Ediçao 23
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Faltam funcionários na Comarca JUSTIÇA. Dois anos depois do início da reforma do mapa judiciário que criou a comarca da Grande Lisboa Noroeste, que juntou os juízos de Sintra, Mafra e Amadora numa só circunscrição judicial, o balanço é positivo mas continuam a faltar funcionários judiciais.Concelho, 9
Barragem de Belas PATRIMÓNIO. A barragem romana de Belas, património classifi cado, está ao abandono. Os sinais dos tempos marcam a degradação da barragem que abastecia a povoação que está na origem da cidade de Lisboa. Concelho, 10
Incêndio em Queluz SOCIEDADE. Um incêndio no último andar de um prédio na Avenida Miguel Bombarda desalojou 13 pessoas. O terceiro e quarto pisos fi caram inabitáveis e os moradores que perderam todos os bens desconhecem o que o futuro lhes reserva. Queluz, 14
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Correio de Sintra www.correiodesintra.net
Quinzenário 20 de Abril a 5 de Maio de 2011 n.º 23 GRATUITO
Director: Joaquim José Reis
Concelho de Sintra é onde morrem mais pessoas nas estradas
CONCELHO. Nos últimos dois anos, Sintra foi o município do distrito de Lisboa que registou o maior número de mortes, com um total de 62, o dobro dos registados na capital portuguesa. A maior parte destes acidentes ocorreram dentro das grandes áreas urbanas, em estradas em bom estado de conservação. Concelho, 6
Concelho de Sintra é onde morrem mais pessoas nas estradas
2 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011 A abrir
Com a chegada da Televisão Digital Terrestre (TDT), as
operadoras de televisão por cabo têm aproveitado para divulgar
os seus serviços junto da população que desconhece este
sistema, apresentando-se como a única alternativa existente. No
entanto, quem o desejar pode adquirir um descodifi cador que se
encontra à venda nas grandes superfícies, mantendo assim o
acesso aos quatro canais portugueses de forma gratuita.
Fechado há vários anos, o antigo bar-esplanada que recebia
centenas de visitantes junto à Praia da Adraga foi deixado ao
abandono. O lixo acumula-se dentro das instalações naquele que
já foi um cartão de visita da costa da freguesia de Colares.
Salta à vista...
JR
Está ai a equipa negocial composta pelo Fundo
Monetário Internacional, Banco Central Europeu e
União Europeia. Vêm analisar a realidade económica
e fi nanceira do País e em função dessa análise irão, ou
não, conceder, por tranche trimestrais, o empréstimo que
Portugal tanto precisa.
E quem analisará a realidade social do País?
É notícia que vão propor o corte dos subsídios de férias
e de Natal, nas pensões e reformas e o congelamento
de salários. É também notícia que vão propor o aumento
de impostos directos e indirectos, com os consequentes
aumentos da alimentação, luz, água, gás, combustíveis e
transportes. No fundo, nada que o chumbado PEC IV não
tencionasse levar a cabo.
Medidas que poderão salvar Portugal da bancarrota,
endireitar as contas públicas, aumentar a credibilidade
de Portugal face ao estrangeiro e desafogar o sistema
fi nanceiro português.
E quem vai salvar os Portugueses?
Também é notícia que Portugal tem que melhorar a sua
competitividade e aumentar a sua produtividade e que as
medidas para tal passam por uma maior fl exibilidade no
emprego e maior facilidade nos despedimentos para que
as empresas se tornem mais rentáveis.
E como se vai combater o aumento do desemprego?
Em tempos de incertezas surgem as interrogações,
estas são três perguntas, que deveriam merecer uma
profunda refl exão dos três partidos políticos do arco da
governabilidade. Três perguntas que deveriam estar muito
presentes nos seus planos de negociação das medidas de
austeridade com a equipa do FMI, BCE e UE.
No mínimo, o que se espera destes três partidos é
que não releguem para segundo plano os aspectos
sociais desta crise. Senão, corre-se o risco de endireitar
fi nanceiramente Portugal à custa de uma ainda maior
miséria social dos Portugueses.
Estarão dispostos a isso? Serão capazes? Conseguirão?
editorialEis que chegaram!
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4 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
AMBIENTE. A Comissão Permanente de Obras Municipais, Transito e Protecção Civil da Assembleia Municipal de Sintra condena o abandono das praias por parte das entidades da administração central. Depois de São João das Lampas, as várias forças partidárias do concelho estiveram nas praias de Colares, onde encontraram um “péssimo cartão de visita”.
Desde o início da costa da freguesia, onde se encontra uma jazida de pegadas de dinossauro cujo acesso está encerrado há quatro anos, pas-sando pela Praia Grande e até às Azenhas do Mar, a linha de costa da freguesia apresenta um problema em comum.
Para o coordenador da Comissão Permanente de Obras Municipais, Trânsito e Protecção Civil da Assembleia Municipal de Sintra, Nuno Anselmo (presidente da Junta de Freguesia de São Marcos), a segunda visita dos autarcas mostra que a linha de costa de Sintra tem vários pro-blemas por resolver.
“Lixeiras a céu aberto, praias interditas, falta de infra-estruturas nas praias, maus acessos ou inexis-tência dos mesmos, e um grande desinvestimento por
parte das entidades da admi-nistração central, nomeada-mente a ARH Tejo (Adminis-tração da Região Hidrográ-fi ca), que tem responsabili-dades nesta matéria”, disse o
autarca ao Correio de Sintra.Nuno Anselmo adiantou
que o estado da costa sin-trense “mexe com a qualidade de vida dos sintrenses, que não podem usufruir das suas
praias, mexe com a qualidade de vida de milhares de pes-soas na Área Metropolitana de Lisboa, que gostariam de frequentar as praias e, mexe sobretudo com a economia local, que no tempo difícil que estamos a atravessar se vê privada de um rendimento suplementar durante a época de Verão”.
O autarca social-democrata acrescentou que a falta de articulação entre as várias entidades que tutelam a costa é a principal causa para situações como o abandono da praia das Azenhas do Mar, onde parte do muro do mira-douro já ruiu há alguns anos, fi cando reservado ao aban-dono.
O presidente da Junta de Freguesia de Colares lamenta “o péssimo cartão de visita” que as praias da freguesia representam actu-almente. “Eu sinto vergonha de vir aqui porque no estado em que estão não têm segu-rança nenhuma. Parece que tem que haver uma tragédia para fazerem alguma coisa”, disse, revoltado, Rui Franco dos Santos. JR
Concelho
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Concelho
Costa sintrense ao abandono
Acesso às pegadas de dinossauro está cortado há quatro anos.
Assalto ao BPN vale 22 mil eurosSOCIEDADE. Um homem armado assaltou a dependência do Banco Português de Negócios (BPN) na Portela de Sintra de onde terá levado 22 mil euros dentro de sacos de plástico, disse ao Correio de Sintra fonte da GNR.
Segundo a mesma fonte, o assalto ocorreu às 13h35, tendo o homem fugido a pé logo de seguida, e não há registo de feridos. No local esti-veram a GNR e a Polícia Judiciária, que vedaram o acesso à agência.
A 11 de Abril, o homem (ao que tudo indica agiu sozinho), aguardou por
um menor afl uxo de clientes naquela dependência. Às 13h35, o ladrão em posse de uma pistola, entrou na insti-tuição bancária, da avenida das Forças Armadas, tendo exigido aos funcio-nários o dinheiro disponível. Para tal, deu aos funcionários dois sacos iguais aos utilizados para carregar com-
pras nos supermercados. Alguns dos moradores e comerciantes do local disseram ao Correio de Sintra não se terem apercebido de que tinha ocor-rido um assalto. “Não vi nada. Esteve ali muita polícia mas ninguém se aper-cebeu que tinham assaltado o banco”, disse um deles. JR
JR
520 de Abril de 2011 Correio de Sintra
SOCIEDADE. O novo shopping do concelho de Sintra já abriu e espera atrair entre dez a onze milhões de visitantes anuais. A corrida ao centro comercial mostrou que os dois acessos são insufi cientes e a administração já anunciou que está a negociar acessos directos do IC19.
Situado junto à confl uência do IC19 com a Autoestrada A16, o Fórum Sintra custou 170 milhões de euros e criou 2500 postos de trabalho, e espera facturar 300 milhões de euros por ano.
O director para o sul da Europa da Multi Develop-ment, promotora do empreen-dimento, disse esperar que o centro comercial receba entre dez a onze milhões de visi-tantes por ano.
“O centro comercial é um factor de desenvolvimento do concelho de Sintra a nível de promoção de emprego e de fi xação de consumo. É um centro comercial para facturar cerca de trezentos milhões por ano, entre todas as parcelas do Fórum”, disse Benno Van Veggel, à margem da inauguração do “shop-ping”, que contou com a pre-sença de 1200 convidados.
Segundo o responsável, a empresa pretende dotar o local com um acesso directo ao IC19, encontrando-se neste momento em negocia-ções com entidades da tutela para que seja uma realidade a breve prazo.
Benno Van Veggel adiantou que faltam alugar cinco espaços, considerando que o Fórum Sintra “terá uma boa receptividade” por parte dos visitantes, uma vez que se encontra numa área de infl u-ência com cerca de 600 mil pessoas.
“Fazia muita falta um centro comercial nesta zona porque as pessoas faziam as suas compras fora do concelho. Aqui encontram de tudo, desde as grandes marcas às lojas mais pequenas de comerciantes aqui de Sintra”, sublinhou.
O Fórum Sintra abriu as portas às 21h de 11 de Abril, e conta com uma área de 55 mil metros quadrados, dis-tribuídos por três pisos com um total de 182 lojas, um hipermercado e sete salas de cinema, além de um parque de estacionamento com 2250 lugares.
