Editorial - Instituto de Tratamento da Dor - Fortaleza,...

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Editorialferecer informações para que as pessoas possam cuidar de si mesmas, com atenção e carinho. Este é o objetivo principal da Revista Care, uma publicação com a credibilidade do Instituto de

Tratamento da Dor. De forma leve e dinâmica, apresentaremos textos informativos sobre as várias maneiras de manter o bem-estar e prevenir a dor, condições fundamentais para o equilíbrio e a qualidade de vida. A cada edição, as matérias serão escritas por profissionais de saúde renomados no Brasil, fato que garantirá a veiculação de temas modernos, completos e sempre inovadores. Em nossa primeira edição, trazemos matérias sobre os tipos de dor de cabeça e o tratamento mais indicado para cada uma deles; os riscos da prática excessiva de atividade física, o chamado overtraining; os tipos de pés e pisadas e a utilização da baropodometria, além da manutenção do estilo de vida correto para um envelhecimento saudável. Sua participação será essencial para que a Revista Care cresça e alcance os resultados esperados, sempre com amor, cuidado e muita informação. Aproveite bastante a leitura e até a próxima.

O

José Góes Fisioterapeuta Clínico e Desportivo

Coordenação da publicação: Melina Abu-Marrul

Jornalista responsável: Mirtila Facó MTb 2803/CE

Revisão: Ana Luiza Martins

Projeto gráfico: Wiron Teixeira

Impressão: TiprogressoTiragem: 15.000 exemplaresPeriodicidade: Trimestral

Para anunciar:[email protected] 3261 5066 • 85 9673 1155

85 3261 5066

Você conhece sua pisada?

Dor de cabeça:dê um basta!

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overtraining: os riscos do exagero na atividade física

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uando se fala em pisada, é imprescindível saber, inicialmente, que o pé é uma estrutura de fundamental importância para uma postura correta. Tudo isso é explicado pelo fato de ser ele a base de equilíbrio e estabilidade do corpo

e, ao ser projetado, é capaz de se adaptar às diferentes características do solo, impulsionando o indivíduo a mover--se no espaço.

Neste aspecto, a pisada nada mais é do que o ato de tocar o pé no chão com o intuito de dar o passo. Ela é composta por três fases principais: a primeira é o toque do calcanhar com o solo; a segunda é o apoio do meio do pé fazendo o amortecimento e a terceira, chamada de rolagem, é a impulsão feita pela parte da frente do pé com os dedos, permitindo ao corpo andar, trotar e/ou correr.

Você conhece sua pisada?

Pronada, supinada e neutra são os três tipos de pisadas. As pronadas e supinadas poderão gerar falha na adaptação do pé ao solo e, por consequência, atrapalhar a impulsão. Essas alterações têm um alto potencial para gerar lesões, dores e disfunções posturais. A pisada neutra, por sua vez, é aquela que está centralizada, obedecendo a linha normal do passo, sendo ideal para a prática de esportes.

Tipos de péDependendo de cada tipo, os pés podem ser cavos, planos ou normais. O pé cavo tem por característica ser muito rígido e, geralmente, seu tipo de pisada é o supinado.

O pé possui diversos ossos e articulações que devem ter mobilidade para amortecer o seu impacto em contato

com o chão. Quando o pé é muito rígido, esse sistema de amortecimento fica deficitário, aumenta o impacto nos tornozelos, joelhos, quadril e coluna vertebral. Nesse tipo de situação, faz-se necessário o uso de uma palmilha para adaptar a pisada e melhorar o sistema de amortecimento e distribuição de pressão sobre o pé.

Quando o pé tem por característica ser plano, o problema é um pouco maior, já que só existem, de forma efetiva, duas soluções. A primeira, somente em casos muito graves, é a cirurgia. Neste caso, o pós-operatório é doloroso. Na maioria das vezes, o controle é feito também através de palmilhas para sustentar o arco plantar. Normalmente, o pé plano tem uma tendência a pisar de forma pronada (para dentro) devido a descida do arco plantar. Tais alterações também prejudicam tornozelos, joelhos, quadril e coluna vertebral.

