Edição 09 - Revista de Agronegócios - Março/2007

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Produtores sepreparam para entrarno período da seca

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LWS cria sistema deordenhadeira canalizadaque beneficia pequenosprodutores de leite

LEITE

10 LEITE

CAFÉFlorada fora de épocapreocupa cafeicultorese profissionais do setor.

O uso da palavra tecno-logia muitas vezes assombraos pequenos e médios produ-tores rurais brasileiros. A mo-dernidade que bate às por-teiras de muitas proprieda-des os faz acreditar que a tec-nologia no campo só pode serobtida a altos custos ou neces-sárias apenas para grandespropriedades.

Não estamos aqui falan-do da transgenia ou do em-prego da informatização emmáquinas e equipamentosagrícolas - tecnologias deúltima geração, que prometem revo-lucionar as produtividades.

O redimensionamento de um siste-ma de ordenha canalizada, desenvol-vidos por uma empresa de Franca (SP)retrata exatamente o oposto a isto tudo.Mostra a importância do uso da tecno-logia para facilitar a vida de pequenosprodutores rurais, fazendo com que estesagilizem os processos de produção den-tro da propriedade e obtenha, ao mes-mo tempo, alimentos com qualidade su-perior.

Tecnologia também refere-se aoemprego de estratégias que revertam emretorno financeiro no final do mês, prin-

cipalmente quando falamos em alimen-tação para bovinos leiteiros. A Drª JosianeOrtolan abordará em três artigos, acomeçar desta edição, algumas estra-tégias importantes para que o pecuaristade leite obtenha sucesso no manejo depré-parto.

A adoção do uso de suplementos naalimentação bovina submetidos a pastejocontínuo é retratado no experimento daequipe de pesquisadores da Premix Téc-nica em Suplementação. O trabalhomostra com clareza a melhor uniformi-dade no ganho de peso dos animais, bemcomo a melhoria no desempenho - acimade 80%.

Ainda abordando acadeia produtiva do leite, aProfª Maria Luisa Cerviretrata a influência econô-mica da entressafra na pe-cuária leiteira. A contri-buição é valiosa, dado a difi-culdade com que os produ-tores rurais têm de trabalharcom números.

Na cafeicultura, a flo-rada fora de época preocu-pa profissionais e produto-res, principalmente quantoà redução da qualidade dasafra que será colhida nos

próximos meses, bem como a safra dopróximo ano.

Também em uma série de reporta-gens, a começar desta, retrataremos -em parceria com o Viveiro Monte Ale-gre -, a importância de se adquirirmudas de café com qualidade.

Falando em tecnologia, temos quefalar em capacitação. A partir destaedição, passaremos a publicar informa-ções do Senar-Minas, na área de abran-gência da regional Passos.

Esperamos que vocês gostem daleitura e que as informações atendamas suas necessidades.

Até a próxima.....

13 PECUÁRIADesempenho de bovinos em pastejocontínuo submetidos a dois intervalos desuplementação no período da seca.

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FRUTICULTURAAmora-Preta: Umanova opção para adiversificação daspropriedades frutícolas.

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26 38ª EXPOAGROEvento contará com a presença de criadores de GadoGirolando, Gir e Nelore; Cavalos Mangalarga e Árabe; eOvinos Santa Inês e Morada Nova.

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Cartas ou e-mails para a revista, com críticas,sugestões e agradecimentos devem ser enviadoscom: endereço, município, número de RG etelefone, para Editora Attalea Agronegócios:- RuaEduardo Garcia, 1921, Residencial Baldassari.CEP 14.401-260 - Franca (SP) ou através do [email protected]

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal, com distribuição gratuita,reportagens atualizadas e foco regionalizado

na Alta Mogiana e Sudoeste Mineiro.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEAREVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

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DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

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DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

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ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

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FOTOS e PROJETO GRÁFICOEd. Attalea Revista de Agronegócios

COLABORADORESMéd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan

Profª Maria Luisa CerviPesq. Maria Lucia Pereira LimaEngª Agrª Carla Renata Pazzotti

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CTP E IMPRESSÃOCristal Gráfica e Editora

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Os artigos técnicos e as opiniões e conceitosemitidos em matérias assinadas são de

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Foto de Capa:Editora Attalea

Cafezal em Jeriquara (SP)

C A D A S T R OC A D A S T R OC A D A S T R OC A D A S T R OC A D A S T R O... Gostaria de parabenizá-los pela excelente idéiaem publicar uma revista de agronegócios denossa região.

Mario Luis Costa FilhoMario Luis Costa FilhoMario Luis Costa FilhoMario Luis Costa FilhoMario Luis Costa Filhoprodutor - Claraval (MG)

...Parabéns pelo excelente trabalho, pela quali-dade de impressão e pela abrangência de notíciassobre o agronegócio regional.

Márcio Lopes de FreitasMárcio Lopes de FreitasMárcio Lopes de FreitasMárcio Lopes de FreitasMárcio Lopes de Freitaspresidente da OCB - Brasília (DF)

... Gostaria de receber a revista.Douglas Castaldi de FariaDouglas Castaldi de FariaDouglas Castaldi de FariaDouglas Castaldi de FariaDouglas Castaldi de Faria

produtor - Cássia (MG)

... Gostaria de fazer o cadastro da Revista Atta-lea Agronegócios e recebê-la gratuitamente.

Luiz Augusto Ferrante LiserreLuiz Augusto Ferrante LiserreLuiz Augusto Ferrante LiserreLuiz Augusto Ferrante LiserreLuiz Augusto Ferrante Liserreprodutor - Cajuru (SP)

Tarciso CamargoTarciso CamargoTarciso CamargoTarciso CamargoTarciso Camargoprodutor - Marília (SP)

Cristóvão Barcellos JuniorCristóvão Barcellos JuniorCristóvão Barcellos JuniorCristóvão Barcellos JuniorCristóvão Barcellos Juniorcafeicultor - Patrocínio Paulista (SP)

Flávio Antonio Hubinger de SouzaFlávio Antonio Hubinger de SouzaFlávio Antonio Hubinger de SouzaFlávio Antonio Hubinger de SouzaFlávio Antonio Hubinger de Souzapecuarista - Passos (MG)

Adelmo de OliveiraAdelmo de OliveiraAdelmo de OliveiraAdelmo de OliveiraAdelmo de Oliveiracafeicultor - Pedregulho (SP)

Antonio Ronaldo CintraAntonio Ronaldo CintraAntonio Ronaldo CintraAntonio Ronaldo CintraAntonio Ronaldo Cintraprodutor - Franca (SP)

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RRevista AttaleaRevista Attalea

São Tomásde Aquino

Passos

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São Sebastiãodo Paraíso

Itamogi

Monte Santode Minas

Jacuí

Itaú deMinas

Pratápolis

Fortalezade Minas

Arceburgo

Guaranésia

Delfinópolis

Ibiraci

Claraval

FRANCA

PatrocínioPaulista

ItirapuãRestinga

Batatais

Altinópolis

SantoAntônioAlegria

Cajuru

Cássia dosCoqueiros

Brodóswski

São José daBela Vista

RibeirãoCorrente

CristaisPaulista

Pedregulho

Jeriquara

Igarapava

Buritizal

Aramina

Ituverava

Guará

Miguelópolis

Guaíra

São Joaquimda Barra

NuporangaOrlândia

SalesOliveira

Morro Agudo

Ipuã

Rifaina

Sacramento

São Roque de Minas

VargemBonita

Piumhi

CapitólioSão JoãoBatista do

Glória

Alpinópolis

Carmo doRio Claro

Guapé

Pimenta

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Ordenhadeira canalizada da LWS beneficiaOrdenhadeira canalizada da LWS beneficiaOrdenhadeira canalizada da LWS beneficiaOrdenhadeira canalizada da LWS beneficiaOrdenhadeira canalizada da LWS beneficiapequenos produtores de leitepequenos produtores de leitepequenos produtores de leitepequenos produtores de leitepequenos produtores de leite

A tecnologia agora passa a ser aliadatambém dos pequenos produtores deleite. A LWS Equipamentos de Refrige-ração, empresa sediada em Franca (SP),criou um novo sistema de ordenhadeiracanalizada de baixo custo e que vem sur-preendendo produtores e ordenhadores.

“Trabalhamos com ordenhadeiras hámuito tempo e a nossa empresa temcondições de montar ordenhadeirascanalizadas em qualquer lugar. Contudo,avaliando as condições sócio-econômicase de estrutura de ordenha de pequenosprodutores de leite, tanto em São Paulo,quanto em Minas Gerais, senti quetínhamos a obrigação de criar um sistemamais prático e mais barato, que facilitasseo trabalho e estivesse ao alcance do bolsodo pequeno produtor”, afirma Luis An-tonio da Silva, diretor da LWS, conhecidoentre os amigos de “Professor Pardal”,dado à habilidade de construir e consertarequipamentos.

O novo sistema é praticamente omesmo de uma ordenhadeira canalizadaconvencional, com exceção da bomba

de transferência do leite do coletor cen-tral para o tanque de resfriamento. “Nestenovo sistema, a transferência do leite dosconjuntos é feita de forma manual e porgravidade, já que os conjuntos ficam exa-tamente acima e próximo do resfriador”,explica Luisinho.

O sistema apresenta inúmeras vanta-gens, como a redução no tempo da orde-nha, em comparação com o sistema ma-nual ou de balde-ao-pé; melhoria naqualidade final do leite, devido à agilidadeno processo de ordenha, fazendo comque o leite seja rapidamente resfriado,bem como a eliminação da necessidadede transferências do leite entre reci-pientes (no caso do sistema balde-ao-pé);melhor adequação dos trabalhos deordenha, pois não há tambores nemmangueiras atrapalhando a movimenta-ção dos animais; e a melhoria significativadas condições de trabalho do orde-nhador, já que elimina a tarefa de erguer

Higiene, praticidade e baixo custo sãoHigiene, praticidade e baixo custo sãoHigiene, praticidade e baixo custo sãoHigiene, praticidade e baixo custo sãoHigiene, praticidade e baixo custo sãoas características do novo sistemaas características do novo sistemaas características do novo sistemaas características do novo sistemaas características do novo sistema

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GADO NELORE

23 a 27/0523 a 27/05

18 a 27 de maio - Pq. Fernando Costa

38ª

CAVALO

ÁRABE18 a 21/0518 a 21/05

REALIZAÇÃO

18SHOWS

19 20 24 25 26 27Jeito

MolequeCezar Menotti

& FabianoEngenheiros

do HawaíCapitalInicial

Inimigosda HP

Bruno &Marrone

Cheirode Amor

GADO GIR

EXPOCÃES

20/05

CAVALO MANGALARGA

23 a 27/0523 a 27/05

GADO GIROLANDO

18 a 21/0518 a 21/05

OVINOS

18 a 27/0518 a 27/0518 a 21/0518 a 21/05

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o peso dos tambores.Mas a vantagem principal deste

novo sistema está na redução doscustos de implantação de umsistema canalizado. “A partir de R$6.300,00 o produtor rural poderáadquirir uma ordenhadeira cana-lizada com 2 conjuntos, enquantoque no sistema convencional teriaque desembolsar mais de R$ 12mil”, adverte o empresário.

O sistema já se encontra insta-lado em algumas propriedadesrurais da região da Alta Mogiana.Em Cristais Paulista (SP), o novosistema foi instalado na proprie-dade de Antônio Santucci. Já emPatrocínio Paulista (SP), os produ-tores Jarbas Maranha e Luis Fer-nando Honório aderiram ao siste-ma.

Na propriedade do Sr. Luis Fer-nando Honório, em PatrocínioPaulista (SP), o sistema foi implan-tado recentemente, mas as vanta-gens são visíveis. “A ordenha ficoumais rápida e agora não precisomais erguer latões de leite”, afirmaMarcídio Ferreira, retireiro dapropriedade.

Esta facilidade que o novomecanismo promove contribuidiretamente para duas coisas.Primeiro, com a redução no tem-po de ordenha, o produtor ou oretireiro terá mais tempo útil paradesenvolver outras atividades napropriedade. A segunda, por nãoser mais necessário erguer os la-tões, o trabalho de ordenha serámais tranquilo, beneficiando inclu-sive o trabalho feminino.

Outro benefício importantís-simo do novo sistema é que elecontribui para que a ordenha sejafeita de forma rápida e harmônica,não estressando o animal.

A redução dos custos de ma-nutenção também é outro aspectopositivo do novo sistema. “Desen-volvemos esta ordenhadeira ape-nas com mangueiras plásticas, e engates econexões em aço inox, materiais comuma vida útil relativamente grande”,explica Luisinho.

O sistema foi originariamente criadopara trabalhar com 2 conjuntos, comcapacidade de 80 litros (40 litros cadatambor). Mas nada impede que o pro-

O novo sistema reorganiza as ações do ordenhador,O novo sistema reorganiza as ações do ordenhador,O novo sistema reorganiza as ações do ordenhador,O novo sistema reorganiza as ações do ordenhador,O novo sistema reorganiza as ações do ordenhador,fazendo com que a ordenha seja mais rápida e ofazendo com que a ordenha seja mais rápida e ofazendo com que a ordenha seja mais rápida e ofazendo com que a ordenha seja mais rápida e ofazendo com que a ordenha seja mais rápida e oordenhador não se sobrecarregue de tarefas.ordenhador não se sobrecarregue de tarefas.ordenhador não se sobrecarregue de tarefas.ordenhador não se sobrecarregue de tarefas.ordenhador não se sobrecarregue de tarefas.

Por não exigir força física para o manuseio dasPor não exigir força física para o manuseio dasPor não exigir força física para o manuseio dasPor não exigir força física para o manuseio dasPor não exigir força física para o manuseio dasoperações, o novo sistema da LWS favorece ooperações, o novo sistema da LWS favorece ooperações, o novo sistema da LWS favorece ooperações, o novo sistema da LWS favorece ooperações, o novo sistema da LWS favorece otrabalho feminino.trabalho feminino.trabalho feminino.trabalho feminino.trabalho feminino.