Este é o primeiro grande centro comercial localizado no concelho de Sintra estando situado na freguesia de Rio de Mouro, junto a Algueirão-Mem Martins.
O Fórum Sintra apostou em lojas âncora, como a Worten, H&M, Sportzone, C&A, New Yorker, Modalfa, Zara e Pri-mark e inclui um hipermer-cado Pingo Doce, que apre-senta um restaurante com capacidade para 300 pes-soas.
A inauguração do centro comercial contou com as presenças do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fer-nando Serrasqueiro, do gover-nador Civil de Lisboa, António Galamba, e do presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara.
O autarca considerou que o Fórum Sintra é um espaço
de “oportunidade e de inves-timento” numa altura em que Portugal atravessa uma grave crise económica. Fer-nando Seara enalteceu ainda o número de postos de tra-balho criados através de uma bolsa de emprego online que
recebeu nove mil candida-turas. O secretário de Estado, Fernando Serrasqueiro, con-siderou que o investimento de 170 milhões de euros foi uma opção “ousada”, mas importante para a criação de emprego. JR
Concelho
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Fórum Sintra abriu dia 11
Empresários do concelho temem “pesadelo”Para o presidente da Asso-ciação Empresarial de Sintra (AESintra), “os empresários do concelho, sobretudo os das áreas de pronto-a-vestir e ali-mentação vão passar por um grande pesadelo” devido à presença do centro comercial.
“Se a situação já não era boa, agora certamente que se vai agravar, por causa da concorrência que as grandes superfícies têm causado por todo o país e à qual esta
região não fi ca imune”, consi-dera Manuel do Cabo.
Para a associação, “o gigante económico e os potentes meios de marketing e publicidade vão fazer tudo para desviar os consumi-dores do comércio local para as grandes superfícies”.
Manuel do Cabo adiantou que “é com grande pessi-mismo que os empresários do comércio local olham para o seu futuro”. JR
Concerto de Rita Guerra para 1200 convidados.Centro Comercial custou 170 milhões e emprega 2500 pessoas.
DR
6 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
SINISTRALIDADE. Nos últimos dois anos o concelho de Sintra foi o que registou o maior número de mortes da área da Grande Lisboa, com um total de 62, o dobro dos registados em Lisboa. Uma realidade que contrasta com os números da capital portuguesa,onde ocorreram o maior número de acidentes (180), o dobro dos ocorridos em Sintra.
Em 2009 e 2010 morreram 181 pessoas nas estradas do distrito de Lisboa, num total de 589 acidentes. Segundo o relatório de sinistralidade de 2009 e 2010, apresentado pelo Governo Civil de Lisboa, a maior parte destes acidentes ocorreram dentro das grandes áreas urbanas, em vias de bom estado de conservação.
Com uma densidade popu-lacional de 1433 habitantes por quilómetro quadrado o concelho de Sintra apresen-tava em 2001, segundo os Censos, movimentos pendu-lares na ordem de 120 mil entradas e mais de 192 mil saídas diárias do concelho, revelando o cariz de dormitório deste município.
A A9-CREL, o IC19 e as Estradas Nacionais 9, 247 e 249 são os principais eixos rodoviários do concelho de Sintra, e a relação à utili-zação é proporcional também ao número de acidentes. Dos 80 acidentes analisados no biénio 2009/2010 resultaram 62 vítimas mortais, 35 feridos graves e 20 ligeiros.
As condições atmosféricas tiveram alguma infl uência na incidência de acidentes graves, tendo 25 deles ocor-rido sob a presença de chuva. Mais de metade ocorreram durante o dia (59 por cento), destacando-se o período con-siderado normal de trabalho (entre as 10h e as 17h) res-ponsável por um terço do total dos acidentes. O período nocturno é responsável por números semelhantes (32 por cento).
Segundo o relatório, os períodos de trânsito apon-tados como críticos, a hora de ponta, corresponderem a 35 por cento dos acidentes graves. O relatório explica que com o avolumar do trânsito há uma tendência natural para um congestionamento das vias de trânsito, obrigando a uma redução da velocidade e, com isso, reduzindo a pro-porção de acidentes graves. Por seu lado, os acidentes não graves aconteceram maiorita-riamente neste período.
“Quanto ao estado de conservação das vias, é de salientar o fraco desempenho do concelho de Sintra ao nível do pavimento. As vias estão longe de corresponder ao exi-gível para um concelho tão importante como este, tão perto da capital do país, do Aeroporto Internacional da Portela, de concelhos limí-trofes tão importantes e que serve uma população de quase 500 mil habitantes. Representam 71 por cento dos acidentes ocorridos em
vias de comunicação rodovi-árias consideradas razoáveis ou regulares. É motivo forte de preocupação”, sustenta o rela-tório de sinistralidade.
Segundo o documento, há uma tendência para o aumento do número de atro-pelamentos nas zonas mais densamente povoadas e mais populosas, com especial inci-dência nos núcleos urbanos consolidados, onde se verifi ca uma maior afl uência de peões.
No que toca ao tipo de via-turas envolvidas, os dados mostram que a maioria dos
veículos envolvidos em sinis-tros são ligeiros de passa-geiros (75 por cento), e que os veículos de duas rodas são responsáveis por 17 por cento.Os pontos mais sensí-veis do concelho são a Rua Elias Garcia, Rua de Berlim, Avenida de Santa Marta, Ave-nida dos Bons Amigos, parte da EN9 e da EN247 e o IC19 praticamente em toda a sua extensão, com especial inci-dência nos acessos ao Cacém e a Rio de Mouro.
Contactado pelo Correio de Sintra, o Governador Civil
de Lisboa, António Galamba, considerou que os resultados mostram que é necessária uma intervenção no tecido urbano, ao nível da redução da velocidade, melhor sinali-zação e melhoria das condi-ções de circulação dos peões.
“Sintra é o município mais jovem e com mais população. A faixa dos 26 aos 35 anos é a que mais tem sofrido aci-dentes”, considerou, adian-tando que “os cidadãos têm que alterar comportamentos”, de forma a reduzir a sinistrali-dade nas estradas. JR
Concelho
Concelho de Sintra é onde morrem mais pessoas nas estradas
AR
QU
IVO
IC19 é um dos pontos críticos da área da Grande Lisboa.
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720 de Abril de 2011 Correio de Sintra
SEGURANÇA. A Escola Secundária de Leal da Câmara e a Junta de freguesia de Rio de Mouro exigem a colocação de passadeiras com lombas nas avenidas Pedro Nunes e da Descoberta. Segundo o director da escola, a Câmara Municipal de Sintra comprometeu-se a resolver a situação até o início do próximo ano lectivo.
“O atravessamento nessa zona dá-se devido à presença da bomba de gasolina da Repsol. Muitos miúdos que frequentam a escola secundária atravessam as avenidas Pedro Nunes e da Descoberta para irem comprar alguma coisa ao posto de abasteci-mento”, explicou Filipe Santos, pre-sidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro. “No entanto, os atraves-samentos são feitos sem normas de segurança”, acrescentou o autarca. Jorge Lemos, director da Escola Secun-dária de Leal da Câmara, mostrou-se preocupado com a situação, adian-tando que já se registaram vários atro-pelamentos naquele local, envolvendo alunos do estabelecimento de ensino. “Já houve uma aluna da escola que foi atropelada na Avenida da Desco-berta. A escola tem um Conselho de
Segurança Escolar que reúne várias entidades, nomeadamente a Junta de Freguesia de Rio de Mouro e a PSP de Sintra. Já nos reunimos para ultra-passar estes problemas de acesso”, disse. Apesar das barreiras colocadas pela autarquia, que impedem o atra-vessamento, a falta de segurança per-siste. “As pessoas não respeitam a passadeira aérea existente na Avenida da Descoberta e saltam as protecções, atravessando sem segurança”, frisou Filipe Santos.
A direcção da escola revelou ao Cor-reio de Sintra já existir um compro-misso por parte da autarquia sintrense de modo a resolver o problema. “Existe, por parte da Câmara Municipal, a garantia de melhorar as condições de atravessamento nas avenidas Pedro Nunes e da Descoberta até o início do próximo ano lectivo”, explicou Jorge Lemos. Estão planeadas a “colocação de lombas nas zonas das passadeiras e barreiras que impeçam o atravessa-mento, tal como rampas para pessoas com mobilidade reduzida”, disse.
“O seguro escolar é apenas accio-nado em caso de atropelamentos no trajecto casa-escola e escola-casa de modo a diminuir os custos hos-pitalares”, garantiu Lucinda Santos,
adjunta do director do estabeleci-mento escolar. Se um aluno for atro-pelado no caminho do posto de abas-tecimento para a escola, o seguro não será activado.
O Correio de Sintra tentou contactar a Associação de Pais da escola com o objectivo de perceber o seu papel nesta situação, que se mostrou incon-tactável até ao fecho de edição. AOP
Zona escolar sem acessos seguros
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AP
Os acessos entre a Escola Secundária Leal da Câmara e a Repsol não possuem passadeiras
8 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011 Concelho
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Negligência continua a dominar preocupações
SOCIEDADE. Em 2010 as duas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra (CPCJ), a Oriental (responsável por nove freguesias (cidades de Queluz e Agualva-Cacém e Belas e Casal de Cambra) e a Ocidental (restantes freguesias) tiveram um aumento de 327 processos face ao ano anterior. Ao todo as duas comissões acompanharam 3141 processos.
Mais uma vez a negligência domina as preocupações, com 945 casos, com a expo-sição a modelos de comporta-mentos desviantes a ganhar terreno, com 796 casos detec-tados. Este aumento deve-se, em parte, aos divórcios, com situações de casos de vio-lência doméstica e confl ito parental. De seguida foram detectados casos de maus-tratos, com 311 casos.
Segundo Helena Vitória, presidente da CPCJ Sintra Oriental, estas situações
acontecem tanto em famílias pobres como naquelas em que têm mais recursos.
