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    PREFEITURADA CIDADE DO RIO DE JANEIROSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAOSUBSECRETARIA DE ENSINO

    COORDENADORIA DE EDUCAO

    EEssppaaoo ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo IInnf f aanntt iill

    -- EEDDII --

    MMooddeelloo CCoonncceeiittuuaall ee EEsstt rruuttuurraa

    PREFEITURADA CIDADE DO RIO DE JANEIROSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAOGERNCIA ESPECIAL DE EDUCAO INFANTIL

    Fevereiro de 2010

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    ESPAO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL- EDI -

    I Introduo: A importncia da primeira infnciaNas ltimas dcadas, o atendimento voltado para a primeira infncia ganhou

    projeo nas discusses sobre Educao, no Brasil e no mundo. Hoje, a criana reconhecida como um sujeito de direitos, com necessidades especficas e no maiscomo um adulto em miniatura. Precisamos entender o desenvolvimento infantil nosprimeiros anos de vida sob os pontos de vista:

    Individual, do desenvolvimento fsico/orgnico (sade); individual esocial; emocional e afetivo; e cognitivo e lingstico;

    Familiar , pois a chegada da criana traz sempre mudanas na dinmicafamiliar;

    Social, pois, segundo Vygotsky, o sujeito se constitui na interao como outro, com o meio, na e pela cultura.

    Na primeira infncia, a criana desenvolve-se gradativa, mas rapidamente,adquirindo habilidades e experincias que lhe permitiro reconhecer e buscaroportunidades de aprendizagem, interaes e aes no mundo. Nessa fase seu corpo ecrebro fortemente se impulsionam e fortalecem, ampliando, numa velocidade jamaisrevivida ao longo de sua vida, sua capacidade de compreender e atuar no mundo. Ela

    aprende a andar e falar; a reconhecer a si e aos outros; a pensar e revelar seupensamento; a ter intenes e realiz-las; a se alegrar e se entristecer diante dasopes que fazem por ela e das que ela prpria faz; a observar e registrar a suaobservao; a conviver e a se retirar de situaes e assim por diante... Ampliar a suaconvivncia social apenas uma das possibilidades que iniciativas educativas nessafase podem proporcionar s crianas, independentemente de sua classe social,provenincia, possibilidades e culturas.

    Com a perspectiva da chegada da criana, comeamos a nos preparar para asua integrao no cotidiano, tanto da famlia quanto da escola e da sociedade. a

    partir da e das consecutivas demandas inerentes a essa chegada que os contextosfamiliares e sociais mudam, incorporando a contribuio que a criana nos traz e, aomesmo tempo, apresentando-a ao contexto e respectivas condies que temos parareceb-la.

    No menosprezando os importantes e fundamentais papis social, afetivo eeducativo da famlia na primeira infncia (e em todo o resto da vida da pessoa), umespao de educao infantil, alm de representar outra estrutura que acolhe ainfncia, constitui-se como importante recurso para o desenvolvimento pleno dashabilidades e capacidades de cada cidado. Na atualidade, a famlia, nas suas diversas

    configuraes, possui diferentes demandas sociais, econmicas e emocionais quepodem ser atendidas e compartilhadas com esse espao que hoje se prepara para

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    receber as crianas num ambiente organizado, rico e estimulador. Essa estrutura creche e pr-escola - traz tambm grandes impactos na vida edesenvolvimento/crescimento da criana. Os benefcios so rapidamente sentidosdurante os anos da Educao Infantil e, em especial, quando ingressa no Ensino

    Fundamental. Alm de desenvolver habilidades sociais, a criana tem a oportunidadede vivenciar, desde muito cedo, situaes de aprendizagem que fomentam suacuriosidade, criatividade e interesse pelo mundo sua volta.

    Entendendo que necessrio criar determinadas condies para odesenvolvimento e crescimento da criana nessa importante fase da vida, os espaosde Educao Infantil passam a ter uma tarefa-desafio que vai alm do cotidiano deuma escola, tal como conhecemos nos demais anos de escolaridade da EducaoBsica. Na primeira infncia, abordar as questes individuais por meio de prticas desade, sociais e educativas torna-se a essncia das nossas preocupaes.