Engates em aço inox e manguei-Engates em aço inox e manguei-Engates em aço inox e manguei-Engates em aço inox e manguei-Engates em aço inox e manguei-ras plásticas resistentes reduzemras plásticas resistentes reduzemras plásticas resistentes reduzemras plásticas resistentes reduzemras plásticas resistentes reduzemos custos com manutenção.os custos com manutenção.os custos com manutenção.os custos com manutenção.os custos com manutenção.

O conjunto possui um sistemaO conjunto possui um sistemaO conjunto possui um sistemaO conjunto possui um sistemaO conjunto possui um sistemaque bloqueia o fluxo de leite,que bloqueia o fluxo de leite,que bloqueia o fluxo de leite,que bloqueia o fluxo de leite,que bloqueia o fluxo de leite,se acaso estiver cheio.se acaso estiver cheio.se acaso estiver cheio.se acaso estiver cheio.se acaso estiver cheio.

O novo sistema contribui sobremaneira para a reor-O novo sistema contribui sobremaneira para a reor-O novo sistema contribui sobremaneira para a reor-O novo sistema contribui sobremaneira para a reor-O novo sistema contribui sobremaneira para a reor-denação das estruturas e das atividades, facilitandodenação das estruturas e das atividades, facilitandodenação das estruturas e das atividades, facilitandodenação das estruturas e das atividades, facilitandodenação das estruturas e das atividades, facilitandoa ordenha.a ordenha.a ordenha.a ordenha.a ordenha.

Luis Antonio da Silva, diretorLuis Antonio da Silva, diretorLuis Antonio da Silva, diretorLuis Antonio da Silva, diretorLuis Antonio da Silva, diretorda LWS, criador do novo siste-da LWS, criador do novo siste-da LWS, criador do novo siste-da LWS, criador do novo siste-da LWS, criador do novo siste-ma de ordenha canalizada.ma de ordenha canalizada.ma de ordenha canalizada.ma de ordenha canalizada.ma de ordenha canalizada.

dutor monte sistemas com maior capa-cidade (120, 160, 200 ou 240 litros).

Para facilitar ainda mais a vida doordenhador, a LWS criou um sistema quebloqueia o fluxo de leite quando ostambores estão cheios. O ordenhadorentão desliga o vácuo e abre a torneirados tambores para que o leite desça por

gravidade até o resfriador.Com relação à higienização dos equi-

pamentos, o novo sistema lava tão bemquanto o sistema canalizado convencio-nal, e supera os demais sistemas por utili-zar um maior volume de água e deter-gente, promovendo uma limpeza maisconfiável de tubulações e tambores.

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PARTE 1PARTE 1PARTE 1PARTE 1PARTE 1

Josiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes Ortolan11111

Durante a fase de lactação se faznecessário um cuidado extra nomomento que antecede o parto,denominado pré-parto, para que avaca possa expressar todo seupotencial de produção. É nessa faseque o animal descansa para a próximalactação ou no caso de novilhas,preparam-se para a primeira. Esseperíodo de transição inicia se entre 60 a45 dias antes do parto, trazendo aoanimal serias alterações metabólicaspreparando o para o parto e a lactação.

O período seco nada mais é do que afase de transição onde a vaca necessitade pequenas exigências metabólicas paraum período de grandes demandasmetabólicas para a síntese do colostro eprodução de grandes quantidades deleite. Esse período seco deve durar 60 diasa fim de permitir uma boa regeneraçãodas células epiteliais desgastadas, um bomacúmulo de colostro e assegurar um bom

desenvolvimento do feto, bem comocompletar as reservas corporais, casoestas ainda não tenham ocorrido.

Essa fase coincide com váriasalterações endócrinas e metabólicasque, quando não bem coordenadas,podem acarretar num aumento naincidência de problemas metabólicose infecciosos, como por exemplo,hipocalcemia (febre do leite), cetose,deslocamento do abomaso, retenção

de placenta, mastite, metrite, assim comoproblemas reprodutivos, refletindo napróxima prenhez e consecutivamente, napróxima lactação.

A melhor maneira para melhorarmoso quadro da produção leiteira é a adoçãode corretas técnicas alimentaresespecíficas para cada fase do processoprodutivo, como, por exemplo, melhoraro desempenho das vacas secas, que na

Novas estratégias no manejo eNovas estratégias no manejo eNovas estratégias no manejo eNovas estratégias no manejo eNovas estratégias no manejo ealimentação de vacas no pré-partoalimentação de vacas no pré-partoalimentação de vacas no pré-partoalimentação de vacas no pré-partoalimentação de vacas no pré-parto

1 Médica Veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e Doutoranda emQualidade e Produtividade Animal FZEA-USP,Promotora de rações Premix. Patrocínio Paulista(SP). Email: [email protected]

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S S PGIROLANDO e GIR LEITEIROGIROLANDO e GIR LEITEIRO

SÃO JOAQUIM DA BARRA - SPSÃO JOAQUIM DA BARRA - SP

DIDI JEBRDIDI JEBR

• 1/2 sangue

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2BR INDIRA2BR INDIRAJarro de Ouro da Cal x

Vaca Cadarço FB

Jarro de Ouro da Cal x

Vaca Cadarço FB

2BR INDAIÁ2BR INDAIÁHerdeiro de Brasília x

Vaca Cadarço FB

Herdeiro de Brasília x

Vaca Cadarço FB

2BR JUNINA2BR JUNINANobre da Cal x

Vaca Del Rey JO

Nobre da Cal x

Vaca Del Rey JO

SW Valliant x

Vaca Mito de Brasília

SW Valliant x

Vaca Mito de Brasília

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maioria das vezes são esquecidaspelos produtores, pois não estãoproduzindo leite, não contri-buindo para o aumento direto dolucro líquido da propriedade.Dessa forma um correto progra-ma de manejo e nutrição de va-cas secas resultaria em um adi-cional de 200 a 1400 litros de leitena lactação posterior.

Divisão do período seco eDivisão do período seco eDivisão do período seco eDivisão do período seco eDivisão do período seco eagrupamento das vacasagrupamento das vacasagrupamento das vacasagrupamento das vacasagrupamento das vacas

Vários pesquisadores têmsugerido a necessidade de dividir em 2lotes os animais que entram no períodoseco. Esses lotes são estabelecidos paramelhor manejar e alimentar as vacas comdiferentes exigências nutricionais. Oprimeiro lote seria de vacas no início doperíodo seco, ou no caso de novilhas apartir da 8° semana pré-parto e o segun-do lote composto por vacas ou novilhasnas três últimas semanas do período pré-parto.

Um outro manejo que pode seradotado em propriedades leiteiras bemestruturadas seria a separação de vacas enovilhas durante pré-parto, reduzindoassim a competição por espaço de des-canso e por alimento (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1). As

Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Desempenho de novilhas primíparasquando agrupadas separadamente das vacas adultas1.

Tempo se alimentando (min/dia)

Período de consumo/dia

Ingestão de silagem (kg MS/dia)

Período de descanso/dia

Produção de leite (kg/130 dias)

Tempo deitada (min/dia)

Novilhas+ Vacas

47,50

Ingestão de concentrado (kg/dia)2,13

18,60

3,24

3,02

4,46

11,69

NovilhasSeparadas

40,80

1,85

13,09

3,14

2,74

4,23

11,01

I tem

1Dados obtidos de Grant e Albright (1997)

novilhas se beneficiam deste tipo demanejo pois o menor tamanho corporale a posição de subordinação dentro dahierarquia do grupo pode levar a umreduzido consumo de alimento e maiorincidência de distúrbios metabólicos noinicio da lactação.

O agrupamento de vacas secas facilitao arraçoamento de acordo com aexigência nutricional da categoria. Autilização de apenas um único lote devacas secas impossibilita o uso de dietasdiferenciadas para animais com diferentesrequerimentos e potenciais para oconsumo de matéria seca.

Como citado anteriormente operíodo seco ideal para vacas de leite é

ao redor de 60 dias antes do parto.O período de gestação varia deacordo com a raça da vaca e se aprenhez é gemelar ou não, poisvacas prenhez de gêmeos têmnormalmente o parto antecipadoem 2 a 5 dias. Também devido avariabilidade no período degestação que varia de acordo coma raça da vaca, é aconselhável queas vacas e as novilhas sejam mudadaspara o segundo lote pelo menos 3semanas antes da data prevista doparto para que possam se beneficiardo fornecimento de níveis mais

elevados de nutrientes.O local apropriado para essa categoria

deve proporcionar um ambiente limpo,bem ventilado, com suficiente sombradurante todo o dia e áreas para descansoisentas de concreto. Devem ter espaçosuficiente para se exercitarem, pois seacredita que o exercício pré-parto podereduzir a incidência de distocias na horado parto. Também, recomenda se queesse local seja próximo da maternidadepara poder conduzir os animais.

No próximo artigo falaremos sobreconsumo de matéria seca, vitaminas eminerais, proteína, energia e uso deaditivos nas dietas de vacas secas e pré-parto.

Nos últimos meses, a ativi-dade leiteira vem sendo muitodiscutida entre especialistas,pesquisadore e produtores ru-rais, principalmente quanto àadoção de novas tecnologias decampo, visando o incrementona produção.

Por outro lado, contudo, ocenário é altamente desfavorá-vel. Há anos os produtores deleite estão desestimulados, sen-do que muitos deles reduziramou abandonaram a atividade.

A melhoria na remuneração nosprimeiros meses deste ano promoveuuma pequena margem de lucro para osetor produtivo, mas está abaixo domínimo necessário para recuperar asperdas de vários anos.

José Luiz Ribeiro, pecuarista e se-cretário da Agricultura, Pecuária eAbastecimento do município de Passos

Alta de preços não estimula pecuaristas mineirosAlta de preços não estimula pecuaristas mineirosAlta de preços não estimula pecuaristas mineirosAlta de preços não estimula pecuaristas mineirosAlta de preços não estimula pecuaristas mineiros

(MG) afirma que as quedas de preços eas altas na remuneração do produtor nãoacontecem na mesma proporção. “Aindústria nunca aumenta de forma justa.Quando o produtor perde, perde muito.Quando recupera, é muito pouco”, com-plementa.

Leonardo Medeiros, presidente doSinrural - Sindicato Rural de Passos afir-

ma que a defasagem dos preçospagos aos produtores de leitecriou uma crise sem tamanho.“Os fazendeiros perderam o po-der de investimento e, como nin-guém consegue trabalhar semmargem de lucro, muitos desisti-ram do leite”, lembra Medeiros.

Nesta mesma época, em2005, os produtores recebiamcerca de R$ 0,70/litro. Atual-mente, segundo a Aproleite -Associação dos Produtores deLeite do Médio Rio Grande e a

Casmil - Cooperativa Agropecuária doSudoeste Mineiro, os produtores estãorecebendo entre R$ 0,56 e R$ 0,65. “Ovalor mínimo para o produtor pagar assuas despesas e obter um lucro aindairrisório seria o de R$ 0,72”, afirma Paulode Barros Calixto, presidente daAproleite. (Extraído e modificado daExtraído e modificado daExtraído e modificado daExtraído e modificado daExtraído e modificado daFolha da ManhãFolha da ManhãFolha da ManhãFolha da ManhãFolha da Manhã)

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Maria Luisa CerviMaria Luisa CerviMaria Luisa CerviMaria Luisa CerviMaria Luisa Cervi11111

Rogério Luis GerbasiRogério Luis GerbasiRogério Luis GerbasiRogério Luis GerbasiRogério Luis Gerbasi22222

Conforme informação doDepartamento de AssistênciaTécnica da Coonai - Coope-rativa Nacional Agroindus-trial, a entressafra é o períodoque abrange os meses de abrila outubro, popularmentechamado de período da seca,e é caracterizado pela escassezde chuvas e dificuldade damaioria dos pecuaristas emmanter a produção de leite nomesmo nível do período dasafra (novembro a março). Aentressafra é a época em quemuitos fazendeiros introdu-zem ao seu rebanho um regi-me de confinamento.

Visando avaliar o índice devariação econômica dos pe-cuaristas leiteiros, analisamosestatisticamente o custo ope-racional do leite, as despesasde custeio da atividade leiteirae a despesa de custeio comalimentação animal referenteao ano de 2006, de 11 pecua-ristas da região de Franca. Asamostras foram cedidas pelaCoonai.

Definimos Custo Operaci-onal do Leite como a soma das

Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?

despesas de custeio da ativi-dade leiteira dividido pelovolume de leite produzido,sem acrescentar a remune-ração do proprietário; asDespesas de Custeio da ativi-dade leiteira foram compostaspela soma de todas as ativi-dades ligadas diretamente eindiretamente à obtenção earmazenamento do leite, des-de a mão-de-obra até o fretepara transporte; e as Despesascom Alimentação Animal foiobtida pela soma dos concen-trados protéico e energético,ração comercial, sal minerale volumoso.

Após a análise estatísticados dados coletados, notamosum aumento de aproximada-mente 8,5% no Custo Opera-

Produtores se preparam para entrar no período da secaProdutores se preparam para entrar no período da secaProdutores se preparam para entrar no período da secaProdutores se preparam para entrar no período da secaProdutores se preparam para entrar no período da seca

cional do Leite na entressafra(em relação ao período daságuas). As despesas comalimentação representaramum aumento da ordem de50,2%. Menos expressivo foio aumento de 0,22% nasDespesas de Custeio daatividade leiteira.

