Ed36junho09

40
Revista Canavieiros - Junho de 2009 1

description

 

Transcript of Ed36junho09

Page 1: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 11111

Page 2: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 200922222

Page 3: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 33333

Feira de bonsnegócios

Conselho Editorial

33333

Editorial

Revista Canavieiros - Junho de 2009

Aedição deste mês da Canavieiros destacaa realização da quinta edição da Agrone-gócios Copercana, entre os dias 24, 25 e

26, e que promete ser uma ótima oportunidade debons negócios para aos cooperados e associa-dos do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred.Apesar da crise, é preciso garantir uma boa pro-dução e a feira reunirá mais de 60 expositores deinsumos, máquinas e equipamentos para as cultu-ras de amendoim, milho, soja e cana-de-açúcar.

E por falar em crise, o assunto ainda está empauta. Por isso, a entrevista deste mês é com oprofessor da FEA (Faculdade de Economia, Ad-ministração e Contabilidade), da USP, de Ribei-rão Preto, Marcos Fava Neves. Ele faz um resu-mo das novidades apresentadas no Ethanol Sum-mit, realizado pela Unica no início deste mês, ana-lisa os gargalos que devem ser vencidos e anun-cia a realização de uma radiografia de toda a ca-deia produtiva da cana.

O Notícias Copercana deste mês destaca o lan-çamento do novo selo de qualidade da Abicab(Associação Brasileira da Indústria de Chocolate,Cacau, Amendoim, Bala e derivados) realizado emSão Paulo com a presença de representantes dosetor da Qualidade da Copercana e da CAP. Tam-bém são apresentados os primeiros resultados doProjeto Soja da Copercana em parceira com a Una-me (Unidade de Grãos) iniciado na safra 08/09.

O Netto Campello Hospital e Maternidadetraz em Notícias Canaoeste a ampliação da qua-lidade hospitalar por meio da humanização, queveio com o objetivo de amenizar os receios,medos e ansiedades das crianças que necessi-tam de hospitalização.

O presidente do Sistema OCB (Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras), Márcio de Freitas,está no Ponto de Vista, onde aborda a importân-cia e o significado de um sistema cooperativistapara a economia do país em meio a turbulênciasque vivemos.

Feira de bonsnegócios

Os artigos técnicos desta edição são assina-dos pelo consultor da Canaoeste, Cleber Moraes,e pela equipe do CTC. O primeiro trata das liçõesdas crises ocorridas ao longo dos anos de produ-ção no Brasil. Já o segundo artigo aborda as per-das de cana e impurezas vegetais e minerais exis-tentes na colheita mecanizada.

A seção Novas Tecnologias traz o investimen-to da Embrapa em variedade de cana tolerante àseca, que é feito desde agosto do ano passado, etambém o lançamento do CTCSat, mais uma novi-dade do CTC para o setor canavieiro, que vai serdisponibilizado aos seus fornecedores.

O advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti,aborda em Assuntos Legais explicação sobre aobrigatoriedade da ART (Anotação de Responsa-bilidade Técnica) e também esclarece temas refe-rentes à certificação sócio-ambiental, que é de ex-trema importância para a comercialização da pro-dução agrícola.

Além disso, o engenheiro agrimensor e analis-ta de geoprocessamento da Canaoeste, Luís An-tônio dos Santos, apresenta os prazos da lei 10267,que trata da obrigatoriedade do georreferencia-mento do perímetro do campo em propriedadescom área abaixo de 500 hectares. Já o assistentede controle agrícola da Canaoeste, Thiago Silva,analisa o valor do ATR e da tonelada para forneci-mento da safra 2008/2009.

O destaque deste mês é a estimativa de co-lheita de grãos da safra 2008/2009, que deverá teruma queda de 6,9% em relação ao ciclo anterior,provocada pela estiagem no Sul e excesso dechuvas no Nordeste.

Você também não pode deixar de conferir asinformações setoriais do Assessor Técnico daCanaoeste, Oswaldo Alonso, dica da leitura e aagenda com eventos do setor para o mês de julho.

Boa leitura!

Page 4: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 200944444

O cooperativismo e o setorsucroalcooleiro

Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB eSescoop

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Netto Campello Hospital & Maternidadeamplia a qualidade hospitalar por meio dahumanização do cuidado

V AgronegóciosCopercanaFeira promete bonsnegócios com preços econdições de pagamentosmelhores que no anopassado

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 01 01 01 01 0

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 31 31 31 31 3

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .1 21 21 21 21 2

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Abicab lança novo selo de qualidade- Projeto Soja 09/10: expectativa deexpansão de plantio

REPERCUTIU

CONSECANA

VALORATR

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO

NOVASTECNOLOGIAS

ASSUNTOSLEGAIS

DESTAQUE

CLASSIFICADOS

AGENDE-SE

Revista Canavieiros - Junho de 200944444

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 2 42 42 42 42 4

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 1 31 31 31 31 3

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 43 43 43 43 4

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 13 13 13 13 1

CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:12.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

www.r [email protected]

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 80 80 80 80 8

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 50 50 50 50 5

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Marcos Fava NevesProfessor da FEA (Faculdadede Economia, Administraçãoe Contabilidade), da USP, deRibeirão Preto

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 1 61 61 61 61 6

2 62 62 62 62 6

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 53 53 53 53 5

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 0 90 90 90 90 9

Artigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIPerdas de cana e impurezas vegetais e minerais na co-lheita mecanizada - A mudança no sistema de colheita dacana, resultou inicialmente em elevação acentuada nasperdas de cana e aumento nas impurezas vegetais e minerais.

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 73 73 73 73 7

Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.18Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.18

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 50 50 50 50 5

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g .0 80 80 80 80 8

P a g .P a g .P a g .P a g .P a g . 3 83 83 83 83 8

28Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.28Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.

O pior já passou

Page 5: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 55555

O pior jápassou

Marcos Fava Neves

Entrevista

Cristiane Barão

Marcos Fava NevesProfessor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilida-de), da USP, de Ribeirão Preto

Aturbulência que atingiu o se-tor sucroenergético já está sedissipando e os fundamentos

são muito bons para o açúcar, etanole energia. Essa é a opinião do profes-sor da FEA (Faculdade de Economia,Administração e Contabilidade), daUSP, de Ribeirão Preto, Marcos FavaNeves, que também é fundador do gru-po Markestrat (Centro de Pesquisase Projetos em Marketing e Estratégia).Segundo ele, que participou do Etha-nol Summit, realizado pela Unica noinício do mês, há muitas boas notíci-as para o setor e uma constatação: deque há muito ainda a ser feito com acana e dela ainda surgirá muitos pro-dutos. Nesta entrevista, que ele con-cedeu à Canavieiros na sede do Mar-kestrat, ele também falou sobre o tra-balho contratado pela Unica e que irámapear toda a cadeia produtiva. Leiaa íntegra, a seguir.

O pior jápassou

Canavieiros: As discussões doEthanol Summit acabam produzin-do uma fotografia do momento dosetor. Como é essa foto?

Marcos Fava Neves: É uma fotogra-fia que mostra que o fundo do poço jáfoi. Os projetos já estão sendo anunci-ados e os fundamentos são muito bonspara o açúcar, para o álcool e para aenergia. Foi uma mensagem de ligeirootimismo e de que a turbulência peloqual o setor passou já está se dissi-pando. As notícias foram boas em mui-tas áreas.

Canavieiros: Quais foram essasnotícias?

Fava Neves: Os motores grandesa etanol, por exemplo. Duas empre-sas mostraram que estão com a tec-

nologia praticamente em ordem e queneste ano ou no máximo no ano quevem esses motores devem estar com-petitivos na ótica até econômica, nãosomente ambiental. Para as usinas,isso seria muito interessante. É umnovo mercado que se abre porque odiesel representa 50% do nosso con-sumo de combustível. Outra notíciaveio da Petrobras, que acredita que,dentro de cinco a oito anos, 80% docombustível vendido no Brasil seráetanol e, portanto, a Petrobras irá setornar uma grande exportadora de ga-solina e para isso ela vem se prepa-rando. A Petrobras também anunciouque 80% dos seus investimentos se-rão voltados ao etanol e que a em-presa irá participar como minoritárianas usinas.

Canavieiros: Em relação a novosprodutos, há boas notícias?

Fava Neves: Houve uma declaraçãodo presidente da Amyris (empresaamericana especializada em desenvol-vimento de biocombustíveis) de que acana é a melhor planta que existe parafornecer bioenergia. E isso também foiconfirmado pelo José Goldemberg , quemostrou que a produtividade da canatem condições para saltar para mais de200 toneladas por hectare em volume,sem considerar a modificação genéti-ca, que permitiria dobrar o teor de sa-carose dentro desse volume. Ou seja,é uma opinião que eu sempre tive: quehá muito ainda o que se fazer com acana. Eu compartilho com a opinião quefoi colocada de que nós temos pelomenos mais dez anos de supremacia

Page 6: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 200966666

Entrevista

“"Para a cana, há um cenário bem maisconfortável do que para o etanol porque é dacana que vai sair boa parte das coisas novas"

com relação ao etanol. E em relação aosnovos usos, já estão bastante avança-dos em relação ao diesel feito a partirde cana e eles (Amyris) também estãopesquisando a gasolina feita a partirde cana. Assim, para a cana, há umcenário bem mais confortável do quepara o etanol porque é da cana que vaisair boa parte das coisas novas. Difi-cilmente vamos ter um competidor paraa cana nos próximos dezou 15 anos.

Canavieiros: Os paí-ses reconhecem os bene-fícios do etanol, mas re-sistem em abrir seus mer-cados. O que ainda precisa ser feito?

Fava Neves: Temos de analisar paísa país. Com os Estados Unidos, a situ-ação é mais confortável. Eles têm umameta de 36 bilhões de galões até 2017 eeles fixaram em 15 bilhões (quota emgalões) para o etanol de milho. O res-tante é para os outros produtos. Se es-ses produtos não surgirem economi-camente, nós vamos poder entrar como etanol de cana nos Estados Unidosporque eles precisarão. Acho que nóstemos de mudar um pouco a agenda:não podemos nos confrontar com opessoal do milho, mas trabalhar juntocom eles. O tamanho para eles já foifixado e acho que temos muito mais aganhar ao se juntar com eles. Acho quedá para buscar mercado nos EstadosUnidos com o blendagem (mistura). Láeles utilizam 10% e eles têm medo queo aumento (da mistura) estrague osmotores dos carros. Então, precisamosmostrar que isso não prejudica.

Canavieiros: E em relação ao mer-cado europeu?

Fava Neves: Os europeus já estãocomprando e o principal desafio, colo-cado até pelo Bill Clinton (durante oEthanol Summit), é um trabalho de for-miginha para convencê-los de que oetanol é sustentável. E para isso, asestratégias são as mais distintas. É terselos, fazer organizações multilateraisde certificação, começar a reconheceras usinas que a Unica tem trabalhadoe, com isso, se começa a abrir esse mer-cado. É trabalhar um pouco mais a co-municação. Temos de trabalhar tambémcom a indústria de cana da Austrália,da Tailândia, da Índia, que são países

grandes fornecedores mundiais deaçúcar. Se esses países adotarem a mis-tura de etanol no combustível, e algunsjá a adotam, um pouco da cana delesvai se transformar em etanol, o que vaitrazer um aumento no preço do açúcarno mercado internacional. Todo mun-do ganha com isso. Temos de desen-volver um pensamento estratégicomais forte.

Canavieiros: No mercado interno,as usinas estão desovando mais eta-nol para fazer caixa e isso está pro-vocando um desequilíbrio na cadeia.Como resolver isso?

