Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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Áudio nos estádios - Empresas começam a investir em um novo nicho: sistema de sonorização em arenas multiuso • Iluminação - Saiba como foi a gravação do dvd da dupla sertaneja Diego & Diogo • Ableton - Mapeie e adicione clips a partir do teclado ou via dispositivos midi • Caldas Country - Festival sertanejo usa sistema de sonorização da EAW • Cubase 7.5 - Conheça a nova versão que promete resultados surpreendentes para produtores e estúdios de gravação • O som de cada PA: técnicos contam os seus segredos • Tecnologia: moxf, conheça a nova workstation • Pro Tools: explore os recursos de edição midi • Logic: utilize as bibliotecas de sons e suas ferramentas

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Sumário

Com a Copa de 2014 e

os demais eventos

programados para acontecer

na cidade do Rio de Janeiro,

o mercado de entretenimento

ganha um novo fôlego no

setor de grandes eventos. De

olho nos futuros negócios que

podem surgir a partir dos

novos empreendimentos

esportivos construídos no

país, empresas voltadas para

o segmento de áudio,

iluminação e show business

estão de olho na série de

investimentos desse

setor, o esportivo.

SumárioAno. 20 - janeiro / 2014 - Nº 230

10 VitrineO headfone AKG K452, oSistema 10 Audio-Technica e omais recente line array da SPLsão uns dos destaques.

12 Rápidas e RasteirasSoundcraft lança atualização doaplicativo ViSi e novo álbum dosRaimundos terá participação deSen Dog, do Cypress Hill.

20 Gustavo VictorinoFique por dentro do queacontece nos bastidores domercado de áudio.

22 Play RecO guitarrista Fernando Maga-lhães lança novo trabalho derock instrumental, e a duplaGilson Peranzetta e Mauro

Senise grava com a AmazonasBand.

24 O Som do PAPaulo Morais e Silvio Nunes re-velam como chegam a uma iden-tidade própria a cada trabalhona estrada.”

“ 28 Grammy LatinoAntes exclusivas aos norte-america-nos, as edições do evento cada vez

mais contam com brasileiros na listade premiados.

64 Microfone AmethystFeitos de forma artesanal, os micro-fones Violet, fabricados no Leste Eu-ropeu, aos poucos vêm conquistandoadmiradores no mundo. O modeloAmethyst pode ser encontrado em

duas versões: Vintage e Standard.

68 Os clipes estão de voltaQuem pensa que o video clipe aca-bou deveria dar uma olhada nessanova tendência de mercado: a ven-da deles pela internet.

92 Boas NovasO primeiro clipe de Dina Santos jáestá circulando na rede enquanto

Eyshila e Aline Barros divulgam no-vos álbuns.

96 Vida de ArtistaDesta vez, Luiz Carlos Sá faz umaviagem e volta às lembranças da re-gião do São Francisco, local inspira-dor para seu terceiro disco da épo-ca Sá&Guarabyra: Pirão de Peixe

com Pimenta.

NESTA EDIÇÃO

Sertanejo e axéA edição do Caldas Country de 2013 cumpriu muito mais do queprometeu ao mesclar o sertanejo universitário e o axé. Embora a

área de realização do evento tenha diminuído um pouco, o festi-val acertou também em novidades no áudio e na iluminação.

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CADERNO TECNOLOGIA46 Cubase

Novidades para 2014. A versão 7.5chega surpreendente com novos plug-ins, nova versão do Halion Sonic SE,gravação remota de áudio, entre outros.

56 Pro ToolsA versão 11 do Pro Tools já traz uma

versão bem completa dos recursos MIDI.

Neste artigo, a ideia é explorar o fluxo deedição MIDI.

60 AbletonUma das funções mais revolucionárias

e flexíveis do Ableton é a possibilidadede mapear Clips por meio de qualquerdispositivo MIDI.

78 VitrineO Robin Parfect 100, da Robe, e o

palco de Cristal, Genial, são osnovos lançamentos.

80 Iluminação CênicaAntes de dar início a um projeto de

iluminação cênica, existe umconceito que o precede. Selecionar epriorizar dados é o que vai dar vida aesse conceito e nortear toda a

produção e execução de um show.

CADERNO ILUMINAÇÃO

86 Gravação DVD Diego & Diogo

O projeto de iluminação da

gravação do primeiro DVD da

dupla de sertanejo universitárioobedeceu a um conceito básico,mas com alguma diferençaestética.

42 EstúdioYamaha MOXF. A novidade

oferece mais que o dobro de

memória do MOX e vemcom o mesmo geradorsonoro do Motif XF.

52 LogicLembram do Channel Strip

Setting? No Logico Pro X,

ele passa a ser chamado de

Patch, um dos recursos da

biblioteca de sons do Logic.

Metais DuBronxGrupo de percussionistas francês usa tonéis reciclados parafazer apresentação mundo afora. No Brasil, os músicos im-

pressionaram durante performance no Rock in Rio.

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Pedro Rocha e RicardoSchott.Edição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinagliaatenderá aos pedidos de números atrasados enquantohouver estoque, através do seu jornaleiro.

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siga: twitter.com/BackstageBr

ara muitos, Ano Novo, novos planos. Para outros, mais umano de oportunidades para finalizar o que já foi começado.

No entanto, finalização parece não ser bem a palavra ouvida nosúltimos meses. Com atraso nas obras para a Copa 2014, cincocidades brasileiras ainda não conseguiram concluir os estádios eem duas cidades, quatro operários morreram enquanto trabalha-vam nas construções.

A falta de planejamento, a falta de um plano B e confiar as conclu-sões que deveriam ser garantidas pelo homem às mãos e graças deDeus é praxe no Brasil que só não é mais risível por que desmasca-ra o despreparo e o desespero envolvidos. E infelizmente a falta doplano B não expõe somente a falta de compromisso com o fim, mastambém com os meios.

Fazem parte desse miolo, metade ou meio, como quiserem chamar,vidas de operários, técnicos, empregados que parecem estar forada lista dos protocolos. E é importante não nos atermos apenas àsconstruções, mas, de maneira geral, ao profissional que está envol-vido de alguma forma em algum projeto, incluindo aquele do setorde entretenimento. Afinal, o nosso improviso cultural chega pro-porcional às partes que o executam, embora as consequências nemsempre sejam tão diferentes.

Mudar é sempre possível e aproveitando uma palavra tão em voga,seria oportuno também traçar como legado a melhora dessas prá-ticas que envolvem os meios para que elas atendam a um padrãoFifa. Afinal, aprender a planejar e seguir o plano traçado se apren-de na escola.

Boa Leitura.

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

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Do nossojeitinho

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AKG K452www.harmandobrasil.com.br

A AKG amplia seu papel de vanguarda no desenvolvimento de headphones dealta tecnologia com o lançamento do modelo AKG K452. Desenvolvido para

uma audição longa confortável, possui design fechado para melhor isola-mento de ruído, mecanismo com eixo 3D dobrável, arco estofado e case detransporte Premium. Disponível na cor azul, seu fio unilateral com botãode controle de volume integrado e ampla resposta de frequência (11Hz –

29.5kHz) garantem uma alta qualidade de som com padrão de estúdio, indepen-dente de onde for utilizado. Sensibilidade de 125 dB, impedância de 32 ohms e altofalantes de 40mm são outras especificações técnicas do produto.

LAXIAL25Cwww.splaltofalantes.com.br

Chega ao mercado o mais recente Line Array da SPL. Totalmente confec-cionado em alumínio, compacto (A 270mm x L 140mm x P 206mm), leve(10,7 kg) e com design “clean”, ele suporta 300 W RMS na impedâncianominal de 16 ohms e corte em 200Hz. Pode trabalhar na configuraçãoentre um e nove gabinetes, e isto permite usá-lo em sistemas desonorização fixos ou móveis, Igrejas, Teatros, Clubes e Estádios. Mais in-formações no site.

SISTEMA 10www.proshows.com.br

A Audio-Tecnhica lança o Sistema 10, um sistema sem fiode alta tecnologia extremamente versátil com excelentedesempenho para instalações, turnês, músicos, apresenta-dores e ambientes exigentes. Com montagem robusta, oSistema 10 da Audio-Technica é a garantia para que um trabalhoseja feito com excelência. O receptor digital é em formato tabletop queemite comunicação em microondas na faixa de 2.4GHz sem quaisquer interferências defrequência.

8NDL64www.bcspeakers.com

Devido a constantes solicitações do mercado de áudioprofissional de alto-falantes com níveis sonoros cada vezmais elevados, o novo 8NDL64 representa uma evoluçãonatural. Provido de uma bobina de cobre com 2,5” de di-âmetro, este novo woofer de 8” chega a uma potência de350W, ou seja 70% a mais que os típicos falantes com bo-bina de 2” da B&C. O 8NDL64 possui suspensão double-roll, um anel de curto em cobre para aumentar a extensãoda alta frequência e entre-ferro ventilado para reduzir acompressão de potência. Com baixa distorção, respostade frequência uniforme de 80 a 4000Hz e sensibilidade de97dB em toda a faixa, o 8NDL64 em neodímio represen-ta uma solução versátil à linha da B&C para aplicação emline array e point source.

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SISTEMA LWM-58www.proshows.com.br

Versatilidade e qualidade. Essas duas características com-põem o sistema LWM-58, da Lexen. Seu timbre limpo ebrilhante resulta numa resposta de frequência ajustada. Opadrão polar cardioide com cápsula Classe A é de alta qua-lidade e extremamente eficiente, pois isola a fonte princi-pal de áudio e minimiza a captação de sons laterais e trasei-ros. A tecnologia de compressão e expansão de áudio reduzos ruídos, aumentando a definição e clareza do som. Atuana banda UHF de 614~806 MHz com menos ruído e in-terferência. Possui filtro multi-nivel de alta frequência ebanda estreita para evitar interferências, indicador de ní-vel de bateria e chave liga/desliga no bastão.

IPD SERIESwww.decomac.com.br

Os amplificadores da Série IPD reúnem o famoso desem-penho e confiabilidade Lab.gruppen com recursos DSPde última geração a um preço acessível . Esta série temduas configurações de potência , IPD 1200 e IPD 2400,com uma potência de saída de 4 ohms 2 x 600W e 2 x1200W, respectivamente. Ambos incorporam DSP inte-grado , monitoramento e controle através de um compu-tador ou iPad, com 4 canais de entrada, controlesconfiguráveis ??no painel frontal com display gráfico,entradas analógicas e digitais (AES3 , sistema redundan-te) , e limitadores . Em cada IPD um há um DSP equipadocom um total de 40 equalizadores paramétricos , delay deentrada, saída, highpass e lowpass ajustável. Possuilimiter de picos de voltagem configurável por sotwarenas saídas enquanto um sistema de entrada do mixer de 4canais oferece entrada de roteamento que normalmentenão é visto em um amplificador.

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Soundcraft lança atualizaçãodo aplicativo ViSi Remote

HARMANINTERNATIONALADQUIRE DURAN ÁUDIOA Harman acaba de anunciar a aquisi-ção da empresa de capital fechadoDuran Áudio BV. A aquisição oferece àHarman acesso a tecnologias eletro-acústicas e baseadas em softwaresde controle de diretividade, incluindosua consagrada linha de colunas “diri-gíveis”. A partir de agora, os produtosAXYS e suas tecnologias farão parteda linha de produtos Harman Profes-sional. “A aquisição da Duran ÁudioBV reforça o compromisso assumidopela Harman para avançar com nossaliderança em tecnologia, tanto atravésde P & D como aquisições”, disseDinesh C. Paliwal, presidente e CEOda Harman. Fundada na Holanda,em 1981, por Gerrit Duran, a DuranÁudio ganhou uma forte reputaçãocom seus produtos AXYS de áudioprofissional, incluindo alto-falantes,amplificadores, processadores desinal e dispositivos de rede. A DuranÁudio foi pioneira com os modernosalto-falantes “beam steering”, quedirecionam o som para um local es-pecífico, e “beam shaping”, custo-mizáveis para a utilização em even-tos de pequeno porte ou até mes-mo em grandes espetáculos, quesão essenciais para enfrentar ambi-entes acústicos exigentes.

...para mesas da série Si e Vi

As consagradas mesas digitais SiCompact, Si Expression, Si Perfor-mer e Vi contam agora com a atua-lização de seu aplicativo de con-trole via iPad. A versão 2.0.24 dosoftware adiciona novas funciona-lidades para os modelos da série Si,tornando mais fácil o controlepara diversas aplicações como oequalizador paramétrico, filtroHPF, dinâmicos, fase, delay e ende-reçamento para LR/Mono. Todasas melhorias estão disponíveispara os canais de entrada e saída.

Os recursos já existentes, comovolume, on/off e equalizador gráfi-co continuam mantendo a perfor-mance e confiabilidade caracterís-ticas da série Si.Para que o novo aplicativo funcioneé necessário que as mesas sejamatualizadas para a mais nova versão.O download pode ser feito no ende-reço www.soundcraft.com/down-loads/software.aspx e o aplicativo éencontrado gratuitamente na Applestore: http://itunes.apple.com/gb/app/soundcraft-visi-remote/id524-627131?mt=8

MARTIN ILUMINA ATRAÇÕES

...do Planeta Terra Festival 2013

Onde existam shows e festivaisde destaque no cenário mundi-al, a Harman marca presençacom suas consagradas soluçõesem áudio e iluminação. No casodo Brasil, após estar presentena edição do Rock in Rio de2013, foi a vez de iluminar asprincipais atrações do PlanetaTerra Festival, realizado em SãoPaulo, no início de novembro.O destaque ficou por conta dautilização de uma das novida-des da Martin Professional noBrasil, empresa focada em ilu-minação recentemente adqui-rida pelo grupo Harman Inter-national, com o MH 3 Beam, inte-grante da linha de produtos trazi-dos ao país com preços acessíveis.

Shows de astros como Blur, Becke Lana Del Rey contaram com aperformance do MH 3 Beam,poderoso moving head que lan-ça um feixe de longo alcance in-tenso e estreito para espetacula-res efeitos no ar. Além disso,abriga uma roda de gobo fixo eroda de cores com uma multi-plicidade de efeitos possíveis apartir de um dimmer e estrobo,zoom, prisma de 8 faces e regu-lagem de foco.Entre as outras novidadadesoferecidas pela Martin no paísestão o RUSH MH1 Profile, MH2 Wash, Strobe 1 5x5 , Par 1RGBW e Pin 1 CW, equipamen-tos que oferecem a garantia dedesempenho e confiabilidade,marcas registradas da Harman.

TRÊS EM UMO diretor de criação da Coletiva Pro-dutora, Adriano Cintra, acaba de fi-nalizar três trabalhos completamentediferentes. Cintra produziu algumasfaixas dos novos discos do JotaQuest e do cantor Marcelo Jeneci etambém lançou o EP do duo Madrid,do qual é vocalista e guitarrista. Parao novo álbum do Jota Quest, AdrianoCintra trabalhou as músicas Entre

sem bater, O sono dos justos e Toxina

voyeur. Com faixas dançantes, a novaprodução também contou com a co-laboração do norte-americano JerryBarnes, produtor que já trabalhoucom nomes como Stevie Wonder eJoss Stone. Já o novo álbum De Gra-

ça, de Marcelo Jeneci, foi produzidopor Adriano Cintra e Kassin.

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D.A.S. NA PRIMAVERA

Nos dias 8 e 9 de novembro na ci-dade de Pirenópolis em Goiás, di-ante de mais de 10 mil pessoas,

aconteceu o Canto da Primavera2013 com a presença de GilbertoGil, Fernanda Abreu, Emicida, The

Legendary Tigerman, de Portugal,e artistas locais.A sonorização do evento ficou acargo da empresa Studio K que es-colheu o sistema Aero 40A, omais novo lançamento da D.A.S.Audio, sendo a primeira empresaa utilizar o sistema na AmericaLatina. A facilidade de instalaçãoe uso do sistema via DASNET, foium ponto vital para a escolha dosistema, segundo os proprietário,bem como a qualidade do som queprecisavam obter. Tanto o públicoquanto os técnicos responsáveispelo evento destacaram a clarezade som e potência desses sistemas.

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ITIBERÊ ZWARG LANÇA O CD

...Oficinas da Música Universal

- Que nem o Mundo

O inquieto multi-instrumentistaItiberê Zwarg, um dos responsá-veis pela renovação da músicainstrumental no Brasil, segue emfrente com o conceito de univer-salidade herdado de HermetoPascoal (com quem toca há trêsdécadas) lançando o CD Oficinas

da Música Universal - Que nem o

Mundo” (selo Delíra Música). O

show de lançamento aconteceuno dia 28 de novembro, no Riode Janeiro. Itiberê, que assina ascomposições (inéditas), arranjose a produção musical do CD, di-vidirá o palco com 10 alunos queatualmente fazem parte do proje-to. Eles apresentarão as obras queforam criadas durante as Oficinas

da Música Universal, realizadas aolongo dos anos de 2012 e 2013 naEscola Maracatu Brasil.

Livro revela históriada música folclórica mineira

O músico epesquisadorYuri Popoff

- que já trabalhou com nomes comoToninho Horta, Beto Guedes, LeilaPinheiro, Cassia Eller, Nana Caym-mi -, em parceria com a musicólogaCecilia Cavalieri França, doutoraem Educação Musical pela LondonUniversity, pesquisadora, composi-tora, autora e consultora musicalpela Universidade Federal de MinasGerais (UFMG), lançaram, no Riode Janeiro, o livro Festa Mestiça – o

congado na sala de aula. Os autoresmergulharam em uma pesquisa so-bre a música e a arte folclórica deuma parte importante do estado deMinas Gerais, a região de MontesClaros, onde até hoje se praticacanções e ritmos tais como Ma-rujada, Caboclinhos, Catopê.Editado pela editora UFMG, a pu-blicação de 77 páginas traz ilus-trações com desenhos e fotos e umCD com 33 faixas contendo asgravações de músicas e batuquesda manifestação.

NOVO ÁLBUM DOSRAIMUNDOS TERÁ APARTICIPAÇÃO DE SENDOG DO CYPRESS HILLA visita de Sen Dog, do CypressHill, durante as gravações do novoálbum dos Raimundos, Cantigas

de Roda, nos Studios Firewater emLos Angeles, rendeu a participa-ção do rapper na faixa Dubmun-

dos. Billy Graziadei trabalhou namixagem e a masterização ficou acargo de Maor Appelbaum, quetem grande experiência na indús-tria musical e já trabalhou com no-mes como Sepultura, Halford,Fight, Gilby Clark, entre outros.

EQUIPO REALIZATREINAMENTO DE VENDASEM MARINGÁ (PR)No dia 21 de novembro, a Equipopromoveu treinamento de vendas nasede da Oderço, em Maringá, noParaná. Direcionado aos colabora-dores da empresa, o treinamentoteve como foco principal os instru-mentos musicais e equipamentos deáudio profissional das marcasWaldman, Medeli e Koss. Na oca-sião, o especialista e supervisor Téc-nico da Equipo, Reginaldo Pessoa -acompanhado pelo Gerente de KeyAccount, Cássio A.G - abordou te-mas como a história das marcas,seus respectivos conceitos e diretri-zes. O workshop também teve umabreve exposição dos principais pro-dutos da empresa, tornando o trei-namento muito mais interativo entreos participantes, que também pude-ram conferir de perto o diferencial

de cada produto.

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ROBE RECEBE PRÊMIO NA LDI 2013

O show de luzes criado parao estande da Robe pelo ligh-ting designer Nathan Wanfoi vencedor do prêmio LDI,em Las Vegas, na categoriade Melhor Design de Es-tande Grande. Com um pro-jeto que privilegiou o brancototal, o show de luzes, queacontecia de 30 em 30 minutos,foi um dos mais comentados du-rante a feira. A empresa fabrican-te de equipamentos de ilumina-ção levou para a LDI 2013 o novoPointe, que também já ganhou di-versos prêmios, além do ROBINMiniMe, CycFX8, Cyclone, MMXBlade e ParFect 100. Além dos

produtos, outra atração no es-tande foi a presença do recém-no-meado CEO da Robe LightingInc. Bob Schacherl, cuja amplabase de contatos e popularidadetambém atraiu um grande núme-ro de pessoas ao estande paraparabenizá-lo e dar as boas-vindasà ‘família’ Robe.

REPRESENTANTES DAIBANEZ E TAMA NOBRASILNo final do mês de novembro, os di-retores Juliano e Everton Waldmanda Equipo receberam a visita dosexecutivos Jun Hosokawa e TaisukeInoue, das empresas de instrumen-tos musicais Ibanez e percussãoTama, respectivamente. Um dosprincipais motivos da visita foi discutirum novo projeto relacionado ao ensi-no musical no Brasil e algumas estra-tégias comerciais para os próximosanos. Na ocasião, os representantestambém tiveram a oportunidade deconferir a expansão das marcas ja-ponesas no mercado brasileiro e co-nhecer de perto o trabalho desen-volvido por algumas das principaislojas de instrumentos musicais.“Acreditamos ser de vital importân-cia o acompanhamento de um mer-cado tão único quanto o nosso porparte destas grandes marcas. Vari-áveis como o crescente aumento daconcorrência, instabilidade econô-mica, comportamento do consumi-dor quando acompanhadas deperto pelas marcas resultam emações mais imediatas para manter econquistar posição de destaqueem um mercado em constante mu-dança”, afirma Edgard Ribeiro, ge-rente de marketing da Equipo, im-portadora e distribuidora exclusivade mais de 20 marcas de instru-mentos musicais, equipamentos deáudio profissional e iluminação.

ROLAND TEM NOVO ENDEREÇOA Roland, a partir de agora, está em novo local. A empresa agora está em Cotia(SP), na Rua San José, 211, Parque Industrial San José, no bairro Jardim Belizário.

HARMONIA E BAIXOO instrumentista Sérgio Pereira acaba de lançar aquinta edição do livro Harmonia e Baixo. De mododidático, informativo e organizado, o autor reuniuuma quantidade considerável de informações sobretécnica, harmonia, história e perspectivas sobre obaixo elétrico. A publicação, direcionada tantopara alunos quanto para profissionais, traz ideiassobre a compreensão da conexão crítica entre o mecanismo de tocar baixoe o da música, bem como informações sobre alongamento e aquecimento.