Observamos, também,um aumento geral na transi-ção da safra para a entressafra(de março para abril). NoGráfico 1Gráfico 1Gráfico 1Gráfico 1Gráfico 1, o aumento como Custo Operacional do Leitefoi de 42,08%, seguido de21,34% nas Despesas deCusteio da atividade leiteira,

Gráfico 1 Gráfico 1 Gráfico 1 Gráfico 1 Gráfico 1 - Custo Operacional do Leite (R$/litro)

Gráfico 2 Gráfico 2 Gráfico 2 Gráfico 2 Gráfico 2 - Despesas de Custeio da Atividade Leiteira (R$)

Gráfico 3 Gráfico 3 Gráfico 3 Gráfico 3 Gráfico 3 - Despesas com Alimentação (R$)

1 Profª de Matemática, Métodos Quantitativos, Estatística e ProgramaçãoEconômica e Financeira dos cursos de Administração Geral, Comércio Exterior,Gestão de Agronegócios, Gestão de Recursos Humanos e Sistemas de Informaçãoda Unifran - Universidade de Franca. [email protected].

2 Estudante do 2º ano do curso de Administração de Empresas, da Unifran -Universidade de Franca e Técnico do Departamento de Assistência Técnica daCoonai. [email protected]

representada no Gráfico 2Gráfico 2Gráfico 2Gráfico 2Gráfico 2,porém, a maior variação foio acréscimo de 82,58% nasDespesas com AlimentaçãoAnimal, observada no Grá-Grá-Grá-Grá-Grá-fico 3fico 3fico 3fico 3fico 3.

A transição da safra para aentressafra é o período maisdelicado e fundamental parao orçamento do pecuarista. Aescassez de chuva, somada àtentativa de aproveitar aomáximo as pastagens, dei-xam-nas debilitadas. Ressalte-se que neste período, as pasta-gens entram em fase repro-dutiva, baixando seu valornutritivo, exigindo maioratenção do pecuarista leiteiro,quanto ao momento idealpara iniciar o regime de con-finamento.

Um planejamento errô-neo nessa fase poderá acar-retar em déficit no orça-mento do pecuarista, uma vezque os maiores gastos são comDespesas com AlimentaçãoAnimal, item que influenciadiretamente na produçãoleiteira.

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Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248como volumoso para vacas leiteirascomo volumoso para vacas leiteirascomo volumoso para vacas leiteirascomo volumoso para vacas leiteirascomo volumoso para vacas leiteiras

Maria Lúcia Pereira LimaMaria Lúcia Pereira LimaMaria Lúcia Pereira LimaMaria Lúcia Pereira LimaMaria Lúcia Pereira Lima11111

Daniel Nunes da SilvaDaniel Nunes da SilvaDaniel Nunes da SilvaDaniel Nunes da SilvaDaniel Nunes da Silva22222

Marcos G. de Andrade LandellMarcos G. de Andrade LandellMarcos G. de Andrade LandellMarcos G. de Andrade LandellMarcos G. de Andrade Landell22222

José Ramos NogueiraJosé Ramos NogueiraJosé Ramos NogueiraJosé Ramos NogueiraJosé Ramos Nogueira11111

O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, na atualidade, comgrande tendência de aumento nos próxi-mos anos. Dez por cento desta quantia édestinada à alimentação animal, na seca,devido à facilidade de cultivo, de colheitae pelo auto-armazenamento no campo.

Muitas variedades de cana apresen-tam baixo consumo voluntário pelosanimais principalmente por apresenta-rem baixo teor protéico e baixa digesti-bilidade. Com isso, acreditava-se que acana deveria destinar-se apenas às vacasmenos produtivas e, conseqüentemente,menos exigentes. Vários trabalhos têmsido feito para encontrar soluções.

Um experimento onde vacas leiteirasforam alimentadas com cana-de-açúcarcomo único volumoso (o autor não citaa variedade da cana), a produção médiafoi de 10,6 kg de leite, quando as vacasforam suplementadas com 4 kg deconcentrado e 18,3 kg de leite quandoreceberam 8 kg de concentrado. Oconsumo da cana (matéria seca: MS) foi1,6% do peso vivo das vacas quereceberam 4 kg de concentrado e 1,8%do PV para as vacas que receberam 8 kgde concentrado. (Paiva et al. 1991Paiva et al. 1991Paiva et al. 1991Paiva et al. 1991Paiva et al. 1991).

Num experimento onde as vacasforam alimentadas com a cana-de-açúcarforrageira, variedade IAC86 2480, oconsumo de cana (sem considerar oconcentrado) foi alto, ou seja, em média2% do PV para vacas que recebiamadicionalmente entre 2 e 8 kg deconcentrado.

A realização deste experimento foifeita da seguinte forma: houve umprimeiro período de adaptação de 14

dias, quando as vacas foram alimentadascom cana-de-açúcar à vontade,enriquecida com 0,5% de nitrogênio nãoprotéico (NNP), uma mistura 1 para 9de sulfato de amônio e uréia e adicional-mente, 8 kg de concentrado. A produçãode leite após o primeiro período de adap-tação foi de 18,0 kg; 17,7 kg e 17,7 kg deleite/vaca/dia para as vacas pertencentesaos grupos que iriam, mais tarde, receber8; 4 e 2 kg de concentrado num segundoperíodo, também de 14 dias. Depoisentão, destes 28 dias, o consumo da canae a produção de leite foram acompanha-dos, para cada vaca, diariamente, por 21dias. O concentrado era composto por19,6% de farelo de soja, 29,4% de soja(grão), 49% de milho e 2% de minerais,contendo 23,7% de proteína bruta.

Os resultados podem ser observadosna Tabela 1 Tabela 1 Tabela 1 Tabela 1 Tabela 1. O consumo da canaenriquecida com 0,5% de NNP foi alto,acima de 40 kg por vaca, diariamente. A

produção de leite caiu, conforme foidiminuindo o fornecimento de con-centrado. Apesar de as vacas que con-sumiram 2 kg de concentrado, manti-veram 13,9 kg de leite, a qualidade doleite piorou. O normal é que a proteínado leite se encontre entre 3,0 e 3,3%,sendo um componente bastante estável.Só ocorre diminuição da proteína sehouver queda na ingestão de energia eproteína, com a diminuição dos amino-ácidos essenciais para a fabricação do leitepela vaca. Foi justamente isto que os pes-quisadores provocaram quando alimen-taram com 2 kg de concentrado as vacasque produziam 18 kg de leite (consu-mindo 8 kg de concentrado anteriormen-te) estando de 30 a 200 dias pós-parto.

Observa-se pequena queda na lactose,o que é normal em vacas que produzemmenos leite. O teor de lactose normal-mente é proporcional à quantidade deleite produzido. A porcentagem degordura e de sólidos totais do leite não foialterada.

Na Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2 temos outro exemplode composição do leite de vacas mais nofinal da lactação, ou seja, com 109 a 330dias pós-parto e que receberam manejoadequado, sem diminuição brusca doconcentrado ou qualquer outro fatorestressante. A menor produção de leite,em torno de 9 kg por vaca, por dia estáligada à genética das vacas ou ao final dalactação. Trata-se de 30 vacas comerciais,que tiveram o leite analisado por duasvezes, depois que consumiam a cana

1 - Pesquisadores Científicos da APTA -Agência Paulista de Tecnologia dos Agrone-gócios - Regional Centro Leste, UPD RibeirãoPreto (SP). Email: [email protected] e jrn@aptaregional. sp.gov.br.

2 - Pesquisadores Científicos do Centro deCana-de-Açúcar do IAC - Instituto Agronômi-co de Campinas (SP). Email: [email protected] e [email protected]

Tabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacasTabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacasTabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacasTabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacasTabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacasque participaram do experimento.que participaram do experimento.que participaram do experimento.que participaram do experimento.que participaram do experimento.

Consumo de cana IAC86 2480triturada, fresca (kg/vaca/dia)

Consumo de MS cana (% PV),descontando o concentrado

Gordura (%)

Lactose (%)

Sólidos Totais (%)

Proteína (%)

Cana + 8 kg deconcentrados

47,50

Leite (kg/vaca/dia)

2,13

18,60

3,24

3,02

4,46

11,69

Cana + 8 kg deconcentrados

Cana + 8 kg deconcentrados

45,70

2,08

16,20

3,31

2,82

4,45

11,58

40,80

1,85

13,09

3,14

2,74

4,23

11,01

Dietas

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IAC86 2480 por mais de 40 diasconsecutivos e ainda recebiam 3 kg deconcentrado.

A cana-de-açúcar é constituídapraticamente por duas frações, a fibrosae a fração de caldo, rica em açúcares. Osaçúcares são fornecedores de energia e afibra (analisada na forma de fibra emdetergente neutro=FDN) , que geralmen-te na cana é de baixa digestão, é um fatorlimitante para o consumo de alimentopara os bovinos. O açúcar da cana podeser analisado, e esta análise denomina-sePOL. A relação FDN/POL tem sido usadana escolha de variedades para finsforrageiros (Landell et al, 2002Landell et al, 2002Landell et al, 2002Landell et al, 2002Landell et al, 2002).

Vários cientistas têm analisadoamostras de cana para procurar varie-dades que sejam melhores na alimentaçãode bois e vacas (Rodrigues et al.,Rodrigues et al.,Rodrigues et al.,Rodrigues et al.,Rodrigues et al.,20012001200120012001). No estudo de onze diferentesvariedades de cana-de-açúcar, foramobservados os valores extremos da fibra(FDN) de 44,18 a 56,46 % e de relaçãoFDN/POL de 2,88 a 4,14 para asvariedades IAC86-2480AC86-2480AC86-2480AC86-2480AC86-2480 e IAC84-IAC84-IAC84-IAC84-IAC84-10421042104210421042. Os valores encontrados para a

Gordura (%)

Lactose (%)

Sólidos Totais (%)

Proteína (%)

De 100 a 199

Leite (kg/vaca/dia) 9,70

3,24

3,02

4,46

11,69

De 200 a 330Média Geralde 214 dias

8,30

3,31

2,82

4,45

11,58

8,80

3,14

2,74

4,23

11,01

1

Dias após o Parto

Tabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamentoTabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamentoTabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamentoTabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamentoTabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamentoconsumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida comconsumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida comconsumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida comconsumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida comconsumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida com0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado.0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado.0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado.0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado.0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado.

Semana

2

3

32,2

MS(%)

26,9

26,2

2,8

PB*

2,5

3,1

4,4

MM*

4,1

3,7

48,6

FDN*

45,0

48,3

19,22

POL**

19,67

17,18

2,53

Rel.FDN/POL

2,29

2,81

20,0

FDA*

18,8

15,4

25,7

Celu-lose

24,4

26,2

28,5

Hemicelul.

26,2

32,8

5,3

Lig-nina

4,9

5,3

(*) % MS (**) % do caldo

Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM),Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM),Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM),Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM),Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM),fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose,fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose,fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose,fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose,fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose,hemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostrashemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostrashemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostrashemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostrashemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostrasde cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais.de cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais.de cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais.de cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais.de cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais.

cana oferecida para as vacas do experi-mento (resultados na Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1) a relaçãoFDN/POL são ainda menores que o 2,88

A Coonai - Cooperativa NacionalAgroindustrial, com sede em Bro-dowski (SP) elegeu nova DiretoriaExecutiva, novos membros do Con-selho Fiscal e também do Conselhode Administração. A votação acon-teceu no dia 16 de março duranteAssembléia Geral Ordinária, quedurou das 14h às 18h30, no Clubede Campo da Franca (Rodovia Cân-dido Portinari km 383). Na ocasiãotambém foi apresentado o balançofinanceiro do ano de 2006, aprovadopor unanimidade por todos oscooperados presentes. A abertura daassembléia foi feita pelo presidente daOrganização das Cooperativas Bra-sileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas,que enfatizou a importância do coope-rativismo para os pequenos produtorese para o setor de agronegócios do País.

O prazo de inscrição de candida-turas para a eleição encerrou-se às 18hdo dia 02 de março e apenas uma chapainscreveu-se, sendo eleita e empossada

Coonai elege nova diretoria executiva eCoonai elege nova diretoria executiva eCoonai elege nova diretoria executiva eCoonai elege nova diretoria executiva eCoonai elege nova diretoria executiva econselhos de administração e fiscalconselhos de administração e fiscalconselhos de administração e fiscalconselhos de administração e fiscalconselhos de administração e fiscal

por unanimidade durante a Assembléia.A diretoria executiva eleita para oquadriênio 2007/2010 é composta pelopresidente, Eduardo Lopes de Freitas, dePatrocínio Paulista, e o vice-presidente,Marcelo Barbosa Avelar, de CristaisPaulista (SP).

Eduardo foi vice-presidente nosúltimos quatro anos, mas assumiuinterinamente a presidência da coope-

rativa desde março de 2005, pormotivo de afastamento do presidenteeleito Daniel de Figueiredo Felippe.Já Marcelo Barbosa Avelar, atuounos últimos anos como superinten-dente e pela primeira vez assume umcargo na diretoria executiva.

Para membros do Conselho deAdministração foram eleitos: PauloEduardo F.Silveira, de PatrocínioPaulista (SP); José Carlos Berlese, deBrodowski (SP); Luiz SebastiãoFerreira, de Pedregulho (SP); Anto-nio Mauro F.Rosa, de São José daBela Vista (SP); Nilton Roberto Scan-

diuzzi, de Igarapava (SP); MarceloMarcos de Souza, de Capetinga (MG);e Newton Teixeira Barbosa, de CristaisPaulista (SP).

Os novos membros do ConselhoFiscal são os cooperados Mauro Alexan-dre Fanan, de Cristais Paulista (SP); JoséFernando de Lazzari, de Brodowski(SP); e Raul Carlos Guimarães, deBarretos (SP).

