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Testemunhas do ApocalipseParte II

Márcio Santos2004

(Ficção Baseada no Apocalipse)Ilustrações: Daniela Santana

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem a permissão por escrito por parte do autor. Catalogado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob número 321839/2004.

CDD 808.3 CDD236SOUZA, Márcio Santos deAs Testemunhas do Apocalipse, 1a. EdiçãoRio de Janeiro, 200450 p1. Ficção Religiosa2. Literatura Juvenil I.Título

Pedidos:EMAIL: vendas@pedradeajuda.comSITE: http://www.pedradeajuda.com

Uma Breve PalavraEste é meu primeiro livro de ficção

evangélica. Ficção porque são fatos irreais. Entretanto, o leitor irá perceber que tais fatos são baseados no Apocalipse. Por isso, é importante ressaltar que pus neste livro a minha visão do que poderia acontecer na Grande Tribulação e não do que realmente vai acontecer, apesar de tais acontecimentos escritos aqui estarem bem próximos do que a Bíblia relata. Mas, o mais importante é que tenho certeza que a estória contada falará ao coração de cada um, alertando para os acontecimentos profetizados na Bíblia Sagrada. Por isso, devemos a cada dia estar vigiando! 1

“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as

suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus 25:1-13)

Capítulo 1

O Reencontro (Recapitulando)

Quando Bruno estava indo para Além Paraíba, ele pensou em Ester, começou a chorar e seus olhos se encheram de lágrimas. Naquele instante viu uma pessoa andando a pé e pensou: “Dou ou não dou carona a esse matuto?” Estava muito escuro; era Lua Nova. Pensou e pensou e decidiu conceder a carona. Mas, quando ele foi parando o carro, aquele matuto correu para o mato. Bruno parou, ficou sem entender e decidiu prosseguir viagem. Quando ele ligou o carro e ia acelerar ele escuta um grito vindo do mato e pensou: “Ora, esse grito parece o de Ester quando está assustada com algum bicho!” Na mesma hora ele saiu do carro e correu e deparou com o matuto parado e uma cobra perto dele. Então ele ficou sem entender e disse: “Moço, vem para cá bem devagarzinho que a cobra não vai te morder.

Então aquele matuto se vira bem lentamente e um olha para o outro e, como um milagre, não era um matuto qualquer, era Ester disfarçada de matuto. Os dois correram um para o braço do outro, choraram e choraram, se beijaram. Um esfregou as mãos no rosto do outro e ambos soluçavam de alegria. Parecia um sonho! Bruno leva Ester para o carro e os dois falam sobre o que cada um passou. Após longas horas de conversas e beijos, dormiram ali naquela noite e os dois se amaram. Por volta da manhã, quando o galo cantou, Bruno e Ester acordaram, sorrindo um para o outro como dois apaixonados. Finalmente estavam juntos novamente e parecia que nada podia lhes separar. Os dois fizeram uma oração a Deus agradecendo pela grande vitória.

De repente, apareceu um clarão no céu e logo depois um grande barulho e um grande terremoto. O céu ficou escuro, não se via mais o sol. Havia muita fumaça ali. Então Ester lembrou: “Será o absinto que está no livro de Apocalipse?” O temor tomou conta dos seus corações e ambos se abraçaram. Eles sabiam que a partir dali muita coisa ruim ia acontecer.

Tomaram rumo para o Rio e Ester lhe falou: “Vamos para Sepetiba. Lá eu encontrei uma jovem muito legal. Ela é muito prestativa.”

Bruno arregalou os olhos e disse: “Não, lá é muito perigoso. No caminho eu conto o que aconteceu. Aquela mulher não é flor que se cheire! Vamos para minha casa. Talvez encontremos alguém lá. Ah, quando chegarmos lá é momento de decidirmos algo!”

“ O quê?” - perguntou Ester.“A coisa certa...”

...CONTINUAÇÃO

Capítulo 2

A Grande Catástrofe

Bruno e Ester seguiram rumo ao Rio. Alguma coisa estava estranha: o céu estava escuro, enfumaçado, a estrada estava rachada e em certos lugares nem estrada mais havia. A viagem foi demorada a tal ponto que percorreram os 100km até Teresópolis em 6 horas. Mas, quando chegaram em Teresópolis viram um aglomerado de pessoas olhando no Mirante do Soberbo para o Rio de Janeiro. Todos estavam atônitos e mulheres choravam. Decidiram parar e ver o que estava acontecendo. Realmente, parecia coisa de filme de ficção. Havia muito fogo. A Cidade Maravilhosa estava em chamas. Muitos até pensaram que se tratava de um pesadelo, mas não, a fumaça subia e o sol já não dava mais a sua luz. Que dia tenebroso! Uma senhora mineira estava segurando seu crucifixo e chorava sem entender. “Eu estava indo para ver o Cristo Redentor pela primeira vez em minha vida e agora?” - indagou

ela soluçando.

I) O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, que foram lançados na terra; e foi queimada a terça parte da terra, a terça parte das árvores, e toda a erva verde.

Um jovem rapaz, ao ouvir aquilo, se espantou e disse: “Eu escutei na rádio que um meteoro atingiu a cidade. O interessante é que a primeira coisa que ele atingiu foi o Cristo Redentor. Acabou com o cartão postal da cidade! E o pior: Ele caiu no pão de açúcar, abalou a Baía de Guanabara, fez com que o mar engolisse o Aeroporto Santos Dumont e entrasse por toda a costa do Rio e Niterói. O Mar tomou o centro da cidade! Milhões de Pessoas pereceram! As pessoas estavam com seus olhos arregalados, sem entender o que estava acontecendo. Quando as águas retornaram, o mar tomou conta do Aterro do Flamengo. Foi algo terrível!”Naquele instante todos ficaram mudos, chorando. Tinha um senhor que estava gritando desesperado dizendo: “Ai, meu Deus! Toda minha família está lá! O que será de mim agora?” O desespero começou a invadir os

corações e o lamento das pessoas dava para se ouvir de longe. O barulho era assustador. Ficar calado era pior do que chorar devido aos gritos tenebrosos.Depois de cinco horas o silêncio ficou mais tenebroso do que os gritos de lamento. Então Bruno e Ester se olharam um para o outro, se afastaram um pouco e começaram a orar. “Acho que não temos mais lugar para ir!” - indagou Bruno. Ficaram calados uns 10 minutos, pensando. As lágrimas de Ester começaram a cair. Bruno ficou comovido e a consolou. Abraçou Ester e fê-la reclinar sua cabeça sobre seus ombros, e disse: “Não chore! Deus tem um plano para nós, eu creio nisso!” Ester levantou sua cabeça e indagou: “Plano? Que plano? Só se for o de nós morrermos!” Bruno se indignou e disse: “Que isso Ester? Você está maluca? Deus é um Deus de vida e não de morte. As coisas que estão acontecendo é porque o fim está próximo e tenho certeza que o Senhor está trazendo sua Ira sobre a Terra sim, mas esperando que muitos acordem e se arrependam. Por que nós, ao invés de ficarmos murmurando não vamos pregar o Evangelho? Afinal, ainda estamos vivos.” Ester, então concordou. “Vamos sair daqui! Já que não tem como nós irmos para o Rio agora, por que a

gente não vai para Sumidouro?” Bruno indagou: “Mas vamos voltar 67 km? Por que a gente não prossegue viagem até onde der? Qualquer coisa nós voltamos! ” Ester concordou e assim prosseguiram viagem.A estrada estava muito esburacada devido ao terremoto. Quando chegaram na entrada de Guapimirim o engarrafamento era assustador. Os carros estavam desligados porque ninguém mais conseguia andar. Não havia nenhum rosto alegre. As pessoas estavam atônitas, caladas. Que dia terrível era aquele! -300Bruno, então, teve uma idéia: “Vamos trocar nosso carro por uma moto!” Ester respondeu: “Moto? Onde vamos conseguir uma?” Bruno responde: “Tenho um amigo na Estrada da Caneca Fina que possui uma. Se formos por dentro de Guapí creio que dá para chegar lá. Daí nós prosseguimos passando em Parada Modelo.” Seguiram, então, por dentro de Guapimirim e chegaram na estrada da Caneca Fina.Chegando lá, Arturo, que era argentino e, por incrível que pareça, era brasileiro de coração a ponto de até torcer pelo Brasil em copa do mundo, estava sentado na varanda de seu sítio, calado, sem palavras. Arturo tinha cabelo preto, era baixo e barrigudinho. Parecia um pouco com

o Maradona. Quando ele viu Bruno, ele começou a mexer a boca, como se estivesse falando, mas sem voz. As lágrimas caíram de seu rosto, se aproximou e abraçou Bruno. -300Após cinco minutos abraçado, Bruno indaga a Arturo: “O que está acontecendo, amigo? Por que você está chorando?” Arturo respira e declara: “Choro porque minha filha foi para a faculdade e até agora ela não retornou as ligações. Tenho medo de que ela não tenha sobrevido. Ouvi dizer que a UNIRIO foi totalmente destruída.” Bruno então tentou lhe confortar: “Calma, pode ser que ela tenha sobrevivido sim. Quem sabe ela não tenha chegado lá, ou estivesse em outro lugar, longe dali?” Arturo se recompôs numa esperança quase infundada mas pela primeira vez conseguiu levantar a cabeça. Bruno, então, aproveitou e lhe pediu: “Amigo, eu vim aqui para oferecer uma troca: este carro por sua moto. E, prometo que quando chegar ao Rio eu vou procurar sua filha.” Arturo concordou e fê-lo prometer que lhe daria notícias.

Capítulo 3

As Primeiras Conversões

Quando chegaram em Piabetá, 1 km antes do pedágio, o trânsito ainda estava totalmente parado. Ninguém mais andava. A Patrulha Rodoviária informava que todos teriam que ter calma, pois o acesso ao Rio, por determinação do governo, estava fechado devido a grande calamidade. Somente bombeiros e médicos possuiam autorização para ir lá. Segundo eles, a Avenida Brasil estava cheia de corpos e cheirava mal. A contagem de corpos já ultrapassava a casa dos dois milhões em toda a cidade maravilhosa. As regiões litorâneas foram as mais afetadas. A Marina da Glória estava totalmente destruída. Os destroços dos barcos se misturavam com os corpos que boiavam sobre as águas. As rádios não tocavam mais suas músicas: até as Fms viraram ponto de notícia. O cáos predominava por toda a cidade: além das

catástrofes tinham os mortos e feridos que não conseguiam nem parar de contar. A cada hora os noticiários apresentavam o número de mortos que crescia assustadoramente de 10 em 10 mil. No mínimo teriam que esperar uns três dias para a situação melhorar um pouco. E, o pior de tudo, é que aquele meteoro que havia caído no Rio era apenas um pedaço de um outro que caiu na Amazônia. Na verdade, choveu pedra de fogo do céu. A Amazônia estava em chamas, não havia bombeiro que desse geito. O próprio Governo não sabia mais como poderia controlar aquela situação e, o pior de tudo é o que estava para acontecer. A NWO informou que a poluição no Mundo ia aumentar, o clima ia mudar, geleiras iam derreter, o mar ia subir alguns níveis em todo o mundo, pois os meteoros que caíram deslocaram o eixo da Terra em alguns centímetros. Todos estavam perplexos com o bramido do mar e das ondas, mas Ester falou para Bruno: “Não tema, pois acabo de lembrar do Salmo 46: Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.”