O conhecimento do tipo da pisada e da forma do pé é dado através de uma avaliação clínica, que não se resume somente ao pé, e sim, a todo o corpo. Integrado a esta avaliação, é feito um exame computadorizado da pisada, chamado de baropo-dometria. Através de um aparelho chamado de baropodôme-tro, que é conectado a um computador e possui aproximada-mente 2.700 sensores de pressão, pode-se observar o tipo de pisada, o tipo de pé e como está o equilíbrio do corpo e de cada pé de forma individual.

Com essa tecnologia é possível guiar o tratamento, escolher o tênis adequado e também prescrever a palmilha correta a ser confeccionada. Esta palmilha deve ser feita sob medida, atendendo aos parâmetros vistos na avaliação clínica e na baropodometria. Nos últimos anos, estamos obtendo sucesso com as prescrições de palmilhas proprioceptivas de ajustes posturais e também dos gestos esportivos, já que muitos atletas pisam de forma errada e, com o passar do tempo, adquirem lesões que atingem diversas regiões do corpo.

Por Mário Almino Fisioterapeuta

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PRonADA

Logo que toca o chão, o pé apoia-se no lado mais interno e se volta para dentro, ganhando impulso com a utilização do dedão.

neutRA

Ao tocar o chão, o pé apoia-se no lado externo do calcanhar, movendo-se para dentro e seguindo em linha reta até que o dedão seja elevado.

suPinADA

Quando toca o chão, o pé apoia-se no lado externo do calcanhar e usa o lado mais externo para continuar o movimento, pegando impulso no dedinho.

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Tipos de pisAdA

Baropodometria - Avaliação da pisada

esporte e saúde

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osteoPAtiA: tem por objetivo fazer pequenos ajustes vertebrais e articulares no corpo que, por sua vez, de-sencadeiam uma série de alterações musculares que aumentam a tensão muscular no crânio, articulação da ATM (articulação têmporo-mandibular), coluna cervical e dorsal. É um método de terapia manual que traz resultados bastante significativos, principalmente, nas cefaleias tensionais.

ACuPuntuRA: ciência milenar que ajuda a equilibrar todo o corpo, promovendo uma melhor circulação energética para tratar as cefaleias. Pode ser realizada de forma sistêmica (em todo o corpo) ou de maneira mais localizada, em pontos específicos e auriculares. Este método, integrado principalmente à terapia neural, tem proporcionado rapidez e segurança aos resultados.

ReeDuCAÇÃo PostuRAL: temos uma média de 640 músculos em todo o corpo. Esses músculos não atuam de forma isolada, e sim, em conjunto, através dos chamados grupos musculares. Quando estes grupos es-tão em desarmonia, surgem as alterações posturais que influenciam na coluna cervical, musculatura da face e do crânio. Quanto mais tensão nestes grupos, maiores são as cefaleias, já que a pressão intracraniana é aumentada, irritando as meninges e gerando o problema.

LiBeRAÇÃo MioFAsCiAL: as fáscias, membranas formadas por tecido conjuntivo, recebem toda a es-trutura neural dos músculos. Por muitas vezes, estas fáscias ficam aderidas aos músculos e ao tecido adiposo (gordura que fica abaixo da pele), o que difi-culta a função muscular, gerando mais tensão e dor. Um trabalho de liberação das fáscias do crânio (cou-ro cabeludo), músculos da face, pescoço, ombros e coluna dorsal, ajudam a minimizar as cefaleias.

teRAPiA MeDiCAMentosA: deve ser usada somente quando o paciente não responde com eficiência aos tratamentos referidos. O que torna difícil o tratamento é entender os motivos pelos quais o paciente apresenta o problema. Depressão, ansiedade, má alimentação, problemas funcionais como intolerância à lactose, pressão alta, ausência de atividade física, problemas no aparelho locomotor (ossos, músculos e ligamentos) e alterações posturais podem ser algumas das causas.