Eduardo Lopes de Freitas e Marcelo BarbosaEduardo Lopes de Freitas e Marcelo BarbosaEduardo Lopes de Freitas e Marcelo BarbosaEduardo Lopes de Freitas e Marcelo BarbosaEduardo Lopes de Freitas e Marcelo BarbosaAvelar, eleitos presidente e vice da Coonai.Avelar, eleitos presidente e vice da Coonai.Avelar, eleitos presidente e vice da Coonai.Avelar, eleitos presidente e vice da Coonai.Avelar, eleitos presidente e vice da Coonai.

considerado como ótimo pelos cientistas.Veja algumas análises que foram reali-zadas na Tabela 3Tabela 3Tabela 3Tabela 3Tabela 3.

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Liéber de Freitas GarciaLiéber de Freitas GarciaLiéber de Freitas GarciaLiéber de Freitas GarciaLiéber de Freitas Garcia11111

Lauriston Bertelli FernandesLauriston Bertelli FernandesLauriston Bertelli FernandesLauriston Bertelli FernandesLauriston Bertelli Fernandes11111

Ana Vera Martins FrancoAna Vera Martins FrancoAna Vera Martins FrancoAna Vera Martins FrancoAna Vera Martins Franco11111

Mateus J. R. Paranhos CostaMateus J. R. Paranhos CostaMateus J. R. Paranhos CostaMateus J. R. Paranhos CostaMateus J. R. Paranhos Costa22222

Telma T. BerchielliTelma T. BerchielliTelma T. BerchielliTelma T. BerchielliTelma T. Berchielli22222

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoAtualmente, a busca por uma maior

rentabilidade caracteriza a bovinoculturade corte, e para isso é necessário oemprego de novas tecnologias, além daadoção da economia de escala. Noperíodo da seca, as forrageiras tropicaisapresentam baixo valor nutritivo edisponibilidade, resultando em menordesempenho ou até perda de peso dosbovinos mantidos em pastagem, tornan-do-se fundamental a adoção da suple-mentação protéica para manter ou me-lhorar o desempenho animal, ameni-zando os efeitos desse período.

O objetivo deste trabalho foi avaliaro ganho em peso de bovinos suplemen-tados em pastagem durante o período daseca, submetidos a dois intervalos desuplementação: fornecimento dosuplemento diariamente e fornecimentodo suplemento três vezes por semana.

Material e MétodosMaterial e MétodosMaterial e MétodosMaterial e MétodosMaterial e MétodosLocalLocalLocalLocalLocal

• Realizado na FCAV/UNESP Jaboticabal(SP), em área de 18 hectares divididosem 6 piquetes de 3 hectares cada.Cobertos por Brachiaria brizantha cv.

Desempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidosDesempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidosDesempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidosDesempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidosDesempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidosa dois intervalos de suplementação no período da secaa dois intervalos de suplementação no período da secaa dois intervalos de suplementação no período da secaa dois intervalos de suplementação no período da secaa dois intervalos de suplementação no período da seca

Marandu com disponibilidade media de4.205 kg de MS/ha.

Animais e Manejo NutricionalAnimais e Manejo NutricionalAnimais e Manejo NutricionalAnimais e Manejo NutricionalAnimais e Manejo Nutricional• Rodízio a cada três dias para minimizaro efeito dos piquetes no desempenho dosanimais;• Cada piquete possui cocho e bebedourocomum a dois piquetes.• Foram utilizados 48 bovinos machoscastrados da raça Nelore;• Peso vivo inicial de 320 kg aos 14 mesesde idade;• Período experimental foi de 13/07/2004 a 03/11/2004;• Pesagens realizadas a cada 28 dias (5pesagens no período)

TratamentosTratamentosTratamentosTratamentosTratamentos• PSAI SECA®, suplemento mineralprotêico energético, (EmpresaPREMIX):

• Seis lotes de 8 animais, divididos nosseguintes tratamentos: - Suplementados todos os dias

(1 kg/animal/dia de PSAI Seca) - Suplementados Segunda/Quarta/

Sexta (2,3 kg/animal de PSAISeca três x/semana)

Resultados e DiscussãoResultados e DiscussãoResultados e DiscussãoResultados e DiscussãoResultados e DiscussãoApesar da oferta de MS na forragem

na área experimental ter sido em médiade 4.204,65 kg de MS/ha, a qualidade damesma foi baixa, apresentado teores em% de MS de PB, FDN e FDA de, em média,3,5 %, 82,24 % e 64,97 % respecti-vamente.

A Figura 1 (pág. 14)Figura 1 (pág. 14)Figura 1 (pág. 14)Figura 1 (pág. 14)Figura 1 (pág. 14), mostra pesovivo médio inicial e final, sendo que osanimais suplementados diariamenteapresentaram 320,75 kg e 347,0 kg,respectivamente, enquanto que para ossuplementados Seg/Qua/Sex, os valores

1 Premix - Técnica em Suplementação. Email:[email protected]

2 Prof. Dr. FCAV/UNESP - Faculdade deCiências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal.

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Média de peso vivo inicial e peso vivo final (kg)

320,75

333,33

319,33

347,00

305

310

315

320

325330

335

340

345

350

Todos os dias Seg/qua/sexta

Média de ganho em peso diário (g) no período

234

124

0

50

100

150

200

250

Todos dias Seg/Qua/Sexta

Diferença em % no ganho em peso nos tratamentos

100,00%

188,70%

0,00%

50,00%

100,00%

150,00%

200,00%

Todos dias Seg/Qua/Sexta

Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3 - % em relação ao desempenhoem função dos tratamentos.

Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2 – Desempenho em g por dia emfunção do tratamento.

Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1 – Peso Vivo médio inicial e finalem função dos tratamentos.

foram 319,33 kg e 333,33 kg. Estadiferença proporcionou ao lote ‘Suple-mentado todos os dias’ umasuperioridade de 12,25 kg no ganho empeso no período da seca.

Os valores referentes ao ganho médiodiário de peso vivo em função dos tra-tamentos em todo período experimentalestão apresentados na Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2; nota-seque os animais que receberam suple-mento diariamente obtiveram um ganhode peso diário médio, ajustado, maior doque os que receberam suplemento trêsvezes por semana, ou seja, o forneci-mento diário do produto resultou emdesempenho 88,7% superior em relaçãoaos animais que foram suplementados emdias alternados (Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3Figura 3).

Segundo Bohnert et al. (2002) osruminantes são eficientes em manterníveis adequados de nitrogênio entreperíodos de suplementação, sendo estamanutenção atribuída a possíveisalterações na permeabilidade do tratogastrintestinal à uréia e/ou regulação da

expressão da uréia. E, quando suplemen-tados em intervalos não freqüentes, osruminantes teriam a habilidade de mantero ambiente ruminal adequado propor-cionando um bom aproveitamento doalimento ingerido, o que provavelmentenão deve ter ocorrido com os animaisque receberam suplemento três vezes porsemana devido à qualidade da forragemno período e ao comportamento dos ani-mais do trabalho.

ConclusõesConclusõesConclusõesConclusõesConclusõesA suplementação diária proporciona

ganhos de ate 88,7% a mais em relação a

suplementação 3 vezes por semana eresulta em uma melhor uniformidade emganho em peso dos animais em pastejona época da seca .

A redução na produção de leite e oaumento da demanda por lácteos nomercado externo elevaram os preços eacabaram com os estoques das fabrican-tes de leite longa vida nos últimos meses.De acordo com Nilson Muniz, diretorexecutivo da ABLV - Associação Bra-sileira do Leite Longa Vida, os preçosao atacado subirão seguramente maisde 10%. “Agora os estoques são de ape-nas dois dias”, garante Muniz.

A produção nacional, que manteveuma média de crescimento de 4,85%ao ano, no período de 2000 a 2005,cresceu apenas 1,87% no ano passado,segundo o Cepea - Centro de EstudosAvançados em Economia Aplicada, daUSP. Mas Gustavo Beduschi, pesqui-sador do centro, alerta que esse peque-no crescimento foi puxado pelo RioGrande do Sul, onde a captação dos lati-cínios elevou-se em 15,2%. Sem contareste estado, o Brasil na realidade reduziua produção em 0,72% em 2006.

Com a entrada da safra, os preçoscaíram entre novembro e janeiro,segundo Cepea, mas em fevereiro

Cepea adverte que a falta de leite longaCepea adverte que a falta de leite longaCepea adverte que a falta de leite longaCepea adverte que a falta de leite longaCepea adverte que a falta de leite longavida no mercado forçará alta nos preçosvida no mercado forçará alta nos preçosvida no mercado forçará alta nos preçosvida no mercado forçará alta nos preçosvida no mercado forçará alta nos preços

voltaram a se recuperar, ultrapassandoos R$ 0,50. Mas as chuvas de verão, quedesenvolvem o pasto e fazem as vacasaumentarem a produção de leite, foramexcessivas este ano e acabaramprejudicando a safra. “As chuvas difi-cultaram muito a coleta de leite nas fa-zendas e causaram desconforto nas va-

cas, que por isso perderam o apetite epararam de comer”, justifica Beduschi.

Neste ano, a oferta de leite não estásendo capaz de atender a demanda, pelaqueda na captação e pela redução daoferta. “Quando havia excesso deprodução, o longa vida era o primeiroescape dos laticínios, pois tem custo maisbaixo e pode ser estocado. Agora quenão há excedente, o longa vida é o pri-meiro produto a sentir o aperto entreoferta e demanda”, explica o executivo.

A razão é que a alta dos lácteos nomercado externo aumenta a atrativi-dade de concorrentes do longa vida, jáque o leite líquido em caixinhas não éexportado.

O longa vida é o produto de menorrentabilidade no setor de laticínios, porter menos valor agregado que outrosderivados, como o leite em pó, o leitecondensado e o iogurte.

Não é a toa que a suiça Nestlé - amaior captadora de leite do Brasil - nãotrabalha com o longa vida. (ExtraídoExtraídoExtraídoExtraídoExtraídoe modificado de Notícias Milk-e modificado de Notícias Milk-e modificado de Notícias Milk-e modificado de Notícias Milk-e modificado de Notícias Milk-netnetnetnetnet)

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Carla Renata PazzottiCarla Renata PazzottiCarla Renata PazzottiCarla Renata PazzottiCarla Renata Pazzotti11111

José Roberto da Rocha BergamoJosé Roberto da Rocha BergamoJosé Roberto da Rocha BergamoJosé Roberto da Rocha BergamoJosé Roberto da Rocha Bergamo22222

A maioria dos solos brasileiros nãoapresenta condições físicas, químicas ebiológicas para o crescimento e desen-volvimento das plantas cultivadas. Issoocorre como resultado de um manejoinadequado. Não raro, notam-se tambémsolos pobres em matéria orgânica. Adeterioração dessa matéria ocasiona umaredução do aprofundamento radicular,com grandes conseqüências para o desen-volvimento da planta, que causam baixaprodutividade.

A saúde da planta está diretamenteligada, não apenas a elementos químicos,mas à população de microorganismos nosolo, o chamado solo com matériaorgânica.

Em termos comparativos, podemosafirmar que os microorganismos fazem a

associação dos elementos emcadeias moleculares, formandoaminoácidos e liberando fitohormônios. Isso favorece a libe-ração de sais minerais e outrasreações - que harmoniza asações físicas, químicas e bioló-gicas do solo - assimiláveis e pos-sibilitam a digestão pela planta.Dessa forma, pode-se declararque: “o solo é o estômago dasplantas”.

Sem a ação dos microorga-nismos haveria pouca absorçãodos elementos pela planta eautomaticamente sua saúdevegetal e sua produtividadeeconômica seriam afetadas.“Os microorganismos queauxiliam a digestão da plantasão encontrados na turfa, que éa matéria orgânica estabilizada,leia-se humificada”.

A Turfa é uma substânciafóssil organo-mineral, originadana decomposição de vegetais depequeno porte, esqueletos,

Agrônoma indica turfa para produzir com qualidadeAgrônoma indica turfa para produzir com qualidadeAgrônoma indica turfa para produzir com qualidadeAgrônoma indica turfa para produzir com qualidadeAgrônoma indica turfa para produzir com qualidade

Cafezal com 2 anos e meio, que recebeu aplicação deturfa em formação e 1ª produção:- 100 grs/pé de turfa +80 gramas de amiorgan (NPK) por aplicação (4aplicações no ano).

1 Engª Agrª Drª Sc., doutorada em fertilidade de solos naUnesp-Botucatu (SP) e responsável técnica daFertalon, de Londrina (PR). carla@fertalon.

2 Especialista pelo Instituto Elo, de Botucatu (SP)[email protected]

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Café com 8 meses, plantado com turfa:Café com 8 meses, plantado com turfa:Café com 8 meses, plantado com turfa:Café com 8 meses, plantado com turfa:Café com 8 meses, plantado com turfa:500 gramas na cova + 100 gramas fosfa-500 gramas na cova + 100 gramas fosfa-500 gramas na cova + 100 gramas fosfa-500 gramas na cova + 100 gramas fosfa-500 gramas na cova + 100 gramas fosfa-to reativo + 100 gramas calcário dolo-to reativo + 100 gramas calcário dolo-to reativo + 100 gramas calcário dolo-to reativo + 100 gramas calcário dolo-to reativo + 100 gramas calcário dolo-mítico (depende da análise de solo domítico (depende da análise de solo domítico (depende da análise de solo domítico (depende da análise de solo domítico (depende da análise de solo doterreno a ser implantada a lavoura) naterreno a ser implantada a lavoura) naterreno a ser implantada a lavoura) naterreno a ser implantada a lavoura) naterreno a ser implantada a lavoura) nacova ou sulco dependendo do plantiocova ou sulco dependendo do plantiocova ou sulco dependendo do plantiocova ou sulco dependendo do plantiocova ou sulco dependendo do plantioa ser feito. Foi feito quebra-vento coma ser feito. Foi feito quebra-vento coma ser feito. Foi feito quebra-vento coma ser feito. Foi feito quebra-vento coma ser feito. Foi feito quebra-vento commucuna-anã e crotalária para manejomucuna-anã e crotalária para manejomucuna-anã e crotalária para manejomucuna-anã e crotalária para manejomucuna-anã e crotalária para manejodo solo.do solo.do solo.do solo.do solo.

restos de insetos e animais e suasdejeções; considerada uma matériaorgânica nobre.