“E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas;”(Lucas 21:25)

Naquele instante, Ester começou a gritar e a falar: “Esses são os sinais dos tempos! O Anjo tocou a sua 1ª Trombeta! Todos devem se arrepender e aceitar a Jesus como Salvador. Não aceitem a identificação, pois isso é um laço do diabo para prender vocês...” E ela não parava de explicar os acontecimentos e mostrava a Jesus para todos. Daqueles que ouviram a Palavra, muitos estavam saindo de suas cidades para ir se cadastrar no Rio, mas, ao ouvirem aquela pregação, muitos creram e muitos levantaram suas mãos aceitando a Jesus como Salvador. Assim, ela convidou a todos que aceitaram a Jesus como Salvador em seguí-los para Piabetá, pois iam acampar por ali, enquanto o trânsito não normalizasse. E assim foram. No acampamento, Bruno aproveitou o momento para ensinar o Evangelho para aqueles que aceitaram. Bruno não parava de ensinar e todos pareciam muito interessados em aprender. Parecia até a primeira comunidade cristã. Um ajudava o outro e não tinham problema em

ajudar ninguém. Aprenderam a louvar a Deus, recitar versículos importantes etc. Os versículos mais gravados por eles foram o de Jo 3:16 e Lucas 17:32,33. Era necessário prepará-los para o futuro!

Naquela noite, Bruno estava cansado mas com o coração alegre e tranqüilo. Então, Bruno lembrou a Ester: “Você se lembra dos retiros passados como eram gostosos? De manhã aprendíamos a Palavra e depois do almoço nos reuníamos para buscar Poder. À Noite nem se fala! Que saudade que tenho daqueles dias!” Então Ester suspirou e disse: “É verdade! Ah se existisse uma máquina do tempo! Eu voltaria ao passado e resistido à tentação!” Bruno continua: “Eu também. Mas, já que estamos aqui, vamos fazer a coisa certa! Vamos pregar a Palavra enquanto podemos, pois quando era dia nós vacilamos, agora que a noite que Jesus havia falado chegou, vamos prosseguir sem medo, pois se morrermos por amor a Cristo, seremos grandes vencedores!”

Capítulo 4

A Perseguição

No outro dia, quando eles acordaram, Bruno explicou a todos que era importante continuar os estudos, para que eles ficassem fortalecidos. Todos permaneceram unidos o tempo todo. No terceiro dia, por volta das 15:00h, Bruno estava louvando a Deus com o grupo quando a patrulha do DIBOM (Delegacia Internacional Brasileira da Organização Mundial) chegou. “Todos estão presos em nome do Governo Mundial.” - deram a voz de prisão. Com isso, a multidão se dispersou e houve grande correria. Conseguiram prender cinquenta famílias no local, mas Bruno e Ester conseguiram furgir de moto.Após horas de interrogatório, alguns foram soltos e outros continuaram presos. Mas parecia que o rosto dos que estavam presos eram mais formosos do que o dos que foram soltos. Na verdade, os que permaneceram presos não negaram ao Senhor Jesus, mas permaneceram

fiéis e, os demais, receberam a identificação.Bruno e Ester prosseguiram na estrada para Nova Campinas mas, de repente, havia sobre eles um helicóptero do DIBOM e a perseguição começou. Desesperados, ambos largaram a moto e correram para dentro do mato. Correram durante dois quilômetros e então pararam para descansar. A noite chegou e o barulho dos bichos da floresta eram assustadores. Os dois ficaram agarrados, com medo, quando de repente Ester se sente enjoada e vomita no chão. “Você está nervosa?” - perguntou Bruno. Ester começa a chorar e diz: “Minha regra está atrasada. Acho que estou grávida. E, agora, o que será de nós?” Bruno não sabia se ficava alegre ou se ficava preocupado e então emudeceu.Quando clareou, os dois combinaram: “Vamos dar um jeito nisso. Vamos orar ao Senhor: Oh Pai, erramos mas queremos acertar agora. Nos perdoe, pelo sangue do Cordeiro nós te pedimos. Salva-nos e te serviremos.” Antes de terminar a oração, um homem se aproximou e disse: “Bruno, Ester, não temam, pois vim da parte do Senhor. Aqueles que querem as vossas vidas já foram embora. Importa que vocês vão para Nova Iorque, onde lhes aguarda a prisão, mas não temam, pois o Senhor tem separado

vocês para que preguem àqueles que estão presos e fortaleçam aqueles que estão enfraquecidos. Não temam, pois o Senhor é convosco.”Pegaram novamente a moto e foram para Nova Campinas. Bruno lembrou-se de um orfanato que ajudava antigamente e foi até lá. Chegando no orfanato, para surpresa de Bruno, encontrou um jovem e lhe perguntou: “Jovem, onde estão os dirigentes?” Aquele jovem, negro, magro, de olhar sereno, olhou para eles, começou a lacrimejar e lhes disse: “Vocês não lembram de mim?” Bruno puxou pela memória, pensou... coçou a cabeça e disse: “Você não me é estranho, mas me desculpe, me ajude a lembrar.” Então aquele jovem lhe falou: “Sou eu, o Dudu. Vocês vinham aqui antigamente trazer brinquedos para as crianças. Eu sou uma delas e lembro de vocês.”Bruno, meio desconjuntado, lhe falou: “Dudu, como vai você! Há muito tempo que meus pais me traziam aqui naqueles eventos. É verdade. Fico feliz em ver você. Mas, o que aconteceu com você? Você não estava firme com o Senhor?”Dudu lhe respondeu: “Na verdade, eu nunca tinha acreditado no que se falava na igreja. Eu tinha desprezo das coisas de Deus pois nunca

entendi o porquê de Deus nunca ter me arrumado uma família para me adotar. Mas agora, eu vejo o quanto eu fui tolo. Me arrependo todos os dias e é por isso que estou aqui. Quando a irmã Dulce sumiu, eu fiz questão de vir aqui ajudar e, no final, hoje eu que dirijo aqui e prego para as crianças acerca do evangelho.” “E você não tem medo de te prenderem?”, perguntou Ester.Dudu respodeu: “Não me importo. Por enquanto eu vou levando. Mais cedo ou mais tarde eles vão vir aqui nesse fim de mundo, mas minhas crianças estão preparadas.”Ester então lhe pediu: “Estamos famintos e sujos. Precisamos de roupas novas e de um bom banho.” Dudu então consentiu que eles entrassem e lhes deu roupas para se trocarem.No dia seguinte, se reuniram na sala do orfanato e fizeram um culto. As crianças cantavam como anjos e aquela melodia penetrava em seus corações: “...segura nas mãos de Deus, segura nas mãos de Deus, pois ela, ela te sustentará. Não temas segue adiante, e não olhes para trás, mas segura, nas mãos de Deus e vá...”Ao término do culto, Bruno agradeceu: “Dudu, fico feliz pelo seu trabalho. Esse culto me inspirou muito. Vou prosseguir para o alvo.

Temos uma missão a cumprir.” Ester concordou, se dispediram e prosseguiram para a Rodovia Washington Luís.Durante o percurso, ao chegar na Avenida Brasil, Bruno e Ester se espantaram em ver multidões de corpos sendo recolhidos em caminhões. Parece que estavam levando os corpos para serem cremados em conjunto, pois não havia mais espaço nos cemitérios e o cheiro da cidade estava insuportável. Era triste ver aquela situação. Ester então exclamou para Bruno: “Tomara que ele nos matem logo! Não sei se vou agüentar mais viver nesse mundo de horror!” Então Bruno concordou.

Capítulo 5

De cara com a realidade

Quando chegaram no Cajú, a Avenida Brasil ainda estava fechada. Não passava mais nenhum carro, nem moto, pois os cadáveres estavam ainda amontoados no chão. Deixaram a moto para trás e seguiram a pé. Não tinha como não pisar em mortos. A cena era terrível e o cheiro era insuportável. “Vamos sair daqui, Bruno. Meu estômago está afrontado.” - Reclamou Ester.Voltaram, pegaram a moto novamente e tomaram rumo em direção a São Cristóvão, pois lá a situação parecia mais normalizada. Chegando na altura da Quinta da Boa Vista, a gasolina acabou. Atravessaram a Quinta e chegaram à estação de São Cristóvão. “Como vamos pagar? Não temos o chip.” - indagou Ester. “É verdade. Vamos ter que ir a pé. Devagar se chega ao longe!” - repondeu Bruno. Como a noite tinha chegado, decidiram voltar para a Quinta a fim de conseguiram um lugar

para dormir.Mais tarde, os guardas iniciaram a ronda para espantarem os mendigos quando Bruno e Ester se esconderam numa gruta. E escutaram um grito: “Saiam daqui. Esse é o meu território e não divido com mais ninguém.” Era um mendigo que estava escondido dos guardas. Bruno então lhe pediu: “Por favor, deixe-nos somente por hoje. Tenho aqui um pedaço de pão para dividirmos.” Quando o perigo passou, saíram da gruta e jantaram aquele pedaço de pão.Bruno então convidou Ester: “Eu sei de um lugar onde podemos passar a noite. Vamos.” Quando chegaram no Templo de Apolo, surpreendentemente eles encontraram o chão repleto de pessoas deitadas e não tinha mais lugar para dormir. Decidiram então deitar ao relento.A noite estava fria, o inverno já estava chegando, a lua estava cheia, o céu estava estrelado. Acharam um jornal na lixeira e se cobriram, dormindo agarrados. Um olhou para o outro e Bruno exclamou para Ester: “Eu te amo e sempre te amarei. Eu vou fazer de tudo para proteger nosso filho que vai nascer.” Ester, então, beijou Bruno e os dois se amaram no meio do jardim. O amor dos dois era puro. Os dois se beijam por três minutos, quase lhes

faltando o fôlego. Bruno suspira de amor e Ester olha dentro dos olhos de Bruno, com olhar de peixe morto e lhe abre um sorriso. “Eu te amo!” , gritam os dois simultaneamente numa grande explosão de amor. Quando amanheceu, logo pela manhã, se esconderam no meio de um matagal perto do museu. Quando os portões se abriram, começaram a aparecer as pessoas e assim se misturaram entre elas. “É domingo. O dia do Senhor!” - exclamou Ester. Bruno deixa cair algumas lágrimas do rosto e observa: “Sinto saudades daqueles dias que íamos à igreja. Ah, Senhor, até quando sofreremos tudo isso?”“Vamos embora, estamos a pé e vai demorar para chegarmos na Urca. Eu prometi para o Arturo que ia procurar sua filha.” - observou Bruno.Caminharam pela Francisco Eugênio até a Francisco Bicalho, prosseguiram pela Presidente Vargas até chagarem na Rio Branco. Foram duas horas de caminhada até sentirem fome. Decidiram então ir para a Uruguaiana, o reduto das falsificações e mercado paralelo. Chegando lá, encontraram uma senhora que estava vendendo quentinha em troca de objetos. Bruno então lhe ofereceu seu relógio e

conseguiu duas quentinhas para os dois. Era mocotó com arroz. Os dois comeram até limparem o fundo da quentinha. “Ah, que delícia, era tudo que precisávamos!” - exclamou Bruno.Prosseguiram e foram pela orla e se depararam com uma cena muito estranha. “Onde está o aterro do flamengo?” - perguntou Bruno a um jornaleiro, o que lhe respondeu: “Foi engolido pelo mar depois que o meteoro caiu.” De fato, o Rio de Janeiro estava estranhavelmente diferente. Quando chegaram na Urca, se depararam com a situação. Onde estavam os bondes? Onde estava o Pão de Açúcar? Onde estava a UFRJ? E a UNIRIO? Onde estão os turistas? Ainda havia fumaça, ainda havia o cheiro dos mortos, não havia mais o Iate Clube, não havia mais carros luxuosos andando pela Avenida Pasteur, não havia mais nada, nem a esperança de achar Isabella, a filha de Arturo. Sentaram-se no chão, desconsolados, atônitos. Os olhos não piscavam, o coração desfalecia. “E agora? O que vou falar para Arturo?” - perguntou Bruno. Ester então lhe respondeu: “Ele já sabe. O coração dele já estava sentindo quando chegamos lá. Não há mais nada a fazer.”Bruno, então, depois de uma hora pensando, coçou a cabeça e falou com Ester: “E agora?

