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Carlos Teixeira

O Executivo Municipal aprovou, recentemente, o AcordoEstratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para olançamento do novo hospital a localizar em Loures, concluindoassim uma fase decisiva do arranque de um projecto de interessesupramunicipal, que vem premiar o esforço e a dedicação de todosaqueles que sempre lutaram por uma causa tão decisiva para aqualidade de vida dos munícipes do concelho.

É o início de um longo processo, que comprometeinstitucionalmente as partes envolvidas na sua preparação,particularmente o Governo, que passa a dispor dos instrumentosbásicos necessários à construção da unidade hospitalar.

Um dos temas tratados, com destaque, nesta edição, remete--nos para a actividade do sector audiovisual sedeado em Loures.

É uma agradável surpresa, dar conta da dinâmica desenvolvidapela iniciativa privada numa área com potencialidades de crescimentoe de grande impacte mediático, que iremos acompanhar com a devidaatenção, no quadro de reflexão estratégica que estamos a desenvolver.

Na abordagem do tema, houve lugar ainda para uma visita aoArquivo Nacional das Imagens em Movimento que, com a suapresença, reforça a apetência para acolher no território concelhioinstituições nacionais de referência, polarizando interesses eaumentando a visibilidade pública da Autarquia.

Noutro registo, a inauguração da Rota dos Vinhos de Bucelas,Carcavelos e Colares constituiu mais um pretexto para acentuar arelevância cultural e turística da bela região de Bucelas, em torno dasua mais-valia patrimonial: o cultivo da vinha.

O prestígio e a qualidade dos seus vinhos, reconhecidosinternacionalmente, carecem agora da dinamização de vontades esaberes para a sua promoção organizada, aproveitando as vantagenscomparativas de um sector tradicional que comporta um conjuntode activos de inegável importância económica.

Numa sociedade cada vez mais competitiva, são as actividadesdiferenciadoras que dão notoriedade aos concelhos e potenciam amassa crítica necessária ao investimento reprodutivo e à criação deriqueza associada.

Por último, não quero deixar de referir uma louvável iniciativacontra a violência, que se prende com a entrada em funções daComissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Loures.Um contributo generoso, à nossa dimensão, para enfrentar um tipode crime que resulta da crise de afectos e da ausência de sentimentosque percorre o nosso quotidiano.

Editorial

O Executivo Municipalaprovou, recentemente,

o Acordo Estratégicode Colaboração com

o Ministério da Saúdepara o lançamento

do novo hospitala localizar em Loures,

concluindo assim uma fasedecisiva do arranque

de um projectode interesse

supramunicipal

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José

Bra

nco

Imagem simulada

Contactos Úteis>Presidência

Paços do ConcelhoPraça da Liberdade – LouresTelefone: 21 982 98 00

>Acção SocialRua Manuel Augusto Pacheco, 5 – 2.º – LouresTelefone: 21 984 91 60

>Actividades EconómicasRua Dr. Manuel de Arriaga, 4 – 2.º – LouresTelefone: 21 982 69 60 – 21 982 30 95/6

>AmbienteRua do Funchal, 49 – LouresTelefone: 21 984 82 00

>Áreas Urbanas de Génese IlegalRua Ilha da Madeira, 4 – 2.º – LouresTelefone: 21 982 99 00

>Biblioteca Municipal José SaramagoRua 4 de Outubro, 19 – LouresTelefone: 21 982 62 00

>CIPI – Centro de Informação à População IdosaRua da República, 70 – LouresTelefone: 21 983 68 03

>Educação/Desporto/JuventudeRua Fria (Casa do Adro) – LouresTelefone: 21 984 87 00

>Gabinete de Apoio ao Consumidor – GAC/CIACRua Dr. Manuel de Arriaga, 10 r/c – LouresTelefone: 21 982 30 62/28 54

>Gabinetes de Atendimento à JuventudeLouresRua da República, 17 – LouresTelefone: 21 982 07 17

SacavémQuinta do PatrimónioRua S. G. Sacavenense, Lote 27 – SacavémTelefone: 21 941 06 89

Santo António dos CavaleirosLargo Francisco Moraes – Santo António dos CavaleirosTelefone: 21 988 18 90/1

>Gesloures – Piscinas e Parques DesportivosRua António C. Bernardo (Piscina Municipal de Loures) – LouresTelefone: 21 982 67 00

>Gestão UrbanísticaRua Ilha da Madeira, 4 – LouresTelefone: 21 982 99 00

>HabitaçãoRua Frederico Tarré, 3 – LouresTelefone: 21 984 88 00

>LouresParqueRua dos Combatentes da Grande Guerra, 4 – 1.º – LouresTelefone: 21 982 17 81

>Museu da Cerâmica de SacavémUrbanização do Real Forte – SacavémTelefone: 21 940 98 00/9

>Museu Municipal da Quinta do ConventinhoQuinta do Conventinho – Santo António dos CavaleirosTelefone: 21 983 96 00

>Obras MunicipaisRua da República, 106 – LouresTelefone: 21 982 78 00

>Parque Municipal do Cabeço de MontachiqueCabeço de Montachique – FanhõesTelefone: 21 985 61 52

>Parque Urbano de Santa Iria de AzóiaSanta Iria de AzóiaTelefone: 21 955 25 21

>Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC)Centro Comercial Carrefour – Espaço de Atendimento MunicipalTelefone: 21 982 62 60/1

>Protecção CivilRua de Goa, 16 (Alvogas) – LouresTelefone: 21 984 96 00 (24 horas por dia)

>Recursos HumanosRua Dr. Manuel de Arriaga, 7 – LouresTelefone: 21 984 84 00

>Serviços Municipalizados de Água e SaneamentoRua Ilha da Madeira, 2 – LouresTelefone: 21 984 85 00Piquete – Telefone: 21 983 95 00

>TurismoRua da República, 70 – LouresTelefone: 21 983 93 00

FICHA TÉCNICA

DirectorCarlos Teixeira

Director adjuntoJorge Andrew

CoordenaçãoDivisão de Informação e Relações Públicas

RedacçãoSónia Figueiredo

Carlos GomesMiguel Sancho

RevisãoJorge Reis Amado

FotografiaFernando Zarcos

José Branco

Arquivo fotográficoPaula Santos

Isabel MartinsEdite Frazão

Grafismo e paginaçãoAntónio Baldeiras

Montagem e ImpressãoSogapal

PropriedadeCâmara Municipal de Loures

Praça da Liberdade2674-501 LOURES

Telefone21 983 80 35

Telefax21 982 02 71

[email protected]

Distribuição gratuitaPeriodicidade: bimestral

Tiragem: 75 000 exemplaresDepósito legal n.º 183565/02

ISSN 1645-5088

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Saúde

Santo António dos Cavaleiros

Novo Centro de Saúdecom solução à vista

A Loures Municipal foiconhecer as sensibilidades dealguns dos utentes do Centrode Saúde de Santo António dosCavaleiros.

Quatro anos depois de o Municípioter cedido os terrenos para o futuroCentro de Saúde de Santo António dosCavaleiros, o processo que visa a edificaçãodo novo complexo vai finalmente chegarao fim. Para tal, estão em apreciaçãotécnica com a Administração Regionalde Saúde de Lisboa e Vale do Tejo(ARSLVT) as últimas peças dasespecialidades do projecto.

O contrato-programa assinado em2001, que apontava o início da construçãodesta unidade de saúde para o ano de2002, previa que a Câmara avançasse coma obra logo que tivesse na sua possetodos os dados do projecto. Tal facto,

Depois de longo e morosoprocesso, surge finalmente a “luz

ao fundo do túnel” para o novoCentro de Saúde de Santo

António dos Cavaleiros. Câmara eMinistério da Saúde ultimam os

pormenores de uma obra vitalpara a qualidade de vida dos

munícipes dafreguesia.

que só agora está em vias de acon-tecer advém da vontade ine-quívoca doExecutivo Camarário, que inscreveu emorçamento as verbas necessárias para oefeito, e de nas negociações com o Governosobre o Futuro Hospital de Loures terincluído como uma das prioridades aconstrução da Extensão de Saúde de SantoAntónio dos Cavaleiros.

A funcionar há 28 anos na cave deum prédio de habitação na Flamenga, anova unidade de Saúde irá proporcionarcondições de elevada qualidade para otrabalho dos médicos e profissionais desaúde, beneficiando os mais de 28 milutentes dos serviços.

Fátima Mesquita62 anos

“O problema deste Centro deSaúde, para além das instalações, éa falta de pessoal. É incrível quequalquer pessoa em cadeira derodas não tenha acesso às ins-talações.”

Tulcidas Narcidas69 anos

“O principal problema desteCentro de Saúde é a falta de médicose de enfermeiras. É difícil marcarconsultas e para tal é necessário virmuito cedo. Como fui operadorecentemente, e agora ando demuletas, tenho dificuldade emaceder ao Centro. Penso que émuito importante o novo Centro deSaúde porque somos muitos utentespara um espaço tão reduzido.”

Maria Odete30 anos

“Como mãe de duas criançaspenso que o Centro de Saúde nãotem condições para uma freguesiado tamanho desta. Era muitoimportante que houvesse pediatrasnuma freguesia com tantos jovenscasais. Vivo há pouco tempo emSanto António dos Cavaleiros e jáestou a pensar mudar de residênciapor todos estes factores.”

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Saúde

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A construção doHospital de Loures é

uma reivindicaçãoantiga dos munícipes

do concelho. Adistância, o trânsito e

as dificuldades emaceder aos

equipamentos de saúdelocalizados na capital

são algumas daslacunas apontadas.

A Loures Municipalauscultou a opinião de

três habitantes dediferentes zonas do

Município.

LouresNatália Carmona, 68 anos

Hospital virtual

“O Hospital faz muita falta eé muito importante porqueestamos distantes dos hospitaisde Lisboa e apanhamos gran-des filas de trânsito para láchegar. Era um investimentomuito bom, pois com umhospital aqui perto, seria maisrápido para as pessoas doconcelho lá chegarem. Nóschamamos-lhe o hospital vir-tual, porque muito se temfalado, mas ainda não se vênada de concreto.”

BucelasFrancisco Guerra, 56 anos

Boa localização

“Fui motorista dos Bom-beiros Voluntários de Bucelasdurante vários anos e semprehouve grandes dificuldadespara chegar aos hospitais deLisboa.