Fava Neves: Eu vejo duas formas:que é o BNDES com essa questão dofinanciamento dos estoques de álcoole também a Petrobras entrando comcapital e adquirindo participação acio-nária desses grupos que estão em mai-ores dificuldades. Acho que a Petro-bras foi muito lenta. Ela deveria ter fei-to esse movimento a partir de agosto/setembro do ano passado. Mas achoque o fundo do poço também já pas-sou e a ideia é que a reestruturaçãoesteja vindo.

Canavieiros: Já que o cenário paraa cana é mais positivo do que para opróprio etanol, o fornecedor de canapode respirar com mais alívio?

Fava Neves: Eu acredito na melho-ria nos próximos anos. É normal queem dez anos, haja dois ou três não muitobons. O fornecedor tem toda uma agen-da típica, que ele nunca pode esque-cer, que é o controle absoluto de cus-tos, fazer coisas junto com outros pro-dutores, diminuir os seus ativos, com-partilhar mais máquinas, participar maisforte das associações, negociar emconjunto. O fornecedor é muito impor-tante para essa cadeia produtiva. Eusempre defendo esse elo e acho queos modelos mais modernos no futurosão aqueles onde as usinas não domi-nam a cana. A cana é produzida poragentes especializados. Nós já estamosvendo isso acontecer.

Canavieiros: Depois da radiogra-fia do leite, do milho e da laranja,vocês irão fazer a da cana. Como vaiser feito esse trabalho?

Fava Neves: Esse trabalho que aUnica contratou é muito interessan-te. A ideia é pegar e mapear o tama-nho da cadeia produtiva no ano de2008 e atualizar a cada ano. A Unicanos pediu até o final de agosto. Nós

sempre teremos o retratodo que movimenta a ca-deia produtiva em todosos seus elos. Vai ser le-vantado desde pedágio,até empresas de pesqui-sa, de bens de capital, a

parte dos produtores, insumos, de-fensivos, a parte industrial. É um tra-balho de fôlego, que vai envolver uns10 pesquisadores em tempo integral.Nesse aspecto de mapeamento da ca-deia produtiva, esse trabalho nuncafoi feito para a cana.

Canavieiros: Onde estão os gar-galos ao longo da cadeia?

Fava Neves: Em todos os setores,seja no elo agrícola ou no industrial,ainda há gorduras para serem corta-das. Esse é um gargalo ainda. A agen-da do produtor de cana já é bem avan-çada, como já comentei - que é parti-cipar de associação, fazer as coisasem conjunto, compartilhar - , massempre tem mais coisa para fazer. Asusinas, com renovação de equipa-mentos, também tem chances de ga-nhos. E para esse setor também soudefensor de uma ideia meio polêmicade que não faz sentido as usinas nãodominarem a distribuição. Estamoscaminhando para um cenário em quenão será mais posto de gasolina, seráposto de etanol. Um outro gargalo étributário: a questão de acertar os tri-butos na distribuição, para não ha-ver sonegação, e fazer com que oICMS nos outros Estados fosse de,no máximo, 12%. Os outros gargalosa Unica já está trabalhando, que éabertura de mercado internacional, acertificação, o lindo trabalho que elesestão fazendo de requalificação, jun-to com as empresas associadas, opróprio marketing do etanol. Aquimesmo no Brasil é efervescente o queestá acontecendo com o etanol, mashá muita gente a ser conquistada.

Page 7: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 77777

Page 8: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 200988888

Ponto de Vista

O cooperativismo e o setorsucroalcooleiroO cooperativismo e o setorsucroalcooleiroMárcio Lopes de Freitas*

OSistema Cooperativista Brasi-leiro tem se consolidado comogrande força da economia do

país, por meio do desenvolvimentosustentável e da geração de emprego erenda para seus associados, contribu-indo também para o crescimento dascomunidades onde se faz presente.Hoje, vivenciando os reflexos de umacrise financeira internacional, o coope-rativismo tem se organizado e buscadonovas oportunidades nesse cenário. Oobjetivo é minimizar esses impactos etrabalhar para manter seus indicadores.

Resultado desse comportamentose comprova com os dados das expor-tações das cooperativas brasileiras noprimeiro quadrimestre de 2009. O seg-mento sentiu os efeitos da crise, regis-trando uma queda de 8,6% quandocomparado ao mesmo período do anoanterior, porém, com retração menorque o total exportado pelo País, conta-bilizada em 17,53%.

Esse é um posicionamento tambémdo setor sucroalcooleiro, representadonacionalmente por cooperativas con-solidadas, com gestão profissionaliza-da e foco no negócio. Mesmo com asdificuldades geradas pela crise finan-ceira, como a retração dos mercados eda oferta de crédito, decorrente da saí-da das traddings e, acima de tudo, umacrise de credibilidade, o setor, mais uma

vez, apresentou aumento de produção.

Sua participação no total exportadopelo cooperativismo brasileiro, de janei-ro a dezembro de 2008, foi também ex-pressiva. O segmento sucroalcooleiroaparece com um dos principais gruposde produtos, respondendo por 26,91%do total (US$ 1,08 bilhão), que corres-pondem ao açúcar e ao álcool etílico. Jáno primeiro trimestre de 2009, o desta-que ficou para o açúcar, com 91% em2009 (US$ 150,9 milhões), frente a 59%no primeiro trimestre de 2008 (US$ 86,4milhões), e crescimento de 13,5%, tota-lizando US$ 165,8 milhões.

E as tendências para o setor sãopositivas. O etanol, mesmo com preçosdepressivos no momento, se apresentacom uma alternativa de energia limpa,caminho que deve ser seguido mundi-almente. Isto implica dizer que a partici-pação do produto tende a crescer con-sideravelmente, com retornos cada vezmais positivos.

Já o açúcar está em franca expan-são no mercado mundial. A Índia, umdos principais produtores, vive umacrise, com uma queda de safra ocasio-nada por problemas climáticos, e abreespaço para outros países. Com isso,o Brasil tende a aumentar a produçãode açúcar, que ganha mercado hojefrente ao etanol.

*presidente do Sistema OCB (Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras) e Sescoop(Serviço Nacional de Aprendizagem do

Cooperativismo)

Em momentos de crise, as dificulda-des são diversas, ainda mais quandovivenciadas individualmente. Essesefeitos podem ser mitigados pelo pro-cesso cooperativo, com a organizaçãodos produtores em suas cooperativas,que, fortalecidas, geram ganho de es-cala e maior poder de negociação. Omesmo acontece com as cooperativasque atuam na comercialização de pro-dutos das cadeias de açúcar e álcool. Éimportante fortalecer o cooperativismo,forma de organização e ferramenta maisadequada para mitigar os efeitos da cri-se, como propõe o tema do 87º Dia In-ternacional do Cooperativismo: "Impul-sionar a recuperação global por inter-médio das cooperativas".

Page 9: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 99999

Repercutiu

"Como responder a um desquali-ficado moral como esse? Esse homemnão tem estatura, é irresponsável portratar um segmento, o setor produti-vo rural, com essas palavras. É um pa-lavreado característico dele, nos mor-ros do Borel e da Rocinha com trafi-cantes. Não venha trazer esse pala-vreado para cá."

Do deputado federal Ronaldo Cai-ado (DEM-GO), sobre Minc

"Escolheram o rabinho de capeta e agora fingemdefender a agricultura familiar. É conversa para boidormir. Não se deixem enganar. São vigaristas."

Do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc,sobre a bancada ruralista, em discurso durante amanifestação Grito da Terra

"Estou firme, firmíssimo. Poluidores, tremei."Do ministro Carlos Minc, sobre se ficará no car-

go, depois de ter ouvido uma "bronca" do presiden-te Lula pelas declarações contra os ruralistas

"Esses 'vigaristas' dão um terço dosempregos do Brasil. Esses 'vigaristas'são responsáveis por um terço das ex-portações brasileiras. Esses 'vigaristas'fazem o setor que mantém a balança co-mercial do Brasil com um superávit de26 bilhões de dólares. O Brasil pode vi-ver muito bem sem o senhor, mas o Bra-sil sentirá muito se perder os seus pro-dutores rurais."

Da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, em discurso noSenado, em resposta ao ministro

Page 10: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20091010101010

Abicab lança novo selo dequalidade

NotíciasCopercana

Abicab lança novo selo dequalidade

No dia 14 de Maio, a Abicab(Associação Brasileira daIndústria de Chocolate, Ca-

cau, Amendoim, Balas e Derivados) re-alizou em São Paulo o lançamento ofi-cial do novo selo do Programa Pró-Amendoim e de seu portal na internet.

Representantes do setor da Qua-lidade da Copercana e da CAP tam-bém participaram do evento, que reu-niu mais de 80 pessoas, entre espe-cialistas, jornalistas, associados daABICAB, pesquisadores, laboratóri-os e convidados.

O vice-presidente do setor deamendoim da Abicab, Renato Fechi-no, apresentou dados sobre a safra,exportação, e expectativa em relaçãoàs festas juninas. Segundo ele, a cri-se mundial não afetará o setorde amendoim, já que nes-ses momentos o consu-midor acaba compran-do mais produtosmais acessíveis.

Além disso, um dosfatores relevantes para o de-senvolvimento da indústria deprodutos à base de amendoim no paísestá no aumento da safra do grão. Acolheita deste ano tem projeção de al-cançar 330 mil toneladas, aumento de8% em relação ao último período. Outraquestão importante, está relacionada aofato do Brasil exportar produtos deamendoim para outros países e adquiriraceitação internacional. Pé-de-molequee a paçoca são exemplos de produtoscampeões de venda no Brasil e comgrande aceitação internacional.

Selo e portal: O selo SELO QUA-LIDADE CERTIFICADA PRÓ-AMENDOIM- ABICAB ganhou umnovo formato e cores que reforçammelhor o posicionamento do progra-

Da Redação

Segundo a associação, a crise financeira não terá reflexos para o setor

ma, além de gerar maior visibilidadee reconhecimento junto ao consumi-

dor final. O selo começou aser utilizado em 2002 e apartir de então, a quan-tidade de lotes queapresentaram não-conformidade naqualidade caiu de 40

para apenas 7%.

Já o novo portal, lançado em mar-ço de 2009, tornou-se mais interativo e

atraente, com uma linguagem coloqui-al que atinge todos os tipos de públi-

co, desde a dona de casaao pesquisador de amen-doim. O portal aumentao seu número de visi-tas diariamente. Se-gundo dados colhi-dos do administrati-

vo do site, o portal Pró-Amendoim espera atrair cer-

ca de 10.000 visitas por mês. O endere-ço é www.proamendoim.com.br

Representantes do setor da Qualidade da Copercana e da CAP compareceram ao evento.Da esquerda para direita Nádia Strini -(Supervisora Industrial CAP, Presidente da Abicab Getulio

Ursulino Neto, Ercilia Silva Ferreira Mazza - Qualidade Copercana, Renato Fechino - Vice PresidenteÁrea de Amendoim, Vania Junqueira - Qualidade Copercana

Page 11: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 1111111111

NotíciasCopercana

Projeto Soja 09/10:expectativa deexpansão de plantio

Projeto Soja 09/10:expectativa deexpansão de plantioDa Redação

Na safra 08/09, Copercana recebeu cerca de 320 mil sacas;projeto é feito em parceria

Na safra 08/09, a Copercana,por meio da UNAME - Uni-dade de Grãos, iniciou um

projeto com a cultura da soja, quefunciona nos mesmos moldes doprojeto de amendoim: a cooperativafornece, para pagamento pós-safraa juros de crédito rural, o adubo, se-mentes, defensivos e recursos parao custeio e o produtor tem o com-promisso de entregar sua produçãopara a cooperativa.

