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4 Editorial

A “Reportagem de Capa” do mês de setembro, aborda a partici-pação do sistema Copercana,

Canaoeste e Sicoob Cocred na Fena-sucro & Agrocana 2011, feiras con-sideradas a maior vitrine mundial de novidades e lançamentos no setor su-croenergético. As feiras foram reali-zadas entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, com organi-zação da Reed Multiplus e realização do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis). No estande do sis-tema, os produtores rurais que visita-ram a feira, podiam comprar produtos e equipamentos e também receber in-formações técnicas e orientações dos agrônomos. Uma loja com produtos da selaria da Copercana e ferramen-tas também estava à disposição dos visitantes.

O entrevistado desta edição é o pre-sidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya Jank, que definiu o atual cenário do setor em uma entrevista exclusiva à jornalista Carla Rossini. O executivo apontou a falta de políticas públicas como uma preocupação para novos in-vestimentos em unidades industriais.

A secção “Ponto de Vista” de se-tembro traz um artigo do coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto de Economia Rural da Unesp-Jaboticabal, Roberto Rodrigues, que foi ministro da Agricultura, no Go-verno Lula. Rodrigues fala sobre um novo Código Florestal para o Brasil.

Reuniões técnicas, treinamentos para a equipe de agrônomos e eventos em parceria com multinacionais são abordados em “Notícias Copercana” e “Notícias Canaoeste”. Nas páginas

da Canaoeste o leitor ainda encontra as informações sobre O Encontro dos Produtores de Cana, que foi realiza-da durante a Fenasucro & Agrocana e discutiu o Código Florestal; a par-ticipação do presidente da associação, Manoel Ortolan, em uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroenergético”; a participação do agrônomo da Canaoeste, Marcelo de Felício, no evento “Os Eleitos” – Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto.

Em “Notícias Sicoob Cocred”, está o Balancete de agosto e também a par-ticipação do diretor da cooperativa de crédito, Marcio Fernando Meloni, em uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de quinta-feira (31), no Auditório da Sala de Imprensa da Fenasucro & Agrocana. Os convidados debateram os temas “Ações para que o setor sucroenergé-tico volte a crescer” e “Investimentos, crédito, posição governamental, redu-ção de custos de produção, logística e incentivos governamentais”.

Em “Assuntos Legais”, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, fala sobre o ADA - Ato Declaratório Am-biental que é uma declaração da situa-ção ambiental da propriedade rural.

O artigo técnico mostra o acompa-nhamento da safra 2011/2012 até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011. E os profissionais da Canaoeste, Thiago de Andrade Silva (Assistente de Con-trole Agrícola) e Lucas Alberguine (desenhista), escrevem sobre os servi-ços de topografia da associação.

Além disso, a Revista Canavieiros de setembro também traz as Informa-ções Setoriais com o assessor agronô-mico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dicas de leitura e gramática.

As feiras e o cenáriodo setor

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Carla Rodrigues - MTb 55.115Murilo SicchieriRafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]@revistacanavieiros.com.br

imPRessão:São Francisco Gráfica e Editora Ltda

tiRagem: 11.000 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gra-tuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos au-tores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista CanavieirosRua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

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Expediente:

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Ano V - Edição 63 - Setembro de 2011

Índice:

E mais:

Capa - 20Copercana, Canaoeste e Sicoob

Cocred na Fenasucro & AgrocanaNo estande das cooperativas

e da associação, os produtores rurais encontraram produtos e equipamentos e também rece-beram informações técnicas e orientações dos agrônomos

10 - Notícias Copercana

14 - Notícias Canaoeste

24 - Notícias Sicoob Cocred

28 - Acompanhamento da safraApresentação dos dados obtidos até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com

os obtidos na safra 2010/2011.

- Copercana e Dupont realizam palestra técnica- Nutrição e adubação de cana é tema de treinamento- Responsabilidade Social no Campo- Copercana participa do III Encontro Basf de Amendoim

- Encontro dos Produtores de Cana discute o Código Florestal- Manoel Ortolan participa de debate sobre o cenário dos canaviais brasileiros- Agrônomo da Canaoeste participa do evento “Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro

da Monsanto- Topografia Canaoeste

- Balancete Mensal- Marcio Meloni participa do ciclo de debates “Caminhos do Setor Sucroenergé-

tico”

Informações Setoriais

.................página 26

Artigo Técnico

.................página 28

Assuntos Legais

.................página 32

Safra Canavieira

.................página 34

Cultura

.................página 36

Agende-se

.................página 37

Classificados

.................página 38

06 - Entrevista

08 - Ponto de Vista

Marcos Sawaya JankPresidente da UnicaDesajuste entre a demanda e a capacidade de oferta

Roberto RodriguesEx-ministro da Agricultura

Na reta final

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Marcos Sawaya Jank

Desajuste entre a demanda e a capacidade de oferta

Carla Rossini

Revista Canavieiros: Marcos, recen-temente a Unica divulgou os números da safra 2011/2012, onde houve uma quebra de produção de cana-de-açúcar muito significante. Isso ocorreu por diversos fatores como clima, falta de tratos culturais dos canaviais, etc. Po-demos considerar que existe uma crise dentro do setor sucroenergético?

Marcos Sawaya Jank: Não, acho que não existe uma crise no setor, na re-alidade, a quebra de safra tem provocado preços melhores. Eu até acho curioso que se fale em crise, porque existem preços melhores que estão sendo gerados por essa quebra de produção. A crise é uma crise de oferta e, uma crise de oferta, que tem levado a preocupações em rela-ção ao etanol hidratado, particularmente preocupações em relação à segurança de abastecimento. Mas em relação a ques-tão de preços, nós temos gerenciado.

Revista Canavieiros: Poderá ocor-rer falta de etanol no mercado?

Jank: Não, justamente pelo que nós temos feito junto ao governo para garantir o abastecimento. Temos trabalhado desde o começo do ano, junto com as distribui-doras e com o governo federal através de uma câmara tripartite, que reúne, portanto os produtores, as distribuidoras e o go-

Entrevista com:

Não há crise no setor sucroenergético, o problema é um desajuste entre o potencial que a deman-da tem e a capacidade de oferta de produtos. Foi dessa forma que o presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya Jank, definiu o atual cenário do setor em uma en-trevista exclusiva à Revista Canavieiros. O execu-tivo também apontou a falta de políticas públicas como uma preocupação para novos investimentos em unidades industriais. Confira a íntegra da en-trevista a seguir:

verno, para garantir que não falte produto e que não haja volatilidade de preços. É importante que não haja variações muito bruscas, nem para baixo nem para cima, e uma das coisas que temos feito é produzir mais etanol anidro que é aquele que é mis-turado na gasolina e também, ao mesmo tempo, temos importado produto dos Es-tados Unidos, principalmente. Penso que este ano está sendo um ano muito mais tranquilo em termos de abastecimento e preços do que foi o ano passado. Então estamos gerenciando a oferta de uma ma-neira muito mais precisa do que fizemos ao longo da safra passada, quando tive-mos uma surpresa durante a entre-safra, em termos de altas de preços e também de uma necessidade de importação de última hora. É isso que está acontecendo basica-mente. A questão que ainda se coloca so-bre a mesa, é o crescimento da indústria, que precisa crescer mais rápido do que tem crescido.

Revista Canavieiros: O crescimento estagnou?

Jank: A indústria vinha crescendo a uma taxa de 10% ao ano, acompanhando o crescimento da frota flex que é desta ordem e agora, passou a crescer apenas 3% ao ano, desde 2008. Essa redução no crescimento é fruto da crise de 2008, na

verdade, os investimentos continuam en-trando no setor, mas ao invés de ir para novos projetos, eles passaram para usinas que estavam com dificuldades, para com-pra de empresas descapitalizadas.

Revista Canavieiros: Não existem novos projetos de unidades industriais?

Jank: Existem investidores no setor, mas esses investidores não estão fazen-do novas usinas e gerando cana nova, ao invés disso eles estão comprando empre-sas com dificuldades. Então, agora, o que estamos estudando com o governo, são formas para que os investimentos venham novamente para novas plantas, ou seja, plantio de cana nova. Isso, obviamente, não é fácil porque a cana perdeu competi-tividade e o etanol de cana perdeu a com-petitividade frente à gasolina. Dessa for-ma, não existe apetite para construção de novas unidades, existe ainda muito apetite para compra de unidades com dificulda-des. Estamos estudando e conversando com o governo, para ver quais são as con-dições que gerariam apetite para constru-ção de novas unidades industriais.

Revista Canavieiros: O governo des-de o início do ano tem ameaçado inter-

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vir de alguma forma no setor, controlar produção, exportações, taxar produtos, enfim, como a Unica enxerga essa par-ticipação do governo?