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...sobre o sistema Avid S3L

Técnicos de áudio e especialistas deproduto da distribuidora Quanta Bra-sil se reuniram no dia 26 de novem-bro para um workshop com o Gerentede Produtos e um dos desenvolve-dores do sistema S3L da Avid, o inglêsAl McKinna. O treinamento foi rea-lizado na sede da distribuidora oficialQuanta Live e durou cerca de três ho-ras. Além de apresentar os diferenci-ais do console, o evento tambémabriu um canal de comunicação entrea empresa e os profissionais do Paíspara o compartilhamento de experi-ências, sugestões e feedback sobre autilização do sistema no Brasil.McKinna destacou ainda o custo-benefício como um diferencial.

TÉCNICOS PARTICIPAM DE WORKSHOP

“Esse console é um pouco diferente,podemos dizer que é a nova geraçãodessa tecnologia. Ele é pequeno,prático. Nós o desenvolvemos por-que começamos a perceber quemuitas pessoas no mercado vi-nham buscando consoles menoresou mais baratos e precisávamos deum equipamento que pudesse ser asduas coisas e ainda assim funcionarde uma forma eficiente”.Segundo Emerson Jordão, gerente devendas das linhas Pro Audio e LiveSound para o Brasil, o S3L é compos-to por uma Superfície de Controle,uma Engine e o Stage Box, todosconectados pela tecnologia Ether-net AVB, oferecendo alta portabi-lidade e excelente qualidade.

Nos dias 25 e 29 de novembro, o Con-sulado da Dinamarca, em parceria coma Danish Sound Innovation Network,promoveu um seminário gratuito, noRio de Janeiro, na Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ); e em SãoPaulo, na Universidade Federal deSão Paulo (USP), sobre tecnologia deáudio, mídia e processamento de si-nais. O evento aconteceu em parceriacom o Núcleo de Engenharia de Áu-dio e Codificação Sonora (NEAC)

Seminário Brasil-Dinamarca

do Laboratório de Sistemas Integrá-veis (LSI-EPUSP).Profissionais dinamarqueses e brasi-leiros apresentaram projetos relacio-nados com soluções de áudio paraTV, estudos sobre controle de volu-me e ruídos e psicoacústica, entreoutros assuntos.O seminário foi destinado a pesquisa-dores e profissionais da área de acústi-ca, estudantes, representantes da in-dústria e demais interessados.

Brian Johansen, Jan Larsen, Luiz W. P. Biscainho e Rodrigo Ordoñez

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DO PRÓPRIO VENENOOs chineses sempre se lixaram paracopyright ou qualquer tipo de proprie-dade imaterial. Desenvolveram suaeconomia fazendo cópias baratas e pro-dutos populares. A realidade mudou e aChina hoje já produz produtos de pri-meira linha e começa a provar seu pró-prio veneno. Embora ainda desconhe-cidas no ocidente, algumas marcas chi-nesas identificadas por produtos de boaqualidade e por isso de bom valor agre-gado, começam a ser copiadas em pe-quenas fábricas no sudeste asiático. Ecomo o mundo dá voltas, a China agoraquer entrar na luta contra a pirataria.Nada como um dia após o outro, e claro,uma noite no meio.

VIZINHOSA fronteira seca brasileira tem umgigantismo que dificulta qualquer vigi-lância. Nos estados do sul, a entrada deprodutos em notório descaminho viroupreocupação de importadores e da Polí-cia Federal. Notadamente Paraguai, Ar-gentina e Uruguai têm sido usadoscomo plataforma de ingresso de produ-tos que escapam ao controle da ReceitaFederal. O surgimento constante depreços malucos praticados pelo merca-do alertou os importadores e represen-tantes legais de algumas marcas mundi-

almente famosas no Brasil. Mas pelo jei-to essa luta é como secar gelo.

MUDANÇAStenio Mattos, da Azul Produções, nãoteve outra alternativa senão mudar asdatas do Rio das Ostras Jazz & Blues, umdos maiores festivais do mundo e queacontece anualmente no Brasil. Em umano atípico e pressionado pelo calendá-rio da Copa do Mundo, o evento passoudo mês de junho para agosto de 2014. Aboa notícia é que ficou ainda maior.Logo divulgo as primeiras atrações e ocalendário definitivo.

MADE IN BRAZILA qualidade das guitarras do luthierbrasileiro Zaganin já atravessam nossasfronteiras. Vários artistas internacio-nais já vieram aqui e voltaram com umaguitarra do craque brasileiro debaixo dobraço. E os elogios não são poucos.

PELA MÚSICAOito dos maiores guitarristas do RS de-cidiram criar um projeto voltado ao en-sino da música. Cada um gravou umtema instrumental tendo a guitarracomo fio condutor. O grupo destinou arenda da venda do CD a projetos sociaisque promovam o ensino musical funda-mental. O título do disco dá o tom doprojeto: Guitar Friends. O trabalho reú-ne os guitarristas Veco Marques e Car-los Stein (Nenhum de Nós), Duca Lein-decker (Cidadão Quem), Hernán Gon-zález (Vera Loca), Marcelo Corsetti,Paulinho Supekovia, Angelo Primon eRichard Powell.

PERDAMorreu no mês passado nos EUA umdos maiores guitarristas de jazz de todosos tempos. Jim Hall, os 83 anos, aindatinha uma agenda de dar inveja a muitaatração do tipo farofa midiática queanda por aí. Era o guitarrista prediletode Ella Fitzgerald e gravou dezenas dediscos com a diva durante os quase 70anos de carreira. Foi referência para gui-

Não foram poucos osimportadores que

viraram o ano comenormes prejuízos

motivados pelo gargaloalfandegário brasileiro.O descalabro do serviço

público em nosso paísassociado ao

despreparo de técnicos efiscais transformou avida de importadores

num verdadeiroinferno. Sem fazer juízo

de valor sobre má fé, airritante e recorrente

morosidade daburocracia brasileira

deixou muita gente semestoques para atender o

comércio. Algunscontainers ficam meses

parados nos portosesperando o carimbo de

um burocrata. E oprejuízo é inevitável. Éo Brasil a caminho da

“venezuelização”.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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tarristas como Pat Metheny e BillFrisell e se preparava para umaturnê pelo Japão. “Quero morrerno palco com uma guitarra nasmãos” dizia. Não foi atendido pe-los céus, morreu dormindo em suacasa em New York.

SANFONEIROSNão me perguntem por que, masqueria saber de onde o estado dePernambuco tira tanto sanfoneirobom? A tradição de Luis Gonzagaparece ter incorporado naquelaterra. Qualquer boteco ou barzi-nho com música ao vivo tem al-gum instrumentista virtuoso pilo-tando uma sanfona no palco. Oueles têm as melhores escolas de san-fona do mundo ou o velho Gon-zagão anda mexendo os pauzinhos(ou seria as teclas) lá em cima.

NOVIDADEA ideia de acoplar micro compres-sores no próprio microfone pareceestar decolando. Alguns protótiposdesenvolvidos pela Sennheiser jáforam usados em shows pela Europae mostraram bons resultados. Ain-da em fase de desenvolvimento, anovidade quer reduzir a compressãolinear e tornar o microfone mais“vivo” nas mãos do artista. Esse pro-cesso quando executado pela mesade áudio corta frequências desneces-sárias, mas também acaba eliminan-do outras fundamentais e com issotira muito da nuance que os grandescantores tanto apreciam nos micro-fones de alta sensibilidade.

TRAVADOO projeto da Yamaha de produzirinstrumentos de sopro no Brasilnunca saiu do papel. Mas ele exis-te. Assim como a empresa japone-sa, tenho a informação de que mui-tas outras multinacionais de gran-de porte aguardam um projetoconsistente e confiável do gover-

no federal voltado à redução dacarga tributária. Hoje o produtoproduzido aqui não tem nenhumacompetitividade e não fossem nos-sas commodities e produtos pri-mários, a balança comercial brasi-leira seria vergonhosa. Valor agre-gado aqui é palavrão.

OS CHATOS E OS BONSOs fãs que me perdoem, mas a ba-dalada banda Muse é muito chata.Se bem que depois que os america-nos escolheram a tal Miley Cyruscomo artista do ano, nada mais mesurpreende. Bastou a moça tirar aroupa e aprontar alguma papaga-iada que já virou melhor qualquercoisa para os gringos. Mas a moder-nidade não é sinônimo de ruindade.Artistas que soam bem e com per-sonalidade existem aos montes.Minha escolha para melhores de2013 ficaria entre Artic Monkeys eMumford & Sons. Ingleses, claro...

THE VOICE BRASILPor mais que eu receba mensagenscom ofensas, suspeitas, acusações etodo o tipo de crítica que se possafazer ao programa The Voice Bra-sil, mantenho a minha posição jáexaurida no ano passado. O pro-grama é um evento televisivo, ma-nipulado, beira a pieguice, ficoupior em 2013, mas a tudo isso eucomplemento com uma pergunta:preferem um enlatado americanono horário? Ou essa pequena mos-tra de talentos brasileiros em bus-ca de espaço não merece uma vitri-ne? A resposta define a minha opi-nião. Mas quem venceu no anopassado mesmo?!?

RESISTINDOO canal a cabo BIS até que vem resis-tindo bem e tentando manter umaprogramação musical digna. As es-corregadelas certamente devem seratribuídas a algum produtor ou pro-

gramador que se julga “muderni-nho” e coloca shows ao vivo de DJs aquem tratam como músico ou artis-ta, ou ainda alguma bobagem midiá-tica que faz música rasteira. Essa gen-te, aliás, já tem espaço até demaispara a porcaria que fazem. Aposteique o canal não resistiria muito tem-po à pressão da breguice que corroeua MTV, o MultiShow, o VH1 e ou-tros que começaram bem, mas ten-taram se assumir como engraçadi-nhos ou pseudo modernos. Estoutorcendo para estar errado...

MADEIRAAs madeiras brasileiras voltaram aser a bola da vez. Exportadas indis-criminadamente e tratadas comotop de matéria prima, o produto évítima da falta de estrutura doIbama para vigiar um país conti-nente. Não bastasse isso, os “pei-xes” envolvidos nesse crime são detamanho considerável. E fazemsombra até em Brasília.

LEI SECAA legislação aprovada pelos nossosgloriosos parlamentares federaisreduziu pela metade a movimenta-ção noturna nas grandes cidadesbrasileiras. A quebradeira de barese pubs é generalizada. Com conhe-cimento de causa, o ex-presidenteLula disse certa vez que o Brasil éum país hipócrita. Agora ficoutambém chato e monótono.

TESTEDesafiado por um leitor dessa colu-na, decidi testar na estrada a máximade que nem tudo o que é barato ne-cessariamente é ruim ou limitado.Empunhando três guitarras que cus-tam menos de 500 reais para o con-sumidor final, subi nos palcos parashows de final de ano em várioseventos pelo sul do país. O resultadofoi surpreendente e estará em breveaqui nas páginas da Backstage.

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Este é o primeiro traba-lho solo e autoral do sa-xofonista, flautista, com-positor e arranjador Pau-lo Rego, fundador do gru-po No olho da Rua, queprima pela criatividadena profusão de ritmos eharmonias, com tempe-ro de jazz brasileiro. As

dez faixas do CD trazem ritmos diversos mas que aomesmo tempo se encaixam perfeitamente nos arranjose melodias como o samba-jazz Sambairê Eletrônico, atoada-baião Café com Guinga ou ainda o jazz-pop deMaresia. O disco que sai independente com distribui-ção da Tratore, contou com as participações deGuinga, no violão; José Arimatéia, no flugelhorn; Ju-lio Merlino, no sax tenor; Gilberto Pereira, no sax so-prano; Pedro Bittencourt, no sax barítono; GeraldoCosta, no trombone; Luciano Correa, no violoncelo;Felipe Ventura, no violino; Rodrigo Ferreira, nocontrabaixo e baixo elétrico; Pedro Franco, no violãode 7 cordas e guitarras, e Xande Figueiredo, na bateria.

COMPORPaulo Rego

Impossível ouvir esteCD e não lembrar da-quele final de tarde naspraias da Zona Sul cario-ca nos anos 60 e 70. Tem-pos que não voltam mais,mas que podem ser re-lembrados na voz doce ebossanovística de TeresaVeler, que encanta os ou-

vidos ao longo das 13 faixas do CD. Fevereiro, Noites de

Silêncio, Sol de Dezembro e Falando em Pedaços parecemresumir a alma deste trabalho, sem desmerecer outrascomposições, tão encantadoras quanto as demais.Gravado, mixado e masterizado no Cervantes Es-tudios, em Lisboa, Portugal, o disco traz Teresa Velernos vocais, Ernesto Leite no piano, Markus Britto nobaixo e Henry Sousa na bateria.

NOSSAS NOVASTeresa Veler

Este trabalho é fruto doencontro de Gilson, Mau-ro e a Amazonas Band du-rante o 7º Festival Ama-zonas Jazz, em julho de2012. O CD traz oitofaixas que funcionamcomo uma amostragemdo repertório do duo:quatro são originais de

Gilson, duas são parcerias com Dori Caymmi e IvanLins, e outras duas são clássicos da MPB. Passeandoentre o jazz moderno e sonoridades próprias da regiãoNorte do Brasil, as músicas revelam uma integraçãoentre o clássico, o erudito e o popular executadas soba batuta do regente Rui Carvalho, que assina também adireção musical do CD. Os arranjos são de Peranzzetta ea produção executiva de Eliana Peranzzetta e Ana LuisaMarinho. Gravado ao vivo no Teatro Amazonas, o discofoi mixado por Clément Zular e Rui Carvalho emasterizado por Homero Lolito.

AMAZONAS BAND CONVIDA...Gilson Peranzetta e Mauro Senise

Nesse novo trabalho au-toral, o guitarrista e com-positor tem o desafio demostrar ao público com-posições inteiramentede rock instrumental.Nas dez faixas que com-põem o CD, Fernandocontou com a parceriado músico, compositor e

produtor Roberto Lly, ex Herva Doce. O repertóriopasseia por variações e moods distintos, da aceleraçãoda faixa título Rock it! à suavidade de Olhando o Céu eAnos Luz. Para este disco, Fernando escalou ainda umtime de músicos e amigos com os quais tem muita inti-midade entre eles Pedro Strasser, Sergio Villarim, Ser-gio Melo, Kadu Menezes, Humberto Barros e MauricioBarros. A ideia do guitarrista foi fazer um CD dedicadoà sua infância e adolescência, no final dos anos 70, oque se traduz na imagem da capa, produzida porHumberto Barros.

ROCK IT!Fernando Magalhães

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

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elho conhecido da cena musical bra-sileira, especialmente a carioca, Pau-

lo Morais já trabalhou com artistas comoAlceu Valença, Banda Black Rio e Mono-bloco, entre outros. Atualmente, atuacom o grupo Cidade Negra e a cantoraClarisse Falcão. O profissional não temdúvidas sobre quais são as característicastécnicas que melhor definem seu traba-lho: equilíbrio e limpeza de timbres.

Alexandre Coelho

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

V “Eu procuro um equilíbrio sem abusar mui-to do sub (que sempre uso por um auxiliar),filtrando bem todos os canais e usando gatenos tambores mais graves, sempre buscan-do uma sonoridade mais limpa”, garante.Com uma vasta carreira como profissio-nal de áudio, trabalhando com artistasdos mais variados estilos e gêneros mu-sicais – do MPB ao funk, passando pelosamba e o reggae, entre outros –, Morais

PARTE 15

O somDE CADA PAO somDE CADA PA

Em mais uma

reportagem da série

que revela os

segredos de técnicos

de áudio de todo o

Brasil, Paulo

Morais e Silvio

Nunes contam

como buscam uma

identidade própria

a cada trabalho na

estrada.

Paulo Morais

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não vê grandes dificuldades em seadaptar a cada situação. O segredo ésimples: basta manter o foco na es-sência de cada trabalho. “A grandepreocupação é manter a identidadedo artista. Por exemplo, no show doCidade Negra, o baixo e bateria sãona cara e os delays são uma obriga-ção”, exemplifica.Especialista em shows de rock e blues,Silvio Nunes já trabalhou com váriasbandas desses segmentos musicais aolongo de mais de duas décadas de car-reira. Recentemente, foi contratadopara fazer o show no Rio do grupoNever Say Die, considerado um dosmaiores tributos ao Black Sabbath noBrasil. Para ele, o que melhor defineseu som é a certeza de que tudo estásoando como deve, ou, pelo menos, omais próximo possível disso.

“De modo geral, a passagem de somsendo bem feita, com tempo suficien-te para que todos os instrumentos,vozes e samplers se tornem nítidos eequilibrados, nos dá uma boa base decomo será a sonoridade no show. Éclaro que estamos falando de um startpoint, pois, com a chegada do públi-co, são sensivelmente alteradas atemperatura e a umidade relativa doar, além de serem criadas barreiras fí-sicas que podem nos fazer voltar aosequalizadores e aos faders para novadefinição de parâmetros”, observa.Silvio acredita que a necessidade deadaptação é diretamente proporcio-nal às exigências de cada músico oubanda. Para ele, o que funciona em um

show em determinado local com certabanda, não necessariamente funcio-nará com outra, do mesmo modo queestas bandas apresentarão necessida-des variadas em locais diferentes.“Mas eu preciso me adaptar o tempotodo. É o caso de o cantor pedir maisou menos de determinada região defrequências. Isso ocorre por algunsmotivos: o volume ainda não estaradequado, ou por não conhecer o mi-crofone com que vai cantar. Nessesmomentos, sempre explico que não é oaumento ou redução de graves, médiosou agudos que necessariamente vaiajudar. Muitas vezes, apenas um poucomais de volume é suficiente, ou ainda,um reposicionamento dos monitoresresolve o problema”, explica.No que diz respeito a aspectos técni-cos, Paulo Morais acredita que os

profissionais de áudio ficam limita-dos ao que cada sistema oferece, bemcomo às condições físicas dos ambi-entes em que são realizados os shows.Com equipamentos e locais adequa-dos, basta o profissional de áudio em-pregar sua experiência e extrair o me-lhor som para aquele trabalho.“Na verdade, o som já está na nossa ca-beça, eu sei o som de bumbo que eu pre-ciso tirar, mas, no fundo, fazemos o somque o PA nos permite e o que o ambien-te autoriza. Felizmente, hoje em dia, ascaixas evoluíram muito e as mesas digi-tais facilitam bastante”, enfatiza.Paulo Morais lembra ainda que, namaioria dos casos, o técnico de áudioque acompanha o artista já encontra o

Mas eu preciso me adaptar o tempotodo. É o caso de o cantor pedir mais oumenos de frequências.

(Silvio Nunes)

““

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PA alinhado quando chega para fazer apassagem de som de uma apresentaçãoao vivo. Desta maneira, a principalfunção do técnico é adaptar aquele sis-tema que já está em condições de serusado no show para as característicasdo artista com o qual ele trabalha.“O grande trabalho de um técnico dePA é refinar o alinhamento – teori-camente, o PA lhe é entregue alinha-do – para aquele estilo musical, ou co-meçar invertendo a fase do sub, masisso depende da equipe técnica querepresenta a firma de som”, destaca.Já para Silvio Nunes, a boa sonorida-de de um show está ligada a vários fa-tores, mas existem dois em especialque ele destaca como primordiais: aqualidade dos equipamentos e a expe-riência do operador. Ele ressalta quebons equipamentos sempre ajudammuito e, apesar das muitas marcas emodelos de qualidade no mercado, dizque prefere trabalhar com mesas daYamaha, microfones Shure e produtosda Audio-Technica, entre outros.“Para alinhar o PA, atualmente, dis-pomos de vários analisadores de es-pectro, tanto físicos quanto em soft-wares, que nos ajudam bastante. Mas,uma vez alinhado o sistema, sempredou meu toque pessoal, pois a máqui-na é precisa, mas não sente emoções.Ou seja, deixo a conclusão para o meuouvido”, ensina.

Para comparar a sonoridade do PAantes e depois de alinhado, PauloMorais não tem um CD ou pen drivecom músicas de sua preferência. Ele

costuma fazer esse refinamento doáudio usando algum CD do próprio ar-tista que irá se apresentar, ou de algumoutro artista no mesmo estilo musical.Já a passagem de som, segundo ele, de-pende de cada artista, mas, em geral, éfeita com o pessoal da técnica. “Osroadies, geralmente, são músicos e sa-bem tocar todos os instrumentos.Pode parecer meio doido, mas destaforma é mais rápido e fica mais ao gos-to do músico”, assegura.Silvio Nunes, por sua vez, não abre mãode duas músicas conhecidas suas no mo-mento de timbrar o sistema de som que

irá utilizar no show. Como geralmenteele atua em shows de bandas com umasonoridade mais pesada, o técnico lançamão de gravações igualmente pesadas

Para alinhar o PA, atualmente,dispomos de vários analisadores deespectro, tanto físicos quanto emsoftwares ... (Silvio Nunes)

Silvio Nunes

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para uma melhor comparação. “Minhaspreferidas são Stairway to Heaven, doLed Zeppelin, pela complexidade detimbres, e a versão de Polícia do Sepul-tura, pelo imenso peso. Soando bemcom estas, estou satisfeito”, conta.Já na passagem de som, Silvio, maisuma vez, se favorece da tecnologiapara obter o melhor possível do siste-ma de som. Ele lembra que, muitasvezes, a house mix é posicionada não

em frente ao palco – o que seria a situ-ação ideal para que o operador pudes-se obter a imagem estéreo –, mas nopróprio palco ou ao lado dele. “Nessescasos, o soundcheck virtual possibili-ta que se vá para a frente do palco, demodo a otimizar o trabalho”, ilustra.Com grande experiência tambémcomo operador de monitor, PauloMorais não tem dúvida de tratar-sede uma função bem diferente da ope-ração de um PA. “Comecei fazendomonitor com o Monobloco e sei que éno monitor que o bicho pega. Qual-quer problema que aconteça no palcoé esse técnico quem resolve. Ele temque fazer várias mixes e nenhuma é aoseu gosto”, esclarece.Apesar de ter suas próprias caracte-rísticas como profissional de áudio,Morais não acha imprescindível queum técnico busque ter uma identida-de na sua sonoridade. Na opiniãodele, o que importa é realizar um bomtrabalho e que o artista e o contratan-te do show fiquem satisfeitos.“Eu acho que já estou velho para isso.PA é um cargo de confiança. O artista

PA é um cargo de confiança. Oartista tem que confiar que você entendeuo que ele quer.