“Essencialmente houve uma estabilização da situ-ação da negligência mas con-tinua a ser a mais problemá-tica. A exposição a modelos de comportamentos desviantes, que tem a ver com a violência doméstica e confl itos entre pais que se divorciam e não
se entendem quanto à guarda dos fi lhos, aumentou”, disse.
Em 2010 verifi cou-se um acréscimo do número de sina-lizações de crianças e jovens em risco em ambas as CPCJ, existindo uma maior inci-dência de sinalização na zona de Sintra Oriental. As enti-dades que mais sinalizaram foram, em primeiro lugar as escolas, seguidas da Polícia
de Segurança Pública. A rea-bertura de processos acom-panhou a mesma tendência verifi cando-se quase o dobro da reabertura de situações comparativamente ao ano de 2009. Segundo o relatório apresentado este mês pelas duas comissões, estes dados podem signifi car uma maior consciencialização para a necessidade de proteger as crianças, uma maior pró activi-dade na sinalização, um agra-vamento da situação sócio económica, ou uma maior agilização e organização dos meios de comunicação que facilitam a sinalização.
Segundo o documento a que o Correio de Sintra teve acesso, são evidentes os valores relativos aos maus-tratos físicos (onde se veri-fi cou uma diminuição em relação a 2009), e ao absen-tismo e abandono escolar (onde se verifi cou uma subida do valor em relação a 2009).
Em 2010, verifi cou-se um considerável aumento das
sinalizações na faixa etária dos 6 aos 10 anos (de 422 casos em 2009 passou para 763), sendo a que teve maior expressão, seguida da faixa etária dos 0 aos 5 anos que também verifi cou um aumento de casos.
Verifi ca-se também um aumento do número de casos de jovens com mais de 18 anos que continuam a ser acompanhados, sobretudo em questões como a gravidez na adolescência, autonomia de vida ou alternativas de for-mação.
Segundo o relatório das duas CCPJ, continuam a ser o alcoolismo e a doença mental os principais pro-blemas ao nível da saúde do agregado, tendo-se verifi cado um aumento de casos sobre-tudo ao nível da saúde mental. Estas duas problemáticas têm mais expressão em Sintra Oci-dental. As duas comissões verifi caram ainda uma estabili-zação do número de situações de toxicodependência. JR
Negligência continua a dominar sinalizações de crianças e jovens em risco.
DR
920 de Abril de 2011 Correio de SintraConcelho
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Terminou período experimental da comarca da Grande Lisboa Noroeste JUSTIÇA. Dois anos depois do início da reforma do mapa judiciário que criou a comarca da Grande Lisboa Noroeste, a juíza presidente do tribunal faz um balanço positivo, mas alerta para o número insufi ciente de funcionários face à sobrecarga do trabalho.
A comarca da Grande Lisboa Noro-este surgiu a 14 de abril de 2009, com a reforma do mapa judiciário, e juntou os juízos da Amadora, Sintra e Mafra numa só circunscrição judicial.
Para a presidente do tribunal de comarca da Grande Lisboa Noroeste, Ana de Azeredo Coelho, os dois anos da experiência têm sido positivos, muito devido ao empenho dos funcio-nários judiciais, que considera serem em número insufi ciente.
“O balanço global tem sido posi-tivo e a mudança de mentalidades começa a instalar-se. A experiência tem sido feita num quadro de enorme difi culdade de recursos e de grande sobrecarga de trabalho”, considerou.
A juíza presidente da comarca da Grande Lisboa Noroeste adiantou que, apesar destas limitações, a Justiça
cível tem tido uma generalizada baixa de pendências e a Justiça criminal, ao nível da pequena e média criminali-dade, tem uma resposta atempada.
Ao nível da média criminalidade “apresenta difi culdades por desade-quação de quadros face às compe-tências acrescidas em área territorial, que leva a que a resposta face aos
processos entrados esteja a experi-mentar difi culdades de manutenção”.
O Juízo de Execução “tem tido uma resposta muito positiva face à anterior situação mas, considerou, “não pode resolver um problema de regime legal que é nacional”.
“As principais vantagens do modelo legal assentam na introdução de uma especialização mais adequada à realidade sociológica e judiciária da área da comarca e de um modelo de gestão que permite uma efectiva coor-denação dos serviços e dos recursos e uma resposta em tempo real aos pro-blemas e estrangulamentos que vão surgindo”, adiantou.
Para a magistrada, a maior difi cul-dade sentida na comarca é “o dimi-nuto número de ofi ciais de Justiça e contratados face ao número eleva-díssimo de processos, não tendo sido colocados os funcionários necessários para a recuperação de pendências, contrariamente ao que a lei impunha”.
Ana de Azeredo Coelho adiantou que o número de funcionários judiciais é “claramente insufi ciente”, nomeada-mente o dos escrivães auxiliares, que
deveriam ser 84 e não 46. “A situação irá agravar-se com a cessação dos con-tratos das pessoas que nesse regime asseguram tais funções. Em breve pode-remos ter situações em que o número de escrivães auxiliares não permite a realização das diligências”, disse.
Ana de Azeredo Coelho considera que o actual modelo judicial introduz uma cultura de organização e gestão “a que o sistema era alheio” e começa a responder às necessidades, razão pela qual considera que é um modelo que deve ser aplicado às restantes comarcas portuguesas.
Alguns advogados contactados pelo Correio de Sintra disseram que há uma notória melhoria na aceleração de pro-cessos, embora evidenciem a falta de funcionários e também de juízes.
“Este modelo é muito melhor, porque os serviços e os juízos estão interligados. Tem havido uma preo-cupação em despachar os processos mais rápido, embora se note que o juízo de Comércio esteja com imenso trabalho por causa das insolvências e logo com atrasos”, disse Rui Laran-jeira, advogado em Sintra. JR
Reforma do mapa judiciário completou dois anos e terminou periodo experimental.
JR
10 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011 Concelho
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Antiga barragem romana de Belas está esquecidaPATRIMÓNIO. Os sinais dos tempos marcam a degradação causada pelo passar dos anos na antiga barragem romana de Belas. Este é um monumento classifi cado que em tempos terá abastecido Olisipo, a cidade romana que está nos primórdios da actual Lisboa.
O Dia Internacional dos Monumentos é assinalado a 18 de Abril. Em contraste com o Palácio da Pena, o Cas-telo dos Mouros, o Palácio da Vila ou a Quinta da Regaleira, no concelho de Sintra, rico em património, encontram-se alguns monumentos ao aban-dono, perdidos no esqueci-mento. Este é mais um desses casos.
Nas margens da ribeira de Carenque está um monu-mento classifi cado em 1974 como Imóvel de Interesse Público, que hoje em dia vive ofuscado pelo aqueduto das Águas Livres, em melhor estado de conservação e alvo de visitas turísticas.
Datada do século III, a antiga barragem é uma das maiores do mundo romano, com cerca de quinze metros de compri-mento, sete de largura e uma altura de oito metros, estando escondida entre a vegetação.
O presidente da Junta de Belas, Guilherme Dias, lamenta que o património arqueológico da freguesia esteja ao abandono, consi-derando que a recuperação de alguns dos monumentos da zona poderiam permitir
criar um importante pólo de turismo.
“É triste. A barragem já tem dezoito séculos. Na freguesia de Belas temos vários monu-mentos deste género - as três antas da freguesia, as minas romanas do Suímo e o espaço arqueológico das Camelas - todos eles ao abandono e é pena”, disse.
Para o arqueólogo Rui Oli-veira, a barragem até já teve “piores dias”, mas o impor-tante era “fazer um estudo mais aprofundado” do monu-mento, que é procurado por outros arqueólogos ingleses e alemães.
“A situação não é calami-tosa” mas “podia-se fazer um trabalho de investigação mais profundo, porque a parte de dentro da barragem nunca foi escavada. Como não está em risco, as entidades que gerem a barragem optaram sempre por outras mais prementes”, disse.
Rui Oliveira considera que seria importante desenvolver iniciativas de divulgação da importância deste monu-mento, aproveitando recursos como os do grupo de teatro que faz a animação aos visi-tantes do Aqueduto das Águas Livres.
“Quando as pessoas vão visitar o aqueduto e assistem à interacção entre os vários actores que retratam os tempos da rainha Carlota Joa-quina, era importante que também vissem a barragem, que, em termos históricos, é o mais importante que está
naquele local”, adiantou.Para o arqueólogo da
Assembleia distrital de Lisboa, Guilherme Cardoso, este é um monumento “muito impor-tante” que, embora até à data ainda não se consiga com-provar que seria a estrutura utilizada para fornecer água à cidade de Olisipo, o mais certo é que era dali que era feito o abastecimento.
Guilherme Cardoso lamenta a pouca importância que se tem dado à barragem, e que uma forma de dinamizar e explicar a sua importância
poderia passar por “criar cir-cuitos” integrados de visitas aos vários monumentos da envolvente.
O arqueólogo afasta a ideia de que a “arqueologia não é rentável” e que por essa razão não se investe nesta área: “Quando vamos para o Egipto, vamos ver arqueologia, e quando se vai a Mérida é para ver as ruínas. O problema é o investimento”.
Guilherme Cardoso adianta que é importante “manter o local limpo, uma vez que as árvores e as ervas acabam
por danifi car a barragem”, temendo ainda que as estradas da zona envolvente possam contribuir para a degradação do monumento.
A mais antiga referência à barragem romana de Belas remonta ao século XVI quando Francisco de Holanda escreve ao rei D. Sebastião afi rmando que seria importante trans-portar águas livres a Lisboa, mencionando a existência de um “muro larguíssimo e forte que lhe represava a água de um vale em uma lagoa ou estanque. JR
Guilherme Dias defende aproveitamento turístico da barragem datada do séc. III.