Jank: Acho que esta é uma das dificul-dades porque o governo quando sinaliza, por exemplo, o controle das exportações de etanol ou a taxação das exportações de açúcar, dá um sinal ruim para os investi-dores. Quando o investidor olha e vê que, por exemplo, o último leilão de eletrici-dade teve preços extremamente baixos e praticamente não houve venda de energia de biomassa de cana; quando esse mes-mo investidor vê que o preço de gasolina está tabelado desde 2005 na bomba e que, portanto, o etanol perdeu competitividade frente à gasolina; quando ele vê as inter-venções que ocorrem por meio da mistura de etanol na gasolina e quando ele vê que o governo ameaça controlar a exportação de álcool e ainda taxar o açúcar, ele fica muito receoso das intervenções governa-mentais e aí ele retrai os investimentos. Na verdade gostaríamos de ver a coisa mais pelo lado dos incentivos do que pelo

lado da punição. Essa que é a preocupa-ção, construirmos políticas de incentivos que tragam novos investimentos e é isso que estamos dialogando com o governo. Entendemos que uma das preocupações que o governo tem é uma preocupação legítima com o compromisso que o se-tor tem que ter com o abastecimento do mercado doméstico. Isso é uma preocu-pação correta, porque estamos falando de combustível e combustível é algo muito importante para garantia da movimenta-ção da frota nacional. Entendemos que se o governo der incentivos tem que haver em troca esse compromisso. Mas, a inter-venção, por exemplo, no açúcar, não nos parece ser a coisa mais inteligente, exis-tem outras coisas que podem ser feitas sem mexer na taxação do açúcar. Estamos conversando sobre tudo isso em Brasília e entendemos que nos próximos meses va-mos encontrar uma solução.

Revista Canavieiros: Como o senhor define o cenário para o setor sucroenergéti-co, de forma geral, a médio e longo prazos?

Jank: Olha, eu acho que estamos em um momento de ouro, é até curioso ou-vir se falar tanto em crise. Eu não consigo enxergar uma crise, há alguns anos atrás, tínhamos preços extremamente baixos, tí-nhamos um problema de falta de demanda e preços ruins, e aí poderíamos falar em crise. Posso dizer que a Europa está em crise hoje, e que os Estados Unidos está em crise também. Não é o caso do Brasil, eu acho que um país que está crescendo 4 a 5% ao ano, completamente diferente dos países ricos que estão hoje em de-pressão, um país (Brasil) que a frota flex está crescendo 10% ao ano, o açúcar está crescendo no mundo 4% ao ano, temos a perspectiva de exportar etanol para o mundo, temos a perspectiva do bioplásti-co, da bioquerosene, etc. Como podemos falar que isso é crise? Nosso problema é um problema de desajuste, entre o poten-cial que a demanda tem e a nossa capaci-dade de oferta. O problema é alinhar as políticas públicas de maneira que o setor volte a crescer, ou seja, temos que cons-truir o nosso futuro de maneira inteligen-te, mas eu não consigo ver uma crise real. É completamente diferente a realidade de um setor com um imenso potencial como o nosso do que um setor em depressão como podemos ver hoje nos setores na Europa e nos Estados Unidos. O nosso setor tem sim muito potencial, mas um potencial não realizado e que precisa se realizar e para isso precisamos construir políticas públicas e privadas. Nosso de-safio é trabalhar na direção da constru-ção dessas políticas públicas para o setor. Mas eu não vejo, em hipótese alguma, um quadro de depressão como acontece hoje em muitos setores econômicos pelo mundo afora.

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Marcos Jank, durante XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol, evento oficial de abertura da Fenasucro & Agrocana

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8Ponto de Vista

Roberto Rodrigues

Na Reta Final

Dois anos depois da criação da Comissão Especial na Câmara dos Deputados com o objetivo

de instituir um novo Código Florestal para o Brasil, podemos analisar com olhar crítico o processo de amadu-recimento das discussões acerca do tema, sobretudo quanto às previsões e às principais alegações dos que se diziam contrários ao estabelecimento de nova legislação.

Logo depois de criada, a Comissão Especial foi rotulada de “ruralista” e que só atenderia aos interesses do se-tor produtivo.

Alegavam os mais radicais que seria extinto o instituto da reserva legal e que seria reduzida a proteção de áreas de preservação permanente (APP), que grandes propriedades se-riam beneficiadas e que as florestas brasileiras estavam ameaçadas de des-matamento violento. O processo de discussão se deu de forma intensa e profunda, envolvendo todos os setores da economia e todos os segmentos da sociedade. O Brasil inteiro foi visita-do e ouvido pelos integrantes da co-missão; o primeiro texto foi aprovado na Comissão Especial em 6 de julho de 2010.

A partir de então, alguns radicais lutaram para que a matéria não fosse a plenário. Os focos de crítica eram basicamente a “anistia a desmatado-res”, a “liberação de uso das áreas de preservação permanente”, a “delega-ção aos Estados da competência de

legislar sobre o ambiente” e a “falta de participação da comunidade cien-tífica” nas discussões. Aprovado no plenário da Câmara em maio de 2011 por 410 votos contra 63, esmagadora e democrática maioria, o texto do sena-dor Luiz Henrique (PMDB-SC), que está agora no Senado, pode, por si só, revelar as verdades e os mitos.

Há o grande desafio de fazer justiça, ou seja, não perdoar aqueles que desma-taram ao arrepio da lei existente, mas também não punir aqueles que desmata-ram quando não havia legislação sobre o tema ou ainda os que o fizeram com incentivo do governo, como no combate à febre amarela, por exemplo.

Para isso, foram mantidos os insti-tutos da reserva legal e a proteção às APPs, já contrariando uma das previ-sões iniciais. Foram criados mecanis-mos de avaliação e de regularização das propriedades, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório a todas as propriedades rurais. Se com ele for identificado um problema, ha-verá um processo para regularização. Não haverá “anistia a desmatadores”: a reserva legal faltante deverá ser recom-posta, regenerada ou compensada.

E as APPs atualmente utilizadas não serão consolidadas a qualquer preço, mas desde que não haja reco-mendação técnica de recuperação, isto é, com base científica. Os desavisados ainda poderão dizer que nas proprie-dades de até quatro módulos haverá, sim, uma anistia. Pequenas proprieda-

des devem ser sus ten táve is , inclusive do ponto de vis-ta econômico. Inviabilizar a vida no campo causa êxodo rural e polui-ção urbana. O tratamento d i f e r e n c i a d o aos pequenos é

imprescindível para que eles tenham as mesmas condições de renda das grandes propriedades.

Finalmente, quanto à delegação de poderes aos Estados, tida como temerá-ria pela possível influência a que esta-riam sujeitos os governos estaduais, não há nem a liberdade alegada nem a possi-bilidade da tal influência. As normas ge-rais, que servirão de base às legislações estaduais, serão feitas pela União. Não há liberdade total à norma estadual, mas busca-se evitar a temida anistia.

Os Estados brasileiros têm, por for-ça da Constituição Federal, o direito de criar regras para melhor gerir suas características peculiares. Assim, ne-nhuma das profecias negativas acerca do código se concretizou. Resta-nos, como brasileiros, participar do pro-cesso de aprimoramento dessa lei tão importante que irá influenciar na vida de cada um de nós.

O novo pensamento, de não mais tratar a questão como exclusivamen-te ambiental, mas sim como “socio-ambiental”, cada vez mais justifica a obrigação do exercício da competên-cia concorrente e supletiva pelos Esta-dos e a participação de cada cidadão.

Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto de Economia Rural da Unesp-Jaboticabal. Foi ministro da Agricul-tura, no Governo Lula.

Fonte: Folha de S. Paulo, 10/09/2011.

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Movimento para a mudança do “Cógido Florestal” em Brasília

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Copercana e Dupont realizam palestra técnicaMais de 70 pessoas, entre produtores rurais e profissionais de usinas prestigiaram o encontro

Notícias Copercana

A Copercana, em parceria com a Dupont, realizou no dia 24 de agosto, uma palestra técnica para

produtores rurais e profissionais de uni-dades industriais da cidade de Ituverava e região. O encontro foi realizado na sede da Fazenda Estiva, de propriedade do cooperado Sérgio Cury.

O objetivo da reunião foi apresentar a Copercana aos produtores rurais, já que, em breve, a cooperativa vai inaugurar uma filial na cidade. O diretor da Coper-cana, Pedro Esrael Bighetti deu as boas vindas aos futuros cooperados e fez uma apresentação geral dos produtos e servi-ços da cooperativa. “Estamos muito or-gulhosos da participação de vocês nesse encontro onde faremos uma apresentação do que é a Copercana. Tenho certeza que todos vocês serão muito bem recebidos na nossa cooperativa”, disse Bighetti.

O gerente de comercialização da Co-percana, Frederico José Dalmaso, tam-bém falou aos presentes, colocando os produtos comercializados pela coopera-tiva à disposição dos produtores e apre-sentou o engenheiro agrônomo, Paulo Bighetti, que será responsável parte agronomica da filial de Ituverava.