(Paulo Morais)

““

tem que confiar que você entendeu oque ele quer. O fato de eu ter traba-lhado uns 20 anos gravando (gravoaté hoje) me ajuda muito ao vivo evice-versa. Minha captação ao vivoem estúdio melhorou muito com aexperiência do PA”, compara.Da mesma forma que o colega, SilvioNunes também já atuou e ainda atuacomo técnico de monitor. E, igual-mente, acha que se trata de uma fun-

ção mais ingrata. “Diferentemente doPA, que tem apenas uma mixagem, ouseja, a da banda para o público, nomonitor existem as necessidades pró-prias de cada músico, o que torna a so-noridade no palco absolutamente di-versa. Se você der uma volta pelo pal-co, em cada ponto ouvirá uma coisadiferente”, exemplifica.Ao contrário de Paulo Morais, SilvioNunes acha positivo que o profissio-nal de áudio procure uma identidadeprópria no seu som, independente-mente do artista com o qual esteja tra-balhando naquele momento, o que elechama de “a assinatura de cada profis-sional”. Ele recorda um episódio querevela um pouco das agruras dos técni-cos de áudio que trabalham com apre-sentações ao vivo.“Certa vez, um cantor não conseguiaficar satisfeito com sua voz no palco.Depois de alinhar e realinhar o siste-ma, ainda assim, não havia jeito. Re-solvi, então, colocar um windscreen(aquela espuminha) no microfone. Elepassou a achar sua voz perfeita. Curio-so não?”, diverte-se.

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om transmissão ao vivo para mais de100 países, o evento aconteceu no

dia 21 de novembro, no hotel-cassinoMandalay Bay de Las Vegas, em Nevada,nos Estados Unidos. Foram premiadosos melhores da cena musical latino-americana. E entre eles estavam brasilei-ros como Caetano Veloso, Roberto Car-los, Maria Rita e tantos outros.A participação brasileira no evento –não só em indicações, mas também em

C

[email protected]

Fotos: Divulgação

prêmios – vem crescendo gradativa-mente ao longo dos 14 anos de históriado prêmio. Desde sua criação, o Brasilconta com categorias exclusivas noGrammy Latino. Atualmente são setedirecionadas a artistas nacionais, mais acategoria Melhor Álbum de MúsicaCristã em Língua Portuguesa, na qual sóparticipam cantores brasileiros, porémestá inserida na divisão de músicas cris-tãs do prêmio. Dessa forma, em toda edi-

Latino 2013GRAMMYBRASILEIROS SE DESTACAM NO

GRAMMYBRASILEIROS SE DESTACAM NO

Diante da expansão

do mercado

fonográfico atual, os

profissionais

musicais brasileiros

têm sido mais

reconhecidos pelo seu

trabalho e dedicação

em todo o mundo, em

especial nas

premiações anuais. E

na 14ª cerimônia de

entrega do Grammy

Latino, considerado

o mais importante do

gênero, não foi

diferente.

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ção, oito troféus são obrigatoriamen-te para o Brasil.Nesse ano, os artistas brasileiros leva-ram 11 das 48 categorias, três a mais doque no ano passado. O que diferenciaas duas edições é que em 2013, houvemais três troféus em divisões abertas atodos os artistas latinos, nas categoriasMelhor Projeto Gráfico de Álbum,Melhor Álbum de Compositor e Me-lhor Álbum de Música Clássica.O Grammy Latino foi criado em 2000,pela Academia Latina de Artes e Ciên-cias Discográficas (NARAS, em in-glês), mais conhecida por The Recor-ding Academy, organização americana,criadora do Grammy original. A ideiaveio do fato de os artistas latinos terempoucas categorias nas quais poderiamparticipar na premiação americana.A proposta principal é identificar aqualidade artística ou técnica, depen-dendo da categoria, dos cantores/mú-sica/projetos que se destacaram na-quele ano e não a vendagem ou colo-cação nos rankings das rádios em si.Na 14ª edição apenas concorreramproduções lançadas entre 1º de julhode 2012 e 30 de junho de 2013, com aexigência das gravações concorrentesserem em português ou espanhol.

CONCORRÊNCIA GERAL,PRÊMIOS NACIONAIS,SALDO POSITIVOBrasileiro com o maior número de indi-cações, quatro no total, Caetano Velosolevou dois prêmios por Abraçaço, seuúltimo CD. O cantor e compositorgarantiu o troféu de Melhor Álbum deCantor-Compositor, categoria abertapara todas as nacionalidades, na qual osartistas têm de compor e interpretar51% do álbum com o que concorrem.Abraçaço também garantiu ao fotógra-fo e designer Tonho Quinta-Feira e aodiretor de Fotografia Fernando Young oprêmio de Melhor Projeto Gráfico DeUm Álbum. As outras duas indicaçõesde Caetano com seu disco, consideradopela crítica como um dos mais aclama-dos do ano, foram nas categorias prin-

cipais do Grammy Latino: Gravação doAno e Canção do Ano.A cantora e compositora recifense Cla-rice Falcão, que ficou conhecida porseus vídeos no Youtube, com mais de10 milhões de visualizações, foi in-dicada a outra das categorias princi-pais, Melhor Artista Revelação, masquem levou foi a guatemalteca GabyMoreno. E o pianista mineiro NelsonFreire teve seu álbum Brasileiro eleitoo Melhor Álbum de Música Clássica,concorrendo com Mario Adnet e IsaacKarabtchevsky, ambos brasileiros.

CATEGORIAS EXCLUSIVASBRASILEIRASOs mineiros tiveram presença expres-siva entre os ganhadores das divisõesdo Grammy Latino para brasileiros,entre eles o pianista Nelson Freire,vencedor do melhor álbum de músicaclássica. Os premiados foram a duplaVictor & Leo, com o melhor álbum demúsica sertaneja, pelo CD Ao Vivo emFloripa; o produtor Téo Azevedo, comseu projeto Salve Gonzagão 100 Anosna categoria Melhor Álbum de Músicade Raízes Brasileiras.Além deles, o quinteto Jota Quest con-quistou o melhor álbum de rock brasi-leiro com o CD Ao Vivo: Rock In Rio eAlexandre Pires venceu Zeca Pagodi-nho e Diogo Nogueira, entre outros, efaturou o melhor álbum de samba/pa-gode com seu Eletrosamba - Ao Vivo.Redescobrir - Ao Vivo, álbum gravadopela cantora paulista Maria Rita em ho-menagem a sua mãe, Elis Regina, ficoucom o prêmio de Melhor Álbum MPB.O cantor e compositor carioca Seu Jorgeteve seu CD Músicas Para ChurrascoVol. 1 Ao Vivo premiado como melhorálbum pop contemporâneo. O cariocaKleber Lucas recebeu o prêmio de Me-lhor Álbum de Música Cristã em LínguaPortuguesa com Profeta Da Esperança.

HOMENAGENS ÀMÚSICA DO BRASILEsse Cara Sou Eu, de Roberto Carlos,levou o prêmio de Melhor Canção

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Brasileira de 2013, uma das mais rele-vantes divisões do evento. Além disso,Roberto ainda teve seu álbum JovemGuarda, de 1965, escolhido para fazerparte do Hall da Fama do Grammy Lati-no. As obras que fazem parte dessa sele-ção são escolhidas por um comitê e têmem comum seu significado histórico eterem sido lançadas há mais de 25 anos.Um dos criadores da bossa nova, o cantor ecompositor capixaba Roberto Menescal,recebeu o Prêmio à Excelência Musical daAcademia Latina da Gravação, concedidoa artistas que contribuíram de forma criati-

Ricky Martin usa Pointe no Grammy Latino

Os novos Pointe, da Robe, foram os equipa-

mentos escolhidos pelo lighting designer

Carlos Colina, que há sete anos faz o projeto

de iluminação para a festa de premiação.

Para essa edição, o LD investiu no projeto de

luz da apresentação ao vivo do cantor Ricky

Martin no Centro de Eventos Mandalay Bay,

em Las Vegas, que foi transmitida para mais

de 9 milhões de espectadores.

Pela primeira vez usando os novos movings

Pointe da Robe, Colina decidiu colocar em

ação 18 dos novos movings Pointe durante a

interpretação do cantor porto-riquenho da

canção Más y Más, que contou com a parti-

cipação do compositor Draco Rosa, ganha-

dor da categoria Álbum do Ano. “A música

era uma balada muito forte e um momento

muito especial do show”, disse Colina, que

fez uma prévia do visual da apresentação

com os Pointe e levou para aprovação do

artista e sua equipe de produção. “O resul-

tado sobre o palco foi exatamente como ti-

nha sido criado no render e foi definitivamen-

te um dos momentos que definiram o entre-

tenimento da noite”, declarou.

Colina, que trabalha em parceria com o

designer de cenografia Jorge Domínguez, e

a cada ano tenta somar resultados e produ-

zir um conceito visual surpreendente para o

line up – que em 2013 incluiu 21 atuações ao

vivo e 13 entregas de prêmios –, conheceu

os Pointes através da recomendação de

Tom Kenny, LD que já trabalhou com artistas

do porte de Eric Clapton, The Who e David

Bowie. Como Ricky Martin é uma das maio-

res estrelas latinas, Colina queria que a atua-

ção dele fosse impactante. “São brilhantes,

versáteis, os prismas maravilhosos, as cores

ótimas e simplesmente são fantásticos nas

câmeras”, comentou Colina.

Os Pointes foram divididos em seis grupos,

cada qual com três aparelhos agrupados,

sobre trusses superiores de 6 metros na fren-

te da cena, cada um montado com aproxima-

damente 1,5 metros de distância entre eles.

Esses trusses entraram em cena quando

Ricky e sua banda subiram no palco. A equi-

pe de iluminação de Colina para o show in-

cluiu os programadores de iluminação Felix

Peralta e Kevin Lawson, o diretor de ilumina-

ção John Daniels, o diretor de iluminação no

palco Darren Langer, o chefe de técnicos

Brett Puwalski e a programadora de conteú-

do Laura Franks, que ficou encarregada de

toda a reprodução do conteúdo de vídeo.

va de importância relevância artística nosegmento da gravação. Nesse ano ele e maisseis profissionais da música de diferentespaíses latinos foram premiados por suasprestações de serviço à cultura, à arte e aci-ma de tudo, ao público.Outros brasileiros já foram contempladoscom a homenagem à excelência musicaldesde a criação do prêmio, entre elesRoberto Carlos, César Camargo Mariano,Jorge Ben Jor, Sergio Mendes, os Para-lamas do Sucesso, Astrid Gilberto, BethCarvalho, João Donato, Gal Costa, Mil-ton Nascimento e Toquinho.

Show de Ricky Martin contou com os novos Pointe, da Robe

”“As obras que fazem

parte dessa seleção

são escolhidas por

um comitê e têm em

comum seu

significado

histórico e terem

sido lançadas há

mais de 25 anos

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rinta e cinco atrações, dois dias deevento, 30 horas de festa, público de

80 mil pessoas, 50 mil metros quadra-dos de espaço, quatro áreas, o maior trioelétrico do mundo, naquela que é consi-derada a maior festa sertaneja do Brasil.Tudo isso fez parte da oitava edição doCaldas Country Show 2013, que foimarcado por mudanças em sua estrutu-ra, melhorias na segurança e organiza-

T

Pedro Rocha

[email protected]

Fotos: Flaney Gonzallez - Duas Polegadas / Divulgação

Revisão técnica: José Anselmo “Paulista”

ção e line up que incluiu cantores deaxé. A produção do evento foi da DuasPolegadas e Parceria Produz e a realiza-ção da GBM e Studio Tur Produções, emparceria com a prefeitura local.O festival aconteceu nos dias 15 e 16 denovembro em Caldas Novas, municípiodo estado de Goiás. No sábado, os showsforam de Cuiabano Lima, Gusttavo Lima,Cristiano Araújo, Ivete Sangalo, Israel

DÁ SHOW DE PRODUÇÃO

CALDASCALDASCountry

Evento teve

mudanças na

organização e

nova sonorização

com PA da EAW

DÁ SHOW DE PRODUÇÃO

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Novaes, Humberto & Ronaldo,Henrique & Diego, Thiago Brava &Tomate (no trio). Já no domingo(16), o som ficou por conta de Jorge& Mateus, Chitãozinho & Xororó,Lucas Lucco, Guilherme & Santia-go, Zé Ricardo &Thiago, GabrielGava, Matheus & Kauan, EduardoMelo, Cleber & Cauan e, fechando odia, Claudia Leitte (no trio).A área total do festival cobria apro-ximadamente 50 mil metros qua-drados, dividida em quatro espaços.O palco principal, no estilo Cruzetacom Passarela, tinha como medidas21x21 e cenografia de 16x14. Lean-dro Garcia, um dos produtores doCaldas Country, explicou que a es-trutura toda estava sendo montadaum mês antes e que o planejamentodessa edição começou no dia seguin-te ao fim da edição do ano passado.

MUDANÇA NO PAPara garantir um som impecável, aPazini, responsável pela ilumina-ção, som e palco do evento, esco-lheu usar o PA da EAW, que mos-trou resultados positivos. Pardal,

consultor técnico de som há 35anos, foi chamado pela locadorapara fazer a revisão e o alinhamen-to do novo sistema de PA. Ele ex-plica como foi a mudança na sono-rização dessa edição e quais eramos efeitos pretendidos: “Em 2012,usamos um sistema de PA todo daLS Audio, nas caixas de alta, sub eoutfill. Já nesse ano o PA é daEAW, com caixas de alta dos mo-delos KF 760 e KF 761, os subs sãoda LS Audio e outfill é FZ Audio.Continuamos a usar os mesmosconsoles do ano passado. Temos 16EAW de alta para cada lado, 14subs de cada lado e no outfill sãoseis subs de cada lado para esseano”, enumera. O consultor desta-ca que a troca de PA visava atingir

duas distâncias de tiro, em relaçãoao som. De acordo com ele, o PA760 e 761 tem um tiro longo. “Ameta era que o som chegasse den-tro dos camarotes extra Vips. OPA da EAW é perfeito para ter esseefeito. E para cobrir a área dosoutfills dos camarotes o FZ tem umtiro mais curto”, avalia.Gerente de som na Pazini, ElizonSoares foi um dos responsáveis

Área do backstage ficou maior

Cabo Verde, PA de Cristiano Araújo Cabelo, técnico de monitor de Cristiano Araújo

Palco principal com passarela, media 21x21

Israel Novaes, Gustavo Lima e Critiano Araújo

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pela sonorização do Caldas Countrydesse ano. Ele acrescenta que o siste-ma de amplificação usado foi o Lab.Gruppen das séries FP 6400 e FP10000 e as caixas dos camarotes eramFZ Áudio J08A e J212A. “Usamostambém o gerenciador de áudio EAWe estreamos os novos system con-trollers da LINEA Research modeloLNR26. Obtivemos excelentes resul-tados com estes novos gerenciadoresde áudio”, afirma.Na house mix, os consoles escolhidosforam uma Venue Digidesign D-Show,uma Venue Digidesign Profile e umaYamaha PM5D RH, esse último a pedi-do do técnico de PA da dupla Chitão-zinho & Xororó, Nilson Greigio, oCircuit. Para alterná-los foi usado omixswitch da APB-Dynasonics.Já no monitor, a Pazini disponibilizouduas Yamaha PM5D RH e uma VenueDigidesign SC48 e dois gerenciadores

de áudio XTA. O sistema de side fill foio EAW KF 850 triplo Fly, além de 24monitores EAW SM400, e dois SubDrums e amplificação Crest Audio.

PROFISSIONAIS CONTAMCOMO É TOCAR NO CALDASCOUNTRYJefferson Abel, conhecido como Ne-ném, roadie do Gusttavo Lima há qua-tro anos e meio, revela que o cantor es-colheu o festival para lançar seu novoshow, com músicas novas e instrumen-tos como piano. “Gusttavo toca aqui hácinco anos e não poderia ficar de fora.Ele surgiu em Goiás, 80% da equipetambém é daqui, e para todos nós, quecurtimos muito a festa e hoje somosuma das principais atrações, o CaldasCountry é muito importante”, explica.De backline, Jefferson conta que to-dos os equipamentos foram levados.“Trouxemos bateria, percussão, 12

Ivete se apresentou no primeiro dia de festival

Gilvan Santos, da Henko Produções Vista lateral do palco principal

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cordas, os amplificadores em geral, earphones, microfones e cabeamentos,além do sistema Yamaha DSP5D e damesa de PA Digico SD8”, completa.Técnico de monitor da dupla Hum-berto & Ronaldo, Absolon José doSantos, conhecido como Peixe, usoua mesa da locadora no festival e apon-ta como melhoria na sonorização aquestão do PA. “No meu monitor háum padrão. Houve uma mudança doside do Caldas Country para melhorcobertura em cima do palco e aí euseguro o volume para ter uma sonori-dade mais definida no PA”, explica.Andersson Butão, técnico de monitordo Gusttavo Lima, explica que a con-cepção do som do palco do cantor visao lado rock and roll e, para essa prática,é preciso explorar a pressão sonora dopalco e um side com muita pressão,mesmo que às vezes o volume seja ex-

cedido. E que o novo sistema de PAajudou nesse processo. “Eu percebi queo áudio oferecido aqui melhorou, poisé um side KF, e assim eu tenho maispressão com menos volume. No anopassado era um line com um som deultra qualidade, mas que não me dava apressão que eu precisava”, compara.Abdiel Araújo, o Cabelo, técnico demonitor do Cristiano Araújo há oitomeses, preferiu usar a mesa DiGiCoSD8, porque, segundo ele, foi a únicaque se aproximou do som que o pró-prio Cristiano quis. “Ela traz um áudiovoltado mais para o analógico e com-porta todos os inputs e efeitos da ban-da. Os microfones que trouxemos fo-ram Shure KS9 e Shure BETA58.Ainda trouxemos ears phones ShurePSM New, transmissores Shure e mi-crofones de bateria e percussão Sen-nheiser”, enumera.

Trio Dragão foi o palco de Tomate e Claudia Leitte

Marcelo Félix, PA de Jorge & Mateus Público de 80 mil pessoas nos dois dias de festa

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Cabelo reforça que é necessário ter umbom side para fazer o som do show deCristiano e notou a diferença nesseano. “Se não tiver side, o som do Cris-tiano não vai. Não só a banda, mas oCristiano também sente a falta daquelepeso. Depois que criaram o line, às vezes,temos muitas situações em que o PA estáum pouco longe e a gente não sente avolta. Logo o side tornou-se nossa exi-gência. Não um side alto, mas que fizesseessa soma com o PA. Aqui no CaldasCountry havia essa dificuldade. O sommelhorou bastante. Em oito meses como Cristiano, eu nunca passei com ele,pois a DiGiCo permite que a gente acer-te tudo isso”, acrescenta.Técnico de PA de Chitãozinho & Xo-roró há 28 anos, Nilson Gregio usou oequipamento da locadora e comentouque o som do evento melhorou muito,com a Pazini mantendo o mesmo padrãode qualidade que já vinha oferecendo.“Antigamente se faziam shows para 30mil pessoas com um som que hoje vocêdá risada. Eu não sei nem se o públicoouvia, era precário. Hoje a tecnologiaestá a nosso favor e veio para nos ajudar.O Caldas Country é como um mini Rockin Rio, com a reunião de vários artistas.

“Aqui a gente encontra os amigos quenão vemos na estrada”, comenta Nilson.Odair Antônio de Luca, o Alemão, com 43anos de carreira e dois deles como técnicode PA da dupla Zé Ricardo & Thiago, jáhavia trabalhado com o PA da EAW emoutros eventos e comentou ter achado queo sistema estava do seu agrado. “O médiograve chega bonito e o timbre é muito legal.Eu trabalhei com o PA em flat, não tiveque mudar frequência nenhuma”, ressal-ta. Alemão comentou ainda que para fazero monitor do palco foi usada uma YamahaPM5D RH e que no PA ele “trabalha como que estiver disponível”.Cícero Camargo Junior, o Cícero Chuck,tem 30 anos de estrada e está há oito me-ses como técnico de monitor da dupla ZéRicardo & Thiago. Ele também já esteveem outros shows com o PA da EAW eelogiou a performance do produto. “Po-bre daquele que acha que consegue fazermonitor sozinho, sem os harmônicos e asoma com o PA. E esse PA da EAWsoma muito, principalmente na regiãodo médio grave e dos sub-harmônicos. Éum equipamento muito bom. Nunca ti-nha tocado no festival e dizem que aquié um dos festivais mais importantes dopaís. Ouvi dizer que para ser reconhecido

Lista de equipamentos

ÁUDIO:PA EAW KF 760 e KF 761

com sub LS 218

com amplificação lab.Gruppen das series

FP 6400 e FP 10000 com gerenciador de

audio EAW

MIXSWITCH DA APB-DYNASONICS

01 Venue Digidesign DSHOW

01 Venue Digidesign PROFILE

01 Yamaha PM5D RH, a pedido do técnico

de PA da dupla Chitãozinho e Xororó

Palco principal:02 Yamaha PM5D RH

01 Venue Digidesign SC48

02 gerenciadores de áudio XTA

Sistema de side fill KF 850 triplo Fly

24 monitores SM400

02 Subs Drums

Amplificação Crest Audio

Palco Extra VIPSistema de PA Fly

24 KF 850

24 Sub 850

Amplificação Crest Audio

Gerenciador de audio XTA

Camarotes

FZ Audio 08 e 212

Monitor

Side

04 - KF 850

04 - Sub 850

08 - monitores SM 400

04 - CDJ 2000 Pionner

02 - Mixer 800 Pionner

”“O médio grave chega

bonito e o timbre é

muito legal. Eu

trabalhei com o PA

em flat, não tive que

mudar frequência

nenhuma

(Odair Antonio,

Alemão)

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no meio sertanejo, é preciso tocarno Caldas Country”, comentou oprofissional.Carlos Custódio, o Cabo Verde, téc-nico de PA de Cristiano Araújo hádois anos, comenta que o diferencialdo som do cantor é a qualidade e pres-são sonora, que casaram com o somdo evento. “No passado o sistema erauma coisa só. Agora estão usando osistema EAW no centro e nas lateraiscaixas FZ, mas percebi que cobriumuito bem o espaço”, avaliou.Rafael Vanucci, produtor executivodo Cristiano Araújo há dois anos,comenta que o estilo universitáriotornou o mercado sertanejo aindamais popular. “O nível de pessoasnos shows aumentou. Elas queremcurtir uma música dançante, alegre,que mexa com todo mundo. Hámuitos artistas que cantam esse rit-mo e tem uma raiz sertaneja”, co-menta. Cristiano, que encerrou aprimeira noite, teve seu show con-siderado o melhor na última ediçãoe, segundo Rafael, a apresentaçãodesse ano foi montada especial-mente para o Caldas Country, co-

mo novos efeitos especiais a laser emúsicas. E como uma das surpresasda noite, Cristiano convidou IsraelNovaes e Gusttavo Lima para can-tar, antes de encerrar seu show.Técnico de PA da dupla Jorge &Mateus, Marcelo Félix destaca aorganização do evento em relaçãoao som. “Eles vêm se superando acada ano. Já no ano passado foitudo ótimo com o sistema inteiroLS e nesse ano a união das EAW760 e 761 com os subgraves da LSÁudio arrasou em cobertura, tim-bre e pressão sonora. Não tivemosproblemas e o nível do resultado semanteve, valendo ressalvar quepara esse ano coloquei o rack in-sertado no master com alguns pe-riféricos e isso tem feito bastantediferença”, revela Marcelo, queusou uma Venue Profile, da Pazini.