    Preocupaes que se fazem perceptveis ao reunirmos esforos para ofereceroportunidades sociais e educativas que de fato faam a diferena para a vida de cadauma das nossas crianas.

    O atendimento primeira infncia, portanto, se sustenta em trs importantespilares: construo de interaes positivas entre crianas e crianas e adultos;oportunidades de aprendizagem adequadas e pertinentes; sade, proteo esegurana. Gozando de boa sade e de interaes positivas, a criana usufruir dasoportunidades de aprendizagem que o Espao de Desenvolvimento Infantil (EDI) lheapresentar.

    II Plano de expanso e salto de qualidade a poltica da SME para a EducaoInfantil

    Entendendo a importncia da Educao Infantil e considerando a alta demandaatual por vagas, a SME-Rio elaborou um planejamento estratgico para gerar mais 40mil vagas, sendo 30 mil vagas em creches e 10 mil vagas em pr-escola, ao longo dosprximos trs anos. A proposta desenvolver um plano de investimento robusto,chamado Espao de Desenvolvimento Infantil, que visa aumentar a rede atual e

    ampliar a qualidade do atendimento e ensino. O objetivo principal criar uma baseslida para o ensino bsico, fomentando ,assim, o sucesso das crianas em todas asetapas da vida escolar, com repercusses relevantes em seu desenvolvimento. Estaproposta se baseia nas idias de James Heckman, o qual defende que fomentar, desdecedo, o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianas tem o maior custo-benefcio. Pesquisas nacionais e internacionais mostram que frequentar um programade qualidade na EI possibilita o desempenho diferenciado no Ensino Fundamental emelhor desempenho na vida social e cultural. A SME Rio, acreditando nesseinvestimento, prope-se a desenvolver aes voltadas para as crianas de 3 meses a 5anos e 6 meses.

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    Asprincipais aes deste plano de expanso so:EDI: Espaos de Desenvolvimento Infantil cuja proposta est centrada na

    criao de unidades que abrigam tanto a creche quanto a pr-escola em um mesmoambiente fsico. Essa iniciativa possibilita a permanncia da criana em um grupo de

    colegas em uma mesma unidade durante a Educao Infantil, facilitando assim omonitoramento do seu desenvolvimento e crescimento ao longo desse percurso. Osprincipais pilares do EDI so: juno de creche e pr-escola, sala de primeirosatendimentos, biblioteca infantil e atendimento em perodo integral.

    PIC: O programa Primeira Infncia Completa PIC foi criado pela SecretariaMunicipal de Educao do Rio de Janeiro em parceria com as Secretarias Municipais de

    Assistncia Social e de Sade e Defesa Civil, para atender s crianas de 3 meses at 3

    anos e 11 meses que ainda no esto matriculadas nas creches. Ele acontecer todos

    os sbados, em creches pblicas da Cidade do Rio de Janeiro. Nesses encontrossemanais, as crianas sero acolhidas por nossos educadores e participaro de vrias

    atividades, como: artes plsticas, teatro, msica, brincadeiras e rodas de leitura. (PICPrimeira Infncia Completa Apresentao -Educao/Assistncia Social/Sade, 2009).Adicionalmente, h rodas de conversa com os pais, abordando temas diversosrelacionados ao desenvolvimento da criana, com o objetivo de fomentar a relaosaudvel entre pais e filhos. Esse programa j se encontra em andamento desdeagosto de 2009, inicialmente atuando em dez creches j existentes, uma por CRE, compreviso de expanso em 2010 para mais dez unidades. A partir do sucesso dessa

    experincia, este programa ser expandido gradualmente para toda a rede pblica.