Para onde iremos? Onde dormiremos? Moraremos nas ruas?” Ester abaixa a cabeça e fica pensativa, acariciando sua barriga. Levantaram-se e caminharam a caminho da Quinta, a fim de voltarem para lá.Quando chegaram na Praça XV, Bruno se lembrou: “Cara, já sei o que fazer! Quando trabalhei no porto, fiz uma amizade com um senhor chamado José. Vou ver se consigo alguma coisa com ele.”Chegando no porto, ele procurou José, seu antigo colega. Perguntou a um e a outro quando finalmente alguém lhe falou: “José Firmino ou José Leite, qual dos dois você procura?” perguntou um senhor calvo. “Não sei ao certo. Mas, é um que usa cachimbo.” - respondeu Bruno.“Ah! Esse é mais fácil. Você vai encontrar ele nas Docas. Ele agora é encarregado da exportação.”

Capítulo 6

A Viagem

Chegando nas Docas, Bruno pergunta ao vigilante sobre o José do cachimbo. O vigia sorri e fala: “Ah, sim. Mas cuidado. Ninguém mais chama ele assim. Agora ele é encarregado e quer que o chamem de chefe.” O vigia chama a José pelo rádio: “Chefe, tem um rapaz aqui que quer falar contigo.”Quando José chega e vê Bruno, sorri e lhe fala: “Bruno, meu amigo. Quanto tempo! A última vez que te vi soube que você não voltou para receber seu pagamento.” Bruno, então, lhe explica: “Tive que resolver algo urgente. Mas agora, preciso de uma ajuda urgente.” José lhe adianta: “Pode falar, desde que não seja dinheiro emprestado!”Bruno lhe chama no canto e lhe fala: “José, o que eu vou lhe pedir tem que ser confidencial e perigoso, mas se tudo der certo te prometo que te envio alguns dólares na sua conta.” José, então, coçou o seu rosto enrugado, e lhe

perguntou: “Do que se trata?” Bruno lhe responde: “Preciso ir à Nova Iorque me encontrar com alguns amigos de meu pai mas não tenho dinheiro aqui e, na verdade...”- falou mais baixo: “não sou identificado, tenho que ir com minha esposa clandestinamente.” José então sorriu e disse: “De quanto estamos falando?” Bruno lhe responde: “De duzentos mil dólares.” José lhe pergunta: “O que você me dá de garantia?” Bruno tira do bolso um papel e mostra-lhe um mapa: “Está vendo aqui. Neste endereço está minha casa. Como adiantamento, você pode ficar com ela. Não pretendo mais voltar mesmo.”José então aceita o negócio e prepara um plano. Volte amanhã às quatro da manhã aqui neste portão. Estarei com tudo pronto. Mas não se atrase pois depois das quatro eu tenho que estar em meu posto de trabalho.0Bruno e Ester então resolveram esperar por ali até o outro dia. Ficaram observando para ver se não se tratava de uma armadilha. Chegando o horário combinado, decidiram se arriscar e foram ao portão.Chegando ao portão, José lhes entrega dois crachás de inspetores e os levam ao Navio. O Navio era grande, estava carregado com carros e vários containers. Subindo a bordo, o capitão

se aproxima de José e lhe fala: “São esses dois?” José lhe responde: “Sim, são eles.” O capitão então lhes saúdam: “Bom dia, meu nome é John Smith, capitão deste navio. Eu e o José somos sócios nesse negócio. Ficamos assim: quando chegarmos em Nova Iorque, você fará uma ligação para seus amigos e eles depositarão a quantia, metade na conta do José e a outra metade em minha conta. Caso haja alguma falha, eu lhes entregarei às autoridades.” Bruno concorda e diz: “Pode ficar tranquilo, capitão, pois eu já combinei tudo.”Mais tarde, Ester lhe pergunta: “Bruno, que história é essa de combinação? Por acaso tem algo que não sei?” Bruno então lhe sussurra: “Calma, foi o único jeito que achei para viajarmos. Chegando lá agente dá um jeito.” Ester sorri e lhe fala: “Sempre você dando um jeitinho brasileiro! Vamos ver no que dá. Pelo menos até lá teremos comida e lugar para dormir.”O Navio zarpou ao meio-dia. Finalmente, um tempo de descanso para eles. Em tempos de crise, um Oásis no meio do oceano. Aproveitaram a viagem para se curtirem. “Finalmente você me deu uma lua de mel decente!” - brincou Ester. Bruno, descontraído lhe fala: “Você merece tudo isso! Vamos

aproveitar. Teremos quinze dias de descanso nesse navio!”No décimo dia, estavam no convés à noite, deitaram-se e olharam para as estrelas. Ester observa: “As estrelas estão ficando diferentes. Aqui o clima está mais quente. Acho que já passamos da linha do Equador. Isso significa que estamos chegando, e uma coisa me preocupa...” Bruno a interrompe e diz: “Não vamos pensar nisso agora. Vamos aproveitar esse momento.” Ester então deitou em seus braços mas ficou pensativa. Por mais que Bruno disfarçasse, ele também estava pensativo.No décimo quinto dia, o capitão chama Bruno e lhe diz: “Chegou o momento. Tome aqui meu celular. Ligue para seu amigo e marque um encontro com ele.” Bruno balança a cabeça concordando, pega o celular, se afasta e disca um número que tinha visto numa nota fiscal, figindo ser o número de seu amigo. “Alô, aqui é o Bruno. Tenho uma tarefa para você. Vá ao porto e leve aqueles duzentos que havia lhe falado. Não falhe. Bye, bye!”Bruno entrega-lhe o celular e fala: “Tudo certo, assim que o senhor aportar, ele lhe estará esperando em frente à Catedral de Saint Patrick, mas vá sozinho para ele não ficar com medo.” O capitão aceitou a história.

Bruno então se encontra com Ester e lhe fala: “Assim que o navio aportar vamos ter que dar um jeito de fugir. Não temos visto e com certeza estaremos vigiado.” Ester teve, então, uma idéia: “Por que agente não se esconde na mala de algum carro?” Bruno concordou.Quando o navio aportou, o capitão foi ao encontro. Bruno então avisou a Ester: “Chegou o momento. Vamos nos esconder. Traz o mantimento e não se esqueça da água. Não sei quanto tempo vamos ter que esperar.” Se esconderam dentro da mala de um Siena e ficaram lá.Quando o capitão retornou, voltou furioso e gritando: “Onde está aquele casal brasileiro? Descobri que eles são impostores!” Os marujos olharam um para o outro e disseram que não tinham mais visto eles. “Vasculhem tudo! Temos que achar eles.” - gritou o capitão.Vasculharam tudo mas não conseguiram achar. “Droga!” - exclamou irritado o capitão. Já estão descarregando o navio e a essa hora eles podem estar longe! O capitão ligou para a imigração e alertou: “Havia em meu navio dois impostores. Descobri quando fui checar suas credenciais assim que cheguei. Seus nomes são Bruno e Ester. São brasileiros fugitivos.” “Vou checar.” - informou o oficial de imigração.

Depois de duas horas ele ligou para o capitão e disse: “Temos confirmação em nossos computadores. O Governo Mundial está procurando o Bruno, filho de Lúcio, aquele que tentou matar o Lord Mytra quando ele estava visitando o Vaticano. Há uma recompensa de trezentos mil euros pela cabeça dele, vivo.”O capitão deu um soco na porta e gritou: “Eu estava com a faca e o queijo na mão! Marujos, façam uma nova busca.”Foi aí que os marujos começaram a vasculhar os carros, um a um, quando, de repente, se aproximaram do Siena dourado onde eles estavam, o guindaste o içou para colocá-lo no pátio. “Ufa! Essa foi por pouco!” Exclamou Bruno. Quando caiu a madrugada, eles oraram: “Senhor, chegamos em nosso destino. Nos ajude a sair daqui. Ainda queremos te servir. Em nome de Jesus, amém.” Saíram bem devagar do carro e caminharam para a beira da estrada Corbin Street, pularam a cerca e caminharam. Quando veio um caminhão, deram sinal pedindo carona. Por surpresa deles, o caminhão parou. Então Bruno lhe falou em inglês: “Hey cara, um homem roubou meu carro. Você pode me dar uma carona?” O caminhoneiro permitiu que subissem e os levou até o Harlem, na Lenox com a 123W.

Capítulo 7

Pisando em Terra Firme

Chegando lá, encontraram uma igreja de estilo gótico e bateram na porta, mas ninguém atendeu. Tentaram todas as portas quando, de repente, uma das portas estava destrancada e então entraram. A igreja estava vazia, empoeirada, parecia que há muito estava fechada. Decidiram, então, descansar ali naquele dia.Bruno chama Ester para orar: “Vamos nos ajoelhar e orar ao Senhor: Senhor Jesus, estamos aqui e queremos te agradecer por chegarmos seguros. Não sei o que nos espera, mas prepara-nos a cada dia. Nos livre do mal. Amém.”Terminado a oração, Ester escuta um barulho vindo lá do fundo da igreja: “Você escutou?” - perguntou Ester. “Sim, pode ser rato ou qualquer outro animal.” - respondeu Bruno. “Vamos averiguar.” - pediu Ester. Caminharam até o fundo da igreja quando, de

repente, Bruno viu alguém descendo pelo chão. “Espere! Precisamos de ajuda.” - gritou Bruno. Subiu do chão um senhor de uns setenta anos mais ou menos, barba branca, pálido com sardas e lhe perguntou: “Quem são vocês? O que vocês estão fazendo aqui?” Ester, então lhe respondeu: “Somos brasileiros e servimos ao Rei dos reis.”De repente, aquele senhor abriu um sorriso e lhes saudou: “Que Deus lhes abençoe! Diga, o que vocês estão fazendo aqui?”Bruno então lhe declara: “O Senhor nos enviou um anjo e disse que viéssemos a Nova Iorque para uma missão. Mas confesso que não sei ainda do que se trata.”“Bruno? Espera aí! Eu sei quem você é: o seu pai se chamava Lúcio, não é isso?” - perguntou o senhor. Bruno, então, admirado lhe pergunta: “Como sabe o meu nome? Como sabe de meu pai? Qual é o seu nome?”“Meu nome é Brad Weiss. Servi com o seu pai na grande cruzada evangelística em volta de meu país. Seu pai foi um bom homem. E você se parece com ele. Venha, desçamos e venha conhecer os demais.” Desceram por uma escada até o subterrâneo e lá encontraram aproximadamente trezentas pessoas vivendo ali. Quando chegaram lá, muitos indagaram quem eles eram. Houve um alvoroço, todos