De acordo como agrônomo Thi-ago Zarinello, a Copercana recebeucerca de 320.000 sacas. Os produto-res contaram com assistência técni-ca capacitada de agrônomo e, pormeio de uma parceria firmada com aUnesp de Jaboticabal, que permitiuo apoio do professor Modesto Bar-reto, fez-se um acompanhamento daferrugem da soja.

Segundo Zarinello, semanalmen-te foram coletadas amostras de fo-lhas nas lavouras e levadas para aná-lise nos laboratórios da universida-de. A partir dos resultados, o produ-tor foi orientado a fazer ou não asaplicações para o controle da doen-ça. Grande parte dos produtores con-seguiu reduzir uma aplicação no finaldo ciclo da cultura, resultando emredução de custos de sua lavoura,sem prejudicar a produtividade.

Para a próxima safra, os objetivosdo projeto serão: aumentar a área deplantio para cerca de 10.000 hectares,estender as parcerias com órgãos depesquisas na área de adubação, es-colha de variedades que proporcio-nem melhores resultados, além dacontinuidade do monitoramento daferrugem asiática. Projeto Soja 09/10:expectativa de expansão de plantio.

Os produtores interessados em participar do Projeto Soja09/10 devem, para obter maiores informações, procurar no

Departamento Técnico de Grãos na Uname osagrônomos Thiago e Edgard.

Page 12: Ed36junho09

NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - ABRIL/2009

Valores em Reais

Page 13: Ed36junho09

NotíciasCanaoeste

Consecana

Aseguir, informamos o preço mé-dio do kg do ATR para efeito deemissão da Nota de Entrada de

cana entregue durante o mês de MAIOde 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2009/2010, é de R$ 0,2884.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, no mês de MAIO, são apresentados a seguir:

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantadospela ESALQ/CEPEA, no mês de ABRIL,são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de MercadoInterno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanolanidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), sãolíquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR,em R$/kg, por produto, obtidos no mês deMAIO, calculados com base nas informaçõescontidas na Circular 01/09, são os seguintes:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 05/09DATA: 29 de maio de 2009

Page 14: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20091414141414

NotíciasCanaoeste

Netto Campello Hospital& Maternidade amplia aqualidade hospitalar por meio dahumanização do cuidado

Netto Campello Hospital& Maternidade amplia aqualidade hospitalar por meio dahumanização do cuidadoDa redação

A internação hospitalar, na mai-oria das vezes, vem acompa-nhada de receios, medos, irri-

tação e ansiedade. As crianças, quan-do necessitam de hospitalização, estãopassando por um intenso sofrimento esituações de estresse.

A humanização é um termo que vemsendo usado com frequência na áreada saúde. Seu objetivo é melhorar aqualidade de assistência prestada, apri-morando as relações entre profissio-nais, usuários e profissionais e entre ohospital e a comunidade.

Ela depende da capacidade de falare de ouvir, não apenas como técnica decomunicação verbal, mas como formade conhecer o outro, compreendê-lo eatingir o estabelecimento de metas con-juntas, promovendo, assim, o bem-es-tar no ambiente hospitalar entre as cri-anças e a equipe multiprofissional.

“O HNC (Netto Campello Hospital& Maternidade) apoia esta nova temá-tica e, na grande maioria de seus seto-res, encontramos um ambiente huma-nizado. Dentre as estratégias adotadase implementadas está a construção deuma pediatria totalmente humanizada,

com um amplo espaço destinado às cri-anças no qual está instalada a Brinque-doteca”, afirmam Cíntia Sicchieri Toni-olo, terapeuta ocupacional, e FábioVeiga Schiaveto, enfermeiro coordena-dor da Vigilância Sanitária.

Segundo eles, a Brinquedoteca é umambiente confortável, onde as criançasesquecem, por algum período, que estãoem um hospital. Nesse local, elas reali-zam atividades lúdicas e artísticas desen-volvidas e orientadas pela terapeuta ocu-pacional, com rotinas e brinquedos apro-vados pela CCIH (Comissão de Controlede Infecção Hospitalar). “Isso significaque tudo o que é realizado dentro desselocal é pensado nos mínimos detalhespara oferecer segurança às crianças eacompanhantes”, afirmam.

Em datas comemorativas são reali-zadas atividades temáticas, objetivan-do a diminuição do impacto ao qual ascrianças são submetidas com a quebrado cotidiano, sendo que algumas ativi-dades de sua rotina são reportadasdentro do hospital.

“Brincar é a atividade mais impor-tante da infância, que permite o de-senvolvimento psicológico, cognitivo

Cíntia Sicchieri Toniolo, terapeutaocupacional do Netto Campello

e social, colaborando, assim, com otratamento. Além da pediatria, as uni-dades de UTI neonatal e pediátricatambém são contempladas com essasatividades e, de acordo com o quadroclínico da criança, algumas atividadessão trazidas da Brinquedoteca até oleito da UTI, sendo que a criança sen-te-se mais segura expressando suasemoções e sentimentos por meio dasatividades realizadas”, explicam Cín-tia e Schiaveto.

De acordo com eles, algumas crian-ças passam um tempo prolongado naUTI e acontecimentos importantes sãorealizados também nesse período. Osmédicos e equipe valorizam muito acomemoração destes momentos. Emalguns casos são realizados batizadose aniversários de uma forma segura.

“São por meio desses atos e com oapoio da diretoria que o Netto Campe-llo Hospital & Maternidade demonstrasua preocupação e qualidade na assis-tência desses pequenos e importantespacientes”, finalizam.

Page 15: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 1515151515

Page 16: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20091616161616

Valor ATR

Thiago de Andrade Silva - Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

Safra 2008/2009: Valor doATR e da tonelada parafornecimento

Safra 2008/2009: Valor doATR e da tonelada parafornecimento

No final da safra 2008/2009 foiobservada uma queda expres-siva dos preços de etanol, prin-

cipalmente o do hidratado.

Nessa safra os produtores filiadosà CANAOESTE forneceram cerca de11,2 milhões de toneladas de cana, comteor médio de 145,63 kg de ATR anali-sado. O valor médio do ATR foi de R$0,2864 / kg, resultando em um preçomédio de R$ 41,73 / t.

Apenas relembrando que, na safra2007/2008, a quantidade, o valor médiode ATR e o da tonelada de cana foramrespectivamente 146,99 kg de ATR/t, R$0,2499 / kg de ATR e R$ 36,73 / t. Entre-tanto, mesmo com uma redução de

0,93% no teor de ATR, verificou-se au-mento de 14,61% no valor (em reais) dokg de ATR e 13,61% no valor da tonela-da de cana na Safra 2008/2009.

A Tabela 1 traz a quantidade de cana,o teor médio de ATR e os valores do ATRde fechamento da safra 2008/2009 deacordo com o “mix” de produção de cadaunidade industrial. As Regiões 2 e 3 tive-ram valor do ATR de fechamento maiorque R$ 0,2864 / kg de ATR, sendo que naRegião 2 as Usinas Santa Elisa e SantoAntônio foram as únicas que tiveram va-lor superior à média do Estado de SãoPaulo. Na Região 3, de uma forma geral,todas as usinas contribuíram para apre-sentarem os maiores valores de ATR,comparativamente as demais regiões.

TABELA 1 - ENTREGA DE CANA POR ASSOCIADOS CANAOESTE NASAFRA 2008/2009 E VALORES DE FECHAMENTO DO ATR

A Tabela 2 apresenta o ranking dasunidades industriais da Região deAbrangência da CANAOESTE emfunção dos valores (em Reais) doATR. Pode-se observar que, em rela-ção ao valor do ATR, a unidade in-dustrial que mais se destacou foi aUsina Moreno. Todas as unidadesindustriais que fecharam com valordo ATR abaixo da média paulista, quefoi R$ 0,2782 / kg de ATR, ajustaram-se à média do Estado.

Page 17: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 1717171717

Page 18: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20091818181818

V Agronegócios CReportagem de Capa

V Agronegócios CCarla Rodrigues

OAgronegócios Copercanachega à sua quinta edição.As boas condições de com-

pra e de pagamento oferecidos aoscooperados são o grande diferencialda feira, que acontece nos dias 24,25 e 26 de junho, no Clube de CampoVale do Sol, localizado na RodoviaAtílio Balbo, Km 331- Sertãozinho. Ohorário de funcionamento será das10h às 18h.

Nesta edição, a feira vai contarcom mais de 60 expositores, que vãocomercializar diversos materiais parao mercado agrícola, como adubos,calcário, defensivos agrícolas, equi-pamentos e implementos para as cul-turas de amendoim, milho, soja ecana-de-açúcar.

Desde sua primeira edição, oAgronegócios Copercana é realiza-do no mesmo período. Isso se deveao fato do mês de junho representaro final do primeiro semestre, que étradicional para as transações do se-tor canavieiro.

Para o presidente da Copercana eda Cocred, Antonio Eduardo Tonie-lo, os preços estarão melhores. “Ospreços caíram bastante, fazendo comque o produtor faça um negócio mui-to melhor que no ano passado”, dis-se (leia entrevista nesta página).

Feira promete bons negócios com preços e condições de pagamentosmelhores que no ano passado

De acordo com o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan, principal-mente em momentos de crise, comoesse, o fundamental é manter uma boaprodução. “Promover uma feira numafase como essa pode até causar es-tranhamento, mas é exatamente nestemomento que o produtor deve garan-tir sua produção e um dos fatores éinvestir em fertilização. E a feira ofe-rece melhores condições para o pro-dutor adquirir insumos e equipamen-tos”, disse.

O diretor da Copercana, Lelo Bi-ghetti, acredita que a feira será desuma importância aos cooperados eassociados, pois oferecerá a eles oprazo que o agricultor precisa parapassar por esta fase de turbulência.“Nós estamos fazendo esta feira pelodiferencial que ela traz para os pro-dutores que necessitam de preços,prazos e condições de pagamentosespeciais”, assegura.

Em relação à crise financeira mun-dial, Lelo acredita que todo o setoragrícola foi atingido pela escassez decrédito. “Os bancos simplesmentecortaram o dinheiro do dia para noi-te, deixando esse pessoal sem saberpara que lado ir. Hoje há muitas pro-messas sobre o fim da escassez decrédito, mas somente promessas.Felizmente nós, aqui da Copercana,

estamos conseguindo apoiar essestrabalhadores no que é necessário.Prova disso é a realização desta fei-ra”, disse.

Assim como o ano passado, du-rante a feira será realizado um ralivoltado aos cooperados e associa-dos do Sistema Copercana, Canao-este e Cocred. A prova dá direito aparticipar do sorteio de três televi-sões LCD de 42 polegadas mas, paraisso, é necessário que o cooperadoou associado visite os estandes epreencha toda a cartela que será en-tregue na entrada do evento.

Vitrine - A feira será uma verda-deira vitrine de produtos e equipa-mentos para serem usados nas lavou-ras. Além disso, durante o eventohaverá palestras técnicas e os pro-dutores terão atendimento especialcom os agrônomos da Canaoeste.

Diretor da Copercana,Lelo Bighetti

Presidente da Canaoeste,Manoel Ortolan

Revista Canavieiros - Junho de 20091818181818

Edição de 2008 doAgronegócios Copercana

Page 19: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 1919191919

Entrevista comAntonio Eduardo Tonielo,presidente da Copercana e da Cocred

CopercanaReportagem de Capa

CopercanaO produtor de cana Sérgio Galde-

ano, por exemplo, é presença garan-tida em todas as edições da feira.“Compareço a esta feira desde suaprimeira edição. Lá encontramos fa-cilidade de compra de insumos, compreços mais acessíveis e financia-mentos mais baratos’, disse.