Carla Rossini

Élcio Daroz (Dupont), Edgard Lazaro Bighetti (Copercana), Roberto Carminatti (Dupont), Frederico Dalmaso, Pedro Esrael Bighetti, Paulo Bighetti (Copercana) e Sérgio Cury (Faz. Estiva)

O evento foi realizado na Fazenda Estiva

Representando a Dupont, Elcio Daroz e Roberto Carminatti apresentaram três novos produtos: herbicida, inseticida e

fungicida lançados recentemente para a cultura da cana-de-açúcar. Mais de 70 pessoas prestigiaram a reunião.RC

RC

Copercana participa do III Encontro Basfde Amendoim

Durante o evento, os participantes assistiram a várias apresentações técnicas sobre a cultura

Nos dias 1º e 2 de setembro, foi realizado o III Encontro Basf Amendoim. O evento contou

com a participação de mais de 150 pro-dutores de todo o Estado de São Paulo e tinha como objetivo principal apre-sentar novas tecnologias e debater os desafios para a próxima safra do grão.

O gerente da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto César Strini Paixão, proferiu uma palestra com o tema “Mecanização x Qualida-de do Amendoim”, abordando as expe-riências da cooperativa com a cultura.

Carla Rossini

Além desse assunto, o evento também dis-cutiu os temas: im-portância da rotação da cultura; qualidade da matéria-prima; manejo de doenças; inovação no manejo de fungicidas; inter-ferência de plantas daninhas e para fina-lizar o encontro, foi apresentando o Por-tfólio Basf para a cul-tura do amendoim.

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60 crianças, de 7 a 12 anos, das escolas de Frutal visitaram a Usina Cerradão para receber orientações sobre o “Dia Nacional do Campo Limpo”

Copercana – Responsabilidade Social no Campo

No dia 18 de agosto é come-morado em todo país o “Dia Nacional do Campo Limpo”.

Essa data comemorativa foi idealizada em 2005 pelo Inpev (Instituto Nacio-nal de Processamento de Embalagens Vazias) e tem como objetivo a cons-cientização sobre a importância da de-volução de embalagens de agrotóxicos vazias para os postos credenciados de recebimentos, e a reflexão e participa-ção em projetos sócio-ambientais que dizem respeito à preservação do Meio Ambiente. Neste dia ocorrem em todo país, diversas atividades relacionadas ao meio ambiente e a logística reversa, isto é, dar um destino correto às emba-lagens de agrotóxicos vazias.

Consciente da importância do proje-to, a Copercana e a Dupont, em parceria com a Usina Cerradão, realizaram no úl-timo dia 29, um evento para 60 crianças, de 7 a 12 anos, das Escolas de Frutal e região, que contou com a participação da representante do Centro de Recebimento de Embalagens da Fundação Triângulo de Pesquisa e Desenvolvimento de Ube-raba, Jucelene Sanata da Silva.

A palestrante falou às crianças sobre a importância do destino correto das em-balagens de agrotóxicos vazias e, em se-guida, foi realizada uma visita ao Posto de Coleta Seletiva da Usina Cerradão, local onde é realizada a seleção e sepa-ração dos resíduos da usina, desde emba-

Marcos de Felício – engenheiro agrônomo Copercana – Frutal

lagens de agrotóxicos, óleos, pneus e até peças de maquinário.

Aproveitando a oportunidade, tam-bém foi realizado um treinamento com a equipe agrícola da usina, abor-dando temas como: “A Importância do Uso de Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.)” e “Importância do Retorno das Embalagens Vazias do Campo para Usina”.

Participaram do evento, o responsável pelo setor de meio ambiente da Usina Cerradão, Antônio Marcos Vieira, o co-

ordenador de tratos culturais da Usina Cerradão, Michel Fernandes e o repre-sentante da Dupont, Lauro Cervigni. “É um privilégio termos este treinamento dentro da usina, porque além de reciclar nossas informações, mostram a impor-tância que tem o meio ambiente para a política da usina”, disse Michel.

A Copercana demonstra novamente seu comprometimento com os coopera-dos, apresentando soluções para os pro-blemas do dia-a-dia no campo e reforça sua responsabilidade cooperativista e sua preocupação com o meio ambiente. RC

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13Notícias Copercana

Nutrição e adubação de cana é tema de treinamento

Os agrônomos da Copercana e Canaoeste participaram do treinamento promovido pela Dupont

A equipe técnica da Copercana e Canaoeste participou de um trei-namento sobre nutrição e aduba-

ção de cana-de-açúcar no dia 25 de agos-to. O evento foi promovido pela Dupont e contou com a colaboração de professo-res da Universidade Federal de Lavras.

Para o gerente do departamento técnico da Canaoeste, Gustavo de Almeida No-gueira, esse tipo de treinamento é funda-mental para manter a equipe de agrônomos da cooperativa e da associação atualizados. “Nossos profissionais precisam estar sem-pre bem informados e atualizados para dar suporte a todas as necessidades dos produ-tores rurais”, disse Nogueira.

O gerente do departamento comer-cial da Copercana, Frederico Dal-

Da Redação

maso, frisou que esse tipo de treina-mento só é possível graças a parceria que a cooperativa mantém com as empresas de agroquímicos. “A Du-pont é uma das maiores parcerias da

O treinamento reuniu os profissionais da cooperativa e da associaçãoCopercana e por isso oferece esses treinamentos a nossa equipe. Nossos agrônomos estão sempre preparados para melhor atender aos cooperados”, disse Dalmaso. RC

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14Notícias Canaoeste

Encontro dos Produtores de Cana discute o Código Florestal

Organizado pela Canaoeste e Orplana, evento reuniu mais de 400 fornecedoresCarla Rossini

Como parte da programação oficial da XIX Fenasucro (Feira Interna-cional da Indústria Sucroalcoo-

leira) e IX Agrocana (Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-açúcar), a Canaoeste e a Orplana reali-zaram no dia 2 de setembro o Encontro Anual de Produtores de Cana-de-açúcar. O objetivo do encontro foi discutir o cená-rio atual do Código Florestal Brasileiro.

Mais de 400 fornecedores de cana participaram do evento que contou com a presença de diversas autoridades. Além do prefeito de Sertãozinho, Nério Costa, estiveram na reunião o secretário de Em-prego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Davi Zaia; os deputados federais Arnaldo Jardim, Mendes Tha-me, Duarte Nogueira e Milton Monti e o deputado estadual, Welson Gasparini. Representando o associativismo e coo-perativismo, participaram o presidente da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande; o presidente da Copercana e Si-coob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo; o presidente da Canaoeste, Manoel Or-tolan e o presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior.

Em seu pronunciamento, Manoel Or-tolan, ressaltou a importância dos agricul-tores se unirem e busca da aprovação do

Código Florestal. “Estamos vivendo um momento de expectativa da aprovação desse novo Código Florestal pelo Senado Federal, a exemplo do que aconteceu na Câmara dos Deputados em maio passado.

Mais uma vez, será importante a presença e exigirá a participação das entidades de classe em Brasília, atuando junto aos se-nadores e demais autoridades ligadas ao ato de aprovação”, disse Ortolan.

O presidente da Orplana, Ismael Pe-rina Júnior, falou das dificuldades en-frentadas pelo setor sucroenergético e a importância da aprovação do Código Florestal. “Faltam políticas públicas jun-to com a classe agrícola produtiva para o setor voltar a crescer. Existe instabili-dade e falta de segurança entre os agri-cultores e nesse sentido, a aprovação do Código Florestal pode dar novo ânimo a essa classe produtiva”, disse.

O presidente da Ocesp também falou sobre o novo Código Florestal.“Com o Código vigente, muitas atividades agro-

Da esquerda para direita: diretor de Reed Multiplus, Augusto Balieiro; presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan; presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior; secretário de Emprego e Relações do Trabalho de SP, Davi Zaia; os deputados federais, Duarte Nogueira e Arnaldo Jardim; presidente da Copercana,

Antonio Eduardo Tonielo; prefeito de Sertãozinho, Nério Costa; os deputados federais, Mendes Thame e Milton Monti; o deputado estadual, Welson Gasparini e o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande

O evento reuniu mais de 400 fornecedores de cana

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste Ismael Perina Jr., presidente da Orplana

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“Não há a menor dúvida de que o mundo inteiro está reconhecendo, cada vez mais, o etanol brasileiro como um combustível de última geração, um com-bustível avançado, como foi dito nos Estados Unidos na decisão do próprio Congresso e dos órgãos ambientais. Pre-cisamos de investimentos para a produ-ção de cana.”