Agora ainda é pior devidoao aumento do trânsito auto-móvel, pelo que um hospital emLoures era uma coisa bem feita.Acho que a localização pro-posta, junto ao Carrefour, é boa.Com a CREL pomo-nos lá emdez minutos.”

“Só quando vir o hospital aser construído é que acredito. Éum equipamento que faz muitafalta ao concelho de Loures, masnão sei se será muito útil para azona de Sacavém. Como vaificar localizado na zona norte,fica desenquadrado da zonaoriental. As freguesias de Mos-cavide, Sacavém e Santa Iria deAzóia continuarão a recorrer aoshospitais de Lisboa, por ficaremmais perto.”

SacavémAcúrcio Marques, 56 anos

Longeda zona oriental

Hospital

Executivoaprova acordoestratégico de

colaboração

Em sede de Reunião de Câmara,realizada a 25 de Março, foiaprovada a transferência do

direito de superfície sobre osterrenos municipais para o Estado– por um período de setenta anos

prorrogáveis –, e o protocolo, aassinar pelo Município e o

Ministério da Saúde, que visaestabelecer as responsabilidades

das duas entidades nodesenvolvimento do processo que

levará à construção.

Após a assinatura do acordoestratégico de colaboração para olançamento do novo hospital a localizarem Loures sob a forma de parceriapúblico-privada, o Ministério da Saúdeficará na posse dos instrumentosnecessários ao início dos procedimentosque conduzirão à sua construção.

Todo processo será acompanhado

por uma comissão municipal, a criar paraeste efeito, que funcionará comointerlocutora com o Ministério da Saúde,reflectindo as atribuições e competênciasmunicipais envolvidas nas diversas fasesde autorização e execução desteempreendimento, que será integrado noServiço Nacional de Saúde.

Para além da cedência do direito de

superfície dos mais de 166 mil metrosquadrados de terreno, este acordocontempla, também, a instalação doscentros de saúde de Santo António dosCavaleiros e de Sacavém, na Quinta doMocho, em terrenos igualmente cedidospelo Município. Este é o início do fim deuma antiga reivindicação dos munícipesdo concelho de Loures.

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Educação

Lousa

Escola remodelada com novo jardim-de-infância

Novas valênciasDuas salas de actividadesSala de repousoSala polivalenteBibliotecaCozinhaRefeitórioInstalações sanitáriasSalas de apoio aos corposdocente e não docente

O perfil do terreno onde se iria situar ofuturo jardim-de-infância de Lousa nãofavoreceu o trabalho dos técnicosmunicipais responsáveis pela obra. Ostrabalhos eram complexos, mas a suaimportância para a freguesia impunha-se.“Mãos à obra” e algum tempo depois, oresultado final não poderia ser melhor. Delinhas arrojadas e futuristas, o novo jardim--de-infância de Lousa é a mais-valia esperadapara uma freguesia que necessitavaurgentemente deste equipamento.

Na cerimónia de inauguração,ocorrida a 5 de Fevereiro, Carlos Teixeiradeixou bem expressa a importância queo Município atribuiu a esta realização:“Para Lousa esta obra é fundamentalpois é importante dar mais vida àfreguesia e fazer com que as pessoas se

Crianças, pais, educadoras,corpo docente e não docente

associaram-se à festa quemarcou um dia diferente para

as crianças de Lousa.A “nova” escola traz-lhes

mais motivos para aprender e,já agora, sorrir e brincar.

fixem aqui. O esforço que a Câmara estáa fazer na renovação do parque escolar ébem visível, depois de Santa Iria de Azóiae Loures, é a vez de Lousa sercontemplada com este equipamento.”Também Constantino Laranjeira,presidente da Junta de Freguesia deLousa, ficou “muito satisfeito” com aobra que, segundo o autarca, “beneficiauma freguesia que tende a ser esquecida”.

Para além da construção, de raiz, dojardim-de-infância, também o logra-douro da escola foi alvo de uma refor-mulação com a construção de acessos paradeficientes, e o antigo edifício onde fun-ciona o ensino básico foi inteiramentebeneficiado. Esta obra representa uminvestimento municipal superior a ummilhão de euros.

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Educação

Depois de Loures, também Santa Iriade Azóia entrou no mapa das freguesiascom novos equipamentos na área daEducação. O novo jardim-de-infância,inaugurado no dia 29 de Janeiro,representou um investimento municipalde cerca de 872 mil euros, materializadona evidente melhoria das condições paraque alunos e professores desenvolvam oseu trabalho numa área em que a Câmaraaposta fortemente: a Educação.

A cerimónia de inauguração, quecontou com a presença de Carlos Teixeira,António Pereira, João Pedro Domin-gues, respectivamente presidente evereadores da Câmara de Loures, ErnestoCosta, presidente da da Junta deFreguesia de Santa Iria de Azóia bemcomo de outros membros do executivomunicipal, foi pautada por um clima defesta na qual as crianças tiveram um papeldeterminante: poemas, canções,

Mais um jardim-de-infânciainaugurado e mais uma escola

remodelada. A modernização doparque escolar do concelho

continua a bom ritmo e agoraforam as crianças de Santa Iria de

Azóia que estiveram em festa.

Santa Iria de Azóia

Rostos felizes em dia de festa

Novas valênciasQuatro salas de actividadeCozinhaRefeitórioBibliotecaSala de repousoSala polivalenteEspaço lúdico no logradouro

agradecimentos e muita alegria foram asnotas dominantes deste dia para recordar.Afinal, as mais de 130 crianças quepassaram cerca de um ano em instalaçõesprovisórias foram recompensadas com aprofunda remodelação da antiga escolabásica.

Os presidentes foram unânimes emclassificar este projecto como “muitoimportante para a freguesia”. CarlosTeixeira adiantou ainda que a Câmarapretende prosseguir com este tipo detrabalho: “Já este ano inaugurámos anova escola básica e jardim-de-infância deLoures, agora estamos aqui em Santa Iriade Azóia e, em breve, inauguraremos ojardim-de-infância de Lousa (ver páginaao lado). Para breve estão as inauguraçõesdos novos jardins-de-infância deFanhões e de Sacavém, pelo que o nossoempenho em melhorar o parque escolardo concelho é evidente.”

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Actividades Económicas – Turismo

Caves Velhas

Companhia Portuguesade Vinhos de Marca, Lda.

Rua Professor Egas Moniz2670-653 BUCELASTelefone: 21 968 73 30e-mail: [email protected]

Sociedade Agrícola daQuinta da Romeira S.A.

Quinta da Romeira2670-678 BUCELASTelefone:21 968 73 80e-mail: [email protected]

António JoãoPaneiro Pinto

Chão de Prado

Estrada de Santiago2670-678 BUCELAS

Telefone:21 968 05 57e-mail: [email protected]

Francisco CasteloBranco, S.A.

Quinta da Murta

Apartado 7362671-601 BUCELASTelefone: 21 968 08 20e-mail: [email protected]

O dia culminou com umBucelas-de-Honra e

uma visita à Quinta daRomeira

A passagem peloprodutor do Chão do

Prado incluiu a visita àlojinha de artesanato de

António Paneira Pinto

O produtor FranciscoCastelo Branco mostrou

a sua vinha e deu aconhecer novos

projectos que pretendelevar a cabo na área do

turismo rural

Os convidadosiniciaram a Rota com a

visita ao edifício históricodas Caves Velhas

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Actividades Económicas – Turismo

A inauguração da primeira fase daRota dos Vinhos de Bucelas,

Carcavelos e Colares realizou-seno dia 13 de Fevereiro na presença

de representantes do executivomunicipal e da Associação daRota dos Vinhos de Bucelas,

Carcavelos e Colares, agenteseconómicos, órgãos de

comunicação social e muitosoutros convidados.

Em Bucelas, mais de uma centena depessoas quiseram testemunhar a criaçãoda Rota dos Vinhos, um projecto quevisa divulgar a tradição vitivinícola de umaregião que produz cerca de 500 mil litrospor ano e que dispõe de um conjunto defactores favoráveis à dinamização doenoturismo, tendo para isso o apoiocomunitário do Projecto Vinest.

A Rota é um pretexto para saborearo afamado vinho da Região Demarcadade Bucelas, e através de uma agradávelvisita aos produtores associados aoprojecto. No percurso ganham destaqueas actividades ligadas à produçãovitivinícola, artesanato, gastronomia eturismo rural.

Durante a cerimónia de inauguração,o presidente da Câmara, Carlos Teixeira,salientou a importância deste projecto e

Rota dos VinhosPrimeira fase inaugurada em Bucelas

manifestou disponibilidade paracontinuar a contribuir para o êxito daRota, designadamente “pugnar pelaceleridade na apreciação de processos dereconhecido interesse local e na adequaçãodos elementos estruturantes de planea-mento e gestão urbanística aos grandesdesígnios estratégicos do desenvol-vimento local e regional”.

Estimulando a ampliação da Rota aCascais, Oeiras e Sintra, acrescentou que“numa lógica metropolitana, faz todo osentido promover o alargamento da Rotados Vinhos de Bucelas, Carcavelos eColares aos restantes concelhos aderentes,aproveitando as sinergias entretantocriadas, de modo a dotar o projecto dadimensão necessária à sua valorização noconjunto da Área Metropolitana de Lisboae a uma desejável internacionalização”.

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Opinião

Como presidente da ComissãoInstaladora da Rota dos Vinhos deBucelas, Carcavelos, e Colares, esimultaneamente como presidente daComissão Vitivinícola das três citadasregiões, quero, em primeiro lugar, deixarexpresso o meu agradecimento às quatroautarquias onde as mesmas se inserempelo que têm feito pela sua manutençãoe divulgação. No entanto, não possodeixar de salientar o papel dinamizadorque a Câmara Municipal de Loures temtomado em todo este campo.

Nos estatutos da ComissãoVitivinícola Regional de Bucelas,Carcavelos e Colares estão considerados,como uma das suas atribuições principais,a defesa e promoção dos vinhos das trêsregiões. É no campo da promoção queesta comissão enfrenta as maioresdificuldades, dado os seus rendimentosserem bastante reduzidos. Foi pois nestecontexto que, em meados de 1996, como apoio expresso da Câmara Municipalde Loures, foi lançada a ideia da criaçãode uma Rota de Vinhos junto das outrascâmaras municipais, que culminou comassinatura de um protocolo, subsidiandoum estudo com vista à implementaçãode uma Rota de Vinhos, apresentada em1998. Nesse mesmo ano e porintermédio da Câmara Municipal deLoures, a comissão vitivinícola integrou,como parceiro, o projecto comunitário

Vinest, do qual faziam parte entidadesde pequenas regiões vitícolas daSardenha, Sul da Áustria, Alemanha deLeste, Grande Canária e Bullas (Murcia),e que a própria Câmara de Lourestambém integrou como parceiro local.Foi pois no âmbito deste projecto quefoi possível subsidiar grande parte dasinalética da Rota do Vinho referente aBucelas, e proceder à sua inauguração.Esperamos que em breve se possaconcretizar o mesmo facto nas regiõesvitícolas de Carcavelos e Colares.

