Edição 819 - 02/09/2013

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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 Edição 819 Curitiba, 02 de setembro de 2013 Notícia Antiga Fim da Segunda Guerra No dia 2 de setembro de 1945 foi assinado uma ata de rendição incondicional que decretou o fim da Segunda Guerra. Após 17 anos, restrição de propaganda de cigar- ro traz resultado De acordo com pesquisas divulgadas recentemente, a restrição de propagan- das de cigarro em veícu- los de comunicação em massa se mostra eficaz, já que, com ausência de pu- blicidade, número de fu- mantes diminuiu. Dados apontam que um em cada três brasileiros deixaram de fumar após a Lei Anti- fumo nº 9.294 entrar em vigor, em 1996. Página 4 “A esperança ago- ra é - sem o voto secreto- uma nova eleição para deci- dir a permanên- cia do mandato do ex-deputado.” “O uso de armas químicas, infringe normas das Con- venções de Gene- bra e Bashar al- Assad deve ser punido caso isso seja comprovado”, Lis Claudia Fer- reira. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex -aluna Suelen Lo- rianny. Na coluna Press Start de hoje, Maximilian Rox analise os ele- mentos que tornam jogos competitivos, como Street Fighter, tão atraentes para o público gamer. Mesmo com a proxi- midade das eleições presidenciais no ano que vem, os possí- veis candidatos que concorrerão contra Dilma Rousseff ain- da não apresentam táticas bem defini- das. Editorial Conflitos Por onde anda? Games Política Augusto Tortato Fãs enchem livraria para ver Nicholas Sparks Autor americano veio a Curitiba lançar o livro “Uma Longa Jorna- da”. Fãs tiveram a oportunidade de receber autógrafos e tirar uma foto com o escritor. Com um bate-pa- po descontraído, Sparks se mos- trou bastante a vontade e simpá- tico na sua segunda visita ao país. Autor conta com uma bagagem de 19 livros lançados e mais de 100 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, somente o Brasil soma mais de três milhões. Entre outros recordes, Nicholas é um dos autores que mais tem livros trans- formados em filmes. Página 3 Marcello Casal Jr / ABr

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Opinião

Colunistas

Página 5

Edição 819 Curitiba, 02 de setembro de 2013

Notícia AntigaFim da Segunda Guerra

No dia 2 de setembro de 1945 foi assinado uma ata de rendição incondicional que

decretou o fim da Segunda Guerra.

Após 17 anos, restrição de propaganda de cigar-ro traz resultado

De acordo com pesquisas divulgadas recentemente, a restrição de propagan-das de cigarro em veícu-los de comunicação em massa se mostra eficaz, já que, com ausência de pu-blicidade, número de fu-mantes diminuiu. Dados apontam que um em cada três brasileiros deixaram de fumar após a Lei Anti-fumo nº 9.294 entrar em vigor, em 1996.

Página 4

“A esperança ago-ra é - sem o voto secreto- uma nova e le ição para deci-dir a permanên-cia do mandato do ex-deputado.”

“O uso de armas químicas , inf r inge normas das C on-venções de Gene-bra e Bashar a l-Assad deve ser punido caso isso se ja comprovado”, L is Claudia Fer-reira .

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluna Suelen Lo-rianny.

Na coluna Press Start de hoje, Maximilian Rox analise os ele-mentos que tornam jogos competitivos, como Street Fighter, tão atraentes para o público gamer.

Mesmo com a proxi-midade das eleições presidenciais no ano que vem, os possí-veis candidatos que concorrerão contra Dilma Rousseff ain-da não apresentam táticas bem defini-das.

Editorial Conflitos Por onde anda? Games Política

Augusto Tortato

Fãs enchem livraria para ver Nicholas SparksAutor americano veio a Curitiba lançar o livro “Uma Longa Jorna-da”. Fãs tiveram a oportunidade de receber autógrafos e tirar uma foto com o escritor. Com um bate-pa-po descontraído, Sparks se mos-trou bastante a vontade e simpá-tico na sua segunda visita ao país. Autor conta com uma bagagem de 19 livros lançados e mais de 100 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, somente o Brasil soma mais de três milhões. Entre outros recordes, Nicholas é um dos autores que mais tem livros trans-formados em filmes.

