeste.org.br

19 a 22 – 14ª FENASUCRO (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira) – Sertãozinho/SPInformações: Múltiplus Eventos (16) 3623 8936Site: www.fenasucro.com.br

19 a 22 – IV AGROCANA (Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar) – Sertãozinho/SPInformações: Múltiplus Eventos (16) 3623 8936Site: www.fenasucro.com.br

25 a 27 – FATIA (Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação) – Goiânia/GOInformações: Múltiplus Eventos (16) 3623 8936Site: www.ffatia.com.br

FENASUCRO E AGROCANA AMPLIAM ÁREA DE EXPOSIÇÃOE ENCERRAM COMERCIALIZAÇÃO DE ESPAÇOS

De 19 a 22 de setembro, Sertãozinho sedia novamente omaior evento sucroalcooleiro do mundo, num recinto de exposiçõesainda maior, com número recorde de 550 expositores

Revista Canavieiros - Julho de 2006 3535353535

Em decorrência da grande procurapor espaços e pelo alto índice de reno-vação dos expositores, a Fenasucro &Agrocana 2006 tiveram a necessidadede ampliar sua área de exposição. O maisnovo Pavilhão terá uma área de 1.500metros quadrados e abrigará 30 novosexpositores com estandes de 25 metrosquadrados cada um.

A extensão, denominada de Pavi-lhão III, terá ar-condicionado e será in-terligada ao Pavilhão principal e ao Pa-vilhão II da Fenasucro. Ainda terá umauditório de 300 metros quadrados comcapacidade para 300 pessoas, dirigido

a palestras e eventos técnicos do se-tor.

“O interesse crescente pelas Feirasresultou na necessidade de se investirna ampliação da área de exposição daFenasucro porque muitas empresasimportantes que estavam na lista deespera querem participar pela primeiravez do evento”, explica o diretor daMultiplus, Fernando Barbosa.

A Agrocana, que reúne os princi-pais fornecedores do setor agrícolacanavieiro, está com 100% de sua áreade exposição comercializada. Três me-

ses antes de sua realização, o eventoencontra-se totalmente vendido, apre-senta crescimento no número de expo-sitores e também se depara com umafila de espera de empresas interessa-das em participar da Feira, como acon-tece desde 2001 com a Fenasucro.

O Centro de Eventos Zanini, quesedia pela segunda vez a Fenasucro &Agrocana e possui mais de 130 milmetros quadrados de área, terá, alémdo Pavilhão principal com 16 mil metrosquadrados, outros espaços diferencia-dos para abrigar os mais de 550 exposi-tores e 50 mil visitantes previstos.

Revista Canavieiros - Julho de 20063636363636

Antes da Porteira

Vai ser dada a largada. De um ladoestão Estrela Campeã, Jetbel, Pos-

sante e Amorzão. Do outro, os cavalosdesafiantes são: Dominó, Capricho,Fama e Solidão. Em uma manhã de sex-ta-feira, eles estão treinando e se pre-parando para disputar a grande corri-da.

Pode parecer loucura, mas é ape-nas o jeito que o cooperado Carlos deCastro, 43 anos, de Jardinópolis encon-

Apaixonados por corridas de bigas e quadrigas, cooperados praticam esporte e lazerem suas fazendas

CooperadosCooperadosCooperadosCooperadosCooperadosse inspiram em Ben-Hurse inspiram em Ben-Hurse inspiram em Ben-Hurse inspiram em Ben-Hurse inspiram em Ben-Hure driblam o tempoe driblam o tempoe driblam o tempoe driblam o tempoe driblam o tempo

trou para se divertir nas horas em quenão está trabalhando em suas planta-ções de cana-de-açúcar. Apaixonadospor cavalos desde muito jovens, Carlose seu primo Luiz Augusto Mei Alvesde Oliveira, também cooperado e pro-prietário da Fazenda Estrela D’Oesteem São Simão deram um drible no tem-po e trouxeram as bigas e quadrigas daépoca do Império Romano para o inte-rior paulista.