O produtor completa que, com achegada da crise econômica no Brasil,a insegurança tomou conta tanto dosprodutores quanto dos usineiros, masgarante que o otimismo vai superaresse momento delicado. “Temos espe-rança que em breve tudo vai se norma-lizar, a produção será boa e teremosum bom preço. São eventos como esteda Copercana que temos que aprovei-tar para adquirir novos produtos noperíodo certo”, destacou.

Assim como Galdeano, o produ-tor de cana Beto Bachega, coopera-do e associado à Canaoeste há maisde dez anos, participou de todas asedições do Agronegócios Coperca-na e acredita na importância destafeira para poder melhorar e qualificarseu trabalho. “Vou à feira todos osanos para conferir os produtos, pre-ços, prazos e condições de pagamen-tos oferecidos. É sempre vantagempara nós, cooperados, aguardarmoseste evento para fazermos novasaquisições”, acredita Beto.

Entrevista comAntonio Eduardo Tonielo,presidente da Copercana e da Cocred

"Preço melhor será a grande novidade"Qual a importância da realização

desta quinta edição do AgronegóciosCopercana?

É muito importante por causa dadificuldade de crédito. Acredito que, deum modo geral, vamos conseguir essaparte de crédito, junto aos nossos ban-cos e financiadores. Eu acho que ospreços caíram bastante, fazendo comque o produtor faça um negócio muitomelhor que no ano passado.

Quais as novidades presentes nafeira este ano?

Eu acho que a grande novidade quevamos ter é o preço, que está melhorque o ano passado. Essa é a novidademais importante. A feira terá os mes-mos produtos da edição passada: adu-bos, inseticidas, ferramentas, máquinas.

A crise atrapalhou muito o produ-tor de cana?

Os nossos preços caíram muito, ascompras ficaram caras para fazer esseplantio e, desde então, viemos nos re-cuperando um pouco com a soja e açú-car, razoavelmente. Mas ainda tivemosmuitos respingos: má remuneração, pre-ços terríveis para o amendoim, trazendoaté o produtor prejuízos significantes.

O pior da crise já passou?Eu acho que o pior da crise já pas-

sou, mas ainda continuamos em crise.Ainda temos bastante dificuldade coma falta de crédito, muita preocupação,cana com preço ruim e isso sempre aca-ba nos distanciando do mercado.

A oferta de crédito já voltou aonormal ou ainda há escassez?

Acho que não voltou ao normal.Ainda temos um longo caminho parapercorrer. Muita conversa de jornal etelevisão quanto ao BNDS, Banco doBrasil, bancos particulares, mas o di-nheiro ainda é muito curto pelo valorde negócios que temos em nosso paíse isso faz com que a gente deixe de fa-zer outros negócios.

É claro que a Copercana faz um ne-gócio a prazo, de acordo com o que elapode. Esperamos que agora, nos me-ses de junho/julho, nós teremos bas-

tante pagamento para fazer às empre-sas e, com isso, esperamos receber denossos cooperados para pagar os ban-cos, fazendo com que esse dinheiroretorne para, assim, voltarmos a finan-ciar nossos produtores ano que vem.

É possível fazer alguma previsãopara o preço da cana nesta safra?Qual a tendência?

Eu acho que não. Qualquer coisaque se fale em junho é muito prematu-ra. De acordo com o meu conhecimen-to de tantos anos como produtor agrí-cola e comercial, acredito que vamoster uma expectativa até boa para a cana,mas não podemos ter muita pressa. Atendência é ter um fechamento melhorque 2008. Estamos com o açúcar comum preço bom e quem sabe a partir deagosto não teremos uma recuperaçãocom o álcool, que é o grande peso nopreço da cana.

Mesmo com a crise, vale a penainvestir na cana?

Quem está na cana, não sai dela. Euacho que você tem que entrar na canaou em qualquer produto ou cultura nomomento em que está ruim porque quan-do você começa a colher vai ter umamelhora. É claro que quando o cenárioestá muito bom, acontece o que estáacontecendo com muitos: todos pro-duziram e o preço caiu.

Foi assim com o amendoim, foi as-sim com a cana. Então eu acho que ago-ra não é hora de sair da cana. É hora depermanecer, sempre com muita atenção.Não é porque o preço está ruim quequer dizer que vai ficar melhor ou pioramanhã. É hora de permanecer com ospés no chão.

O senhor, que é uma liderança econhece profundamente o setor sucro-energético, qual o conselho que o se-nhor daria para o produtor de cana?

Cautela. Não adianta querer sair paraoutro lugar que também não vai ter gran-des fortunas. Tem que se adequar, irdevagar, mas permanecer no setor e ahora que dar a virada você estará prepa-rado pra ganhar dinheiro.

Presidente da Copercana e da Cocred,Antonio Eduardo Tonielo

Page 20: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20092020202020

Opinião

Luís Antônio dos Santos*

Os prazos da Lei 10267Os prazos da Lei 10267

Até o dia 23 de novembro de2011, todas as propriedadescom área abaixo de 500 hec-

tares terão de dispor, conforme a lei10267/01 e decreto 5570/05, do geor-referenciamento de seu perímetro se-gundo os padrões apresentados naNorma Técnica para Georreferencia-mento de Imóveis Rurais elaboradapelo INCRA (Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária).

Georreferenciar é medir as pro-priedades e apresentar as coorde-nadas dos seus vértices amarradas(no jargão da mensuração) ao SGB(Sistema Geodésico Brasileiro). OSGB é uma rede de precisão de pon-tos que estão distribuídos pelo ter-ritório brasileiro e é utilizada paraqualquer tido de levantamento to-pográfico ou científico.

A idéia básica do georreferencia-mento é trabalhar com informaçõesgeográficas distintas que estão se-paradas em camadas ou feições, masque tenham origem comum, propor-cionando a possibilidade do cruza-mento dessas camadas de dadospara produzir uma série de informa-ções relevantes para várias áreas doconhecimento.

O georreferenciamento dos imó-veis rurais visa cruzar informaçõesdo cadastro do INCRA com as dosregistros dos Cartórios de Imóveispara combater principalmente a gri-lagem de terras e a sobreposição detítulos que poderão ser usados paraobter financiamentos.

Todo o processo que envolve ogeorreferenciamento dos imóveis ruraistem como fundamento histórico a for-mação e ocupação do território brasilei-ro, marcado por uma desorganizaçãofundiária - com latifúndios, minifúndi-os, terras devolutas federais e estadu-ais, além de um vazio cartográfico, comoo da região amazônica - que inviabilizaprojetos de desenvolvimento.

O INCRA, órgão ligado histori-camente à reforma agrária e à colo-nização, não tem estrutura tecno-lógica e nem recursos humanos dis-poníveis e preparados para atendera sociedade brasileira nesta emprei-tada que mesmo vultos da História,como Napoleão Bonaparte, fracas-saram. Sendo que a França é umpaís muito menor e menos comple-xo que o Brasil.

A solução seria a criação de umórgão nacional de cadastro e geodé-sia totalmente desvinculado dasquestões fundiárias referentes à co-lonização e reforma agrária. Mas,como as soluções não são fáceis e alei 10267 está sendo aplicada normal-mente, somos obrigados a convivercom a morosidade dos processos decertificação e com a percepção quetodo esse trabalho será inútil, pois odinamismo das propriedades rurais -compra, venda, desmembramentos,expansão da fronteira agrícola - émuito maior que a capacidade dogoverno de obter, processar e geren-ciar essa informação.

Diante do que está disponível,atualmente alguns otimistas falam emtrinta anos para completar este tra-balho, sendo que os extremamentepessimistas - baseados nos dados dopróprio INCRA em relação ao que foifeito até o momento e o que falta fa-zer - estimam quatrocentos anos.

Podemos dizer que não será nemoito nem oitenta, desde que algumacoisa seja feita de forma rápida pararevolucionar o processo de certifica-ção e mudar o paradigma dos gesto-res que estão conduzindo o trabalhodo georreferenciamento.

O programa Terra Legal, divisãodo Ministério do DesenvolvimentoAgrário, responsável por colocar emprática um texto polêmico em discus-são no Congresso – que é a MedidaProvisória 458/2009, que dispõe so-

bre a regularização fundiária da Ama-zônia Legal -, dá claros sinais de que,apenas seguindo a lei 10267 e a Nor-ma do INCRA, não vamos chegar alugar algum. Ou então, vamos che-gar tarde demais.

Conversando com alguns profis-sionais que se especializaram em pro-jetos de georrefernciamento de imó-veis rurais em São Paulo, constata-mos que a lentidão é a verdadeiranorma. Não vamos contar todos oscasos, mas há profissional que des-de 2001, ano em que começou a certi-ficação, protocolou sessenta proces-sos, mas apenas 10 chegaram ao seudestino final, que é a geração de umanova matrícula retificada no registrode imóveis. Outro profissional, emtrês anos, certificou e registrou 30processos, uma média de 10 por ano.

Tentamos obter dados estatísti-cos sobre a evolução dos processosde certificação, mas fomos informa-dos que estes dados não estão dis-poníveis e que para obtê-los seria ne-cessário fazer um requerimento à Su-perintendência do INCRA.

Portanto, a ideia de se fazer o ge-orreferenciamento a “toque de cai-xa” certamente vai esbarrar na moro-sidade e na burocracia do trabalhoem si, no processo de certificação eno próprio órgão responsável. Lem-brando que a burocracia pode fazercom que outros interesses se tornemparte do processo.

*engenheiro agrimensor eanalista de geoprocessamento da

Canaoeste

Page 21: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2121212121

Page 22: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20092222222222

Page 23: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2323232323

Page 24: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20092424242424

CHUVAS DE MAIOe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE MAIOe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de Maio de 2009.

Revista Canavieiros - Junho de 20092424242424ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

Com exceção de Franca-IAC/Ciagro, Usinas Batatais, daPedra e Ibirá (nesta, foi muitoacima), em todos os demais lo-cais observados, as chuvas anotadas durante o mês de MAIO deste ano "ficaram" abaixo das respectivas médiashistóricas, possibilitando muito boa operacionalidade de colheita de cana.

Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao finalde MAIO de 2008.

Mapa 1:- Água Disponível no Soloentre 18 a 20 de MAIO de 2009.

O Mapa 1, acima, mostra que, no período de 18 a 20 deMAIO, o índice de Água Disponível no Solo já se apresen-tava como médio a crítico em quase toda área sucroalcoolei-ra do Estado de São Paulo. Excetuando-se as regiões extre-mo Noroeste, Leste (entre Franca e São João da Boa Vista) eparte da região Sudoeste (Ourinhos a Avaré).

O Mapa 2 - MAIO de 2008 - mostra que a DisponibilidadeHídrica do Solo encontrava-se crítica em partes das faixasNorte e Leste do estado. Ao final de MAIO de 2009 (Mapa3), acentuou-se a baixa e até crítica Disponibilidade Hídricado Solo observada até meados de MAIO (Mapa 1), esten-dendo-se para quase toda área Sucroalcooleira do Estado.

Page 25: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2525252525

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2525252525

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final deMAIO de 2009.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacionalde Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para osmeses de junho a agosto.

· A temperatura média e as chuvas para os meses de junho a agostodeverão ser próximas das normais climáticas em praticamente toda área ca-navieira da Região Centro Sul;

· Como referência de chuvas na região:- as médias históricas, pelo CentroApta-IAC - Ribeirão Preto, são de 25mm em junho e de 20mm em julho e agosto.

