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TRAUMA BoleTEAM SBAIT - publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado ( SBAIT) edição 12 - dezembro/2015

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Coimbra, um brasileiro sócio honorário da SBAIT e cirurgião-chefe do Sistema de Saúde da UC San Diego Medical Center, Hill-crest. Alguns autores internacionais também fizeram parte do livro, como por exemplo o Dr. Michael Rotondo, que dispensa apre-sentações. Tenho a certeza de que este livro significa a união entre os membros da sociedade que nos identifica.

Aqui cabe citar as diversas parcerias que a SBAIT possui com entidades e socieda-des internacionais. São parcerias sólidas construídas ao longo dos anos e que tra-zem frutos positivos para todos. A relação da SBAIT com a Sociedade Panamericana de Trauma (SPT) adquiriu mais força quan-do, em 2007, foi firmado convênio entre as

duas sociedades oportunizando aos sócios da SBAIT serem sócios da SPT. Este convênio fez com que a nossa Sociedade fosse respeitada e reconhe-cida nas Américas. Dentro deste contexto, é importante citar que alguns dos presidentes da SBAIT tiveram a oportunidade e competência de serem presi-dentes da SPT. Cabe lembrar que o atual presidente da SPT é o Dr. Gustavo Fraga, ex-presidente da SBAIT. Recentemente, no mês de novembro de 2015, membros atuantes da SBAIT foram convidados para participar como instruto-res do Curso DSTC em Coimbra, Portugal: Dr. José Mauro da Silva Rodrigues, Dr. Tércio De Campos e Dr. Hamilton Petry de Souza. Foi realizado, também, o oitavo Encontro Internacional de Trauma e Cirurgia de Emergência, em que novamente houve a participação dos membros da SBAIT como palestrantes. Na ocasião houve uma cerimônia em que foi firmada uma pareceria entre a Associação Lusitana de Trauma e Emergência Cirúrgica (ALTEC) e a SBAIT. Este fato foi muito marcante, pois a iniciativa veio por parte do Dr. Carlos Mes-quita, atual presidente da ALTEC.

No âmbito individual, fico honrado e satisfeito de ver muitos dos membros ati-vos da SBAIT sendo reconhecidos internacionalmente e atuando para divulgar não só o seu nome, mas a nossa Sociedade e o que ela significa. Espero que a SBAIT possa ser um meio de alavancar a importância e competência do pro-fissional que trabalha com trauma no Brasil para os diversos cantos do Mundo.

A palavra internacionalização é conceituada de muitas maneiras de acordo com a entidade na qual ela se aplica. No caso de uma sociedade médica, in-ternacionalizar é criar vínculos com outros países e suas instituições, levando e trazendo experiências das mais diversas formas. Tenho absoluta certeza de que a SBAIT tem feito a sua parte e tem cumprido o seu papel no que se refere a este tema. Temos hoje uma Sociedade reconhecida internacionalmente e que fez por merecer, pois buscou com humildade e determinação as experiências de outros países para se tornar mais sólida, servindo agora como exemplo em diversas ações. O mérito é de todos, com a participação mais ativa de alguns. Quem ganha são os sócios, aqueles que trabalham e vivem o trauma e, principalmente, a população brasileira. O trauma é uma realidade mundial e um problema de saúde pública em inúmeros países e, sendo assim, a busca da internacionalização é um dever de todos, pois um mundo globalizado não admite que fiquemos restritos às nossas fronteiras, sob o risco de estagnar-mos e não oferecermos o melhor para as vítimas de trauma.

Quando me foi solicitado para escrever sobre os aspectos relativos à inter-nacionalização da SBAIT, fiquei muito satisfeito pela oportunidade e me senti à vontade para tratar deste tema. A satisfação se deve ao fato de que hoje podemos falar sobre a SBAIT como uma sociedade que se expandiu por todo o Brasil e para fora dele.

Voltando no tempo, lembro de estar sentado na atual sede da SBAIT (que na época era muito recente) para discutir sobre o futuro da Sociedade e co-mo faríamos para organizá-la, sob o ponto de vista jurídico e administrativo. A inadimplência era grande e poucos eram os sócios. Mas o que era posi-tivo? A resposta é simples e marcante: A crença de que a doença trauma é de suma importância e de que os profissionais que trabalham nessa área necessitavam de uma sociedade ativa para representá-los e para estimular a união entre todos. Vejo hoje que o esforço de muitos valeu a pena. Temos uma SBAIT economicamente bem, organizada, com um bom número de sócios (embora ainda aquém do que gostaríamos), com reconhecimento em várias instituições médicas e governamentais do Brasil e, consequentemente, com abrangência internacional. Para chegarmos até aqui, sob o ponto de vista da internacionalização, foram várias ações no decorrer dos anos, das quais cito algumas a seguir:

Os Congressos da SBAIT, desde os seus primórdios, sempre se carac-terizaram pela presença de convidados internacionais de destaque na área do trauma e da cirurgia do trauma. Muitos desses profissionais até hoje são nossos convidados e demonstram respeito e admiração pela Sociedade. Em 2008 a SBAIT realizou em Campinas o seu VIII Congresso juntamente com o XXI Congresso Panamericano de Trauma. Este evento foi um marco para todos nós. Tivemos um grande número de convidados internacionais de di-versos países. O nível científico do Congresso foi muito alto e a recepção a estes convidados foi excepcional. Os elogios foram muitos e o reconhecimento internacional da SBAIT passou a ser uma realidade. Em 2012 tivemos outro marco que elevou ainda mais o reconhecimento internacional da SBAIT. Falo aqui do I Congresso Mundial de Trauma, no Rio de Janeiro. O evento certificou a capacidade dos profissionais que atuam em trauma no Brasil de fazerem um evento do mais alto nível. Foi, na minha modesta opinião, a consagração da SBAIT como sociedade que nos representa. Em abril deste ano foi reali-zado em Campinas a II Reunião Íbero-Afro- Americana de Trauma e Cirurgia de Emergência, evento de alto nível que reuniu profissionais de diversos pa-íses. Vejo, nos dias atuais, uma participação intensa da SBAIT em todos os congressos e eventos internacionais de trauma, nos diversos continentes, em que a nossa Sociedade passou a ser convidada, fato que demonstra o reco-nhecimento além das nossas fronteiras.

No âmbito da educação continuada na área de trauma, a SBAIT tem atuado de forma intensa na promoção, organização e divulgação de diversos cursos. Vale lembrar, também, do programa P.A.R.T.Y. (Prevenção do Risco de Trauma Relacionado ao Uso de Álcool). Este programa foi desenvolvido no Hospital Sunnybrook – Canadá e implantado no Brasil também por iniciativa da SBAIT e de seu atual diretor, o Dr. Sandro Scarpelini, visando alertar o público jovem no que se refere ao trauma, principalmente em relação ao uso de bebidas alcoólicas e direção.