preocupados e então Brad lhes confortou: “Calma, este é Bruno, filho de Lúcio do Brasil e esta é sua esposa.”Bruno, então lhes pediu: “Somos fugitivos. Por milagre estamos aqui. Sei que o Senhor nos guiou nossos passos. Esta é Ester minha esposa. Ela carrega nosso filho em seu ventre.” Quando Bruno terminou de falar, se aproximaram umas mulheres perto de Ester e começaram a sorrir e acariciar sua barriga.Finalmente, Bruno e Ester estavam com pessoas confiáveis novamente e puderam saber o que estava acontecendo. Brad abraçou Bruno e lhe falou: “Amigo, eu posso saber como você está se sentindo. Somos todos fugitivos aqui. Mas você não pode mais subir porque estão lhe procurando.”“Procurando? Então eles sabem que entrou um clandestino aqui?” - perguntou Bruno.“Muito mais que isso, eles sabem quem foi seu pai e por isso lhe procuram. O Lord Mytra jurou que prenderia toda a família de Lúcio pelo que ele havia lhe feito. E ele sabe que só restou você.”Bruno abaixou a cabeça, suspirou e falou: “Espero que eles não saibam de Ester. Temo por ela e nosso filho.” Brad, então lhe revela: “Escuta bem o que eu vou lhe dizer: eles sabem de tudo,

pois o capitão do navio o qual vocês vieram revelou que você estava com sua esposa. Está passando em todos os noticiários. O seu rosto já aparece até na Times Square. Estão oferecendo uma recompensa de trezentos mil euros pela sua cabeça. É importante que vocês permaneçam aqui embaixo...”No outro dia, depois de descansarem, Brad os levou para a estação clandestina de rádio e internet e lhes revela: “Vejam. Daqui nós ainda pregamos o evangelho pela internet e instalamos uma antena de rádio no Central Park e ainda ninguém descobriu. Daqui também temos notícias do mundo exterior e possuímos também um rádio da polícia de Nova Iorque. Vocês sabiam que o Lord Mytra fez um acordo com o governo de Israel e hoje lá é a sede mundial, em Jerusalém? Que o Terceiro Templo foi reconstruído por ele e que toda Páscoa eles estão sacrificando? Vocês já viram a Estátua da Liberdade como ela está diferente? Ela passou por reformas e quem olhar bem, ela está se parecendo com o Lord Mytra. Vocês sabiam que as duas testemunhas estão pregando em Jerusalém e que eles pronunciaram que descesse uma bola de fogo do céu e realmente caiu? Sim, caiu na Amazônia.”“Nossa, tudo está acontecendo! Então o que

aconteceu no Brasil foi um sinal. As coisas estão começando a fazer sentido...”- exclamou Bruno. Bruno e Ester ficaram felizes e prometeram participar dos programas em língua portuguesa. Foi gratificante para os dois poderem pregar o evangelho novamente....Seis meses depois.Após seis meses de vida subterrânea, Ester já estava com a barriga bem grande e constantemente já sentia que se aproximava o momento de dar a luz. Foi aí que Bruno então decidiu: “Ester, tenho que fazer alguma coisa. Preciso encontrar um meio de te levar para o hospital. Não sei o que fazer.” Corner, um rapaz que morava no Brooklyn lhe falou: “Bruno, eu tenho uma mãe que trabalha como enfermeira no Beth Israel Medical Center. Eu vou ver se ela pode ajudar.” Bruno lhe agradece.Perto das cinco da tarde, Corner chega perto de Bruno e lhe diz: “Tudo certo. Minha mãe concordou em ajudar, mas ela falou para ir somente na hora do parto e que lhe telefonasse antes.” Bruno então lhe agradece: “Obrigado, Corner, você é um grande amigo.”Na semana seguinte, Ester começa a sentir dores de parto. Então Bruno avisa para Brad: “Senhor Weiss, quero lhe agradecer a preocupação conosco, mas chegou o momento

de nos arriscarmos. Em breve meu filho vai nascer e Ester precisa de um hospital.” Então Brad lhe responde: “Eu compreendo. Que Deus lhe proteja meu amado irmão. Mas antes, vamos lhe arrumar um disfarce. Toma aqui essa tinta de cabelo para os dois e essa roupa de construtor para você. Assim eles vão pensar que você é um trabalhador normal e nem vão saber quem são vocês.”Bruno agradeceu e logo então se disfarçaram. Passaram pela galeria subterrânea até o metrô da E116 com a Lexington. Corner explica: “Temos que pegar o 4 ou o 6 e soltar na Union Square. Vamos.” Soltaram na Union Square e caminharam até o hospital. Ester estava andando e gemendo. A dor estava apertando. Bruno se apressa e em fim chegam pelos fundos do hospital. “Venham rápido.” - chamou Lucy, a mãe de Corner. Ela deitou Ester numa maca e subiu correndo com ela.

Capítulo 8

O Nascimento de Gabriel

Quando foi pela manhã, Bruno acordou com um choro de bebê em seu ouvido. Abriu os olhos e viu Ester com seu filho. “Veja, esse é nosso filho. Não é lindo? Como o chamaremos?” - perguntou Ester. “Que lindo! Vamos chamá-lo de Gabriel.” - respondeu emocionado. Ester emudece por dois minutos e então Bruno lhe pergunta: “Qual o problema, não está contente com nosso filho?” Ester então lhe revela: “O médico falou que ele nasceu com um problema e que isso ia ser uma grande dificuldade para nós.” “Qual problema?” - perguntou Bruno. Ester deixa cair algumas lágrimas de seu rosto e diz: “Ele nasceu com Síndrome de Dawn.” Bruno, então, lhe conforta: “Mas isso não é problema. Nós vamos amar ele ainda mais e cuidaremos dele sem problemas.” Ester lhe interrompe: “Eu sei. Você acha que eu me importo com isso? O problema é que o Governo Mundial decretou que todas as crianças que nascessem com algum

problema genético deveriam ser sacrificado para o bem da raça humana. E, você sabe: por mais que venhamos a ficar escondidos todos olharão para ele e denunciarão.”Bruno pensou e lhe falou: “Calma, estamos até hoje no subterrâneo e podemos ficar lá até o final, exceto que...” Ester lhe indaga: “Fale, exceto que o quê?” Bruno então completa: “Existe uma profecia que Nova Iorque seria destruída. Não podemos ficar aqui para sempre...”Passados dois dias, Lucy lhes avisa: “É melhor vocês irem embora. Logo, logo vai ter vistoria no hospital e eu não quero ser acusada de ajudar fugitivos.” Bruno e Ester então saem de madrugada pelos fundos e caminham até a Times Square. A neve começou a cair forte e Bruno lhe falou: “Ester, temos que apressar nossos passos. Está muito frio para o bebê!”Entraram numa igreja na 136 da W47 onde tinha uma passagem subterrânea e voltaram para baixo. Quando chegaram lá, o povo fez uma grande festa. Parecia que tudo era normal. Houve danças, músicas... O povo de Deus estava feliz.Passaram o inverno louvando a Deus, pregando na Rádio e na internet. Bruno e Ester amaram seu filhinho Gabriel e todo sofrimento passado

parecia ter sumido de suas memórias.No dia primeiro do quarto mês do segundo ano do reinado de Mytra, Gabriel completou seus quatro meses de idade quando teve febre. Bruno decidiu buscar ajuda: “Vamos ao hospital falar com a Lucy. Ela vai nos ajudar.” Ester concordou e saíram do subterrâneo. Chegando ao hospital, Bruno entra e procura Lucy. “Por favor, poderia me chamar a enfermeira Lucy. Diz para ela que é o primo dela.” - se dirigiu Bruno à atendente do hospital. Lucy desceu, viu Bruno e lhe chamou, sussurando: “Vocês estão doidos? Já não lhes ajudei o bastante? O que fazem aqui?” Bruno então lhe respondeu: “Nosso filho Gabriel está doente. Tem febre alta e não sabemos o que fazer.” “Calma, leva ele até os fundos. Te encontro lá.” - respondeu Lucy.Quando o médico o examina diz: “Ele tem pneumonia. Precisa ficar internado.” Ao ouvir isso, ambos começaram a chorar. O médico rapidamente toma a criança em seus braços e o leva para a enfermaria. Tiveram que deixá-lo lá e voltaram para o subterrâneo. No outro dia, Corner chega ao subterrâneo assustado, querendo ver Bruno imediatamente. Quando o encontrou lhe falou assustado: “Bruno, meu irmão, sinto muito!”

Bruno olha desesperado e pergunta: “Ah! não, não pode ser. Não me esconda... Ele morreu?” Quando Ester ouviu essa indagação de Bruno, correu para os seus braços e começa a chorar, gritando: “Ah! meu filho!” Corner apressadamente revela: “Não, ele ainda não morreu, mas o Governo Mundial o levou do hospital. Bruno lhe pergunta: “Para onde o levaram? Eu preciso saber. Eu vou fazer de tudo para trazê-lo de volta. Eles não podem matá-lo!” Corner então lhe explica: “Eles primeiro levam a Jerusalém, onde são examinados e se constatado oficialmente, são levados para o hospital onde aplicam uma injeção letal.”“Temos que ir ao Aeroporto. Vamos resgatá-lo.” - gritou Ester. Brad então declara: “Isso é loucura. Vocês não vão conseguir e ainda serão presos.”

Capítulo 9

O Resgate ou a Prisão

Chegando no JFK, Bruno fica sabendo que o avião do Governo Mundial estava na pista e que em breve ia acontecer o embarque. Eles então se misturam aos passageiros e começam a procurar. Três horas depois eles observam uma movimentação estranha de várias enfermeiras levando crianças em seus braços. “Ele só pode estar entre um desses.” - indagou Ester. Bruno se aproxima delas e fica observando quando, de repente, ele reconhece Gabriel. Bruno puxa Gabriel dos braços da enfermeira e começa a correr para o portão de saída. Os guardas ficam em frente a porta impedindo a saída. Ester se aproxima, chuta a parte sensível do guarda e Bruno consegue sair. O outro guarda segura Ester e ela grita: “Vai embora, amor. Leve nosso filho, eu vou ficar bem.” Bruno olha aquela cena e fica paralisado. “Ah Senhor, eu não posso mais perder ela, faça alguma coisa!” - orou Bruno.Bruno então começa a correr, entra num táxi e

diz: “Vamos, corra, ou eu estouro os seus miolos.” - fingiu Bruno que estava armado. O motorista acelerou rapidamente e saiu em desparada. Logo então, ouviu um barulho de helicóptero. “Olha, moço, estamos sendo seguidos, não dá para fugir.” - falou o motorista desesperado. “Apenas corra!” - gritou Bruno. Em pouco tempo já havia três viaturas na perseguição. Fugiram pela Belt mas quando chegaram na Ponte Verrazzano-Narrows Brigde haviam várias viaturas fechando a ponte. Se aproximaram do táxi e prenderam Bruno e levaram Gabriel de volta ao aeroporto.Bruno e Ester ficaram algemados, juntos. Os dois começaram a chorar, sem saber ao certo o destino de Gabriel. Três horas depois se aproximou um oficial da polícia e declarou: “Sabemos quem vocês são. Bruno e Ester, vocês estão presos por conspiração contra o Governo Mundial.”-300“Somos inocentes.” - declara Bruno. O oficial então lhe revela: “Inocente? Você é filho do brasileiro Lúcio. Já sabemos de tudo. Vocês irão a Jerusalém e lá vocês serão julgados. Mas já lhes falo: a pena para traição é a morte. Há muito tempo vocês estão sendo procurados e agora, finalmente, receberei minha recompensa por prender vocês.”