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ExpedienteReitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Gustavo Vaz

O mundo todo prende o folego (ao menos de-veria) para a decisão que pode abalar ainda mais o já incerto futu-ro do Oriente Médio. Após o suposto uso de armas químicas con-tra os rebeldes sírios (comprovado apenas pelos Estados Uni-dos), Barack Obama se pronunciou a favor de uma intervenção americana na situação da Síria. O presidente ameri-cano entretando, não parece estar disposto a

tomar para si (depois de criticar veemente-mente esse tipo de in-tervenção) o estigma de “Senhor da Guerra”, pertencente à George W. Bush, seu anteces-sor. Obama deixou a decisão nas mãos do Congresso americano, que está em recesso e volta a se reunir em 09 de setembro.Não devemos nos es-quecer que a ONU tem a função de in-vestigar os possíveis ataques e ainda não concluiu a investiga-

ção. O próprio Obama declarou que isso não será impedimento caso o congresso au-torize a iniciativa. A grande maioria dos cidadãos americanos (em concordância com a Rússia) é contra a intervenção e a Liga Árabe já anunciou apoio aos Estados Unidos, caso a decisão seja tomada.O uso de armas quími-cas, infringe normas das Convenções de Genebra e Bashar al-Assad deve ser punido

caso isso seja compro-vado. Porém, é pre-ciso avaliar as conse-quências de possíveis intervenções nesse momento, principal-mente se elas aconte-cerem sem o aval da ONU.Em caso de ataque ao regime sírio, grupos que até o momento não tiveram grande envolvimento no con-flito (Hezbolla, por ex-emplo) podem passar a participar mais ati-vamente da situação, o que daria mais força

ao regime de Bashar al-Assad, além de en-volver outros países no conflito (Líbano e Israel são fortes can-didatos).Dito isso, é preciso ai-nda um olhar ao pas-sado: as experiências com o Iraque e Afe-ganistão mostram que os E.U.A. nem sempre são os “mocinhos” que aparecem para de-fender a população de seus opressores. Mui-tos dos ataques ameri-canos mataram civis que nada tinham com

O p r i m e i r o p a s -s o q u e n o s f a z l e m b r a r q u e n o s s a r e p ú b l i -c a r e a l m e n t e é d e m o c r á t i c a j á f o i d a d o p e l o m i n i s t r o d o S T F L u í s R o -b e r t o B a r r o s o . S u s p e n d e r a s e s s ã o e o s e f e i -t o s q u e m a n -t e v e o m a n d a t o d e N a t a n D o -n a d o n ( e x - P M -D B - R O ) , m e s -m o s e m a p e r d a a u t o m á t i c a d o s e u m a n d a t o , j á r e p r e s e n t a u m g r a n d e a v a n ç o , e n o s d á u m a p e q u e n í s s i m a p a r c e l a d e f é n o

B r a s i l .P a r e c e q u e a s l a m ú r i a s d a s e -m a n a p a s s a d a e o e v a n g e l i s -m o n ã o a j u d o u D o n a d o n n e s -s a , e n q u a n t o t o d o s e s t a v a m c r e n t e s q u e e l e r e a l m e n t e f i -c a r i a c o m o m a n d a t o . A e s -p e r a n ç a a g o r a é - s e m o v o t o s e c r e t o - u m a n o v a e l e i ç ã o p a r a d e c i d i r a p e r m a n ê n -c i a d o m a n d a t o d o e x - d e p u t a -d o . Ta l v e z a s -s i m h a j a m a i s v o t o s a f a v o r : s e d e v e m a l g u -

m a c o i s a , q u e s e a c e r t e m d e -p o i s , a l g o q u e p r o v a v e l m e n t e s a b e r e m o s e m b r e v e . A e x t i n -ç ã o d o v o t o s e -c r e t o v a i d a r p a n o p r a m a n -g a .P a r a t u d o q u e é f e i t o d e n t r o d a s p o l í t i c a s b r a s i l e i r a s , é d e m o r a d o . E s -p e r a r é o q u e n o s r e s t a a g o -r a : e x t i n ç ã o d o v o t o s e c r e t o , n o v a e l e i ç ã o , c a s s a ç ã o . Um p r o c e s s o q u e d e m o r a , m a s q u e a r e c o m -p e n s a , n o f i n a l ,