Mapa 4:- Prognósticos de chuvas - Consór-cio INMET e INPE - no trimestre junho a agos-

to, onde azul corresponde a normali-dade climática e, em verde, entrepróxima a acima da média históri-ca. A área em verde corresponde à

quase toda faixa sucroalcooleira daRegião Nordeste do Brasil. Elaboração

CANAOESTE.Especificamente para a Região de

abrangência CANAOESTE, a SOMAR Mete-orologia mostra que, na média dos meses junho

a agosto, o seu prognóstico será de chuvas den-tro das médias históricas, a exemplo do INMET e INPE. Quanto às tempe-raturas, a SOMAR assinala que, até agosto, poderão se manifestar maisdois episódios intensos de frio. Entretanto, sem poder afirmar, no momen-to, que ocorrerá geadas. A CANAOESTE estará divulgando as proximida-des destes episódios.

Neste início de safra, evitem dúvidas quanto as sequências e proce-dimentos de colheita, tratos mecânicos e químicos de soqueiras. Con-sultem os Técnicos CANAOESTE.

Page 26: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20092626262626

Lições das crisesArtigo Técnico

Lições das crises

Já discutimos em outras ediçõesdeste mesmo periódico a compo-nente cíclica das crises do setor

sucroalcooleiro.

No livro “A Desregulamentaçãodo Setor Sucroalcooleiro do Brasil”,de Márcia Azanha Ferraz Dias deMoraes (2000), é apresentado o grá-fico abaixo que ilustra as crises dosanos de 1976/1977 e 1981/1982. Pos-teriormente a essas crises vieram asde 1990/1991, 1999/2000 e, a mais re-cente delas, a de 2007/2008.

Exceto entre as crises de 1976/1977 e 1981/1982, cujo intervalo foide cinco anos, nas demais os inter-valos circularam entre sete e noveanos, dependendo do momento emque se entende que as crises tenhamse iniciado.

No gráfico da figura 2 ao lado,pode-se observar a produção brasi-leira de cana-de-açúcar a partir da sa-fra 1990/1991. É possível notar que,após os momentos de crise, há umaredução significativa da produçãocanavieira e que se reflete na recu-peração dos preços, que pode serobservado na figura 3.

Note-se também no gráfico 3 que,quando há dois anos seguidos deacréscimos significativos de açúcar(maiores do que 4 milhões de tonela-das) nos estoques mundiais de açú-car (barras em vermelho no gráfico3), o setor passa por uma crise.

Os piores momentos da crise deoferta e demanda do setor sucroalco-oleiro, no histórico que estamos tra-tando, são as três safras seguintes aopico de preços. A repetir-se este ce-nário, as safras de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010 são as que maioresestragos podem causar no setor.

Já é voz corrente nas principaisconsultorias de mercado do setorsucroalcooleiro, que na safra 2010/

Cleber Moraes, consultor da CANAOESTEe M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

Figura 1 – Preços do Açúcar na Bolsa de Nova York na década de 70 einício da década de 80:

Figura 2 – Produção Brasileira de Cana-de-açúcar:

Fonte: UNICA/CONAB

2011 deverá haver uma queda namoagem de cana no Brasil e que essecenário provocará uma recuperaçãode preços. Entretanto, cumpre relem-brar o ocorrido entre as safras 2000/

2001 e 2001/2002, em que o mesmocenário de recuperação dos preçosdo açúcar em dólares, conjugadocom uma excelente condição climá-tica no Brasil, ocasionou uma super-

Page 27: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2727272727

Artigo TécnicoFigura 3 - Evolução dos Preços de Açúcar em NY e dos Estoques Mundiais de Açúcar

safra em 2002/2003 que ainda foifavorecida por uma maxidesvalo-rização do real frente ao dólar, masque teve todos os reflexos nega-tivos na safra 2003/2004.

Passados os três anos iniciaisde crise e com a recuperação dospreços, na história destes mais de30 anos do setor observa-se umacorrida ao ouro com aumento dasreformas dos canaviais que fazempor reforçar a recuperação de pre-ços e uma forte expansão que re-dundará na crise seguinte.

É de suma importância que osprodutores de cana-de-açúcar te-

nham consciência desse ciclo e sepreparem para entrar mais fortale-cidos na próxima crise que virá.

Os volumes de produção e osmontantes em valores monetáriosdo setor são cada vez maiores e ascrises tendem a ser cada vez maisintensas com picos, que levam àeuforia, e vales, que podem levarà falência.

É importante que na próximafase de recuperação do setor su-croalcooleiro, os produtores redu-zam seus níveis de endividamen-to, evitem grandes expansões e au-mentem suas escalas.

Parece ambígua a condiçãoproposta, pois evitar expansõessignifica manter a escala de pro-dução, mas o aumento de esca-la deverá ocorrer pela composi-ção de sociedades onde dois,três ou mais produtores formemuma nova empresa e atuemcomo sócios da mesma partici-pando de sua gestão ou do seuconselho.

Em abril de 2003, logo apósa fase mais difícil da crise de1999/2000, fizemos um estudo euma série de palestras em todasas filiais da CANAOESTE. Omomento é muito parecido evoltamos a reforçar o que já foidito naquela data. O tema daspalestras foi “Estudo de escalade Produção – Produtor de

Cana-de-açúcar” e as recomendações fi-nais eram:

· Fornecedores agruparem-se em po-ols de no mínimo 50.000 ton;

· Evitar a terceirização de atividades fins:- Plantio;- Tratos Culturais.

· Envolver os herdeiros nas ativida-des da propriedade;

· Manter controle dos principais in-dicadores da empresa agrícola.

As recomendações continuam as mes-mas e serão importantes para que um mai-or número de produtores usufrua da recu-peração que virá e sobreviva à nova crisedo setor.

Page 28: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20092828282828

Perdas de cana e impurezasvegetais e minerais nacolheita mecanizada

Artigo Técnico II

Perdas de cana e impurezasvegetais e minerais nacolheita mecanizadaMauro Sampaio BenediniGerente Regional de Produto – CTC

Fernando Pedro Reis BrodPesquisador – Engº Agrícola – CTC

José Guilherme PerticarrariCoordenador de Pesquisa Tecnológica - CTC

Introdução - A mudança no sistema de colheita da cana, do cortemanual com carregamento meca-

nizado para totalmente mecanizado comcolhedoras e mais recentemente, cortemecanizado sem queimar (cana crua),resultou inicialmente em elevação acen-tuada nas perdas de cana, podendoultrapassar a 15% e aumento nas impu-rezas vegetais e minerais enviados àindústria. A quantidade de matéria ve-getal (palha, ponteiros e folhas verdes)na cana crua é bem maior comparada àcana queimada. Se não for expelida pelacolhedora durante o processo de co-

As perdas de cana durante a co-lheita podem ser classificadas em vi-síveis e invisíveis. As perdas visíveissão aquelas que podem ser detecta-das no campo e ocorrem na forma decana inteira, toco, tolete e pedaço decana e são facilmente identificadas ecoletadas no campo. Além das per-das visíveis, outra parcela de cana éperdida na colheita mecanizada, cha-

Tipos de perdas de cana

lheita, a densidade de carga diminui,aumentando custos de transportes, bemcomo a eficiência de extração do caldona indústria é menor.

Desta maneira, a quantificação deperdas é indispensável para gerenci-ar o processo de colheita. Com o iní-cio da safra de 2009, vêm as dúvidas:colher mais cana e impurezas vege-tais e minerais ou cana mais limpa commaiores perdas no campo? Avaliaçõesrotineiras de campo são necessáriaspara definir melhor qual o procedimen-to a ser tomado.

A denominação “perdas invisí-veis” se deve ao fato destas seremdifíceis de serem identificadas e prin-cipalmente quantificadas no campo.A magnitude das perdas invisíveis éfunção de vários parâmetros, dentreos quais merecem maior destaque: es-tado das facas dos discos de cortede base e facão picador; tipo de lâmi-na do corte de base ou modelo de fa-cão picador (síncrono ou rotativo);velocidade de rotação dos extratores;tamanho do tolete; variedade de cana

mada de perdas invisíveis que ocor-rem na forma de caldo, serragem e pe-quenos estilhaços, durante o proces-samento interno da matéria-prima nacolhedora, devido aos impactos me-cânicos dos sistemas de corte, pica-gem, transporte e limpeza. O CTC (Cen-tro Tecnologia Canavieira) vem estudan-do e quantificando estes parâmetrosvisando minimizá-los.

Perdas invisíveis(propriedades físicas); tipo de colhei-ta (com ou sem queima), e modelo decolhedora. Seus valores podem se si-tuar entre 2,0 e 5,5%.

O CTC realiza ensaios (em condi-ções controladas) para quantificar es-tas perdas invisíveis objetivando co-nhecer as origens ou causas das per-das e atuar no processo e efetuar ascorreções necessárias para a sua in-cidência (Figura 1).

Figura 1: Perdas invisíveis na forma de caldo,serragem e estilhaços.

Caldo

Serragem

Estilhaço

Page 29: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 2929292929

Artigo Técnico II

Perdas visíveisAs perdas visíveis estão associa-

das às características da área a ser co-lhida: 1- Varietais (produtividade, tom-bamento, teor de fibra, comprimento dopalmito, quantidade de palha, isopori-zação, etc.), 2- Preparação da área (pa-dronização do espaçamento entre li-nhas, comprimento da área, sistemati-zação do plantio, depressões e torrões,quebras de lombo, qualidade de culti-vo, dificuldade de visualização, etc.); etambém à operação em si da colheitaque envolve treinamento dos profissi-onais, velocidade da colhedora com-patível com o estado do canavial e emsincronismo com o reboque ou cami-nhão, situação dos equipamentos dacolhedora, principalmente facas de cor-te de base e do rolo picador de toletes,velocidade do exaustor primário da co-lhedora, altura da carga, altura de cortede base, manutenção do equipamento,

desponte, horário da colheita, altura decarga, etc.

A quantificação destas perdas fa-cilita as correções de falhas operacio-nais. As referentes às características docanavial poderão ser apenas minimiza-das, principalmente com a redução davelocidade da colheita.

a) Metodologia de amostragem - Arepresentatividade de uma amostragemdepende da homogeneidade da área,das repetições e do tamanho das par-celas. Deve-se amostrar no mínimo 10pontos aleatórios por área liberada decolheita e uma amostragem não deveultrapassar três hectares de represen-tatividade. O CTC adota uma área deparcela de 10 m2 (Figura 2 e Figura 3)abrangendo duas linhas de cana (3,3mx 3,0m = 2 linhas de 1,5m).

Espaçamento entre linhas

Figura 2: Demonstrativo do esquema deamostragem.

Figura 3: Aspecto visual da área após acoleta do material.

As perdas são calculadas de forma absoluta (t/ha) multiplicando-se o valorfinal em peso por 1.000, para a área de 10 m2. Para o valor em porcentagem divide-se este valor pela produtividade + o valor:

Na área demarcada, assobras de cana são coleta-das e os componentes sãoseparados e pesados daseguinte forma: cana intei-ra, pedaços de cana, lascas,toletes, toco e cana ponta(cana agregada ao pontei-ro). Estes componentes es-tão apresentados a seguir(Figura 4 a Figura 9):

· Tocos - pedaço de colmo preso à soqueira, acima do solo e menor que20cm. Acima desse tamanho é considerado pedaço (Figura 4):

Figura 4: Componente das perdas denominado toco.

Figura 5: Componente das perdasdenominado cana inteira.

Cana Inteira - pedaço de cana igual ou maior que 2/3 dotamanho normal da cana do canavial avaliado,

podendo ou não estar presa às raízes

Figura 6: Componente das perdasdenominado cana-ponta.