Recentemente foi lançado o livro Doença Trauma: Fisiopatogenia, Desafios e Aplicação Prática, do qual tenho a honra de ser um dos editores juntamen-te com o Dr. Hamilton Petry de Souza e Dr. Daniel Weiss Vilhordo, em que os autores são membros da SBAIT. Neste livro o editor internacional é o Dr. Raul

Editorial

ExpEdiEntE Presidente: Sandro Scarpelini (SP)1º Vice-Presidente: José Mauro da Silva Rodrigues (SP) 2º Vice-Presidente: Ricardo Breigeiron (RS)Secretário Geral: Tércio De Campos (SP)1º Secretário: Bruno Vaz de Melo (RJ)2º Secretário: Amauri Clemente da Rocha (AL)1º Tesoureiro: Daniel Souza Lima (CE)2º Tesoureiro: Marco Aurelio Serruya (AP)

Comitê Pré-Hospitalar: Rodrigo Caselli Belém (DF)Comitê Ligas do Trauma: Marcus Vinícius Gonçalves (BA)Comitê de Educação: Diogo Valério Garcia (SP)Comitê de Desastres: Josiene Germano (SP)Comitê de Qualidade e Registro de Trauma: Paulo Roberto Carreiro (MG)Comitê de Prevenção: Gustavo Pereira Fraga (SP)Conselho Consultivo e Fiscal: George Hamilton Siqueira Alves (RO); Hamilton Petry de Souza (RS); Luiz Carlos von Bahten (PR); Pedro de Almeida Araújo (SC); Rodrigo Andrade Vaz de Melo (RJ).

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AO TRAUMATIZADO

Secretária: Nancy Job ([email protected])Comunicação Digital: CRM Media ([email protected])Assessoria de Imprensa: Capovilla Comunicação ([email protected])Web Design: Infosafe ([email protected])Contabilidade: Consuport

Internacionalização da SBAIT

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Ricardo Breigeiron2º Vice-Presidente SBAIT

Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado - www.sbait.org.br - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278, 6º andar - Bela Vista - São Paulo - SP CEP 01318-901 - Fone/Fax (11) 3188 4558 - Horário de funcionamento: de segunda a sexta feira, das 12h00 às 18h00.

Tiragem: 800 exemplares

Redação TRAUMA BoleTEAM: Cristiane Regina da Silva Manzotti e Patrícia CapovillaJornalista Responsável: Patrícia Capovilla (MTb 31.445)Edição de Arte: Karina Brito – Proteção Publicações LtdaCapa: www.sxc.hu

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O XXVIII Congresso Pan-americano de Trauma reuniu cerca de 1000 pessoas, do mundo todo, para discutir as últimas

tendências mundiais sobre Trauma. O evento, que aconteceu na Bolívia entre os dias 10 e 14 de novembro, tinha 80 convidados internacio-nais de 19 países, entre eles, 33 brasileiros que participaram como palestrantes e em bancas avaliadoras.

O P.A.R.T.Y. (Prevenção do Risco de Trauma Relacionado ao Uso de Álcool na Juventude), programa implantado pela SBAIT, e as expe-riências das Ligas do Trauma de Campinas e São Paulo foram alguns dos temas abordados pelos brasileiros no congresso.

No primeiro dia do evento, o cirurgião Luis Quiroga, presidente da Sociedade Boliviana de Cirurgia, falou sobre o Trauma na Bolívia, que representa uma das principais causas de mortes no país, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em 2007. Os números apontam que as mulheres em idade reprodutiva as maiores vítimas. A sessão interativa “Norte vs Sul” e “América vs Europa” reuniu cirurgiões dessas regiões em uma rica discussão de cases. A programação científica aconteceu em quatro salas simultâneas.

Para Sandro Scarpelini, presidente da SBAIT, o Congresso Pan-americano de Trauma é muito importante, pois é um momento em que a SBAIT reúne-se com todas as outras sociedades das Américas, trocando experiên-cias e expandindo os contatos internacionais. “Isso nos proporciona oportunidades de inter-câmbio e estágio para médicos, residentes e estudantes brasileiros em outros países”, diz. “Também aproveitamos a reunião de colegas de vários países para discutimos o desen-volvimento de protocolos, sempre com uma grande troca de conhecimento para todos”, reforça Scarpelini.

O presidente da SPT (Sociedade Pan-Ame-ricana de Trauma), Gustavo P. Frega, explica que esta foi a primeira vez que o congresso foi realizado na Bolívia, um país que tem um índice de violência muito alto, muitos óbitos no trânsito e que também precisa organizar um Sistema de Trauma. “A expectativa é que esse congresso ajude os médicos locais a desenvolverem as questões de educação em Trauma , tanto na área de graduação, para estudantes de medicina, enfermagem e outras áreas, quanto nas questões de residência médica e também de auxílio aos cirurgiões que atuam nos hospitais, além de ajudar a organizar os sistemas de trauma para melhorar o atendimento aos doentes vítimas de trauma”, ressalta.

intErnacional

SBAIT participa do XXVIII Congresso Pan-americano de Trauma, na BolíviaEvento, que aconteceu entre 10 e 14 de novembro, reuniu profissionais de 19 países

O evento, realizado pela SPT e pela Socie-dade Boliviana do Trauma – capítulo Santa Cruz, recebeu médicos do Truma, cirurgiões, ortopedistas, neurocirurgiões, emergencistas, estudantes, profissionais de enfermagem e pré-hospitalar.

O XXIX Congresso Pan-americano do Trau-ma será realizado de 8 a 12 de novembro de 2016, no Brasil, na cidade de Maceió (AL), jun-to com o XII Congresso da SBAIT e XVIII CoLT (Congresso Brasileiro das Ligas de Trauma).

Congresso reuniu cerca de mil participantes

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Quatro brasileiros foram premiados o se-gundo dia do XXVIII Congresso Pan-america-no de Trauma. Os trabalhos foram apresenta-dos no evento e premiados pela Sociedade Pan-Americana do Trauma e pelo International Trauma and Divisor Institute.