v a l e a p e n a . Mu d a n ç a s q u e r e f l e t e m d i r e -t a m e n t e n a v i d a d o c i d a d ã o , q u e h á m e s e s t e m s i d o m a i s r i g -o r o s o s e t r a t a n -d o d e p o l í t i c a , e x e m p l o d i s -s o é o “m a i o r p r o t e s t o n a h i s t ó r i a d o B r a -s i l ” q u e o G r u -p o A n o n y m u s m a r c o u p a r a o d i a s e t e d e s e t e m b r o , c o n -t r a a “p r i s ã o d e m e n s a l e i r o s”. O V d e Vi n g a n ç a p r o m e t e s a i r a s r u a s e m u d a r o p a í s . P r o v a v e l -m e n t e D o n a d o n

e s t a r á p r e s e n t e e m a l g u m c a r -t a z e n a s r e i -v i n d i c a ç õ e s d o p o v o .C a s s a ç ã o d o m a n d a t o . P a r a u m p a r l a m e n -t a r q u e é c o n -d e n a d o , n a d a m a i s j u s t o d o q u e n ã o p o d e r m a i s e x e r c e r a f u n ç ã o . A l é m d e s e r l o g i c a -m e n t e i m p o s -s í v e l o d e p u t a -d o f a z e r o s e u t r a b a l h o d a c a -d e i a – m e s m o q u e i n ú m e r o s b a n d i d o s c o -m a n d a m o r g a -n i z a ç õ e s i n -t e i r a s d e d e n t r o

d a c e l a - , i s s o d e n i g r e a i m a -g e m d a p o l í t i -c a b r a s i l e i -r a e a u m e n t a o e s t e r e ó t i p o d e “p o l í t i c a c o r r u p t a d e m e m ó r i a f r a c a e b u r r a”. B u r r a o u n ã o , o p o v o t e m d e s e r r e s p e i t -a d o , t e m d i r e i -t o s – s a b e r e m q u e n ã o v o t a r, c a s o d a e x t i n -ç ã o d o v o t o s e -c r e t o - e m u d a r á o p a í s q u e j á s o f r e t r a n s f o r -m a ç õ e s , m a s v e l h o s h á b i t o s t e n d e m a p e r -s i s t i r. . .

Primeiro passo

Por Onde Anda? Suelen Lorianny

Antes de terminar o curso de jornalismo eu já estava trabalhan-do na Igreja Batista de Bom Retiro. Produzo um jornal comuni-tário desenvolvendo pautas com o bairro. Saí da graduação final do ano e continuei por aqui. Em março fiz um curso de comunicação popular e desenvolvi-mento comunitário na organização Jovens com uma Missão (JO-CUM). Foram três meses teóricos, mo-

rando em uma base missionária e dois meses práticos. Na segunda etapa pude desenvolver um doc-umentário no norte da Colômbia, so-bre o povo indígena chamado Wayuu. O mais interessante foi morar dois meses com eles. Experiência in-descritível. Me formei neste curso depois de cinco meses e voltei a trabalhar na igreja. Agora estou aqui, re-

sponsável por toda co-municação interna da instituição e também pela Folha do Bom Retiro. Estamos em um processo para de-senvolver outras ide-ias de trabalho com o bairro, oficinas de tex-to, educomunicação. Se tiver alguém por aí querendo trabalhar com essa área, fala comigo pois preciso de estagiários! Jornal-ismo comunitário é apaixonante! E o mo-

mento mais esperado do meu segundo se-mestre é o lançamento do livro-reportagem que produzi como TCC no ano passado, junto com minha co-lega Laura Beal Bor-din. O livro, que con-ta a história de seis mulheres que lutaram contra a ditadura mili-tar, vai se lançado no dia 3 de outubro às 19 horas, na Livraria Cul-tura. Estão todos con-vidados! É isso aí.

O Congresso americano com poder de vida e morteLis Claudia Ferreira

os regimes talibã ou de Sadan Housseim. Qual é o objetivo do ataque? Interromper a morte de inocentes ou mostrar “quem é que manda”?Resta esperar que o congresso americano esteja à altura de ta-manho poder e tenha o bom senso de ouvir as vozes que vem das ruas. Caso contrário, um novo “Senhor da Guerra” se levanta no Ocidente.

ExpedienteReitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

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“Nunca pensei que se tornaria este sucesso todo”. Há quem pen-se que esta frase não está ligada com ele, o autor americano de 47 anos, Nicholas Sparks. O escritor que possui uma bagagem de 19 livros lançados desde 1996 e com mais de 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, esteve em Curitiba, na última quinta-fei-ra (29), onde realizou uma sessão de autó-grafos para mais de 800 pessoas. Uma simpli-cidade e um sorriso no rosto que se via de longe. Era isso que Sparks passava para todos dentro daquela livraria, aonde ado-lescentes e adultos se espremiam entre estantes para ver o autor. Sacrifício este que o mesmo tirou dos presentes, assim, subindo na mesa para que todos ali pudes-sem vê-lo mais facil-mente. A sensação que se tinha quando o au-tor pisou no segundo andar do Shopping Palladium em Curiti-ba, foi que um astro pop da música estava ali. Gritos e mais gri-tos vinham de toda a parte de dentro da loja e até do lado de fora. E lágrimas de algumas fãs que não acreditavam que esta-vam vendo o ídolo de perto. Os gritos foram um con-vite para quem passeava no sho-pping ir ver o que estava acon-tecendo. “Pensei que tinha acon-tecido alguma coisa e vim ver o que era. Me surpreendi.” co-menta a vende-dora de 35 anos, Adriele Santos. Após descobrir que Nicholas era o autor de “Diário de uma Paixão”, livro que ganhou uma versão para o ci-nema em 2004,

ela conta feliz, “Assisti várias vezes este filme e sempre choro, não sabia que a história era dele”. Na bagagem de sucessos do escritor, nove de seus livros ganharam roteiro de cinema e se tornaram grandes sucessos de bilheteria. Durante o bate-papo, questiona-do sobre qual versão para a telona o autor mais tinha gostado ele brinca, “Gosto de todas. E vocês prova-velmente também”. Durante todo o bate-papo se via ali, uma pessoa conten-te e atenciosa. Sparks que respondia a to-das as perguntas com calma e pausas para que a tradutora pu-desse falar – esta que por sinal estava mui-to perdida – e entre respostas e perguntas, ele retribuiu beijos, acenos e até fez uma tentativa frustrada de um coração com as mãos. A pergunta que mais arrancou suspiros e até lágri-mas de alguns, foi fei-ta sobre a história que o autor mais se emo-cionou para escrever. Em meio a uma voz mais triste, Sparks disse: “A história que mais me emocionei para escrever, foi “Um Amor para Recor-dar”, pois é a história da minha irmã mais nova que tinha câncer e encontrou o amor

de sua vida”. Pode-se dizer que a própria vida de Nicholas faz parte de um de seus Best-sellers, “Querido John”, durante o bate-papo o autor revelou que chegou a mandar mais de 100 cartas para a sua namorada em apenas um mês, namorada esta, que hoje é sua esposa e a mãe de seus dois fi-lhos. A batalha para conseguir um autó-grafo e uma foto com o escritor começou no dia 08 de agosto, quando foram distri-buídas as 350 senhas. As gêmeas Mônique e Mônica Sperandio contam que até teve discussão. “Foi o es-

touro da boiada, sem brincadeira.”, conta Mônica. Mônique complementa dizen-do: “A Livraria nem tinha aberto ainda, e uma fila imensa já se formava. Quando abriu, todo mundo correu e gritou. Aca-bou em menos de 20 minutos.”. As irmãs de 19 anos que também são escritoras tiveram o privilégio de em 2010, conhecer o autor quando o mesmo es-teve em Curitiba pela primeira vez. Naque-la época o primeiro livro delas tinha sido aceito por uma edi-tora e desta vez elas o reencontraram e o presentearam então

com um exemplar de “Sete Vidas”. “Entre-gamos o livro e ele falou: “As gêmeas! Eu me lembro de vocês!”. Foi muito gratificante ver que ele se importa e se lembra dos fãs.”, contam. Questionadas ainda sobre o que mais chamou aten-ção naquele dia elas revelam. “A multidão. Nunca esperava ver tanta gente, nunca vi a livraria daquele jeito.”. E sobre o autor elas completam, “Acha-mos muito digno ele ter atendido todos os fãs, mesmo depois de ter machucado o bra-ço em São Paulo e de ter assinado 1.200 li-vros. É aí que vemos o

caráter do autor. Não importa que ele fature milhões por ano, no final do dia ele estará sorrindo e tratando os fãs com respeito.”. O evento se encerrou com muitos fãs felizes e se per-guntando quando ele voltaria. Para isso acontecer, falta ape-nas esperar um novo lançamento, que se depender do autor, ano que vêm já se tem um novo livro. Nicho-las Sparks que passou por São Paulo no dia (28), encerrou sua se-gunda visita ao Brasil no sábado (1º) na Bie-nal do Livro no Rio de Janeiro.