LED FICOU POR CONTA DENOVA EMPRESAA Henko Produções estreou nofestival esse ano, responsável pelospainéis de LED do evento. O ge-rente de eventos e logística da em-

presa, Gabriel Henko, relata quesão feitas reuniões de pré-produ-ção com artistas para saber as pre-ferências e programações de cadaum, para que tudo saia correta-mente durante as transmissões.Gilvan Santos, técnico contratadopela Henko para fazer gerencia-mento de vídeo, explicou que foramusados no palco painéis Black 4 mmIndoor (48 cm x 48 cm), totalizando72 metros quadrados, e nas lateraisdo palco, painéis White 7 mm Out-door (50 cm x 50 cm), em um totalde 90 metros quadrados. “Para ge-renciar os sinais de vídeo utilizamoso sistema Watchout, que endereça asinformações dos VJs, dos patrocina-dores, das bandas e da transmissãosimultânea para os painéis determi-nados pela direção artística do even-to”, esclarece Gilvan.

O MAIOR TRIO DOPLANETA NO CALDASCOUNTRYTomate e Claudia Leitte se apre-sentaram no Trio Dragão na sexta-feira (15 de novembro) e no sába-

Iluminação contou com equipamentos Robe para o palco principal

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do (16 de novembro), respectivamente,finalizando os shows de cada dia deevento, e levantando a multidão com océu já claro. Com uma proposta diferen-ciada em relação às outras atrações doevento, os cantores (assim como IveteSangalo, que cantou no palco no dia 15)uniram o axé ao sertanejo. E o públicoadorou essa mistura.Com 34 metros de comprimento, cincometros de largura e seis metros de altu-ra, o Dragão é o maior trio elétrico domundo, fazendo parte da maior festasertaneja do Brasil. A empresa paulistaTalk Produções é quem administra oDragão. Cristiano Rezende, proprietá-rio da produtora, explica que eles têmuma parceria com o principal artistaque se apresenta no trio, a banda baianaAsa de Águia. “Foi Durval Lelys, voca-lista desse grupo, quem idealizou e fez oprojeto. Nós gerenciamos”.Responsável pelo áudio do Trio Dragão,Márcio Novaes explica o sistema de somusado no palco móvel. “Usamos duasmesas Digidesign, uma Profile e umaSC48. De microfones usamos ShureSM57, SM 58, BETA, SM 81, 481”.Em relação ao áudio, Márcio explica

que o Dragão é preparado para contor-nar problemas. “Esse trio tem uma basede funcionamento muito estável, bemconfiável, apesar de usar equipamentosde amplificação relativamente conven-cionais, como Machine, Oversound. Eleé muito potente, acima de 200 milwatts. Só que se o técnico errar a mão,vai errar feio. Nós o assessoramos du-rante os shows quanto ao volume, equa-

Cristiano Araújo montou show exclusivo para o Caldas Country

Chitãozinho subiu mais um ano no palco do Caldas”

“No passado o

sistema era uma

coisa só. Agora estão

usando o sistema

EAW no centro e nas

laterais caixas FZ,

mas percebi que

cobriu muito bem o

espaço

(Cabo Verde)

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lização e drives para evitar um sommuito fora do comum, o que é notadona maioria dos trios”, enfatiza.Quanto à luz do trio, Márcio comentaque o equipamento é básico, com trêshacks, para os técnicos fazerem públi-co, e os funcionários do trio dão assis-tência aos técnicos. Quanto à ilumi-nação principal, usada nos shows, elaé contratada pela produção do artista.De acordo com o profissional, no casodo Caldas Country, a iluminação fi-cou por conta da Pazini.

ILUMINAÇÃO:Luz e as mudanças paragravações de TV

José Antônio, o Coragem, foi umdos responsáveis pela luz do evento.Segundo ele, os equipamentos utili-zados para gerenciamento foramduas mesas PC Wing, uma mesaGrand MA 2 e uma mesa GrandMA2 Light e mais um console Avo-lites Pearl 2008, além do softwareGrandMA 3D, para simular e pro-gramar os projetos de iluminação.Coragem explicou que da últimaedição para essa não houve grandes

mudanças na luz, mantendo o mes-mo padrão de serviço.Geraldo Junior, conhecido como Ju-nior Luzbel, técnico de luz de IveteSangalo, explica que ao fazer shows emfestivais, sem o rider próprio de ilumi-nação, tem como exigência a mesaGrandMA. “Tanto a luz e o vídeo doshow de Ivete são sincronizados pelosom e com esse equipamento, consigoprogramar as viradas. É um show syn-

cado pelo timecode. Em relação àtransmissão, Junior disse que teve dese atentar aos locais certos para ilumi-nar. “Ivete gosta de banda e balé ilumi-nados. E como houve gravação paraTV, eu tive de realçar isso”, relembra.Carlos Alberto Samora, o Caca Samo-ra, técnico de luz do Cristiano Araújo,usou o equipamento da Pazini e com-plementou seu projeto com CO2 e al-guns efeitos pirotécnicos, em sua pri-meira vez no Caldas Country. “Como oshow foi gravado, é preciso pensar bemna fotografia, com uma luz clara. Fize-mos um show especial para cá comlasers e montamos tudo com o sistemade simulação 3D da GrandMA e o con-sole GrandMA2 Light”, completa.

Painéis de LED e sistema de PA foram novidades nesta edição

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cupando o posto de principal work-

station do fabricante, a linha Motif

sempre se manteve em uma faixa depreços compatível com as workstations

top de linha dos seus principais concor-rentes. No entanto, no final de 2005, a

Yamaha analisa o mercado e decidecompartilhar a qualidade sonora pre-

sente na família Motif com um segmen-to de teclados com preço bem mais atra-

tivo ao consumidor, voltado principal-mente para os músicos que precisam deum equipamento que priorize a porta-

bilidade. Eis que surge a linha MO, quelogo é precedida pelas linhas MM (2007)

e MOX (2011), todas trazendo timbrespertencentes à geração Motif imediata-

mente anterior à mais atual da época.Esse procedimento (lançar uma nova

tecnologia, disponibilizando a anteriorem equipamentos mais baratos) tor-

nou-se um padrão não apenas do mer-cado de instrumentos musicais, mas de

O

Lançada originalmente em 2001, a linha de

workstations Motif ganhou status de “a mais bem

sucedida” plataforma musical comercializada pela

Yamaha em todos os tempos. Com qualidade sonora

capaz de agradar os músicos mais exigentes do

mercado, essa plataforma passou até o momento por

três atualizações (Motif ES, em 2003; Motif XS, em

2007 e Motif XF, em 2010), sendo que, em cada nova

geração do produto, novos timbres foram

adicionados, além de funcionalidades que tornaram

o processo de produção musical cada vez mais

simples e intuitivo.

YAMAHAYAMAHAMOXF

SONORIDADE MOTIF AO ALCANCE DAS GRANDES MASSAS

Luciano Freitas é técnico de áudio

da Pro Studio americana com for-

mação em ‘full mastering’

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praticamente todo um mercado capitalista com o qualconvivemos diariamente. Talvez seja por isso que mui-

tos se surpreenderam ao ver a Yamaha lançar um equi-pamento na sua “linha intermediária” de teclados

com os melhores timbres do Motif XF e por menos dametade do seu preço. Melhor que isso, só mesmo ele ter

sido lançado em primeira mão no mercado brasileiro(na Expomusic 2013), antes mesmo de ser formalmen-

te apresentado ao mercado internacional.

YAMAHA MOXF

Oferecendo mais que o dobro da memória do seu pre-

decessor (MOX), o MOXF vem equipado com o mes-mo gerador sonoro presente no Motif XF. São 741 MB

(quando convertidos para o formato 16 bits linear)que armazenam 3.977 amostras de áudio, proporcio-

nando uma poderosa biblioteca com 1.280 timbres(presets) e 73 kits de bateria, todos organizados em ca-

tegorias e sub-categorias que facilitam a busca pelotimbre desejado. Entre toda essa variedade, o usuário

encontrará realísticos sons de pianos acústicos (desta-que para a recriação digital dos pianos S6 e CFIIIS, os

dois principais modelos produzidos atualmente pelaYamaha), pianos elétricos, órgãos, cordas, metais, gui-

tarras, contrabaixos e sintetizadores (modernos evintages) derivados da síntese AWM2 (arquitetura so-

nora de 8 elementos por voz – tecnologia XpandedArticulation), com 128 notas de polifonia.

Além de todo esse arsenal sonoro, o MOXFvem equipado com um slot que per-

mite expandir em até 1GB asua memória inter-

na de timbres.Essa memória

adicional (mó-dulo de memó-

ria flash produ-zido pela Yama-

ha) permite ao u-suário carregar sam-

plers produzidos para oMotif XF (arquivos X3A) e

tê-los acessíveis toda a vez que o teclado é ligado (me-mória não volátil). Neste momento, a Yamaha oferece

gratuitamente dois títulos promocionais: o “Inspi-ration in a Flash”, trazendo uma diversificada biblio-

teca de 500 MB em timbres, entre eles pianos acústicosderivados do S90ES, baterias derivadas da bateria ele-

trônica DTX900 e diversos sons de instrumentos mu-sicais originários do Oriente Médio (Balaban, Zurna,

Kanun, Bouzuki, Mandolin); e “CP1 Piano”, com amesma biblioteca de pianos instalada no stage piano

CP1 da Yamaha (outros títulos podem ser adquiridosnos sites www.motifator.com e www.easysound.de).

Nenhum teclado estaria completo sem um bom pro-cessador de efeitos. No MOXF, a Yamaha utiliza a con-

sagrada tecnologia VCM (Virtual Circuitry Modeling)para reproduzir as textu-

ras sonoras (“ca-

lor” so-noro) encon-

tradas apenas noslendários hardwares ana-

lógicos de estúdio. São mais de80 diferentes algoritmos (8 MFX si-

multâneos), entre eles equalizadores, com-pressores, efeitos de chorus, phasers, vocoders e

reverbs (REV-X) encontrados nos melhores consolesde mixagem produzidos pela Yamaha, bem como no

clássico processador SPX2000. Além de todos essesefeitos, o MOXF vem com 18 diferentes tipos de fil-

tros, indispensáveis na modelagem dos sons desintetizadores vintages e modernos.

... o MOXF vem equipadocom o mesmo gerador sonoropresente no Motif XF.São 741 MB.

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Para saber online

[email protected]

Para quem pretende trabalhar com pro-

dução musical, o MOXF possui um se-quenciador de 16 pistas que grava nos

modos real-time e step record, permitindoproduzir sem a necessidade de um com-

putador ou qualquer outro equipamentoadicional. Somando recursos ao se-

quenciador, um fantástico arpejador ofe-rece um total de 7.981 execuções musi-

cais distintas (padrões rítmicos e frasesmusicais) que interagem com a tonalida-

de (chordal intelligence) e com o andamen-to da música, permitindo acelerar qual-

quer processo de criação musical.Já para quem pensa em atuar com o te-

clado em tempo real (“ao vivo”), omodo Performance possibilita traba-

lhar com 4 diferentes timbres simulta-neamente, seja no modo layer ou no

modo split, cada qual com um distintopreset do arpejador.

Além dos recursos de teclado, o MOXFopera como uma interface de áudio

USB de 4 canais de entrada (sendodois desses canais dedicados aos seus

sons internos e os outros dois parafontes de sinal externas) e 2 canais de

saída, integrando o equipamento a umsistema de produção musical baseado

em computador. Para aproveitar aomáximo esse recurso, acompanha o

MOXF uma coleção formada por 3softwares musicais desenvolvidos pela

marca Steinberg, a saber: Cubase AI 7,

versão otimizada para produtos Ya-maha da renomada workstation de

produção musical (DAW) que permi-te gravar e mixar até 32 canais de

áudio e 48 canais MIDI; Prologue, umsintetizador virtual que opera com 3

osciladores, 4 envelopes, 2 LFOs, fil-tros multimodos e um poderoso mó-

dulo matrix; e YC-3B, simulador vir-tual dos clássicos órgãos com draw-

bars. Acompanham também o equipa-mento 3 softwares utilitários: um edi-

tor de sons (MOXF Editor), para edi-ção detalhada e mixagem dos parâ-

metros do MOXF; o MOXF Remote Edi-tor, permitindo criar templates que possi-

bilitam ao MOXF controlar seus instru-mentos virtuais favoritos (VSTis); e o

MOXF Remote Tools, que otimiza aintegração entre o MOXF e a work-

station Cubase AI 7.Disponíveis em duas diferentes ver-

sões, com 61 e 88 teclas (esta com me-canismo GHS, simulando a ação de

martelos de um piano), ambos os mo-delos pesam a metade dos representan-

tes da linha Motif XF (XF6 e XF8), umdiferencial muito relevante para quem

pretende “colocá-lo na estrada”.

“Para quem

pretende

trabalhar com

produção

musical, o

MOXF possui

um sequenciador

de 16 pistas que

grava nos modos

real-time e step

record,

permitindo

produzir sem a

necessidade de

um computador

ou qualquer

outro

equipamento

adicional

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ale lembrar que quem ativou o CU-BASE 7 após o dia 15 de outubro de

2013 está dentro do chamado “GracePeriod” e tem direito ao update gratuitopara a versão 7.5 pelo site da Steinberg.Vamos lá, vamos dar aquele “sobrevôo”em tudo isso.Track Versions (Versões de Trilha) –Quem vivencia diariamente o ritual degravação e produção em estúdio tem aexata noção do valor deste novo recurso.Com ele podemos criar, renomear egerenciar diferentes versões de trilha(canal). Aplica-se a canais de áudio,MIDI, Instrument Tracks, Chord Tracks,Tempo e Signature Tracks. As diferentesversões são indicadas no Inspector e po-dem estar aparentes com a escolha nopróprio Inspector ou no Drop que apare-ce à direita do nome da trilha. A figura 1mostra as duas situações. À esquerda alista de versões no Inspector, e à direita onovo menu de opções na janela principalde projeto no Drop de cada canal.Por exemplo, o baixista de uma bandagravou 3 takes com diferentes “levadas”e quer escolher a melhor na mixagem

CUBASECUBASE

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

CUBASEUM NOVO CONCEITO

7.5CUBASEMUITO MAIS QUE NOVAS FUNÇÕESUM NOVO CONCEITO

7.57.5

Olá Amigos,

Se esperavam uma grande novidade de

começo de ano, aí está. Estou noticiando

nesta edição mais uma evolução do Cubase.

A versão 7.5 chega surpreendente para

estúdios de gravação, produtores musicais,

DJ´s, trilheiros e músicos de todas as

vertentes. Novas implementações na janela

de projeto e no mixer, novos plug-ins, nova

versão do Halion Sonic SE e da Groove

Agent, nova livraria de kits de bateria e

loops, integração entre partitura e edição

MIDI, gravação remota de áudio e MIDI

com VST Connect SE 2, navegação nos

transientes de áudio e muito mais.

V

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final, ouvindo com todos os elementos para definir omelhor “groove”. Nomeie as Track Versions dobaixista e escolha o melhor resultado quando estivercom todo mundo junto na mix.Track Visibility (Visibilidade das trilhas) – Quemacompanhou meus tutoriais sobre o mixer do Cubase 7lembra que um dos recursos mais interessantes é ogerenciamento da visibilidade dos canais. Em todos ostipos de projeto, é fundamental que você possa esco-lher seu foco de trabalho a cada momento, seja na gra-vação, edição e principalmente na mixagem. Pois bem,o Cubase 7.5 traz esses recursos de visibilidade seletivatambém para a janela principal de projeto. Mesmo nasproduções mais complexas com muitos canais, o con-trole sobre a visibilidade dá velocidade ao fluxo de tra-

balho. A figura 2 mostra a nova aba no Inspector quecontrola a visibilidade dos canais.Instrument (t)rack 2.0 –Na verdade uma fusão dorack de instrumentos VSTcom o conceito de instru-ment track. Múltiplas saídasde áudio podem ser imple-mentadas, tanto na Instru-ment Track quanto no rackVST. Multiplas entradas MI-DI podem ser endereçadasem qualquer opção. Os Qui-ck Controls estão presentestambém no Instrument Ra-ck para cada instrumento in-

serido, permitindo modificar e criar sons rapidamentesem a necessidade de retornar à janela de projeto.Instrument Track e VST rack sincronizados, ou seja, aoinserirmos um instrumento no VST rack, automatica-mente é criada uma Instrument Track e vice versa. Asfiguras 3 e 4 mostram o novo recurso.Halion Sonic SE 2 – É uma versão compacta do aclama-do sintetizador e sample player Halion Sonic da Stein-berg. Com livraria ampliada, traz novas opções de tim-

bres para qualquer produção dentro do Cubase. A figura 5mostra o Halion Sonic SE 2. Incluído nele temos o Trip,um sintetizador virtual analógico que possui um módulo

Figura 1. Versões de Trilha (Track Versions)

Figura 2. Visibilidade seletiva das trilhas

Figura 3. Instrument (t)rack.VST Instruments Rack

Figura 4. Instrument Tracke suas saídas na janela deprojeto. Visão do Rackcorrespondente

Figura 5. Halion Sonic SE 2

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arpegiador de 4 variações e mais de 150 sons dinâmicosque abrem muitas possibilidades em sons arpegiados.Oito novos efeitos estão incluídos: Tape Saturator, Wah-Wah, Auto Filter, Step Flanger, Ring Modulator, Octaver,Vintage Ensemble, Envelope Shaper e Rotary Effect. Afigura 6 mostra o Trip inserido.Groove Agent SE 4 – A Groove Agent, bateria ele-trônica estilo MPC do Cubase, também evoluiu. Trazagora um mixer interno, efeitos de ótima resolução,playback de loops internamente e um editor desamples bastante eficiente. Excelente ferramenta paracriação de beats. Mapeamento automático tanto no

Drum Editor quanto no Beat Designer. A GrooveAgent SE 4 inclui também uma nova livraria de kits debatera e percussão sampleados pelos melhores produ-tores do mundo. A figura 7 mostra o novo layout.LoopMash FX – O LoopMash é o instrumento virtualdo Cubase com um enorme poder criativo para loops.

Já falei dele em meus tutoriais e continuo a utilizá-loem minhas produções cada vez mais convicto de quesuas possibilidades são inesgotáveis. Além da partefuncional, o LoopMash tem uma coleção de efeitoscaracterísticos de DJ e de fácil acesso dentro do instru-mento. A Steinberg separou estes efeitos em um novorack para que possamos aplicá-los em qualquer canal.Breaks, tape-stops, Stutters, Scratches, etc. podem seraplicados em tempo real e automatizados usandocomo interface qualquer MIDI Controller. Tanto emperformance ao vivo quanto no estúdio, uma excelen-te ferramenta criativa. Figura 8.REVelation Reverb – Desenvolvido especialmentepara recriar a sonoridade dos reverbers de rack emPCM como a lendária Lexicom, o REVeleation traz

texturas interessantes para qualquer tipo de instru-mento. Sua livraria de mais de 70 presets é muito útilpara todas as aplicações, ou como ponto de partidapara a criação de novas programações. A sonoridade ébem diferente do Reverence que é o reverb de con-volução do Cubase e que já mereceu artigo dedicado.Enquanto o Reverence emula ambientes diversos pelamodelagem matemática por convolução, o REVe-lation emula os hardwares de reverb PCM que deixa-ram uma forte referência como ferramenta artística. AFigura 9 mostra o painel do REVelation.Magneto II – A busca da sonoridade quente da fitaanalógica é alvo de muitos plug-ins que conhecemos.Diversos fabricantes usam diferentes algoritmos paraemular uma referência sonora analógica que sempreestamos valorizando no árido mundo digital. OMagneto esteve presente nas versões antigas doCubase até a versão 5. Esteve sumido nas versões 6 e 7e ressurge agora no Cubase 7.5 como Magneto II, comalgoritmo totalmente redesenhado e novos parâ-metros: controle sobre frequências de atuação e ajustede altas-frequências, grau de saturação com emulaçãoem tecnologia de convolução, simulação de modo du-plo com duas máquinas de fita analógica em sequência,

Figura 6. O Trip inserido no Halion Sonic SE

Figura 7. Groove Agent SE 4 . Em detalhe o Sample Editor

Figura 8. Loopmash FX

Figura 9. REVelation Reverb

Page 49: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

possibilidade de uti-lização como plug-in e como módulono channel strip.Figuras 10a e 10b res-pectivamente.Integração de Edi-

ção de Partituras e

Edição MIDI – NoCubase 7.5 podemoster a janela de parti-turas com todos osparâmetros de ediçãoMIDI conjugados.Não é mais necessá-rio trocar de janelapara realizar as edi-ções específicas decada um. Muito maisintegração e agilida-

de. A figura 11 mostra a janela de partitura com a du-pla aba no Inspector que disponibiliza os 2 conjuntosde funções (score e MIDI) instantaneamente.EDM Tool Box – Construction Kits são grupos de 25 a30 MIDI loops roteados a instrumentos pré-definidos(não somente drums) e incluem ajustes de mixagem

como plug-ins de equalização e compressão inseridos,reverb, delays etc. O EDM Toolbox contém 30 desseskits totalizando mais de 800 loops que podem ser utili-zados no Halion Sonic SE, Padshop, Retrologue e naGroove Agent SE 4. A cada nova versão o Cubase ga-nha mais ferramentas criativas e mais livrarias deloops MIDI e áudio fortalecendo ainda mais sua opçãocomo workstation de produtores, DJ´s e trilheiros. Oskits foram criados pelo produtor, DJ e sound designerlondrino Sharooz. A figura 12 mostra a pasta do EDMToolbox aberto no Media Bay com os ConstructionKits dispostos à esquerda e na janela do centro os MIDIloops que podem ser ouvidos como amostra na janelainferior. Podemos arrastá-los diretamente para a jane-la de projeto e um Instrument Track é automaticamen-te criado. Falarei especificamente desta livraria e suaspossibilidades em tutorial dedicado, da mesma formaque fiz com a livraria Allen Morgan.Re-Record Mode – Pense numa situação frequenteem estúdio: você entra gravando um take de voz ou deinstrumento e um compasso depois seu músico (ouvocê mesmo) percebe que poderia ter feito melhor edecide recomeçar imediatamente. Com a tecla de Re-Record ativada isto é feito automaticamente, bastapressioná-la novamente e o cursor retorna ao ponto

original de onde a gravação começou. A figura 13 mos-tra a opção feita no painel de transporte para ativar oRe-Record Mode.VST Connect SE 2 – Lançado na versão 7 o VSTConnect permite que você grave sincronizadamentena sua sessão, via internet. A cantora está em outracidade e você quer terminar uma faixa... Sem proble-mas, o VST Connect permite a gravação do sinal comalta qualidade e a monitoração por parte de quem estáem performance com excelente sonoridade e com orequinte de podermos ajustar equalização, compressão ereverb independentes para a monitoração. A novidade

Figura 10a . Magneto Plugin

Figura 10b . Magneto noChannel Strip

Figura 11. Editor de partitura e editor MIDI integrados

Figura 12. EDM Toolbox

Figura 13. Re-Record Mode habilitado na barra de transporte

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do VST Connect SE 2 é que ele tambémpermite que isto seja feito com o MIDI. Va-mos dizer que você queira que um te-cladista em outra cidade crie linhas desynth em faixas de um CD que você estáproduzindo. Você pode gravar a perfor-mance dele em áudio e em MIDI para pos-teriormente editar notas no editor MIDI,editar dinâmicas ou até mesmo endereçartimbres diversos para a mesma perfor-mance. Mais um leque imenso de opçõescriativas se abre. A figura 14 mostra a telade comandos do VST Connect SE 2.Instant Transient Navigation – NoCubase 7.5 todo áudio gravado ou inse-rido na sessão tem o cálculo de hit-points feito automaticamente de formaoculta e extremamente rápida. Com osatalhos de teclado podemos navegar en-tre os hitpoints, buscando referênciaspara edição, pontos de corte, pontos deloop, pontos de quantização, enfim, to-das as possibilidades que dependem dospontos de transientes. A figura 15 mos-tra um track de exemplo. A sessão foimixada e a mixagem resultante já estácom hitpoints calculados.

Múltiplos Presets para os Quick Con-

trols – No Cubase 7.5 podemos definirpresets para os Quick Controls abrindoinumeráveis possibilidades de controlepor canal. Da mesma maneira o uso doControlador CMC QC ganha aindamais praticidade. Os presets podemcompor uma livraria de opções e seremcarregados em canais diferentes. A figura16 mostra o painel do canal para a defini-ção dos presets para os Quick Controls(Controles Rápidos).O Cubase continua em franca evolução enós vamos com ele. Nosso sobrevôo nestaedição mostrou superficialmente os no-vos recursos. Nas edições seguintes vamos

seguir com os tutoriais e continuar explo-rando a infinidade de possibilidades quenossa workstation nos proporciona.Abraço!

Figura 14. VST Connect SE 2

Figura 15. Hitpoints automaticamente calculados no arquivo

Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.brFacebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom

Figura 16. Definição de Presets para os Quick Controls(Controles Rápidos)

“Você pode gravar

a performance

dele em áudio e

em MIDI para

posteriormente

editar notas no

editor MIDI,

editar dinâmicas

ou até mesmo

endereçar timbres

diversos para a

mesma

performance

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XLOGIC PRO

as versões anteriores do Logic tínha-mos um recurso chamado Channel

Strip Settings. Dentro deste recurso, tí-nhamos configurações pré-definidas desons e efeitos que podiam ser acessadasrapidamente. No Logic Pro X este recursofoi aperfeiçoado e agora é chamado de

Patch. Cada Patch combina várias cama-das de sons, efeitos, roteamentos de auxi-liares, Smart Controls, plug-ins MIDI eaté mesmo configurações de bateria.Como exemplo, vamos acessar um Patch.Crie uma pista de Software Instrument.

N

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

BIBLIOTECA DE SONSNOVAS FORMAS DE CRIAR E UTILIZAR SONS NO

Já verificamos

vários dos novos

recursos do Logic

Pro X nas edições

anteriores. Vamos

agora entender um

pouco o que mudou

na Biblioteca de

Sons (Sound

Library) e quais as

novas ferramentas

que temos para

trabalhar e

modelar sons.

Acesse a Library e vá para Arpeggiator> Synth Layers. Escolha o patch Antici-pation e vamos examiná-lo (Figura 1).Para isto, clique na seta para abrir a con-figuração (vide Figura 2). Comovocê pode notar, este som é compostopor 3 camadas: Arp Layer, Rhythm

Layer e Pad Layer. Vamos verificar comoé composto cada um dos instrumentos.Por exemplo, abrindo o instrumentoArp Layer, podemos verificar que ele écomposto por um Retro Synth e são adi-cionados um arpegiador e dois plug-ins

Figura 1

Page 53: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

53

de efeitos Channel EQ e ST-Delay(vide Figura 3). Já o Rhythm Layerfoi construído no sintetizador vir-tual Sculpture e agregados o arpe-giador e mais três plug-ins de efei-tos (Compressor, Channel EQ eSt-Delay) (vide Figura 4). Visua-lizando estas duas camadas, pode-mos concluir que passam a ser infi-nitas as possibilidades de criaçãode novos sons, assim também co-mo há uma grande liberdade para amanipulação destes.Cabe ressaltar que os ChannelStrip antigos ainda estão disponí-veis nesta versão, até pela simplesrazão de que muitos projetos que

serão migrados de versões anterio-res já utilizavam estes sons. Cliquesobre o patch Anticipation emnosso exemplo e um menu pop-upse abrirá com as novas opções desons categorizadas e ao final da lis-ta existe uma categoria chamadaLegacy. Nesta categoria, você en-contrará os antigos Channel Stripnuma subcategoria chamada Lo-

gic, assim como os Channel Stripdo Garage Band e quaisquer JamPacks instalados (vide Figura 5).Vamos agora montar um som mul-ticamadas do zero. Crie uma pistade instrumento virtual (Track >New Tracks > Software Instru-ment). Abra a Library e escolhaOrchestral > Strings > CinemaStrings (Figura 6). Crie mais umapista de instrumento virtual, esco-lha o instrumento EXS24 e nomenu de opções de sons escolhaAcoustic Pianos > Piano & StringLayer (Figura 7).O processo para juntar estes doisinstrumentos se chama Track Sta-ck. Clique sobre a primeira pista(Cinema Strings) e depois sobre asegunda (Piano & String Layer)segurando a tecla Shift. Desta for-ma, você está selecionando as duasao mesmo tempo. Vá ao menu Tra-ck e escolha Create Track Stack.Você encontrará uma pergunta:“Which Track Stack type do youwant to create?” (Qual tipo deTrack Stack você quer criar?). Te-mos duas opções: Folder Stack (Fi-gura 8) e Summing Stack (Figura 9).

Vamos entender cada uma delas

A Folder Stack basicamente agru-pa os instrumentos selecionadosem uma pasta para facilitar fun-ções básicas, tais como Solo, Mute,Volume. Como está escrito, seleci-

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

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Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

one esta opção se você quiser organizarvárias pistas. Agora vamos à opção quenos interessa: Summing Stack. Tradu-zindo a explicação resumidamente: estaopção permite vários objetivos. Elamixa várias sub-pistas e pode ser salvacomo um patch. Permite gravar e tocardados MIDI, ou utilizar controle remotopara gravação em sub-pistas de áudio.Esta opção deve ser selecionada para or-ganizar e submixar várias pistas. Logoapós escolher esta opção, na área Tracks

(antiga Arrange Window)(vide Figura 9) podemosvisualizar os dois instru-mentos dentro de umapasta chamada Sum. Nocaso, a minha pasta é aSum 5 com os dois instru-mentos dentro. Observeque no Channel Strip daSum 5 já aparecem auto-maticamente dois plug-ins desligados: Compres-sor e Channel EQ. Vocêpoderá modelar sons àvontade, incluir pistascom efeitos roteados, ouseja, são infinitas as possi-

bilidades, apresentei somente um e-xemplo simples para que você possa en-tender o funcionamento do Patch.Teste sua criatividade agora, crie novossons, analise os sons que já estão no for-mato de Patch e faça as alterações deacordo com seu gosto e necessidade. Fi-camos por aqui! Até a próxima edição.E um ótimo 2014 para todos!

Figura 7

Figura 8

Figura 9

“Teste sua

criatividade

agora, crie novos

sons, analise os

sons que já estão

no formato de

Patch e faça as

alterações de

acordo com seu

gosto e

necessidade

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Page 56: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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EDIÇÃO MANUALDE MIDI NO PRO TOOLS

versão v8 do Pro Tools, talvez te-nha sido a mais revolucionária de

todas e uma das novidades foi justa-mente a implementação de duas janelasexclusivas para trabalho com MIDI: oMIDI Editor e o Score Editor.Hoje, estamos na versão 11 e os recursosMIDI do Pro Tools são bem completos.Neste artigo, vamos explorar o fluxo deedição MIDI.

VISÃO GERAL DO MIDI EDITORE O CONCEITO “SMART TOOL”A janela MIDI Editor (Figura 1) podeser carregada pelo menu Window. Nela,

A

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

O Pro Tools ficou

tachado por muitos anos

como uma ótima

ferramenta para se

trabalhar com áudio e

péssima para se

trabalhar com MIDI. De

fato, os recursos MIDI

até a versão v7.4 eram

simples demais para um

enorme número de

produtores musicais que

criaram música com

módulos de som. Também

foi uma época em que o

mercado de instrumentos

virtuais tomou força, e os

concorrentes Logic Pro,

Cubase e Sonar

ganhavam cada vez mais

prestígio do público.

o usuário pode aproveitar todo o espaçode sua tela para trabalhar. Vale notarque as funções são semelhantes às daEdit Window, porém, completamenteindependentes. Scrolling Options,Tools, Zoom, Grid e Nudge são algumasdelas. No alto, temos o Smart Tool (fer-ramenta inteligente), que funciona damesma maneira que na Edit Window.Do lado esquerdo, o usuário pode esco-lher quais tracks quer visualizar. Paraisto, basta clicar no pequeno círculocinza ao lado do nome da pista. Isto é umrecurso excelente para fazer ajustes naperformance de uma pista MIDI de

Figura 1 - MIDI Editor

Page 57: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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acordo com ou-tra. Por exemplo,ajustar um baixobaseado na exe-cução da bateria.Vale notar que,apesar do nome, aMIDI Editor tam-bém permite vi-sualizar os canaisauxiliares (Figu-

ra 1). Eles não contêm informação MIDI, mas como sãomuito usados para inserção de instrumentos virtuaismultitimbrais, a ideia é que o usuáriotenha acesso à automação da pista semprecisar sair da janela MIDI Editor.Na parte inferior, o padrão é a visua-lização de velocity, que indica a in-tensidade/força com que uma notafoi executada, mas o usuário tam-bém pode visualizar muitos outrosparâmetros (Figura 2) como sustain,pan, aftertouch, modulation, MIDI

volume entre ou-tros. Rapidamen-te, vale comentarsobre mais algunsrecursos da janelaMIDI Editor. Mu-te e Solo exclusi-vos (Figura 3)permitem isolartracks sem ir paraoutras janelas eNotation View (Figura 3), que permite ver MIDI comonotação musical.

“MIDI SMARTER TOOL”Como visto anteriormente, a MIDIEditor possui o mesmo conceito“Smart Tool” (traduzindo: ferramen-ta inteligente) da Edit Window, ondeo Selector, Trim e Grabber Tools po-dem ser ligados ao mesmo tempo (Fi-gura 4) e são acionados de acordo coma posição do mouse sobre o clip.

Figura 2 - outros controles para editar Figura 3 - Outras opções

Figura 4 - smart tool

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Porém, na MIDI Editor, podemos cha-mar o Pencil Tool (lápis) de “SmarterTool” (traduzindo, ferramenta mais in-teligente ainda!). Com esta única ferra-menta também podemos realizar maisfunções se acrescentarmos teclas mo-dificadoras. Na tabela (Figura 5), estãolistados todos os comandos possíveiscom o lápis.

EDITANDO MIDI EÁUDIO LADO A LADOA janela MIDI Editor é muito conveniente,mas muitas vezes, é necessário visualizar oáudio em conjunto com o MIDI para tomar

uma decisão na edição.Imagine que você gravouuma bateria acústica e ago-ra está acrescentando ele-mentos percussivos usan-do um instrumento virtu-al. É extremamente útilpoder editar, criar e mani-pular o MIDI das suas con-gas, por exemplo, vendo ospicos de bumbo, caixa epratos nas tracks de áudio.

O Pro Tools se destaca neste sentido, per-mitindo que o usuário faça edição de nota evelocity diretamente na Edit Window, quetraz a excelente vantagem de fazer compa-rações com o áudio numa pista superior ouinferior (Figura 6). Para isso, acesse o TrackView Selector e escolha entre “notes” ou“velocity” de acordo com sua necessidade.

O MELHOR DOS DOIS MUNDOSOk, vimos o quanto é agradável e con-fortável editar MIDI numa janela dedi-cada como a MIDI Editor, mas tambémacabamos de ver como é útil editar MIDIlado a lado com áudio.Então, para obter um pouco de cada umdos mundos, podemos usar o DockedMIDI Editor (Figura 7), acessando omenu View > Other Displays > MIDIEditor ou simplesmente clicando no bo-

tão indicado na figura 7. Esta visualizaçãofunciona como se fosse a janela MIDI Edi-tor incorporada à Edit Window, muito si-milar ao Logic Pro (Figura 8).Por enquanto é isso. Boas produções e fi-quem à vontade para mandar sugestõespara as próximas colunas. Abraços!

Figura 5 - Tabela de comandos com o Pencil Tool

Figura 6 - Edição de áudio e MIDI lado a lado

Figura 7 - Docked MIDI Editor

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

Figura 8 - Logic Docked MIDI Editor

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ABLE

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LIVE

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ABLETON LIVE

propósito, Clips na nomenclatura

do Ableton Live estão associados aloops de áudio, MIDI ou qualquer tre-

cho de mídia aceito pelo programa(quase tudo na verdade: MIDI, IFF ,Wav,

MP3, Acid, RX, RX2, Flac etc).

LAUNCHING CLIPS –ACIONANDO CLIPSMuito bem, digamos que você está emperformance, ensaiando, estudando,

dando aula ou qualquer situação seme-lhante e tem uma série de sons ou Clips

que gostaria de lançar, tocar em temporeal, com total controle de andamento,

ordem, tonalidade, timbre, todos aomesmo tempo, ou mesmo só alguns se-

letos Clips.Confuso?! Muito simples: o Ableton

Live faz isso tudo.

Vamos por etapas então. Abra o Able-

ton Live instalado no seu computador emuito provavelmente você terá essa vi-

são (ou algo semelhante) da janelaSession View.

Se por qualquer razão mística isso nãoacontecer, acesse o menu View e sele-

cione Session.

A

ABLETON LIVE

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

MAPEANDO E ACIONANDO CLIPS

Muito bem, agora abra o browser do Live(se já não estiver aberto), clique com o

cursor no canto superior esquerdo da jane-la Session View, no triângulo cinza claro,

ou via comando de teclado: Crl+Alt+B(no PC) ou OPT+COMM+B (no Mac).

Agora vá ao setor Categories do Browsere selecione Clips (como mostra a ima-

gem abaixo selecionada em azul). Aqui

você tem acesso a uma série de Clips

Loop que vem com com o pacote padrãooficial do Ableton Live.

Agora, aleatoriamente mesmo, arrasteindividualmente alguns desses Clips

para dentro desses retângulos, que cha-mamos de Slots, para as colunas à direi-

LAUNCHING AND MAPPINGPARTE 1

Com certeza o

segmento do Ableton

Live mais divertido,

revolucionário,

flexível etc. é a sua

habilidade de lançar

Clips e/ou mapeá-los

pelo teclado ou via

qualquer MIDI

device, incluido os

mais antigos

(computador,

controlador MIDI,

bateria eletrônica,

drum pad etc.) e

iPhone, iPad e tablet.

Browser

Page 61: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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ta como mostra na imagem (1 Au-

dio , 2 MIDI no caso), ou arraste aocentro da janela Session View

(Drop - isso criará novas colunas

que também poderiam ser criadasclicando com o botão direito do

mouse nesse setor central).Tudo pronto para acionar nos-

sos Clips. Basta clicar nessestriângulos à esquerda de cada

Slot (destacado em azul no e-xemplo) que o Track Clip entra

em ação e toca em loop até quevocê dê um comando para parar

(barra do teclado).Bom saber que, alterando em tem-

po real o BPM Tempo (veja à es-querda no Task Bar ao lado do TAP

- clique apertando o botão esquer-do e arraste para alterar), todos os

Clips (isto é, todos os canais de

áudio) acompanharão em Sync o

andamento. Isso possibilita a DJs,performers, bandas eletrônicas,

sonoplastas, profissionais de even-tos de mídia e músicos em geral

grandes possibilidades.

ALGUMAS FUNÇÕESFUNDAMENTAIS PARACOMEÇAR- No Master Track (coluna da direita)

você lança e controla os Slots da co-

luna na horizontal e pode editar oBPM Tempo (andamento dos Slots

dessa coluna horizontal), modifi-car e adicionar Forma de Compas-

so, e também reordenar arrastandopara cima ou para baixo as colunas,

mudando a ordem do seu arranjo,renomear seu arranjo por partes ou

mesmo adicionando cores para fa-

cilitar o reconhecimento (clicarcom botão direito do mouse para

lançar o menu).- Todos os Clips nos Slots, ao se-

rem lançados, obedecem a um sis-tema de sincronização chamado

Global Quantization (isso podeser personalizado em cada Slot).

- Cada Clip em Slot pode ser toca-do ou parado individualmente ou

em grupo. Esses Clips podem servisualizados (monitorados) atra-

vés do Track Status Display, essepequeno ícone de tempo redondo

no final de cada coluna em forma-to de pizza ou Pie (torta).

- Esses ícones quadrados, em cinzaescuro, no final de cada coluna (ao

lado do Pie) são os botões de Stop

para cada coluna ou track (mesmoesses em cada Slot vazio têm essa

Clips no Session View

Global Quatization Master Control Master Launching

Session View

Agora, aleatoriamente mesmo, arrasteindividualmente alguns desses Clips para dentrodesses retângulos, que chamamos de Slots, paraas colunas à direita

““

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função). No Master Track, ele é um StopGlobal. Detalhe importante: esses botões

de Stop, inclusive o Global, obedecem àconfiguração do Global Quantization, fa-

laremos disso adiante. Perfeito. Vamos ex-perimentar alguns Moves.

Use o Master Track como nosso pontode partida e vamos dar Launch numa

série de Clips.Selecione à direita, em cima, o Slot

Intro (já selecionado em azul, comomostra a imagem) e aperte a tecla Enter.

Começamos bem. O loop sai tocando erepare: o Slot abaixo A já está selecio-

nado e pronto para tocar.De novo, aperte Enter e esse Slot A co-

meça a tocar assim que o Slot Intro ter-mina (todos os Slots na horizontal jun-

tos, em Sync) e assim sucessivamente.Você pode e deve monitorar o Track

Status Display, ícones de tempo, Pienas colunas, para mudar de coluna no

Master no tempo desejado, quando es-tiver operando em modo manual. Em

modo automático, depois de tudoprogramado, o software faz tudo. Esse

é o processo.Ao acionar seus Clips, você pode ter ex-

perimentado um atraso de alguns milési-mos ou beats até o próximo Clip come-

çar a tocar (fica piscando). Isso se deve aosistema de sincronia que o Ableton Live

usa e está relacionado ao QuantizationGlobal, e serve para evitar que os Clips

sejam lançados fora do tempo na peçamusical ou performática. Desabilitando

o Global Quantization (None), seusacionamentos (Launchings) devem ter

precisão musical!Outro sistema, o Launch Mode, atua

determinando várias rotinas e com-portamentos dos Clips, como repeti-

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

ções e o comportamento que cadaLaunch botton (Botão de lançamento

que são os próprios Slots) deve obedecerou reagir a determinado comando de

MIDI ou Mapping. Falaremos melhorsobre isso.