JR
1120 de Abril de 2011 Correio de SintraConcelho
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PSP recorre ao teatro e ao humor para prevenir burlas a idososSEGURANÇA. A PSP de Sintra reuniu-se com quatro centenas de idosos para transmitir conselhos de segurança ao grupo etário mais visado por burlas e roubos por esticão. Os idosos aprenderam pequenos “truques” para evitar sustos.
Aos 70 anos de idade, Maria da Conceição foi alvo de um roubo por esticão. A septuagenária circulava na rua quando dois homens numa via-tura lhe roubaram a carteira. Ficou sem parte da “pequena reforma” que aufere, e sem os documentos pessoais. O cenário é semelhante a muitos outros casos relacionados com burlas e roubos por esticão que diariamente acontecem em Portugal. Para evitar e diminuir riscos, a PSP de Sintra, no âmbito do Programa Inte-grado de Policiamento de Proximi-dade (PIPP) reuniu-se a 14 de Abril com cerca de quatro centenas de idosos para transmitir alguns conse-lhos de segurança.
Segundo o comandante da Divisão de Sintra da PSP, Hugo Palma, “os
idosos são o grupo mais visado por burlas e roubos por esticão”, daí a necessidade de dar conselhos e trans-mitir normas de segurança. “Alguns dos conselhos são para não andarem
com ouro à vista, não andarem em posse de muito dinheiro, não terem o código do multibanco na carteira e tentarem andar sempre acom-panhados. O objectivo é evitar que sejam vítimas de burlas e de roubos”, disse.
Na assistência do auditório de Rio de Mouro, centenas de idosos do concelho viram histórias que já lhes bateram à porta. Às suas ou às dos vizinhos.
As autoridades recorreram ao teatro para retratar alguns dos casos de burlas mais conhecidos, como o caso do homem que se fez passar por familiar de uma idosa, solicitando-lhe um empréstimo, ou a burla junto às caixas ATM (Multibanco), onde uma mulher tenta uma distracção do idoso, enquanto um homem levanta a quantia máxima de levantamento per-mitida.
O público não poupou palmas e, segundo a idosa Madalena Ribeiro, embora já muitos já conheçam algumas das recomendações da polícia, aproveitaram para “relembrar”.
“Conheço muitas pessoas que já caíram nestes esquemas. Uma das minhas vizinhas já foi assaltada em pleno dia, e magoaram-na muito para levar a carteira”, disse a idosa ao Cor-reio de Sintra.
Também a estrutura familiar de Francisco Branco, residente em Casal de Cambra, sofreu com os “amigos do alheio”: “a minha mulher já foi assal-tada na rua. Vinha carregada das compras, com as mãos ocupadas, e passaram por ela a correr e levaram-lhe o fi o de ouro que trazia ao pes-coço”, disse.
Assim, a polícia ensinou aos idosos pequenos “truques” de segurança para, no futuro, evitar que sejam vítimas deste tipo de delitos.
As autoridades deixaram conse-lhos para a utilização de caixas ATM, ou a nível de segurança na resi-dência, como fechar bem a porta, não escrever o nome no molho de chaves, não deixar as chaves por baixo do tapete ou equipar a porta da resi-dência com um sistema de segurança fi ável. JR
Hugo Palma, comandante da PSP de Sintra.
AO
P
12 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
SOCIEDADE. Os comerciantes da Aveni-da dos Missionários vão protestar contra as condições de acesso aos estabeleci-mentos, nomeadamente a colocação de uma escada que, afi rmam, deveria ter sido instalada noutro local, conforme “ti-nha sido prometido pela autarquia” de Sintra. Aos sábados as lojas vão estar encerradas até à resolução da situação.
O túnel de Agualva abriu ao público a 18 de Março, mas os comerciantes da Avenida dos Missionários conti-nuam a exigir a restituição dos preju-ízos causados por quase seis anos de obra parada. Os comerciantes exigem ainda a instalação de uma escada num local de acesso directo aos esta-belecimentos.
“A Câmara prometeu criar condi-ções de acessibilidade e não as criou. Instalou as escadas num sítio que faz com que as pessoas as subam e passem por trás das nossas lojas. Ao longo destes seis anos já tive mais se sessenta mil euros de prejuízos”, disse ao Correio de Sintra o proprie-tário de uma óptica, Joaquim Macedo.
O comerciante adiantou já ter soli-citado aos restantes proprietários de estabelecimentos para que entre-gassem à autarquia documentação que comprove as quebras de vendas ocorridas desde o encerramento da antiga passagem daquele local.
Joaquim Macedo considera que a abertura do túnel trouxe melhorias ao tráfego, mas lamenta que os peões continuem a não passar junto aos estabelecimentos.
Há cinco anos que Adriano Cunha e Leonel Capitão trabalham no cabe-leireiro para homens situado na Avenida dos Missionários. Adriano Cunha considera que falta uma pas-sagem directa que ligue os estabeleci-
mentos à passagem junto ao túnel. No entanto, adiantou que a abertura da infra-estrutura rodoviária trouxe mais peões e mais viaturas ao local. “Agora passam aqui mais carros e mais pes-soas. Desde que abriu já temos mais movimento no estabelecimento e perspectivamos que ainda vai haver mais melhorias”, acrescentou.
No fundo da avenida, Osvaldo Vaz faz contas aos prejuízos que esta obra trouxe ao seu mini-mercado. “Antes facturávamos entre 700 a 800 euros por dia. Agora andamos por volta dos 400, o que para um estabelecimento destes é pouco. Tenho esperança que isto melhore, embora o país esteja nesta crise de que tanto se fala”, disse, adiantado que ao longo dos últimos seis anos já ponderou por diversas vezes abandonar o negócio.
O túnel de Agualva foi construído sob a linha-férrea e permite a ligação entre a Rua D. António José de Almeida e a Avenida dos Missionários. Permitir maior fl uidez no trânsito no centro da cidade de Agualva-Cacém é o principal efeito já sentido pela população por esta obra que estava inicialmente pre-vista no âmbito do Programa Cacém Polis. A autarquia de Sintra assumiu o custo total da obra, concretizando-a mediante a celebração de um pro-tocolo de colaboração com a REFER, tendo adjudicado o projecto em Setembro de 2009 por um valor supe-rior a 2,5 milhões de euros.
Fonte do departamento de Obras Municipais da autarquia de Sintra disse ao Correio de Sintra que a Câmara já aprovou pintar uma passadeira em frente aos estabelecimentos do início da Avenida dos Missionários (junto ao túnel). A fonte garante que a autarquia está também a estudar a hipótese de deslocar a escada para o local preten-dido pelos comerciantes. JR
Cidades
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CacémComerciantes protestam contra acessibilidade na Avenida dos Missionários
Túnel de Agualva custou 2,5 milhões de euros e abriu a 18 de Março.
Moradores e comerciantes queixam-se da reduzída visibilidade junto às passadeiras.
JR
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14 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
SOCIEDADE. Um incêndio num apartamento no último piso de um prédio da Avenida Miguel Bombarda, em Queluz, obrigou ao realojamento de treze moradores. O incêndio provocou dois feridos ligeiros: a moradora do apartamento onde defl agrou o incêndio, que teve um ataque de ansiedade e foi assistida no local, e um dos bombeiros que sofreu traumatismos num ombro.
O incêndio começou às 19h15 de domingo, 17 de Abril, no último andar do número 134 da Avenida Miguel Bom-barda. O quarto andar e a cobertura fi caram queimadas na totalidade. Durante o com-bate às chamas, que foi reali-
zado por cinco corpos de bom-beiros, o 3º andar também fi cou inabitável devido à infi l-tração de água.
Na manhã do dia seguinte, a Protecção Civil de Sintra e os Bombeiros de Queluz esti-veram no local para apurar as condições de segurança do edifício. Segundo fonte da Pro-tecção Civil de Sintra, embora o edifício não tenha telhado, estão reunidas as condi-ções de segurança para que os moradores do primeiro e segundo piso se mantenham nas suas habitações, uma vez que não há risco de derrocada.
“Não há perigo. Pode haver queda de alguns destroços no interior, com corrimento de água, o telhado carbonizou e ruiu, mas as paredes princi-
pais não fi caram afectadas”, referiu. O incêndio, que defl a-grou no interior de um apar-tamento do quarto piso do edifício provocou a queda do telhado, estando os moradores do terceiro e quarto andares impedidos de aceder às habi-tações. Os moradores desco-nhecem ainda o que fazer.
A proprietária do aparta-mento onde defl agrou o fogo, cujas causas ainda estão por apurar, disse ao Correio de Sintra ter perdido tudo o que tinha na sua habitação.
“O apartamento era alu-gado e eu não tinha seguro. Perdi tudo. Agora estou em casa do meu pai com os meus fi lhos mais novos e os outros dois estão com o pai”, contou Ana Salgueiro.
Para Mário José Bento, o vizinho que partilhava o quarto andar com Ana Sal-gueiro, foi um “grande susto”. “Bateram-me à porta a dizer que o prédio estava a arder. Fui buscar um extintor e quando ia para o usar a minha porta já estava a arder. Tive que sair pelas traseiras”, recordou.
O morador esteve no dia seguinte junto ao edifício, desconhecendo na altura os
estragos que o incêndio pro-vocou na sua habitação.
“Quando ontem saí de casa o fogo ainda não tinha lá chegado. Hoje cheguei aqui e não tenho casa. A polícia não deixa entrar ninguém que more acima do segundo andar”, explicou.
Segundo a Protecção Civil de Sintra, o proprietário dos dois apartamentos do quarto piso está já em contacto com a empresa seguradora. JR
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Cidades
QueluzIncêndio provoca 13 desalojados
Incêndio defl agrou no último andar provocando a queda do telhado.