Augusto Tortato

Um Best-seller chamado Nicholas SparksAutor que esteve pela segunda vez no Brasil lançou o livro ‘Uma longa jornada’ e fez uma sessão de autógrafos em Curitiba. Filmes ‘Diário de uma paixão’ e ‘Querido John’ são baseados em obras deleAugusto Tortato

Durante todo o bate-papo Nicholas Sparks foi simpático e arrancava suspiros do público

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Restrição de propagandas de cigarro colabora para diminuição de fumantesPesquisas apontam que medida se mostrou efetiva e fez com que fumantes parassem de fumar

Depois de 17 anos de implantação, a Lei An-tifumo nº 9.294, que restringe propagandas de cigarro em veícu-los de comunicação de massa, colabora para que o número de fu-mantes diminua. De acordo com a pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde e o relatório da Or-ganização Mundial de Saúde números apon-tam a eficácia da me-dida. Segundo a pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a restrição da propaganda de cigarro na televisão e em out-ros meios de comu-nicação de massa fez com que um em cada três brasileiros de-ixassem de fumar. A pesquisa foi realizada entre 1989 e 2010 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e teve como base 1,8 mil pessoas das capitais Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O relatório Epidemia Global de Tabaco, re-alizado pela Orga-nização Mundial de Saúde (OMS), tam-bém aponta a ef icácia da restrição de pub-licidade. Segundo o relatório, o número de pessoas beneficia-das aumentou cerca de 400 milhões para 2,3 bilhões desde 2003, ou seja, uma em cada três pessoas está coberta por alguma medida que limite o uso do tabaco . Porém, a or-ganização pretende ir além e reduzir em 30% o uso de cigarros até 2025. Em comunicado à imprensa, a direto-ra-geral da OMS, Mar-garet Chan, declarou: “Se nós não acabar-mos com a publici-dade, a promoção e o patrocínio do tabaco, adolescentes e jovens adultos continuarão sendo atraídos para o seu consumo por uma indústria cada vez mais agressiva”. Ela completou: “Todo país tem a responsabi-lidade de proteger sua população de doenças relacionadas ao taba-co, invalidez e morte”.

De acordo com as in-formações da Orga-nização das Nações Unidas (ONU), o tab-aco é mundialmente o principal causador de mortes que poderiam ser evitadas, matando 6 milhões de pessoas por ano. Estima-se que esse número aumente para 8 milhões por

Jucélia do Rocio Chiquim

ano até 2030. Dados do Instituto Nacio-nal do Câncer (Inca) apontam que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão es-tão relacionados ao tabagismo. Além do câncer de pulmão, o tabagismo é o causa-dor da doença em outros órgãos, como esôfago, estômago e boca. Doenças cardio-vasculares, como in-farto de miocárdio e Acidente Vascular Ce-rebral (AVC), também podem ser causadas pelo tabaco.

Dia Nacional de Com-bate ao FumoVisando à conscien-tização de fumantes sobre os riscos do cigarro, o Dia Nacio-nal de Combate ao Fumo foi criado após a “Greve do Fumo”, que aconteceu em 29 de agosto de 1980, em Curitiba. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, o movi-mento reuniu mais de 4 mil pessoas na Rua XV de Novembro em um ato coletivo con-tra o tabaco, que foi

liderado pelo médico otorrinolaringologista Jayme Zlotnik. Após esse ato, uma Lei fed-eral tornou o dia 29 de agosto como o Dia Na-cional de Combate ao Fumo. A aprovação e a

sanção ocorreram seis anos depois. Sobre o episódio, Zlotnik, em declara-ção à imprensa, conta: ““Era época da dita-dura militar e o fato

virou notícia porque reuniu muita gente, em um local público, numa greve. Chamou a atenção da imprensa nacional e a ideia re-percutiu em todo o país”.

Na última quinta-fei-ra (29), Dia Nacional do Combate ao Fumo, profissionais de saúde de Curitiba realizaram a conscientização dos riscos do tabaco na

Boca Maldita, no cen-tro.