Levaram, então, os dois, para o sistema prisional de Nova Iorque, ele, no Correction Service Department, e ela, no Queensboro Correctional Facility, onde ficaram presos aguardando o translado para Jerusalém.Somente após seis meses, finalmente, foram levados ao julgamento em Jerusalém. No décimo primeiro mês do ano segundo do reinado de Mytra, quando os dois se encontraram no avião, Bruno olhou para Ester e se emocionou. Não puderam se abraçar, mas puderam um ficar olhando para o outro e, sem voz, um dizia para o outro o quanto eles se amavam.O avião da Polícia Internacional levantou vôo do JFK às 08:00h do outro dia rumo a Congonhas, onde eles iriam pegar outros prosioneiros vindos dos estados brasileiros. O Avião fez escala no Rio e, quando se aproximaram, olhando lá de cima, Bruno contemplou as maravilhas do litoral carioca. O mar já tinha voltado ao normal e a beleza, vista lá de cima, continuava maravilhosa, pelo menos lá de cima. No terceiro dia, o avião decolou para São Paulo. Sobrevoou a Ilha Grande, Angra e Ubatuba. Quando estavam sobrevoando Santos, Bruno exclamou para Ester: “Daqui de cima parece que tudo lá embaixo é perfeito!” Pousaram em Congonhas às 09:10h. São Paulo continuava com sua

pompa! Lá parecia que o horror do Rio era apenas uma ilusão, pois tudo estava perfeito, exceto a conjuntura política do Goveno Mundial. Entraram cinqüênta prisioneiros dentro do avião. O avião até que não era um dos piores em conforto, mas a comida é que era o problema, pois só os oficiais se alimentavam e os prisioneiros só ficavam olhando. Mas, como não é só de pão que vive o homem, Bruno e Ester recitavam versículos bíblicos um para o outro e assim a fome parecia ter ido embora.Pois bem, chegou a hora de partir e às 12:00h o avião levantou vôo rumo ao Ceará, para pegar mais prisioneiros. Quando sobrevoaram a amazônia até os oficiais se espantaram, pois as matas estavam queimadas e em muitos lugares ainda haviam fogo e fumaça. O meteoro arrasou com o pulmão do mundo! Desceram no Ceará para abastecer e recolher mais prisioneiros e finalmente ofereceram comida, se é que podemos chamar aquilo de comida!Somente por volta das 04:00h o avião decolou para Paris e chegou lá por volta das 11:00h. À tarde, o avião já estava com duzentas e cinqüênta pessoas à bordo e decolou por volta das 22:00h de Paris. Sobrevoando Israel, a primeira coisa que viram foi o Monte das Oliveiras. Ester então lembrou:

“Em Atos está escrito que Jesus descerá ali, no mesmo lugar que subiu. Será que chegaremos nesse dia? Até Zacarias profetizou esse dia!” Bruno respondeu: “Isso, só o Senhor sabe!” Após alguns minutos, chegaram ao Aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv.Quando saíram do aeroporto, acorrentados, foram em direção a Jerusalém. Chegando em Jerusalém, ficaram no mesmo ônibus e deixaram ambos sentarem ao lado e ambos seguraram suas mãos acorrentadas.O Templo Sagrado estava de pé novamente e ficaram maravilhados com aquilo. Quando chegaram no Muro das Lamentações, viram dois jovens pregando claramente contra o Lord Mytra, e dizendo que Israel devia se arrepender, que Jesus era o Messias (Yeshua ha Masshiach) e em breve ele viria para salvá-los. O interessante é que ninguém ousava prendê-los e que os próprios judeus caçoavam deles dizendo que eram loucos. Foi aí que Ester falou para Bruno: “Bruno, você viu só?!” Bruno completou: “É mesmo! São as duas testemunhas do Apocalipse! Se prepare porque agora vem chumbo grosso por aí!”

Bruno e Ester estavam passando perto deles quando o mais moço lhes falou em voz alta: “Não se preocupem irmãos, pois maior é a Glória

que nos está preparada! Tão somente fiquem firmes no Senhor!” E, naquele instante, uma dúzia de repórteres vieram intrevistar os dois jovens. E eles falaram: “A ira de Deus se acendeu contra os moradores da Terra, pois todos estão preocupados com suas próprias vidas. Busquem a Deus, se arrependam, pois Jesus virá em Breve para reger a Terra com vara de ferro!”

Então um certo repórter, de uma rede internacional de notícias lhe perguntou: “Que sinal vocês dão que são profetas verdadeiros e que o que vocês falam vão cumprir?” Então o mais jovem respondeu: “Vocês querem um sinal? Deus já lhes deu um sinal, quando a Virgem concebeu um filho e esse foi rejeitado pelos seus! Mas agora, Deus lhes dará outro sinal: contempla esta pedra que desce sobre o Oceano Índico!” Naquele mesmo instante todos viram e foi filmado, uma grande bola de fogo rasgando o céu em direção sudeste. Ester olhou para Bruno e disse: “É a segunda Trombeta!”

O segundo anjo tocou a sua trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das

criaturas viventes que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios.(Apocalipse 8.8,9)

Depois que ela falou, após mais ou menos dez segundos, foi sentido um grande abalo no chão. E todos se calaram. Naquele instante, chegou ali, escoltado por vários soldados, o Lord Mytra. Quando os repórteres lhe perguntaram se ele acreditava naqueles dois jovens ele falou: “Não. Nós já sabíamos que esse meteroro ia cair, mas, para que o povo da terra não ficasse em pânico e a paz continuasse na terra, tivemos que nos calar. Esses dois impostores só estão querendo publicidade. Eles também sabiam a hora exata que isso ia acontecer. É por isso que eles estavam aqui. Eles não passam de espertalhões! Aliás, infelizmente, muitos morreram hoje, mas a vida continua para quem ficou. Não se preocupem. A paz voltará a reinar num mundo melhor! Estamos com novos projetos que em breve traremos ao público...” Assim, os dois jovens se retiraram e foram pregar em frente ao Templo Reconstruído.

Bruno e Ester entraram em um carro preto e foram para o cárcere aguardar o julgamento. Durante o percurso, ouviram dizer que toda a

costa da África e da Índia ficaram em sangue. A Indonésia não existia mais. As ondas perderam a sua brancura e todos os navios que estavam em curso pereceram naquela região. Foi uma catástrofe ecológica muito grande, pois até os grandes peixes, as baleias, golfinhos, tubarões, estavam boiando sobre a água. Parecia que o meteoro que caiu tinha uma substância tóxica. Era um negócio muito esquisito. Ester, então lembrou: “Eu não disse, Bruno. O Versículo da segunda trombeta fala justamente isso: “O segundo anjo tocou a sua trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios.” Bruno, então confirmou: “É verdade! O Lord Mytra disse que tudo estaria bem agora. Eu quero ver quando cair o Absinto!”Entraram no cárcere, junto do Tribunal Mundial e aproveitaram para falar sobre os acontecimentos aos outros presos.

... um mês e meio depois.

Um mês e meio depois, Ester soube que seu filho estava ali perto, mas não foi-lhe permitido vê-lo, nem mesmo Ester pôde tê-lo em seus

braços. Quanto sofrimento não poder ter o gabrielzinho em seus braços! “Será que um dia ainda poderei ver meu filho?” - pensou Ester.

Capítulo 10

O Julgamento

No décimo-terceiro mês do segundo ano de Mytra, finalmente chegou o grande dia. Foram transportados para o Palácio da Justiça e novamente viram os dois jovens pregando e agora em frente ao palácio. “Que ousadia!” Replicou Bruno. Os repórteres não largavam do pé deles, assim o Lord Mytra não podia fazer nada contra eles, para não perder a sua linha. Foi ali que os dois falaram: “O Lord Mytra diz que somos impostores. Mas vocês lembram que ele disse que tudo voltaria ao normal. Mas o Senhor diz: Ferirei as águas potáveis, pois eu as dei a vocês mas vocês me abandonaram.” Falado aquelas palavras, no mesmo instante, a rede internacional de tv informou que acabara de cair um Grande Meteoro sobre o coração da América, bem no centro, na divisa de Dakota do Sul e Dakota do Norte, em cima do Rio Missouri. E todos ficaram calados, atônitos e os dois jovens falaram ao vivo para toda a terra: “O

Senhor Jesus oferece de graça da sua água para beber e vocês desprezam. Bebam da vossa própria água e morrerão!” Após ditas aquelas palavras sumiram à vista de todos. E logo foram achado, novamente, em frente ao Grande Templo, pregando. Todos ficaram sem entender, mas na verdade, foram transladados para lá.

“O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. O nome da estrela era Absinto; e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.” (Apocalipse 8.10,11)

Após aquilo, Bruno e Ester foram conduzidos para o Tribunal, onde permaneceram fiéis ao Senhor e não blasfemaram contra Jesus. Chegaram até a pregar para o juiz sobre o que estava para acontecer, que era para darem crédito aos dois jovens, pois eram verdadeiros profetas, mas foram ignorados. Por isso, foram levados para o Campo de Concentração de Jerusalém, na região Norte da cidade, próximo à antiga Samaria, a fim de esperarem a sentença.

À noite, quando o Lord Mytra foi entrevistado, a respeito do meteoro que caiu em Dakota, onde todos chamaram de Absinto, pois as águas ficaram amargas, ele falou: “Não se preocupem, estamos mandando suprimento para a América; estamos mandando cento e cinqüênta navios cargueiros carregando milhares de litros de água potável para lá. Se depender de mim, ninguém ficará com sede. Bebam da minha água e eu matarei a sede de vocês!” Nisso ele falou, fazendo chacota dos dois jovens a respeito do que eles haviam falado.

Pela manhã, o céu da América estava cinzento. Não se via o sol. E a noite, não se via a lua. Dias tenebrosos estavam sendo aqueles dias para os americanos! O povo da terra estava se perguntando se os dois jovens tinham razão. O povo parecia estar um pouco dividido. Até os noticiários falavam a respeito. Existia até pesquisa na internet sobre o que cada um achava dos acontecimentos. O certo é que milhares de americanos morreram, pois beberam da água contaminada antes de saberem que não estava boa para se beber.

“O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, a terça parte da lua, e a

terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhante, e semelhantemente a da noite. E olhei, e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! por causa dos outros toques de trombeta dos três anjos que ainda vão tocar.” (Apocalipse 8:7-13)

E, por falar em água, parece que o Lord Mytra ordenou que não desse mais água para nenhum prisioneiro. O sofrimento era grande! Ester reclamou para Bruno: “Até quando ficaremos nesse sofrimento?” Bruno respondeu: “Tenha paciência, pelos meus cálculos, chegou a hora do primeiro Ai. Israel verá a verdadeira face do Lord Mytra!”