Ana Salgueiro (à dir.) perdeu todos os bens.
DR JR
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16 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
DesportoDesporto
Equipa de Colares vence Troféu de Sintra em BTT
1.º Dezembro luta pela subida
BTT. A prova realizada no passado dia 10, em Rio de Mouro, contou com cerca de uma centena de ci-clistas, todos os escalões incluídos. A organização promete realizar mais provas com o objectivo de incentivar a prática do desporto.
A segunda edição do Troféu de Sintra em BTT foi bastante prejudi-cada pelo vento forte que se fez sentir. Mesmo assim, não ocorreu nenhum incidente prejudicial para os partici-pantes. “Registámos apenas quedas de atletas, com pequenos arranhões e ferimentos, mas em BTT é normal”, revelou ao Correio de Sintra, Hélder Monteiro, organizador da prova.
A equipa Sport União Colarense, de Colares, sagrou-se vencedora com
quatro pontos, à frente do Grupo Des-portivo da Volta da Pedra e do Centro Ciclista Azeitonense, Setúbal, ambos com nove pontos. João Cabral venceu a categoria de cadetes e Miguel Silva e Margarina Lopes a de iniciados. Nos infantis, foram João Silva e Raquel Dias a arrecadar o primeiro lugar.
A iniciativa, organizada pelas juntas de freguesia de Rio de Mouro, Agualva, Belas e Cacém, teve como ponto de partida a Escola Secun-dária Leal da Câmara e passou por terrenos de pouca acessibilidade. “A prova teve o comprimento de cinco quilómetros”, sublinhou o organi-zador.
No total, participaram cerca de uma centena de atletas de todos os esca-lões, infantis, benjamins, cadetes, iniciados, juniores e veteranos, e
seis equipas, Sport União Colarense, Grupo Desportivo da Volta da Pedra, Centro Ciclista Azeitonense, BTT AJAL e Clube Desportivo Super Radical.
Com o objectivo de fomentar a prá-tica de uma actividade desportiva, a organização vai realizar a 1 de Maio, em Belas, uma prova em BTT para todas as categorias. Rio de Mouro vai, também, acolher uma prova de resistência de 12 horas, a 25 de Setembro.
A iniciativa teve o apoio da Câmara Municipal de Sintra, da Escola Secun-dária Leal da Câmara, dos Bombeiros de Agualva-Cacém, da Associação de Ciclismo de Lisboa, da Polícia Muni-cipal de Sintra, da PSP de Rio de Mouro e da Associação dos esco-teiros de Portugal – Grupo 178 das Mercês. AOP
FUTEBOL. O Sociedade União 1.º Dezembro empatou (0-0), no passa-do dia 17, frente ao Caldas SC, para a 4.ª jornada do campeonato de subida da III Divisão Série E. A equi-pa sintrense lidera com 31 pontos.
O 1.º Dezembro deslocou-se ao Estádio da Mata, Caldas da Rainha, para defrontar a equipa local, com o objectivo de manter o primeiro lugar do campeonato de subida da III Divisão Série E. O jogo, arbitrado por Miguel Jacob da Associação de Futebol de Setúbal, contou com várias ocasiões de golos protagoni-zadas pelos jogadores de São Pedro. A equipa sintrense entrou no jogo con-centrada e com personalidade. Os pri-meiros trinta minutos foram bem dis-putados. O 1.º Dezembro tanto conse-guia chegar com frequência à baliza adversária, como também travava os
ataques da equipa da casa. No fi nal da primeira parte, os sintrenses esti-veram perto de inaugurar o marcador através de duas grandes oportuni-dades que não se concretizaram.
A segunda parte registou um futebol de menor qualidade com menos lances de golo. Embora Ricar-dinho tenha mandado uma bola ao poste da baliza do guarda-redes do Caldas, nos minutos de compen-sação, nenhuma das equipas conse-guiu atraiçoar as redes adversárias. Com este resultado (0-0), a equipa de São Pedro mantém o primeiro lugar da III Divisão Série E, com 31 pontos, à frente do Caldas (30) e do Sintrense (24). O 1.º Dezembro vai defrontar, no próximo sábado, o Alcochetense para a 5.ª jornada, seguindo-se o Sin-trense, o Sacavenense, o Peniche, o Caldas e, para fechar o campeonato, o Alcochetense, no dia 29 de Maio. AOP
A segunda edição do Troféu de Sintra em BTT foi prejudicada pelo forte vento que se fez sentir mas não registou incidentes graves
Equipa sintrense lidera a III Divisão Série E.
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DR
JR
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Distrito
SOCIEDADE. Vinte anos após o início da construção da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), o último troço da estrada abriu a 17 de Abril, com um novo percurso de 3,6 quilómetros entre a Buraca e a Pontinha.
A empresa Estradas de Portugal espera que o troço que custou cerca de 114 milhões de euros permita desviar diariamente cem mil auto-móveis do centro da capital portu-guesa.
A CRIL fica agora com 21 quiló-metros entre Sacavém e Algés, atra-vessando os concelhos de Loures, Odivelas, Lisboa, Amadora e Oeiras.
A construção deste troço obrigou a expropriações de terrenos que envolveram 1600 famílias, um pro-cesso que custou cerca de 72,7 milhões de euros.
Os moradores e comerciantes das zonas de Santa Cruz de Benfi ca e da Damaia têm contestado o impacto ambiental que a infra-estrutura pro-voca naquela zona. Um grupo de moradores tem exigido a construção de uma estrada que ligue o bairro da Damaia a Santa Cruz de Benfi ca, que inicialmente estava prevista no projecto da CRIL junto à rotunda da Damaia.
Durante inauguração, o primeiro-ministro, José Sócrates, considerou que a conclusão da CRIL privilegia o “interesse geral” e que terá “um
enorme impacto na economia e qualidade de vida” da Área Metro-politana de Lisboa.
“Esta obra é da maior importância. Fica concluída a rede de acessibili-dades” da Área da Grande Lisboa, depois do “alargamento do IC19 para três vias, a autoestrada entre Cas-cais, Sintra e Belas (A16) e o fi m do Eixo Norte-Sul”, considerou.
Para a autarquia da Amadora, a conclusão do último troço da CRIL assume-se como um eixo prioritário na crescente melhoria da qualidade de vida de quem reside ou trabalha no concelho da Amadora.
A Câmara garante que a conclusão desta via estruturante traz à Ama-dora vários benefícios, dos quais se destaca a construção de um total de 390 mil metros quadrados de zonas verdes, que “irão certamente ser usu-fruídas pela população, e onde, no futuro, irão surgir circuitos pedonais e equipamentos de lazer”.
Segundo Gabriel Oliveira, vere-ador da Câmara da Amadora res-ponsável pelos pelouros do trânsito e espaços verde, “a abertura da CRIL vai ainda retirar tráfego de pas-sagem que hoje, obrigatoriamente, tem de circular dentro da Amadora dada a inexistência desta via e que, em breve, vai deixar de usar as vias municipais para passarem a utilizar a CRIL, reduzindo assim o tráfego de passagem e a poluição dentro da cidade”. JR
Troço da CRIL abriu
Moradores da Damaia exigem construção de estrada secundária.
DR
1720 de Abril de 2011 Correio de Sintra
18 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
A dívida de Portugal mostra que
o regime político e governativo
falhou e conduziu Portugal à ruína.
Agora, ou se reestrutura o Estado (polí-
tico e administrativo), ou se reestru-
tura a dívida. A primeira opção será
o caminho para o crescimento, já a
segunda opção será o caminho para a
desconfi ança internacional em Portugal
e para pobreza.
A reestruturação não passa apenas
por reduzir funcionários públicos. O
que fazer em relação aos eleitos? Em
Portugal existem 4.260 freguesias e
308 concelhos. Calculando, por baixo,
existem perto de 40.000 eleitos em
Portugal (grande parte deles funcio-
nários públicos, diga-se). A despesa
com os eleitos é importante, mas não
é a principal razão para este número
ser exagerado. O principal motivo do
exagero é serem tantos e nós conhe-
cermos tão poucos.
Na actividade que desenvolvi no
Cidadania Queluz fui articulando o que
poderia ser um sistema que funcio-
nasse de acordo com a riqueza gerada
por Portugal:
Freguesias
O fi m dos municípios, das empresas
públicas, das empresas com capitais
públicos, associações públicas, funda-
ções que absorvem grande parte da
riqueza produzida. Todos os equipa-
mentos resultantes do fi m dos municí-
pios passariam para as Juntas de fre-
guesia (auditórios, equipamentos des-
portivos, etc) que fariam a sua gestão
através da administração pública (fonte
de receitas). O restante património
seria vendido para amortizar a dívida
pública (dos municípios ou do Governo).
De acordo com a sua capacidade fi nan-
ceira – a única receita de impostos
seria o IMI - seriam feitas fusões de
freguesias. As freguesias teriam a res-
ponsabilidade da segurança pedonal e
rodoviária, espaços verdes, etc.
Regiões
Criação das regiões por Nuts III (a
nossa seria a Grande Lisboa) com
eleição de uma pessoa (apoiada ou
não por partidos). Depois de eleita
poderia chamar quem quisesse a formar
o Governo regional. As regiões teriam
como competências a educação, a
administração interna, o ordenamento
do território, saneamento, água e trans-
portes sem ser através de empresas.
Tudo integrado na administração pública
que poderia abrir concursos para pri-
vados, garantindo assim a concorrência.
Assembleia Regional
Seria constituída pelos presidentes
das Juntas de Freguesia da Região e
teria competências semelhantes às das
Assembleias Municipais (com poderes
reforçados).
Governo
O Governo nacional passaria a ser
eleito pelo povo (hoje é escolhido
pelo Parlamento) e também aqui seria
eleita apenas uma pessoa que depois
escolhe o seu grupo de governação.