Curitiba: segunda capital com maior número de fumantesO resultado da pes-quisa Vigitel 2011

(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crôni-cas por Inquérito Telefônico) aponta que 20,2% dos adultos que vivem em Curitiba

são fumantes, f icando atrás apenas de Porto Alegre (RS), que conta com 22,6% de fuman-tes de toda a popula-ção. De acordo com a Pes-quisa Nacional de

Saúde Escolar 2012 (PeNSE), Curitiba também ficou em segundo lugar no quesito experimenta-ção entre estudantes de 13 a 15 anos, com

31,7%. Em primeiro lugar f icou Campo Grande (MS), com 37,1 %. Em comunica-do à Secretaria Municipal de Saúde de Curi-tiba, a Vigitel aponta que as duas pesquisas se relacionam e que o núme-ro de adul-tos fumantes está ligado ao número de ex-p e r i m e nt a ç ã o de adolescen-tes: “Há uma relação muito próxima entre o consumo na adolescência e na vida adul-ta. Quanto antes a pes-soa começar a fumar, mais d i f i c u l d a d e s terá para lar-gar o vício. Tanto que 74% dos adultos fumantes já tinham ten-tado parar de fumar”.

Geral

Número de fumantes cai com a restrição de propagandas de cigarro

Marcello Casal Jr / A

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5Colunistas

Press Start

Geração fliperama

Maximilian Rox

Há grandiosas men-tes por detrás dos games. Não citar a genial mente Ken Le-vine seria um pecado – designer do com-plexo e político mun-do de Bioshock. En-contramos também Neil Druckmann, diretor criativo de The Last of Us; Hi-ronobu Sakaguchi, designer de Chro-no Trigger. Além da produção criativa, Nobuo Uematsu, na produção sonora pela Square, e ainda Akira Yamaoka, diretamen-te das melhores séries de terror: Silent Hill. Mas, em uma catego-ria específica de ga-mes, são necessários mais que jogabilida-de, gráficos e trilha sonora para torna-lo um sucesso. Falo de games competitivos.

Diretamente dos tempos áureos dos fliperamas, Street Fi-ghter é a franquia de luta mais conhecida de todas as gerações que tiveram algum contato com videoga-mes. Ganhando fama pelo segundo jogo, Street Fighter II, ha-via algo mais do que o simples embate en-tre dois personagens sendo desenvolvido nas escuras e baru-lhentas casas de fli-peramas: era a época em que nasciam os conceitos fundamen-tais para qualquer game de luta. Uma geração que nasceu defendendo cada fi-cha que depositava na máquina. Uma gera-ção que desenvolvia uma personalidade competitiva toda vez que se reunia depois

da escola.Foi dentro dessas ca-sas de fliperamas que o confronto entre di-versão e competição passou a ser criado entre os grupos de jogadores. Aqueles que estudavam cada detalhe do jogo e dos seus adversários logo passaram a dominar as máquinas, e poste-riormente poderiam também dominar os torneios. Ampliava-se a teoria competi-tiva dentro das claus-trofóbicas casas de fliperamas, e logo as empresas que faziam os games teriam que atender essas exigên-cias dos jogadores.Representante dessa geração, Seth Killian é um dos teóricos mais importantes dentro da categoria compe-titiva de games. Atu-

ando como diretor de comunidade para a Capcom, ele ajudou no desenvolvimento da série Street Figh-ter IV, sendo também autor de vários arti-gos de profunda aná-lise dos games como meio de competi-ção, a começar pelo conceito “jogar para vencer” – que criti-ca toda a ideologia por trás da famosa “apelação”. Uma das grandes mentes que ampliaram o mundo dos games, desenvol-vendo conceitos que vão além dos gráficos e dos efeitos sonoros.Os torneios e games competitivos cres-ceram, e hoje te-mos Mortal Kombat, Tekken, Marvel vs. Capcom, The King of Fighters, entre ou-tros. Com isso, o ní-

vel de competição en-tre os jogadores cada vez mais atinge níveis mais altos, trazendo emoção para os que assistem quanto para os competidores. Afi-nal, quem não gosta de ver uma disputa-da partida? Os games oferecem uma emo-ção como poucos es-portes conseguem.Sempre me ocorre todas essa reflexão sobre games compe-titivos e casas de fli-peramas quando al-gum torneio grande se aproxima. Não me considero represen-tante daquela geração – afinal, os flipera-mas hoje já não dis-ponibilizam 10% da estrutura de 20 anos atrás – mas sempre tive interesse pelos games de luta e o me-tagame desenvolvido

pelas competições. A ser realizado no final de semana que vem, o Treta Aftermath reúne competidores de todo o país – e alguns de fora tam-bém – para batalhas virtuais intensas. E o palco é aqui mesmo, Curitiba, onde esta-rão os representantes dessa geração flipe-rama, alguns já com seus 30 anos – mas todos continuando o legado “jogar para vencer”. Uma arena em que a vitória e a derrota podem ser definidas em poucos segundos.