Capítulo 11

O Primeiro Ai

Os dois jovens foram para uma praça, onde era o antigo Gólgota onde Jesus morrera, e começaram a falar sobre a morte e ressurreição de Jesus. Os repórteres começaram a se ajuntar para filmá-los. Naquele instante, eles falaram: “Em breve não estaremos mais aqui, e a ira de Deus será tremenda! Arrependam-se de suas maldades. Lançai fora vossos ídolos, deixai a prostituição, fugi da feitiçaria, pois em breve o Senhor virá e destruirá tudo. Para mostrar que somos verdadeiros e não mentirosos, vocês terão tormento por causa da vossa maldade.” Naquele mesmo instante, passou uma bola de fogo vindo do ocidente e indo para o oriente e o chão tremeu. A bola de fogo caíra em cima do Taj Mahal, na Índia. Após alguns minuntos, saiu do lugar onde o meteoro caiu, seres nunca visto antes. Pareciam que viviam dentro da terra. Parecia que o buraco ocasionado os libertou. Eram como gafanhotos mais não comiam a erva,

apenas picavam os homens. Os homens ardiam em febre, se contorciam, mas não morriam.

Dentro do cativeiro, no primeiro mês do terceiro ano de Mytra, Bruno e Ester souberam da confusão e logo entenderam que aquilo era o primeiro Ai. Se reuniram com os outros prisioneiros e louvaram ao Senhor, sabendo que em breve todo aquele sofrimento estava para acabar. Bruno pegou uma Bíblia que tinha conseguido na prisão e disse: “Foi tocada a quinta trombeta, porque está escrito: O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha; e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar. Da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra. Foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm na fronte o selo de Deus. Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Naqueles dias os homens buscarão a morte, e de modo algum

a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles. A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões. Tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate. Tinham caudas com ferrões, semelhantes às caudas dos escorpiões; e nas suas caudas estava o seu poder para fazer dano aos homens por cinco meses. Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom. Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.” (Apocalipse 9:1-12)Quando ouviram aquele versículo, os irmãos presos deram glória a Deus.No sexto mês do terceiro ano de Mytra, começaram a aparecer vulcões nos quatro cantos da terra. Até vulcões extintos começaram a reviver. Vulcões explodiram. Muitos achavam que era devido a seqüência de meteoros que vieram contra a terra nos últimos tempos. Parecia que a terra estava mais chegando para o seu fim do que para a paz. A situação era

terrível. Os vulcões exalavam suas fumaças. O mais forte estava no Iraque, um vulcão que tinha surgido do nada, na cidade de Babel. Todos estavam confusos e com medo da terra explodir. O pior de tudo é que a água estava se tornando ácida em vários pontos da terra, devido ao alto teor de enxofre. Eram dias tão difíceis que ninguém mais se lembrava dos sofrimentos anteriores. Até em São Paulo um vulcão extinto tinha acordado. As mortes eram inevitáveis. Em vários pontos do globo terrestre o ar estava insuportável. A cada hora que passava, a contagem de mortos com ifizema pulmonar subia em escala. Mesmo assim, não se lembravam de Deus. Bruno, então, exclamou: “Não devemos ficar assustados com o que ouvimos lá fora, porque é necessário que tudo isso aconteça. Está escrito: O sexto anjo tocou a sua trombeta; e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que se acham presos junto do grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que haviam sido preparados para aquela hora e dia e mês e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. O número dos exércitos dos cavaleiros

era de duas miríades de miríades; pois ouvi o número deles. E assim vi os cavalos nesta visão: os que sobre eles estavam montados tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre. Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíam das suas bocas. Porque o poder dos cavalos estava nas suas bocas e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano. Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar. Também não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.” (Apocalipse 9:13-21)Naquele instante, outros prisioneiros que até então eram incrédulos, creram na Palavra e pediram para Bruno os batizar. Bruno prontamente lhes atendeu o pedido.

Capítulo 12

O Segundo Ai(Apocalipse 11)

Na praça, onde os dois jovens estavam pregando dia e noite, todos os dias, o Lord Mytra se aproximou com uma espada e declarou na Tv: “O problema do mundo são esses dois feiticeiros. O mundo não ficará em paz enquanto esses dois estiverem vivos!” Falado aquelas palavra, ele desembanhou a sua espada e feriu os dois no coração. Seus corpos ficaram no chão e ele disse: “Contemplem. Eu quero que vocês filmem a derrota deles, pois a terra voltará a ter paz! Filmem eles apodrecendo!” O interessante é que o povo da terra ficou feliz com aquilo. Em todos os lugares foi decretado feriado Mundial aquele dia e deram presentes uns para os outros, como gesto de alegria porque o “grande libertador Lord Mytra” tirou a vida dos dois atormentadores - assim pensavam eles.

Passado os três dias em que os dois jovens foram mortos, a tv ainda filmava o corpo dos dois

se decompondo, segundo a ordem do Lord Mytra, quando algo de estranho aconteceu: o corpo dos dois começaram a se mexer e se levantaram. Todos viram de uma só vez no globo da terra. E se espantaram. Naquele instante, uma grande voz foi ouvida do céu que dizia: “Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem, e todos os viram. E naquele instante, um grande terremoto aconteceu naquele lugar. A cidade de Jerusalém sucumbiu no chão. Sete mil homens morreram naquele instante. O Lord Mytra logo falou: “Meu povo, tudo o que aconteceu aqui é porque o Deus de Israel quer destruir a nós, mas vou apresentar a vocês aquele que mudará tudo isso. Vou apresentar a vocês o Papa Pedro II, a ele sim vocês devem dar honra e glória, pois o Dragão lhe deu do seu poder!” Falado aquelas palavras, o Lord Mytra declarou que todos deviam adorar ao Papa Pedro II, e ainda acrescentou para Israel: “Israel, durante todos esses anos vocês foram enganados. Esse Deus que vocês servem quer exterminar com vocês. Este aqui é o único que tem a solução para os seus problemas. Adorem a Ele! Ele é o seu Senhor, Israel!” E Pedro II foi para o Templo e se assentou no trono central, de cor azul, lugar do Messias.

Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença; e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.” (Ap 13.12-14)

O povo católico ficou atônito pois descobriram que o Papa que eles tanto admiravam na verdade era um antipapa e que todo aquele tempo lhes estava enganando com sua falsa humildade e devoção.E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. E naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram

mortos sete mil homens; e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu;

“...passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro. (Apocalipse 11:11-14)

Com o terremoto, as paredes do cárcere caíram e Bruno e Ester conseguiram fugir.“Vamos buscar nosso filho!” - exclamou Ester.Correram para o Orfanato do Governo e as paredes estavam destruídas. Entraram, mas não encontraram ninguém. Ester chorou.Bruno observou uma enfermeira e se lembrou que era a mesma que estava cuidando de seu filho em Nova Iorque. Se aproximou dela e perguntou: “Onde estão as crianças?” Ela então respondeu: “Quando aconteceu o terremoto, vários judeus invadiram aqui e levaram as crianças. Não sei para onde levaram.” “Ester, eu tenho esperança que ele está sendo bem cuidado. Creia!” - falou Bruno esperançoso. Ester então lhe respondeu: “Meu amor, já faz muito tempo que não tenho meu filho em meus braços. É como se um vazio estivesse aqui dentro de mim. Estou como o pelicano no deserto, desejo saciar a minha sede, o prazer de segurá-lo em meus braços mas não o tenho.

Gabriel para mim foi o enviado de D’us para consolar meu coração e agora, ao invés de consolação, meu coração chora de tristeza.” Bruno abraçou Ester, a beijou e suas lágrimas se uniram entre seus rostos. Ester então continuou: “Eu sei que D’us está cuidando dele mas como eu queria tê-lo novamente! Até quando vamos aguentar tanto sofrimento?” Bruno então consola Ester: “Eu também estou sofrendo. Não pense você que não. Quando te perdi uma vez, lutei até te achar. Alegre seu coração pois eu sei que o Senhor ainda nos dará essa alegria.”No outro dia, Bruno decide: “Não podemos ficar aqui parados, vamos à cada sinagoga e perguntaremos pelo nosso filhinho.”No outro dia, foram à Great Synagogue na King George Street em Jerusalém. Chegando lá encontraram uma reunião secreta onde vários rabinos se reuniram. Um judeu chamado Yosef se aproximou: “Shalom. Sinto muito mais hoje a sinagoga está fechada para um reunião.” Bruno então replicou: “Shalom. Amigo, estou procurando nosso filho Gabriel. Soubemos que judeus resgataram as crianças do orfanato da Nova Ordem e precisamos saber quem está com nosso filho.” Yosef mais uma vez lhes pede para sair: “Tudo bem. Voltem daqui há uma hora quando a reunião estiver terminada.” Quando

Bruno reparou que havia muitos rabinos ali ele então falou: “Olhe, eu sei o que está acontecendo aqui; não se preocupe, o seu D’us é o meu D’us. Tenho informações que podem ajudar. Nos deixe entrar e falaremos.” Yosef então lhe respondeu: “Tudo bem, fique aqui enquanto peço permissão para isso, mas ela fica, só você entra.”

Capítulo 13

Israel Descobre a Farça

O Conselho dos Rabinos chegou a uma conclusão, examinando as Escrituras, que Daniel havia falado dele e que o Messias verdadeiro estava por vim, embora ainda não criam que Ele já tinha vindo antes, e proclamaram guerra contra o Lord Mytra e o Papa Pedro II. Yosef então interrompeu a reunião e disse: “Rabi, este aqui é amigo de nosso povo e disse que tem informações para compartilhar conosco.” O Rabi Yacob, que liderava a reunião, lhe permitiu a palavra. Bruno, então lhes declarou:“Sou estudante da Torah, o vosso D’us é o meu D’us. Tenho sido perseguido pelo Lord Mytra desde que meu pai, Lúcio, o tentou matar, sem êxito. Existem coisas que vocês preferiram ignorar. Mas agora creio que seja a hora de vocês entenderem. Este homem realmente é o iníquo que Daniel havia profetizado e não só ele, mas também João recebeu a profecia vinda do

Verdadeiro Messias que o chama de Besta e Falso Profeta. Os cristãos o chamam de anticristo. Sei que vocês não creem que Yeshua é o Messias enviado por D’us, mas se examinarem as Escrituras, verão que estou falando a verdade.” Falado aquelas palavras, o Rabi Jacob o interrompeu gritando: “Isso é uma heresia. Saia daqui antes que lhe façamos mal. Se fosse em outra época você seria apedrejado até a morte. O nosso Messias virá, ele não veio, ele virá. Vamos enfrentar o Lord Mytra e toda a sua corja iníqua. Vá embora daqui!”Bruno saiu, tomou Ester em suas mãos e disse: “Vamos embora. Não sei o porquê do Senhor ter me deixado viver. Não consigo ganhar uma alma para o Senhor. Parece que tenho pregado em vão.” Ester então lhe consolou: “Não, não é verdade. Quantas almas lhe ouviram na rádio em Nova Iorque? E o povo de Piabetá, não conta? Sabíamos que seria difícil. A Bíblia mesmo revela que quem fosse ímpio ficaria mais ímpio ainda. É ilusão acharmos que seria fácil evangelizar em plena grande tribulação.” Seguiram seu caminho à procura de Gabriel.Enquanto isso, o Conselho dos Rabinos enviaram uma milícia para matar os iníquios, mas quando se aproximaram de Pedro II, este levantou as mãos e foi como se um vento forte

os derrubasse para trás, de modo que ninguém conseguia atingí-lo. Logo enviaram três caças com mísseis de precisão, mas antes de chegar perto eles explodiram no ar. Assim, toda a terra assistia aquela batalha e todos ficaram admirados pois ninguém conseguia derrotá-lo. E começaram a adorar a Eya, o Dragão, que deu essa autoridade a ele. “Ele tem corpo fechado!” - diziam muitos a respeito dele e desejavam o seu poder e, por isso, adoravam a Besta e lhes pedia que também pudessem ter tal autoridade.