Inspirados no filme Ben-Hur, os pri-

mos Carlos e Luiz conseguiram fazerrenascer a modalidade esportiva extin-ta há mais de 1.600 anos. Carlos contaque tudo começou por volta de 1995quando o Luiz resolveu construir suaprimeira biga. “No começo, ele correriaentre os canaviais da fazenda, mas logoa emoção foi tomando conta e em 2001foi construída a primeira pista”.

Em São Simão e Jardinópolis ocor-rem os treinos e as corridas de bigas(puxadas por dois cavalos) ouquadrigas (puxadas por quatro cava-

Carla Rossini

Revista Canavieiros - Julho de 2006 3737373737

Antes da Porteira

los), bem ao estilo da época com direi-to a roupas típicas e troféus para osvencedores. As corridas são o passa-tempo dos agricultores. “Nossa metaagora é fazer com que as mulheres co-mecem a participar das corridas debigas”, diverte-se Carlos.

Na fazenda em Jardinópolis, Carlostem uma mini pista oval, mas avisa queem breve a oficial será construída, ocu-pando 205 metros de cumprimento e 50metros de largura. A corrida é disputa-da em sete voltas em sentido anti-ho-rário. “A adrenalina é quando estamosa 60 quilômetros por hora”, afirmaCarlos.

Os cavalos devem ser da raça puro-sangue inglês, ou meio puro-sanguecruzada com mangalarga, quarto demilha ou árabe, pelo menos, que resul-tam em maior resistência e velocidade.A biga é feita de metal e adaptada a

partir das imagens do filme Ben-Hur,desde a largura e o comprimento até aaltura.

As disputas de quadrigas ocorremgeralmente entre abril e setembro, noperíodo de seca. As tropas de cavalossão cuidadosamente treinadas. “Cadacavalo precisa de pelo menos um anopara ficar pronto, mas o ideal é que trei-nem juntos durante dois anos”, explicaCarlos. “É preciso que tenham o mes-mo trote e galope”, completa.

Geralmente os adversários são fun-cionários das fazendas, que treinam eadestram os animais. Em Jardinópolis,os funcionários Reginaldo Alves deOliveira e Eliezer Gaspar Silva se em-polgam ao falar do esporte. “Nós aca-bamos gostando do esporte e sempreganhamos as corridas”, brincaReginaldo.

Para divulgar o esporte ainda des-

conhecido, os primos criaram a Asso-ciação Brasileira dos Condutores deCorridas de Bigas e Quadrigas(ABCCBQ), fundada em 2002. “O Luizé o presidente da associação e eu souo vice”, explica Carlos.

A idéia é que as pessoas se interes-sem pelo esporte criando suas arenaspara competições e exibições, em cir-cuito de provas e reunindo admirado-res do esporte. “Estamos à disposiçãopara ajudar os interessados em se ade-quar ao esporte. Estudamos, lemosmuito sobre o assunto e podemos ofe-recer algumas dicas para quem gostar”,diz o animado produtor rural.

Desta forma, os “aurigas” comoeram chamados os corredores de bigase quadrigas de antigamente vãodriblando o tempo e satisfazendo suasemoções. “Minha família está nessasterras há 250 anos. Sempre fomos apai-xonados por cavalos e quem sabe nãoseremos nós que construiremos oColiseu da Região de Ribeirão Preto”,finaliza Carlos.

O cooperado Carlos de Castro e seus funcionáriosReginaldo Alves de Oliveira e Eliezer Gaspar Silva durante

treino na fazenda em Jardinópolis.

Revista Canavieiros - Julho de 20063838383838

100 alq. de terra roxa próximo daUsina no Triângulo Mineiro100 alq. de terra roxa próximo da

Usina no Triangulo Mineiro, 1 km doasfalto, 100% plana formada em pasto.Existe interesse da Usina em arrenda-mento das terras. R$ 2.200.000,00-Me-tade à vista e R$ 1.100.000,00 em arrobasde boi com prazo de um ano.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. José Paulo Prado, pelotelefone:(019) 35415318 ou pelo e-mail:[email protected].