Cana Ponta - pedaço de cana agregada ao ponteiro. Aretirada de cana ponta é feita quebrando-se manualmen-

te o colmo no ponto de menor resistência

Figura 7: Componente das perdasdenominado tolete.

Toletes - pedaço de cana esmagado ou não com cortecaracterístico do facão picador ou corte de base em

ambas as extremidades

Figura 8: Componente das perdas denominado lascas.

Lascas - São fragmentos de canatotalmente dilacerados

Page 30: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20093030303030

Figura 9: Componente das perdasdenominado pedaço.

Pedaços - variações de cana que não se encaixam nasdefinições anteriores; sem as características de toco, canas

inteiras, tolete, lasca e cana ponta

Artigo Técnico II

Após a separação do material, cadaum dos itens é pesado e os resultadossão anotados em planilhas padroniza-das. Nestas planilhas devem ser anota-das as características da cana e do ter-reno onde os levantamentos foram fei-tos. Também devem ser anotadas quais-quer variáveis que podem interferir noresultado das perdas, tais como irregu-laridades do terreno como sulco fundo,infestação de mato, curvas de nível, aber-tura de aceiro, área com queda de tole-tes dos transbordos, pedras na área decolheita, declividade do terreno, etc.

Para efeito de comparação, levan-ta-se a participação das perdas de acor-do com as categorias apresentadasanteriormente (tolete, cana inteira, las-cas, pedaço, toco e cana ponta). A par-ticipação é expressa em porcentagem efacilita a identificação de onde as per-das são originadas.

Após a obtenção dos índices deperdas, pode-se fazer a classificaçãodos resultados em perda alta, média oubaixa, de acordo com os valores médi-os apresentados a seguir (Tabela 1).

O conhecimento dos tipos de per-das facilita a interpretação dos resulta-dos e direcionam as correções. Perce-be-se que o fator mais representativonas perdas são os pedaços (lascas) de

Impurezas mineral e vegetal

Tabela 1: Classificação das perdas

Nível de Perdas Percentual dePerdas (%)

Baixo < 2,5Médio 2,5 < 4,5Alto > 4,5

Tabela 2: Classificação de Impurezas minerais

cana que são diretamente influencia-dos pela rotação do extrator primário.Á medida em que se aumenta a rota-ção, os toletes são succionados junto

com a palha e a terra. Ao passarem peloexaustor são dilacerados em pedaços,lascas, serragem e caldo, estes dois úl-timos perdas invisíveis.

A carga resultante da colheita me-canizada deveria ser composta apenasde cana. No entanto, ela apresenta tam-bém outros materiais indesejados, de-nominados impurezas que podem serde duas origens: mineral e vegetal. Apresença desse material na carga cau-sa interferência no processo de fabri-cação de açúcar e álcool, causando des-gastes em equipamentos e interferindona qualidade do produto final. Como alimpeza do material é realizada pelosextratores primário e secundário, háuma relação direta entre perdas e impu-rezas. Caso a redução das perdas sejapriorizada, uma maior quantidade depalha irá seguir para a usina junto coma cana, reduzindo a densidade de car-ga e tornando o transporte mais onero-so. A tomada de decisão neste caso éutilizar uma rotação dos extratores con-dizente com a variedade da cana e ascondições do canavial.

A impureza mineral é composta porterra e pedriscos e a vegetal compõe-se de palha e ponteiros vindos da ma-téria-prima. O sistema de limpeza dacolhedora tem como função separaresses materiais da carga. No entanto,parte ainda permanece junto com a

Classificação das Percentual de impurezasimpurezas minerais minerais (%)

Baixo < 0,3Médio 0,4 < 0,6Alto > 0,6

cana, sendo levada para a usina ondepode alterar a qualidade do açúcar. Aimpureza mineral é extremamente dano-sa à indústria. Causa desgaste excessi-vo em inúmeros equipamentos indus-triais por abrasão, aumenta a perda desacarose, aumenta as paradas da usinapelo desgaste, quebras de equipamen-tos e exige mudanças no processo. Va-lores aceitáveis (Tabela 2) de impure-zas minerais estão entre 3 a 6 kg t-1 cana(0,3 a 0,6%).

A impureza vegetal resulta em me-nor peso de carga no transporte e me-nor eficiência de extração de caldo porparte da indústria e a classificação uti-lizada pelo CTC está na Tabela 3.

Tabela 3:Classificação de Impurezas vegetais.

Classificação das Percentual de impurezasimpurezas vegetais vegetais (%)

Baixo < 3Médio 4 a 6Alto > 7

Considerações finaisA velocidade de rotação do extrator

primário é o principal elemento nas mag-nitudes das perdas de cana e impurezasna matéria-prima, assim ressalta-se aimportância de se planejar a regulagemda colhedora diante das diferentes con-dições que serão encontradas na colhei-ta. Variedades com alta presença demassa foliar exigiriam maior velocidadede rotação, enquanto canaviais commenor produtividade e consequente-mente massa vegetal reduzida, poderi-am ser colhidos com regulagens distin-tas da condição anterior. Avaliações pe-riódicas das perdas e impurezas podemajudar na definição de rotações ótimas,em função das diferentes condições decolheita. A influência do componente“lascas”, que basicamente são toletes

que foram succionados pelo fluxo de ar,sendo assim dilacerados pelo choquecom as pás do extrator apresenta a mai-or variação conforme a rotação do ex-trator primário.

Para a redução das perdas o CTCsugere treinamento dos operadores decolhedora e acompanhamento da opera-ção durante a safra por técnico da áreade Treinamento e Capacitação Tecnoló-gica analisando as condições do talhão,tombamento da cana, comprimento detrabalho, sistema de caminhamento e acei-ro, altura de trabalho do corte de base/corte de ponta, velocidade da colhedora,sincronização colhedora/caminhão, dis-tribuição dos equipamentos na área, cul-tivo e quebra do meio (lombo).

Page 31: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 3131313131

Novas Tecnologias

Embrapa investe emcana tolerante à secaDa Redação

Variedade transgênica é voltada às novas fronteiras para a cultura

A Embrapa Agroenergia desdeagosto de 2008 trabalha com atransformação genética de

cana-de-açúcar para tolerância à seca.Em uma perspectiva técnica de até seteanos, o setor sulcroalcooleiro poderácontar com esta nova variedade. Atu-almente, ainda não existe variedade decana-de-açúcar transgênica comercial.

De acordo com o pesquisador daEmbrapa Agroenergia, Hugo Molinari,o método de transformação mediadopor biobalística é mais utilizado atual-mente na produção de cana genetica-mente melhorada devido à maior sim-plicidade e praticidade de aplicação.“Quando se trabalha com transgênicos,é preciso fazer vários estudos para pro-var que eles podem ser utilizados e quesão equivalentes a uma outra plantaque não sofreu a inserção da caracte-rística desejada”, salienta Molinari.

O melhoramento clássico de cana-de-açúcar convencional é um processodemorado e trabalhoso. Atualmente, comeste processo são necessários de 12 a15 anos para obter uma nova variedade.Por meio da transgenia é possível a re-dução do período para sete anos. Estemétodo oferece vantagem de modificarsomente a característica de interesse, no

Embrapa investe emcana tolerante à seca

caso da pesquisa em andamento, o au-mento da tolerância à seca.

A tecnologia desenvolvida pode seruma alternativa para o melhor aprovei-tamento de muda e eficiência de plan-ta, visando impulsionar a produção decana-de-açúcar no Brasil para as áreasde expansão. De forma geral, estas áre-as têm como características solos combaixa fertilidade, altas temperaturas ebaixa precipitação pulviométrica.

Laboratório da Embrapa serve de base para o desenvolvimento de variedade de cana tolerante à seca.

As pesquisas são desenvolvidasem parceria nos laboratórios da Embra-pa Recursos Genéticos e Biotecnolo-gia (Brasília/DF), que possuem todasas características exigidas pelas normasda CTNBio para estudos com organis-mos geneticamente modificados. Alémdessa parceria, a Unidade conta com oapoio da Japan Internacional ResearchCenter for Agricultural Sciences, Jircas,empresa de pesquisa vinculada ao go-verno japonês.

Foto: Leonardo Ferreira

Page 32: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20093232323232

CTCSat – Mais um produtodo CTC disponibilizado aosfornecedores

Novas Tecnologias II

CTCSat – Mais um produtodo CTC disponibilizado aosfornecedoresMauro Sampaio Benedini - Gerente Regional (CTC)Jorge Luis Donzelli - Coordenador de Pesquisa Tecnológica (CTC)

INTRODUÇÃO – O CTC (Centrode Tecnologia Canavieira) atua hámais de 30 anos no desenvolvimen-

to de tecnologias inovadoras para o se-tor canavieiro, realizando pesquisaspara toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, do campo à indústria. Essaampla atuação garante que os esfor-ços no desenvolvimento de novas tec-nologias para o mercado se convertamem benefícios para todo o setor, o quegarante seu desenvolvimento equili-brado e permite acumular ganhos deeficiência nas diversas etapas do pro-cesso produtivo.

PRODUTOS CTCO CTC se destaca por disponibili-

zar aos seus filiados além das varieda-des de cana melhoradas, também todaa tecnologia da cadeia produtiva dacana. Desde a sua fundação em 2004, o

CTC vem inovando no atendimentoaos associados com lançamento deprodutos CTC. O atendimento às as-sociações é realizado pelos gerentesregionais (Figura 1).

Figura 1 – Associações de fornecedores filiadas ao CTC e atividades desenvolvidas.

O NOVO PRODUTO CTCSatO Geoprocessamento e Sensoria-

mento Remoto aplicado à Cana-de-Açúcar é uma das linhas de pesquisado CTC, que faz parte da Coordenado-ria de P&D em Agronomia. Nesse pro-grama são desenvolvidos trabalhoscom o objetivo de se obter ferramentase metodologias para auxílio na tomadade decisão a partir do monitoramento egerenciamento agrícola utilizando ge-otecnologias como imagens de satéli-te, sistemas de informação geográfica,GPS entre outras. Essa área de pesqui-

sa resultou no CTCSat - Monitoramen-to com Imagens de Satélite.

Esse novo produto institucionaltem como objetivo contribuir para mai-or competitividade de nossos associa-dos por meio de um melhor controle daextensa área plantada, aumentando aeficiência no gerenciamento, visandoredução dos custos de produção emaior agilidade na tomada de decisão.

Os trabalhos foram iniciados emmaio de 2009 por meio do recebimentodos mapas de propriedades de filiadosàs associações que aderiram ao progra-ma e que, após o processamento comimagens de satélite, deverão resultar emMapas Gerenciais mostrando alteraçõesno desenvolvimento/crescimento/pro-dução da cana-de-açúcar.

Figura 2 – CTCSat. Maior agilidade nogerenciamento das propriedades.

BENEFÍCIOS – Inúmeros são osretornos econômicos esperados com avisualização precoce de problemas deprodução nas áreas de um determina-do produtor tais como, redução do nú-mero de amostragens para controle depragas e outras ocorrências; reduçãono tempo de correção pela identifica-ção precoce do problema com cana-de-açúcar; redução do custo de produçãoagrícola; aumento da produtividadeagrícola; auxiliar na tomada de decisãopara o planejamento das áreas de re-forma e monitoramento sistemático detoda a área; entre outros.

Page 33: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 3333333333

Novas Tecnologias II

OUTROS PRODUTOS CTCOs produtores filiados às Asso-

ciações de Fornecedores de cana as-sociadas ao CTC tem direito ao aces-so às tecnologias desenvolvidas peloCTC, dentre elas:

Variedades CTC - O Programa deMelhoramento Genético da Cana-de-Açúcar, desenvolvido pelo Centro deTecnologia Canavieira, foi iniciadoem 1969 pela Copersucar que até 2004lançou 53 variedades SP. Entre 2005e 2008, foram liberadas comercial-mente 18 variedades CTC, com rápi-da expansão na área (Figura 3).