Ao ser confirmada, por decreto-lei,no início do século passado, como“Denominação de Origem Controlada”(DOC), a denominação “Bucelas” aovinho branco produzido nesta região emcondições específicas indica-nos queestamos perante um produto de altaqualidade e, como tal, um patrimóniovalioso que deve ser preservado e quiçámelhorado. Este património, que nesteestádio poderá designar-se por“vitivinícola”, e como tal ser enquadradono sector primário, tem possibilidades evirtudes para extravasar o seu campo eproporcionar uma dinamização noutrossectores, com reais reflexos na valorizaçãoda região. É isto que se pretende com aimplantação de uma Rota dos Vinhos,não sendo ela mais do que um circuitovirado para o potencial turístico dasquintas e adegas ligadas à cultura da vinhae à produção de vinhos de alta qualidade,mas que extravasa o sector vitivinícola eanexa o património histórico e artístico,os atractivos paisagísticos, etnográficos eculturais, a gastronomia, o próprioturismo de habitação e outras actividadeslúdicas, originando e proporcionandoum desenvolvimento mais harmonioso.Há que saber aproveitar o manancial querepresenta a população envolvente – aárea da Grande Lisboa. É igualmenteimprescindível criar um pólodinamizador em Bucelas. Esse polo seriacriar um Museu do Vinho quecomportasse também a sede da Rota,uma sala de provas, onde se pudessemministrar cursos de provas, e umapequena loja, não só para vinhos, masigualmente para artesanato.

Rota dos Vinhos

Bucelas aceita o desafio

Eng. Oliveira RodriguesPresidente da Comissão Instaladora

da Rota dos Vinhos de Bucelas,Carcavelos e Colares

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Ao ser confirmada, pordecreto-lei, no início do séculopassado, como “Denominação

de Origem Controlada”(DOC), a denominação

“Bucelas” ao vinho brancoproduzido nesta região em

condições específicas indica-nos que estamos perante umproduto de alta qualidade e,

como tal, um patrimóniovalioso que deve ser

preservado e quiçá melhorado.

Actividades Económicas – Turismo

O concelho de Loures deu osprimeiros passos na Rota dos Vinhosde Bucelas, Carcavelos e Colares e entrouno mapa das regiões com vinhos dequalidade. Bucelas foi a primeira região ainiciar a Rota – que no futuro se vai alargara Colares e Carcavelos –, convidando apassear, comer, beber e dormir.

Beneficiando de boas acessibilidades,Bucelas situa-se paredes-meias comLisboa, mas contraria o espírito da urbe,mantendo as suas bucólicas paisagensrurais, onde se pode encontrarpatrimónio cultural de interesse. A vilabrinda-nos com o seu tradicional vinhode qualidade e deixa-nos saborear a suagulosa gastronomia.

Mas os predicados da região nãoterminam aqui. A pintura em azulejos,vitrais, tela, porcelana ou tecido, amodelagem em barro, a cestaria e atanoaria são ofertas opcionais para quemprefira ir às compras.

E, quando o corpo apela ao descanso,existe alternativa de prolongar o périploe pernoitar na Quinta do Boição.

Enoturismo

Uma apostapara Bucelas

Apesar da sinalética indicativa da Rotaser bem visível na vila de Bucelas,existe também um mapa indicativo

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O valor da História e o peso da tradição

Diz a história que a vinha de Bucelas veio pela mão dos Romanos e que a famado vinho já é antiga. Interessado pela vinha de Bucelas, também o marquês dePombal terá alegadamente importado castas do Reno para a valorizar. Alegadamentesim, porque há quem diga que as castas do Reno são portuguesas e que teriam sidotransportadas para a Alemanha pelos Cruzados Teutónicos, à vinda da Terra Santa.Mas foram as Invasões Francesas que lhe garantiram fama internacional. Oferecidopor Wellington ao rei Jorge III (então príncipe regente), tornou-se, depois da GuerraPeninsular, no vinho de referência dos hábitos de consumo da Coroa inglesa.

A região de Bucelas, demarcada por decreto desde 1911, possui terrenos deconstituição argilo-calcárea e concentra grande parte da vinha em vales. O vinhoproveniente das castas arinto, esgana-cão e rabo-de-ovelha tem uma graduaçãoalcoólica entre os 11º e os 11,5º, é bastante acídulo quando jovem e seco, e possuicaracterísticas inconfundíveis ao aroma e paladar quando sujeito ao envelhecimento.

Freguesia de Bucelas

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Comemorações

EnterroO fim dos festejos ficou marcado pelas larachas ditas em tom de crítica social.A população aderiu e acompanhou o enterro até ao Parque da Cidade

OrquestraAs sonoridades brasileiras tocadas pela Banda dos BombeirosVoluntários de Loures deram um colorido musical ao desfile

Um Carnavalde todas as idades

“Tenho 64 anos e sou o mais velhoda minha associação. Mas já temos umacriança de nove meses a desfilar” – dizia,entre sonoridades variadas e muitaspalmas, o senhor Francelino, da“Associação Renascer de Loures”, umadas dez colectividades e associações quelevaram a cabo a realização do CarnavalSaloio. Numa festa que não escolhe sexo,idade, religião ou raça, o Carnaval tende aser vivido por igual dos 8 aos 80 anos e,no caso de Loures, isso não foi excepção.Avós e netos misturaram emoções,cantando e rindo ao som do samba. Noscarros alegóricos a juventude dominava,mas os menos jovens, talvez querendorecordar tempos idos, não mostravamsinais de cansaço e o sorriso estampadona cara era sinal mais que evidente da suaboa disposição.

Todo um concelhoa desfilar

Sabendo que a cidade de Loures é oepicentro de todas as actividadescarnavalescas da região, foi bonito de verque outras localidades e freguesiasestiveram, e bem, representadas. Pontede Lousa, Camarate, Montemor, Barro,Manjoeira, Bemposta e Sete Casas deramum colorido especial à festa, que se quercada vez mais concelhia.

CorsoCarlos Teixeira foi uma presença

constante nas festividades

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Comemorações

E o sambasaiu à rua

Mais de mil figurantes,milhares de pessoas na

assistência e muito samba,animação e entusiasmo. Os

corsos, os bailes e o enterro doCarnaval devolveram a Louresa consagração de uma tradição

que se perde na memóriacolectiva do concelho.

A sonoridade da música brasileira,com o samba no seu esplendor, osestridentes apitos que ecoavam nas ruasda cidade, os mascarados, os “travestis”mal-disfarçados, os saloios típicos, oscabeçudos e todo um mar de gente. OCarnaval Saloio 2003 foi tudo isto emuito mais. Foi uma cidade e uma regiãoem festa, mostrando ao País o porquêde ser uma das referências carnavalescas anível nacional.

Foram mais de 25 mil as pessoas quevieram assistir no Domingo e na Terça--Feira gordos a mais um Carnaval Saloioque, mantendo as suas tradições maiscaracterísticas, de ano para ano tem vindoa ganhar cor, vida e animação, colocando-ojá ao nível dos melhores carnavaisnacionais.

Carnaval de Loures 2003

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Um futuro que promete

Os carros alegóricos, ricamenteengalanados com motivos tradicionais,desfilavam na “avenida” ao som damúsica brasileira brilhantementeexecutada por membros da banda dosBombeiros de Loures, coadjuvados porelementos do Grupo Recreativo eDesportivo Parcela 6.

Na tribuna vip, o presidente daCâmara, Carlos Teixeira, mostrava, coma sua entusiasmante alegria, o porquê deser um reputado adepto dasmanifestações carnavalescas em Loures eum dos fortes impulsionadores dotrabalho da Comissão do Carnaval queorganizou o evento. Perante o sucessoorganizativo conseguido, a palavra deordem é continuar, pelo que para o anoteremos mais um Carnaval Saloio aocupar um lugar de destaque que é seupor direito.

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Comemorações

MoscavideA horta saloia foi o lema do desfile em que participaramcerca de 900 crianças das escolas públicas e privadas dafreguesia. A Junta forneceu os materiais que deram origemaos engraçados trajes da miudagem. O desfile ocorreu a25 de Fevereiro pelas principais artérias da freguesia.

São João da TalhaMais de 700 mascarados de palmo e meio, oriundos dasvárias escolas e jardins-de-infância de São João da Talha,animaram todos aqueles que assistiram à sua passagem.

SacavémO desfile de mais de um milhar de crianças das escolas ejardins-de-infância de Sacavém deu cor e ritmo a umamanhã diferente para a pequenada.

PortelaO espaço envolvente à Junta de Freguesia da Portela foi oponto de partida para as cerca de seiscentas e cinquentacrianças que percorreram as ruas da freguesia.

LouresAs crianças da freguesia de Loures deram o mote para oinício dos festejos. Na cidade sede do concelho, o Carnavalteve início logo no dia 28 de Fevereiro com a invasão demilhar e meio de pequenos mascarados que percorreramtoda a Rua da República dando, com a boa disposiçãohabitual, início às “hostilidades” carnavalescas quehaveriam de durar até ao dia 5 de Março.

Santo António dos CavaleirosMilhar e meio de pequenos foliões saíram à rua percorrendoas ruas da Cidade Nova, em Santo António dos Cavaleiros.Os pequenos “cavaleirinhos” engalanaram-se e criaramum ambiente de festa típico da época carnavalesca.

FrielasCerca de centena e meia de crianças da Escola Básica,Jardim-de-Infância e Associação Cantinho da Pequenadade Frielas saíram à rua para comemorar o Carnaval nafreguesia. O cortejo, realizado no dia 27 de Fevereiro,percorreu as principais ruas da freguesia e ficou marcadopelo repto lançado pelos mais pequenos: “É Carnaval,ninguém leva a mal.”

ApelaçãoMais de três centenas e meia de alunos das escolas e

jardins-de-infância da Apelação vestiram-se a rigor paracelebrar o Carnaval de 2003.