Antônio Carlos Mendes Thame, De-putado Federal

“A medida provisória 432 foi aprovada na Câmara e agora no Senado também. Na Câmara, eu fui o relator dessa medida: uma mudança muito importante para que o etanol deixe de ser simplesmente um produto agrícola e passe a ser considerado uma commodity na área de energia. Isso é uma mudança que abre todo um cami-nho e toda uma redefinição sobre o etanol. Essa medida provisória também ampliou a faixa de variação da mistura que era de 20% a 25% para 18% a 25%.”

Arnaldo Jardim, Deputado Federal

“O setor passa por um momento im-portante, mas com baixo resultado. Nós temos que apoiar um setor que gera tan-tos empregos, divisas, que na venda de açúcar para o exterior gerou aproximada-mente 16 bilhões de reais, um setor que contribui também com o meio ambiente, produzindo combustível que é ecologi-camente correto, mas que deve receber todo o apoio do governo e nós vamos es-tar lá para contribuir nisso.”

Milton Monti, Deputado Federal

“Nós temos um prazo que é o dia 10 de dezembro para o Código virar lei e ser publi-cado no Diário Oficial. No dia seguinte, dia 11 de dezembro, o decreto que regulamenta a lei de crimes ambientais volta a colocar a espada na cabeça de mais de 90% de todos os produtores brasileiros, obrigando-os a cumprir uma coisa que é impensável. Por isso, está sendo feita essa ação (alterações no Código) em nome do Brasil e em nome do que é de interesse nacional.”

Antônio Duarte Nogueira Júnior, Deputado Federal

Todos os deputados presentes no evento também fizeram uso da palavra em defesa da aprovação do novo Código Florestal

que está para ser votado pelo Senado Brasileiro.

Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp

pecuárias não têm segurança jurídica. O novo Código, que balanceia a produção rural com a preservação do meio am-biente, é um grande avanço. Quem não o defende não creio que seja brasileiro”, frisou Del Grande.

"Nós temos hoje uma quantidade mui-to grande de empregos sendo gerados nessa área (setor canavieiro do Estado de São Paulo). Toda atividade agrícola no nosso Estado, pela força que tem a questão sucroalcooleira, representa um forte componente e nós, da Secretaria, inclusive temos acompanhado muito as transformações que estão acontecendo no setor, com a maior mecanização da colheita da cana, para podermos também contribuir com o processo de qualifica-ção e requalificação do pessoal."

Davi Zaia, secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo RC

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Revista Canavieiros - Setembro de 2011

16Notícias Canaoeste

O cenário dos canaviais brasileiros

Agrônomo da Canaoeste participa do evento “Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto

Profissionais da imprensa ouviram a opinião de especialistas sobre a necessidade de renovar os canaviaisCarla Rossini

Da Redação

Durante a realização da Fenasu-cro e Agrocana, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan,

participou de uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroe-nergético” que foi realizada na tarde de quarta-feira (31), no Auditório da Sala de Imprensa das feiras. O debate dis-cutiu os temas: “Retrato dos canaviais nesta safra e nas próximas três safras” e “O reflexo dos canaviais nos mercados de açúcar e etanol e no destino do setor sucroenergético”.

Ao lado do presidente da Canaoeste, estavam representantes de consultorias especializadas no setor sucroenergético: o diretor da Datagro Consultoria, Gui-lherme Nastari; o presidente da Con-sultoria Idea, Dib Nunes e o gerente e coordenador do Agribusiness Research & Knowledge Center PWC, Marco An-tonio Conejero.

Quando questionado sobre a quebra de produção da safra 2011/2012, Ma-noel Ortolan, afirmou que “a seca fa-voreceu o surgimento de pragas e ainda ressaltou que práticas inadequadas com

No dia 18 de agosto, a Monsanto realizou na cidade de Atibaia, o evento “os eleitos” sobre a Soja

Intacta RR2 Pro. O evento teve a partici-pação de apenas 500 produtores de soja de todo Brasil, selecionados entre 400 mil pro-dutores. “Foi um privilégio participar deste evento onde se concentraram os melhores produtores de soja do país”, disse Marcelo de Felício, agrônomo da Canaoeste.

As variedades de soja com a tecnolo-gia “Intacta RR2 Pro” foram desenvolvi-das especialmente para as condições do Brasil. “É a primeira vez na história da cultura no país que uma empresa mul-tinacional desenvolve uma tecnologia

Marco Antonio, Manoel Ortolan, Guilherme Nastari e Dib Nunes

os tratos culturais também afetaram o desenvolvimento da cana em algumas áreas da região Centro-Sul”.

O consultor Guilherme Nastari, des-tacou que “os números da quebra da sa-fra, que estimam uma moagem de 498 toneladas de cana (números da Datagro), têm origem nos problemas históricos que atingiram os canaviais nas últimas safras”, disse Nastari e explicou: “os canaviais estão com a média de idade envelhecida e foram afetados pelo bai-xo investimento em tratos culturais e as condições climáticas desfavoráveis e o surgimento de pragas”.

Dib Nunes fez uma rápida apresentação sobre a deficiência hídrica dos canaviais. “Estamos passando por um momento desfa-vorável para a cana. Temos a pior maturação dos últimos anos. Os canaviais não se desen-volveram como deveriam”, disse Nunes.

Já Marco Antonio Conejero, falou

sobre a visão econômica do tema e de-fendeu que as políticas do governo de-vem ser mais atentas às condições dos produtores de cana. “O etanol vem de um produto agrícola, que pode sofrer com seus ciclos naturais. O governo precisa mudar a forma como olha o se-tor”, disse Conejero.RC

adaptada para as condições brasileiras de plantio”, explicou Marcelo.

A evolução deste trabalho teve início há 10 anos e os primeiros plantios foram realizados em Porto Rico em 2005. Em 2007, foram instaladas as primeiras par-celas experimentais no Brasil, e em 2008 foram realizados ensaios em campo. No ano de 2009 a Monsanto iniciou estudos em parcerias com instituições de pesqui-sa e ensino e em 2010, conseguiu a apro-vação pela CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.

“Em 2011, houve treinamentos técni-cos, dias de campo, feiras agrícolas e tam-

bém o avanço com o plantio desta nova tecnologia nas áreas dos 500 eleitos (pro-dutores e multiplicadores de sementes)”, disse o agrônomo da Canaoeste. RC

Marcelo de Felício, agrônomo da Canaoeste

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Consecana CIRCULAR Nº 06/11DATA: 31 de agosto de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A seguir, informamos o preço mé-dio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de

cana entregue durante o mês de AGOS-TO de 2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de AGOSTO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,4942.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a agos-to de 2011 e acumulados até AGOSTO, são apresentados acima.

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a agosto de 2011 e acumulados até AGOSTO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, conforme tabela acima.RC

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Topografia Canaoeste

Retificação de área de imóvel diretamente no Cartório Retificação de Registro Público

Thiago de Andrade SilvaAssistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

Lucas AlberguineDesenhista - Topografia CANAOESTE

O Departamento de Topografia da Canaoeste tem como objetivo prestar serviço ao associado no

âmbito de levantamento topográfico para diversos fins, como:

►Levantamento Planimétrico - le-vantamento perimétrico para conhecer ou conferir área da propriedade;

►Levantamento Planimétrico Cadas-tral - levantamento utilizado para carac-terizar e quantificar a área da propriedade (cultura, sede, mata, área de preservação permanente, etc.);

►Levantamento Planialtimétrico - levantamento da declividade do terreno para fins de projetos de irrigação e curva de nível, sistematização de área para me-canização, entre outros;

►Sistematização de área para meca-nização realizada juntamente com o De-partamento Técnico;

Com a modificação dos artigos 212 e 213 da Lei Federal n° 6.015/73, de 31 de dezembro 1973, novos

procedimentos foram adotados possibili-tando aos proprietários de imóveis, cujas certidões contêm erros, a regularizar sua situação perante o próprio Cartório. A retificação de área de um imóvel é um procedimento que permite a correção de seu registro ou averbação.

Antigamente, a retificação só era pos-sível via procedimento judicial, num pro-cesso longo e demorado. Hoje, entretan-to, com a nova Lei, isto não é necessário. Tudo ficou muito mais simples.

Vejamos o que diz a Lei:“Art. 212. Se o registro ou a averbação

for omissa, imprecisa ou não exprimir a verdade, a retificação será feita pelo Ofi-cial do Registro de Imóveis competente, a requerimento do interessado, por meio do procedimento administrativo previsto no art. 213, facultado ao interessado re-

►Retificação de propriedade - para a atualização da matrícula;

►Desmembramento - para a divisão da propriedade em duas ou mais matrí-culas para fins diversos (venda, doação, etc.);

►Aglutinação de propriedade - para unir duas ou mais propriedades gerando uma nova matrícula;

►Conferência de divisa - para con-ferir se o marco de divisa está alocado corretamente de acordo com a matrícula da propriedade;

►Levantamento de área para fins de pagamento de arrendamento ou serviço;

►Levantamento de área e confecção de mapas para fins de Plano de Queima, SIG (Sistema de Informação Geográfica) e Classificação de Solo.