Para desabilitar o Global Quantiza-tion, você deve colocar para None

(como mostra a figura abaixo) ou CRL+ 0. Se quiser mudar para outra quan-

tização é só escolher o que mais lheconvém. 1 Bar (1 compasso) é o padrão,

mas você pode usar o tempo que preci-sar e se orientar pelo ícone Pie para

lançar no tempo certo. Repare no Pie(Track Status Display de cada coluna),

o monitoramento de cada Clip, temesse número à esquerda do ícone que

representa quantas vezes o loop tocouou repetiu. Já o número da direita re-

presenta o tamanho do loop, quantosbeats o loop tem (4-8-16-32 etc.) e o

acompanhamento de quanto falta paracompletar o Clip Loop no ícone Pie

(um quarto, metade, três quartos...).Pararemos por aqui. Na segunda parte

desse tutorial, estaremos explanandosobre como podem ser feitos os ma-

peamentos, quais os tipos possíveis esuas aplicações. Gostaria de lembrar

que esses tutoriais sobre o AbletonLive vêm obedecendo uma ordem ló-

gica de instrução. Se por alguma razãovocê enfrentar dificuldades em seguir

o tutorial, recomendo que tente ad-quirir edições anteriores dessas maté-

rias para se inteirar melhor sobre oassunto. Boa sorte a todos.

Pie Control

“Você pode e deve

monitorar o Track

Status Display,

ícones de tempo,

Pie nas colunas,

para mudar de

coluna no Master

no tempo desejado,

quando estiver

operando em modo

manual. Em modo

automático, depois

de tudo

programado, o

software faz tudo.

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LEIT

URA

DINÂ

MIC

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ntre inúmeros modelos, a sérieAmethyst de microfones de estúdio

da Violet chama bastante atenção. Exis-tem duas versões dos microfones Ame-thyst. O Standard, que possui uma cáp-sula única central, e o Vintage que possuium diafragma duplo e cápsula central.Ambos são construídos com Mylar mi-cron gold. O Amethyst Standard usa umdiafragma simples, capsula VD26 e é de-senhado para atender o que conhecemoscomo som moderno, com altas arejadas epresença vocal estendida, respostas nasbaixas acentuadas e padrão cardioide

E

[email protected]

Fotos: Divulgação

Embora pouco

falado no Brasil, os

microfones

artesanais Violet

têm conquistado

grandes

admiradores no

exterior. Estúdios

consagrados como o

Abbey Road Studio

2 já vêm usando

esses pequenos e

poderosos

equipamentos,

produzidos na

Latvia, no Leste

Europeu.

unidirecional. Já o Amethyst Vintageusa um diafragma duplo cápsula VD67 e édesenhado para obter aquele som quenteclássico que já conhecemos produzidospelos melhores microfones vintage, etem um padrão polar cardioide um poucomais amplo. Ambos possuem impulso rá-pido de resposta do transiente sem colo-ração do som ou redução de frequência,bem como habilidade para operar sobalto nível de pressão sonora.No Amethyst Standard o espectro in-terno potencializado e pré-amplificadoé um discreto circuito transformador

AmethystAmethystUma pedra preciosano seu estúdio

Microfone

Page 65: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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Classe A que provê saídas altas,resposta de áudio plana e distorçãoe ruído ultrabaixos. O AmethystVintage tem um corpo cinza azul eproporciona um clássico e amploespectro de som de microfone vin-tage, assim como sugere o nome.Ambos os modelos possuem pola-ridade unidirecional cardioide pa-drão com mínima proximidade deefeito e linearidade sobre o ângulofrontal incidente. Uma cabeçatransparente acústica reduz as res-sonâncias internas bem como as re-flexões. Os dois microfones tambémpodem ser montados diretamenteem um suporte de microfone padrãoe os contatos banhados em ouro nosconectores de saída XLR proporcio-nam uma conexão livre de ruídos.O padrão polar unidirecional car-dioide reduz o ruído ambiente doestúdio. Ambos os modelos de mi-crofones tem uma proximidade mí-nima de efeito e trabalham perto dalinearidade sobre o largo ângulofrontal de incidência. A grelha dacabeça do microfone é feita com umfiltro acústico multicamadas demalha de latão que reduz sons ex-plosivos, respiração, pop e ruídos devento, minimizando o efeito de res-sonância interna, mas mantendo asaltas frequências e som transparen-te inalterados.O pré-amplificador interno robus-to é baseado em um circuito ele-

trônico de transformador discreto,construído usando as melhores sele-ções de componentes. O circuito foidesenhado sob os mais rigorosos pa-drões e proporciona uma variação defrequência de áudio linear, altas di-nâmicas, baixo ruído e baixa dis-torção de áudio de todos os tipos. OAmethyst exige qualidade e estabili-dade de 48 V de potência.Os microfones Amethyst foram de-senhados para suprir as necessidadespara gravações em estúdios, sendo ca-pazes de capturar vocais, pianos, vio-lão, baterias, percussão, cordas, ventoe outros instrumentos. Os microfo-nes podem ser usados com sucessocomo reforço no sistema de som pro-fissional, em estúdios de broadcast,filmes, na indústria de vídeo e proje-tos de estúdios. A cápsula interna e ocorpo robusto reduzem a reverbera-ção, interferência infrasônica exter-na e choque mecânico.A seguir, algumas características

e sugestões de aplicações dos

Especificações técnicas

Tipo de transdutor ......................................................................... eletrostático

Princípio de operação .....................................................gradiente de pressão

Diametro do diafragma ...................................................................... 25 mm (1")

Variação de frequência ............................................................ 20 Hz to 20 kHz

Padrão Polar ................................................................ unidirecional - cardioide

Impedância de saída ...........................................................................50 ohms

Impedância de carga ....................................................................... 1000 ohms

Sugestão de carga de impedância ................................................. >500 ohms

Maximo de SPL for 0.5% THD em 1000 ohm ........................................ 134 dB

Variação dinâmcia do amplificador interno ......................................... 127 dB

Consumo de corrente ........................................................................... <2 mA

Conector de saída ................................... 3-pin XLR male, gold plated contacts

Dimensões ................................................................. 168 x 63 x 41 mm, 350 gr

modelos Vintage e Standard, de

acordo com o fabricante.Vocais – Ambos os modelos doAmethyst são ótimos para gravarvocal. O ideal é escolher o modelode acordo com o seu e o gosto dovocalista. O Standard é mais indi-cado para a voz masculina e o Vin-tage para a voz feminina, mas é ape-nas uma recomendação. Use-os de3 a 10 centímetros afastados dacápsula para obter um melhor re-sultado. Não é necessário se preo-cupar com a sobrecarga em caso deuso muito próximo.Piano – O Amethyst Standard dáum excelente resultado no piano.Use um par ou mais para gravarestéreo. Há diversas formas e mé-todos de usar, microfonando perto,distante ou as duas combinadas. Oresultado vai depender principal-mente da acústica da sala. A posi-ção correta do microfone é o fatormais importante. O melhor méto-do é usar o seu ouvido.Violão – O Amethyst Standard dáexcelentes resultados em cordas deaço do violão. O modelo Vintage é amelhor escolha em caso de uso dasclássicas cordas de náilon. De novo,o mais importante aqui é o posicio-namento do microfone. Recomen-da-se inicialmente virar o microfo-ne para o pescoço do violão, onde seencontra o início do corpo, a cada 10cm distancie-o do violão. Use umpar ou mais para gravações estéreo.Guitarras – O Amethyst Standardconfere excelentes resultados parasons de gravação dinâmicos e extre-

Ambos os modelos possuempolaridade unidirecional cardioide padrãocom mínima proximidade de efeito elinearidade sobre o ângulo frontal

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mamente claros. O som quente do mo-delo Vintage é a escolha certa paragravar o overdrive da guitarra princi-pal e sons de distorção ou ainda tonsjazzísticos. Coloque o microfone de 5a 10 cm das caixas para pegar mais asfrequências superiores ou mova o mi-crofone em direção da borda do conepara um tom mais cheio com maismédias e baixas frequências. Distân-cias maiores dos alto-falantes adicio-nam mais ar e espaço acústico e ate-nuam as altas frequências.Baterias – O transiente de rápida respos-ta de impulso do Amethyst Standard,bem como as altas claras e o alto SPL fazdele um excelente mic para gravar bate-rias. A distância ideal é de 5 a 10 cm dabase da bateria, mas é possível testar di-ferentes posições e ângulos. Uma distân-cia maior pode adicionar mais ar e sommais ambiente. Uma distância menorpode melhorar as frequências baixas esepará-las de outras fontes sonoras.Percussão – Como a gravação de ba-terias, o Amethyst Standard dá umsom claro e transparente e um resul-tado real em todas as gravações depercussão. A distância de 30 cm é amelhor para começar. Distânciasmais próximas que isso vão adicionarmais detalhes, tons e separação. Dis-tâncias maiores vão adicionar maissom ambiente, natural e harmoniacom outros instrumentos.Cordas inclinadas – O AmethystVintage é uma excelente escolha para

gravar todos os tipos de instrumentosde cordas inclinadas. A distancia en-tre 30 e 50 cm acima da ponte do ins-trumento é o espaço ideal para violi-nos e violas. A distancia entre 10 e 20cm à frente da ponte é perfeito para ocello ou contrabaixo.Metais e sopro – O tom suave e natu-ral do Amethyst Vintage pode ser amelhor escolha para gravar saxofonee outros metais e instrumentos de so-pro. Para o clarinete e o saxofone so-prano use o microfone entre 10 e 30cm acima do megafone e dos blocosmenores. Para outros saxofones colo-que o microfone entre 5 e 15 cm àfrente da borda do sino. Para a flauta,coloque o microfone acima do meiodo instrumento. Use entre 10 e 50 cmde distância para o trompete, trom-bone, trompa, tuba e outros instru-mentos de metal.O tamanho compacto, bastante con-veniente, e a montagem versátil,combinado com uma capacidade deSPL alta, faz com que esses microfo-nes sejam ideais para situações em queos instrumentos precisem estar maisperto. O Amethyst Standard é parti-cularmente recomendado para per-cussão e instrumentos de corda. Paraos vocais, o Standard é mais dire-cionado para as vozes masculinas en-quanto o Vintage é mais indicadopara vozes femininas. O ideal é usá-los dentro do espectro de 2” a 4” paramelhores resultados.

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oucos meses depois do fim da MTVBrasil (disponível atualmente apenas

para TV a cabo), o mercado de videoclipesnão dá sinais de arrefecer. Pelo contrário,a audiência crescente de clipes no You-Tube e seu cada vez mais aquecido sistemade monetização, têm gerado uma segundae rentável “corrida do ouro”.Depois da febre original de vídeos en-graçadinhos, o YouTube substituiu oMySpace e fortaleceu-se como um dos

principais meios de distri-buição de música di-

P

[email protected]

Fotos: Divulgação

Fenômenos

musicais e serviço

de monetização do

YouTube reacende

mercado de

videoclipes.

ao arao arDe volta

gital e ferramenta de marketing para ar-tistas tão distintos como Michel Teló,Psy e Baauer (o DJ por trás da dancinhaHarlem Shake).

Há pouco tempo, fenômenos como os cita-dos acima poderiam ter direitos perdidosno limbo da internet. Em geral, qualquerusuário poderia adicionar os vídeos em seuspróprios canais e receber o dinheiro inde-vidamente. Um cenário complicado paraprodutores, selos e gravadoras.Até que o próprio sistema tratou de re-gular seus desvios. Por meio de tec-nologias como o ContentID, do YouTube,

esses vídeos não foram tirados doar, mas permitiram que os criado-res originais do conteúdo passas-sem a receber por sua criação.No Brasil, o serviço está disponí-vel por meio da distribuidora digi-tal ONErpm, com mais de 150 mi-lhões de visualizações. Em poucotempo, artistas passaram a ter umanova e lucrativa fonte de recursos. Eos videoclipes, considerados anteri-ormente um capricho dispendioso doorçamento de divulgação de um artis-ta, tornaram-se a menina dos olhosdentre as diversas estratégias de mo-netização digital.“Consideramos o negócio cada vez mais co-mo o de uma produtora de conteúdo. Nãoapenas o de uma empresa de tecnologia”,

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diz Emmanuel Zunz, CEO da ONE-rpm. “À medida que o YouTube cres-ce, o potencial de artistas torna-semais significante.”, completa.

FENÔMENOS BRASILEIROSA monetização de vídeos é umadas principais fontes de receitas defenômenos musicais brasileiros. Omais recente deles é o funk e rapostentação. Considerado um dospioneiros do movimento, o rapperDBS lançou um videoclipe de su-cesso em 2009.Atualmente, o canal oficial doDrops.TV, do diretor Alex Kun-dera, conta com quase 4 milhõesde visualizações. “Hoje um artistadesconhecido com um clipe muitobom pode ser mais bem sucedidodo que um artista muito popularcom um clipe normal. Antes elenão teria espaço suficiente na TVpara esse sucesso, seu clipe poderia

ser visto no máximo durante asmadrugadas, e agora o sucesso doclipe na internet é que acaba le-vando esse artista para a tevê maistarde”, explica o diretor.Artistas que utilizam a parceriapremium entre a distribuidora di-gital e o YouTube, tem sido capazes

de gerar uma receita significativatanto em seu canal quanto em ca-nais de usuários através do Con-tentID. Muitos dos clientes da em-presa, no entanto, nunca antes ti-nham pensado em um plano demonetização do YouTube. “A ex-pansão do mercado digital pode sera salvação de um modelo que estavafalindo”, diz Alexandre Duncan,dono de um canal de quase 33 mi-lhões de visualizações.“A venda de músicas parecia cami-nhar para a falência após a extinçãodo CD. Este novo formato de co-mercialização, o digital, está sendoresponsável por reerguer as vendase trazer novo fôlego aos artistas. Areceita gerada vem crescendo a cadamês. A expectativa é que, com opassar do tempo, mais bandas, artis-tas e gravadoras aprendam a utilizarmelhor todas essas ferramentas”,acredita Duncan.

Kundera

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ezoito caras não são um grupo, sãouma multidão. No caso do Tambours

du Bronx, grupo de percussionistas daFrança que faz apresentações ener-géticas e cheias de performance tocan-do em tonéis metálicos reciclados,trata-se de uma multidão bem opera-cionalizada e afinada, que funciona -quase sempre - como um relógio. Efez um show muito bem azeitado como Sepultura na edição mais recentedo Rock In Rio. Os 18 músicos lança-ram agora no Brasil o CD/DVD Fu-

D

Ricardo Schott

[email protected]

Fotos: Divulgação

MetaisMetaisem brasa

Tambours du

Bronx e seus 18

tonéis de

percussão e

muita energia

kushima mon amour, gravado ao vivoem seu país de origem em 2011. Bate-mos um papo com um dos percus-sionistas, Dominique Gaudeaux, oDom (praticamente todos têm apeli-dos curtos, de uma só sílaba) e elecontou um pouco sobre a história doTDB, sobre a profissionalização datrupe - iniciada como uma brincadei-ra entre amigos - e sobre como éexcursionar pelo mundo com umtime imenso de músicos. O Sepulturafoi o assunto inicial da conversa.

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Quando foi que vocês estiveram com a galera do Sepul-tura pela primeira vez?

Nós dividimos o mesmo palco num festival lá da França,o Léz’arts Scéniques in 2007. Era, em sua maioria, um fes-tival de heavy metal. Nós, claro, éramos a única bandade percussionistas. Lembro que vi o Andreas Kisser(guitarrista do Sepultura) assistindo ao nosso show, dis-tante poucos passos de nós. Começamos a conversarbastante pela internet. Ele tinha ficado bastante im-pressionado com nossa apresentação. E já éramos fãs doSepultura. Quando começamos a tocar juntos, fazíamosmúsicas nossas e eles, as deles. Aprendemos como tocare trabalhar juntos e hoje fazemos tudo juntos no palco.Os caras do Sepultura são legais e muito talentosos. Éfácil trabalhar com eles (TDP e Sepultura voltariam a seencontrar duas vezes no palco do Rock In Rio, em 2011e 2013, e também no festival de heavy metal Wacken

Open Air, na França).

Vocês são fãs de heavy metal então...

Claro! Muitos de nós, dependendo da idade, curtemrock dos anos 60, metal, hardcore ou artistas de hip hop.Somos 18, temos nossas preferências pessoais. Que in-cluem Sepultura, Ministry, Iron Maiden, Motorhead, emuito mais. Lista longa!

Vocês são 18 músicos e ainda têm um monte de tambo-res. Qual é exatamente a logística da banda nas turnês?

O equipamento é muito pesado?Olha, são três vans para todos os músicos, técnicos e equi-pe. Mas são, acredite, apenas 21 pessoas na estrada, já queos músicos se viram sozinhos em muitas tarefas, como diri-gir as vans, montar o palco. Com estruturas, luzes, equipa-mentos de som, eletrônicos e 18 tambores, acho que tudochega a pesar algo como 1.200 quilos. Agora, quando viaja-mos de avião, como aconteceu no caso do Rock In Rio, pe-dimos aos promotores que encontrem tambores no paíspara o qual vamos.

Verdade que usam cada tambor apenas duas vezes?

Isso mesmo. Usamos um lado do tambor por show. Depoisde dois shows, eles ficam imprestáveis. Acabamos dandoos tambores velhos para os fãs. Temos um cara que arrumaalguns para nós na Bélgica. Compramos muitos deles, quesão entregues por caminhão. Compramos um depósito ve-lho e lá guardamos os tambores, além de ensaiarmos.

Os tambores ganham algum tipo de tratamento especial

antes dos shows?Bom, compramos tonéis reciclados e eles são limpos an-tes de chegarem até nós. Só que temos surpresas desagra-dáveis às vezes, porque alguns chegam bem na hora do

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“Bom, compramos

tonéis reciclados

e eles são

limpos antes de

chegarem até nós.

Só que temos

surpresas

desagradáveis às

vezes, porque

alguns chegam

bem na hora do

show, ainda com

cheiro de gasolina,

cola ou

coisas piores

Passagem de som no Palco Mundo com o Sepultura

show, ainda com cheiro de gasolina,cola ou coisas piores. Acontece de agente tocar enquanto aspira essas coi-sas. O único tratamento acaba sendomesmo é a pintura, e um de nós fica acargo disso.

E para dar conta dessa galera toda?

Vocês têm algum tipo de maestro nogrupo? Como essa história de reunir

18 caras para tocar percussão viroualgo profissional?

Já tivemos um comandante há algunsanos, mas rolou uma separação e nãoqueremos mais esse tipo de relaciona-mento. Todos nós dividimos funçõescomo dirigir, pintar, montar o palco,cuidar das vendas de produtos etc. Nos-so trabalho começou como brincadeira,mas começamos a ter uma grande pro-moção quando as pessoas perceberam oque era e passaram a gostar do conceito.Passamos a tocar mais e mais e isso vi-rou nosso trabalho!

Vocês são da França, não do Bronx.Por que “Tambours du Bronx”?

Começamos nossa carreira num subúr-bio industrial de Nevers, que se chamaVarennes-Vauzelles. Na Segunda GuerraMundial, os americanos chamavam essaárea de “Bronx”, porque se parecia mui-to com o Bronx nova iorquino. No co-meço, éramos muito influenciados peloLes Tambours Du Burundi, uma bandatradicional da África.

Vocês tocaram em rinques de patina-ção, ônibus, na Torre Eiffel... Quais

são suas memórias desses shows e qualdeles foi o mais inusitado?

Bom, são 26 anos de existência, 18 músi-cos, sendo que mais de cem passaram pelabanda nesse tempo todo... Cada um de nóstem diferentes lembranças. Lembro determos tocado num deserto nos EmiradosÁrabes, feito um show selvagem numapraça em Salvador, tocado num ginásiopara crianças na África... Muitas!

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HARM

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Harman, uma das maiores empre-sas de áudio profissional do mun-

do, fez parte desse processo, marcandopresença em oito arenas das doze oficiaise duas que serão usadas como apoio, paratreinos. São elas a Arena Amazônia(Manaus - Amazonas), Arena Castelão(Fortaleza – Ceará), Arena Pernambuco(Recife – Pernambuco), Estádio ManéGarrincha (Distrito Federal), Estádio doMineirão (Belo Horizonte - Minas Ge-rais), Arena Corinthians (São Paulo),Arena Pantanal (Cuiabá - Mato Grosso)e a Arena da Baixada (Curitiba - Paraná),além das duas arenas de apoio, que serão aArena Palmeiras (São Paulo) e a ArenaIndependência (Minas Gerais).

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

HARMANHARMANMARCA PRESENÇA EM DEZ ARENAS

Os olhos do mundo todo já estão voltados para o Brasil,

que será sede da Copa do Mundo de 2014. O país vem se

preparando há algum tempo para receber o evento, com

obras de melhorias urbanas, de infraestrutura e

principalmente em estádios, que serão os palcos dos jogos

de futebol, uma das grandes paixões nacionais. Doze

cidades sediarão a Copa do Mundo no Brasil, entre 12

de junho e 13 de julho. E para que tudo ocorra de modo

favorável, as obras nos estádios e arenas tiveram de se

adequar às normas exigidas pela FIFA (Federação

Internacional de Futebol), com mudanças em diversos

aspectos, inclusive no áudio dos locais, que deveria se

igualar a um padrão internacional de qualidade.

Estádio do MineirãoBelo Horizonte - Minas Gerais

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Fernando Guerra, gerente de ins-talações fixas da Harman, explicaque os equipamentos já foram im-plantados em algumas arenas e emoutras estão em fase de instalação.Ele revela que esse processo deveseguir o cronograma da FIFA. “Pe-lo que se estima, as instalações de-

vem estar prontas para o carnaval.Se a obra atrasar, nossa instalaçãotambém atrasa”, resume. O prazoestabelecido pela FIFA era dezem-bro, mas ainda há locais de jogo queainda estão finalizando as obras.