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Comemorações

Perto de sete mil crianças doconcelho de Loures marcaram

o Carnaval de 2003 comdesfiles nas ruas. Foi assim emMoscavide, São João da Talha,

Sacavém, Portela, Apelação,Santo António dos Cavaleirose Loures. A criançada, trajada

a rigor, fez a festa e fizeramfuror junto de todos os que

assistiram. Afinal, tudo o que épequeno tem graça.

Carnaval Infantil

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Juventude

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O Mês da Juventude, pela suaqualidade, diversidade e importância, jáconquistou um espaço relevante nocalendário das iniciativas municipais. Esteano, pretendeu-se marcar a diferença napolítica municipal de juventude, nosentido de criar novos incentivos a umacamada da população cada vez maismarcada pelas preocupações a nível dacontinuidade dos estudos, passagem àvida activa, procura de emprego eaquisição de casa própria. Por outraspalavras, importa conferir uma relevânciaespecial à palavra futuro na construção econsolidação de um dos mais jovensconcelhos do País.

Foram mais de duas dezenas deiniciativas, que se espalharam por todoo concelho, entre as quais o Festival Saloiode Tunas e a Feira Jovem Alternativa,que assumiram um papel de destaquena programação. Para além desteseventos, a arte foi uma constante comexposições, recitais, teatro e concertos demúsica, entre outros. A tudo isto aLoures Municipal irá dar um destaqueespecial no seu próximo número, ondefaremos um balanço e análise de todo otrabalho realizado.

Mês da Juventude

A importância da palavra Futuro

Torneio

Magic the Gathering

O pavilhão da Escola SecundáriaJosé Cardoso Pires, em Santo Antóniodos Cavaleiros, acolheu, no dia 1de Março, o torneio de Magic theGathering de apuramento para ocampeonato nacional da modalidade,que irá decorrer no Pavilhão Paz eAmizade, em Loures, nos dias 3 e 4de Maio. Este jogo, que reúne cadavez mais entusiastas, já tem cerca dedez mil e quinhentos praticantesinscritos.

Festival de Música Moderna

Feira Alternativa

O vereador Ricardo Leão e o presidente da Junta de Sacavém,Fernando Marcos, na inauguração da Feira Alternativa

Comemorações

Quem fizesse uma viagem no tempoe assistisse à comemoração do Carnavalde Loures na primeira metade do séculopassado, com certeza não encontrariamuitos pontos de contacto com oCarnaval Saloio que inundou as ruas dacidade em 2003. Mas afinal que festa éesta? Quais as suas razões, tradições epor que marcou indelevelmente a históriado concelho durante séculos?

A origem da celebração do Entrudoremonta à época dos Gregos e dosRomanos, que comemoravam o fim doInverno e a entrada (daí a palavra“Entrudo”) de um novo ciclo de vida,com a chegada da Primavera. Com oadvento da igreja católica, todas estascerimónias pagãs foram adaptadas aocalendário religioso e passou a associar--se o Entrudo à celebração do últimodomingo antes da Quaresma. Terá sidonesta época que surge o nome“Carnaval”, que deriva do latim “CarneValis” e que significa “adeus à carne”, umadas premissas da celebração da Quaresmacristã.

(1) Artigo com base na publicação“As tradições do Entrudo e do Carnaval em Loures,“editado pela Câmara Municipal de Loures em 1993.

Nesse desfile surgiam pela primeira vezos carros alegóricos e uma rainha doCarnaval (então viúva), dando origemmais tarde ao corso carnavalesco e aosreis do Carnaval.

Os festejos realizaram-se até à décadade 50. Depois de um interregno de vinteanos, é só no final da década de 70 que seretoma esta tradição. Por iniciativa dosBombeiros Voluntários de Loures, quepretendiam angariar fundos para aconstrução da nova sede, ressurge umnovo Carnaval, já com marcadasinfluências brasileiras. Aparecem oscorsos de Domingo e Terça-Feira gordosque, ainda assim, mostravam em algunscarros as antigas tradições da região: ocarro saloio, o carro das hortas, o carrodos pescadores de Frielas, entre outros.

Não se podendo dizer que a tradiçãoainda é o que era, o Carnaval de Lourescontinua a ser bem saloio e é, por si só,uma bandeira desta região.

Carnaval saloio (1)

Séculos de tradiçãoEsta celebração, de carácter libertino,

desinibido e folião, ganha um forteincremento com o triunfo do liberalismono século XIX e, já no início do séculopassado, com a implantação daRepública. As liberdades adquiridasfizeram do Carnaval um espaço de críticasocial mordaz, onde as actividadeslibertinas assumiam uma posiçãorelevante durante os festejos, commáscaras a esconder a identificação dosfoliões, permitindo um à-vontadeirrepetível ao longo de todo o ano.

Durante a primeira metade doséculo XX já Loures tinha uma fortetradição carnavalesca. À época, as cegadas(teatro de rua) eram muito apreciadas,bem como o “lançamento das pulhas” –perguntas e respostas previamentepreparadas que lançavam fortes críticassociais –, as danças de luta, os jogosacrobáticos e os famosos bailes deCarnaval, que ainda hoje se realizam. O“enterro do bacalhau”, hoje maisconhecido pelo enterro do Carnaval, eraoutra tradição com forte adesão popular.

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Juventude

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É f é r r r r e á !

Vicentuna:a grande vencedora da noite

Juventude

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Festival Saloio de Tunas Académicas

Cinco tunas, maisde um milhar de pessoas,

fogo-de-artifício e muita emoção.Foi assim o primeiro FestivalSaloio de Tunas Académicas,integrado nas comemorações

do Mês da Juventude em Loures.

assistência. A banda filarmónica dosBombeiros de Loures deu início às“hostilidades”, com o trecho maisconhecido do filme Aldeia da RoupaBranca, que serviu de tema ao festival.Depois, as tunas! Tusófona (Uni-versidade Lusófona), Taful (Faculdade deFarmácia de Lisboa), VicenTuna(Faculdade de Ciências de Lisboa),Semper Tesus (Escola Superior Agráriade Beja) e Tunantes (Academia deFarmácia de Lisboa), cantaram, encan-taram e mostraram ao auditório oespectáculo das tunas académicas.

O júri – constituído pelo presidenteCarlos Teixeira, pelo vereador do pelouroda Juventude, Ricardo Leão, porCristiano dos Santos, dos Bombeiros deLoures, pela deputada municipal AnaCristina Parreira, pelo presidente da

Associação Académica de Lisboa, MiguelTeixeira, pela actriz Sofia Alves e aindapelos músicos João Portugal e NunoGuerreiro – decidiu premiar a VicenTunacomo a grande vencedora da noite, já quelevou para casa os prémios Melhor Porta--Bandeira, Melhor Pandeireta e MelhorTuna. A Tunantes recebeu o prémioMelhor Serenata, enquanto a “SemperTesus” o de Melhor Instrumental e aTaful o de Melhor Solista.

Sendo que, neste tipo de festivais, estásempre presente a salutar competiçãoentre tunas, é bom realçar que aparticipação e o convívio são os factoresmais importantes e aqueles que, nofuturo, irão ficar bem presentes namemória de todos. Por isso, com todo oempenho e com toda a pujança, gritámosbem alto: Éférrrreá!

E com toda a pujança, se grita:

Recepção às tunas nos Paços do Concelho

Momentos antes do início doespectáculo já não havia qualquer lugardisponível no sobrelotado pavilhão dosBombeiros Voluntários de Loures. Oinício da cerimónia foi arrasador – raioslazer, fogo-de-artifício e muita música –,culminando com uma estrondosa salvade palmas de toda uma surpreendida

O júri constituído por Carlos Teixeira,Ricardo Leão, Cristiano dos Santos, AnaCristina Parreira, Miguel Teixeira, SofiaAlves, João Portugal e Nuno Guerreiro

A assistência encheu o pavilhãodos Bombeiros Voluntários de Loures

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Movimento Associativo

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Há quanto tempomora em Casainhos?

Vim morar e trabalhar paraCasainhos aos 17 anos. Depois comeceia namoricar com uma moça daqui e cácasei, há 63 anos.

Quando é que surgiu a ideia defundar a Sociedade Recreativa?

Estávamos uns poucos no barbeiro,uns seis ou sete, a falar do facto de Pintéuse A-das-Lebres, apesar de serempovoações mais pequenas, teremcolectividades e conjuntos musicais e nósnão. Decidimos, então, fundar tambémuma sociedade recreativa e um grupomusical. Fomos falar com o presidenteda Junta de Freguesia e nesse mesmo diaarranjámos logo 17 sócios. Com o passardo tempo toda a gente era sócia daSociedade. Depois comprámos esteterreno – na altura custou dezassetecontos e quinhentos.

Como é que eramos bailes nessa altura?

Tocávamos música a metro, mastambém vinham cá músicos de fora. Eraa harmónica e o acordeão paraacompanhar o bailarico. Naquele temponão tínhamos mãos a medir, chegávamosa perder quatro noites por semana: duaspara ensaios, uma para o baile de cá, queera ao sábado, e fazíamos uma saída aodomingo. Acabávamos sempre entre asduas e as três horas da manhã.

Mais demeio século

ao serviçoda população

Tem alguma história engraçadadesses tempos para nos contar?

Uma vez, pelo São João, fomos tocarà Enxara dos Cavaleiros, ali para o ladode Mafra. Fizemos um contrato paratocar das quatro horas da tarde às duasda manhã. Foi muita gente cá da terraacompanhar-nos. Era uma camionetacheia. Como a maior parte dessa gentetrabalhava em Lisboa e o motorista tinhao compromisso de levar as lavadeiras, demadrugada, para a capital, tínhamos desair mesmo às duas da manhã.

Às duas e meia da manhã eu, que erana altura o director do grupo, chamei oresponsável pelo baile e disse-lhe quetínhamos de ir embora, por causa domotorista do autocarro.

Expliquei-lhe que tocávamos maistrês ou quatro modas e depoisacabávamos. Ele argumentou que tinhaa casa cheia de gente.

O local do baile era um barracãoenorme, onde estava uma máquinadebulhadeira. O portão era muito grande,mas como no meio havia uma portamais pequena, só essa é que estava aberta.Eles não deixavam sair, a ordem era paraentrar.