    PROINFANTIL: O Programa de Formao Inicial para Professores em Exercciopara a Educao Infantil foi criado pelo Ministrio da Educao, em parceria com Estadose Municpios e est voltado para a formao e titulao dos professores que atuam nasinstituies de Educao Infantil, na modalidade de ensino a distncia . A SecretariaMunicipal de Educao, em parceria com os governos de Estado e Federal,implementou esse curso de formao para os Agentes Auxiliares de Creche. Este umcurso, em nvel mdio, na modalidade Normal, que proporcionar aos professores sem a

    habilitao mnima exigida pela legislao vigente e que atuam como docentes nasinstituies de educao infantil, o domnio dos contedos do Ensino Mdio e a formao

    pedaggica, necessrios para a melhoria da qualidade de sua prtica profissional (MEC,2005, pg.5). O curso conferir diploma para o exerccio da docncia na Educao Infantil.

    Orientaes Curriculares para a Educao Infantil foram desenvolvidas paraauxiliar o trabalho pedaggico com crianas em creches e pr-escolas da rede pblicada cidade do Rio de Janeiro, em atendimento por perodo parcial e/ou integral. Essedocumento tm como meta principal reforar a importncia do planejamentopedaggico, das rotinas dirias bem estruturadas e pertinentes, das atividadesdiversificadas tendo como foco as relaes entre as crianas e crianas e educadores.

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    As orientaes curriculares sero seguidas por cadernos explicativos, que serviro debase para o desenvolvimento de rotinas e atividades pertinentes ao grupo atendidonas instituies creche e pr-escola.

    Indicadores de Qualidade da Educao Infantil so necessrios para medir aqualidade do atendimento oferecido. Especificamente para monitorar odesenvolvimento da criana, ser utilizado um conjunto de indicadores objetivos,especficos por faixa etria, considerando cinco domnios: comunicao, habilidademotora ampla e fina, resoluo de problemas e habilidades sociais. A utilizao dosindicadores de qualidade se baseia na premissa de que instituies de qualidadefavorecem o desenvolvimento infantil.

    Bebelendo : Este projeto tem como foco o ambiente letrado desde a mais tenra

    idade, fortalecendo tambm os laos familiares, uma vez que incentiva a leitura eexplorao de livros com os bebs. Em 2010, esse programa ser desenvolvido em dezcreches j existentes, uma por CRE. A partir do sucesso dessa experincia, o programaser expandido gradualmente para toda a rede pblica.

    III O Espao de Desenvolvimento Infantil: objetivos, proposta, funcionamento eestrutura.

    O Espao de Desenvolvimento Infantil EDI um novo modelo pblico deatendimento primeira infncia e tem como objetivo principal realizar atendimento

    educativo s crianas entre 3 meses e 5 anos e 6 meses, por meio de uma propostapedaggica que reconhea e valide a integralidade da criana , isto , as suasnecessidades fsicas e de crescimento, psicolgicas e emocionais, educativas ecognitivas, assim como seus desejos e interesses.

    A criao do EDI se sustenta na crena de que as crianas encontraro rotina e relaes estveis entre seus pares e adultos, uma vez que podero permanecernaquele EDI por todo o perodo de sua primeira infncia. Essa relao, alm de estvel,fomentar os sentimentos de pertencimento, confiana e segurana, sentimentosesses que constituem a base do crescimento e desenvolvimento infantil saudvel .Igualmente, os pais das crianas encontraro, entre eles e com o EDI e seusprofissionais, possibilidades de novas relaes sociais, usufruindo do clima positivo criado no espao do EDI para seus filhos.

    A) Principais pilares

    1 - Sala de primeiros atendimentos : presena de agentes de sade para que oatendimento inclua primeiros socorros para situaes do dia a dia; atendimento comfins de registro e acompanhamento do crescimento/desenvolvimento das crianas;

    organizao das fichas de sade das crianas e encaminhamento quando realizadodiagnstico inicial. Suas atividades devem tambm englobar aes com os pais, com o

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    foco na instrumentalizao e empoderamento deles na sua atividade de pais eeducadores, favorecendo e fortalecendo o acompanhamento do desenvolvimento dascrianas.

    2 - Biblioteca infantil: no EDI haver biblioteca infantil cujo responsvel se encarregarde desenvolver atividades para as crianas nesse espao, assim como se envolver comas turmas de maneira a organizar, junto com os educadores infantis e professores, ocanto dos livros e atividades relacionadas leitura e dramatizao em todas as salas.A biblioteca infantil ser o recurso principal para a rotatividade de materiais em cadasala. Portanto, ela se constituir de livros de diversos tipos e assuntos, mdia(equipamentos tais como TV, DVD, mquinas fotogrficas etc.), criteriosamenteselecionados, indo ao encontro das metas educativas e pedaggicas.