O Departamento também oferece su-porte ao uso do GPS próprio do associa-

do, faz a demarcação de curva de nível, demarcação de divisa, elabora laudos técnicos sobre levantamentos realizados para fins jurídicos, montagem espacial da matrícula para conferência se a mes-ma se encontra correta e levantamento de área por imagem de satélite do Google Earth entre outras imagens disponíveis.

O Departamento possui um SIG (Sis-tema de Informação Geográfica) Canao-este - banco de dados geográfico estru-turado contendo informações variadas das propriedades (variedade, corte, entre outros informados pelo associado), via-bilizando assim, agilidade e facilidade na tomada de decisões através de um geren-ciamento visual da propriedade.

Dentre outras funções, o Departamen-to de Topografia realiza publicação de Artigos na Revista Canavieiros e Infor-me Canaoeste.

querer a retificação por meio de procedi-mento judicial.”

“Parágrafo único. A opção pelo proce-dimento administrativo previsto no art. 213 não exclui a prestação jurisdicional, a requerimento da parte prejudicada.”

QUANDO É NECESSÁRIA A RE-TIFICAÇÃO?

Segundo a Nova Lei Federal devem ser retificados os registros que se encon-trarem nas situações abaixo descritas:

“Art. 213. O oficial retificará o regis-tro ou a averbação:

I – de ofício ou a requerimento do in-teressado nos casos de:

a) omissão ou erro cometido na trans-posição de qualquer elemento do título;

b) indicação ou atualização de con-frontação;

c) alteração de denominação de logra-douro público, comprovada por docu-mento oficial;

d) retificação que vise a indicação de

rumos, ângulos de deflexão ou inserção de coordenadas georeferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais;

e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro;

f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido objeto de retificação;

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g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes, compro-vada por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando houver necessi-dade de produção de outras provas;”

Não se retifica o imóvel, mas a sua descrição.

A retificação não se presta a alterar a dimensão do imóvel, quer para mais ou para menos, exceto em situações muito especialíssimas, permitidas pelo ordena-mento jurídico (aluvião, abertura de estra-das, alagamento de parcelas do imóvel por represas dentre outras poucas hipóteses).

“II – a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de me-dida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e memorial descritivo assinado por profis-sional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes.”

Nos casos descritos no item I, tanto o proprietário pode requerer as modificações quanto o próprio oficial do cartório poderá fazê-las. Já nos casos descritos no item II, somente através de solicitação do proprie-tário e que a retificação poderá ser feita.”

COMO FAZER A RETIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA?

Alguns procedimentos devem ser atendidos pelo proprietário que tiver in-teresse em proceder a retificação.

O proprietário, ou procurador devi-damente constituído, deverá se dirigir ao Cartório de Registro de Imóveis onde

está situada a propriedade objeto da re-tificação, local em que apresentará seu requerimento. Deverá estar munido de planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabi-lidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes.

Importante salientar que se a planta não contiver a assinatura de algum con-frontante, este será notificado pelo Ofi-cial de Registro de Imóveis competente a requerimento do interessado, para se manifestar em quinze dias, promovendo-se a notificação pessoalmente ou pelo correio, com aviso de recebimento, ou, ainda, por solicitação do Oficial de Re-gistro de Imóveis, pelo Oficial de Regis-tro de Títulos e Documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la.

A notificação, segundo a legislação vigente, será dirigida ao endereço do confrontante constante do Registro de Imóveis, podendo ser dirigida ao próprio imóvel contíguo ou àquele fornecido pelo requerente; não sendo encontrado o confrontante ou estando em lugar incer-to e não sabido, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, promovendo-se a notificação do con-frontante mediante edital, com o mesmo prazo fixado para notificação do cartório, publicado por duas vezes em jornal local de grande circulação.

Não havendo impugnação, presumir-se-á a anuência do confrontante mesmo que este não assine a planta.

Por outro lado, pode ocorrer de algum dos confrontantes impugnar o pedido. Neste caso, havendo impugnação e se as partes não tiverem formalizado transação amigável para solucioná-la, o oficial remeterá o processo ao juiz competente, que decidirá de plano ou após instrução sumária, salvo se a controvér-sia versar sobre o direito de propriedade de alguma das partes, hipótese em que remeterá o interessado para as vias ordinárias.

O profissional que elaborar mapas e memoriais descritivos responsabiliza-se pelos dados ali constantes, porém, veri-ficando-se, a qualquer tempo não serem verdadeiros os fatos constantes do memo-rial descritivo, responderão os requerentes e o profissional que o elaborou pelos pre-juízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais cabíveis.

GEORREFERENCIAMENTOO georreferenciamento consiste na des-

crição do imóvel rural em suas caracterís-ticas, limites e confrontações, realizando o levantamento das coordenadas dos vértices definidores dos imóveis rurais, georreferen-ciados ao sistema geodésico brasileiro, com precisão posicional fixada pelo INCRA.

A lei Federal 10.267 de 28 de agosto de 2001, regulamentada pelo decreto 4.449 de 30 de outubro de 2002 que foi alterado pelo decreto 5.570 de 31 de outubro de 2005, criou o Cadastro Nacional de Imóveis Ru-rais (CNIR). A referida lei torna obrigatório o georreferenciamento do imóvel para in-clusão da propriedade no CNIR, condição esta, necessária para que se realize qualquer alteração cartorial da propriedade.

* Este serviço não é realizado pela Canaoeste

RC

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20 Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred na

Fenasucro & Agrocana 2011

No estande das cooperativas e da associação, os produtores rurais encontraram produtos e equipamentos e também recebe-

ram informações técnicas e orientações dos agrônomos

Um estande do sistema Coperca-na, Canaoeste e Sicoob Cocred recebeu autoridades, visitantes e

cooperados durante a realização da Fe-nasucro & Agrocana 2011, consideradas a maior vitrine mundial de novidades e lançamentos no setor sucroenergético. As feiras foram realizadas entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro, no Cen-tro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, com organização da Reed Multiplus e re-alização do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis).

Carla Rossini

No estande do sistema, os produto-res rurais que visitaram a feira, podiam comprar produtos e equipamentos e também receber informações técnicas e orientações dos agrônomos. Uma loja com produtos da selaria da Copercana e ferramentas também estava à disposi-ção dos visitantes. “Participando dessas feiras temos uma visão melhor de tudo aquilo que vamos fazer na nossa pro-priedade, além de conhecer novas téc-nicas e o que precisamos comprar para uma maior produção”, disse o coopera-do Elysio Reis.

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Ricardo Meloni (gerente comercial), Marcio Meloni (diretor da Sicoob Cocred), Frederico Dalmaso (gerente de comercialização de produtos agroquímicos),

Augusto S. Paixão (gerente da Unidade de Grãos), Manoel Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias do sistema) e Giovanni Rossanez (gerente financeiro)

Paulo Paulista, produtor rural e diretor da Canaoeste, aproveitou

a feira para adquirir equipamentosO presidente da Copercana, Sicoob

Cocred e também da Agrocana, ressal-tou a importância das feiras e da parti-cipação de profissionais e produtores ligados a cadeia de produção de cana-de-açúcar. “Focadas em negócios, as feiras são grandes referências em tecnologia para usinas, produtores rurais e profis-sionais que atuam na área. A realização das feiras é marcada pelo lançamento de tecnologias, processos, máquinas e equi-pamentos voltados à indústria e à área agrícola canavieira e, também (as feiras) se transformam num foro de discussão sobre o setor com a realização de eventos paralelos de caráter político e de nature-za técnica”, disse Tonielo.

O produtor rural e cooperado, Djalma Rabelo, concorda: “Visitando as feiras a gente se atualiza, vê coisas novas e pode efetuar compras. O produtor, seja grande ou pequeno, tem que estar sempre atua-lizado, sempre perto de novas notícias e informações. É importante a participação das cooperativas nas feiras”.

Para atender os cooperados, os ge-rentes do sistema e uma equipe de agrônomos da Copercana, ficou de plantão no estande. “Nós procuramos atender os produtores em suas neces-sidades para que eles possam combater problemas de custo/beneficio da me-lhor forma possível, utilizando tecno-logias e preços. Temos uma condição diferenciada de preços e prazos de pa-gamento na feira”, disse o engenheiro agrônomo, Rodrigo Ortolan.

Muitos cooperados esperam a reali-zação de eventos como o Agronegócios Copercana e a Agrocana para compra-rem equipamentos. É o caso do diretor da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior, que adquiriu dois equipamentos: 1 cultivador quebra-lombo e 1 aduba-dor de disco 1250H. “Com a aquisição de novos equipamentos a tendência é de que a gente consiga novos índices de produtividade e quem sabe consiga, in-clusive, baratear os custos com relação à aquisição de insumos principalmente.