Passaria a ter como competências cen-
trais a defesa, a justiça, a regulação, a
diplomacia, a saúde e os transportes
pesados (que sirvam várias regiões).
Parlamento
Para o Parlamento seriam eleitos
180 deputados (deixaria de haver
listas, apesar do possível apoio dos
partidos/associações/etc). Cada região
teria direito a eleger os deputados cor-
respondentes à sua população. O cargo
da presidência da república deixaria de
existir.
De 40.000 eleitos passaríamos a
ter 3.500 eleitos e saberíamos o nome
de cada um. Teríamos o nosso presi-
dente de Junta, o nosso presidente da
região, os nossos deputados e o nosso
primeiro-ministro. Quem perdia? Os par-
tidos e a corrupção. Quem ganhava? Os
portugueses e a economia.
No presente há várias batalhas que
temos de ganhar - Justiça e combate
à corrupção e tráfego de infl uências;
transparência de todos os actos da
administração pública com perdas de
mandato e despedimento automáticos
em caso de incumprimento; separação
entre Administração Pública e Política;
fi m das listas e eleição directa de todos
os eleitos; redução do desperdício e
adaptação da nossa vida à riqueza pro-
duzida; melhoria da qualidade de vida
pela defesa do ambiente e mobilidade;
colocar os mercados a funcionar; o
Estado deixar de competir com os pri-
vados; elegermos políticos com pro-
jectos e não com bandeiras partidárias
cheias de vazio – mas sem arrumarmos
primeiro a casa (regime) será em vão.
Daniel Rijo
Fundador do blog «Cidadania Queluz»
No próximo dia 5 de Junho, os portugueses serão chamados a
decidir do seu futuro.A avaliar pela opinião
dominante, difundida por um batalhão de banqueiros, grandes empresários, polí-ticos do chamado “arco da governação (PS/PSD/CDS), órgãos de comunicação social e comentadores situ-acionistas, tudo ou quase tudo estará decidido e o voto dos portugueses seria um mero pró-forma. As decisões quanto ao nosso futuro serão tomadas pelo FMI e os portugueses só teriam de se conformar.
Segundo a opinião domi-nante, eu diria asfi xiante, não há agora que discutir culpas pela situação a que
se chegou. Bem ou mal, chegámos aqui e não há alternativa. Agora, trata-se de aceitar o que nos impuserem como expiação de erros do passado, não importando saber quem os cometeu.
Ainda segundo a opinião dominante, temos de estar unidos. Não para fazer o país da crise. Não para combater as políticas que nos conduziram aqui, mas precisamente para recon-duzir no poder aqueles que são responsáveis por esta situação e para seguir dili-gentemente as mesmas políticas.
Perante isto, é preciso dar um murro na mesa e dizer basta.
A situação a que o país
chegou tem responsáveis. Nos últimos 35 anos o país foi governado por políticos do PS, do PSD e do CDS, sempre cedendo aos inte-resses do capital fi nan-ceiro. Lançaram o país na aventura da moeda única, destruíram as empresas e a produção nacional e disseram sempre que não havia alternativa a isso. As imposições do FMI que nos querem fazer aceitar como se não houvesse alternativa, não só não nos ajudam, como vão lançar o país na recessão e fazer com que as consequências da crise sejam pagas pelos mesmos de sempre: os tra-balhadores, os reformados, os jovens sem emprego e sem perspectivas.
Em 5 de Junho os por-tugueses podem e devem decidir do seu futuro. Podem punir os responsá-veis pelas políticas que nos conduziram ao desastre e tomar a decisão corajosa de dar força a uma alter-nativa de mudança e de afi rmação da dignidade nacional. Em 5 de Junho é preciso dar força aqueles que não desistem de Por-tugal e que não aceitam que o nosso país seja tra-tado como se fosse uma colónia dos países mais ricos da União Europeia.
António FilipeDeputado do PCP na Assembleia da República e membro da Assembleia Municipal de Sintra
Tribuna
Demasiados eleitos a desgovernar Portugal
5 de Junho: Está tudo decidido, ou não?
Opinião
“... é preciso dar um murro na mesa e dizer basta. A situação a que o país chegou tem responsáveis.
“De 40.000 eleitos passaríamos a ter 3.500 eleitos e saberíamos o nome de cada um”.
1920 de Abril de 2011 Correio de Sintra
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Jovens representam Sintra em programa televisivoCULTURA. O grupo de hip-hop BS5, constituído por três jovens do concelho, participou no programa televisivo da SIC, Portugal Tem Talento, com o objectivo de mostrar o que de melhor tem o município sintrense.
Maurílio Tavares, Everaldo Bento, ambos de Mira Sintra, e Ivan Bossuet, das Mercês, representaram os jovens do concelho de Sintra no pro-grama televisivo, através de uma arte muito conhe-cida mas pouca divulgada no nosso país, o hip-hop. “Con-corremos no programa porque sentimos a necessidade de participar em algo de maior dimensão para mostrar ao país o que nós sabíamos fazer”, salientou Ivan Bossuet.
Os membros do grupo BS5, apesar de não terem passado à fase fi nal do programa tele-
visivo, retiram ilações muito positivas da participação. “Além de termos feito novos amigos, a participação no programa foi muito interes-sante. Ajudou-nos bastante no conhecimento do mundo do espectáculo. Foi muito enri-quecedor”, reconheceu Mau-rílio Tavares. A saída defi ni-tiva no programa não foi fácil de aceitar, mas “o muito bom feedback dos concorrentes” ajudou os jovens a relativizar. “Quando saímos, os nossos admiradores disseram que tinham gostado imenso e isso trouxe um sentimento agri-doce. Por um lado, fi camos contentes por muitas pes-soas terem gostado mas, por outro, fi camos tristes e revol-tados por não termos passado à fi nal”, frisou Everaldo Bento.
O gosto pela dança nasceu muito cedo. Já na escola pri-mária os jovens exibiam o seu talento para o hip-hop. “Conhe-
cemo-nos através da dança. Eu e o Maurílio estávamos nos BS5. O Ivan estava noutro grupo. Fizemos-lhe o con-vite, ele aceitou, e a partir daí foi sempre a dançar juntos”, explicou Everaldo Bento. For-mado há cerca de três anos, o grupo nunca mais parou de dançar. “A dança é um sonho para nós. Tentamos fazer algo diferente, um hip-hop teatral como foi descrito no programa. É algo mais animado, algo que facilita o entendimento do público. Nós queremos chegar às pessoas que têm mais difi -culdade em perceber o hip-hop. Tentamos interagir com o público para que este possa interagir com a dança”, subli-nhou Ivan Bossuet.
Embora não tenham pas-sado para a fase fi nal do programa, os jovens não perdem a esperança de um dia poderem ingressar nesse mundo artístico. “Queremos
viver da dança como grupo e conquistar vários países”, disse Maurílio Tavares. Sonho esse que parece concretizar-se aos poucos, uma vez que o grupo já recebeu vários con-vites para actuar na capital
portuguesa. “No futuro, espe-ramos que se abram muitas portas. Temos, para o próximo dia 6, uma actuação numa discoteca em Lisboa. Estamos à espera de mais convites”, revelou Everaldo Bento. AOP
Tripla sintrense revelou hip-hop em programa televisívo.
Concelho
DR
20 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011
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CULTURA. Satirizando um dos temas mais quentes de 2010, com o cartoon «Wikileaks and Uncle Sam», o artista australiano David Rowe conquista o Grand Prix da sétima edição do World Press Cartoon, salão de referência no mundo do humor gráfi co de imprensa.
Publicada em Dezembro de 2010 no jornal australiano The Sun-Herald, a obra de Rowe alcançou o primeiro lugar na categoria de Cartoon Edito-rial e foi considerada a grande vence-dora desta edição. Na mesma cate-goria, o polaco Pawel Kuczynski con-quista o segundo lugar com o cartoon «Made in China» e Alecus, um cartoo-nista mexicano que trabalha em El Sal-vador, fi cou na terceira posição com o desenho «Chilean Miners».
O talento português obteve espe-cial reconhecimento na categoria de Caricatura com um retrato de D. João I, rei de Portugal, da autoria de João Vaz de Carvalho. Publicado em Abril do ano passado na revista Notícias Maga-zine, no âmbito de uma reportagem sobre os reis e as rainhas, a caricatura do chamado «rei da boa memória» foi considerada a melhor de 2010. No segundo e terceiro lugares desta cate-goria fi caram, respectivamente, o mexicano Angel Boligán Corbo, com uma caricatura de Julian Assange publicada no jornal El Universal, e o português Santiagu, com uma Madre Teresa de Calcutá desenhada para o semanário Repórter do Marão.
Em Desenho de Humor, o grande ven-cedor foi o brasileiro Samuca, cujo cartoon «Pedophilia» foi publi-cado no Diário de Per-nambuco, do Recife. O segundo lugar foi atribuído pelo júri a um desenho publicado no jornal italiano Chia-mami Cittá, é do autor de origem albanesa Agim Sulaj e tem o título «Schengen». A terceira posição coube ao espanhol Tomás Serrano, pelo cartoon «Hard Chil-dhood», publicado em La Gaceta Regional de Salamanca.
O World Press Cartoon Sintra 2011 distingue e dá a conhecer os melhores traba-lhos produzidos e publicados em
jornais ou revistas de todo o mundo, nas áreas de cartoon editorial, cari-catura e desenho de humor durante o ano de 2010. O júri internacional, presidido pelo cartoonista António, analisou um total 822 desenhos de 462 autores, publicados em jornais e revistas de cerca de 70 países. Além do cartoonista do Expresso e director do salão, os membros do júri desta sétima edição foram o britânico Ralph Steadman, considerado um dos melhores cartoonistas do mundo, Anita Kunz, ilustradora e professora de artes plásticas do Canadá, Ales-sandro Gatto, pintor e artista gráfi co italiano muito premiado e a belga Cecile Bertrand, cartoonista residente de um dos jornais mais infl uentes do seu país, La Libre Belgique.