A Turfa é rica em substânciascoloidais eletronegativas, que formamemulsões com a água e absorvem oscátions amônio, potássio, cálcio, mag-nésio e, também, micronutrientesmetálicos, como ferro, cobre, zinco emanganês. Essas substâncias aindaimpedem a fixação do fósforo, alixiviação do N e do K e, inibem atoxidez pelo excesso do Cu, Fe e Mn.

Na turfa, podemos encontrar osmacro-nutrientes essenciais às plantas(“NPK”, ácidos húmicos, matériaorgânica, umidade, carbono, hidro-gênio, enxofre), além de vários outrosque complementam sua nutrição (Fe,Mn, Cu, Co, Ca, Mg, Zn, B).

A turfa não libera na água os ácidoshúmicos, moléculas orgânicas formadaspela humificação. Eles são incorporadosaos colóides do solo, onde vão atuar emconjunto com a parte química e física dosolo. Outra importante vantagem nautilização da turfa é a diminuição da infes-tação de pragas, doenças e nematóidesgraças ao equilíbrio nutricional que elapromove no solo.

Além disso, a capacidade detroca catiônica (CTC) da turfa émuito elevada. Para se ter umaidéia, é cerca de 30 vezes maiorque a CTC média dos nossossolos (Ex: argila caulinita). Essapropriedade da Turfa de retercátions, considerados nutrientesvegetais essenciais, confirma arecomendação em empregá-lacomo um adubo orgânico po-tencializador de nutrientes nosolo.

A turfa tem ainda a capa-cidade de absorver de 80% a

90% de seu peso em água, ou seja, possuielevadíssima CRA (Capacidade deRetenção de Água), sendo assim, sabemosque, “a matéria orgânica” conserva aumidade do solo, deixa-o mais arejado,aumenta a proteção contra a erosão,possibilitando maior produtividade,porque sempre vai haver ciclagem e reci-clagem de nutrientes no solo. A turfaentra diretamente no manejo para uma

lavoura de café, tanto para o plantioquanto para sua formação e suaprodução. Levando em conta que, porser residual ela fornece um potencialelevadíssimo ao cafezal em termos de nu-trição adequada e diminuição de pragase doenças ao longo dos anos, sem contarque um cafezal bem nutrido gera umaqualidade de bebida muito melhor.

Em trabalhos realizados nos cafezaisdo norte do Paraná com aduba-ção organo-mineral, ondeentrou a turfa + NPK no ba-lanceamento nutricional, houveuma resposta mais acentuada aotratamento fitossanitário mos-trando uma sanidade e um me-lhor desenvolvimento vegetati-vo da planta. Em conseqüênciadeste desenvolvimento foi nota-do que o fruto tem conseguidoabsorver mais nutrientes, grãosmais graúdos e maturação maisigualada, mesmo vindo de 3-4floradas/ano.

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Florada fora de época continua a preocuparFlorada fora de época continua a preocuparFlorada fora de época continua a preocuparFlorada fora de época continua a preocuparFlorada fora de época continua a preocuparAssim como a frustração da

florada foi um fenômeno ge-neralizado nas principaisregiões produtoras de café etornou-se tema amplamentediscutido entre produtores etécnicos, a florada em épocaatípica também tem chamadoatenção dos envolvidos com oagronegócio café. Desdedezembro, lavouras que apre-sentam floradas indesejáveissão relatadas por produtoresdas principais regiões produ-toras, da Bahia ao Paraná, masnão existe consenso entreespecialistas sobre os efeitos dofenômeno.

Alguns analistas consideram quehaverá redução da qualidade da safra queserá colhida nos próximos meses, comprejuízo também na redução da safra2007/2008. Porém, na visão do fisio-logista do IAC - Instituto Agronômico deCampinas, Joel Irineu Fahl, a floraçãoatípica não deverá afetar significativa-mente as próximas safras. O tema ganhou

destaque mais uma vez na comunidadede Manejo da Lavoura Cafeeira, na RedePeabirus, da sub-rede do CBP&D/Café -Consórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café, administradopela Embrapa Café.

Para o coordenador do Núcleo deFisiologia do Cafeeiro do CBP&D/Café ,José Donizeti Alves, e o secretario execu-

tivo do Programa Café daEpamig - Empresa de Pes-quisa Agropecuária de MinasGerais, Paulo Tácito GontijoGuimarães, ainda não épossível prever o efeito dessasflores “temporonas” na pro-dução, mas o prejuízo é certo,seja para esta safra ou para apróxima (2007/2008). Naopinião deles, “caso esses nósnão tivessem florescido, elesprovavelmente floresceriampara a colheita subseqüente(2008)”. Eles destacam aindaque as floradas não ocor-reram na planta toda e nemtoda lavoura apresenta o

fenômeno.

Retrato das lavourasRetrato das lavourasRetrato das lavourasRetrato das lavourasRetrato das lavouras

Consultor de café irrigado e membrodo Conselho Técnico da Fundação Bahia,Marcos Antônio Pimenta Menezes relataque o fenômeno foi verificado no Oesteda Bahia, quando ramos que deveriam

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Mudas de café certificadas pelo Ministério da Agricultura

Várias linhagens à disposição com campo experimental montado na fazenda

Franca - Ribeirão Corrente - SP

[email protected]

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784 / André Cunha: (16) 9967-0804 /

Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Proprietário: Luiz da Cunha Sobrinho

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florescer no segundo semestre,abriram flores nos meses de dezembroe janeiro. Para o consultor Carlos Ro-berto Piccin, além da floração inde-sejada, induzida por efeitos climáticos,tem verificado uma redução acen-tuada no crescimento dos internódios,que deverá refletir em prejuízo naprodução da safra 2007/2008. O fe-nômeno também é verificado nas la-vouras irrigadas do Cerrado Mineiroe Baiano, conforme relato do enge-nheiro agrônomo Luiz AméricoPaseto.

Acompanhando lavouras no Sulde Minas e Oeste da Bahia, o consultorGuy Carvalho acredita que a floradatardia ocorre na parte mais velha doramo, antes do internódio curto e,portanto, o prejuízo já era esperadopara a safra a ser colhida. Ele achaarriscado prever quebra da safra2007/2008 decorrente deste fenô-meno.

O professor do Centro Universitáriodo Norte do Espírito Santo, José RicardoPezzopane também acredita que nãohaverá quebra significativa da próximasafra. Ele lembra que fenômeno similarocorreu no início de 2002, com floradasatípicas no Triângulo Mineiro, semimpacto expressivo na produção.

Para o técnico do projeto Educampo-Café, em Guaxupé (MG), Rodrigo SerpaVieira, a florada fora de época não deveráprejudicar a qualidade da safra a sercolhida, já que a maioria das flores nãovingou, passando direto para “estre-linha”. Porém, diferente do que observaGuy Carvalho, a região observada porele apresenta floração em ramos novos,responsáveis pela safra seguinte.

Fenômeno também observado pelodiretor da Cocapec - Cooperativa deCafeicultores e Agropecuaristas, RicardoLima de Andrade, na região de Franca(SP), com floradas em internódios novos,com crescimento a partir de setembrode 2006. Ele questiona, como a maioriados produtores, a razão para a antecipa-ção do florescimento em nós de cresci-mento deste ano agrícola.

Efeito do climaEfeito do climaEfeito do climaEfeito do climaEfeito do clima

Para o fisiologista Joel Fahl, o flores-cimento atípico é uma conseqüência dascondições climáticas também atípicasverificadas no início de 2006. A associa-ção de fatores verificados naquele perío-do, com temperaturas máximas elevadas

em janeiro e fevereiro de 2006, acom-panhado de um veranico nas principaisregiões produtoras, contribuíram parauma generalizada frustração daflorada.

Na avaliação de Joel Fahl, essa con-dição climática atípica para as con-dições brasileiras, com estresse hídricoquando deveria haver uma tempora-da de chuvas (jan/fev/2006), induziua uma interrupção do crescimentocontínuo da cultura. Porém, como amaioria das plantas mostrou-sevigorosa, com excedente de energia ecom potencial para uma floradamaior, iniciou-se novo período decrescimento após o veranico. O queresultou na floração fora de época,como ocorre em condições climáticasde países como Colômbia e Costa Rica.

Na avaliação de Joel Fahl, a maio-ria das flores abertas antecipadamentedeverá ser inviabilizada, não afetando

significativamente a qualidade da safra aser colhida nos próximos meses. Maslembra que a qualidade deverá ser preju-dicada pelo elevado número de floradasocorridas anteriormente a este fenôme-no. Quanto ao efeito da floração atípicana safra 2007/08, ele acredita no poten-cial da planta para indução de novos bo-tões florais na época desejável, sem pre-juízo significativo na produção.

Vale destacar que o Brasil se destacano comércio internacional de café porapresentar colheita única, com definiçãoclara das estações. “O fenômeno serve pa-ra lembrar o quanto a cafeicultura é in-fluenciada pelo clima. O que o produtordeve fazer é torcer para que não ocorranovas anormalidades”, completa Fahl.(Fonte Embrapa Café)(Fonte Embrapa Café)(Fonte Embrapa Café)(Fonte Embrapa Café)(Fonte Embrapa Café)

No último dia 21 de mar-ço, foi realizada a AssembléiaGeral Ordinária na Cocapec -Cooperativa de Cafeiculto-res e Agropecuaristas da Re-gião de Franca (SP).

Na pauta, além da pres-tação de contas do Conselhode Administração, tambémforam discutidos a destina-ção das sobras apuradas, afixação de pró-labore dosDiretores Executivos e a cé-dula de presença para os

Cocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscaisCocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscaisCocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscaisCocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscaisCocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscaismembros vogais doConselho de Adminis-tração e do ConselhoFiscal.

Na mesma assem-bléia foram eleitos osnovos componentesdo Conselho Fiscal,que terão mandato de um ano.Erásio de Grácia Júnior, Rena-to Antônio Cintra e José CarlosAlves de Souza foram eleitoscomo efetivos. Como suplen-tes, Gesiel Roberto Pereira,

José Henrique Mendonça eHélio Hiroshi Toyoshima.

CredicocapecA Credicocapec - Coope-

rativa de Crédito Rural da Co-

capec também realizou elei-ções. No último dia 16 demarço, em Assembléia GeralOrdinária, foram eleitos comomembros efetivos do Conse-lho Fiscal: Gesiel RobertoPereira (reeleito), AmilcarAlarcon Pereira e João JoséCintra. Como suplentes,foram eleitos Maury Faleiros,Galileu de Oliveira Macedo eDivino de Carvalho Garcia. Omandato tem duração de umano

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A Cocapec - Cooperativade Cafeicultores e Agropecua-ristas da Região de Franca (SP)estima queda de 60% na safrade café 2007/2008 na regiãoda Alta Mogiana. De acordocom levantamento realizadoneste começo de ano, os 13municípios de atuação dacooperativa terão uma pro-dução de 609.655 sacas decafé. É o primeiro levan-tamento de safra realizado pelacooperativa, mas o númeromuito inferior às 1.528.055sacas da safra anterior.

Fator importante para a quebra tãoacentuada da produção de café é a bie-nualidade. Este fenômeno acontece emfunção do ciclo natural da planta quealterna um ano de safra alta e outro não.Como no ano passado a safra foi alta, esteano já era esperado uma queda.

Além da bienualidade outros fatorestambém contribuíram para esta redução.

“Em 2006, o déficit hídrico nasregiões cafeeiras foi significativo. A secafoi acentuada, com grande período deestiagem entre março e setembro, preju-dicando o desenvolvimento da safra2007/2008, principalmente no momentoda floração do cafeeiro”, afirmou EngºAgrº Roberto Maegawa, responsável peloDepartamento Técnico da Cocapec.

Levantamentos da Estação de AvisosFitossanitários do município de Varginha(MG) comprovam que o déficit hídricona lavoura cafeeira em 2006 foi significa-tivamente superior aos dados levantadosem anos anteriores.

Após a longa estiagem, as lavourassofreram com excesso de chuvas entre

Cocapec estima quebra de 60% na safra de caféCocapec estima quebra de 60% na safra de caféCocapec estima quebra de 60% na safra de caféCocapec estima quebra de 60% na safra de caféCocapec estima quebra de 60% na safra de café

Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Tabela 1 – Comparativo do 1º Levantamento de Safra de Café (em março de2006 e em março de 2007).

Capetinga (MG)

Claraval (MG)

Franca (SP)

Itirapuã (SP)

Jeriquara (SP)

Ibiraci (MG)

Cristais Paulista (SP)

Produção Total2006 2007

63.263

54.978

153.261

208.466

257.745

81.463

56.052

MunicípioÁrea (ha)

2006 2007

2.638

1.809

4.907

6.414

7.713

1.957

2.526

Patrocínio Paulista (SP)

Pedregulho (SP)

102.836

253.049

2.826

8.816

Restinga (SP)

Ribeirão Corrente (SP)

89.397

172.917

1.653

3.986

Rifaina (SP)

São J. Bela Vista (SP)

2.135

32.493

80

1.113

TOTAL / MÉDIA 1.528.05546.437

2.745

1.554

4.798

6.201

7.644

1.963

2.400

2.174

8.408

1.645

3.966

35

939

44.471

34.932

27.971

66.071

98.902

115.844

23.272

46.541

17.308

116.609

11.581

38.014

545

12.065

609.655

Produtividade2006 2007

23,98

30,39

31,23

32,50

33,42

41,63

22,19

36,39

28,70

54,09

43,38

26,85

29,20

32,91

12,72

18,01

13,77

15,95

15,15

11,86

19,39

7,96

13,87

7,04

9,58

15,62

12,85

13,71

dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Osíndices pluviométricos destes mesesregistraram 1.100 mm, enquanto onormal para este período estava em tornode 600 mm. “Além de favorecer o

surgimento de doenças - prin-cipalmente a cercóspora, quediminui o peso do grão e afetaa qualidade do café - , o excessode chuvas provocou atrasos nasaplicações de defensivos quecontrolam pragas e doen-ças”,revela Maegawa.