De repente começaram a entrarhomens com paus, até entrou um comuma espingarda. O pessoal foi todo parao meio da sala bailar e dizer: “toca o jazz,toca o jazz”. Tivemos de gramar comaquilo até às cinco e meia da manhã e elessempre a dizerem: “toca, senão levas coma moca”. Conclusão: no dia seguinteninguém foi trabalhar.

Fundada em 1944, a SociedadeRecreativa de Casainhos

comemorou recentemente 59anos de existência. Para

conhecer um pouco da históriadesta colectividade, a Loures

Municipal falou com o senhorAntónio Maria Cardia que, com86 anos, é o sócio número um e

um dos seus fundadores.

Apoios concedidos em 2002

RAME

“Boas Práticasna Administração Pública”

Com o objectivo de distinguir osmelhores serviços públicos do País em2002, o Diário Económico e a Deloitte &Touche organizaram a primeira edição doprémio “Boas Práticas na AdministraçãoCentral e Local”, entregue no passado dia20 de Fevereiro no Hotel Ritz, em Lisboa.A Câmara de Loures foi uma dasinstituições convidadas a participar noevento, através do Regime de ApoioMunicipal à Criação de Beneficiação deEquipamentos Colectivos (RAME),tendo concorrido para a categoria de“Melhor Sistema de Informação deGestão”, prémio ganho pelo InstitutoPortuguês de Formação Profissional.

Apoios vão terregulamento municipal

Foi aprovado, em sede de reunião deCâmara, a 18 de Março, o RegulamentoMunicipal de Apoios ao Associativismo.Este normativo destina-se a entidadesde carácter associativo legalmenteconstituídas, sem fins lucrativos,sedeadas e desenvolvendo actividades noconcelho de Loures, com processo deregisto no Município e que tenham a suasituação devidamente regularizadaperante a Segurança Social e as Finanças.Os apoios a conceder poderão ser de trêstipos: financeiro, técnico, material elogístico. Em breve, a Loures Municipalapresentará com mais detalhe esteregulamento.

Associativismo

Apoiar e dinamizarMais de trezentas e cinquenta colectividades e associações com expressões e dinâmicas

diversificadas, abrangendo todas as camadas da população, desenvolvem trabalho nasáreas da educação, da juventude, dos idosos, do desporto, das artes, do espectáculo e dacultura, com o objectivo de dar resposta à multiplicidade de interesses dos seus associados.

O movimento associativo desempenha uma importante função social, que a Autarquiareconhece e incentiva de forma regular através de um vasto conjunto de apoios às estruturasassociativas.

Movimento Associativo – 60 859 eurosAcção cultural – 59 936 eurosProjectos culturais – 162 949 eurosOferta Pública Desportiva – 9750 eurosEducação – 336 911 eurosPrograma Desporto Mais – 124 694 eurosProjecto de Adaptação ao Meio Aquático – 72 641 eurosProjecto de Expressão Físico-Motora – 16 665 eurosPlano de Desenvolvimento de Desporto Sénior – 15 259 eurosPlano de Desenvolvimento de Ginástica – 442 eurosPlano de Desenvolvimento de Judo – 4953 eurosPlano de Desenvolvimento de Xadrez – 5000 eurosPlano de Desenvolvimento de Futebol – 22 099 eurosPlano de Desenvolvimento de Atletismo – 13 412 euros

Juventude

Movimento EscutistaApoio logístico – cedência de transportes, equipamentos e material de somApoio financeiro – 1610 eurosMovimento EstudantilApoio logístico – cedência de equipamentos, transportes,material de luz e som, divulgação e fotocópiasApoio financeiro – 2136 eurosApoio técnico – electricistas e técnicos de somMovimento de Base LocalApoio logístico – divulgação, cedência de espaços,palcos e estrados, luz e vídeo, material de somApoio financeiro – 1200 eurosApoio técnico – electricistas e técnicos de som

Movimento Associativo

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Urbanismo

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Os mapas de ruído e os subsequentesplanos de acção, integrados no processode revisão do Plano Director Municipal,perspectivam a melhoria da qualidade devida dos munícipes.

Estas são ferramentas de grandeutilidade para as tomadas de decisão evêm ao encontro das políticas deplaneamento urbano e gestão ambientalseguidas pelo Município.

Protocolo

Diagnosticar o ruído

A Câmara e o Instituto SuperiorTécnico assinaram, no passado

dia 21 de Fevereiro, um protocoloque visa a elaboração da Carta deRuído do concelho, na qual será

feito um diagnóstico geral dasituação existente no território.

A vasta experiência do Grupo deAcústica e Controlo de Ruído do Centrode Análise e Processamento de Sinais doInstituto Superior Técnico representauma mais-valia e garante a qualidade deum trabalho que vai ser coordenado peloprofessor doutor Bento Coelho, um dosmaiores especialistas portugueses namatéria.

Cerca de dois anos é quanto vaidemorar a elaboração da Carta de Ruídodo concelho de Loures, uma dasprimeiras em todo o país. Através demedições no terreno, a efectuar pelainstituição universitária, vai ser possívelconstruir um modelo que caracterize assituações existentes, preconizandosoluções para os problemas detectados.

Sendo uma determinação legal, aelaboração da Carta de Ruído está aindaem fase embrionária em quase todos osmunicípios, pelo facto de exigirem meiostécnicos de que as autarquias nãodispõem. De forma a ultrapassar esteproblema, o Instituto do Ambiente vaidar apoio técnico àquelas que avançaremcom esta medida e comparticipar noscustos de elaboração da mesma.

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Protocolo

Câmara e Instituto Marquês de Valle Flôrcriam parceria

Onésimo da Silveira, embaixador de Cabo Verde em Portugal, foi um dos presentesna cerimónia que assinalou o protocolo de cooperação entre a Câmara de Loures e oInstituto Marquês de Valle Flôr.

O representante de Cabo Verde salientou que as geminações «cimentam acumplicidade histórica que existe entre os países de língua portuguesa».

Onésimo da Silveira, que foi presidente do Município de S. Vicente durante umadécada, exaltou a cooperação com as autarquias, considerando-a «indispensável paramanter viva a chama da ‘portugalidade’ nestes países». O embaixador seguiu o seuraciocínio, relevando o empenho e desempenho que os portugueses desde sempredemonstraram em prol do desenvolvimento destes países. «Cabo Verde não existia.Não foi destruído por portugueses, é sim o resultado do colonialismo português. E seestamos ligados à Europa é através de Portugal com quem temos cumplicidade histórica»,concluiu.

Cabo Verde

Embaixador presenciou assinatura do protocolo

O protocolo, assinado por CarlosTeixeira e Paulo Valle Flôr Telles de Freitas,respectivamente presidentes da Câmarade Loures e do Instituto Marquês de ValleFlôr, a 28 de Fevereiro no Salão Nobredos Paços do Concelho, tem comoobjecto a dinamização conjunta de acçõesque visam a melhoria da qualidade devida das populações dos municípiosgeminados, designadamente Diu, Maio,Matola e Armamar.

Este trabalho de parceria vai permitirestabelecer os necessários contactosinstitucionais, definir linhas de orientaçãode acordo com as necessidadesmanifestadas, elaborar diagnósticos epropostas de projectos a concretizar,candidatá-los a co-financiamentos nacionaisou comunitários, prestar apoio técnico elogístico, acompanhar, monitorizar e avaliaros projectos no terreno e elaborar relatóriospormenorizados das acções.

Os protocolos de Geminação eAcordos estabelecidos pela

Câmara de Loures vão conhecerum novo impulso resultante daconvergência de prioridades eesforços entre o Município e o

Instituto Marquês de Valle Flôr.

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Geminações

Carlos Teixeira com o Professor Carlos Renato Matos Ferreira após a assinatura do protocolo

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O concelho de Loures é, actualmente, um dosprincipais centros da produção audiovisual nacional.De Bucelas à Ponte de Frielas, passando pelaManjoeira, são muitos os estúdios onde se produzuma parte significativa da ficção que enche os ecrãsda caixinha que mudou o mundo.

A Loures Municipal entrou em acção e foiconhecer por dentro o mundo das produtoras queescolheram o nosso concelho para desenvolver assuas actividades. O enquadramento paisagístico, asboas acessibilidades, a proximidade a Lisboa e osmúltiplos serviços existentes são algumas das razõespara o forte incremento desta indústria de conteúdosno Município de Loures.

Desde a produção até à conservação, o ciclocompleta-se em pleno território saloio com o ArquivoNacional das Imagens em Movimento (ANIM) daCinemateca Portuguesa, localizado no Freixial, onderepousam as imagens produzidas desde que foipossível registá-las.

Cinemate, Contra Campo, NBP e ANIMabriram-nos as portas e os seus responsáveis falaram-nos do passado, do presente e do futuro da gigantescafábrica de sonhos.

Por tudo isto, e considerando a potencialperspectiva de crescimento desta indústria, aCâmara está a avaliar, em sede de revisão do PlanoDirector Municipal, a adequação dos instrumentosestruturantes de planeamento e gestão urbanistícaa esta importante realidade.

Requalificação urbana

Loures, conjuntamente com seisoutros municípios, assinou, em Marçode 2002, um protocolo com a Comissãode Coordenação da Região de Lisboa eVale do Tejo (CCRLVT) contemplandoáreas das freguesias de Sacavém e do PriorVelho. O programa prevê projectos decariz variado, que vão desde a execuçãode estudos urbanísticos e socio--económicos à realização de acções quevisam a formação profissional e avalorização do tecido económico,culminando com a realização de obrasem ambas as freguesias. Ao todo, num

programa que se prolonga até 2006, sãomais de 28 milhões de euros deinvestimento, comparticipado peloMunicípio e pela União Europeia – quepretendem transformar as duasfreguesias, conferindo-lhes um perfilcondizente com áreas urbanas de grandedimensão, onde a preservação daqualidade de vida dos cidadãos é umarealidade.

Dos projectos até agora apresentadosdestaca-se o parque urbano do Prior Velho,na sua vertente de regularização doprincipal curso de água da freguesia – aribeira do Prior Velho. A obra englobatambém a execução de um açude junto ànova via que liga o Prior Velho a Sacavém,uma solução que pretende controlar osfluxos de águas pluviais na baixa deSacavém, regularmente fustigada porcheias durante os invernos maischuvosos. Ainda para o Prior Velho,estão previstos o reperfilamento daligação viária entre Figo Maduro e oCENFIC e a remodelação da AvenidaSeveriano Falcão.