PoliticalizandoCampos, Aécio e Marina. Como esta a oposição a um ano das eleições

Jorge Washington

O PSDB esta ra-chado. O partido Rede não conse-gue as assinaturas necessárias. O PSB não se decide em largar a base alia-da ou não. O que essas informações têm em comum? O fato de serem os partidos dos três grandes nomes de oposição que irão disputar a eleição presidencial no ano que vem. Cada um de-les enfrenta mui-tos problemas em seus próprios partidos (mes-mo em um parti-do que nem existe

ainda). Aécio por exemplo enfrenta a sombra de José Serra (mesmo que essa sombra este-ja cada vez mais apagada) além da própria dif icul-dade de emplacar seu nome em áreas como Norte e Nor-deste. Nem mes-mo no Sul do país ele é bem aceito. Problemas para os tucanos? Pode ter certeza que sim. Marina Silva não conseguiu criar seu partido com as assinaturas parla-mentares. Agora ela irá ao TSE ten-tando uma última

chance de empla-car o Rede. Se con-seguir, Marina tem um forte apoio dos jovens segundos às últimas pesqui-sas eleitorais. Isso pode fazer a dife-rença? Provavel-mente não, já que ela tem um fraco percentual de vo-tos na região Sul e em grandes co-légios eleitorais como Minas Ge-rais e São Paulo. Já para o go-vernador de Per-nambuco, Eduardo Campos a sua mis-são é mostrar que d e f i n i t i v a m e n t e ele (e seu partido)

está desvincula-do da base alia-da. Isso será fácil? D e f i n i t i v a m e n t e não. Campos só cresceu na política nordestina graças a Lula. O gover-nador de Pernam-buco foi lançado em comícios do ex presidente, ou seja, como ele apa-gará seu passado, se será ele quem ele irá combater. Missão complica-da, o que pode fa-zer a liderança nas pesquisas no Nor-deste ruir, o que acabaria com o so-nho de presidência para Campos tam-

bém. Tudo isso sig-nif ica que Dil-ma Roussef pode comemorar sua reeleição de for-ma antecipada? De maneira algu-ma. Isso porque os três candidatos ainda não se uni-ram para comba-ter a presidenta. Os três juntos po-dem resultar em grandes estragos a Dilma, e ela têm conhecimento dis-so. Eduardo Cam-pos e Aécio Neves se encontraram nessa última se-mana para come-çar a planejar tais

ataques. Se Dilma perder votos para Aécio no Sul e Su-deste e para Cam-pos no Nordeste, o panorama do jogo pode mudar. Isso sem contar Mari-na Silva, que ainda não mostrou todas suas armas porque ainda esta sem um partido. Tudo isso se resolverá daqui a um ano. Muita de-núncia, quero di-zer água passarão por debaixo dessa ponte.

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NOTÍCIANTIGAA Segunda Gue-ra foi mais in-tensa do que a primeira. As ba-talhas entre o Ja-pão e o Estados Unidos mar-caram um dos períodos mais de vastadores da humanida-de. Em 1945 as cidades japone-sas de Hiroshi-ma e Nagasaki foram bombar-

deadas por ar-mas nucleares. Em setembro do mesmo ano, o Japão se rendeu, colimando no final da guerra. No lado Orien-tal os alemães foram cercados por tropas sovi-éticas, onde a ci-dade de Berlim foi tomada pe-los russos. Logo após o inciden-

te, Hitler come-teu suicídio. Em maio de 1945, o governo alemão se rendeu, e a guerra na Euro-pa acabou. No Brasil esse perí-odo foi marca-do pela criação da FEB, a Força Expedicionária Brasileira.

O que fazer em Curitiba?

Exposição “Consiente do Inconsciente” no MA-SAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Fran-cisco de Assis – O Homem Atemporal, com escul-turas da artista plástica Nilva Rossi.

Museu de Arte Contemporânea

Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contem-porânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e ax-posição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kamin-ishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337.

Teatro Novelas Curitibanas

De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Nove-las Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psico-délico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.