O primeiro levantamentode safra realizado este ano pelaCocapec alerta ainda para umdado significativo. A área plan-tada com café na região redu-ziu em quase 2 mil hectares. Omunicípio de Patrocínio Pau-

lista (SP) foi o que mais reduziu: cerca de650 hectares. Por outro lado, Pedre-gulho (SP) mantém a maior área decultivo de café, mas ainda assim reduziuem cerca de 400 hectares.

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Pesquisa em campos de variedades e qualidade dasPesquisa em campos de variedades e qualidade dasPesquisa em campos de variedades e qualidade dasPesquisa em campos de variedades e qualidade dasPesquisa em campos de variedades e qualidade das

Muitos acreditam que a base de umaboa lavoura de café - além do preparoadequado do solo, calagem e fosfatagem- são as mudas escolhidas para o plantio.Mas o que às vezes o produtor desco-nhece é a origem das sementes utilizadaspara formação das mesmas, ou seja, dequais lavouras são colhidas e quais oscritérios usados na seleção de cadavariedade.

O Viveiro Monte Alegre (VicinalFranca-Ribeirão Corrente, km 16, viaEngenho Queimado), de propriedade doSr. Luiz Cunha Sobrinho e seus filhos,Luis Cláudio e André Cunha, desenvolvehá anos um trabalho de seleção das plan-tas visando a colheita das sementes dequalidade. “Buscamos sempre, em primei-ro lugar, o potencial produtivo de cadacultivar de café, aliado a alta sanidade,uniformidade da maturação, peneira alta,

boa arquitetura das plantas e longevi-dade da lavoura; sem esquecer de pre-servar as características de uma boa bebi-da do café produzido” explica Luiz Cunha.

Quando chega a época da semeadurado viveiro, uma equipe treinada vai atéos campos de variedades e com peneirascolhem os melhores grãos, maduros, das“melhores plantas” (popularmente deno-minados “florões”), previamente selecio-nadas e marcadas com um barbante bran-co e em outra situação em variedades comseleção mais uniforme são marcadas combarbante vermelho as plantas a seremignoradas.

No mesmo dia os grãos colhidos sãodespolpados e deixados em descanso (emtambores com água), para que no dia se-guinte sejam batidas com rodo de borra-cha - para evitar a quebra do pergaminho- onde será retirado o excesso de mel e

Preparo dos substratosPreparo dos substratosPreparo dos substratosPreparo dos substratosPreparo dos substratos

CatuaíCatuaíCatuaíCatuaíCatuaíVermelho 99Vermelho 99Vermelho 99Vermelho 99Vermelho 99

CatuaíCatuaíCatuaíCatuaíCatuaíAmarelo 62Amarelo 62Amarelo 62Amarelo 62Amarelo 62

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sementes ‘chôchas’ e mal granadas quebóiam na água. Posteriormente as semen-tes são secas à sombra até que atinja aumidade desejada, seguindo para as cata-deiras, onde são retirados manualmentetodos os grãos imperfeitos (‘moquinhas’,‘conchas’ e ‘mal formados’) e impurezasexistentes.

Na seqüência, as sementes são trata-das com fungicidas específicos quepreservam a sanidade das mesmas. Logoa seguir, as sementes são levadas ao vi-veiro para a semeadura. Mas este assuntonós retrataremos na próxima edição darevista.

Certificação

A família Cunha trabalha na produçãode mudas de café no Viveiro MonteAlegre a mais de 10 anos. “Comercializa-

mos mudas por encomenda, para plantioconvencional e também os ‘mudões’(mudas com 50 cm de altura), ideais parareplantio em lavouras adultas”, afirmaAndré Cunha.

A Fazenda Monte Alegre - no qual oviveiro encontra-se instalado - mantémquatro campos com mais de 50 variedadesde café devidamente separadas e identifi-cadas, originárias de sementes obtidasno IAC, na Epamig , no Procafé e outrasselecionadas na própria fazenda.

Nos campos observa-se as diferençasquanto a maturação, porte, arquitetura etolerância à pragas e doenças, como é ocaso de várias linhagens tolerantes àferrugem e uma, em particular, ao bicho-mineiro. A produtividade de cada cultivaré medida em separado.

Com acompanhamento de umengenheiro agrônomo, o Viveiro MonteAlegre é devidamente registrado no Mi-nistério da Agricultura com o Certificadode Inscrição no Renasem - RegistroNacional de Sementes e Mudas.

Todos os anos, o viveiro encaminhaamostras de raízes ao Instituto Biológico,em Ribeirão Preto (SP), onde é emitido olaudo de isenção de nematóides e outraspragas de raízes, emitindo-se o CFO -Certificado Fitossanitários de Origem,sendo liberado pelo responsável.

Os interessados em conhecer de pertoo trabalho diferenciado na seleção desementes e produção de mudas de cafédesenvolvido pela família Cunha podemagendar uma visita. Contato pelo telefone(16) 3723-5784 ou pelo email: [email protected].

Vista aérea do viveiroVista aérea do viveiroVista aérea do viveiroVista aérea do viveiroVista aérea do viveiro

Canteiro de mudasCanteiro de mudasCanteiro de mudasCanteiro de mudasCanteiro de mudas

Luis Cláudio e o pai, Luiz CunhaLuis Cláudio e o pai, Luiz CunhaLuis Cláudio e o pai, Luiz CunhaLuis Cláudio e o pai, Luiz CunhaLuis Cláudio e o pai, Luiz Cunha

André CunhaAndré CunhaAndré CunhaAndré CunhaAndré Cunha

Catucaí 6/30Catucaí 6/30Catucaí 6/30Catucaí 6/30Catucaí 6/30

mudas faz de viveiro referência na Alta Mogianamudas faz de viveiro referência na Alta Mogianamudas faz de viveiro referência na Alta Mogianamudas faz de viveiro referência na Alta Mogianamudas faz de viveiro referência na Alta Mogiana

MundoMundoMundoMundoMundoNovo LCNovo LCNovo LCNovo LCNovo LC

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Dia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia PioneerDia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia PioneerDia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia PioneerDia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia PioneerDia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia PioneerNo último dia 13 de março,

foi realizado no Fazenda ChicoRios, em Jeriquara (SP), na pro-priedade de Luis Carlos Berga-masco, o dia-de-campo demilho, organizado em parceriapela Bolsa Agronegócios, deFranca (SP), e a Pioneer Semen-tes. O evento contou com aparticipação de cerca 50 produ-tores e profissionais do setor eteve como destaque a apre-sentação do SCH - Sistema deCombinação de Híbridos, queadequa cada material genéticoconforme a região e a tecnologia aplicadaem cada propriedade.

Gilmar Ribeiro, representante comer-cial da Pioneer, explicou a importância ea qualidade dos milhos híbridos da em-presa, principalmente o 3021, 30F35,3021, 30F35,3021, 30F35,3021, 30F35,3021, 30F35,30K75 e 30K7330K75 e 30K7330K75 e 30K7330K75 e 30K7330K75 e 30K73. “São materiais exce-lentes, superior em qualidade, resistênciae produtividade”, afirma Ribeiro.

Luis Carlos Bergamasco ficou entu-siasmado com o resultado do experimen-to. “Sabia da qualidade do material e foipor isso que plantei 100 hectares aqui em

O Engº Agrº Allan de Menezes Lima,O Engº Agrº Allan de Menezes Lima,O Engº Agrº Allan de Menezes Lima,O Engº Agrº Allan de Menezes Lima,O Engº Agrº Allan de Menezes Lima,gerente da Bolsa de Agronegócios degerente da Bolsa de Agronegócios degerente da Bolsa de Agronegócios degerente da Bolsa de Agronegócios degerente da Bolsa de Agronegócios deFranca; Luis Carlos Bergamasco, pro-Franca; Luis Carlos Bergamasco, pro-Franca; Luis Carlos Bergamasco, pro-Franca; Luis Carlos Bergamasco, pro-Franca; Luis Carlos Bergamasco, pro-dutor; Gilmar Ribeiro, representantedutor; Gilmar Ribeiro, representantedutor; Gilmar Ribeiro, representantedutor; Gilmar Ribeiro, representantedutor; Gilmar Ribeiro, representantecomercial Pioneer; e Bruno Monteirocomercial Pioneer; e Bruno Monteirocomercial Pioneer; e Bruno Monteirocomercial Pioneer; e Bruno Monteirocomercial Pioneer; e Bruno MonteiroFerreira, auxiliar técnico de campo.Ferreira, auxiliar técnico de campo.Ferreira, auxiliar técnico de campo.Ferreira, auxiliar técnico de campo.Ferreira, auxiliar técnico de campo.

Produtores avaliam o teste de campo das varie-Produtores avaliam o teste de campo das varie-Produtores avaliam o teste de campo das varie-Produtores avaliam o teste de campo das varie-Produtores avaliam o teste de campo das varie-dades de milho.dades de milho.dades de milho.dades de milho.dades de milho.

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Jeriquara e mais um pouco na outra pro-priedade, em Minas Gerais. Mas a produ-tividade por hectare superou minhasexpectativas”, afirmou o produtor.

No experimento, o híbrido 30F3530F3530F3530F3530F35se destacou com 220 sacas/ha, enquantoque os demais alcançaram a marca de159 sacas/ha.

A empresa recomenda, porém, queos produtores não plantem apenas ummaterial genético, mas sim vários, paraque haja maior segurança na colheita,independente das condições climáticas.

ParceriaParceriaParceriaParceriaParceria

A Bolsa Agronegócios é uma distri-buidora das Sementes Pioneer na cidadede Franca e região. “A parceria vem sedestacando nos segmentos safrinha eplantio de verão, tanto para o milhoquanto para soja e sorgo”, afirma o Engº

Híbrido precoce recomendadopara o período normal de plantio. Apre-senta elevado nível de resposta ao ma-nejo, como elevação dos níveis de adu-bação, redução no espaçamento e au-mento da população de plantas.

Recomenda-se evitar o plantio emáreas com baixos índices de fertilidade.

Híbrido com elevada defensivida-de às principais doenças do milho (comoAntracnose de Colmo, Cercospora eExserohilum turcicum), o que confereuma elevada estabilidade produtiva.

Recomenda-se combinar prefe-rencialmente com híbridos de menorciclo e maior potencial produtivo.

Híbrido que combina elevadopotencial produtivo, ampla adaptaçãogeográfica e defensividade às principaisdoenças tropicais, em especial, a Phaeos-phaeria e a Cercospora.

Sob alta pressão da doença, estehíbrido pode apresentar suscetibilidadeao Exserohilum turcicum.

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Agrº Allan de Menezes Lima, proprietárioda Bolsa Agronegócios.

Lima afirma ainda que, apesar doavanço da cana-de-açúcar, a Pioneersurpreendeu, superando as expectativasde vendas na região de Franca. “Dispo-mos de materiais genéticos para atenderos produtores de acordo com suas neces-sidades, independentemente do níveltencnológico e da área plantada, pois essaé a satisfação de uma empresa pioneirano mercado, focado em levar tecnologiacom resultados para todos os clientes”,afirma Gilmar Ribeiro.

Para isto, o auxiliar técnico BrunoMonteiro visita os produtores, orientan-do-os sobre a melhor regulagem dosequipamentos e a qualidade de cada ma-terial genético.

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A venda de milho e soja estámais adiantada este ano, seguindoo mesmo ritmo da colheita. Oclima bom adiantou a colheita demilho primeira safra e soja - querespondem por 70% da produ-ção total de grãos. Em média,40% das 92,4 milhões de tone-ladas previstas para estes doisgrãos já saíram do campo. A co-mercialização segue o mesmo rit-mo. Com isso, abre-se espaço pa-ra o cultivo da safrinha de milho.

Além de colher mais cedo e vendermais rápido, o produtor brasileiro estáganhando em produtividade e em preçoneste ano. Os grãos foram vendidos avalores de 30% a 40% superiores ao mes-mo período do ano passado e a colheitapor hectare está até 6% maior, na médiados dois produtos. “Este ano é o sonho detodo produtor. Quem sai primeiro nacolheita consegue preços bons”, explicaFábio Turquino Barros, analista da Agra-Agra-Agra-Agra-Agra-FNPFNPFNPFNPFNP. Ele lembra, ainda, que parte da co-mercialização foi feita antecipadamente.

A colheita e a venda mais adiantadasé a da soja, com uma média de 47% e48%, respectivamente, segundo a médiadas principais consultorias do setor. Osvalores são 12,5 e 15,5 pontos percen-tuais superiores aos mesmo período de2006. Maria Amélia Tirloni, analista daAgRuralAgRuralAgRuralAgRuralAgRural, diz que o clima fez com que ocultivo se adiantasse e muitos produtorestambém cultivaram soja precoce, favo-recendo a colheita antecipada. De acordocom a consultoria, o movimento maiorocorreu em Mato Grosso, onde estima-se que 86% dos grãos já foram colhidos.

“Os volumes também são superioresà média dos últimos cinco anos”, acres-centa Flávio França Júnior, analista da

Comercialização de milho e soja avança com a colheitaComercialização de milho e soja avança com a colheitaComercialização de milho e soja avança com a colheitaComercialização de milho e soja avança com a colheitaComercialização de milho e soja avança com a colheita

Safras & MercadoSafras & MercadoSafras & MercadoSafras & MercadoSafras & Mercado. O último levanta-mento da consultoria mostra uma colhei-ta de soja de 46% contra 32% em 2006 e27% na média de cinco anos. De acordocom o consultor, as chuvas anteciparam-se e, com isso, o plantio foi mais cedo.“Houve também uma tentativa dos pro-dutores de usar mais de sementes preco-ces para fugir da ferrugem e viabilizar oplantio do milho”, acrescenta França Jr.