O salão tem em 2011 a sua sétima edição. Os organizadores do World Press Cartoon reafi rmam o compro-misso de promover o cartoon enquanto género jornalístico, como forma de defender a liberdade de expressão e os valores universais da dignidade humana. Prestigiando o desenho de humor na imprensa e premiando o mérito e o talento dos melhores, a exposição World Press Cartoon Sintra 2011 apresenta ao público 401 obras, as quais estarão até 30 de Junho no Sintra Museu de Arte Moderna, de terça-feira a domingo entre as 10h e as 18h, incluindo feriados. A expo-sição tem entrada livre. JR
David Rowe vence World Press Cartoon 2011
“Wikileaks and Uncle Sam” de David Rowe (1.º prémio, cartoon editorial)
“D. João I” de João Vaz de Carvalho (1.º prémio,
categoria caricatura)
2120 de Abril de 2011 Correio de Sintra
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Saúde
Saúde
A s perturbações ansiosas são cada vez mais conhecidas pelos Portugueses. As causas que
estão na sua origem são múltiplas, mas acredita-se que o estilo de vida sedentário, o stress, as preo-cupações, confl itos emocionais, o tabagismo, etc. podem potenciar o desenvolvimento destas perturba-ções.
Os ataques de pânico são, de entre as perturbações ansiosas, das mais comuns. Aparecem de forma repentina, sem qualquer aviso, demoram 10 a 30 minutos aproxi-madamente e são acompanhados de sintomas físicos que facilmente se confundem com um ataque car-díaco: palpitações, difi culdade em respirar, dores no peito, suores, tre-mores, enjoos, náuseas, tonturas; são os sintomas mais comuns. Para-lelamente, a pessoa sente um medo intenso e generalizado, um receio de perder o controlo, de enlouquecer, a sensação de que algo horrível vai acontecer e de que vai morrer sem que ninguém o possa auxiliar
Tal leva a que muitas pessoas se isolem e passem a viver as suas vidas com o medo de um novo ataque de pânico.
O que fazer?O Tratamento deste tipo de pato-
logia passa pela combinação entre a psicoterapia e técnicas de rela-xamento e de respiração que irão trazer, em pouco tempo, alguma qua-lidade de vida ao sujeito.
A psicoterapia tem como objectivo perceber quais os confl itos psicoló-gicos subjacentes aos ataques de pânico, o que está na origem deste sintomas. Nos casos mais graves, o tratamento passa também pela prescrição de tranquilizantes e/ou antidepressivos.
É possível também reduzir/con-trolar os ataques de pânico com a ajuda de técnicas simples de res-piração e relaxamento. Deixo aqui algumas sugestões que o podem ajudar.
Durante um ataque de pânico, o primeiro indício é a alteração da res-piração. Esta passa a ser superfi cial e rápida, originando um conjunto de sensações desagradáveis como tre-mores, tonturas, sensação de falta de ar, etc.
Este tipo de respiração envia sinais ao nosso cérebro de que algo de muito grave está para acontecer, uma vez que é assim que respi-
ramos quando estamos em perigo. Desta forma, a primeira coisa a fazer é alterar o padrão de respiração. Pode consegui-lo de várias formas:
1. Respire para dentro de um saco de papel. Coloque o saco sobre o nariz e a boca e expire para dentro dele, volte a inspirar. Faça isto pausada-mente, sem esforço, durante 4 ou 5 minutos (inspire, expire). O dióxido de carbono que está dentro do saco ajuda a restaurar, de forma rápida, o balanço de oxigénio/dióxido de carbono no seu organismo, fazendo com que as sensações desagradá-veis desapareçam;
2. Tente alterar a sua respiração. Ao contrário do que possa ima-ginar, quando se tem um ataque de pânico, respirar profundamente não é uma boa opção. Tente antes desa-celerar a sua respiração. Inspire devagar e suavemente e expire da mesma forma, sempre através do nariz. Centre-se apenas no ar que sai e entra, tentando abstrair-se de tudo o resto.
No início não é fácil e pode sentir que não tem ar sufi ciente, mas é
importante resistir à vontade de inspirar ar rapidamente. Só desta forma é possível restaurar o equilí-brio de oxigénio/dióxido de carbono no seu corpo.
3. Tente gerir a sua ansiedade. Relaxe, tente distrais-se e pensar de forma mais racional e positiva.
Os exercícios de respiração devem ser treinados quando estiver calmo, só dessa forma será capaz de utilizar estas técnicas quando estiver ansioso(a).
As perturbações ansiosas são altamente incapacitante. Felizmente, podem ser tratadas e as pessoas que delas padecem podem, em pouco tempo, recuperar a qualidade de vida. Se não consegue sozinho, procure ajuda. Não desista!
AnaMary Monteiro LapaPsicóloga ClínicaEspecialDente Massamá NorteTlf. 214387163
Sinto que vou morrer!
Opencel há três semanas a cuidar da beleza
Empresas
Empresas
A Opencel é um centro de tratamento esté-tico que abriu há três semanas em Mas-samá Norte. Neste estabelecimento fran-chising pode fazer todo o tipo de trata-mento de corpo e de rosto.
Por cada sessão de trinta minutos de Fotodepilação, Cativação, Radiofrequência Corporal, Radiofrequência Facial, Fotore-juvenescimento Facial, Elevação dos Seios ou Lipólisis Corporal Ultrasónico, a Opencel oferece um “miminho” aos clientes, tem como oferta uma sessão de vinte minutos de Infravermelho Corporal, mais uma sessão de 20 minutos Pressoterapia Com-pleta e ainda 2 sesões de 20 minutos de terapia Fotodinâmica tratamento “no touch”. Está a decorrer uma campanha até ao fi nal de Abril, por uma sessão de Foto-depilação na zona das axilas por apenas cinco euros.
Segundo a responsável do espaço, Andreia Pereira, o negócio tem corrido bem e “não se tem sentido a crise” de que tanto se fala. “Nota-se que as pessoas têm cada vez mais uma preocupação com a beleza e o bem-estar. Somos procurados por todas
as faixas etárias, tanto por homens como mulheres. Os homens agora também se preocupam com a beleza, mais do que anti-gamente, especialmente com a eliminação dos pelos”, disse.
Na Opencel trabalham três profi ssio-nais especialistas nesta área prontas para o receber. O espaço está situado na Rua D. Inês de Castro, Loja 19 A, em Massamá Norte. Está aberto de segunda a sexta, das 10h às 20, e aos sábados das 9h às 18h. Tel.: 214 304 823 | 967 877 973www.facebook.com/opencel.massama1 [email protected]
22 Correio de Sintra 20 de Abril de 2011 Guia
Farmácias Até 5 de Maio 2011
Serviço Permanente(1)/Reforço(2) Fonte: ARSLVT
Algualva-Cacém Algueirão Idanha/Massamá/Monte Abraão
Queluz Rio de Mouro/Rinchoa/Fitares
Sintra Concelho
Quarta, 20 Caldeira - 219 147 542Central - 219 140 034
Vítor Manuel - 219 266 280Claro Russo - 219 228 540
Vasconcelos - 214 372 649O’Neill Pedrosa - 214 377 205
Azeredo - 214 350 879 Fitares - 219 167 461Cargaleiro Lourenço - 219 162 006
Tereza Garcia - 219 106 700 Nave Ribeiro - 219 670 802Fontanelas - 219 289 986
Quinta, 21 Mira Sintra - 219 138 290Garcia - 219 142 181
Santos Pinto - 214 374 144 Flora - 219 214 103
Quinta das Flores - 214 302 064Pinto Leal - 214 387 580
Correia - 214 350 905 Serra das Minas - 219 165 532Cargaleiro Lourenço - 219 162 006
Valentim - 219 230 456 Praia das Maçãs - 219 292 021D’Albarraque - 219 154 370
Sexta, 22 Ascensão Nunes - 214 324 097Araújo e Sá - 219 140 781
Marques Rodrigues - 219 229 045 Idanha - 214 328 317 Simões Lopes - 214 350 123 Rio de Mouro - 219 169 200 Dumas Brousse - 219 160 404
Marrazes - 219 230 058 Costa - 219 618 239
Sábado, 23 Silva Duarte - 219 148 120 Guerra Rico - 219 138 003
Tapada das Mercês - 219 169 907 Idanha - 214 328 317 Gil - 214 350 117 Cargaleiro Lourenço - 219 162 006Dumas Brousse - 219 160 404
Da Misericórdia - 219 230 391 Abrunheira - 219 111 206 Do
Domingo, 24 S. F. Xavier - 214 260 615Clotilde Dias - 214 262 568
Fidalgo - 219 200 876 Neves - 214 389 010 Zeller - 214 350 045 Moderna - 219 154 510Dumas Brousse - 219 160 404
Simões - 219 230 832 Da Terrugem - 219619049
Segunda, 25 Rico - 219 138 003Caldeira - 219 147 542
Cristina - 219 214 820 Portela - 214 377 619 Queluz - 214 365 849 Dumas Brousse - 219 160 404Cargaleiro Lourenço - 219 162 006
Crespo - 219 245 320 De Colares - 219 290 088
Terça, 26 Central - 219 140 034Silva Duarte - 219 148 120
Almargem - 219 622 835Marques Rodrigues - 219 229 045
O’Neill Pedrosa - 214 377 205Neves - 214 389 010
André - 214 350 043 Fitares - 219 167 461Dumas Brousse - 219 160 404
Tereza Garcia - 219 106 700 Casal de Cambra - 219 804 193Abrunheira - 219 111 206
Quarta, 27 Clotilde Dias - 214 262 568Rodrigues Garcia - 219 138 052
Químia - 219 210 012 Vítor Manuel - 219 266 280
Baião Santos - 214 375 566 Correia - 214 350 905Zeller - 214 350 045