    3 - Atendimento integral para crianas entre 3 meses e 5 anos e 6 meses. O horrio deatendimento de 7h15 as 17h15 totalizando 10 horas, possibilitando que as famliaspossam adequar seus horrios com o das crianas. Por exemplo, a entrada pode serfeita entre 7h15 e 9h; e a sada poder ocorrer a partir das 16h, considerando apossibilidade de atendimento em perodo parcial, em todas as faixas etrias.

    B) Proposta pedaggica

    A proposta pedaggica do EDI baseada numa rotina diria rica, equilibrada e

    variada em oportunidades e desafios que provoquem e sustentem o crescimento edesenvolvimento saudvel de todos os envolvidos adultos e crianas. Por meio deum currculo que contemple atividades e vivncias pertinentes e relevantes faixaetria , em especial as interaes, brincadeiras infantis e explorao das linguagens que acontecem na rotina diria rica, equilibrada e variada, incluindo odesenvolvimento constante de todos os momentos descritos abaixo.- individuais, de pequenos e grandes grupos;- calmos e ativos com atividades cognitivas, sociais e fsicas variadas;- atividades em sala e na rea externa;- de cuidados pessoais e alimentao;- de brincadeira livre, dilogo, reflexo e de instruo;- de atividades de explorao e descoberta;- de atividades de expresso artstica e plstica.

    C) Rotinas dirias

    No perodo da manh devem-se incluir momentos ativos e calmos, dandoprioridade s atividades cognitivas. As crianas, depois de uma noite de sono, estomais propensas a ampliar sua capacidade de concentrao e interesse em atividadesque envolvem a resoluo de problemas. interessante incluir atividades fsicas noperodo da manh tambm, observando o tempo e a intensidade de calor e sol. Operodo da tarde inicia-se com atividades calmas, trabalhando o desenvolvimento

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    criativo com atividades plsticas e artsticas, leituras individuais e em pequenosgrupos, passando para atividades externas.

    A rotina composta por momentos ativos e calmos. Os momentos ativos podemincluir: brincadeira de faz-de-conta; montagem de blocos e construo; atividades

    motoras amplas; cantar e danar; e os momentos calmos : quebra-cabeas; folhearlivros e revistas, encaixes (motor fino); escrever, desenhar, pintar, modelar argila;vivenciar experincias cientficas; assistir a filmes.

    Abaixo, apresentam-se exemplos de rotinas em creches e pr-escolas quepodem ser adaptadas de maneira a responder demanda identificada, mas aindaconsiderando a diversidade de momentos, atividades e brincadeiras que devem estarpresentes diariamente e a possibilidade de acontecerem consecutivamente:

    3 meses a 2 anos e 11 mesesHorrio Estrutura da rotina Exemplo

    7h15 7h45 Recepo das crianas edesjejum

    Compartilhar o desjejum com as crianas, conversando com elas.

    7h45 - 9h Recepo das crianas Possibilidades de interao com os pais: reconhecendo e explorando a sala; falandocom os bebes e crianas pequenas sobre o dia que est por vir.

    9h 10h Lanche Distribuindo frutas e, para bebes, papinha de fruta, dialogando com as crianas.

    10h - 10h45 Soninho para quemdeseja

    Atividade calma em sala

    Bonecos de pano, fantoches e teatrinho olhando os mbiles, descrevendo-os eressaltando seus movimentos representando a histria, msica.

    10h45 - 11h15 Momento ativo dentroe/ou fora de sala;

    Mexendo com o corpo: rolando, batendo palmas. Mexer com gua e objetos nagua

    11h15 11h40 Higiene pessoal Conversando com as crianas sobre os procedimentos

    11h40 Almoo Conversas coletivas e individuais fomentando interaes entre pares

    12h 13h30 Sono atividade calma Olhando livros e revistas; professora canta baixinho com gestos e mmicas.