Os brasileiros premiados são: Dr. Romeu Lages Simões – Unicamp

(Universidade Estadual de Campinas) - com o trabalho ”Education on Advanced Medical Disaster Response (ADMR): A Course Initial

Brasileiros estão entre os premiados no Congresso Experience in Brazil” , recebeu dois prêmios: “Scholarship” de melhor trabalho e 3º lugar na competição de apresentação oral na ca-tegoria residente. Juliano Ardigó Lopes, estudante de

medicina da PUC/PR, recebeu o 3º lugar na competição das apresentações orais de mi-ni-poster, com o trabalho “Shame on me”: male patients are more Violated During Ini-tial tratament”. A enfermeira Ane Karoline Silva Bon-

fim (USP) foi premiada na competição de apresenta-ções orais de mini-poster com o trabalho “Bebida alcoólica e direção veicular: impacto da “Lei Seca” na gravidade e mortalidade das vítimas de acidentes de trânsito”. O fisioterapeuta Cauê

Padovani (São Paulo/SP) foi premiado por seu traba-lho “Fisioterapia nos pacien-tes politraumatizados graves: elaboração de um modelo de assistência terapêutica”.Brasileiros premiados durante o XXVIII Congresso Panamericano de Trauma

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Mesa de abertura , com Dr Gustavo P. Fraga, presidente da SPT

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Dr Sandro Scarpelini, presidente SBAIT, convida para o próximo Congresso Panamericano, no Brasil em 2016

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planEjamEnto

A diretoria da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado), gestão 2015-2016, esteve reunida em 26 de setembro, na cidade de Sorocaba (SP), para

2016.Estiveram presentes Sandro Scarpelini

(presidente), José Mauro Rodrigues (1º vice--presidente), Ricardo Bregeiron (2º vice-presi-dente), Tércio de Campos (Secretário Geral), Amauri Clemente da Rocha (2º secretário), Diogo Garcia (Comitê de Educação), Gus-tavo Fraga (Comitê de Prevenção), Josiene Germano (Comitê de Desastres), Paulo Klein (Comitê das Ligas do Trauma), Marcelo Ribei-ro e Carlos Roberto Naufel.

Diretoria da SBAIT se reúne para discutir novas ações

SBAIT participa da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito

A 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, realizada em Brasília (DF) entre os dias 18 e 19 de novembro, reuniu mais de 2.000 participantes, de 100 países, para avaliar o andamento do compromisso de reduzir as mortes no trânsito, assumido com a Organização Mundial da Saúde, em 2011. A SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado) esteve represen-tada por seu vice-presidente, José Mauro da Silva Rodrigues.

O evento contou com a participação de ministros, delegados dos países signatários, gestores municipais, estaduais e federais, representantes de organizações não gover-namentais, representantes das universidades

Membros da SBAIT participam de reunião em Sorocaba (SP)

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O Seminário “URBANIDADE – Por uma Mobilidade Segura”, que aconteceu em Brasília no dia 3 de novembro, promoveu a discussão do cenário atual do trânsito brasileiro dentro dos eixos de atuação pro-postos pela ONU (Organização das Nações Unidas) e também pelo Plano Nacional de Redução de Acidentes, visando alcançar as metas da Década de Ação para Seguran-ça no Trânsito 2011-2020, que é de reduzir em 50% as mortes decorrentes do trânsito.

O coordenador do Comitê de Prevenção da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendi-mento Integrado), Gustavo P. Fraga, partici-pou do evento como coordenador do Painel Saúde, que discutiu as dificuldades enfren-tadas em todas as etapas do pós-acidente: o atendimento pré-hospitalar, o atendimento hospitalar e a reabilitação, abordando tam-bém as políticas de prevenção, que evita-riam o agravamento desse cenário.

Seminário discute cenário atual

Dr Gustavo P. Fraga, entre os participantes do Painel “Saúde”

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Entre os assuntos discutidos, está a implantação de dois anos de residência em Cirurgia do Trauma

e de sociedades que atuam na prevenção e no atendimento às vitimas do trânsito, como a SBAIT.

Organizações não governamentais de diver-sos países apresentaram suas iniciativas em reuniões paralelas e em estandes. O ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária) participou do evento e divulgou sua parceria com a SBAIT em seu estande.

O evento permitiu, ainda, estreitar a parceria da SBAIT com entidades como a Organização Mundial de Resgate, além do próprio ONSV. Juntos, seus representantes traçaram estraté-gias e ações futuras.

Durante o encontro, foi lançada a “De-claração de Brasília sobre a Segurança no Trânsito”,que orienta as ações até o final da Década de Ação para Segurança no Trânsito das Nações Unidas (2011-2020).

Apesar de melhorias na segurança no trânsito, cerca de 1,25 milhão de pessoas no mundo ainda morrem no trânsito a cada ano. Quase a metade (49%) de todos os mortos no trânsito são pedestres, ciclistas e motoci-clistas. Essa é a principal causa de óbitos na faixa etária dos 15 aos 29 anos.

discutir as novas ações da entidade. Entre os assuntos em pauta, estavam a Gemina-ção com a ALTEC – LATES: Associação Lu-sitana de Trauma e Emergência Cirúrgica, a

estratégia para a implantação de dois anos de re-sidência em Ci-rurgia do Trau-ma, recursos fi-nanceiros para os capítulos e a programação para os próxi-mos congressos da SBAIT e da SPT (Socieda-de Pan-america-na do Trauma), que acontecem em Maceió (AL), em novembro de

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Médico, que tem mais de 25 anos de experiência, é uma das grandes referências mundiais da área

Em dEstaquE

O membro honorário da SBAIT, Raul Coimbra, MD, PhD, FACS atua como cirurgião-chefe do Sistema de Saúde da UC San Diego Medical Center, Hillcrest Campus, onde também é chefe da Divisão de Trauma ,Queimadura e Cuidado Intensivo Cirúrgico e diretor do Centro

de Trauma nível 1. Professor de Cirurgia na UC San Diego School of Medicine, graduou-se na Escola de Medicina da Santa Casa de São Paulo e completou sua formação de residência em Cirurgia Geral e Vascular Periférica no Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo. Com mais de 400 publicações e diversas premiações, também é vice- presidente do American College of Surgeons Committee on Trauma e diretor-executivo e presidente da WCTC (World Coalition for Trauma Care).

EntrEvista - prof. dr raul coimBra

Um dos objetivos da WCTC é aumentar a conscientização sobre o Trauma, como doença, no mundo. Em que ponto estamos neste proces-so? Ainda falta muita coisa a fazer ou já evoluí-mos bastante?

A World Coalition for Trauma Care é uma coa-lizão de sociedades de trauma internacionais que tem por objetivo não só aumentar a conscientiza-ção sobre trauma como uma doença epidêmi-ca e importante na esfera da saúde pública, mas também educar e promover a discussão científica através do congresso mundial de trauma a cada dois anos. Recentemente, colocamos à disposi-ção de todos no website da coalizão (www.world-coalition-trauma -care.org) listas de oportunida-des de treinamento e colaboração em pesquisa clínica e experimental em todo o mundo. Esta foi uma iniciativa importante que só pudemos realizar com o suporte das sociedades participantes que distribuíram um questionário aos seus membros para sabermos onde essas oportunidades inter-nacionais são oferecidas. Obviamente há ainda muito a ser feito, mas acreditamos que a WCTC seja um veículo viável de participação, comunica-ção e disseminação de informações, discussões e aprendizado na área. Começamos pequenos, mas estamos crescendo rapidamente.