A comercialização da safra de sojatambém está mais adiantada em relaçãoao ano passado, com preços superiores.As cotações são, em média, 30% superio-res às do mesmo período de 2006.

O último levantamento da con-sultoria mostra que o produtor está co-

lhendo mais por hectare. A produ-tividade média esperada era de 2.675quilos por hectare. Agora, a Safras &Safras &Safras &Safras &Safras &MercadoMercadoMercadoMercadoMercado prevê 2.763 quilos por hecta-re na média brasileira. “Não está descar-tada a possibilidade de ser ainda melhor”,avalia França Jr.

Para o milho também há adianta-mento na colheita e nas vendas. De acor-do com a AgraFNPAgraFNPAgraFNPAgraFNPAgraFNP, 37% da área demilho já foi colhida ante aos 27% nomesmo período do ano passado.

A previsão da consultoria é que 22%da produção tenha sido vendida e os pre-ços estão acima dos praticados no mesmoperíodo de 2006. (Fonte: Gazeta Mer-Fonte: Gazeta Mer-Fonte: Gazeta Mer-Fonte: Gazeta Mer-Fonte: Gazeta Mer-cantilcantilcantilcantilcantil)

Se depender do volume de vendasde sementes de milho para a safrinha, acolheita será bem superior às estimativasiniciais. O governo projeta uma produ-ção de 12,95 milhões de toneladas. Noentanto, o que foi comercializado desemente é suficiente para um cultivo de4,1 milhões de hectares que, com umaprodutividade média de 3.344 quilospor hectare, é suficiente para uma safrade 13,7 milhões de toneladas. Aestimativa da AgraFNP é que 75% da

Safrinha de milho deve superar expectativasSafrinha de milho deve superar expectativasSafrinha de milho deve superar expectativasSafrinha de milho deve superar expectativasSafrinha de milho deve superar expectativasárea esteja cultivada. Segundo dados daAPPS - Associação Paulista de Pro-dutores de Sementes, no primeiro bi-mestre deste ano 84% das sementesrepassadas às revendas haviam sidovendidas. No mesmo período de 2006o índice era de 74%.

O levantamento mostra que foramcomercializadas 78.479 toneladas desementes ou 3,989 milhões de sacas. Ovolume é 58% superior na comparaçãocom o mesmo período de 2006.

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Rafael PioRafael PioRafael PioRafael PioRafael Pio11111

Edvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves ChagasEdvan Alves Chagas22222

Wilson BarbosaWilson BarbosaWilson BarbosaWilson BarbosaWilson Barbosa22222

Silvana Catarina SalesSilvana Catarina SalesSilvana Catarina SalesSilvana Catarina SalesSilvana Catarina SalesBuenoBuenoBuenoBuenoBueno33333

A fruticultura é uma dasatividades aglutinadora de mão-de-obra, nas diversas atividadesinerentes ao pomar, como podas,desbastes, raleio e colheita. Aatividade frutícola consegue ge-rar mais empregos diretos e indi-retos do que qualquer indústria,hoje tão procurada pelas prefei-turas para geração de impostos.

A recomendação de alternativas deprodução para o agricultor é de sumaimportância. A preferência por alimen-tos, tecnologia e processos produtivos nãoagressivos ao ambiente serão intensi-ficados, sendo valorizadas, portanto, astecnologias limpas e técnicas de produçãoorgânica.

Dentre as várias opções de espéciesfrutíferas com boas perspectivas decomercialização, surge à amora-preta(Rubus sp.) como umas das mais pro-missoras.

A amora-preta é uma das espéciesque tem apresentado sensível cresci-mento nos últimos anos no Rio Grandedo Sul e tem elevado potencial para o Sulde Minas Gerais.

A amora preta, assim como aframboesa, faz parte de um grande grupode plantas do gênero Rubus. Este gêneropertence à família Rosaceae, onde existemoutros gêneros de importância para afruticultura (Malus – maçã, Prunus –pêssego e ameixa, Pyrus – pêra, Cydonia– marmelo, entre outros).

A amora-preta é uma espéciearbustiva de porte ereto ou rasteiro, queproduz frutos agregados, com cerca de 4a 7 gramas de coloração negra e saborácido a doce-ácido. Apresentam em suasprincipais variedades comerciais espi-nhos, que exigem do operador da colhei-ta muito cuidado com sua integridadefísica e com a qualidade do fruto. Sãoplantas que só produzem em ramos deano, sendo após a colheita eliminados,enquanto alguns ramos estão produzindo,outras hastes emergem e crescemrenovando o material para a próximaprodução.

No Rio Grande do Sul, a amora-pretatem tido grande aceitação pelos produ-tores, devido ao seu baixo custo deprodução, facilidade de manejo, rustici-dade e pouca utilização de defensivosagrícolas. A produtividade pode alcançaraté 10.000 kg/ha/anosob condições ade-quadas.

No Estado de SãoPaulo, a região deCampos do Jordão é amais representativa eem Minas Gerais osprimeiros plantiosestão sendo realizadosem Caldas, Baependie Barbacena. Regiõesde clima temperadode altitude (superioresa 1.000 metros) são aspreferencialmente

exploradas. As frutas podem serusadas para consumo ‘in natura’ou industrializados na forma desucos naturais e concentrados,fruta em calda, polpa para sorve-tes, corantes naturais e produtosgeleificados, como geléias e docescremosos. Além dessa versatili-dade, a tecnologia de industri-alização é simples e acessível.

Outra característica peculiarsão suas propriedades nutracê-uticas. A amora-preta ‘in natura’é altamente nutritiva. Contém85% de água, 10% de carboi-dratos, com elevado conteúdo de

minerais, vitaminas B e A e cálcio.

PropagaçãoPropagaçãoPropagaçãoPropagaçãoPropagação

A propagação da amora-preta se fazatravés de estacas de raízes onde estas,por ocasião do repouso vegetativo, sãopreparadas e enviveiradas em sacolasplásticas. Podem ser usados brotos(rebentos), originados das plantascultivadas. Também a propagaçãoatravés de estacas herbáceas é uma dasalternativas viáveis.

CultivaresCultivaresCultivaresCultivaresCultivares

Os principais cultivares para o Brasilsão: ‘Xavante’ e ‘Ébano’ (sem espinhos),‘Guarani, ‘Tupi’, ‘Choctaw’, ‘Comanche’,‘Cherokee’, ‘Caingangue’ e ‘Brazus’.

Amora-Preta: uma nova opção para aAmora-Preta: uma nova opção para aAmora-Preta: uma nova opção para aAmora-Preta: uma nova opção para aAmora-Preta: uma nova opção para adiversificação das propriedades frutícolasdiversificação das propriedades frutícolasdiversificação das propriedades frutícolasdiversificação das propriedades frutícolasdiversificação das propriedades frutícolas

1 - Engenheiro Agrônomo, D.Sc., ProfessorAdjunto da Unioeste - Universidade Estadualdo Oeste do Paraná. Marechal Cândido Rondon(PR). Email: [email protected].

2 - Engenheiro Agrônomo, D.Sc., PesquisadorCientífico do IAC - Instituto Agronômico deCampinas (SP). Email: [email protected],[email protected]. e [email protected]

3 - Engenheira Agrônoma, D.Sc., Núcleo deProdução de Mudas. DSMM/CATI/SAA. SãoBento do Sapucaí (SP). Email: [email protected]

Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen-Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen-Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen-Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen-Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen-tes estágiostes estágiostes estágiostes estágiostes estágios

Amora-Preta, cultivar Caigangue.Amora-Preta, cultivar Caigangue.Amora-Preta, cultivar Caigangue.Amora-Preta, cultivar Caigangue.Amora-Preta, cultivar Caigangue.

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Sistema de cultivoSistema de cultivoSistema de cultivoSistema de cultivoSistema de cultivo

A amoreira-preta desen-volve-se bem em solos drena-dos e medianamente ácidos(pH 5,5 a 6,5). O manejo dasplantas é simples, devendo-setomar maiores cuidados coma adubação, controle de inva-soras, podas de limpeza e des-ponte e, particularmente coma colheita, devido à elevadasensibilidade dos frutos.

Algumas dos cultivares plantadas noBrasil necessitam de tutor para suportaro peso das hastes e da produção. Normal-mente, isto é feito através de um sistemade espaldeira dupla.

Doenças e PragasDoenças e PragasDoenças e PragasDoenças e PragasDoenças e Pragas

Uma das principais doenças da cultu-ra é a antracnose [Elsinoe veneta (Burkh)Jenkins], podendo levar à morte dashastes de frutificação. Outra doençabastante importante na cultura é chama-da de enrosetamento [Cercosporella rubi(G. Wint) Plakidas], que ataca cultivares

de crescimento ereto e decumbentes,sendo limitante para o gênero Rubus. Ossintomas são o aparecimento de rosetasque podem resultar numa mudança defenótipo da planta, provocando reduçãode produção, da qualidade das frutas eem casos severos, até a morte da haste.

A presença de ferrugem nas folhas epodridões causadas por Botrytis nasfrutas, são bastante comuns na época daschuvas, mas não vem a causar sériosproblemas em pomares bem manejados.

Quanto a pragas, a incidência deácaros e lagartas propiciam o enrola-mento das folhas.

200 mil alunos da200 mil alunos da200 mil alunos da200 mil alunos da200 mil alunos daregião de Passos noregião de Passos noregião de Passos noregião de Passos noregião de Passos no“Semeando-2007”“Semeando-2007”“Semeando-2007”“Semeando-2007”“Semeando-2007”

Amora-Preta, culvitar Guarani.Amora-Preta, culvitar Guarani.Amora-Preta, culvitar Guarani.Amora-Preta, culvitar Guarani.Amora-Preta, culvitar Guarani.

Sistema de cultivo da amoreira-preta.Sistema de cultivo da amoreira-preta.Sistema de cultivo da amoreira-preta.Sistema de cultivo da amoreira-preta.Sistema de cultivo da amoreira-preta.

Cerca de 200 mil alunos de escolasmunicipais e estaduais da região de Passosvão participar do Semeando 2007Semeando 2007Semeando 2007Semeando 2007Semeando 2007 – con-siderado o maior programa gratuito deeducação ambiental realizado no Estado epromovido pelo Sistema FAEMG/SENARMINAS (Federação da Agricultura e Pe-cuária do Estado de Minas Gerais/ServiçoNacional de Aprendizagem Rural).

Neste ano, do total de 2,5 milhões deescolares que serão atendidos no Estado,estão inscritos na região 197.398 estudantesde 1ª a 8ª séries de 623 escolas. Serão atendi-dos estudantes de Passos, São Sebastião doParaíso, Cássia, Alpinópolis, Bom Jesus daPenha, São João Batista do Glória, Capetin-ga, Carmo do Rio Claro, Capitólio, Clara-val, Conceição da Aparecida, Delfinó-polis,Fortaleza de Minas, Guapé, Ibiraci, Itaú deMinas, Itamogi, Piumhi, Pratápolis, SãoRoque de Minas e Vargem Bonita.

A melhor experiência pedagógica,entre as dez melhores premiadas regional-mente receberão um carro 0kmcarro 0kmcarro 0kmcarro 0kmcarro 0km, um paracada categoria A e B.

Tratoristas de Piumhi (MG) receberamtreinamento gratuito do SENAR MINASentre os dias 5 e 9 de março último. O cur-so “Operação e Manutenção de Tra-Operação e Manutenção de Tra-Operação e Manutenção de Tra-Operação e Manutenção de Tra-Operação e Manutenção de Tra-tores Agrícolastores Agrícolastores Agrícolastores Agrícolastores Agrícolas” teve como objetivocapacitar os trabalhadores rurais no uso detratores e maquinas agrícolas. A parceriafoi com o Sindicato dos Produtores Rurais.

Participaram do curso 10 tratoristas dasfazendas Santa Júlia e Santana do Paraná,zona rural de Piumhi. Ao todo, foram 40haulas, sendo 95% delas práticas. “Com otreinamento, os tratoristas se aperfeiçoaramno trabalho de operação e manutenção detratores, observando aspectos de segurançano trabalho e preservação do meio ambien-te”, disse o instrutor do SENAR, engenhei-ro agrícola Wander Magalhães Moreira Jr.

O tratorista Pedro Olivério Silva, hámais de 10 anos na área, aprovou o treina-mento. “Todo dia, a tecnologia muda e temosque nos adaptar à máquina. Com o curso doSENAR, aprendi muita coisa que vaimelhorar o meu serviço, principalmenteem casos de urgência”, avaliou.

- SENAR MINAS - SENAR MINAS -- SENAR MINAS - SENAR MINAS -- SENAR MINAS - SENAR MINAS -- SENAR MINAS - SENAR MINAS -- SENAR MINAS - SENAR MINAS -Fazendas cafeeiras deFazendas cafeeiras deFazendas cafeeiras deFazendas cafeeiras deFazendas cafeeiras deCabo Verde treinamCabo Verde treinamCabo Verde treinamCabo Verde treinamCabo Verde treinamgestão de qualidadegestão de qualidadegestão de qualidadegestão de qualidadegestão de qualidade

Tratoristas de PiumhiTratoristas de PiumhiTratoristas de PiumhiTratoristas de PiumhiTratoristas de Piumhise aperfeiçoam no usose aperfeiçoam no usose aperfeiçoam no usose aperfeiçoam no usose aperfeiçoam no usode tratores agrícolasde tratores agrícolasde tratores agrícolasde tratores agrícolasde tratores agrícolas

O SENAR MINAS iniciou em Cabo Ver-de (MG) um curso gratuito de GQC (Ges-GQC (Ges-GQC (Ges-GQC (Ges-GQC (Ges-tão com Qualidade em Campo)tão com Qualidade em Campo)tão com Qualidade em Campo)tão com Qualidade em Campo)tão com Qualidade em Campo) – pro-grama que visa melhorar a administração napropriedade rural. O treinamento, que tem224h aulas e prossegue até 21 de maio, édirecionado a 20 participantes de fazendasde café do município. A parceria é do Sindica-to dos Produtores Rurais de Cabo Verde edo núcleo da Cooxupé - Cooperativa Regio-nal dos Cafeicultores de Guaxupé. “O GQCdo SENAR tem como meta levar informaçõesna área de gestão para que o administradormelhore a qualidade de produção em suaspropriedades. Com o curso, eles poderão fa-zer um plano de gestão para um tempo de 4anos, de 2007 a 2010”, contou o instrutorEngº Agrº Edson Ferreira Fontes. O curso édividido em oito módulos, sendo quatro delesteóricos e outros quatro consultorias in loconas fazendas dos participantes. Na teoria, osalunos vêem assuntos como diagnóstico daempresa rural, análise dos pontos fortes efracos, planejamento estratégico, prazos,organização e controle de mercado.