ANÁLISE E PLANEJAMENTO...para a distribuição dos produ-

tos nos estádiosFernando esclarece que há critériosmétricos nos projetos de áudio. “Oprimeiro é o volume, que precisaapresentar certa homogeneidade,altura e níveis mínimo e máximo.E o segundo é a inteligibilidade, ouseja, não adianta colocar as caixas

se ninguém entender o que está sefalando”, pontua.Existem também etapas do projetoeletroacústico, para se determinar oproduto, a quantidade e a melhorlocalização dos equipamentos. Ogerente conta que os equipamentos

usados são similares aos de projetosem diversos outros locais pelomundo, não são exclusivos das are-nas. “Cada uma delas tem seu proje-to único, pois há coberturas e arqui-teturas diferentes. E como se sabe, aarquitetura influencia diretamen-

Fernando Guerra, gerente da Harman

Estádio Mané Garrincha - Distrito Federal

Arena Castelão, Fortaleza - Ceará

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HARM

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te no som, tanto em altura quanto eminteligibilidade”, analisa.“Há arenas em que fechamos contratocujo PA da arquibancada é nosso e háoutras onde nós fechamos todos osequipamentos, menos o PA; no entan-to, nessas os amplificadores das caixassão nossos. Estamos com 100% de solu-ção de áudio Harman nas seguintes are-nas: Arena da Baixada (Curitiba), Are-na Pantanal (Cuiabá), Arena Pernam-buco (Recife) e Castelão (Fortaleza), enas de apoio Arena Palmeiras (São Pau-lo) e na Arena Independência (MinasGerais)”, enumera Fernando.Nos outros quatro locais - Arena Ama-zônia (Manaus), Estádio Mané Garrin-cha (Distrito Federal), Mineirão (BeloHorizonte) e Arena Corinthians (SãoPaulo) – a Harman divide o áudio comoutra empresa. “Não há fornecimentode equipamentos nossos em apenas qua-tro locais: Fonte Nova (Salvador), Are-na das Dunas (Rio Grande do Norte),Maracanã (Rio de Janeiro) e Beira-Rio(Rio Grande do Sul)”, afirma Fernando.

AS EXIGÊNCIAS QUANTO AOÁUDIO E OS EQUIPAMENTOSDe acordo com a quinta edição do Cader-no de Recomendações e Requisitos Téc-nicos da FIFA para estádios de futebol, noqual há informações sobre os locais quesediarão os jogos em 2014 no Brasil, o sis-tema de áudio deve atingir valores STI(medidos utilizando o método STI-PA oucalculados a partir da resposta de impul-so) de, no mínimo, STI 0,55 nas áreas fi-xas de assentos de espectadores.Ainda conforme a publicação, devemser fornecidos níveis sonoros contínu-os máximos não inferiores a 100 dBA e

níveis sonoros de pico depelo menos 105 dBA, comdesvios nos níveis de somdireto gerais inferiores a

+/-3,5 dBA ao longo das áreas de assen-tos. E a resposta de frequência medidanas áreas de assentos deve ser de, no mí-nimo, 120 Hz a 5 kHz +/-3 dB.Em relação às condições acústicas, ain-da de acordo com o manual, a FIFA exi-ge a presença de “materiais de absorçãosonora com valor NRC de 0,9 ou superi-or, conforme necessário, na superfíciede assentos pré-fabricados e outras se-ções verticais, bem como superfícies in-teriores de telhado, visando atingir os

valores STI desejados. Os níveis de ruí-do de sistemas mecânicos do estádio ououtros equipamentos não devem exce-der o nível NC 45 nas áreas públicas”.Os equipamentos implantados pelaHarman nos estádios e arenas são: mi-crofones, módulos, headphones, cáp-sulas para microfones e receivers daAKG; processadores de sinal da BSS,estação de chamada e software de ge-renciamento da IDX; amplificador eplacas de monitoramento da Crown;monitores, alto-falantes e caixas passi-

BLU-800

crownithd 12000

JBL 8128

“Há arenas em que

fechamos contrato

cujo PA da

arquibancada é

nosso e há outras

onde nós fechamos

todos os

equipamentos,

menos o PA; no

entanto, nessas os

amplificadores das

caixas são nossos

(Fernando)

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vas da JBL; mixers e módulos co-branet da Soundcraft e arandelas ecornetas da JBL/Selenium.O gerente explica que o processo deescolha das empresas envolvidasnão é de licitação. “Trata-se de con-corrência privada, via construtora.O áudio estava englobado em umpacote maior, no qual também fazi-am parte o sistema de acesso, o deincêndio, os telões, o ar-condicio-nado interno”, relata Fernando.

“AQUI SE OLHA PARA OINVESTIMENTO COMOCUSTO E NÃO COMO...investimento mesmo”

Para Fernando, o maior legado queeventos como a Copa trazem para oBrasil é a profissionalização naoperação de estádios e arenas. Eleressalta que no país não existe cul-tura de operação, de utilizar os es-paços por longo prazo, com retor-no financeiro. E aponta os leilõesde aeroportos como um exemplodisso, pois, de acordo com ele, ogoverno está privatizando porquenão tem capacidade de gestão.“Muitas arenas estão sendo, foramou serão ainda privatizadas, pelopróprio governo ou por clubes defutebol. A maioria delas será geridapor empresas que têm know-how deoperação de locais, como acontecenos EUA e na Europa. Com esse le-gado de profissionalização na ope-ração, há empresas participantesque buscam produtos de maior qua-

lidade e durabilidade, de empresasque estão oficialmente estabelecidasno país”, ressalta.“Como a maioria desses grandeslocais estão sendo geridospor parcerias, normalmen-te com empresas internaci-onais, elas têm um modelode gestão diferente, com um

olhar sobre o investimento, comoalgo que precise durar o máximo,em que o custo de manutenção, re-paro ou troca seja o mínimo possí-vel durante o tempo de vida útil docontrato, para maximizar o lucroda empresa”, atesta.O gerente explica que as arenastrazem essa cultura e que passarãoesse costume de operação a outrosespaços como teatros e casas de es-petáculos, o que fará com que omercado de entretenimento cres-ça. “Eu, como um empresário quevai gerenciar um local por 20 ou 30anos, preciso trabalhar com retor-

no de investimento, com o qualquero ter o melhor resultado pos-sível nesse período. Eu não possocomprar produtos que tenham umcusto de manutenção alto ou queprecisem ser trocados de três emtrês anos”, calcula Fernando.Ele acrescenta que aqui no Brasil háuma cultura de comprar o mais ba-rato, de gastar menos. “Qual o sapa-to seria o mais comprado, de modogeral? O que você gasta R$ 100 etem que trocar a cada ano, ou quegasta R$ 200 e troca de três em trêsanos? Aqui se olha para o investi-mento como custo e não como in-vestimento mesmo”, analisa.

Fernando garante que a participa-ção da Harman na Copa superou ameta mundial, cujo objetivo eraparticipar de metade das 12 arenas.“Estamos em oito e em duas deapoio. A empresa mais do quecumpriu sua expectativa. E o su-cesso tornou-se um marco para aHarman, pois é a primeira vez emque temos uma participação líder ede impacto em uma Copa. Issomostra também o retorno do in-vestimento da Harman, feito hátrês anos quando adquirimos aSelenium. É um grande reconheci-mento”, comemora.

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Este novo equipamento possui um ângulo beam de 3.8°, efeito de vi-bração de alta velocidade, filtro de Frost, dimmer mecânico, resolu-ção de pan/tilt de 16 bit selecionáveis (pan de 540° e tilt de 252°) ealcança temperatura de cor de 8000K. Com vida média de 3 mil horas,possui ainda canais DMX atuando em dois modos 16/20. A roda decores intercambiáveis possuem 14 cores mais abertura e a roda degobo possui 17 gobos fixos mais abertura.

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CADERNO ILUMINAÇÃOIL

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oda produção de um novo evento –seja ele um show isolado, ou uma

turnê completa, com diversos showsprogramados para uma temporada (comduração de meses e em alguns casos,anos) –, inicia-se com uma ideia princi-pal – ou em alguns casos, diversas ideias emúltiplas opiniões – provenientes de di-versos profissionais que se integram nes-se momento de concepção.Todas essas ideias devem estar alinha-das a um conceito central, que defineum artista – e assim, caracteriza-o comqualidades e referências – ou à sua obramusical, relacionada à temática do últi-mo trabalho ou ao contexto no qualo(s) artista(s) e a obra estão inseridos (eisso, particularmente, pode ter uma re-lação direta com um estilo ou gêneromusical). Esse contexto pode ser inclu-sive histórico-cultural – quando o ar-tista participa de um movimento cultu-ral (por exemplo, a Psicodelia – que teveseu auge na década de 1960).

T

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

YES: NÓS TEMOS CONCEITO!Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

Assim, pode-se afirmar que o conceitoé o elemento central de uma ação pro-mocional, sendo ele portador de um sig-nificado, relacionado a algo abstrato(ou emocional) ou impessoal (vincula-do a um festival, por exemplo, no qualvárias bandas dividem o mesmo palco),e pode servir universalmente para de-signar um produto, serviço ou mesmoum profissional (isso se aplica, porexemplo, aos shows temáticos, aos for-necedores específicos desses shows e aosprofissionais que se especializam nessatemática). Em geral, todos os conceitossão também consequência de muitaspesquisas e referências diversas.Essas referências podem se originar daspercepções e necessidades diretas dosartistas – que melhor conhecem a ma-neira com a qual gostariam de expressarsuas necessidades e desejos – sendo essesrequisitos visuais, estéticos e principal-mente relacionados ao resultado sono-ro final – mas também podem receber

Se há um projeto de

iluminação cênica,

naturalmente há

um conceito que o

define. Nesta

conversa, será

analisada a

produção de um

dos shows da turnê

Three Albums Tour

2013/4 da banda

inglesa Yes, ícone

do Rock

Progressivo, que

passou pelo Brasil

em maio de 2013, e

que deixou ótimas

lembranças,

referências, lições e

muitos

aprendizados -

inclusive, sobre

conceito!

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influências de diversos profissio-nais, ou mesmo, outros artistas.Tanto o conceito quanto as refe-rências impactam diretamente naelaboração do projeto de ilumina-ção cênica de um show (ou umaturnê; ou um festival). Foi com to-dos esses elementos em mente queDonald “Don” Weeks, LightingDesigner com mais de 30 anos deexperiência idealizando, desenvol-vendo e operacionalizando projetosde iluminação cênica, assumiu aresponsabilidade pela concepção daturnê internacional Three AlbumsTour 2013/4 da iconográfica banda

de Rock Progressivo Yes. Nessaturnê, a banda executa três magní-

ficos álbuns na íntegra e na mesmasequência de faixas dos discos ori-ginais: The Yes Album (1971),

Close To The Edge (1972) e GoingFor The One (1977).A esta incomparável banda, seri-am necessários muitos parágrafospara descrever a importância e im-pacto na música, não somente emrelação ao rock n’roll, mas pelasmúltiplas contribuições relaciona-das a diversos aspectos: do designgráfico (com as capas dos álbuns,criações fantasiosas do espetaculardesigner e ilustrador britânicoRoger Dean) à produção ceno-gráfica (primeira banda a realizarum show com um palco circular evisão 360º pelo público); forma-ções complexas e influentes (todosos músicos que passaram/fazemparte da banda Yes causaram/cau-

sam significativa influência emmuitas gerações) e desenvolvi-mento de um estilo próprio (foi aYes a primeira banda a consolidar oRock Progressivo); desenvolvi-mento de tecnologias e premissasda iluminação cênica dos shows,nos últimos 45 anos (Michael Tait,proprietário da renomada empresainglesa Tait Towers, começou co-mo motorista da banda em 1968 ena primeira oportunidade assumiuo controle da iluminação de palco,alternando interruptores fixadosnas paredes para controlar e alter-nar as luzes).Nesse contexto, Don Weeks tinhaem mente duas importantes con-

siderações:1) Desenvolver uma estrutura depalco, mais reduzida em relação àsproduções anteriores e que pudesse

Figura 1: Rush – Turnê Clockwork Angels Tour 2012. Diversos elementos na elaboração econsolidação do conceito.

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Figura 2: Yes – Turnê Three Albums Tour 2013/4 – Ginásio Nilson Nelson – Brasília (DF)

Tanto o conceito quanto as referênciasimpactam diretamente na elaboração do projetode iluminação cênica de um show

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CADERNO ILUMINAÇÃO

ser facilmente adaptada em diversos es-paços, entre cassinos, teatros e anfitea-tros, ginásios e mesmo transatlânticos(a banda, inclusive, teve uma miniturnêintitulada Cruise To The Edge realizadaem cruzeiros marítimos).2) Transmitir as sensações, emoções emensagens presentes nos três álbuns– e assim, proporcionar percepçõesinterativas com as canções.Para que isso pudesse ser viabilizado,

independente da estrutura local for-necida, Weeks acreditou que umaconfiguração mínima deveria estarpresente em todos os shows, com re-fletores LED/Moving Heads LEDWash (especificamente da empresaRobe) (confortáveis aos olhos e aosmúsicos) e telões, que pudessem tam-bém contemplar as expectativas ini-cialmente idealizadas. Como mesacontroladora, uma grandMA FullSize, da MA Lighting.Como elementos complementares, al-gumas treliças dispostas em “V”, cri-ando formas triangulares com o pisodo palco – para a fixação dos refletoresLED/Moving Heads – de forma a criar,também, opções no direcionamento dasluzes (basicamente, em backlighting) einterações “outras” (como será analisa-do, na sequência).Para identificar alguns aspectos cons-tantes da estrutura do show/turnêacima citados, será analisada a turnêpela primeira apresentação realizadano Brasil no ano passado. O show, re-alizado no Ginásio Nilson Nelson,em Brasília (DF), no dia 19 de maio de

2013, foi a estreia da turnê no Brasil –que ainda teve outros cinco shows ain-da no mês de maio, em Curitiba (21),São Paulo (23 e 24), Rio de Janeiro(25) e Porto Alegre (26 de maio).Para tanto, o palco foi reconstruídono Google SketchUp – ferramenta demodelagem 3D – para a simulação daspossíveis percepções a partir de algu-mas cenas que destacam as sensaçõespercebidas no show e que, muitas vezes,

pela dinâmica do evento, passam desa-percebidas. E é justamente nessas cenas,repletas de sutis referências, que o con-ceito se projeta em uma multiplicidadede detalhes e particularidades.Na primeira imagem (Figura 3), bus-cou-se a reprodução de uma das ce-nas da canção de abertura: a faixa-tí-tulo do magistral álbum Close ToThe Edge. Com duração de quase 19minutos, esta obra-prima compre-ende, isoladamente, dezenas e deze-nas de cenas. Como destaque, notelão, em um determinado momen-to, a reprodução da capa original dodisco (a primeira, elaborada pelo bri-lhante Roger Dean) e na concepçãoglobal, os elementos da cena são de-limitados pelos fachos de luz, res-tringindo o campo visual e projetan-do uma atmosfera de introspecção,favorecida por uma combinaçãoanáloga de cores, com predominân-cia do azul e verde (cores primáriasdo padrão RGB).As estruturas com os refletores LED/moving heads operavam em combi-nações básicas para algumas cores.

Como destaque, no telão, em umdeterminado momento, a reprodução da capaoriginal do disco (a primeira, elaborada pelobrilhante Roger Dean)

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Essas contraluzes também “respon-diam” aos estímulos das canções. Issopode ser percebido em Siberian Kha-tru (também do álbum Close To TheEdge) e Parallels, canção do sensaci-onal álbum Going For The One. O tí-tulo desta última é bem sugestivo, poisalém de imagens projetadas nos telõescom referências a linhas e diversas ou-tras percepções de paralelismo, as luzescriam “paralelos”, na alternância decombinações (complementares e du-plas complementares), ou mesmo,com a predominância de fachos lu-minosos formando colunas – parale-las entre si.

Em momentos alternados do show, opalco se torna todo iluminado, compredominância da luz branca, reve-lando toda a banda e os elementoscênicos – mesmo que, neste contex-to, sejam eles os equipamentos, es-

truturas de apoio, mas principal-mente os músicos, protagonistas daspercepções sonoras, que são entre-gues ao público, na forma de um es-petáculo (figura 5). Como detalhe,os refletores LED/moving heads nacontraluz, projetam luzes, ora em pa-drões magenta, ora em azul.Para finalizar (figura 6), um mo-mento da canção Starship Trooper(do também espetacular The YesAlbum), na qual um cenário lunarprojetado nos telões cria uma at-mosfera para um ambiente inti-mista e futurista, representado, emalguns instantes pela ausência de

iluminação no palco. Blecaute? Deforma alguma! A luz se revela, coma predominância de sensações mo-nocromáticas em tons violetas ouazuis e mostra apenas alguns deta-lhes. A delimitação do palco pelos

Figura 3: Close To The Edge - Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Yes – TurnêThree Albums Tour 2013/4 - iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com oKerkythea 2011.

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Figura 4: Valorização das formas e de alguns elementos. Maquete eletrônica com construção similar ao Palcodo show do Yes – Turnê Three Albums Tour 2013/4 - iluminação simulada pela construção em GoogleSketchUp 8 e renderização com o Kerkythea 2011.

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AÇÃO

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Para saber mais

[email protected]

Figura 6: Detalhe de Starship Trooper. Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Yes – TurnêThree Albums Tour 2013/4 - iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com oKerkythea 2011.

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fachos luminosos nas laterais cria um ce-nário perfeito para o surgimento dos de-talhes da canção – e dos músicos que,com a evolução da canção, surgem para oápice (Würm, que fecha a canção).Impressiona a utilização dos movingheads, por um simples fato: os equipa-mentos não se movimentavam no pal-co. Mesmo com certa inquietação, a ex-plicação é mais simples e objetiva: a es-trutura foi dimensionada para operarcom a movimentação das luzes – e nãodos instrumentos. É o que Don Weekschama de “Old School”: equipamen-tos modernos, funcionando como sefossem as estruturas de PAR 64, sem anecessidade de trocar os filtros paraproduzir efeitos e cores múltiplas. Sim-ples e genial, não é mesmo?E assim, o show se desenvolve e evo-lui em cenas, percepções e sensaçõesúnicas. No fim, a iluminação cumpre

Figura 5: Sensação monocromática. Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Yes – TurnêThree Albums Tour 2013/4 - iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com oKerkythea 2011

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seu papel principal: protagonista nasimagens que se eternizam nas memó-rias e registros de milhares de fãs eadmiradores, como elemento condu-tor das emoções que a música propor-ciona, e significativo recurso para aconsolidação e fixação do conceitodo evento.

Nesta primeira conversa de 2014,

gostaria de desejar a todos um FelizAno Novo, repleto de muita Luz – in-

tensa, brilhante e estimulante -, propí-cia para novas oportunidades, muitas

realizações e focada, de forma adirecionar o caminho de todos, para

que o sucesso nos acompanhe, em to-dos os nossos projetos de vida!!! Abra-

ços e até a próxima conversa!!!

“Impressiona a

utilização dos

moving heads, por

um simples fato: os

equipamentos não

se movimentavam

no palco. Mesmo

com certa

inquietação, a

explicação é mais

simples e objetiva:

a estrutura foi

dimensionada

para operar com a

movimentação das

luzes – e não dos

instrumentos.

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dupla de irmãos não queria umprojeto básico, onde se tem um pai-

nel de LED wide no fundo com umaplanta de luz básica, mas algo diferente

esteticamente e foi a partir desse con-ceito que começou a ser traçado o

design do palco em conjunto com a luz.A primeira resolução adotada foi a de

utilizar o mínimo possível de placas deLED, tendo em vista que o local era to-

talmente fechado, um ginásio de espor-tes com 32 metros de largura, 11 de pé

direito e 45 de profundidade. “Partimosdo princípio de utilizar o mínimo possí-

vel de placas de LED criando 4 arcos,

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[email protected]

Fotos: Divulgação

DIEGO & DIOGOGRAVAM PRIMEIRO DVD

A dupla sertaneja Diego & Diogo gravou, em

outubro, o primeiro DVD no Auditório Grêmio, da

Nestlé, em São José do Rio Pardo, São Paulo.

Responsáveis por desenvolver e executar o projeto

de iluminação, o lighting designer Leonardo

Oliveira, o Maçã; e o diretor de fotografia, Rogério

Fernandez, o Carioca, ambos da Showdesign,

optaram por trabalhar com temperaturas de cores

altas e criar algo original na estética para o registro

do primeiro trabalho dos cantores.

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sendo divididos 2 maiores e 2 meno-res de cada lado com 4 linhas no cen-

tro do palco com altura de 8 metros”,explica Leonardo. O próximo passo

foi trabalhar no piso do palco, ondefoi criada uma boca de cena de 12

metros de largura por 10 de profun-didade e 1,6 de altura. A ideia era que

a dupla sertaneja e banda pudessematuar em conjunto.

“Tínhamos 24 movings que usa-ríamos como nossa base de co-

res nas laterais do palco, sendo 12de cada lado, que precisavam ser

apoiados no chão. Foi aí que decidi-mos ter mais duas passarelas na la-

teral do palco que dessem supor-te para banda, dupla e luz, deixan-

do o palco com formato de um T”,ressalta Leonardo. “Depois disso, a

planta de luz foi tomando forma deacordo com o design do palco nas

laterais. Na parede nós tínhamosduas sessões de 32 movings sendo

16 de cada lado no centro, alémde seis sessões com 9 movings

cada para fazer toda a boca de cena.Utilizamos 3 linhas de movings

para fazer a fotografia sendo duasnas laterais e uma frontal, num to-

tal de 20 aparelhos”, completa olighting designer.