Novos implementos podem trazer eco-nomia e benefícios”, disse Paulo Paulista que também comentou a importância da participação dos produtores nas feiras: “É extremamente importante não só para conhecimento como para difusão de tec-nologia, para os novos panoramas que estão aparecendo e, principalmente, no setor canavieiro em que o cenário mudou demais. Nós, produtores, estamos tendo que mudar alguns paradigmas, quebrar algumas regras e mudar nosso jeito de tocar a cultura. Então é de extrema im-portância que a gente participe de qual-quer feira e de qualquer evento que possa trazer novos conhecimentos”, finalizou.

Os números das feiras

De acordo com um balanço preli-minar, divulgado pelos organizadores, o número de visitantes das feiras deve superar a 29 mil profissionais, direta-mente ligados ao setor sucroenergético, de mais de 22 estados brasileiros e de 32 países, como Alemanha, Austrália, Argentina, Canadá, Chile, China, Co-réia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, entre outros.

O volume de negócios gerado nas feiras não tinha sido divulgado pelos organiza-dores até o fechamento desta edição.

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Presenças importantes

Workshop Agrocana

A Fenasucro & Agrocana 2011 rece-beram autoridades políticas como o go-vernador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal. Além deles, os presidentes e re-presentantes de importantes entidades setoriais, como Marcos Jank (UNICA), José Paulo Stupiello (STAB Nacional), William Burnquist e Alvaro Amaya (ISSCT) e Tarcísio Mascarim (APLA).

A Canaoeste, Copercana, Sicoob Co-cred, Gegis e Reed Multiplus e com co-ordenação técnica pela STAB, realizaram os Workshops - Seminários Fenasucro & Agrocana que aconteceram nas manhãs dos dias 30 e 31 no Espaço Agrocana. Tanto o Workshop Agrícola (dia 30), como o Industrial (dia 31) tiveram seus espaços praticamente lotados por produ-tores de cana, técnicos de associações, cooperativas e unidades industriais, in-clusive de outros países, professores e alunos de disciplinas afins.

Luis Carlos Tasso Jr. (diretor da Canaoeste, membro do conselho administrativo da Sicoob Cocred e conselheiro fiscal da Copercana), Giovanni Rossanez (gerente financeiro) e

Fernando dos Reis Filho (conselheiro da Copercana)

Carlos Terra (SENAR/SP), Paulo Arruda, Rogério Volpini, Rodrigo Carmo, Tirso de Salles Meirelles (Sebrae), Manoel Sérgio Sicchieri e Márcio Zeviani (Copercana) e Mário Birau (SENAR/SP)

Os gerentes e diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred receberam cooperados e autoridades no estande localizado na Agrocana

Paulo Donadoni (Syngenta), Wilson Agapito (Della Coletta Bioenergia S/A), Márcio Nono (Usina Santa

Cruz) e Oswaldo Alonso (Canaoeste)

A engenheira agronômica e professora da UNESP-Jaboticabal, Márcia Justino Rossini Mutton;

presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan; diretor da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior; diretor do grupo Alto Alegre e vice presidente da Abag, Luiz Carlos Correa Carvalho e consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, abriram o Workshop

vista aérea das feiras

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RC

Tradicional Carneiro no estande da Copercana

Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol

Tradicionalmente, na noite de quinta-feira, durante a realização da Fenasucro & Agrocana, a Copercana realiza uma confraternização e serve carneiro à calabreza, polenta e cuscuz. O evento estimula a convivência entre os cooperados, produtores, empresá-rios, autoridades políticas e do setor, além de outros convidados. O evento

O evento de abertura oficial da Fe-nasucro & Agrocana, o XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Eta-nol, aconteceu no dia 29 de agosto, no Teatro Municipal de Sertãozinho. O tema deste ano foi “A energia das nações”. O Fórum reuniu autoridades, convidados, imprensa e a comissão organizadora das feiras para discutir a inserção do etanol e da agroeletricida-de na matriz energética mundial.

O presidente da Copercana, Sicoob Cocred e da Agrocana, Antonio Eduar-do Tonielo, participou da abertura do evento ao lado dos diretores da Reed Multiplus, Fernando Barbosa e Au-gusto Balieiro, do presidente do Cei-seBr e diretor da Ciesp, Adézio José Marques e do prefeito de Sertãozinho, Nério Garcia da Costa.

O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou do painel “Agri-cultura e Indústria”, ao lado da se-cretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi; do conselheiro da Bioenergética Aroeira, Maurílio Biagi Filho; do presidente da ETH Bioenergia, José Carlos Gru-bisich; do presidente do conselho da Copersucar, Luís Roberto Pogetti; do diretor do Grupo Alto Alegre e vice presidente da Abag, Luiz Carlos Cor-rea Carvalho e do presidente da Co-san, Marcos Marinho Lutz.

O carneiro foi preparado por colaboradores da Destilaria Santa Inês e Copercana

é organizado pelo diretor da coope-rativa, Pedro Esrael Bighetti e, neste ano, recebeu mais de 150 convida-dos. “Nós organizamos o tradicional carneiro e conseguimos reunir em-presários, cooperados e profissionais do setor no estande da cooperativa. O evento já se tornou tradição durante a realização das feiras”, disse Bighetti.

Após o evento, os convidados fo-ram para o Centro de Eventos Zanini onde realizaram a inauguração oficial da Fenasucro & Agrocana 2011, com o descerramento de faixa e visita inau-gural pelos corredores da feira.

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24Notícias Sicoob Cocred

Balancete MensalCOOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - AGOSTO/2011Valores em Reais

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Revista Canavieiros - Setembro 2011

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Marcio Meloni participa do ciclo de debates “Caminhos do Setor Sucroenergético”

Evento contou com a presença do governador do Estado de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e reuniu profissionais da imprensa

Durante a realização da Fenasucro e Agrocana, o diretor da Sicoob Co-cred, Marcio Fernando Meloni, par-

ticipou de uma coletiva de imprensa (no se-gundo dia dos debates) sobre “Os caminhos

Carla Rossini

do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de quinta-feira (31), no Auditório da Sala de Imprensa das feiras. Os convida-dos debateram os temas “Ações para que o setor sucroenergético volte a crescer” e “In-vestimentos, crédito, posição governamen-tal, redução de custos de produção, logística e incentivos governamentais”.

Além do diretor da Sicoob Cocred, tam-bém participaram do debate o governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli; a diretora da Abimaq, Ales-sandra Bernuzzi; o presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior; o presidente do Cei-seBR, Adézio José Marques; o chefe do departamento de Biocombustíveis do BN-DES, Carlos Eduardo Cavalcanti; o pre-sidente do Grupo Personality, Alexandre

Dias Moreno; o diretor da MBF Consulto-ria, Marcos Françóia e o diretor comercial especializado no setor sucroenergético do Itaú BBA, Alexandre Figliolino.

Marcio Meloni falou das iniciativas da cooperativa de crédito para atender o médio e pequeno produtor de cana e também co-brou mais agilidade na liberação dos recur-sos anunciados pelo Plano Agrícola Federal. “A cooperativa busca recursos para ajudar os produtores rurais, mas o dinheiro tem que chegar na hora certa”, disse Meloni.

O presidente da Orplana, Ismael Pe-rina, cobrou do governo federal uma política agrícola mais clara e planejada, não “aquela feita por técnicos dos minis-térios”, disse Perina. RC

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26Informações Setoriais

CHUVAS DE AgOSTOe Prognósticos Climáticos

No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de AGOSTO de 2011.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoTécnico Agronômico da Canaoeste

A média das observações de chuvas durante o mês de agosto (21mm), “fi-cou” bem próxima da média das nor-malidades climáticas de todos os locais informados (24mm).

* s.i - sem informação neste mês.

No Mapa 1 abaixo é mostrado que o índice de água disponível no solo, no período de 15 a 17 de

agosto, encontrava-se crítico em prati-camente toda área sucroenergética do Estado de São Paulo. Observando-se os Mapas 2 e 3, que pela ordem referem-se

aos finais de agosto de 2010 e de 2011, que mostram muita semelhança dos críti-cos índices de Disponibilidades de Água no Solo em toda área sucroenergética do Estado. Exceto em estreita faixa do ex-tremo Sudoeste, face às chuvas ocorridas no último dia de agosto deste ano.

Para subsidiar planejamentos de ati-vidades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteoro-logia e INPE-Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais para os meses de setem-bro a novembro.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de AGOSTO de 2011. Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de AGOSTO de 2010.

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27

RC

• Nos estados das Regiões Centro Oeste e Sudeste, as chuvas poderão “fi-car” entre próximas a ligeiramente acima das respectivas médias históricas durante os meses de setembro a novembro, ex-ceto no Estado de São Paulo que terá tendência de chuvas dentro das médias destes meses;

• Prevêm-se temperaturas médias pró-ximas das normais climáticas nas áreas sucroenergéticas da Região Centro Sul;

• Como referência de normais climá-ticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Apta-IAC, são de 55mm em setembro, 125mm em outubro e 170mm em novembro.