Para Sacavém, estão definidasimportantes intervenções a nível da redeviária, como a requalificação da EN 6-1,entre Sacavém e Moscavide, a construçãoda via T7, entre Sacavém e Camarate, osarranjos dos nós de ligação viária deSacavém e do Prior Velho à SegundaCircular, bem como a requalificação do

Inserido no 3.º QuadroComunitário de Apoio (QCA

III), o PROQUAL – ProgramaIntegrado de Qualificação das

Áreas Suburbanas da ÁreaMetropolitana de Lisboa –

pretende assumir-se como uminstrumento de revitalização

económica, social, ambiental,arquitectónico e territorial dediversas zonas da periferia da

cidade de Lisboa.

PROQUAL

Requalificar Sacavém e Prior Velhomeio urbano envolvente à EN 10/Ave-nida Estado da Índia, da Praça daRepública e do núcleo antigo da cidade, anível da pedonalização de diversas artériase da recuperação de fachadas.

Na vertente de equipamentoscolectivos, salientam-se as obras deampliação e transformação da EB1 N.º 4de Sacavém para EB1/JI, a renovação deinstalações do Jardim-de-Infância N.º 1,a reabilitação do Palácio Barroco e atransformação em Museu da casa doartista cerâmico José Pedro.

Não menos importante para apopulação das duas freguesias será aconstrução do novo quartel dosBombeiros de Sacavém, junto à Quintado Património, cujo complexo terádiversas valências de carácter desportivo,cultural e social. Esta acção estácondicionada pela comparticipação daAdministação Central, sem a qual aconstrução pode ser posta em causa.

Quanto a acções de carácter social eeconómico, a Câmara pretende realizar,ainda em 2003, uma feira de orientaçãoprofissional e emprego e, entre outrasactividades, a “Escola em Palco”, “Mostrade Projectos Escolares”, e a continuaçãodos planos de desenvolvimentodesportivo.

Para 2004, estão previstas acções deformação profissional para micro-empresários e professores.

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Indústria audiovisualno concelho de Loures

LuzSomCâmara

Silêncio...Acção!

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À lupa

Do que é que mais gosta noconcelho de Loures?

Este concelho sempre foi para mimuma zona muito simpática, aliás oslisboetas só comem legumes frescosporque vão de Loures. Gosto muito deestar aqui, é tudo muito bonito. À noiteesta zona toda iluminada é umespectáculo.

Quais foram as principaisproduções feitas aqui?

O primeiro filme que se fez aqui foiOs olhos da asa, do João Mário Grilo.Depois, mais do que filmes têm aqui sidofeitos programas de televisão como oFuror e o Ai os Homens. Os estúdios hojeem dia trabalham mais para televisão doque para cinema, porque os filmes têmdécors naturais, como quartos ou salas,ou então vão para o exterior.

Como vê o futuro desta actividade?

Esta actividade tem grandesperspectivas de futuro. Todos os anosinvestimos em novos equipamentos evamos às feiras internacionais paraconhecer as novidades. Normalmentenunca compro no ano em que osequipamentos são lançados, porque sãoprotótipos e um ano depois já estãototalmente ultrapassados.

Fernando Costa

Como é que começoua sua ligação ao mundoda sétima arte?

Comecei a trabalhar no cinema com15 anos, a comprar cigarros e outras coisaspara o Leitão de Barros.

Na Tóbis tive um mestre que,entretanto, montou um estúdio noBairro Catarino, na Estefânia, e levou--me com ele para lá.

A partir daí comecei a fazer um poucode tudo o que havia para fazer no cinema.Depois fui director de fotografia, fiz oscine-jornais, as imagens de Portugal,algumas longas-metragens e outro tipode coisas. Chegou a uma altura em queos anos já pesavam e o melhor eracomeçar a pensar na minha vida.

Foi então que comprei a Cinemate,que era de um italiano. Comecei emLisboa, na avenida Rainha Dona Amélia,e fomos crescendo. Fiz uma associação

com a Tóbis Portuguesa, designada porLisboa Filmes. Correu tudo bem até umacerta altura, depois começaram asdivergências, e como o contrato dizia quequando nós não estivéssemos de acordoacabava, acabou mesmo.

Como é que veioparar à Manjoeira?

Foi através de um engenheiro daTóbis que conhecia os donos desteespaço, onde estava instalada umaempresa de construção. Já conhecia oconcelho de Loures há muitos anos, vimaqui filmar alguns carnavais, quando faziareportagens para os jornais deactualidades.

Sempre achei que Loures estava nocaminho do cinema. E o que não hádúvidas é que neste momento existemmuitas empresas ligadas ao cinema e àtelevisão sedeadas no concelho.

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Uma históriada História do cinema

“Há muitos anos atrás, durante arodagem de um filme português, haviaum homem alentejano que tinhainvestido muito dinheiro nessa produção.O filme estava a ser feito na Cinelândia,onde são hoje as instalações da RTP, noLumiar. Um certo dia, um carpinteiro foipedir dinheiro para o vioxénio e o homemrespondeu-lhe: não entra cá dentro maisnenhum estrangeiro.”

À lupa

Cinemate

Quando a vida é apenasmais uma parte do sonho

Com cerca de 60 funcionáriospermanentes e mais umas dezenas decolaboradores pontuais, FernandoCosta, proprietário da Cinemate, temorgulho em afirmar que o cliente sóprecisa de levar um guião e dinheiro,tudo o resto pode ali ser encontrado:desde o guarda-roupa, passando pelailuminação, câmaras, carros de exteriores,gruas, técnicos especializados nas maisdiversas áreas, até ao produto final.

Em relação ao futuro, a Cinematetem projectos para ampliar as suasactuais instalações, através da construçãode novos estúdios. A decisão, dizFernando Costa, está nas mãos daCâmara.

Para conhecer por dentro o local ondeactualmente estão a ser feitos osprogramas Vidas Reais e a Floresta Mágica,a Loures Municipal foi à Manjoeira, ondefoi recebida de braços abertos por genteque vive apaixonadamente aquilo que faz.

Fundada em 1965 e sedeada naManjoeira, a Cinemate dedica-seao aluguer de equipamentos paracinema e televisão, constrói e cria

cenários para programas detelevisão, publicidade, novelas e

filmes. Com estúdios em Loures,Alcochete e Lisboa, e delegações

no Porto e na Matola,Moçambique, este é um exemplo

de como o sonho podecomandar a vida.

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À lupa

O Passado

Já lá vão 14 anos desde o tempo emque surgiu a hipótese de trazer aContra Campo para a Ponte de Frielas.Mário de Carvalho relembra com faci-lidade esses momentos: “Fomos aprimeira empresa desta área a vir para oconcelho. Estamos cá desde 1989,primeiro em Frielas e depois em Bucelas.No início foi algo dramático, pois algunssectores do mundo artístico querem tudono centro de Lisboa”.

Mas porquê a escolha da Ponte de

Frielas? “Deveu-se à sua proximidade deLisboa e aos excelentes acessos que tem.Era um estúdio com 300 metrosquadrados o que, em 1989, era algonunca visto à excepção do estúdio daTobis.” E adianta: “Por outro lado, esteé um concelho onde existe praticamentetudo o que precisamos para a nossaactividade, o que nos torna muitosautónomos em relação a Lisboa.Recorremos a muitas empresas doconcelho, seja a nível de empresas deconstrução, materiais e até adereços”.

Indústria Televisiva

Com o aparecimento das televisõesprivadas e, mais recentemente, com ocrescimento da TVI sustentado nastelenovelas portuguesas, a Contra Campoadaptou-se às novas realidades: “Aprocura de um novo espaço, em Bucelas,teve a ver com o grande desenvolvimentoda indústria televisiva, principalmentecom o boom das telenovelas portu-guesas”. Seja como for a adaptação correubem, já que “as grandes produçõesnacionais foram feitas na Contra Campo,como por exemplo: Chuva de Estrelas,Perdoa-me, All we need is Love, JardinsProibidos, Olhos de Água e Super Pai, entreoutros”.

A Contra Campo e o futuro

Para além do aluguer dos seisestúdios que possui, a Contra Campo

Máriode Carvalho

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presta também “alguns serviços extrascomo a iluminação, construção dedecores, carpintaria, entre outros”.

“Neste momento estamos a rodaruma nova novela para a SIC, produzidapela Endemol, e até há bem pouco tempoatrás produzimos aqui a Fúria de Viver,os Bastidores e, em Bucelas, ainda estamosa rodar a novela Amanhecer, produzidapela NBP.”

Para o futuro, Mário de Carvalhoapenas pede o que qualquer portuguêsanseia: “O meu objectivo para o futuroé, principalmente, ter uma reformatranquila. O retorno do investimento quefiz foi mais rápido do que previa mas,com a estabilização do mercado, o futuroda indústria televisiva é um grande pontode interrogação”.

Mário de Carvalho dixit

“Não faço parte de qualquer asso-ciação ou grupos. Estou só, poissempre que me associei a coisa correumal.”

“Penso que o projecto da cidadedo cinema há muito que anda a serfalado mas é, na génese, utópico. Essacidade do cinema deveria ser pensadapara captar investimento estrangeiromas, embora em Portugal aContra Campo tenha os melhoresestúdios, comparados com os doestrangeiro são meros barracões. Nãotemos tecnologia e não há inves-timento, pelo que a rentabilização dasverbas a gastar para concretizar esseprojecto é muito difícil, para não dizerimpossível.”

À lupa

Sendo parte integrante do complexoindustrial da Ponte de Frielas, a sede daContra Campo e os seus três estúdiosparecem, à primeira vista, meros barracõesonde qualquer actividade industrialpoderia ter lugar.

No entanto, após este primeiroimpacte, o mundo da televisão abre-seem todo o seu esplendor. Os cenáriosdas últimas telenovelas portuguesasrodadas nestes estúdios despoletamimagens bem familiares: sofás, móveis,livros, camas, fotografias de actoresespalhadas pelas paredes. Em simul-tâneo, somos invadidos por umaestranha sensação quando nos aper-cebemos que aquele mundo perfeito, queparece real na caixinha que mudou omundo, não passa de um conjunto deilusões e efeitos. Os microfones, as luzes,as câmaras, os jogos de cenáriosamovíveis, enfim, uma realidade fictíciaque faz duvidar da capacidade dos nossospróprios sentidos.