teRMoGRAFiA: é um sensoriamento térmico feito através da formação de imagens chamadas de termo-gramas, que possibilitam identificar as zonas de maior sobrecarga muscular, articular, locais de inflamação ou maior atividade vascular. É uma importante tecnologia integrada ao tratamento e não oferece nenhum risco ao paciente, pois não emite radiação, não tem contraste e pode ser utilizada quantas vezes for necessária.

dê um basta!Dor de cabeça:

CPor Raphael Mariano Fisioterapeuta

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Tipos de tratamentos:

Os locais e os tipos de dores variam, podendo atingir

diversas partes da cabeça como: testa, nuca e laterais, e

podendo, ainda, ser constantes ou virem na forma de pon-

tadas. As consequências resultantes das dores de cabeça

são limitações significativas na produção do trabalho, no

rendimento escolar e nas atividades rotineiras. Além disso,

causam uma grave redução na qualidade de vida da popu-

lação afetada, que, segundo estudos recentes, é de 30% a

78%. A fisioterapia é uma importante ferramenta no combate

aos fatores que desencadeiam as enxaquecas e as cefaleias.

efaleia (ou dor de cabeça) e enxaqueca são sintomas registrados acerca de 7.000 anos a.C. A cefaleia é classificada em primária e secundária. A primária tem como principal manifestação a

recorrência da dor do tipo tensional. A secundária é identificada no momento em que as dores de cabeça são causadas a partir de infecções (renites, sinusites), traumas ou tumores cerebrais, entre outras. A respeito das enxaquecas, várias são as causas conhecidas, entre elas: fatores genéticos, ambientais (cigarro, álcool, poluição e produtos químicos), hormonais e compor-tamentais (ansiedade, alto grau de exigência e depressão).

vencendo a cefaleia

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Segredos para o

N

M

envelhecimento saudável

Por silvana Macedo de Araújo Médica - CRM 4927

85 3021 0093

Avenida Santos Dumont 5753, sala 1002, Torre Saúde

uita polêmica se criou em torno da chamada Medicina Antienvelhecimento. De fato, essa espe-cialidade médica não existe. O que existem são medidas preventivas e regenerativas inovadoras,

no sentido de manter a vitalidade e as capacidades física e mental em qualquer idade.

É possível sim, envelhecer com saúde. O primeiro segredo é a manutenção do estilo de vida saudável. Alimentação balan-ceada, atividade física regular, sono regenerador, controle do estresse, reposição de vitaminas e antioxidantes, energéticos intracelulares para o coração, cérebro e músculos e manutenção do equilíbrio hormonal fisiológico são fatores primordiais. Tudo em nosso corpo tem a participação da atuação hormonal. Insulina metaboliza carboidratos; glucagon é estimulado ao ingerirmos proteínas; melatonina promove o sono profundo, que, por sua vez, permite a liberação do hormônio do cres-cimento; testosterona ativa o desejo sexual e o estrógeno, a sensualidade. Alguns hormônios inibem, outros estimulam, e, através deles, nosso organismo desencadeia mecanismos de compensação para sobreviver.

O segundo segredo é a prevenção. Um dos cuidados está re-lacionado ao tratamento da síndrome metabólica. As diversas alterações no metabolismo do corpo podem aumentar os fa-tores de risco para enfermidades cardiovasculares, vascula-res periféricas e diabetes. Assim, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são imprescindíveis, uma vez que a maioria dos componentes da síndrome não apresentam sintomas e são inimigos silenciosos.

Hormônio, comida e sexo sempre existiram. Então, por que é notável atualmente a preocupação com o envelhecimento saudável? A resposta é simples: os alimentos não eram industrializados e o homem precisava fazer um grande esforço físico para consegui-los.

ão são apenas atletas que podem sofrer com problemas nos joelhos e tornozelos. Esse tipo de lesão é cada vez mais comum. Cerca de 50% das lesões musculoesqueléticas têm a

participação dessas articulações. Os esforços a que joelhos e tornozelos são submetidos todos os dias explicam o fato. Dor e instabilidade são dois dos sintomas principais relatados pelos pacientes. Após a cirurgia, a fisioterapia é uma importante aliada na melhoria da funcionalidade da articulação que foi submetida ao procedimento. Seus efeitos fisiológicos e terapêuticos oferecem todas as condições para que a recuperação seja rápida e sem traumas.