Serra das Minas - 219 165 532Fitares - 219 167 461
Valentim - 219 230 456 Fontanelas - 219 289 986Costa - 219 618 239
Quinta, 28 Garcia - 219 142 181Mira Sintra - 219 138 290
Rodrigues Rato - 219 212 038Santos Pinto - 214 374 144
Pinto Leal - 214 387 580 Simões Lopes - 214 350 123Azeredo - 214 350 879
Rio de Mouro - 219 169 200 Cargaleiro Lourenço - 219 162 006
Marrazes - 219 230 058 D’Albarraque - 219 154 370De Colares - 219 290 088
Sexta, 29 Araújo e Sá - 219 140 781Ascensão Nunes - 214 324 097
Ouressa - 219 207 594Almargem - 219 622 835
Vasconcelos - 214 372 649 Gil - 214 350 117 André - 214 350 043
Cargaleiro Lourenço - 219 162 006Fitares - 219 167 461
Da Misericórdia - 219 230 391 Do Magoito - 219 610 376Da Terrugem - 219619049
Sábado, 30 Rico - 219 138 003Caldeira - 219 147 542
Claro Russo - 219 228 540 Quinta das Flores - 214 302 064 Zeller - 214 350 045 Moderna - 219 154 510Fitares - 219 167 461
Simões - 219 230 832 Da Beloura - 219 245 763
Domimgo, 1 Rodrigues Garcia - 219 138 052Clotilde Dias - 214 262 568
Flora - 219 214 103 Idanha - 214 328 317 Queluz - 214 365 849 Dumas Brousse - 219 160 404Fitares - 219 167 461
Crespo - 219 245 320 Nave Ribeiro - 219 670 802
Segunda, 2 Campos - 219 180 100 Guerra Rico - 219 138 003
Vítor Manuel - 219 266 280Fidalgo - 219 200 876
Domus Massamá - 219 259 323O’Neill Pedrosa - 214 377 205
André - 214 350 043 Fitares - 219 167 461Cargaleiro Lourenço - 219 162 006
Tereza Garcia - 219 106 700 Praia das Maçãs - 219 292 021D’Albarraque - 219 154 370
Terça, 3 Caldeira - 219 147 542Central - 219 140 034
Santos Pinto - 214 374 144 Tapada das Mercês - 219 169 907
Neves - 214 389 010 Azeredo - 214 350 879Correia - 214 350 905
Serra das Minas - 219 165 532Dumas Brousse - 219 160 404
Valentim - 219 230 456 Costa - 219 618 239Da Beloura - 219 245 763
Quarta, 4 Mira Sintra - 219 138 290Garcia - 219 142 181
Marques Rodrigues - 219 229 045Cristina - 219 214 820
Portela - 214 377 619Pinto Leal - 214 387 580
Simões Lopes - 214 350 123 Rio de Mouro - 219 169 200 Fitares - 219 167 461
Marrazes - 219 230 058 Abrunheira - 219 111 206 Do Do Magoito - 219 610 376
Quinta, 5 Ascensão Nunes - 214 324 097Araújo e Sá - 219 140 781
Tapada das Mercês - 219 169 907Químia - 219 210 012
O’Neill Pedrosa - 214 377 205Vasconcelos - 214 372 649
Gil - 214 350 117 Cargaleiro Lourenço - 219 162 006Dumas Brousse - 219 160 404
Da Misericórdia - 219 230 391 Da Terrugem - 219619049Nave Ribeiro - 219 670 802
Belas Pero Pinheiro Confirme estes dados na Internet na página da Associação Nacional de Farmácias: http://www.anf.pt/
Reforço (2) Ferreira - 214 310 031 (segunda a sexta)
Confi ança - 219 270 045 (segunda a sexta)
(1) Os serviços Permanentes funcionam desde a hora de encerramento normal da farmácia até às 9 horas do dia seguinte.(2) Os serviços de Reforço funcionam desde a hora de encerramento normal até às 22 horas do mesmo dia.
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2320 de Abril de 2011 Correio de Sintra
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Guia
21 de AbrilRequiem, de MozartQuarteto de Cordas de Sintra
Centro Cultural Olga de Cadaval
O Requiem de Mozart é, possivelmen-
te, a mais conhecida obra sacra de
todos os tempos e seguramente uma
das mais interpretadas no período da
Páscoa, associando magistralmente a
música com o texto litúrgico do Ofício
de Defuntos. A versão do Requiem de
Mozart a quatro cordas esteve igno-
rada durante décadas até à recente
primeira publicação da obra em 2006,
estando a ter gradual disseminação
em toda a Europa interpretada pelas
mais conceituadas formações.
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Até 26 de AbrilExposição “Brinquedos Sonoros e Musicais”Museu do Brinquedo - Sintra
Bilhetes à venda no local: Adultos 4€ e
Crianças 2€. Horário: das 10h às 18h.
Última entrada às 17h30.
Entre os brinquedos populares, os
brinquedos sonoros e musicais ocu-
pam um lugar de destaque pela sua
diversidade, história e contextualização
lúdica no seio de múltiplas tradições
culturais. Entre eles se contam os que
produzem som através do sopro, as
curiosas imitações e os instrumentos
de corda. variadíssimos exemplares da
“tecnologia da percussão”. E, por fi m,
os que deveriam encaixar em mais do
que uma destas categorias ou que não
são representados por nenhuma delas.
Encerra à segunda-feira.
www.museu-do-brinquedo.pt
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26 de AbrilTertúlia SintrenseCoronel Carlos Matos Gomes
Restaurante Adega do Saloio
Destacado ofi cial de comandos pre-
sente nas três frentes da Guerra Colo-
nial em Angola, Moçambique e Guiné-
bissau, foi um dos militares de Abril,
tendo abraçado a carreira literária. É
ele o convidado da próxima “Tertúlia
Sintrense”, a realizar-se dia 26 de
Abril, pelas 20h00, no restaurante
“Adega do Saloio”.
Com o pseudónimo de Carlos Vale
Ferraz, publicou vários romances com
especial destaque para “Nó Cego”
que aborda o período crucial da nossa
História que foram os anos da guer-
ra e o fi m do regime de ditadura. O
coronel revela também os dramas, as
angústias, as alegrias e as tristezas
duma geração de portugueses que
fez a guerra, que a terminou e que
abriu Portugal à modernidade e à
democracia.
29 de AbrilSou do FadoDia Mundial da Dança
Centro Cultural Olga de Cadaval
Sou do Fado é a nova proposta da
Companhia de Dança Contemporânea
de Sintra. Após dois anos de digres-
são do espectáculo Chama-me Fado, a
Companhia resolveu revisitar o grande
manancial de Fados e fazer jus a
outras formas de cantar e sentir este
pulsar tão lusitano e tão intenso que é
esta estranha forma de vida.
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Até 1 de MaioTeatro: “Ciranda – Baú de Lendas”Quinta da Regaleira.
A Câmara Municipal de Sintra associa-
se às comemorações do Centenária
da República Portuguesa através de
uma exposição itinerante, inaugurada
a 30 de Novembro do ano anterior.
Estão expostos 51 painéis com ima-
gens e caricaturas de Leal da Câmara,
do período entre a Monarquia e a
República.
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5 de MaioKarlik Danza Teatro:“Frágil”
Centro Cultural Olga de Cadaval
Frágil é o novo trabalho de Rob Tan-
nion (Stan Won’t Dance) que une os
elementos-chave do teatro: cenografi a,
música, movimento e palavra.
Habitualmente o seu trabalho inspira-
se em pessoas e acontecimentos da
vida real, o que confere uma dife-
renciada e inovadora voz dramática,
inspiradora, vigorosa e universalmente
acessível, que por sua vez rompe os
limites e as defi nições canónicas da
dança e do teatro. Frágil é um duo, ho-
mem e mulher, que medirá a delicada
linha divisória entre a estabilidade
contida e o potencial desalento, explo-
rando temas universais como o amor
e perda, fragilidade e força, ilusão e
decepção, estabilidade e instabilidade,
destruição e renascimento.
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Até 6 de Maio19ª Mostra de Teatro das es-colas de SintraIniciativa promovida pela autarquia
que dá continuidade ao trabalho de-
senvolvido no âmbito da Expressão
Dramática. Além da apresentação de
trabalhos de cada grupo participante,
esta iniciativa aposta fortemente na
formação dos educadores, professo-
res, monitores de ATL e responsáveis
pelos grupos de teatro das escolas da
rede pública e dos estabelecimentos
de ensino da rede privada com ensino
básico. No dia 8 de Maio é divulgada
a avaliação do Júri e apresentação de
um espectáculo de teatro para o pú-
blico infantil e juvenil. A 14 de Maio,
no Centro Cultural Olga Cadaval, serão
apresentadas as Menções Honrosas.
Consultar: http://www.cm-sintra.pt/
Destaques.aspx?ID=903.
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7 de MaioTeatro:Despedida de SolteiroCentro Cultural Olga de Cadaval Quatro homens. Um quarto de motel.
Uma stripper. Um fi m de noite surpre-
endente...
Eles são quatro motoristas de trans-
portes públicos. Dois são irmãos:
o mais novo, ainda a recuperar de
um “estranho colapso nervoso”, vai
casar-se para a semana; o mais velho
decidiu organizar uma despedida de
solteiro para concretizar a sua mais
delirante fantasia sexual. Quatro
homens num quarto escuro à espera,
e ainda o recepcionista da obscura
pensão. Mas um deles esconde ainda
um último segredo para a ocasião.
Só falta chegar a “cereja no topo do
bolo”: o que acontecerá quando apa-
recer “Lou Lou”?
Agenda
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