Para conhecer um pouco da históriadesta empresa, falámos com o seuproprietário. Mário de Carvalho, 52 anos,é um “lobo” da televisão, do cinema edo audiovisual. A experiência acumulada

Contra Campo

Luzes, câmara e... muita acção!

Dois complexos deestúdios, em Ponte de

Frielas e Bucelas,centenas de produções

nacionais e estrangeirasrodadas, desde longas-

-metragens a novelas, depublicidade a

programas temáticos. Éa empresa

Contra Campo dirigidapor Mário de Carvalho,que nos fala na primeira

pessoa.

ao longo de décadas de actividade fizeramdele um homem com “os pés bemassentes na terra”, franco, directo emordaz, quando necessário.

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À lupa

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“Teríamos todo o interesse em ficarno concelho de Loures, se ele nosquiser acolher. Esta não é umaindústria poluidora, é uma indústrianobre.”

“Gostava que a Câmara de Louresfosse mais rápida na procura deuma solução para a futura cidadeda televisão e do cinema, porquenos interessava ficar onde jáestamos instalados, em Bucelas.”

“A nossa actividade reflecte-se nazona de Bucelas de uma formamuito positiva: nos restaurantes,nas floristas, na habitação, nosmateriais de construção queprecisamos todos os dias.”

“Actualmente, em número de horas,a NBP é a maior produtora domundo a nível de ficção paratelevisão.”

Como define a NBP?

A NBP é uma empresa que foiconstituída há dez anos e que se dedicaexclusivamente à ficção televisiva. Noprograma de expansão que temos paraos próximos anos pensamos tambémentrar no cinema e na publicidade.

Temos trabalhado para as trêsestações, algumas das vezes emconcorrência directa entre os nossosprodutos. Actualmente, trabalhamos emoito estúdios em simultâneo. Temosuma escola de formação de actores, umaempresa de meios audiovisuais e umaempresa que fabrica os cenários. Alémdisso, temos um laboratório de textos, aCasa da Criação, onde cerca de 25 autorescriam os textos para a ficção que fazemos.Paralelamente, iniciámos a nossaactividade em Espanha, através da NBPIbérica, e estamos também no Brasil anegociar a extensão da nossa actividadeàquele país.

Quantas pessoas trabalhamcom a NBP?

Cada uma das nossas produçõesenvolve mais de 150 colaboradores. Noano passado trabalhámos com cerca demil pessoas, incluindo actores. De umaforma geral, é pessoal especializado nos

mais diferentes campos, nomeadamentesom, imagem, cenários, guarda-roupa eiluminação.

Como vê o futuro desta área?

Em termos de futuro, é nossaintenção – e já falámos com o presidenteda Câmara de Loures sobre isso – juntartodas as nossas actividades num únicoparque, onde iremos proceder àconstrução dos estúdios e das infra--estruturas periféricas. Penso que oconcelho de Loures está bem localizado,relativamente à proximidade a Lisboa.

Precisamos entre 100 e 120 hectares.Os estúdios variam entre mil equinhentos e dois mil metros quadrados,com as respectivas áreas administrativase técnicas. Estão previstos refeitórios,creches e um hotel. Queremos instalaruma secção da Universidade Lusófona,com quem temos um acordo para aformação e reciclagem dos nossostécnicos. É um projecto ambicioso, queservirá para as nossas produções, masque também terá áreas para que outrasprodutoras possam trabalhar.

As nossas instalações actuais são umpouco arcaicas e improvisadas, e está naaltura de darmos uma certa dignidade atodo este conjunto, criando condições defuncionalidade para o futuro.

António Parente dixit

À lupa

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NBP

A cidade da televisão e do cinema

A NBP deve o seu nome aNicolau Breyner, um dos mais

conhecidos actores portugueses.Fundada em 1992, conseguiu emmenos de uma década tornar-se

numa das maiores produtoras domundo da ficção televisiva.

Ao longo dos dez anos da suaexistência, a NBP foi criando novasunidades empresariais autónomas eespecializadas em várias áreas, para darresposta às necessidades da produçãoaudiovisual do grupo: Multicena,Fealmar, EMAV, EPC, NBP Inter-nacional, Camarins e Casa da Criação,entre outras.

Com estúdios em Bucelas eVialonga, a NBP recorre também aosestúdios da Contra-Campo, na Ponte deFrielas e em Bucelas, e da Cinemate, naManjoeira. Uma necessidade que resultada falta de espaço e do grande volume detrabalho da produtora.

Para conhecer melhor o universo daNBP, a Loures Municipal percorreu os váriosestúdios onde estão a ser feitas algumasdas produções mais familiares ao grandepúblico português, como as novelasAmanhecer, Coração Malandro, Saber Amar,entre outras que vão estrear em breve.

O presidente do Conselho deAdministração da NBP, AntónioParente, apesar de não gostar de serfotografado, falou-nos do presente e dofuturo de uma indústria que vive dasimagens que produz. Uma cidadededicada à televisão e ao cinema é umdos sonhos que pretende concretizar acurto prazo.

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À lupa

“Os filmes deterioram-se, nãoduram sempre e, se não foremtratados com cuidados especiais,podem deixar de existir. Foi issoque aconteceu antes de havercinematecas.”

“Sugerimos às entidades, quetenham cópias mais ou menosantigas, que as depositem noANIM. Não perdem o direito depropriedade e podem beneficiardas condições de conservaçãoexistentes. Quem quiser, tambémpode contribuir mecenaticamentepara salvar mais filmes, podendoobter contrapartidas a váriosníveis.”

“É uma regra sagrada, para nós,e para todas as grandescinematecas do mundo, que asobras devem ser legadas àsgerações futuras nos suportes emque foram feitas. Sem prejuízo dadigitalização para efeitos deconsulta, queremos que a obrasobreviva o maior tempo possívelno seu suporte original.”

O que é o ANIM?

O ANIM é um departamento daCinemateca Portuguesa, que se ocupa deprospectar, receber em depósito,conservar, restaurar e pôr em acesso opatrimónio cinematográfico portuguêsno seu conjunto.

Como é quenasceu o ANIM?

A Cinemateca é um organismo quesurge na sequência de uma lei de 1948,mas que apenas ganha autonomiaadministrativa e financeira em 1980.Nessa altura estava muito viva uma

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consciência internacional da necessidadede desenvolver o sector de conservação.Uma cinemateca, sendo no fundo ummuseu de cinema, tem de expor opatrimónio, mas tem também de tercondições para o conservar de acordocom os requisitos técnicos exigíveis.

Concebemos a ideia de construir deraiz um centro técnico que, pela primeiravez, visasse não apenas conservarestritamente aquilo que a Cinemateca játinha, mas que, de uma forma activa,procurasse concentrar todo o patrimóniocinematográfico português que hojesobrevive.

Que trabalhodesenvolve o ANIM?

Com o ANIM passámos a ter umarquivo no completo sentido da palavra:uma infra-estrutura técnica deconservação do património. Engloba aprospecção de antigos filmes portuguesesperdidos que, felizmente, não sãomuitos.

Outra das vertentes do ANIM é arelação com os depositantes: receber omaterial em depósito, conservá-lo,restaurá-lo se for necessário e pô-lo emacesso.

Por que é que o ANIMse instalou no Freixial?

Há várias razões para termos vindopara aqui, a principal das quais é para evitarque volte a haver a desmembração dearquivos. Se for preciso crescer, serápossível fazê-lo harmoniosa e

organicamente em ligação aos serviçosque já existem.

Por outro lado, precisávamos dearquivar uma parte da colecção, que é ochamado depósito para filmes de nitratode celulose, altamente inflamáveis, alémde serem instáveis quimicamente.

Para isso, foi construído um edifícioseparado, bastante isolado, e uma parteda quinta é dedicada a isolar esse edifício.

Outra das razões por que escolhemoseste sítio, deve-se às questões ambientais,pois oferece melhores condições parauma conservação a longo prazo.

José ManuelCosta

Depósito para filmes emsuporte de nitrato de celuloseÁrea construída: 425 m2Temperatura: 12º CHumidade relativa: 50%Capacidade de armazenamento:11 mil bobinas (35 mm/300 metros)

Depósito parafilmes de acetatoÁrea total de armazenamentopara acetato: 770 m2Capacidade total de armazenamento:182 mil bobinas (35 mm/300 metros)Sistema de armazenamento:estantes compactas (à excepçãodo depósito para suportes emdecomposição, dotado de estantesconvencionais)

Edifício de apoioO edifício de apoio social incluirefeitório, casa para guarda dasinstalações e dois pequenosapartamentos destinadosà eventual residência temporáriade investigadores especializados.

José Manuel Costa dixit

À lupa

Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema

Arquivo Nacional das Imagens em Movimento

Resguardado de olharesindiscretos e desfrutando da

bucólica paisagem da zona nortedo concelho, o Arquivo Nacional

das Imagens em Movimento(ANIM) está instalado nos

paradisíacos dezoito hectares daQuinta da Cerca, no Freixial.

Pensado desde 1980 e inaugurado em1996, o ANIM é parte integrante daCinemateca Portuguesa.

Composto por cerca de 15 mil títulos,repartidos por dois edifícios técnicosconstruídos de raiz, possui mais de setemil metros quadrados de área bruta deconstrução, onde laboram cerca de vintepessoas. Uma equipa pequena que realiza

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um trabalho grandioso: garantir apreservação de uma parte importante danossa memória colectiva.

Para além dos filmes, o ANIMtambém arquiva fotografias, cartazes emaquetas.

A Loures Municipal foi ao Freixialconhecer o ANIM e falou com JoséManuel Costa.

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Segurança

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A Câmara e a Assembleia Municipalaprovaram o regulamento de orga-nizaçãoe funcionamento da Polícia Municipal deLoures, que será estruturada de acordo comos fins e necessidades operativas dosserviços que presta.

Trata-se de uma polícia administrativa,

Polícia Municipal

Aprovado Regulamento

O Conselho Municipal de Segurançaé um órgão de diagnóstico da situaçãoconcelhia com carácter consultivo eopinativo. Pretende contribuir para ummaior conhecimento da situação desegurança, através da consulta a todas asentidades que o constituem, promover adiscussão de medidas a adoptar nocombate à criminalidade e à exclusãosocial, apresentar propostas para asolução e prevenção de problemasdetectados.

São cerca de sessenta representantes– de órgãos da administração local,bombeiros, forças policiais, assistênciasocial, escolas e instituições de saúde e desolidariedade social – que, com base nasua experiência no terreno, emitempareceres sobre a evolução dos níveis decriminalidade, a capacidade operacionaldas forças de segurança, os índices desegurança e o ordenamento social, aactividade municipal de protecção civil ecombate aos incêndios, entre outros.