As principais complicações em um pós-operatório inade-quado são os bloqueios, a instabilidade e má funcionalida-de articulares, a dor, o déficit de força e a atrofia muscular. A fisioterapia é o principal foco neste momento de cuidados e recuperação. Para que melhores resultados sejam alcan-çados, o atendimento deve ser especializado para cada tipo de cirurgia.

Joelhos e tornozelos: como ter um pós-operatório seguro

Para auxiliar no pós-operatório dos tendões, ligamentos e outras estruturas articulares, é fundamental a utilização do CPM, equipamento de Movimento Passivo Contínuo. Por ser um aparelho computadorizado, o fisioterapeuta consegue adaptar o CPM e programar a amplitude e a velocidade com que o movimento deve ser realizado. Dessa forma, a movimentação articular é ampliada, fazendo com que a possibilidade de bloqueio articular seja bastante reduzida.

Movimento Passivo Contínuo

pós-operatório vida saudável

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• Antes de praticar qualquer atividade física consulte um fisioterapeuta, pois diversas alterações osteomusculares, ligamentares e tendíneas podem provocar o surgimento de lesões inesperadas.

• É importante consultar um médico para fazer um checkup geral; afinal, muitas doenças apresentam sintomas silenciosos.

• Ao escolher uma academia e iniciar um treinamento funcional, assegure-se de que está sendo assessorado por profissionais capacitados, ou seja, profissionais de educação física.

• Mantenha uma alimentação equilibrada, saiba balancear proteínas, gorduras, carboidratos e vitaminas. Fazer pequenas refeições durante o dia, além de evitar a fome, proporcionará força e resistência ao seu corpo.

• Durma, no mínimo, oito horas por noite. Um bom sono é essencial não só para o adequado crescimento muscular, como também para a produção hormonal, reposição meta-bólica e para um descanso geral do corpo.

• Divida seu treinamento de maneira que não trabalhe grupos musculares seguidos ou muitas vezes na mesma semana. Combinações do tipo peito/bíceps, costas/deltóides, bíceps/trapézio, pernas/tríceps e panturrilhas/abdômen não seriam as mais indicadas, pois, provavelmente, não dariam ao corpo o descanso adequado e possibilitariam o surgimento de mais lesões. Portanto, ao iniciar o seu programa de treinamento funcional, siga as orientações de um profissional.

equilíbrio e movimento

OVERTRAINING: os riscos do exagero na atividade física

prática excessiva de atividade física – por muito tempo e com elevada intensidade - não favorece o corpo; pelo contrário, prejudica-o em diversos as-pectos. A essa situação dá-se o nome de overtraining.

A variação na dinâmica de cada organismo não permite que haja uma fórmula única de treinamento. Por isso, sendo amador ou mesmo atleta profissional, esteja sempre atento para evitar o problema. Abaixo, seguem algumas dicas importantes:

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Por José Góes Fisioterapeuta

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• InsônIa • Perda de aPetIte e força• frequentes resfrIados e contusões • cansaço anormal • IrrItabIlIdade • tremor nas mãos

• dores de cabeça constantes • sede acentuada• dePressão • ansIedade • desInteresse em eXercItar-se

PrinciPais sintomas causados Pelo overtraining:

Nós temos o tratamento correto!

Equipe especializada e tecnologia integrada ao diagnóstico, tratamento e resultados. Nossos sistemas de avaliação ajudam a prevenir tendinites, bursites, dores articulares, lesões de menisco e ligamentos, tensões musculares e diversas outras lesões traumato-ortopédicas e desportivas.

Rua Coronel Jucá, 1295 ¬ Aldeota85 3091 6062 • 85 9994 6485

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BAROPODOMETRIASistema de avaliação postural computadorizado que analisa a pisada, as pressões exercidas por ela e a postura do corpo durante esse movimentobiomecânico.

TERMOGRAFIASensoreamento remoto das alterações da temperatura superficial da pele e processamento das informações em imagens de alta resolução.