Após ouvir o setlist que seria gra-vado no dia – o DVD terá um total

de 17 músicas – Leonardo contaque ficou claro que o espetáculo

necessitaria de aparelhos que fos-sem precisos nos momentos das

músicas agitadas e que tambémfornecessem uma gama de recursos

como paletas de cores, gobos di-versos para criar diversos climas

etc. “Optamos por utilizar todos osmovings da Robe, sendo eles todos

da série ROBIN. O Pointe, porexemplo, atendia principalmente

em precisão, e ainda dava a opçãode trabalhar em 3 categorias bem

usuais: spot, beam e wash”, avalia.O cuidado que os profissionais ti-

veram na escolha dos equipamen-tos foi justamente de ter a garantia

que eles ofereceriam todo recursonecessário para calibrar intensida-

de da luz, cores vivas, discos degobos e principalmente ótica. “Ou

seja, ter raios de luz uniformes quefossem visíveis desde o momento

que saíssem da última lente do

moving até onde esse raio de luztocasse a superfície do espaço da

gravação. Preocupamos-nos prin-cipalmente com intensidade já que

estávamos usando equipamentos

muito potentes. Não poderíamosir a 100% para não interferir brus-

camente no movimento das câ-meras, não manchar a dupla com

algum ponto de luz indesejado e,principalmente, para não aconte-

cer qualquer tipo de acidente com

queimaduras”, oberva Maçã.Outro aparelho escolhido foi o

ROBIN 600 LEDWash, que foi es-colhido já pensando na base de co-

res que os dois profissionais precisa-

Tínhamos 24 movings queusaríamos como nossa base de cores naslaterais do palco, sendo 12 de cada lado,que precisavam ser apoiados no chão

Leonardo Oliveira, à esquerda, e Rogério Fernandez

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vam, principalmente na fotografia, jáque o aparelho dispõe de 4 LEDs RGBW

para fazer mix de cores e correções detemperaturas predefinidas, que vão de

2.700°K a 8.000°K. “Nós trabalhamoscom a temperatura de 5.600°K”, comen-

ta Leonardo, lembrando que outro apa-relho escolhido para completar a base de

cores foi o ROBIN 100 LEDWash, quedeu o apoio de contra luz da dupla,

além de dois canhões seguidores DTS1200 a 12 metros do chão e mais 4 de

frente, sendo dois para a dupla e os ou-tros dois para os convidados. Para Ro-

gério Fernandez, responsável pela fo-tografia do show, a escolha do LED-

Wash 600 foi perfeita, “pois permitiuprogramar a temperatura correta para

cada parte do show”.O diferencial no projeto de iluminação

desse DVD foi abusar dos ataques de luzde acordo com o que a música pedia.

“Afinal, tínhamos os melhores equipa-mentos de luz à disposição e o limite es-

tava apenas na sensibilidade do ligh-ting designer. Muito pouco se vê do mo-

vimento dos movings; os ataques sãoconstantes no momento que tem um

espaço para impactar, mesmo que comum clima criado para uma música ro-

mântica, você tem o cuidado em criaruma cor utilizando o recurso de GELS

do console. Em algumas músicas dá paraperceber que não estamos usando todos

os aparelhos, apenas 20% para criar umclima”, afirma Leonardo.

Para complementar os ataques, foramusados ainda 12 Martin Atomic 3000 e

11 Calhas Brutt com quatro lâmpadas.No painel central foram placas de LED

de 10 mm. “Por ser o plano principalonde a dupla atuaria 90% do show, en-

tão tinha quer ter uma resolução me-lhor. Nas laterais, para fazer os arcos,

utilizamos os de 18 mm bem mais leves.Para finalizar o palco nós utilizamos 47

metros de fita LED para delinear o pisodo palco. Já na plateia utilizamos 40

PARLEDs de 3W, para criar o mesmoclima do palco, e 8 ACLs para criar um

contraste”, especifica Leonardo.Entre a data do recebimento do convite

para participar da gravação do DVD e aexecução do trabalho, a Showdesign

teve apenas 45 dias para desenvolver eaprovar o projeto. “A nossa maior difi-

culdade nesse projeto foi calcular preci-samente a metragem da estrutura metá-

lica que nos daria o suporte para colocartodo o equipamento. Para se ter uma

ideia, tínhamos um paredão de 11 me-tros de pé direito por 28 de largura com

9 pés. A nossa maior preocupação eracomo estruturar essa parede para não

Painel central com placas de LED de 10mm

“Nas laterais, para

fazer os arcos,

utilizamos os de 18

mm bem mais leves.

Para finalizar o

palco nós

utilizamos 47

metros de fita LED

para delinear o

piso do palco. Já

na plateia

utilizamos 40

PARLEDs de 3W,

para criar o mesmo

clima do palco, e 8

ACLs para criar

um contraste

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tombar tanto para a frente quantopara trás. Foi quando decidimos

colocar bases de 2 metros em am-

bos os lados, em cada um dos 9 pés,além de travá-los com cintas de

alta carga na própria estrutura do

Ginásio. Tivemos apenas 2 diaspara montagem de toda estrutura,

mais o equipamento, e 1 dia de en-saio, além da gravação. Isto é, total

de 4 dias para chegar, montar exe-cutar e ir embora”, relembra.

O ponto principal para se criar umprojeto é primeiro saber quem é o

seu cliente, o que ele quer, se oDVD já tem um nome. Desenvol-

ver um design equilibrado semexageros, que conta muito para ter

uma suavidade nas câmeras, alémde ter a preocupação com buracos

no seu plano geral das câmeras, sãoalguns cuidados que Leonardo

acredita fazerem parte do projetopara que ele seja um sucesso. “O

normal do nosso trabalho é pensarjá na adaptação para a estrada utili-

zando 70% do DVD. Ou seja, vocêestará vendo um mini DVD na es-

trada”, completa Maçã.

24 movings foram usados na lateral dos palcos com base de cores

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Para gerenciar todo esse equipamento,

Maçã conta que foi usado todo o siste-ma grandMA, incluindo o software

grandMA 3D para criar o projeto, que

também foi utilizado para programartodo o DVD. Os consoles usados para

operar a luz e conteúdo de imagem dospainéis de LED foram 2 grandMA2 sen-

do o principal uma Light e para fazer a

fotografia uma Command Wing, amboslogados na mesma sessão, sendo que a

Wing tinha controle total de todo oequipamento utilizado na gravação, e

ainda quatro 2port NODE-PRO e umMA VPU para gerenciar os conteúdos

do painel de LED. “A Grand MA aqui no Brasil, além de

nos dar suporte 24 horas – o que fazcom que tenhamos total confiança em

trabalhar com o sistema operacionaldeles –, tem consoles que também nos

dão inúmeros recursos através do usodo protocolo DMX 512 para utilizar

uma quantidade grande de equipa-mento, e a praticidade em deixar o

console de acordo com o meu gosto.Por exemplo, posso criar meu Layout

View para selecionar qualquer apare-lho por meio de um simples toque, daí

tenho, à vista, meu cue list sem limi-tes. Na grandMA, o setup da mesa é

bem mais prático onde eu tenho todaminha planilha de patch, podendo

mudar o universo do patch para qual-quer outro disponível. Posso ter todos

os meus presets organizados por blo-cos etc.”, afirma Leonardo.

Na parede foram duas sessões de 32 movings

Também foram utilizadas 6sessões com 9 movings cada

para boca de cena

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BOAS

NOV

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Letras sinceras, inspiradas em experi-

ências pessoais, o CD do jovem Ra-phael Lucas é bem eclético, com rit-

mos variados sem, no entanto, deixarde lado o seu objetivo principal: o de

louvar a Deus. Além da faixa que dánome ao disco, canções como Me

aceita, Quando você voltar e Você me faz

tão bem trazem lindas mensagens.

Tudo que há de bomRaphael Lucas

O CD do cantor traz

mensagens de fé e es-perança. Faixas como

Incomparável, Nada é

impossível, Ser Feliz e

Existência são perfei-tas para elevar o espí-

rito e louvar a Deus.

Fé + Esperança + AmorVinicius Melo

O novo CD de Aline Barros pela MK Music che-

gou da fábrica com grandes expectativas e muitaunção. O quarto álbum da cantora para o segmento

adulto repercutiu desde a produção até o lança-mento e todos os envolvidos nesse trabalho já es-

tão colhendo frutos da dedicação. O CD conquis-tou Disco de Ouro por mais de 40 mil cópias vendi-

das, em apenas três dias. A certificação pela ABPDaconteceu no dia 22 de novembro.

Danielle Cristina coloca voz em novo CD

EYSHILADIVULGA SEUNOVO ÁLBUMNo início de dezembro, a

cantora Eyshila foi atá

São Paulo para divulgar

seu mais recente álbum:

Jesus, o Brasil te adora.

A cantora Danielle Cristina esteve entre os

dias 24 e 27 de novembro, na cidade de

São Paulo, para fazer a colocação de voz

do seu próximo álbum É Só Adorar, que sai

pela Central Gospel Music. O trabalho tem

previsão de lançamento para o primeiro

semestre de 2014 e conta com produção

musical de Paulo Cesar Baruk. A cantora,

que está com muitas expectativas sobre

Novo CD de Aline Barros

este projeto, chegou até a postar algumas

novidades sobre as músicas do novo re-

pertório, entre elas Inocência, com com-

posição de Anderson Freire, André Freire

e George de Paula, É só adorar, Guerrei-ros, ambas escritas por Bruna Dezuit e

Jonatas Santos, e A obra que Deus come-çou por mim, de Júnior Maciel, Josias

Teixeira e Dione Fagner.

JOTTA A FAZACÚSTICO EMPROGRAMA DERÁDIOO cantor participou da

programação, em um

acústico ao vivo junto

com sua banda, na rádio

Gospel 107.9 FM, do Rio

de Janeiro. Na ocasião,

Jotta A apresentou algu-

mas das principais can-

ções do seu novo álbum

Geração de Jesus e con-

tou um pouco sobre a

realização desse segun-

do projeto musical lan-

çado pela Central

Gospel Music.

Um Escolhido é o primeiro clipe de Dina Santos

No dia 2 de dezembro, a Graça Music lançou,

em seu canal no YouTube, o clipe Um escolhi-do, o primeiro de Dina Santos pela gravado-

ra. A música faz parte do CD Minha Bênção,

que reúne o melhor do estilo pentecostal,

com muito fogo e mensagens de fé, vitória e

exaltação a Deus. A produção, dirigida por

PC Junior, foi baseada na história real de uma

mãe evangélica que conseguiu convencer o

filho a se entregar à polícia, crendo que a

prisão marcaria o começo de uma nova vida.

O fato ocorreu em novembro de 2010, no Rio

de Janeiro. Hoje, converti-

do, o jovem está tendo uma

nova chance e faz parte de

um projeto social. Além da

história real de superação, o

clipe ainda contou com ba-

ses gravadas no estúdio 3

da Rit TV, no Rio de Janeiro.

Apesar de ser o primeiro CD

de Dina pela Graça Music, a

cantora já lançou trabalhos

de forma independente.

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Feira literária e Salão Gospel

DANIELLI MARINHO | [email protected]

Fernandes Limarecebe discos de Ouro e Platina

A entrega foi durante o programa

Noite com os Adoradores de Deus, nodia 24 de novembro. A dupla pre-

miação foi pela vendagem de, res-pectivamente, 40 e 80 mil cópias

do CD Minhas Canções Na Voz de

Fernandes Lima Vol. 2. Fernandes

foi surpreendido por Danielle Riz-zutti, que, neste dia, substituía

Dany Grace na apresentação doprograma. Dani entregou os prê-

mios e convidou Fernandes aacompanhar um vídeo com ho-

menagens da gerente executiva daGraça Music, Ana Paula Porto; dos

líderes do Ministério Nova Jerusa-lém, Samuel Silva e Denise Gon-

çalves; do fotógra-

fo Marcos AC edo pastor Sodré

Well ington. Mi-

nhas Canções Na

Voz de Fernandes Li-

ma Vol. 2 foi lança-

do na Expocristã 2012e conta com músicas

do Missionário R. R.Soares, em parceria com

Anderson Freire, Are-tusa Cardoso, André Frei-

re e Dedé de Jesus. O dis-co traz o bom e velho forró, embalado por sanfonas, zabumbas e triân-

gulos. A produção foi a três mãos: Dedy Coutinho, Adelso eAnderson Freire.

As terceiras edições da Feira Literária

Internacional Cristã (FLIC) e do Salão

Internacional Gospel já têm data para

acontecer em 2014.

Ambas acontecem en-

tre os dias 18 e 20 de

setembro, no Centro de

Exposições Imigrantes,

em São Paulo. Para

Sérgio Henrique, res-

ponsável pela FLIC, e-

vento que reúne as prin-

cipais editoras evangéli-

cas brasileiras, também

presidente da Editora

Vida, a união das duas

feiras vem para restau-

rar os princípios cris-

tãos. Marcelo Rebello, Diretor Executi-

vo do Grupo MR1 e idealizador do Sa-

lão Internacional Gospel, acredita que

esta é uma oportunidade unir esforços

em prol desse segmento, fomentando

em conjunto as ações de integração.

Segundo a organização

da feira, no dia do lan-

çamento, a maioria das

principais editoras, es-

colas de música, associ-

ações, gravadoras, re-

vistas e lojas de instru-

mentos musicais do

segmento garantiram

seus espaços na plan-

ta da feira. Uma das

presenças confirma-

das é a da Ordem dos

Músicos do Brasil, uma

autarquia pública fe-

deral brasileira, criada pela Lei 3.857/

60, com o intuito de preservar, fiscali-

zar e regulamentar a profissão de mú-

sico no país. Os visitantes também

contarão com a Exposição Cultural

Sabe o nome da Igreja?, que será

destaque dentro do Salão Inter-

nacional Gospel, e tem curadoria

do fotógrafo Adilson Santos e da

jornalista e cineasta Luciana Mazza.

“A ideia é fazer uma homenagem com

respeito e bom humor à expansão

dos evangélicos, das igrejas e de

seus pastores. Lembrar que é impor-

tante congregar, que é fundamental

frequentar a casa do Pai Celestial, in-

dependente do nome que tenha. Por

fim, a exposição pretende provar que

nesse Brasil cada vez mais evangélico

só não vai à igreja quem realmente

não quer”, explanam Adilson e Maz-

za. A Exposição Sabe o nome da igre-ja? terá entrada gratuita, assim como

o acesso às duas feiras.

THALLES NO SHOW DA VIRADAO cantor Thalles gravou participação no Show da Virada,

especial de final de ano da Rede Globo, exibido no dia 31 de

dezembro. Ao todo, foram mais de 50 apresentações musi-

cais, sendo o cantor o único representante da música

gospel. Thalles escolheu uma música profética para marcar

o início do próximo ano e, por isso, apresentou o sucesso

Cheios do Espírito Santo, que integra o repertório do CD

mais recente do cantor. O disco, que faz uma fusão de diver-

sos estilos musicais, como pop rock, baladas, samba,

reggae e rock, atingiu a marca de 110 mil cópias em menos

de um mês, rendendo ao cantor discos de Ouro e de Platina.

Page 94: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

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Page 96: Edição 230 - Revista Backstage - Áudio nos estádios

LUIZ

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r96 OS DISCOS DA MINHA VIDA

“Pirão de peixeOS DISCOS DA MINHA VIDA

omo vocês já devem ter reparado, venho contan-do a história de nossos discos. Depois de Passado,

Presente, Futuro e do Terra – ambos do trio Sá, Rodrix& Guarabyra – e dos dois primeiros da dupla, chego aoterceiro de Sá & Guarabyra, o...PIRÃO DE PEIXE COM PIMENTANossa jornada ao sertão sãofranciscano que deu ori-gem ao Cadernos de Viagem estimulou-nos a voltar embusca de novas inspirações e transpirações musicais.Refizemos o roteiro anterior, saindo do Rio para BeloHorizonte e de lá pra Pirapora, Montes Claros,Janaúba, Mato Verde, Monte Azul, Porteirinha eEspinosa, onde deixamos Minas para trás e – vá se-guindo aí no mapa! – entramos no sudoeste baiano viaCarinhanha, Guanambi, Caetité e Riacho de Santana,para chegar, afinal, depois de mil e quatrocentos quilô-metros de variadas aventuras, ao descanso na casa dafamília Guarabyra em Bom Jesus da Lapa, na beira doentão ainda caudaloso São Francisco. Não lembro naverdade se essa foi minha segunda ou terceira viagem,mas o que importa é que foi nessa que provei o pirão de

C peixe do Egnaldo, em Pirapora, coroado por umamalagueta da braba, pra fazer suar debaixo daquelesquarenta graus proporcionados pelo caliente verãonorte-mineiro.Com o fracasso comercial do Cadernos de Viagem e nos-sa consequente saída da gravadora Continental, numaépoca em que as vendagens dos discos, o apoio das gra-vadoras e a execução das músicas nas rádios eram da-dos essenciais para a sobrevivência artística, estáva-mos realmente a perigo. Em 1976 shows eram apenasveículos de divulgação daquilo que realmente impor-tava em termos artísticos e financeiros – o disco. Abolacha. O vinil. Qual não foi então meu alívio ao re-ceber um telefonema do Guarabyra, poucos dias depoisde voltarmos de nossa peregrinação à Lapa, mala cheiade músicas novas:- Olha só – disse-me ele – encontrei com o João Araújonum voo pra São Paulo e ele nos chamou pra Som Livre.Era a sopa no mel. João era o mandachuva da Som Li-vre, na época gravadora dos sonhos de todos nós, artis-tas levemente alternativos, acenando com a possibili-

COM PIMENTA”

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97

[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

dade concreta de fazer um disco classe A, via o state of

the art estúdio Sigla (ex-Level) no Rio e a máquina dedivulgação proporcionada pelo Sistema Globo, comsuas rádios, TVs e tudo o mais. Em menos de uma se-mana estávamos assinando o contrato e reencontran-do velhos amigos, além do próprio João, que fora o di-retor artístico das minhas primeiras composições gra-vadas, quando lançara a cantora Luhli. Guto GraçaMello, ex-integrante do Grupo Manifesto, que cantaracom Guarabyra a vitoriosa Margarida do Festival In-ternacional da Canção de 1967 era o nosso diretor deprodução; na direção de estúdio e produção executivaestava Sérgio Mello, cujo pai, João Mello, fora produtordo disco de Luhli na Philips.Foi justamente nessa segunda (ou terceira) viagemjuntos que reencontramos a identidade da dupla,não resgatada por completo desde a saída do Zé(Rodrix). Viajar juntos sem destino exato ou horapara nada, era – e acredito que seja até hoje – a me-lhor maneira de nos manter unidos. É um prazercomum a nós dois e uma excelente ocasião de trocaridéias e fazer música.Nesse entretempo, em tardes de ócio e cerveja geladanum barzinho lá de Bom Jesus da Lapa, ouvimos umaconversa estranha em outra mesa sobre acontecimen-tos mais estranhos ainda, referentes à construção deuma represa rio abaixo. Fomos perguntar pro seuGuarabyra, pai, o que era aquilo. E acabamos desco-brindo que uma gigantesca inundação afundaria qua-tro importantes cidades do médio São Francisco: Re-manso, Casanova, Sento-Sé e Pilão Arcado seriamsubmersas pela barragem a ser construída no salto deSobradinho, formando um lago de mais de 4000 km² edeslocando de suas origens históricas mais de 60.000pessoas. À medida que nos aprofundávamos no assun-to, mais perplexos ficávamos: as indenizações pagas aopovo da região eram irrisórias diante do que elas iamperder, com o agravante de que elas eram arbitraria-mente alojadas em “agrovilas” nas periferias das cida-des rio acima, como a própria Bom Jesus da Lapa; oêxodo rural decorrente desse gigantesco movimentode gente já chegava em ondas às grandes capitais dosudeste, sem que quase ninguém soubesse que a origemdaquele verdadeiro degredo de um povo estava lá nabeira do grande rio. Só uma ditadura conseguiria forçaruma barra dessas, sem considerações ambientais ou“frescuras” do gênero, deixando para gerações futuraso mesmo sinistro “progresso” plantado na Amazônia,destruindo quase que por completo o modo de vida e opatrimônio cultural das populações ribeirinhas. Apartir daí – e para iludir a inflexível censura da época –partimos para a composição de Sobradinho, tentando

ver os acontecimentos do ponto de vista do ribeiri-nho. Embora carregando nas costas o ônus de uma letramelancólica que expunha a derrota de todo um povo –ou talvez até por isso – Sobradinho virou um clássico,com sua levada de xote-rock, marcando nossa despedi-da fonográfica dos amigos que partiram para a terceiraformação d’O Terço (Sérgio Magrão no baixo, LuísMoreno na bateria e Sergio Kaffa no piano) e contan-do com o luxuosíssimo auxílio de Maurício Einhornna gaita, Chico Batera na percussão e Chiquinho doAcordeon no próprio. Deixo pra vocês um importan-te link que pode completar a compreensão geral doproblema:www.observabarragem.ippur.ufrj.br/barra-gens/12/sobradinho.Mas o Pirão de Peixe não se deteve naquela viagemfluvial: já que por nossa própria natureza nos dividí-amos numa esquizofrenia sertão/cidade, era naturalque incorporássemos certo romantismo urbanodentro de um disco tão radicalmente Esse-Efe: as-sim chegaram Espanhola, a primeira e espetacular-mente bem sucedida parceria de Guarabyra e FlavioVenturini, Canção dos Piratas – um peterpânicoacalanto para nossos pequenos Gabriel e Miguel,maravilhosamente arranjada por Edu Souto Neto –e Coração de Maçã, herança do começo do trio, sóagora gravada. Juntou-se a isso tudo a apaixonanteMarimbondo de Marlui Miranda e Xico Chaves, nos-sa primeira incursão no terreno de intérpretes demúsica alheia. A capa de Lula Lindenberg retrataum almoço não no sertão, mas na sala da minhacasa, esquina de Farme de Amoedo com Alberto deCampos, Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil. A cachaçaJanuária que tenta sobressair-se na mesa é comple-tamente fake, rsrsrs... é cerveja!De resto, gravamos na ponte aérea, entre os estúdios daSigla, RJ, e da Vice Versa, nosso estúdio próprio, em SãoPaulo. Repetiríamos esse esquema no disco seguinte, oQuatro. Mas isso é assunto pra próxima crônica.Enquanto escrevo, recebo pelo Facebook, numa tris-te coincidência, a notícia do falecimento de JoãoAraújo, amigo leal e peça importantíssima no desen-rolar da nossa carreira. Detesto necrológios, masadoro lembrar da delícia que foi meu derradeiro en-contro com o João, décadas atrás, no aniversário doCazuza. João abriu a porta pra mim e ficou surpresode constatar que apesar de ser parte de outra geraçãomusical, eu era amigo do seu filho, de Frejat e primode Dé Palmeira, baixista da primeira formação doBarão Vermelho. Brincou:- Não sobe não! Fica aqui embaixo com tua turma!Eu subi. Mas se soubesse que esse seria nosso último en-contro, teria ficado ali embaixo mesmo. Salve, João.

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