    13h30 Acordando - transiode atividade calma para

    ativa

    Criando exploraes em salas; descobrindo os materiais da tarde; vendo livros.

    13h45 14h30 Momento ativoDentro e/ou fora de sala

    Empurrando carrinhos; juntando blocos; empilhando e encaixando blocos e caixas.

    14h30 15hLanche

    Momento de conversaPreparando para o lanche, distribuindo biscoitos, frutas, bolo,

    Conversar sobre a refeio, ingredientes, o que mais gostamos e no gostamos,casos sobre o tema.

    15h 15h30 Higiene, se necessrioPreparao para sair dasala

    Passeio no ptio ou outro lugar da escola. Por exemplo, o solrio comequipamentos para motor amplo.

    15h30 16h Atividade criativa Pintura de mo/dedoLpis de cera grande e grosso

    16h 16h15 Momento ativo Cantando, tocando instrumentos;Brinquedos que produzem sons.

    16h15 16h45 Jantar Conversas coletivas e individuais fomentando interaes entre pares

    16h45 17h15 SadaAtividade individual, em

    pares.

    Preparando para se despedir: organizar os pertences e a sala

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    3 anos a 5 anos e 6 mesesHorrio Estrutura da rotina Exemplo

    7h15 7h45 Recepo das crianas edesjejum

    Compartilhar o desjejum com as crianas, conversando com elas.

    7h45 9h Recepo das crianas Atividades livres, organizadas criteriosamente nos cantos e mesas dasala. Revistas, blocos, quebra-cabea e faz-de-conta.

    9h- 9h30 Lanche Crianas ajudando a preparar o lanche

    9h30- 10h30 Atividade degrande grupo ouem 2 grupos (atividade

    estruturada)

    Falando sobre as atividades que eles escolheram na entrada comregistro; preparo para sair de sala para atividade de observao.

    10h30 -11h15 Momento ativoAtividade de explorao em

    rea externa

    Explorao do ambiente para uma atividade dirigida previamentediscutida com vistas em registro

    11h15- 11h40 Higiene pessoal para o almoo Preparar para o almoo:Falar sobre o almoo trocando ideias

    11h40 12h10 Almoo Sentar com as crianas e conversar, fomentando interaes entre

    pares

    12h10 12h30 Higiene pessoal Lavar as mos e o rosto

    12h30 13h30 Atividade calma (podem ter aopo de descanso)

    Atividade criativa: pintura, massinha, argila, colagem.

    13h30 - 14h30 Atividade concentrao Jogos, domins, quebra-cabea, com parceiros e/ou sozinho.

    14h30 - 15h00 Lanche Preparando a sala para o lancheRoda de conversa em volta da mesa

    15h 15h45Momento individual e/ou

    social (que pode ser calmo ouativo)

    Cantos faz-de-conta;construo; leitura; OU reaexterna - carrinhos.

    Brincadeira livre com participao das professorasrea externa: jogos fsicos ou bicicletas

    15h45 16h15 Atividade de em pequenosgrupos

    Contao de histrias; fantoches; filmes na TV;

    16h15 16h45 Jantar Sentar com as crianas e conversar, fomentando interaes entrepares

    16h45 - 17h15 Sada Atividade individual, em pares.

    Preparando para se despedir: organizar os pertences e a sala

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    D) Atividades

    Para a implantao de uma rotina que reflita uma normalidade rica emoportunidades educativas, materiais, brinquedos e equipamentos adequados epertinentes a cada faixa etria so imprescindveis tanto em nmero (em relao aoquantitativo de crianas), quanto em qualidade e durabilidade. A rotatividade destesem sala tambm igualmente imprescindvel e deve ser feita de forma criteriosa e omais frequentemente possvel ou de acordo com a demanda. Essa freqncia deve serconstantemente avaliada, a partir das interaes das crianas com os adultos e de suasindicaes a respeito do que precisam em termos de outros materiais/brinquedos. compromisso do EDI ter como princpio educativo dispor de brinquedos e materiais pertinentes a cada faixa etria atendida, para o enriquecimento das vivncias,experincias e atividades das crianas. A brincadeira do faz-de-conta o eixo central

    da proposta do EDI para a infncia saudvel, pois expande ilimitadamente acapacidade de aprendizagem das crianas e, em particular, a sua expresso oral, baseda escrita e do processo de aquisio da leitura. Os dilogos entre seus pares e com osadultos so, dessa forma, a estratgia pedaggica mais importante na primeirainfncia.