Ainda sobre a conscientização do Trauma co-

mo doença, o senhor poderia fazer uma análise do Brasil neste sentido?

A conscientização no Brasil avançou bastante nas últimas duas ou três décadas, principalmen-te em função da importância que o trauma tem recebido das sociedades de especialidade e dos serviços acadêmicos. Cursos ATLS, criação de disciplinas específicas de Cirurgia do Trauma no curso de graduação das escolas médicas, criação das ligas do trauma e ênfase em trauma e cirur-gia de emergência em programas de residência em cirurgia constituem avanços importantes. In-felizmente, o aumento da conscientização ficou restrito, na sua maior parte, à área acadêmica. A conscientização da sociedade como um todo de que trauma é uma doença como qualquer outra e não um acidente como muitos pensam, não evo-luiu na mesma proporção. A conscientização do público e dos políticos que gerenciam e controlam o sistema de saúde ficou para trás.

A prevenção é, sem dúvida, um dos principais

desafios na área de Trauma. Como podemos fa-zer para que o mundo entenda isso? Que tipos de

políticas públicas poderiam ser implantados para que casos de trauma fossem evitados?

Como eu disse anteriormente, nós,dentro das ins-tituições acadêmicas, falhamos em não levar para fora da universidade e das sociedades profissionais médicas o conceito de que o trauma é uma doença potencialmente prevenível. Perdemos uma grande oportunidade de colaborar com colegas da área de saúde pública para podermos influenciar o desenvol-vimento de políticas de saúde que incluam o trauma. Medidas de prevenção de doenças só são efetivas quando fazem parte integral de políticas de saúde pública mais abrangentes. Se a sociedade não reco-nhece o trauma como uma doença, como um proble-ma importante de saúde pública, como implementar medidas de prevenção? As iniciativas de prevenção têm sido isoladas, “anêmicas” e limitadas geografi-camente. Com exceção do uso mandatório do cinto de segurança, tolerância zero contra dirigir embria-gado, a melhoria das rodovias e o uso de tecnologia nos automóveis (airbags), muito pouco tem sido feito.

Qual a importância das alianças internacionais,

como a existente entre a SBAIT e a WCTC, para o Trauma?

A importância de fazer parte de uma coalizão mundial para sociedades locais, de países ou regi-ões específicas, é a conectividade. Saber o que ou-tros grupos estão fazendo no mundo pode ajudar localmente. Nãoprecisamos, muitas vezes, criar ou inventar nada, pois outros já testaram as iniciativas e até já as implementaram com sucesso. Quando os recursos são limitados, aprender com a experiência dos outros é muito importante. A WCTC cria a opor-tunidade de podermos nos comunicar com colegas de outros países e tirar vantagem das experiências de outros locais.

O Brasil ainda não tem um Sistema de Trauma.

Este é um grande desafio para evoluirmos na pre-venção e no tratamento da doença. Qual a impor-tância de se implantar um Sistema de Trauma? Hoje, quais países poderiam ser considerados modelos nesses sistemas?

Infelizmente, ainda existe muita diversidade nas estratégias e políticas de saúde dirigidas ao trauma no mundo. Colocando de forma simples, há muitos países onde não há nenhuma iniciativa e o trauma pertence à página policial dos jornais e não ao ca-derno de saúde. Outros reconhecem a importância do problema e tentam se organizar desenvolvendo sistemas de transporte pré-hospitalar e investindo em equipes médicas em hospitais maiores, melho-

res equipados, geralmente hospitais públicos ou universitários. Essa é a situação atual do Brasil. Teoricamente, dois componentes de um sistema de trauma (pré-hospitalar e hospitalar) já existem, porém de forma “embrionária” no componente hospitalar, uma vez que não existe regulação ,ve-rificação ou certificação para centros de trauma. E há um terceiro grupo de países que já tem sis-temas desenvolvidos cobrindo grandes áreas ou que estão em fase avançada de desenvolvimen-to, com os Estados Unidos, Canadá, Reino Uni-do, e Alemanha. Iniciativas importantes também ocorreram recentemente no Japão e na Coréia do Sul. A importância do sistema de trauma está no fato de que se mede aquilo que se faz em termos de eficiência, custos e qualidade. As informações são coletadas de forma sistemática (registros de trauma) e utilizadas para controle de qualidade e implementação de medidas corretivas quando problemas são identificados.

Em 2016, a Índia vai sediar o Congresso Mun-

dial do Trauma. A primeira edição foi no Brasil, em 2012, por iniciativa da SBAIT. A segunda edição aconteceu na Alemanha, em 2014. O senhor po-deria fazer uma análise sobre a importância deste evento para o Trauma?

O Congresso Mundial de Trauma é um dos pro-dutos da WCTC. Trata-se de um fórum para discus-são da doença trauma em todos os seus aspec-tos, de uma forma global, em um fórum global.O WTC é uma grande oportunidade para trazermos o mundo para dentro de um centro de convenções a fim de compartilharmos experiências, desenvolver-mos parcerias, colaborar em pesquisa e preven-ção, e também discutirmos sobre os avanços no tratamento clínico e cirúrgico da doença. Estamos excitados não só com a oportunidade de irmos à Nova Deli, na Índia, de 17 a 20 de agosto de 2016, mas também com o fato de que os próximos dois congressos, em 2018 (San Diego) e 2020 (Brisba-ne), já estão sendo planejados.

Raul Coimbra destaca a prevenção ao Trauma

Dr Raul Coimbra

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Os membros honorários da SBAIT (Socie-dade Brasileira de Atendimento Integrado ao

Membros honorários da SBAIT são vencedores do Prêmio Trauma 2015

Traumatizado) Ronald V. Maier e Raul Coimbra, estão entre os vencedores do Prêmio Trauma

2015, organizado pelo Colégio America-no de Cirurgiões. A entrega dos prêmios aconteceu no dia 5 de outubro, durante jantar do Comitê do Trauma da entidade.

Ronald V. Maier, MD, FACS recebeu o 2015 National Safety Council Surgeons’ Award for Safety, em reconhecimento a uma carreira de destaque e liderança vi-sionária dedicada à prevenção de lesões, regionalização do atendimento ao trauma, pesquisa inovadora em trauma e por seu compromisso de vida para o atendimento de pacientes de trauma.

Raul Coimbra, MD, PhD, FACS recebeu o Prêmio Meritorious Achievement. Ele foi

Raul Coimbra, (centro) com Leonard Weireter, atual vice-presidente do ACS COT e presidente do ACS RCOT ( esq.) e Ronald Stewart, (dir.)