Muda Sadia - O produto Muda Sa-dia, com sua equipe regionalizada,iniciou em 2006 a orientação e treina-mento de técnicos das associadascom uma série de atividades: dispo-nibiliza os clones promissores queserão futuras variedades CTC; acom-panha e auxilia na condução técnicados viveiros de mudas; tratamentotérmico, roguing; capacita o corpotécnico da associada com diagnósti-co, mapeamento e controle de pra-gas e doenças, auxilia no planejamen-to varietal e ainda oferece diversostreinamentos. Estima-se que haja umganho em torno de 3 tc/h/ano com autilização deste produto.

Carta de Solos e Ambientes deProdução - A partir de maio de 2008,todas as associadas ao CTC tiveramo direito ao início do mapeamento eclassificação dos solos em suas áre-as com a implantação do produto"Carta de solos e Ambientes de Pro-dução". Todas as associadas queaderirem ao programa terão 100% daárea mapeada em cinco anos, visan-do alocação das variedades nos am-bientes de produção recomendados,utilizando-os de forma otimizada, au-mentando a produtividade.

Cursos pela internet (à distân-cia) - Desde o início de 2008, o CTCvem disponibilizando em seu sitewww.ctcanavieira.com.br cursos di-versos, seminários, palestras e ar-tigos técnicos, com acesso permi-tido a todos os fornecedores de

Figura 3 – Previsão de plantio de variedades comerciais em 2009.

cana das associações filiadas aoCTC. São mais de 20 cursos dispo-nibilizados e 18 artigos técnicos,estes com enfoque exclusivo aosfornecedores de cana.

Proficiência interlaboratorial - Oprograma de controle de qualidade docaldo é oferecido pelo CTC desde

NOVAS FORMAS DEATUAÇÃO DO CTC

O CTC apresentada as seguintes novidades para o ano de 2009:Ambientes de produção edafocli-

máticos – Devido à alta diversidadeclimática da região canavieira atual-mente atendida pelo CTC, um mesmoambiente edafo submetido a regimesclimáticos diferentes apresentam pro-dutividades diferentes. O CTC irácaracterizar todos os ambientes cli-máticos das associadas no ano de2009 e disponibilizá-los aos que esti-verem caracterizando seus ambientesde produção pelo produto Carta deSolos.

Pólos de pesquisa em cada as-sociada - Desenvolver variedadesperfeitamente adaptadas às condi-ções edafoclimáticas e de manejode cada associada do CTC, permi-

tindo maiores incrementos na pro-dutividade. A análise dos novosmateriais genéticos via validaçãoagronômica em todas as associa-das, aliada ao melhoramento e en-saios experimentais regionais, pro-porcionará resultados significati-vos na seleção regionalizada.

Nova Biofábrica - Devido à cres-cente demanda por mudas de varie-dades, o CTC irá disponibilizar anu-almente alguns milhões de mudas demeristema com a sua nova biofábricaque irá acelerar a multiplicação devariedades, conforme solicitação an-tecipada e com maior segurança fi-tossanitária e redução de custos como tratamento térmico.

1992, e nesta safra teve a participaçãode seis associações de fornecedores,que são as que possuem laboratóriospróprios de análise de cana. Este pro-grama tem como objetivo determinaro desempenho dos laboratórios dasassociadas e contribuir na ampliaçãoda credibilidade dos resultados nasanálises realizadas.

Page 34: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20093434343434

Assuntos Legais

Art - anotação de responsabilidadetécnica: Obrigatoriedade

Prezados produtores rurais e indus-triais, é pública e notória a pressãoque a sociedade vem fazendo junto ao

setor do agronegócio para que a produçãoseja sócio, econômico e ambientalmente sus-tentável. Isso está se refletindo na comercia-lização dos produtos oriundos da terra. Omercado consumidor, principalmente o in-ternacional, exige que o produto final sejaproduzido de acordo com determinadas re-gras de conduta sócio-econômico-ambientais.

Reportagem veiculada no jornal ValorEconômico, de 29/05/2009, de Bettina Bar-ros, denominada “Cana-de-açúcar agoraterá certificação global”, informa que o Bra-sil está liderando um movimento para “lan-çar mão de certificação global que garantamelhores práticas agrícolas, ambientais esociais”, em razão de pressão da comunida-de internacional sobre a sustentabilidade daprodução do setor sucroalcooleiro.

Na mesma reportagem, a assessora inter-nacional da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Geraldine Kutas, informa que“a certificação deve começar em 2010” e que“Cerca de 70% do setor mundial de cana-de-açúcar está envolvida na iniciativa. Quere-mos que seja um negócio ́ mainstream´ (glo-bal) e não apenas de nicho”

Certificação sócio-ambiental:A chave para comercialização da produçãoCertificação sócio-ambiental:A chave para comercialização da produção

Ainda segundo o jornal, para obter acertificação do Imaflora (Instituto de Ma-nejo e Certificação Florestal e Agrícola),único apto a auditar projetos no Brasil atéo momento, visando obter o selo Rainfo-rest Alliance, criado pela Rede de Agricul-tura Sustentável nos anos 90, há a necessi-dade de seguir dez princípios e 100 critéri-os nas áreas ambiental, social e agronômicae, ainda, que já há duas empresas brasileirasque demonstraram interesse na certificação:o grupo Balbo, de Sertãozinho (SP) e o Ade-coagro, com sua usina em Angélica (MS).

Nesse sentido, em reportagem veicula-da no sítio eletrônico ambientebrasil.com.br,de 04.06.2009, cuja fonte é o Estadão Onli-ne, tem-se a notícia que a União Européia,convencida de que não conseguirá produzire terá que importar biocombustíveis paracumprir a meta de adicionar 10% de reno-váveis em sua matriz de combustíveis até2020, já se manifestou por meio do conse-lheiro da delegação da Comissão Europeiano Brasil, Fabian Delcros, de que o com-bustível, incluindo o etanol, terá de ser cer-tificado e dentro dos padrões da União Eu-ropeia, pois “Quem quiser exportar paraa Europa precisa ter sustentabilidade e oBrasil até tem um programa nesse senti-do”, acrescentando que “a questão é se há

a compatibilidade desses programas e,para isso, o Brasil precisa apresentar orealizado aqui para um debate junto àUnião Europeia”.

Verificamos, então, que os empreendi-mentos certificados, inclusive a produçãoagrícola da cana-de-açúcar, poderão se uti-lizar da certificação em materiais de divul-gação, o que permite ao consumidor identi-ficar produtos agrícolas de origem respon-sável e, certamente, abrir portas para umamelhor comercialização.

Nesse sentido, os produtores rurais te-rão de se adequar às referidas normas, sobpena de não conseguirem, em um futuropróximo, comercializar sua produção juntoàs unidades industriais, tendo em vista queestas, ao se certificarem, certamente irãoexigir o mesmo de seus fornecedores.

Nessa esteira, o Protocolo de Coopera-ção Agroambiental, entabulado pelo gover-no do Estado de São Paulo e o setor sucro-alcooleiro (UNICA e ORPLANA), se tor-na um importante instrumento para com-provar a sustentabilidade sócio-econômi-co-ambiental do produtor rural e do indus-trial, com vistas a uma melhor comerciali-zação de seus produtos.

ALei Federal Nº 6.496, de 07 de de-zembro de 1977, instituiu em nos- so sistema a ART (Anotação de

Responsabilidade Técnica), documen-to que deve ser emitido para a execu-ção de obras ou prestação de quais-quer serviços profissionais referentesà Engenharia, à Arquitetura e à Agro-nomia.

A ART define para os efeitos le-gais os responsáveis técnicos pelo em-preendimento de engenharia, arquite-tura e agronomia, sendo expedida peloprofissional ou pela empresa no CREA(Conselho Regional de Engenharia,Arquitetura e Agronomia), de acordocom Resolução própria do CONFEA(Conselho Federal de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia), órgão incum-bido de fixar os critérios e os valores

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Art - anotação de responsabilidadetécnica: Obrigatoriedade

das taxas da ART ad referendum doMinistro do Trabalho.

Referida legislação determina quea falta de registro de ART em empreen-dimentos nessas áreas ensejará a no-tificação por exercício ilegal da profis-são, se não houver participação de pro-fissional habilitado ou de notificaçãopor falta de ART, se houver a presençade profissional legalmente registradono sistema CONFEA-CREA.

Cumpre esclarecer que os valoresarrecadados com a ART se prestam acobrir os custos de registro e viabili-zar as ações de fiscalização, normati-zação da legislação, dentre outras ati-nentes ao CONFEA e aos CREAs, bemcomo as ações de desenvolvimentotécnico e social dos profissionais.

Os profissio-nais do próprioSistema CREA-CONFEA poderãofiscalizar se a legis-lação está sendorespeitada e aplicaras penalidades le-gais (notificação,multa, etc.), dandoprazo para que ofiscalizado possase defender.

Em vista do exposto, cumpre-nos es-clarecer que, na área rural, quando o pro-dutor for contratar profissionais para aprestação de serviços agronômicos, de-verá exigir a expedição da ART, sob penade ser notificado e, após, multado porestar desrespeitando a legislação.

Revista Canavieiros - Junho de 20093434343434

Page 35: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 3535353535

Destaque

Safra de grãosserá 6,9% menorSafra de grãosserá 6,9% menorDa redação

Asafra de grãos 2008/2009 deve alcançar 134,1 milhões de toneladas, queda de 6,9% na colheita em relação à safra 2007/08, quan-do foram colhidas 144,1 milhões/toneladas, quase 10 milhões de

toneladas a menos, por conta da estiagem no Sul e o excesso de chuvasno Nordeste. No entanto, a área plantada aumentou de 47,4 para 47,6milhões de hectares. É o que mostra levantamento da Conab divulgadono último dia 8.

A região Sul, responsável por 39,8% da produção nacional, foi a áreamais afetada pelo clima, com diminuição de 10,2% da produção, estima-da agora em 53,5 milhões/toneladas. No Centro-Oeste a safra será de 48milhões/toneladas, no Sudeste 16,7 milhões/toneladas e Norte com 3,8milhões/toneladas. No Nordeste, as chuvas nos estados do Maranhão,Piauí e Bahia, comprometeram a produção, que será 4,9% menor, com11,9 milhões de toneladas.

Amendoim – a produção total de amendoim (primeira e segunda sa-fras) deve atingir 294,2 mil toneladas, de acordo com o levantamentodivulgado dia 8. Na safra 2007/08, a produção foi de 303,1 mil toneladas.Em São Paulo, a safra 08/09 está prevista em 227,8 mil toneladas, en-quanto no ciclo passado foi de 236,4 mil/ton.

Soja - As lavouras de soja também serão reduzidas em 4,8%, passan-do de 60 para 57,1 milhões de toneladas. O estado que mais sofreu foi oParaná, que colheu 9,5 milhões de toneladas, queda de 20%.

Estiagem no Sul e o excesso de chuvas no Nordeste reduzi-ram previsão de colheita

Page 36: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20093636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal 2016

Com o objetivo de revelar um pouco maissobre uma das mais importantes plan-

tas de nosso país, o autor do livro "Histó-ria da cana-de-açúcar", José Roberto Mi-randa, com o apoio da Syngenta, trás infor-mações úteis para aqueles que a plantam ecultivam, e também àqueles que só a co-nhecem após virar garapa, aguardente, açú-car, fermentos, dentre outros.