    As salas, portanto, devem ser equipadas com materiais e brinquedos, tais como:blocos e jogos (tipo lego) de encaixe; jogos de sequncia, como, por exemplo, quebra-cabeas, domins, cartes de histrias etc.; material de arte com variedades de lpis,

    giz de cera, tinta e canetas; colas e apetrechos para colagem (como recortes de figurase animais); fantasias e roupas, sapatos, bolsas, panelinhas, pratos, talheres, telefones,chapus etc., para o canto do faz-de-conta; mbiles e instrumentos musicais parabebs, crianas pequenas e maiores; vrios tipos de papel para desenho, pintura,colagem, projetos que envolvem estruturas tridimensionais; carrinhos, bonecas,pequenos animais da fazenda, da floresta, da gua, do ar; baldes de todos ostamanhos para experincias cientficas e brincadeiras na gua e areia; pedaos detecidos para brincar de cabana, reis e rainhas e fantasias etc. As rotinas so a almado cotidiano na escola. So elas que determinam a pertinncia, natureza e frequncia

    daquilo que escolhemos para as crianas vivenciarem. Portanto, devem ser preparadascom cuidado, ateno e esmero.

    Aqui temos dicas importantes:

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    - As crianas precisam de ordem e estrutura na sua rotina, mas importante que essa ordem seja reconhecida como possibilidade de explorao e

    aquisio de conhecimento e no como uma mera ordem disciplinar.- A criana pequena gosta e precisa receber ateno e ser acolhida

    individualmente para se sentir reconhecida e valorizada. Por isso, conversar comtodas elas individualmente ou em pequenos grupos fortalece sua autoestima e

    confiana.- Conversar com as crianas e ouvi-las com pacincia so possibilidades

    importantes de expanso de vocabulrio que, por sua vez, ajudam-nas a seinteressar por aprender, investigar e explorar o mundo ao seu redor, lendo,

    escrevendo e registrando sobre seus interesses e descobertas.- O brinquedo adquire mais valor quando o adulto se envolve e ajuda a criana aressignificar a brincadeira, expandindo-a, criando situaes mais complexas para

    elas. Os contedos importantes para essa fase so extrados das observaesatentas do educador, que os identifica e os aprofunda por meio da organizao dasala e do leque de atividades e materiais/brinquedos que compem a rotina das

    crianas.

    - Converse com as crianas! Oua as crianas!Elas ficaro muito mais interessadas naquilo que voc tem a dizer quando

    percebem o interesse espontneo e verdadeiro do adulto pelo seu mundo!

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    E) Estrutura A equipe de profissionais que atuar no Espao de Desenvolvimento Infantil

    ser composta pelos seguintes profissionais e respectivas funes: Diretor gerenciar as questes de ordens pedaggicas, oramentrias

    e administrativas inerentes instituio. Diretor-adjunto apoiar, complementar e substituir o diretor na

    gerncia da instituio. Coordenador Pedaggico responsvel pela articulao e

    desenvolvimento do trabalho pedaggico de todos os grupos, desde oBerrio at a Pr-Escola.

    Professores Articuladores um em cada turno para auxiliar oCoordenador Pedaggico na articulao e desenvolvimento do trabalhopedaggico nos grupos de Berrio e Maternal, atravs da atuaodireta com os educadores e crianas.

    Professor Regente nas turmas de pr-escola, nos horrios de 7h15 a11h45 e 12h45 a 17h15.

    Agente Auxiliar de Creche seguindo o quantitativo e atribuiesdeterminados pela LEI N. 3.985 DE 8 DE ABRIL DE 2005, anexo I, nosgrupos de Berrio e Maternal. Adicionalmente, haver 1 AAC em cadaturma de pr-escola com atendimento de 10 horas, no horriointermedirio.