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Ronald V. Maier, MD, FACS (centro) com ,Grace S. Rozycki, MD, MBA, presidente AAST ( esq.) e Ronald Stewart, MD, FACS (dir.)

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GEminação

A SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendi-mento Integrado ao Trumatizado) e a ALTEC (Associação Lusitana de Trauma e Emergência Cirúrgica) celebraram a geminação entre as duas entidades, no dia 13 de novembro, em Portugal. A cerimônia ocorreu durante o 8º Encontro Internacional de Trauma e Cirurgia de Emergência, realizado de 7 a 18 de novembro em Viseu e Coimbra, em comemoração aos 10 anos da ALTEC.

Durante o Encontro, vários cursos foram realizados. Um deles, o DSTC ( Definitive Surgical Trauma Care), recebeu 32 alunos de vários países, incluindo Holanda, Noruega e Inglaterra, assim como instrutores de várias partes do mundo, entre eles, Hamilton Petry, José Mauro Rodrigues e Tércio de Campos, representantes da SBAIT .

A parceria da SBAIT com a ALTEC é importan-te para incrementar os cursos de capacitação profissional, que passam a contar com um corpo de instrutores de ambos os países, com-prometidos com os mesmos objetivos e com agendas que não concorrem entre si, além de internacionalizar as duas sociedades.

De acordo com Rodrigues, vice-presidente da SBAIT, para a entidade brasileira, fica es-tabelecida uma âncora na União Européia, da qual Portugal faz parte. Para a ALTEC, há au-mento do número de associados de língua por-tuguesa, o que amplia o espaço da lusofonia.

Aliança entre SBAIT e ALTEC é oficializada durante cerimônia em Portugal

Oficialização da aliança SBAIT - ALTEC

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Bolo em comemoração à Geminação ALTEC -SBAIT

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homenageado por suas contribuições relevan-tes aos ACS Regional Committees on Trauma (ACS RCOT), durante seu mandato como o vice-presidente da ACS COT e Presidente da ACS RCOT.

Dr. Hamilton Petry, Dr .José Mauro Rodrigues e Dr. Tércio de Campos, representando a SBAIT no Encontro

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PARCERIAS INTERNACIONAIS MELHORAM O TRAUMA NO BRASIL

sEm frontEiras

Congressos com grandes especialistas internacionais em Trauma, cursos de qualidade e intercâmbio de médicos brasileiros em países desenvolvidos estão entre as conquistas

O empenho da SBAIT (Sociedade Bra-sileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado) em fechar parcerias

com instituições internacionais está abrindo novos e importantes caminhos para o Trauma no Brasil. A participação de grandes referên-cias internacionais em Trauma nos eventos rea-lizados por aqui, o crescimento da participação dos profissionais brasileiros em congressos no Exterior e a facilidade para o intercâmbio de médicos brasileiros em Países referência no Trauma são algumas das conquistas dessas ações. Paralelamente a um sistema de saúde pública que apresenta tantas deficiências, as iniciativas da Sociedade têm permitido que muitos pacientes sejam atendidos por médicos altamente capacitados e treinados.

“Os relacionamentos internacionais têm tra-zido grande aprendizado para os associados SBAIT e a abertura de novos horizontes. Além das oportunidades criadas através de even-tos, o intercâmbio tem sido frequente, com a aceitação de médicos brasileiros para está-gio em instituições da Europa e América do Norte. Exemplos têm se repetido em Miami, San Diego, Toronto, Coimbra e Porto”, afirma o presidente da SBAIT, Sandro Scarpelini. “Na prática, nossos profissionais passam a ter uma chance ímpar de se manter atualizados e de trazer novas práticas para o dia a dia do aten-dimento ao traumatizado”, explica Scarpelini.

Um bom exemplo desse treinamento de qualidade, que, inclusive, pode ser feito aqui no Brasil, são os cursos DSTC (Cuidados Ci-rúrgicos Definitivos em Trauma), ministrados graças a uma parceria entre a SBAIT e a IAT-SIC (Associação Internacional de Cirurgia do Trauma e Terapia Intensiva). O curso já permitiu que mais de 400 cirurgiões brasileiros tivessem contato com novas técnicas de abordagem ci-rúrgica do Trauma.

A realização de eventos no Brasil, com gran-des nomes mundiais do Trauma, é outro fator que facilita o acesso do médico brasileiro às discussões mais atuais da doença em todo o mundo. Através da parceria com a SPT (Socie-dade Pan-Americana do Trauma), o Brasil vai

Grandes referências do Trauma, como o médico Antonio Marttos, ministram palestras no Brasil

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sediar a próxima edição do Congresso da So-ciedade Pan-Americana do Trauma, que acon-tece entre os dias 8 e 12 de novembro de 2016, em Maceió (AL), paralelamente ao Congresso da SBAIT e ao CoLT (Congresso Brasileiro das Ligas de Trauma). Em 2017, também será rea-

lizado por aqui, na cidade de Campinas (SP), o 4º Congresso Mundial de Cirurgia de Emer-gência, em parceria com a WSES (Sociedade Mundial de Cirurgia de Emergência).

As ações não param por aí. Em outubro, também foi formalizada a parceria com a AL-

II RIAATCE realizada pela SBAIT em 2015 no Brasil, reuniu 19 professores internacionais

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As entidades parceiras da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado) têm atuação em várias partes do mundo. Todas atuam na área do Trauma, sempre com o objetivo de desenvolver estudos, pesquisas e diretrizes para melhorar o atendimento ao traumatizado. Conheça um pouco cada uma de nossas parceiras:

Entidades parceiras têm atuação em várias partes do mundo

Scarpelini participa de Congresso Pan-Americano de Trauma, na Bolívia

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Sociedade Pan-americana do TraumaFundada oficialmente em 1986, em Bogo-

tá, na Colômbia, tem como objetivo melhorar a gestão dos pacientes de trauma entre os países latino-americanos. Possui várias comissões e comitês que atuam no desen-volvimento de diretrizes para que a gestão do Trauma e a facilitação de intercâmbio de ideias e comunicação entre os membros. É considerada uma associação base, que dá apoio e suporte às sociedades locais da área. O site é www.panamtrauma.org

WCTCA World Coalition Trauma Care (Coalizão

Mundial de Cuidados de Trauma) foi criada durante o 1º Congresso Mundial de Trauma, realizado pela SBAITno Rio de Janeiro, em agosto de 2012. Um de seus principais obje-tivos é aumentar a consciência da importân-cia do Trauma como uma doença em todo o mundo, além de promover a educação sobre o assunto em todos os níveis, participar no desenvolvimento de Sistemas de Trauma e promover o Congresso Mundial de Trauma como seu local científico. O site é www.world-coalition-trauma-care.org