Caminhão CanavieiroVendo caminhão traçado MB 2213,

ano 1982, R$ 52.000,00.Em caso de interesse, entre em con-

tato com o Sr. Alexandre, pelo telefo-ne:(14) 97140056 ou pelo e-mail:[email protected].

Caminhão MB 1317, ano 86Vendo caminhão truck MB 1317,

cor Azul, ano 1986, carroceria. Rodoar,execelente estado de conservação, pre-ço a negociar, com foto.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Wemerson Queiroz, pelotelefone:(31) 9994-3999 ou pelo e-mail:[email protected].

Carregadeira de CanaVendo carregadeira de cana

Motocana acoplada em CBT 2105, ano1986, R$ 25.000,00.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Alexandre,

pelo telefone:(14) 97140056 ou peloe-mail: [email protected].

ComproCompro 80 a 120 alqueires de terra,

podendo estas estarem nos municipiosde Viradouro, Terra Roxa, Jaborandi,

Colina, Bebedouro e Barretos. Paga-mento à vista.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Eduardo, pelo telefo-ne:(17) 9718-5280 ou pelo e-mail:[email protected].

143,5 alqueires – Região deVotuporanga - SP143,5 alqueires, 8 km da usina,

estruturada para pecuária, excelentesbenfeitorias, sede nova, casas de colo-nos, armazém, barracões, curraisconcretados e de terra, rio, córrego, re-presa, implementos (grade Roma, tra-tor MF 275 ano 95, forrageira CP 2000,carretas, resfriador de leite, entre ou-tros). Venda de porteira fechada: R$5.000.000,00 à vista.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Pedro Sanchez, pelo tele-fone:(11) 9277-8757 ou pelo email:[email protected].

Grupo gerador 60 kvaGrupo gerador 60 kva 220/127 aber-

to com motor mercedes, o motor é reti-ficado e o gerador é novo com garan-tia, acompanha painel de leitura e cha-ve de proteção geral.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Ulisses, pelo telefone:(17)3342-2355 ou peloe-mail: [email protected].

Tator traçado 785 4x4 valtraVendo trator traçado 785,4x4, Valtra,

ano 2003, em ótimo estado de conser-vação, preço R$52.000,00.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Edmilson Pavani, pelotelefone:(17) 3817-1074 ou pelo e-mail:[email protected].

Vendo caminhão Ford, 22000,

6X4, traçado, no chassi ano 85/85Ford-22000, motor MWM, freio ar

manecão; reduzido; turbo hidráulico.Cambio, motor e diferencial revisado,raiado, pneus bons, cor branco. PreçoR$39.000,00 - Obs:Tenho fotos.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Airtom, pelo telefone:(19)9716-6201 OU 3541-4893 ou pelo e-mail:[email protected].

Vendo fábrica de aguardente02 ternos de moenda 18/24, capaci-

dade de moagem de 12 toneladas decana por horas, 01 caldeira, 01 guin-daste, 02 colunas para aguardente de600 lts/h cada, 01 conjunto de esteira ejogo de facas, 01 conjunto de engrena-gens e máquinas a vapor com a capa-cidade de produção total por hora deaguardente de 1200 litros.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Márcio José Viana, pelotelefone:(31) 3881.1877 – (31) 9989.3470ou pelo e-mail:[email protected].

120 alqueirão em Minas Gerais120 alqueirão localizado em região

canavieira a 10 Km da Usina, R$ 20 milo alqueirão.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. José Paulo Prado, pelotelefone:(019) 3541-5318 ou 9758-4054ou pelo e-mail:[email protected].

Carregadeira de CanaSantal - Procuro (cbt ou valmet)Procuro carregadeiraEm caso de interesse, entre em con-

tato com o Sr. Dirceu do Carmo, pelotelefone:(16) 3659-9808 ou pelo e-mail:[email protected].