Passado aquele dia, o Lord Mytra declarou na Tv que, para evitar o massacre, iria transferir a Capital para Londres e esperava que Israel reconsiderasse, pois Pedro II só queria o bem de Israel. Com isso, Israel libertou todos os prisioneiros e deram a eles a incubência de se unirem a Israel contra o Lord Mytra e a Besta. Bruno e Ester se alegraram e foram em direção ao Templo, onde os outros detentos foram conduzidos para jurar a bandeira de Israel. Chegando lá, se identificaram como ex-detentos e receberam um uniforme, foram alimentados e levados para treinamento militar. “Parece um sonho! Sempre quis fazer parte do Exército Israelense!” - Falou Bruno.

Enquanto tudo isso acontecia, o número de mortos pela fumaça de enxofre já tinha chegado

a 1 bilhão. Era a pior catástrofe acontecida em toda a História.Quando o Lord Mytra chegou em Roma, fez um pronunciamento na WZNN dizendo: “Meu povo, hoje será um dia histórico, pois eu unifico nesse dia a religião mundial numa só. Dessa maneira, está decretado que todos deverão deixar suas religiões. Está proibido qualquer culto a qualquer deus, exceto a Pedro II, o nosso Messias, que vive para sempre. Todos devem cultuá-lo. Assim, não haverá mais guerra religiosa. Hoje, o que foi cantado por John Lenon está se cumprindo. A paz Mundial virou realidade! Imaginem!” Falado aquelas palavras o povo que estava ali aplaudiram-no. Os que ouviram-no pela TV ficaram maravilhados, pois achavam que a solução para o mundo era aquela. Os sábios, porém, entenderam tudo o que estava acontecendo. Bruno e Ester aproveitaram para falar de Jesus para os judeus. Poucos acreditavam, muitos não. Mas, os que eles tinham em comum era a aversão ao Lord Mytra e a Pedro II.

Durante o pronunciamento, o Lord Mytra declara que traria à luz uma descoberta arqueológica muito importante. (É claro que ele falsificou tudo!) Mostrou um esqueleto de um homem com marcas de perfuração por cruz e

que os arqueólogos afirmaram que tinha todas as características de Jesus, quanto à sua execução. Ele só não trouxe à luz que o homem do esqueleto havia morrido no terceiro século, sacrificado por pregar o Evangelho do Reino e omitiu o restante da declaração dos arqueólogos. Assim, ele fez com que muitos desacreditassem em Jesus. Nas três noites posteriores ao pronunciamento, o número de suicídios aumentaram assustadoramente. Milhares de religiosos se mataram, por acreditarem na mentira do Lord Mytra. Com isso, após quinze dias do pronunciamento, os cardeais convocaram secretamente um sínodo. Os cardeais de todos os cantos da terra receberam o chamado e secreto e começaram a chegar em Roma. Desconfiado, o Papa Pedro II avisa ao Lord Mytra: “Está prestes a haver uma rebelião no Vaticano. Meus informantes me avisaram de uma reunião secreta que se realizará na próxima sexta. Devemos agir.” Lord Mytra revela: “Claro, chegou o momento de acabarmos de vez com essa religião. O cristianismo tem que acabar. Devemos matar a todos.”

Chegando sexta-feira, os cardeais se reuniram na Grande Sé e o Cardeal brasileiro tomou a

palavra: “Irmãos. Chegamos a conclusão de que Pedro II é um anti-papa. Devemos votar ineditamente pela exclusão de uma Papa eleito. Ele está querendo destruir a fé cristã. Eu fui procurado pelos arqueólogos que ele alegou terem encontrado os ossos de nosso Senhor e eles falaram que a ossada é de um homem crucificado pouco tempo antes da perseguição terminar, no terceiro século, sendo assim, uma grande mentira. Quem vota pela excomunhão de Pedro II?” Unanimimente todos levantaram suas mãos e assim Pedro II foi excomungado da Igreja Romana. O cardeal brasileiro que presidia o sínodo iniciou o novo Conclave. Dentre eles, um cardeal nascido em Roma fora o escolhido e queimaram a fumaça branca. O povo ao redor viu aquela fumaça e não entenderam o que se passava. Quando a WZNN iniciou a filmagem da fumaça branca, o repórter iniciou: “Algo estranho está acontecendo. Uma fumaça branca está saindo da chaminé da Capela Sistina. Nossos repórteres estão tentando uma entrevista com o Papa Pedro II para saber o que está acontecendo mas ele não quer dar entrevista.” Dentro da capela o novo papa romano recebeu as vestes sacerdotais e foi permitido a alguns repórteres se aproximarem. Antes do novo papa se pronunciar, quando a WZNN ainda estava

filmando ao vivo a Capela Sistina, de repente, veio do céu vários mísseis de longo alcance e cairam na Capela Sistina, na Basílica de São Pedro e todas os outros edifícios do Vaticano.Em pronunciamento oficial, o Papa Pedro II declara: “Hoje Israel passou dos limites. Destruiu a minha habitação. Esse povo é contrário a Paz Mundial. Mataram meus irmãos cardeais. É um dia muito trista para mim e para a humanidade.” Um repórter espanhol então lhe perguntou: “O que era aquela fumaça branca? Sabemos que a fumaça branca só aparece quando eleito um novo Papa. O povo está sem entender.” Pedro II então lhe declara: “Meus cardeais estavam reunidos em meu nome. A fumaça branca estava anunciando a Nova Ordem Religiosa. Hoje temos uma só religião, em busca da Paz Mundial. Estava decidido a perdoar Israel, mas agora sabemos quem eles são e devem ser exterminados de vez da face da terra, juntamente com aqueles que se opõem à Nova Religião.

Capítulo 14

O Grande Avivamento

Sessenta dias após a mudança da capital, no oitavo mês do terceiro ano de Mytra, Israel continuava firme na decisão, cortaram laços com o Governo Mundial e se proclamaram independentes. Com isso, o Lord Mytra declara a todos os povos que Israel está perturbando a paz mundial e que seria necessário exterminá-los para que tudo voltasse ao normal. E assim, começaram a se preparar: pediram que todos que quisessem ser voluntários se apresentassem o mais rápido possível para treinamento. O povo, comovido com a propaganda de Paz Mundial, aderiu àquele mandato e foi grande o número de voluntários para se apresentarem.

Noventa dias após a mudança de capital, no ano 3, no nono mês, o ar já estava melhor de se respirar e o número de mortos por mês começou a cair. Havia morrido 2 bilhões de pessoas no mundo todo, por causa da fumaça dos vulcões e

naquele momento calculava-se que não passaria de 2 bilhões e 500 milhões de pessoas o número de habitantes na terra. Existiam lugares que já não se via mais habitantes. Muitos vilarejos e cidades foram chamadas de “cidades fantasmas”. Parecia até um daqueles filmes mostrando o cáos da terra.

Naqueles dias, Pedro II, diante das Tvs, declarou: “Durante todos esses anos, estivemos aguardando a Grande Paz Mundial. Ela chegou. Agora, eu apresento a todos vocês o mentor dessa idéia maravilhosa: o Lord Mytra. O Lord Mytra se aproximou de Pedro II e disse: “Eu planejei sim, meus irmãos, mas eu digo que este homem é imortal e ele me deu a imortalidade através de Eya. Ninguém pode derrotá-lo. Quem poderia lutar sozinho contra um exército? Quem poderia curar a uma tão profunda chaga como fez em minha cabeça? Não adianta pelejar, pois esse é o super homem da realidade! E para provar que digo a verdade, lhes mostrarei um sinal...” Falado aquelas palavras, o Lord Mytra levantou a cabeça clamou que descesse fogo do céu e desceu e disse: “Eu e ele somos um! Temos a força de Eya, adorem-nos! Não será mais tolerado nenhuma outra religião. Devemos todos nos unir. A união faz a força! O Deus de Israel não poderá prevalecer contra nós!” E

falava blasfêmias contra Deus e os santos anjos e dizia: “Estão vendo: se Ele fosse mais poderoso do que nós ele lançaria fogo do céu e me consumiria! Onde está a força dele?” Com isso, todos os moradores da terra o adorava e foi instituído que se alguém conhecesse qualquer pessoa que fosse de qualquer outra religião que não à Mundial, que poderia matá-los, sem precisar ir a julgamento. Para isso ele falava: “Devemos exterminar com a praga da religião separadora! Eu dou carta branca para vocês matarem a qualquer um que for contra nós!” Dessa maneira, até quem era daquela religião era morto uns pelos outros, pois aproveitaram o edito para tirarem sua diferença. Em nome da paz a guerra estava reinando.

Com o nascimento do quarto ano, Pedro II dá um novo pronunciamento: “Hoje, dia internacional da paz, o Lord Mytra e eu, na autoridade de Eya, ordenamos que todos nos adorem e recebam a marca da confirmação da Nova Ordem Religiosa. E que, se alguém não aceitasse isso, seria considerado um amigo de Israel e, por isso, também deveriam ser eliminados. A confusão era total. Muitos povos começaram a decretar suas independências e diziam que haviam sido enganados no primeiro decreto, pois

o Lord Mytra não passava de um ditador. Os Estados Unidos lideraram essa ação e proclamou guerra ao Governo Mundial. Até a Estátua da Liberdade, que havia sido modificada, foi derrubada em represália contra o Governo Mundial. Mas por causa disso o Papa Pedro II (antipapa) ordenou que se edificasse uma estátua com a imagem de Eya, o deus do mundo invisível, o dragão, na praça do Vaticano, para adorarem-na. Apareceu em vários lugares anjos voando, nos quatro cantos da terra. Bruno e Ester estavam na fonte de Gideão quando um anjo se aproximou e disse: “Amados do Grande Rei, eis que foi decretado que a Besta vencesse os santos do Altíssimo. Chegou a hora. O Senhor tem para vós uma diretriz: vão a todas as ruas de Israel e avise que Yeshua está voltando.” O anjo voou rapidamente como que à velocidade da luz. Bruno e Ester se lembraram de Gideão e os trezentos e foram conforme o anjos lhes falou.Paralelamente, em toda a terra os crentes saíram de seus esconderijos e começaram a gritar pelas ruas: “Não dêem ouvidos a Pedro II e a Lord Mytra, eles são a Besta e o anticristo do Apocalipse. Fujam para os montes, saiam de suas casas pois o Senhor cedo vem.”