    Dinamizador de acervo Esta funo ser desempenhada peloCoordenador Pedaggico (ou Professor de Sala de Leitura, nasinstituies onde este profissional j atue). No EDI haver umabiblioteca infantil, que ser organizada enquanto um espao comrecursos diversos para garantir a rotatividade de materiais em cadasala. O dinamizador do acervo se encarregar de desenvolveratividades para as crianas. Do mesmo modo, se envolver com asturmas, de maneira a organizar junto com os professores articuladores,AACs, e professores regentes o canto dos livros e atividadesrelacionadas leitura e dramatizao em todas as salas .

    Professor de Educao Fsica desenvolver, em parceria com osProfessores e Agentes Auxiliares de Creche, atividades especficas decorpo e movimento, dana, psicomotricidade, jogos, entre outras, nosgrupos de Maternal e Pr-escola.

    Vale observar que essa estrutura inicial poder ser adaptada de acordo com acriao de novos cargos, como o de Educador da Primeira Infncia.

    Por fim, seguem abaixo algumas dicas de melhores prticas. Recomendamosque consultem as Orientaes Curriculares para a Educao Infantil da Cidade do Riode Janeiro para subsidiar o planejamento pedaggico de sua turma, em consonnciacom a proposta de sua instituio.

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    ,

    Diariamente, no EDI, a criana pequena deve :- ser recebida com ateno afetiva e pedaggica;

    - ter momentos coletivos, em pequenos grupos e individuais, durante a rotina escolar;- manusear materiais, brinquedos e equipamentos para exerccios fsicos;

    - vivenciar a natureza dentro ou fora da sala;-ter acesso a muitos materiais para experimentao e explorao de fenmenos;

    - brincar com materiais que desenvolvam a brincadeira de faz-de-conta de maneira rica einteressante;

    -falar e ouvir os adultos individualmente e em pequenos grupos;

    -participar de brincadeiras fsicas dentro e fora da sala/instituio;- movimentar-se na sala e na escola em busca de seus interesses e do coletivo;

    - desenhar, rabiscar, escrever, explorando graficamente e plasticamente o mundo;- ouvir, construir e contar histrias em pequenos grupos;

    - ter a possibilidade de dar continuidade aos seus projetos dentro e fora de sala;- revelar suas perspectivas pessoais; falar de si e dos outros;

    - cantar, danar, se expressar corporal e artisticamente;-receber instrues claras para atividades, em diversas reas do conhecimento;

    - receber ateno individual dos adultos, de maneira a expandir seus conhecimentos;- ter a possibilidade de propor e iniciar atividades individuais e em grupo;

    - revelar seus conhecimentos, fazer perguntas e mostrar suas dvidas.

    Diariamente, no EDI, os adultos devem:- preparar a sala, de maneira a favorecer momentos individuais e de pequenos grupos ;- programar atividades que respeitem aes individuais, de pares, de pequenos e grandes

    grupos;- interagir individualmente com cada criana pelo menos trs vezes por semana ;

    - incluir materiais diversos e suficientes para o nmero de crianas matriculadas para aquelegrupo;

    - observar atentamente o desenvolvimento das crianas ;- modificar a logstica da sala, medida que as crianas crescem e demonstram desinteresse;

    - selecionar livros que sejam apropriados para todas as crianas da sala, para compor umapequena biblioteca em sala;

    - se envolver ativamente nas brincadeiras das crianas, desenvolvendo dilogos queexpandam o vocabulrio delas ;

    - enriquecer as reas da sala com materiais que enfatizem o desenvolvimento da linguagem; - organizar a sala com os trabalhos realizados pelas crianas, com a ajuda e escolha delas; - permitir que as crianas se expressem de maneira diferenciada possibilitando revelarem

    seus pensamentos, desejos, intenes ;- dialogar com as crianas individualmente e em pequenos grupos;

    - dar nfase ao desenvolvimento do raciocnio por meio de atividades que so pertinentes erelevantes para o grupo de crianas em questo ;

    - programar atividades que vo alm do bvio e superficial.