WSACS A The Abdominal Compartment Society

(Sociedade do Compartimento Abdominal)

Fundada em 2005, ela atua no campo da educação em trauma e cirurgia de emergên-cia. É representada no Grupo de Trabalho para a Formação em Cirurgia de Emergência (GTFCE) da Ordem dos Médicos (OM) e membro institucional da European Society for Trauma and Emergency Surgery (ESTES). O site é www.altec-lates.pt

ESTES A European Society for Trauma & Emer-

gency Surgery (Sociedade Européia de Cirurgia de Emergência e Trauma) atua, principalmente, na promoção do interesse, conhecimento e qualidade de atendimento em cirurgia de emergência e trauma. Pro-move as melhores práticas de cirurgia de emergência e trauma e no atendimento pré--hospitalar. A entidade realiza, anualmente, o Congresso Europeu de Trauma e Cirurgia de Emergência. Também fornece suporte prático através de subvenções e bolsas. O site é www.estesonline.org

IATSIC A International Association for Trauma

Surgery and Intensive Care (Associação Internacional para a Cirurgia do Trauma e Terapia Intensiva) é composta por cirurgiões de trauma, cirurgiões, cirurgiões de emer-gência de cuidados agudos, anestesistas e intensivistas de todos os cantos do mundo. A IATSIC está, principalmente, envolvida nas atividades que promovam a comunicação, educação e sensibilização em atendimento ao trauma, internacionalmente. O site é www.iatsic.org/index.html

foi fundada em 2004 por um grupo de médicos internacionais e cirurgiões que reconheceram a necessidade de uma abordagem coerente para a promoção da investigação, o fomento da educação e a melhoria da sobrevida de pacientes com hipertensão intra-abdominal (IAH) e síndrome / ou compartimento abdo-minal (ACS). O site é www.wsacs.org

WSESFundada em 2007, a World Society of

Emergency Surgery (Sociedade Mundial de Cirurgua de Emergência) promove a formação e a educação médica continuada em cirurgia de emergência, cirurgia do trauma e em áre-as relacionadas, através da organização de encontros acadêmicos e cursos práticos em uma base regular. Também atua na área de pesquisa clínica e básica e aplica protocolos, utilizando as melhores práticas médicas para diagnóstico e tratamento de pacientes de emergência cirúrgica e trauma. A entidade ainda atua na facilitação e no intercâmbio de informações e networking para incentivar in-terdisciplinaridade com essas especialidades que se relacionam com trauma e cirurgia de emergência. O site é www.wses.org.uk

ALTEC A Associação Lusitana de Trauma e Emer-

gência Cirúrgica, com sede em Coimbra, Portugal, é a mais nova parceira da SBAIT.

TEC (Associação Lusitana de Trauma e Emer-gência Cirúrgica). “Nossos irmãos portugue-ses, que há muito colaboram com nossos eventos e cursos, passam a nos considerar como associados em sua sociedade e vice-versa. A porta do intercâmbio, que já estava aberta, passa a ser mais consistente e pere-ne”, reforça Scarpelini.

Tudo isso coloca a SBAIT em uma posição de destaque no Trauma mundial. Um marco deste reconhecimento foi o I Congresso Mun-dial do Trauma, que a entidade realizou no Rio de Janeiro em 2012 e reuniu mais de quatro mil profissionais. “Na ocasião, a SBAIT mos-trou um poder de mobilização até então desco-nhecido pela maioria dos profissionais da área no exterior”, destaca Scarpelini. Os resultados foram tão positivos que a segunda edição do evento foi realizada em 2014 na Alemanha e a terceira acontecerá na Índia, em 2016.

A SBAIT ainda tem planos mais ousados. Ela quer avançar mais, e não apenas com foco nos países desenvolvidos, com quem podemos aprender, mas também nos países que estão em uma posição desfavorável em relação ao Brasil. “Nós queremos ajudar os países da Amé-rica Latina, África e outras regiões mais pobres a conseguirem trilhar um caminho semelhante ao nosso. A ideia de internacionalização não deve ser feita apenas em um sentido, mas sempre com a visão de uma coalizão global em prol das vítimas do Trauma”, ressalta o presidente da SBAIT. “O mundo é complexo e temos muitas regiões que não possuem nem mesmo ambu-lâncias ou salas cirúrgicas. O importante é es-tarmos sempre caminhando e tentando deixar nossa colaboração para as gerações futuras. Cada so ciedade, cada gestão, cada indivíduo, enfim, todos precisam deixar sua contribuição”, finaliza Scarpelini.

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má notícia

Trânsito Brasileiro está entre os mais violentos do mundo

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou, no dia 19 de outubro, o rela-tório “Situação Global sobre Seguran-

ça Rodoviária 2015”, com informações sobre a mortalidade no trânsito em 180 países. Em todo o mundo, de acordo com o relatório, são registradas 1,25 milhões de mortes por ano no trânsito. Entre as vítimas, 23% são motociclis-tas, 22% são pedestres e 4% são ciclistas. As taxas de mortalidade mais elevadas são em países de baixa renda, como o Brasil, que aparece na 56ª posição do ranking.

No Brasil, em dez anos, a taxa de mortali-dade nas vias passou de 18,7 para 23,4 para cada 100 mil habitantes, índice próximo ao re-gistrado nos países africanos, considerados os mais letais no trânsito, com uma média de 26,6 vítimas para cada 100 mil habitantes.

O estudo destaca o Brasil como um dos países que mais tem leis de trânsito, mas que elas não têm sido suficientes para inibir atos de imprudência. Em um ranking de 180

países, o Brasil aparece na 56ª posição. Nas Américas, o Brasil está atrás somente da República Dominicana e Belize.

O relatório apresenta a si-tuação da segurança rodovi-ária em nível mundial, desta-cando as lacunas e as me-didas necessárias para me-lhorias, sempre visando atin-gir a meta de reduzir para metade o número global de mortes e lesões causadas por ocorrências de trânsito em 2020, de acordo com a Década de Ação pela Segu-rança no Trânsito. O relatório pode ser acessado pelo link: http://www.who.int/violence_injury_prevention/road_safe-ty_status/2015/en/.

Dados estão em relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde

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conquista

O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) foi cadastrado pelo Minis-tério da Saúde para receber o recurso

da Linha do Trauma, definida pela Portaria no. 1.477 de 18 de Setembro de 2015, do Minis-tério da Saúde que destina um recurso finan-ceiro anual de R$1.823.286,01 aos hospitais cadastrados.