A SOMAR Meteorologia também pre-vê que as chuvas poderão “ficar” próximas às respectivas médias climáticas, uma vez que a somatória nos meses de setembro a novembro, em toda região de abrangência Canaoeste poderá ser 10 a 12% superior ao mesmo período de 2010.

Face às previsões climáticas, pela SOMAR Meteorologia, para estes me-ses de moagem - setembro a novembro, a Canaoeste sugere aos produtores de cana que busquem, ainda mais, o má-

ximo de qualidade em operações de colheita e aproveitem ao má-ximo os dias e tem-pos disponíveis; bem como, efetuarem os necessários e aprimo-rados tratos culturais e até (serem mais gene-rosos na) utilização de insumos - adubações e atenções – muitas atenções mesmo - em monitoramentos de, ervas daninhas, pragas e doenças, visando às crescentes demandas por matéria prima nas próximas safras.

Mas, canaviais de-pauperados por pisoteios, falhas, pra-gas, doenças, ervas daninhas deman-dam renovações, visando redução da idade média e, consequente, melhora da produtividade em atenção às safras futuras. Mas, atenção !!! Qualidade das mudas é fundamental para asse-gurar produtividade e longevidade dos canaviais. A relação custo/benefício é muito favorável quando são emprega-das mudas sadias.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de AGOSTO de 2011.Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de AGOSTO de 2010.

Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o

trimestre setembro a novembro

RC

Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros e fa-tos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site www.ca-naoeste.com.br .

Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste.

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Revista Canavieiros - Setembro de 2011

28Artigo Técnico

Acompanhamento da safra 2011/2012A safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do

mês de setembro e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.

Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da safra até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com o obtido na safra 2010/2011, sendo que o ATR da safra 2011/2012 está 7,76 Kg abaixo do obtido na safra 2010/2011 no mesmo período.

Thiago de Andrade SilvaAssistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

As tabelas 2 e 3 contêm detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2010/2011 e 2011/2012.

Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelosFornecedores de cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012

Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2010/2011.

Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2011/2012.

Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

O gráfico 1 contém o comporta-mento do BRIX do caldo da safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

O BRIX do caldo da safra 2011/2012 ficou abaixo em todas as quinzenas, em relação à safra 2010/2011, sendo de forma mais acentuada na 2ª quin-zena de março.

O gráfico 2 contém o compor-tamento da POL do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

Observar-se que a POL do caldo apresentou o mesmo comportamento do BRIX do caldo, com teor inferior ao da safra 2010/2011.

O gráfico 3 contém o comporta-mento da pureza do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

A pureza do caldo da safra 2011/2012 ficou muito abaixo da obtida na safra 2010/2011, do início da safra até a 2ª quinzena de abril, com maior acentua-ção na 2ª quinzena de março, ficando próximo do mês de maio em diante, se igualando, praticamente, a partir da 2ª quinzena de junho.

O gráfico 4 contém o comporta-mento da FIBRA da cana na safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

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Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

De modo geral, a FIBRA da cana na safra 2011/2012 ficou abaixo da obti-da na safra 2010/2011, com exceção das duas quinzenas de abril e de agos-to, ficando bem abaixo na 2ª quinzena de março e de forma menos acentuada na 2ª quinzena de maio.

O gráfico 5 contém o compor-tamento da POL da cana na safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

A POL da cana obtida na safra 2011/2012 está muito abaixo daquela obtida na safra 2010/2011 em todas as quinzenas, sendo a diferença mais acentuada na 2ª quinzena de março.

O gráfico 6 contém o comporta-

mento do ATR na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Pode-se observar que o ATR apre-sentou um comportamento semelhante ao da POL da cana.

O gráfico 7 contém o comporta-mento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2011/2012 em comparação com a sa-fra 2010/2011.

A precipitação pluviométrica mé-dia ficou acima dos valores observa-dos em 2010, nos meses de fevereiro, abril, junho e agosto de 2011. O mês de março ficou muito acima, compa-rativamente com o de 2010. Porém nos meses de janeiro, maio e julho a precipitação pluviométrica desta safra ficou abaixo daquela observada em 2010.

O gráfico 8 contém o com-portamento da p r e c i p i t a ç ã o pluviométrica acumulada por trimestre na sa-fra 2011/2012 em compara-ção com a sa-fra 2010/2011.

Em 2011, observa-se um volume de chu-

Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 4 – Comparativo das Médias de FIBRA da cana

Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

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Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por trimestre, em 2010 e 2011.

Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada em 2010 e 2011

Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

RC

va muito acima no 1ª trimestre e um pouco maior no 2º trimestre, se com-parado aos volumes médios de 2010. O 3º trimestre continua com volumes médios inferiores aos observados em 2010.

Houve uma pequena recuperação da qualidade no mês de agosto, porém a qualidade da matéria-prima (kg de ATR/t) continua bem abaixo daquela observada no mesmo período na safra 2010/2011.

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32Assuntos Legais

ADA – Ato Declaratório Ambiental

Brasil deve produzir 161,96 milhões de toneladas de grãos

Prazo de entrega termina em 30 de setembro

Como já afirmado n’outras edi-ções, o ADA (Ato Declaratório Ambiental), é uma declaração

da situação ambiental da propriedade rural, onde será informado OBRIGA-TORIAMENTE ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis), as áreas de preservação permanente, reserva legal e outras áreas de proteção ambiental (área de reserva particular do patrimônio na-tural, área de declarado interesse eco-lógico, área com plano de manejo flo-restal, área com reflorestamento), caso existam no imóvel rural e desde que de-claradas no DIAT (Distribuição da Área do Imóvel Rural), entregue quando do preenchimento da DITR (Declaração do Importo Territorial Rural). Tal declara-ção possibilita a redução do pagamento do ITR (Imposto Territorial Rural) em até 100% de seu valor.

A produção nacional de grãos deve chegar a 161,96 milhões de toneladas, ficando 13,7

milhões ou 9,2% superior ao volu-me de 149,25 milhões produzidos em 2009/10. Este resultado se deve às boas condições climáticas ocorridas na maioria das regiões produtoras, du-rante todo ciclo produtivo das princi-pais culturas. Os números são do 12º levantamento da safra de grãos da sa-fra 2010/11, divulgados no início de setembro.

Em relação ao resultado da pesquisa anterior, divulgado em agosto, houve aumento de 1,42 mil toneladas devido à confirmação da produtividade do mi-lho segunda safra. A alteração no va-

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

Ressaltamos, ainda, que o envio do ADA a partir do exercício 2007, é feito por meio eletrônico, via internet (ADA-web), através do sitio eletrônico do IBA-MA (www.ibama.gov.br). Já no site, basta clicar no link de Serviços On-line, informar o seu CPF (pessoa física) ou CNPJ (pessoa jurídica), senha e auten-ticar. “Para a obtenção ou recuperação de senha de acesso, deve-se recorrer ao Cadastro Técnico Federal, telefone (61) 3316-1677. No caso de dúvidas, ligar para o número indicado ou para (61) 3316-1253 ou ainda utilizar o e-mail [email protected]. Declarações retificadoras referentes ao exercício de 2011 poderão ser apresentadas até 31 de dezembro de 2011” (fonte: CNA – Con-federação Nacional da Agricultura).

No preenchimento eletrônico do ADA

ou em caso de retificação, deve-se obser-

var fielmente o que foi declarado no for-mulário do DITR, protocolizado perante a Secretaria da Receita Federal, pois as informações ali contidas devem guardar relação com as que forem prestadas no ADA, tendo em vista que, visando um maior controle administrativo das pro-priedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com a Receita Federal e o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, res-ponsáveis pelo controle e recolhimento anual do ITR.

lor total da safra ocorreu por causa da revisão da área de milho no Nordeste e das áreas de soja sub-irrigada de To-cantins e de Roraima, que tem calendá-rio semelhante ao do hemisfério Norte. Os resultados positivos compensaram a queda do feijão terceira safra e do mi-lho segunda safra na Bahia, que devido às adversidades climáticas, apresentam perdas consideráveis.

A área total cultivada no País está estimada em 49,9 milhões de hectares. A estimativa é 5,3%, ou 2,5 milhões de hectares superior à safra passada (47,4 milhões de hectares). O Centro-Sul representa 79% da área plantada de grãos. A região obteve crescimen-to de 3,3% (1,2 milhão de hectares),

passando de 38,1 milhões para 39,4 milhões de hectares, em comparação ao ciclo anterior.

O Sul do país detém 44,9% da área total (17,7 milhões de hectares); o Sudeste, 12,2% (4,7 milhões de hec-tares) e o Centro-Oeste, 42,9% (16,9 milhões de hectares). As regiões Nor-te/Nordeste respondem por 21% (10,4 milhões de hectares). No Norte/Nor-deste, foi registrado aumento de 13,5% (1,24 milhão de hectares) em relação ao ciclo agrícola anterior. Desse to-tal, a região Nordeste plantou 83,59% (8,7 milhões de hectares) e o Norte, 16,41% (1,7 milhão de hectares).