Um grande grupo em Washington se aproximou da WZNN, invadiram o local e declarou: “Somos servos do Grande D’us de Israel. O Grande Rei Jesus está voltando. Não dêem crédito ao Lord Mytra nem a Pedro II. Jesus está vivo e cedo voltará. Servos do Altíssimo, saí pelas ruas e apregoai as Boas Novas do Reino!”Todos os canais passaram a notícia e, sendo questionado por um repórter o Lord Mytra declarou: “Não dêem ouvidos a esse povo que se levantou contra nós. Eles são terroristas de Israel e merecem ser mortos. Eles são contra a Paz Mundial.” Com isso, ele decretou perseguição sumária contra os servos do Altíssimo. Alguns países que haviam cortado laço com o Lord Mytra liberaram toda pregação da Palavra. Durante um ano, Bruno e Ester pregavam livremente em Israel. Muitos judeus creram. Somente poucos judeus ainda estavam relutantes contra a Verdade. Até o Rabi Jacob havia virado amigo dos dois. No Brasil, o avivamento espiritual tomou conta do país. Até os governadores e prefeitos creram na Palavra. O Maracanã virou uma grande igreja, a Apoteose não ouviu mais o som do carnaval brasileiro mas em seu lugar passaram a ouvir o som dos altos louvores a D’us. Muitos povos atravessavam as

fronteiras brasileiras para ouvir a Palavra e receberem a Paz verdadeira em seus corações. Mas isso só fez acender a ira de Lord Mytra contra os crentes.Enquanto isso, na cidade do vaticano, Pedro II a estava reedificando e a Praça de São Pedro teve seu nome mudado para a Praça da Paz. A Estátua de Eya estava sendo construída, feita de ouro maciço.

Capítulo 15

A Estátua da Besta

Na comemoração do Nascimento do Quinto Ano, foi dado uma grande festa em Roma. Todos os canais de Tv estavam lá. Quando o Lord Mytra começou o discurso, todos estavam admirados com suas palavras. O povo que estava assistindo ao vivo levantava suas mãos, mostrando a marca com orgulho. Os que não tinham mãos exibiam suas testas marcadas. Todos estavam alegres e orgulhosos daquele dia. Quase trinta minutos após o início do discurso, o Lord Mytra mandou que retirasse o pano da estátua, para inaugurá-la, como símbolo da Nova Religião e disse para todos se ajoelharem a ela. Quando se ajoelharam, a Estátua, surpreendentemente começou a falar e a dizer que estava feliz com todos, mas que ainda estava indignado contra Israel e que era para todos se unirem contra a força do mal (a Estátua atribuía o povo de Israel como força do mal). Falado aquelas palavras, muitos foram aos

pés da Estátua e a beijaram. Muitos do povo da terra começaram a adorar aquela imagem.

“e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu. Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação. E adora-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a perseverança e a fé dos santos. E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão. Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença; e fazia que a terra e os que nela

habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. ” (Apocalipse 13:4-14)

Continuando o discurso, o Lord Mytra convoca: “Convoco a todos os povos da terra a realizarem um grande sacrifício a Eya. Quem sacrificar a Eya receberá do seu poder assim como eu recebi. Eya requer o sangue de todos os cristãos pois só assim haverá paz na terra.” Com isso muitos, freneticamente começaram a caçar todos os cristãos da terra, porque queriam receber de Eya o seu poder.Passado uma semana, o número dos cristãos mortos era muito grande. Muitos corpos foram deixados pelas ruas, em sacrifício a Eya, o que chamavam de o grande dragão. Caçar cristão era como caçar ratos como na época da peste bubônica. Somente em Israel não se matava cristão. Com isso, o Lord Mytra declarou: “Israel insiste em desobedecer as ordens da Nova

Ordem Mundial. Não há mais jeito. Temos que iniciar o extermínio desse povo.”Falado aquelas palavras, de repente, viu-se um clarão no céu e todos achavam que tinha sido a estátua que fez aquele milagre. Apenas depois de três horas e meia que souberam que a cidade de Zurik, na Alemanha, tinha sido atingida por um míssel nuclear que diziam ser israelita e arrasou a cidade. Foi o ponto chave para o Lord Mytra se justificar contra o povo de Israel e mandou que lançasse 3 mísseis para acabar com Israel.

“E saiu outro cavalo, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” (Ap 6.4)

Quando os mísseis se aproximaram de Israel, milagrosamente os mesmos continuaram o percurso e passou sem atingir Israel. Os três mísseis atingiram três cidades importantes: Moscou, na Rússia, Ankara, na Turquia e Tehran, no Iran. Com isso, o Lord Mytra disse ao mundo que Israel havia controlado os mísseis via satélite e por isso eles caíram em regiões

diferentes. (Na verdade o Lord Mytra mandou programar os mísseis nesses três pontos para incitar aqueles povos contra Israel, inclusive o anterior que caíra em Zurik, o que funcionou perfeitamente.) Moscou respondeu e lançou dois mísseis contra Israel, que caiu em Damasco e Beirute, por “acidente”. Dessa maneira, todo o povo ao redor de Israel ficou irado e desejoso de vingança, por causa do número de baixas daqueles países. Quando os mísseis caíam as pessoas eram queimadas vivas. Grande foi a agonia que aqueles povos passaram. Até os mais valentes deles choraram e se desesperaram. O número de mortos era assustador. Nunca na história da humanidade, jamais, aconteceram tamanhas catástrofes. A atmosfera ficou contaminada. O sol ficou impedido de emanar sua luz. As plantações sofreram grandes baixas e a cada dia o alimento ficava escasso. Moscou enviou caças e bombardou Tel Aviv. O Lord Mytra proclamou como questão de honra o extermínio de todos os judeus e decretou que todos os povos da coligação enviasse um tributo à Eya, enviando mísseis nucleares sobre todo o território de Israel. Com esse pronunciamento uma multidão de judeus fugiram para o deserto, a fim de se refugiar no Sinai, com a permissão

do Egito, que havia rompido com o Lord Mytra naqueles dias, por não aceitar a guerra que ele havia determinado. Quando o Lord Mytra soube disso, enviou tropas contra os refugiados. Foram mais de 300 helicópteros Apache em direção a eles. O fim era certo, mas quando eles se aproximaram, milagrosamente, eles sumiram da vista deles e desapareceram. Muitos acreditaram que eles haviam sumido assim como os outros no ano zero, mas Deus os colocou no deserto em um lugar seguro. Para Israel, parecia que a história de Moisés se repetia! Havia o Maná, águas brotavam no deserto, havia a coluna de fogo que os aquecia durante a noite e a nuvem que os encobriam para protegê-los do sol.

Com esse acontecido, o Lord Mytra se enfureceu e declarou em rede Mundial: “Eu vou provar para os judeus que eu sou amigo de Israel: Eu ordeno que todo judeu que crê em YESHUA como o Messias, seja decapitado. Israel, vocês não percebem que eu sou o Messias, que vim unificar todas as religiões em uma só? Eu sou a raiz de Davi: podem olhar minha genealogia!”Os judeus ortodoxos, ao ouvirem aquilo, por incrível que parecesse, não deram ouvidos à ele.

Em reunião chegaram à conclusão que todo inimigo do Lord Mytra deveria se aliar à Israel. Com isso, o Lord Mytra enviou tropas rumo à Jerusalém por causa do ódio com que aquela decisão o deixou.

E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente. A terra, porém acudiu à mulher; e a terra abriu a boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus. E o dragão parou sobre a areia do mar. (Apocalipse 12:14-18)

Capítulo 16

Rumo ao Deserto

Bruno olhou para Ester e disse: “Como Deus é bom conosco! Agora falta pouco. Em breve vamos ver o Senhor nos salvar para a eternidade! Agora, sim, eu quero ver os inimigos de Deus sorrirem! Chegou a hora da Ira de Deus descer sobre a Terra. As Taças da Ira de Deus serão derramadas contra eles!” Ester sorriu para Bruno e disse: “O povo judeu que sumiu, eu sei onde eles estão e creio que nosso filho estará lá também.” Bruno lhe pergunta: “Onde?” Ester lhe responde: “No deserto. Eu li isso no Apocalipse. Só nos resta procurar por lá.” Se prepararam: água, camelo, mantimento, tudo em ordem. Saíram ainda pela madrugada rumo ao deserto do Sinai. Caminharam durante seis horas por dia até chegarem em Aqaba, no décimo segundo dia. Chegando lá decidiram se hospedarem no Days Inn para descansar da viagem longa. À noite, olharam para o céu, mas

não se via mais estrelas. O céu estava fechado. Bruno declarou para Ester: “As coisas estão se apertando. Não sei se vamos sobreviver a tantas catástrofes. Já estou ficando cansado. Estou perdendo as esperanças de achar nosso filho Gabriel.”Ao ouvir aquela história, perto deles, se aproximou um homem com roupas de deserto e lhes falou: “Desculpe, mas não pude deixar de ouvir. Vocês estão procurando um menino chamada Gabriel. Por acaso esse menino estava no orfanato de Jerusalém?” Ester, arregalou os olhos de emoção, se levantou, chegou perto daquele homem e lhe dirigiu a palavra: “Sim, é nosso filho. Meu nome é Ester e esse é meu esposo Bruno. Somos brasileiros e estamos à sua procura. Como você sabe? Você sabe onde ele está?” Aquele homem respondeu: “Sim, sei onde ele está. À propósito, meu nome é Isaac, mas venham comigo ali fora, pois é segredo o que vou lhes falar.” Foram para fora do hotel e o homem lhes declarou: “Ele está com Rachel, minha prima, no acampamento do deserto que o nosso D’us nos colocou em um grande livramento. Lá, estamos vivendo como na época de Moisés. Achamos que o Messias em breve virá nos socorrer. Eu estou indo a Jerusalém para descobrir quem é o

Messias. Achamos que ele está escondido lá.” Bruno, então lhe declarou: “Amigo, nós sabemos onde o Messias está e creia, Ele não está escondido em Jerusalém.” Isaac lhe pergunta: “Então, fale-me, onde ele está? Eu tenho que levá-lo ao acampamento!” Bruno lhe revela: “Yeshua é o Messias. Ele é o que foi morto mas ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao Pai. No deserto é Ele quem vos alimenta e vos aquece. O Messias já está entre vós e em breve Ele descerá do céu para livrar Israel das garras do Lord Mytra.” Isaac coçou a cabeça e lhe falou: “Sei que vocês são cristãos. Já ouvimos isso de muitos cristãos, mas sempre esperamos o Messias e não cremos que tenha sido um homem que foi condenado à morte com malfeitores.” Bruno então pegou sua Bíblia e abriu em Isaías 53 e tentou lhe explicar, falou sobre o livro de Zacarias e revelou como o Messias livrará Israel. Isaac lhe respondeu: “Sim, creio que seja possível, porém tenho que levar isso para a congregação. Vou levar vocês comigo. Amanhã partiremos para lá.”No outro dia seguiram viagem pelo deserto. Passado alguns dias viajando, observaram de longe uma grande nuvem. Ester então falou com Bruno: “Veja, creio que eles estão lá. E é por isso que ainda não conseguiram achá-los via satélite,

a nuvem tampa a visão. Como o Senhor é maravilhoso!”A noite chegou e Bruno e Ester ficaram olhando aquela maravilha: um grande clarão como fogo no meio do deserto. “É o fogo de D’us!” - exclamou Ester. “Estamos habitando em cabanas. Sabe o que significa?” Bruno questionou: “Não, o quê?” Então Ester lhe respondeu: “Ora, lembre-se da Festa do Sucot: é a última colheita! Agora falta pouco!” Bruno começou a chorar de alegria.No outro dia, conseguiram chegar ao acampamento e Isaac os conduziu ao acampamento de Rachel e disse: “Pronto, chegamos. Vamos entrar e ver se esse é o Gabriel vosso filho. Ester com os olhos cheios de lágrima indagou a Bruno: “Será nosso Gabrielzinho?” Então ele falou: “Só tem um jeito de saber. Vamos entrar.”

Continua...