O processo utilizado para obter o recurso iniciou-se com um um projeto junto ao Hos-pital de Base, solicitando o reconhecimento do Hospital de Base como Centro de Trauma Tipo III (Portaria n0. 840/SAS/MS, de 11 setembro de 2015) e, considerando a Portaria nº 1.365/GM/MS, de 8 de julho de 2013, que aprova e institui a Linha de Cuidado ao Trauma na Re-de de Atenção às Urgências e Emergências, e a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2017, que regulamenta o financeiro e a trans-ferência dos recursos federais para ações e os serviços de saúde, na forma de bloco de financiamento, com o respectivo monitora-mento e controle.

Segundo Paulo César Espada, membro da SBAIT e cirurgião do Hospital de Base, o recur-so deve ser utilizado em melhorias na sala de atendimento ao trauma. Abaixo, ele fala mais sobre essa conquista. Confira:

Essa conquista deve abrir caminhos?Espero que seja um início de investimento

no cuidado ao TRAUMA.

Qual orientação para os Serviços que dese-jam pleitear esta verba?

Fazer o projeto. Aceitar sugestões de mu-danças. Não perder a esperança.

Podemos dizer que a Linha do Trauma saiu do papel?

Acredito que deva sair, melhorar os Centros de Traumas. Tenho receio apenas na possibi-lidade de centros menores diminuírem ainda mais suas resolutividades.

Na sua opinião, quais são as novas con-

quistas?Acredito que poderemos ter melhores con-

dições de trabalho e com isso atrair novos

Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) é cadastrado para a Linha de Trauma, do Ministério da Saúde

Recurso deve ser utilizado em melhorias na sala de atendimento ao traumamédicos para a área do trauma, en t rosamen-to maior entre os centros de trauma, deci-sões conjuntas do que deve-mos fazer com tal verba, para que os centros tenham condi-ções semelhan-tes de trabalho. Constituir um núcleo de controle de qualidade para os cen-tros de trauma, garantindo que esta e outras

verbas sejam aplicadas especificamente no atendimento ao trauma.

Mais um curso DSTC foi realizado na San-ta Casa de São Paulo com o apoio da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integra-do ao Traumatizado). O evento, que aconte-ceu nos dias 21 e 22 de outubro, fez parte da IV Jornada do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo. Esse foi o 22º curso DSTC realizado no Brasil, desde 2010. Desde então, aproximadamente 400 cirurgiões já fo-ram formados.

O curso contou com 24 alunos de diversas partes do país e com três instrutores da San-ta Casa de São Paulo, Tercio De Campos, co-

22º curso DSTC no Brasil é realizado em São Paulo (SP)

ordenador local e secretário geral da SBAIT, Paulo Candelária e Danilo Gagliardi, além de Marcelo Ribeiro, diretor da SBAIT-SP, Sandro Scarpelini, presidente da SBAIT, Juan Carlos Puyana, de Pittsburgh (EUA) e Carlos Mesqui-ta, de Coimbra (Portugal).

O curso DSTC é organizado e difundido pe-la Associação Internacional para a Cirurgia do Trauma e Terapia Intensiva e, no Brasil, é reali-zado em parceria com a SBAIT. Trata-se de um curso idealizado na Europa e Oceania, com o objetivo de preparar cirurgiões, já formados, a abordarem lesões traumáticas graves, com

atenção especial para estratégias e técnicas cirúrgi-cas avançadas. O curso é baseado, principalmente, em práticas cirúrgicas, o que permite dis-cussões e opor-tunidade de trei-namento. Saiba mais sobre o curso DSTC no site www.sbait.org.br

Hospital de base de São José do Rio Preto

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Alunos e instrutores do 22º DSTC no Brasil

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A SBAIT está fazendo um alerta sobre os principais ferimentos traumáticos registrados durante as férias. O objetivo é orientar as pes-soas para que elas se previnam, com medidas simples, mas que podem reduzir os riscos tanto para crianças quanto para adultos.

As lesões por trauma mais comuns nesta época do ano, segundo a SBAIT, são afogamen-tos, traumatismo raquimedular por mergulho em águas rasas, ferimentos leves em crianças com objetos cortantes, ocorrências automobi-lísticas em estradas, quedas de motocicleta e ocorrências envolvendo ciclistas.

“Nesta época, as pessoas saem da rotina.

SBAIT alerta sobre os principais ferimentos traumáticos nas fériasViajam mais, ficam fora do ambiente em que estão acostumadas, muitas consomem mais bebida alcoólica. Tudo isso reflete nos casos dos ferimentos traumáticos, alguns fatais. Que-remos que a população entenda que a maioria das lesões por trauma poderia ser evitada, não são acidentes, mas situações que poderiam ser prevenidas com medidas simples”, explica o presidente da SBAIT, Sandro Scarpelini.

Para evitar afogamentos, é importante que quem não sabe nadar não entre sozinho na água, independentemente de ser adulto ou criança. Além de acompanhada, a pessoa também deve usar boias e coletes salva-vidas. “Outra grande característica dos afogamentos é o local do mergulho. Por isso, quem sabe nadar também precisa tomar cuidado. No rio, por exemplo, na maioria das vezes, não conse-guimos saber o que está embaixo d´ água, se existe uma pedra ou algo do tipo. Ao mergulhar, a pessoa pode se acidentar e sofrer uma lesão na medula”, destaca Scarpelini.

Com as crianças em casa em tempo integral, os pais devem redobrar os cuidados com facas e outros objetos que possam causar ferimentos. O mesmo cuidado deve ser tomado em hotéis, casas de parentes e amigos ou casas alugadas para temporadas. “As crianças são muito curio-sas e não têm noção do perigo. Por isso, este ti-

Traumatismo raquimedular por mergulho em águas rasas é uma das lesões por trauma comuns durante as férias

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po de objeto deve estar longe do alcance delas. É importante que os responsáveis façam uma vistoria no local para ver se não tem nada que ofereça perigo”, orienta o presidente a entidade.

O trânsito, um dos maiores causadores de ferimentos por trauma, é o local que merece maior atenção. “As dicas são as mesmas de sempre, mas é preciso segui-las. As pessoas têm a falsa impressão de que, com elas, não vai acontecer, mas acontece. Por isso, é fun-damental não ingerir bebida alcoólica antes de dirigir, fazer manutenção no veículo, não di-rigir com sono, não usar celular ao volante, se-ja para falar, ler ou passar uma mensagem de texto. Somos um dos países que mais matam no trânsito. Precisamos reverter essa situação e isso depende muito da conscientização do motorista”, destaca Scarpelini.

Ainda no trânsito, outro problema preocu-pante são os ciclistas. “O ciclista costuma estar muito vulnerável, já que nem sempre é respei-tado nas ruas. Além disso, há o risco de que-da. É fundamental que ele esteja com todos os equipamentos de segurança: capacete, joelheira, cotoveleira e luvas. E isso vale para crianças e adultos. À noite, é muito importante que a bicicleta seja vista, através de lanternas, roupas ou objetos refletores”, comenta o pre-sidente da SBAIT.