Trazendo informações de onde se origi-nou a cana e quem foram seus primeirosprodutores, esse livro também aborda ou-tros temas, tais como a criação dos enge-nhos, o mercado brasileiro, do monopólio àcrise, as influências dos índios, brancos enegros na gastronomia e nas sobremesasbrasileira.

Além disso, esta obra também destacao presente e o futuro da cana-de-açúcar,nos dando, assim, uma visão mais rica eampla sobre o assunto.

História da Cana-de-açúcarJosé Roberto Miranda

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

“Ser feliz não é uma obra do destino, mas uma conquistade quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser” ad

1) O chefe do departamento tem que olhar a sua equipe“sobre o ponto de vista” humano...

Com o erro da preposição, o chefe não está olhando nada!Lembrando: “a expressão “ponto de vista” tem origem nas

artes plásticas. O ponto de vista é aquele escolhido por um pintor ou por umdesenhista para melhor observar um objeto ou para colocá-lo em perspectiva.Esse sentido ganhou extensão figurativa e passamos a empregar a expressãocomo a maneira de considerar ou de entender um assunto.”

Entretanto, não quer dizer que qualquer preposição possa ser empregadapara indicar o ponto do qual se observa ou considera algo.

O uso “sobre o ponto de vista” quer dizer em cima do ponto de vista e se fosse“sob o ponto de vista” o sentido é abaixo do ponto de vista.

Não estamos nem em cima nem embaixo do ponto de vista.Assumimos umponto de vista e dele observamos a paisagem ou a questão ou algo em debate.

O ideal é empregar a preposição DE com a expressão PONTO DE VISTA.Ex. :O chefe do departamento tem que olhar sua equipe “do ponto de vista”

humano.

2) A surpresa: Maria está grávida!Apenas com alguns “enjôos”...Prezado amigo leitor com o Novo Acordo sem enjoos!Regra Nova-Novo Acordo: paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima da direita

para a esquerda) com acento circunflexo no penúltimo O do hiato oo(s) (hiato:é oencontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e ooutro na sílaba imediatamente posterior) perdem o acento.

Ex.: Maria está grávida!Apenas com alguns enjoos

3) Eles “crêem” na política brasileira...Cada um tem a sua crença!Com o “crêem” escrito ANTES do Novo Acordo Ortográfico, poderíamos crer

em tudo!Depois do Novo Acordo ,para a crença valer, prezados amigos leitores, usar

SEM acento.Regra Nova: paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima da direita para a es-

querda) com acento circunflexo no penúltimo E do hiato ee(s) (hiato:é o encontrode dois sons vocálicos , um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro nasílaba imediatamente posterior) perdem o acento.

Antes: crêem Depois: creemPARA VOCÊ PENSAR:

“Para dobrar o índice de sucessos,triplique seu índice de fracassos”

(Wolf J. Rink)

“A história tem mostrado que os mais notáveisvencedores normalmente encontraramobstáculos dolorosos antes de triunfarem.Venceram porque se negaram a seremdesencorajados por suas derrotas.”

( B.C.Forbes)

Page 37: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 3737373737

VENDEM-SE-01 Cobridor de cana de duas linhas

marca DMB, em ótimo estado, valor R$5.000,00.

-01 Triturador marca Penha TH-3.500,Motor 15 AP, c/chave triangulo, valorR$1.000,00.

-01 Moto Bomba de 15 AP, valor R$1.000,00.

-01 Carroceria de ferro de 8 MTS p/plantio de cana, valor de R$ 4.000,00.

-01 Carroceria de ferro de 8 MTS p/cana inteira c/cambão e cabos de aço(completa), valor R$ 5.000,00.

-01 Carroceria de ferro p/plantio decana, nova e reforçada.

-01 Carroceria de ferro p/cana inteira,marca FACHINI c/cabos de aço e cam-bão, ano 2000.

-01 Cambão p/descarga de cana in-teira de 7 MTS, valor R$ 200,00.

-01 Cultivador de cana, Marca DMBde 2 linhas completo, valor R$ 1.500,00.

-01 Caminhão Ford Cargo Platafor-ma, modelo 2626 e ano 2003, semi-novocom 120.000 KM, cor Prata, pneus semi-novos, com facilidade p/pagamento.

-Pneus p/caminhão 1000 / 1100 c/câ-maras e protetores.

Tratar com Marcus ou Nelson pelostelefones: (17) 3281-5120 ou 3281-8556Olímpia-SP

VENDE-SE-01 Colhedeira de Amendoim, Dobler

Master II, ano 2001. Tratar com Sérgiopelos telefones: 3942-2856 ou 9773-3334.

VENDEM-SE-01 Colheitadeira de Grãos Massey

Fergunson 5650 Advanced, ano 2003com 1560 horas, com plataforma de sojade 19 pés e plataforma de milho PL-80de 5 linhas;

-01 Trator Massey Fergunson 650, ano2003 com 3000 horas e uma Grade Arado-ra de 14 discos de 32 polegadas Baldan.

Tratar com Mauro pelo telefone:(34) 9937-0810 ou 3821-1724.

VENDE-SE-01 Caminhão chevrolet D-60, ano 78,

com motor e câmbio do MB-1113, todorevisado em excelente estado de con-servação. Tratar com Milton pelo tele-fone 91749650 ou Leonardo pelo tele-fone 91776227.

VENDEM-SE-Lascas e roliços de aroeira;-Curral aroeira e ipê roxo, mais brete,

balança, completo. Próximo a Jaú.R$45.000,00;

-Sulcador/Cultivador para três linhas,tríplice operação, R$18.000,00;

- Cobridor de cana com tanque apli-cador de inseticida para três linhas,R$7.500,00;

-Rolo faca "icma" 10 facas, superpesado, R$ 28.000,00;

-Carreta para plantio de cana, um eixo,pneus 1.000 x 20, R$5.500,00;

Tratar com João Ferreira pelo telefo-ne: (14) 9792 1571

VENDEM-SECurral de Aroeira para trabalhar com

1.000 bois - Idade: + ou - 35 anosTábua de aroeira e ipê, sendo 10

repartições,tronco e seringa-02 barracões, sendo um que cobre o

tronco e o outro para leite.Preço a combinarObs: Aceita-se como pagamento tra-

tores, caminhões e semoventes.Localidade: Município de Mesopo-

lis na região de Jales - SPTratar com Marco Aurélio Junqueira

pelos telefones: (17) 9611-1480 ou (17)9777-4678.

VENDEM-SE- F350 ano 2001 com baú- 01 Transformador de 15 KVA-01 Transformador de 45 KVA- 01 Transformador de 75 KVA- Tijolos antigos e telhas- Lascas, palanques e mourões de

aroeira

- 01 sulcador de 2 linhas DMB- postes de aroeira- terças, caibros e porteiras- tambores plásticos vazios de

200 ltsTratar com Wilson - 17.9739.2000 -

Viradouro - SP

VENDEM-SE- VALTRA 1880-S, ANO 1998

- VALTRA 1880-S, ANO 2001 c/ serviçode reboque

- VALTRA BH-180, ANO 2002- VALTRA BH-180, ANO 2003 c/ ser-

viço de reboque- VALTRA BH-160, ANO 2005 c/ ser-

viço de reboque- VALTRA BH-160, ANO 2006 c/ ser-

viço de reboque- Tratores c/ kits de freio + Cab Parts- VALTRA BH-180, ANO 2008Cabine original, 280hrs, tanque p/

diesel, 5000 lts c/ bomba, filtro, bico emangueira. Baú p/ transporte de pes-soas(16), marca Rio Preto, novo.

Tratar com João Carlos Martins deFreitas pelos telefones (17) 3343-7203/(16) 3957-1254 / 9137-8389.

VENDE-SE- 01 caminhão mercedes benz Axor

2831 ano 2007Em caso de interesse, entre em con-

tato com o Sra. Nair Francisca,Pelo telefone:(14) 9753 3666 ou pelo

email: [email protected].

VENDE-SE- Carroçaria cana picada p/ Scania,

comprimento 8200mm, Altura do giroMancal 3900mm, Lado tombador Mo-torista Altura total 4300mm

R$8.000,00 +32x1160, consórcio corAmarelo.

Em caso de interesse, entre em con-tato com o Sr. Noel Rosa,

Pelo telefone:(19) 9697 7408 ou peloemail: [email protected].

Page 38: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20093838383838

Julho Julho Julho Julho Julho de de de de de 20092009200920092009

Simtec 2009 - Simpósio Internacional e Mostra deTecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira

Período: 30/06/2009 a 03/07/2009Segmentos: Encontro, ExposiçãoCidade: Piracicaba/SPPaís: BrasilTelefone: 19 3417-8604E-mail: [email protected]

24º SEMINÁRIO COOPLANTIOEmpresa Promotora: Cooplantio - Cooperativa dos Agri-

cultores de Plantio DiretoTipo de Evento: Seminário / JornadaInício do Evento: 01/07/2009Fim do Evento: 03/07/2009Estado: RSCidade: GramadoLocalização do Evento: Hotel SerranoInformações com: CooplantioSite: www.cooplantio.com.br/seminarioTelefone: 51 3481-3333E-mail: [email protected]

EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA - LUZInício do Evento: 02/07/2009Fim do Evento: 05/07/2009Segmentos: ExposiçãoCidade: Luz/MGPaís: BrasilE-mail: [email protected]]

EAPIC - EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA, INDUSTRIALE COMERCIAL - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

Início do Evento: 03/07/2009Fim do Evento: 12/07/2009Segmentos: ExposiçãoCidade: São João da Boa Vista/SPPaís: Brasil

EXPO AGRÍCOLA DE LINS E REGIÃOInício do Evento: 03/07/2009Fim do Evento: 13/07/2009Segmentos: ExposiçãoCidade: Lins/SPPaís: BrasilTelefone: (14) 3522-3855

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Revista Canavieiros - Junho de 20093838383838

FEXPOAN - EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA,COMERCIAL E INDUSTRIAL DE ANDRADINAInício do Evento: 03/07/2009Fim do Evento: 13/07/2009Segmentos: ExposiçãoCidade: Andradina/SPPaís: BrasilTelefone: (18) 3722-3469

IV SIMPÓSIO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃODE CANA-DE-AÇÚCAR

Promotora: GAPE - Grupo de Apoio a Pesquisa e ExtensãoTipo de Evento: Encontro / SimpósioInício do Evento: 06/07/2009Fim do Evento: 08/07/2009Estado: SPCidade: PiracicabaLocalização do Evento: Teatro Unimep - Campus TaquaralInformações com: GAPE - Grupo de Apoio a Pesquisa e

ExtensãoSite: www.gape-esalq.com.br/simposios/cana/Telefone: 19 3417-2138E-mail: [email protected]@hotmail.com

CURSO DE GESTÃO TRANSFORME SUA FAZENDA:GESTÃO, LIDERANÇA E TECNOLOGIA

Empresa Promotora: CRV LagoaTipo de Evento: Curso / TreinamentoInício do Evento: 06/07/2009Fim do Evento: 10/07/2009Estado: SPCidade: SertãozinhoLocalização do Evento: Sede da CentralInformações com: CRV LagoaSite: www.crvlagoa.com.brTelefone: 16 2105-2299E-mail: [email protected]

EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE ARAÇATUBAInício do Evento: 08/07/2009Fim do Evento: 18/07/2009Segmentos: ExposiçãoCidade: Araçutuba/SPPaís: BrasilTelefone: (18) 3607-7826

Page 39: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 2009 3939393939

Page 40: Ed36junho09

Revista Canavieiros - Junho de 20094040404040