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ComercializaçãoComercializaçãoComercializaçãoComercializaçãoComercialização

Quanto à forma de comercialização,observa-se, no mercado ‘in natura’, apresença de embalagens semelhantes àsutilizadas para morango, onde, em cada“cumbuca”, são ofertados em torno de120 a 150 gramas de frutas de amoreira-preta.

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Girolando e Ovinos são os destaques em FrancaGirolando e Ovinos são os destaques em FrancaGirolando e Ovinos são os destaques em FrancaGirolando e Ovinos são os destaques em FrancaGirolando e Ovinos são os destaques em FrancaFaltando um pouco mais de um mês

para o início da 38ª Expoagro - ExposiçãoAgropecuária de Franca, a Divisão deAgronegócios da prefeitura municipalpraticamente definiu as atrações agrope-cuárias que circularão de 18 a 27 de maiopelas pistas do Parque de Exposições“Fernando Costa”, em Franca (SP).

No primeiro turno, a Expoagro con-tará com as exposições de Gado Girolandoe Gir, bem como de Cavalo Árabe e aentrada dos Ovinos Santa Inês e MoradaNova. Já no segundo turno, o eventocontará com as exposições de GadoNelore e Cavalos Mangalarga.

O grande destaque da exposição seráa Interestadual do Girolando, que estárankiada pela Associação Brasileira dosCriadores de Gado Girolando e acon-tecerá no primeiro turno da exposição.“Estamos prevendo a presença de cercade 150 animais”, afirma Heitor de Lima,diretor de Agronegócios da prefeitura.

A exposição de ovinos também mere-ce destaque. Ela está sendo organizadapelo Núcleo de Criadores de Ovinos deFranca e Região, com a supervisão daAspaco - Associação Paulista dos Cria-dores de Ovinos. “Para o próximo ano, aexposição de ovinos na Expoagro seráranquiada a nível estadual pela Aspaco”,afirma Sérgio Bertelli Garcia, do núcleode criadores.

As raças predominantes no julga-mento de ovinos serão a Santa Inês e aMorada Nova. A última, inclusive, colocao nome da região de Franca em destaque,visto que, com exceção do nordestebrasileiro, nenhuma outra região do paíscria o Morada Nova. Já a Santa Inês vemsendo a preferida dos criadores, inclusive

com a possibilidade de contar com apresença de criadores do Nordeste.

Outra exposição ranquiada será a doCavalo Mangalarga, que acontecerá nosegundo turno. De acordo com PauloRoberto Ferreira Pinto, médico veteriná-rio da Divisão de Agronegócios da prefei-tura, os jurados ainda não foram defini-dos, mas a exposição consta no calendárioda ABCCRM - Associação Brasileira dosCriadores de Cavalos da Raça Manga-larga.

A tradição da Expoagro será mantidacom a exposição do Gado Gir e do GadoNelore, que ocuparão a maioria das 300

Novilha Girolando em julgamento naNovilha Girolando em julgamento naNovilha Girolando em julgamento naNovilha Girolando em julgamento naNovilha Girolando em julgamento napista principal do Parque Fernandopista principal do Parque Fernandopista principal do Parque Fernandopista principal do Parque Fernandopista principal do Parque FernandoC o s t aC o s t aC o s t aC o s t aC o s t a

Grandes criadores de ovinos Santa InêsGrandes criadores de ovinos Santa InêsGrandes criadores de ovinos Santa InêsGrandes criadores de ovinos Santa InêsGrandes criadores de ovinos Santa Inêspromovem disputas acirradas na Expo-promovem disputas acirradas na Expo-promovem disputas acirradas na Expo-promovem disputas acirradas na Expo-promovem disputas acirradas na Expo-agro, como a Carpa (Serrana/SP, à es-agro, como a Carpa (Serrana/SP, à es-agro, como a Carpa (Serrana/SP, à es-agro, como a Carpa (Serrana/SP, à es-agro, como a Carpa (Serrana/SP, à es-querda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/querda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/querda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/querda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/querda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/SP, à direita).SP, à direita).SP, à direita).SP, à direita).SP, à direita).

Jurado da exposição de Mangalarga, emJurado da exposição de Mangalarga, emJurado da exposição de Mangalarga, emJurado da exposição de Mangalarga, emJurado da exposição de Mangalarga, em2006, premia os animais da prova de2006, premia os animais da prova de2006, premia os animais da prova de2006, premia os animais da prova de2006, premia os animais da prova dea n d a m e n t o .a n d a m e n t o .a n d a m e n t o .a n d a m e n t o .a n d a m e n t o .

Animais de elite da raça Nelore são asAnimais de elite da raça Nelore são asAnimais de elite da raça Nelore são asAnimais de elite da raça Nelore são asAnimais de elite da raça Nelore são asprincipais atrações nos pavilhões deprincipais atrações nos pavilhões deprincipais atrações nos pavilhões deprincipais atrações nos pavilhões deprincipais atrações nos pavilhões deb o v i n o s .b o v i n o s .b o v i n o s .b o v i n o s .b o v i n o s .

Gustavo Estrela e CélioGustavo Estrela e CélioGustavo Estrela e CélioGustavo Estrela e CélioGustavo Estrela e CélioAugusto Pereira Rodrigues,Augusto Pereira Rodrigues,Augusto Pereira Rodrigues,Augusto Pereira Rodrigues,Augusto Pereira Rodrigues,organizadores da Expocães.organizadores da Expocães.organizadores da Expocães.organizadores da Expocães.organizadores da Expocães.

argolas existentes no recinto do parque.Os criadores de Gir entrarão no primeiroturno, enquanto que os criadores de Ne-lore estarão na parte final da exposição.

A Expoagro contará ainda com atradicionalíssima Expocães - ExposiçãoRegional de Cães, organizada com bri-lhantismo por Gustavo Estrela, repre-sentante da Guabi em Franca (SP). AExpocães acontecerá no primeiro do-mingo da feira, dia 20 de maio.

Já no dia 27 de maio, na pista central,a Sociedade Hípica de Franca e o Eques-trian Center organizarão uma prova re-gional de hipismo.

Criadores de Cavalo ÁrabeCriadores de Cavalo ÁrabeCriadores de Cavalo ÁrabeCriadores de Cavalo ÁrabeCriadores de Cavalo Árabetrazem a elegância de belostrazem a elegância de belostrazem a elegância de belostrazem a elegância de belostrazem a elegância de belosanimais para a Expoagro.animais para a Expoagro.animais para a Expoagro.animais para a Expoagro.animais para a Expoagro.

Na Expocães, animais deNa Expocães, animais deNa Expocães, animais deNa Expocães, animais deNa Expocães, animais devárias raças fazem a festa novárias raças fazem a festa novárias raças fazem a festa novárias raças fazem a festa novárias raças fazem a festa noprimeiro domingo da feira.primeiro domingo da feira.primeiro domingo da feira.primeiro domingo da feira.primeiro domingo da feira.

O público participa comO público participa comO público participa comO público participa comO público participa comentusiasmo dos julgamentosentusiasmo dos julgamentosentusiasmo dos julgamentosentusiasmo dos julgamentosentusiasmo dos julgamentosdos animais.dos animais.dos animais.dos animais.dos animais.

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COOXUPÉ - UNIDADEDEMONSTRATIVA DE MILHOdia 20. Cooxupé. Fazenda NovoHorizonte (Samuel Pimenta Viana).Alpinópolis (MG). INF. Site:www.cooxupe.com.br

I CONCANA - CongressoInternacional de Tecnologia naCadeia Produtiva da Canadias 26 a 30. FAZU e Canacampo.Centro de Eventos ABCZ. Uberaba(MG). INF. (34) 3315-4100. Site:www.concana.com.br

COOXUPÉ - UNIDADEDEMONSTRATIVA DE CAFÉdia 27. Cooxupé. Fazenda PadreVitor (Pedro Augusto de Paula).Carmo do Rio Claro (MG). INF.Site: www.cooxupe. com.br

6º GRANDE LEILÃO ANUAL DEGIROLANDO FAZENDA SANTALUZIA - 400 fêmeasdia 28. Embral Leilões.FazendaSanta Luzia (José Coelho Vitor &Filhos). Passos (MG). TransmissãoCanal Terra Viva. INF. . Site:www.embral.com.br

73ª EXPOZEBU - ExposiçãoInternacional de Gado Zebudias 29 a 10/05. ABCZ. Pq.Fernando Costa. Uberaba (MG).INF. www.abcz.com.br

AGRISHOW Ribeirão Pretodias 30 a 05/05. Abimaq. EstaçãoExperimental. Ribeirão Preto (SP).INF. (11) 5591-6300. Site:www.agrishow.com.br

COOXUPÉ - UNIDADEDEMONSTRATIVA DE CAFÉdia 4. Cooxupé. Fazenda Mãe-de-Ouro (Nahor Luz de Faria Jr.).Alpinópolis (MG). INF. Depto.Assist. Técnica. Site:www.cooxupe. com.br

SEMINÁRIO DE CAFÉ ORGÂNICOdias 4 e 5. Palestrantes: Drª AnaMaria Primavesi, Dr. Paulo Chagase Msc. Antonio Carlos FonsecaLeal. Vitória da Conquista (BA). INF.(75) 3621-3153. Email:[email protected]

CURSO DE PERMACULTURAdia 5. AAO. Parque da ÁguaBranca. São Paulo (SP). INF. (11)3875-2625. Site:www.aao.org.br.

CURSO MINHOCULTURA ECOMPOSTAGEM (AAO)dia 6. AAO. Minhocário do Parqueda Água Branca. São Paulo (SP).INF. (11) 3875-2625. Site:www.aao.org.br.

GESTÃO DE CUSTOS EMMÁQUINAS AGRÍCOLASdia 15. IAC. Centro deEngenharia e Automação. Jundiaí(SP). INF. www.iac.sp.gov.br

EXPOAL - EXPOSIÇÃO AGROP.COM. IND. ALFENASdia 17 a 20. Parque deExposições. Alfenas (MG). INF.(35) 3291-1174. [email protected]

38ª EXPOAGRO - EXP.AGROPECUÁRIA DE FRANCAdias 18 a 27. Parque FernandoCosta. Franca (SP). INF. (16)3724-7080.

CURSO DE CORTES EQUALIDADE DA CARNE BOVINA:CORTE ACÉM e FILET MIGNONdia 24. Casa Gourmet Arno -Shopping Interlagos(Interlagos) eShopping Plaza Sul (Saúde). SãoPaulo (SP). INF. (11) 3814-4147.www.sic.org.br

COOXUPÉ - UNIDADEDEMONSTRATIVA DE CAFÉdia 24. Cooxupé. Fazenda Onça(Ricardo Grassano). Monte Santode Minas (MG). INF. Depto.Assist. Técnica. Site:www.cooxupe. com.br

Os Independentes organizam em Barretos o 4º Pec ShowOs Independentes organizam em Barretos o 4º Pec ShowOs Independentes organizam em Barretos o 4º Pec ShowOs Independentes organizam em Barretos o 4º Pec ShowOs Independentes organizam em Barretos o 4º Pec Show

O IV Barretos Pec Show acontece de14 a 22 de abril no Parque do Peão, emBarretos (SP) e vai contar com a partici-pação dos maiores pecuaristas do Brasil.Mais de mil animais entre bovinos, eqüi-nos e ovinos estarão em exposições eamostras durante o evento, que é umaparceria com o grupo de criadores G8.

Na exposição de bovinos, cerca de 800

animais são esperados das raças NelorePadrão, Nelore Mocho e Brahman.Também estão previstos leilões de gadoda raça Brahman, uma das mais nobresdo mundo.

A raça de cavalos Mangalarga tam-bém estará presente no evento. Exem-plares premiados de Mangalarga vãoparticipar da exposição que terá grandescriadores da conceituada raça para lazere trabalho.

Pela primeira vez, o Pec Show faráuma amostra de ovinocultura comanimais das raças de elite Dorper e SantaInês. No dia 18, no Rancho CMT de OsIndependentes, no Parque do Peão, como apoio do Sebrae-SP, será realizado oSimpósio de Ovinos. O evento contará

com especialistas na criação de ovinos eprodutores da região. Serão organizadasmesas de debates e palestras, como a de“Melhoramento Genético”, organizadopela Embrapa, de Sobral (CE).

Está confirmada da presença de JoãoPaulo de Almeida Sampaio Filho, Se-cretário de Agricultura e Abastecimentoe dos mais importantes rebanhos deovinos do Brasil: Cabanha São Pedro(raça dorper), Carpa Serrana, Mombucae Fazenda Vassoural (raça Santa Inês).

“Durante 11 dias em abril, Barretosvai se tornar, mais uma vez, a vitrine dogado fino no Brasil, reunindo também osmaiores nomes da pecuária brasileira”,afirma Marcos Abud, presidente de OsIndependentes.

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