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O estudo “Telemedicine Conferences Helping Mass Casualty Victims from night club fire in Bra-zil”, dos autores Luciano Eifler, Gustavo Fraga, Fábio Gastal e Antônio Marttos, todos membros da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado), foi considerado o melhor trabalho do Congresso Mundial de Telemedicina e Telessaúde 2015, que também reuniu o VII Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, a 20ª Conferência da International Society for Telemedicine and e Health e o Sim-pósio Rio Telessaúde. Os eventos aconteceram de 27 a 30 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ).

O trabalho dos membros da SBAIT abordou a importância da telemedicina na discussão dos casos atendidos na segunda maior tragédia do Brasil, o incêndio da Boate Kiss, que matou 242 pessoas na cidade de Santa Maria (RS), em janeiro de 2013. Na ocasião, as videoconferên-cias foram organizadas pela SBAIT em conjunto com a Universidade de Miami. Após o incidente, os encontros reuniram 25 centros médicos ao redor do mundo para discutir técnicas sobre o melhor manejo das vítimas e a construção de protocolos de atendimento.

A SBAIT também esteve presente com o

SBAIT conquista 1º lugar com trabalho apresentado no Congresso Brasileiro e Mundial de Telessaúde

médico Cleinaldo Costa, de Manaus (AM). Ele apresentou os avanços do programa Telessaú-de no Amazonas e seu impacto na Rede de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS), no Painel de Telemedicina em Ambien-tes Extremos. Durante o evento, sociedades nacionais e internacionais de Telemedicina, com representantes de todos Continentes (30 países e 25 Estados Brasileiros), discutiram o tema central do Congresso: Universalização da Saúde no mundo globalizado e o progresso

Luciano Eifler, diretor do capítulo RS, recebe o prêmio de melhor trabalho apresentado

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A SBAIT conquista o primeiro lugar com o trabalho “Telemedicine Conferences Helping Mass Casualty Victims from night club fire in Brazil”

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tecnológico rompendo barreiras geográficas e conectando profissionais de saúde e pacientes, em qualquer lugar do planeta.

O CBTms 2015 foi promovido pelo Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBT-ms) em parceria com a Sociedade Internacional para Telemedicina e Telessaúde (International Society for Telemedicine and eHealth – IsfTeH) e organizado pelo Laboratório de Telessaúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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liGas dE trauma

Estudantes de Medicina de todo o País se uniram para ensinar leigos a prestarem os primeiros socorros em vários tipos

de situações. O programa Salvando Vidas, idealizado pela SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado) e pelo CoBraLT (Comitê Brasileiro de Ligas do Trauma), prevê ações mensais de outubro de 2015 a julho de 2016. Em cada edição, é abordado um tema diferente. O primeiro assunto, Técnicas de

Estudantes de todo o País ensinam leigos a salvarem vidas

Programa é realizado em 28 cidades e aborda dez tipos diferentes de situação

Desobstrução de Vias Aéreas por Engasgo, foi foco do mês de outubro. Em novembro, os leigos aprenderam técnicas de RCP (Re-animação Cardiopulmonar) e, em dezembro, Técnicas Básicas para Imobilização de Víti-mas de Trauma.

De acordo com o presidente da SBAIT, San-dro Scarpelini, o leigo é um importante aliado dos profissionais de saúde para salvar vidas. “O atendimento prestado nos primeiros mo-

Salvando Vidas Novembro - Ressuscitação cardiopulmonar

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mentos após um evento pode ser decisivo e garantir a sobrevivência da vítima”, explica. “Por isso, queremos multiplicar este tipo de conhecimento. São técnicas simples, que um leigo pode aplicar até a chegada de uma equipe de resgate”, completa.

O coordenador do Comitê de Prevenção da SBAIT, Gustavo Pereira Fraga, explica que desde o momento em que ocorre a urgência ou a emergência até a chegada do resgate, há um tempo crucial, conhecido como Gol-den Hour (hora de ouro). No Brasil, este tem-po de resposta do sistema de urgência é, na maioria das cidades brasileiras, de dez a 15 minutos. Em alguns países, não pode pas-sar de quatro minutos. “Este projeto é muito importante e, certamente, vai ajudar a salvar muitas vidas”, diz.

As situações abordadas pelo programa levaram em conta ocorrências comuns, que podem colocar uma vida em risco, mas que, por outro lado, permitem a atuação de um leigo. A partir de janeiro, os temas aborda-dos serão Lesões Térmicas e Choque Elétri-co, Ferimentos, Afogamento, Acidentes com Animais Peçonhentos, Prevenção a Lesões por Raios, Medidas para Prevenção de Into-xicações e Convulsões.

“Nos já tivemos situações isoladas em que os estudantes ensinaram leigos. Os resultados são sempre muito positivos. “Agora, decidimos reunir o potencial das Ligas de Trauma e au-mentar a abrangência desses ensinamentos”, explica o presidente do CoBraLT, Paulo Klein. “Além dos estudantes, temos a participação e a supervisão de muitos professores”, completa. O material de divulgação da campanha é libe-rado toda terceira sexta-feira de cada mês. As ações são realizadas nos municípios envolvi-dos dentro do mês estabelecido, mas na data que for mais conveniente à equipe.

O Salvando Vidas acontece em 28 cidades brasileiras: Brasília (DF), Gama (DF), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Volta Redonda (RJ), Botucatu (SP), Cam-pinas (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP), Catanduva (SP), Belo Horizon-te (MG), Alfenas (MG), Viçosa (MG), Juiz de Fora (MG), Porto Alegre (RS), Passo Fundo (RS), Canoas (RS), Curitiba (PR), Vila Velha (ES), Araguaína (TO), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Terezina (PI), Pinheiro (MA), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Salvador (BA). No total, há 34 Ligas Acadêmicas de Trauma e Emergên-cia envolvidas.

Salvando Vidas Outubro - Técnicas de desobstrução de vias aéreas por engasgo

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TRAUMA Teleconferência SBAIT - Última quarta-feira de cada mês, das 17 às 18h (horário de Bra-sília). Mais informações: [email protected].

Pan American Trauma Tele-Grand Rounds - Todas as sextas-feiras, casos apresentados por dife-rentes instituições via Telemedicina, com início programado em horários intercalados. Mais informações: fku-chkarian @med.miami.edu.

3rd World Trauma Congress - De 17-20 agosto 2016 em New De-lhi, India - Informações: http://www.wtcindia2016.org/.

XXIX Panamerican Trauma Con-gress / XII Congresso SBAIT / XVIII CoLT – de 08 a 12 de novembro 2016 em Maceió/AL. Informações: secreta-ria@ sbait.org.br.