Fonte: Conab

Safra de grãos

RC

RC

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Moagem no Centro-Sul atinge 40,49 milhões de toneladas na segunda quinzena de agostoO volume de cana-de-açúcar

processado pelas unidades produtoras da região Centro-

Sul do Brasil somou 40,49 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, queda de 3,76% comparati-vamente ao mesmo período da safra 2010/2011. No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a moagem totalizou 338,14 milhões de toneladas.

O diretor técnico da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar, An-tonio de Padua Rodrigues, observa que “há cinco quinzenas o processa-mento de cana no Centro-Sul gira em torno de 40 milhões de toneladas”. Mantido esse ritmo, deveremos obser-var o término da safra em meados de novembro em grande parte da região produtora, acrescentou o executivo.

De acordo com dados apurados pelo CTC - Centro de Tecnologia Canaviei-ra, a produtividade agrícola do cana-vial colhido no Centro-Sul em agosto foi de 66,6 toneladas de cana por hec-tare, redução significativa em relação ao valor observado na mesma data de 2010 (79,4 toneladas por hectare). No acumulado desde o início da safra, a produtividade ficou em 72,4 toneladas de cana por hectare nesta safra contra 89,4 observados no último ano.

A Unica, o CTC e demais sindi-catos e associações de produtores continuarão monitorando quinzenal-mente a produção e as condições do canavial até o final da safra. “Vamos monitorar de perto as condições do canavial e, caso seja necessário, fa-remos uma nova revisão de safra,” afirma Rodrigues.

QUALIDADE DA MATÉRIA-pRIMA

Na última quinzena de agosto, a quantidade de Açúcares Totais Re-

Safra Canavieira

cuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 149,97 kg, recuperação significativa em relação aos 143,60 kg verificados nos primei-ros 15 dias daquele mês, e queda de 5,80% em relação ao valor observado no mesmo período de 2010.

No acumulado desde o início da sa-fra até 1º de setembro, a concentração de açúcares por tonelada de matéria-prima atingiu 132,64 kg, retração de 3,59% comparativamente ao índice verificado na mesma data na safra 2010/2011.

Segundo o diretor da Unica, “a re-cuperação do ATR produto foi mais expressiva que aquela observada nas análises laboratoriais utilizadas na de-terminação do ATR cana; isso ocorre porque o cálculo do ATR produto di-vulgado foi influenciado pela parada em algumas unidades produtoras”.

MIx E pRODUÇÃO DE AÇúCAR E DE ETANOL

Do volume total de cana proces-sado na segunda quinzena de agosto, 51,19% foram utilizados para a fabri-cação de açúcar. Nesse período, a pro-dução de açúcar somou 2,96 milhões

de toneladas, praticamente idêntica àquela observada no mesmo período da safra passada. Já a produção de eta-nol totalizou 1,74 bilhão de litros nos últimos quinze dias de agosto, sendo 737,03 milhões de litros de etanol anidro e 999,04 milhões de litros de hidratado.

“Apesar do anúncio de redução no nível de mistura do etanol anidro na

Antonio de Padua Rodrigues,diretor técnico da Unica

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gasolina a partir de primeiro de ou-tubro, as empresas mantiveram o ritmo de produção de etanol anidro, que cresceu 19,68% em relação ao mesmo período da safra anterior”, comentou Rodrigues.

No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol atingiu 13,77 bilhões de litros, sendo 8,54 bilhões de litros de hidratado e 5,23 bilhões de litros de etanol anidro. Já a produção de açúcar alcançou 20,38 milhões de toneladas, que-da de 9,40% em relação à safra 2010/2011.

Para o executivo da Unica, “com a quebra de safra, algumas unidades produtoras reduziram o ritmo diário de moagem para produzir açúcar ne-cessário ao cumprimento dos contra-tos assumidos anteriormente”.

VENDAS DE ETANOL

As vendas de etanol pelas uni-dades produtoras da região Centro-Sul, acumuladas de abril até 1º de setembro, somaram 9,19 bilhões de litros, 16,17% abaixo do volume

vendido no mesmo período do ano passado. Deste total, 8,33 bilhões de litros foram destinados ao mer-cado doméstico e apenas 863,09 milhões à exportação.

Do montante direcionado ao abas-tecimento doméstico, 3,17 bilhões de litros referem-se ao etanol anidro e 5,17 bilhões de litros ao hidratado.

Nos últimos 15 dias de agosto, as vendas de etanol atingiram 1,05 bilhão de litros, queda de 17,44% na comparação com o valor obser-vado em 2010 (1,27 bilhão de li-tros). Do total vendido na segunda metade do mês, 107,40 milhões de litros destinaram-se ao mercado externo e 942,90 milhões ao mer-cado doméstico.

No mercado doméstico, as ven-das de etanol anidro atingiram 332,69 milhões de litros e as de hi-dratado 610,21 milhões na segunda quinzena de agosto.

Segundo Rodrigues, “nesse ano não observamos um aumento ex-cessivo das vendas para o mercado doméstico no período de safra; em julho e agosto as vendas de etanol das unidades do Centro-Sul para o mercado interno permaneceram em torno de 1,8 bilhão de litros”. A ma-nutenção dessa tendência é impor-tante para minimizarmos o risco de aumentos abruptos de preços na en-tressafra, concluiu o executivo.

Fonte: Unica

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“General Álvaro Tavares Carmo”

Mercados Futuros Agropecuários

“Desde a colonização a agricultura é um dos maiores vetores da economia nacional, sendo hoje o agronegócio também sinônimo de tec-nologia e desenvolvimento. Agora, o Brasil se projeta como potência em agroenergia.

Nesse cenário de busca por fontes reno-váveis de energia e redução de aquecimento global, o etanol brasileiro surpreende ao se destacar nas discussões internacionais como produto eficiente, viável e competitivo. A cana-de-açúcar é uma verdadeira usina viva, pois converte energia solar em diversos bio-produtos úteis, representando oportunidades de desenvolvimento social, econômico e am-biental.

Um novo mundo precisa ser construído. Mas para se tornar realidade, governo, ini-ciativa privada e sociedade civil devem tra-balhar juntos, com planejamento e responsa-bilidade, em prol da geração sustentável dos biocombustíveis. A nossa experiência com o etanol pode ser adotada a adaptada por diver-sos países. Dessa forma estaremos democra-tizando o acesso à energia e contribuindo à paz mundial.”

(Trecho extraído da introdução do livro)

GIRALDEZ, Ricardo. Cana-de-açúcar: passado, presente e futuro no Brasil. Tra-

dução de Christiane Fada Bois. São Paulo: Núcleo Comunicação Integrada, 2009. 297 p.

ISBN 978-85-906852-1-0.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :(16)3946-3300 - Ramal 2016

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

“ O valor está nos olhos de quem vê”Solis

Cultivando a Língua Portuguesa

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Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

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1) pedro explanou o assunto com “ eloquência”.

Parabéns duplamente: escrita correta da expressão - sem o uso do trema - e pela explanação.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição), o trema não existirá mais - regra geral.

2) Maria usava uma linda blusa “cor de rosa”.

Com a escrita incorreta, segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição) o visual não agradou ninguém, em especial, a Língua Portuguesa.

O correto é: cor-de-rosa (com hífen)Dica fácil: o hífen permanece nas locuções como “cor-de-rosa”—palavras em que

o uso do hífen é consagrado.

3) pedro iniciará um curso de “auto hipnose”.

Com a escrita grafada de forma incorreta... o curso não acontecerá.O correto é: auto-hipnose.Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição): Quando o segundo elemento

inicia-se com H, em geral usa-se hífen.

“ Saudade é um pouco como fome.Só passa quando se come a presença...” - Clarice Lispector

“ ... Ela acreditava em anjo, porque acreditava e, porque acreitava, eles exis-tiam.” - Clarice Lispector

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Eventos em Outubro de 2011II SIMpóSIO MANEJO DA RESISTêNCIA A pRODU-

TOS FITOSSANITÁRIOSInício: 05/10/2011Fim: 06/10/2011Horário: 08:00 as 17:30Local: Esalq – Piracicaba - São Paulo - Endereço: Anfiteatro

do Pavilhão da Engenharia, da ESALQ/USP - Av.Pádua Dias, 11 Vagas: 200Inscrições: Profissional - R$ 200,00Estudante - R$ 50,00** É obrigatório a apresentação de comprovante para a con-

firmação da inscriçãoContato: FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de

Queiroz - Av.Centenário, 1080 - São Dimas - 13416-000 Pira-cicaba, SP

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Revista Canavieiros - Setembro de 2011

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