Conselho Municipal de Segurança

Segurançaem análise

armada e de natureza civil, que coopera comas forças de segurança na manutenção daordem e tranquilidade públicas e naprotecção das comunidades locais, quandosolicitada. Foi também aprovado pelaCâmara o contrato-programa a candidatarao Ministério da Administração Interna.

Descrição genéricadas atribuições

Velar pelo aumento do sentimento desegurança das populações; coordenar todasas iniciativas decorrentes do ConselhoMunicipal de Segurança ou de outrosorganismos que venham a ser criados, comintervenção directa na segurança pública naárea do concelho de Loures; regular trânsitorodoviário e pedonal; participar no ServiçoMunicipal de Protecção Civil, em caso decalamidade pública; fiscalizar o cum-primento das leis e regulamentosmunicipais; vigiar espaços públicos ouabertos ao público; guardar edifícios eequipamentos públicos municipais;fiscalizar em matéria de edificação,urbanização, parque habitacional, comércio,saúde pública, averiguações e intimações,circulação rodoviária e estacionamento deveículos, defesa da natureza, do ambiente edos recursos cinegéticos, criminalidade,ruído e outros.

Justiça

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Seis dezenas de juízes reflectiramsobre o futuro da Justiça no II EncontroNacional de Juízes, que se realizou nopassado dia 22 de Fevereiro, no CentroSocial de Santo António dos Cavaleiros.

A cerimónia de abertura, que contoucom a presença de Carlos Teixeira, ficoumarcada pela posição de Raul Esteves,presidente da entidade organizadora doevento – o “Movimento Justiça eDemocracia” –, que realçou a importânciada “revisão da legislação em relação aosegredo de justiça e à prisão preventiva”e da tomada de medidas que tornem o

judiciário mais “imparcial, independente,transparente e inflexível face a todos osoutros poderes sejam eles políticos,económicos ou meros grupos depressão”.

O encontro, com dois painéis sobreos temas “Os juízes, o poder e o sistema:os desafios da administração da justiça”e a “Independência do juízes: fenómenoinstitucional e associativo”, destacou aimportância dos “meritíssimos” naprocura de soluções para uma das áreasfulcrais do Estado de direito.

II Encontro Nacional de Juízes

Justiça em debate

Mais de meia centena dejuízes de todo o país

debateram o futuro da Justiçaem Portugal. União deesforços é a palavra de

ordem.

O Salão Nobre dos Paços doConcelho foi pequeno para acolher todosos convidados que quiseram assistir inloco à tomada de posse dos membrosque compõem a Comissão de Protecçãode Crianças e Jovens (CPCJ) do concelhode Loures, que decorreu no dia 10 deFevereiro.

A CPCJ tem como presidente FátimaPires, eleita através da AssembleiaMunicipal de Loures, e ocuparáinstalações municipais na Rua ManuelAugusto Pacheco, n.º 5 (3.º andar), tendocomo contactos os seguintes números:Tel. – 21 984 31 67/9 Fax – 21 984 91 92.

Tomada de posse da CPCJ

Defender crianças e apelar à união de esforços

Comarca de Loures:Mais de 22 mil processos em 2001

Carlos Teixeira fez questão dereferir a importância da Justiça paraos munícipes de Loures. A comarcade Loures, uma das maiores do País,abarcando também o concelho deOdivelas, depara-se com algunsproblemas: só no ano de 2001,deram entrada mais de 22 mi lprocessos, representando uma médiade 1045 por juiz.

Não obstante o enorme esforçodos magistrados da comarca quefindaram, cada um, uma média de 962processos em 2001, somente acongregação de esforços por parte detodas as instituições ligadas ao poderjudiciário possibilitará inverter amorosidade da Justiça, tanto emLoures como em todo o país.

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Ambiente

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O Parque Urbano de Santa Iria deAzóia foi o local escolhido para arealização de um ciclo de debates

denominado “Conversas comAmbiente: ouvir para intervir”.Mensalmente, ao longo do ano,

este é um espaço destinado aespecialistas, a interessados e à

população em geral.

Conversas com Ambiente

Ouvirpara intervir

Arquitecto Ribeiro Teles dixit

“Antes de se ir para as praias ia-sepassear para as hortas do concelho deLoures”

“Os principais problemas das cidadesdo futuro são a qualidade do ar e daágua, os lixos, a claustrofobia, adesumanização do espaço e o au-mento da temperatura provocado pelasfachadas do prédios que reflectem osol.”

Plano Municipalde Intervenção na Floresta

Conhecere planeara floresta

Está em fase final a elaboração doPlano Municipal de Intervenção naFloresta. O trabalho foi apresentado a 20de Fevereiro no auditório da Casa daCultura da Apelação, por técnicos doDepartamento do Ambiente e pelaempresa que coordena a feitura desteplano.

Foi realizado um levantamentoexaustivo da realidade florestal doconcelho, com identificação e quan-tificação das espécies existentes. Em breveserá divulgado o plano propriamentedito, que abrange aspectos agrícolas,cinegéticos, hidrológicos e florestais.

Trabalhando a partir de umapropriedade rural muito compar-timentada, serão definidas áreasprioritárias de intervenção e propostassoluções para preocupações relacionadascom a erosão e desertificação dasencostas, reflorestação e prevenção deincêndios florestais.

Dividido em dois segmentos – umde convidados especialistas e outro dedebate com cidadãos escolhidosaleatoriamente –, o principal objectivo doDepartamento do Ambiente da Câmaraé lançar as bases para a futuraimplementação da Agenda 21 Local.

Depois da esperança gerada pelaCimeira do Rio de Janeiro, em 1992, e dodesaire da Cimeira de Joanesburgo, em2002, ficou a certeza de que o caminho apercorrer na defesa do planeta Terra e dos

seus recursos naturais é longo e incerto.A importância de reflectir e debater o

desenvolvimento sustentável, cujo lemaé “pensar globalmente e agir localmente”,já levou até ao Parque Urbano de SantaIria de Azóia alguns especialistas derenome do panorama nacional, casos doengenheiro Rui Godinho e do arquitectoGonçalo Ribeiro Telles.

Protecção Civil

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Para que as águas possam seguir oseu curso natural, sem obstáculos nocaminho que a desviem para locais menosapropriados, provocando as sempreincómodas e prejudiciais inundações,foram limpos dois dos mais importantesrios do concelho.

Dando continuidade aos trabalhosde limpeza e desassoreamento das linhasde água do concelho, a Câmara, atravésdo Serviço Municipal de Protecção Civil,procedeu a intervenções nos rios deLoures e Bucelas, prevenindo assim malesmaiores.Ainda durante o ano de 2002, orio de Loures foi limpo numa extensãode 800 metros. Já em 2003, foi a vez de orio de Bucelas ver desassoreado o seucurso numa extensão de 600 metros.

Limpeza das linhas de água

Antes Depois

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Desporto

Mas façamos uma pausa. Regre-ssemos ao início da prova e à altura ondetodos os sonhos de vitória dos mais de150 atletas inscritos ainda eram possíveis.Oito equipas, seis nacionais (Sporting,Benfica, Braga, V. Guimarães, Belenensese, claro, Ponte de Frielas) e duasestrangeiras – Racing Santander(Espanha) e Standard de Liège (Bélgica),eram as convidadas para a XI edição daprova. A partir do dia 1 de Março, edurante quatro dias, os pequenos artistasfizeram as delícias do muito públicopresente. Compensando com umatécnica desportiva acima da média a suadebilidade física, inerente à condição decrianças com menos de 12 anos, os atletasmostraram atributos dignos decampeões.

Desde cedo se percebeu que belgas eespanhóis eram fortes candidatos aotítulo, a par do Sporting e do Benfica porparte dos nacionais. Depois de umaprimeira fase onde essa previsão seconfirmou, as meias-finais ditaram umBenfica-Liège e um Sporting-Racing. Ese os encarnados não tiveram armassuficientes e perderam por esclarecedores3-1, já os leões venceram com sur-preendente facilidade os nuestros hermanospor convincentes 5-0.

O dia decisivo começou com o jogode atribuição dos 3.º e 4.º lugares, onde oRacing acabou por bater as águias atravésda marcação de pontapés de grandepenalidade (4-3) após o nulo registadono final do tempo regulamentar.

Na grande final, o Standard de Liègefoi mais forte e, depois de marcar aindana primeira parte através de Brisy,conseguiu suster a resposta leonina nosegundo tempo e teve no seu guarda--redes Moris o grande herói da partidaao defender uma grande penalidademarcada por Diogo Viana.

No final, a cerimónia de entrega deprémios consagrou os melhores entre osmelhores. João Sequeira, presidente daUDPF, agradeceu o apoio de todas asentidades que apoiaram esta realização,entre as quais a Câmara de Loures que,na entrega de prémios, foi representadapelo presidente Carlos Teixeira e pelovereador Ricardo Leão.

Uma última palavra para a equipa daUDPF: apesar do oitavo lugar, sobraramrazões para acreditar no valor destes atletasque, contra equipas de grande valor comoo Sporting ou o Belenenses, apenasperderam pela margem mínima (0-1) emambas as partidas.

João Sequeira, presidente da UDPF, Vitor Damas, patrono do torneio e Carlos Teixeira,presidente da Câmara, na cerimónia de entrega dos troféus.

O vereador do pelouro do Desporto, Ricardo Leão, entrega o troféu de terceiroclassificado à equipa do Racing de Santander

A equipa da União Desportiva da Ponte de Frielas,organizadora do torneio

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Desporto

O Campo do Bonjardim foi pequenopara acolher as centenas de pessoas quese apinhavam nas bancadas e no peãopara ver a grande final. As equipas doStandard de Liège e do Sportingperfilavam-se no terreno para dar inícioao jogo de consagração do já célebretorneio de futebol infantil da Ponte deFrielas. Na tribuna vip, sentados lado alado com o padrinho do torneio, VítorDamas, estavam Virgílio, Mário Lino,Nené e Mário Wilson, personagenshistóricas do futebol português quedispensam apresentações.

Belgas fazem a festaOnze anos depois da primeira

edição, o torneio infantilorganizado pela União

Desportiva da Ponte de Frielas(UDPF) continua a granjear

uma reputação digna dereferência. Mais uma vez, o

sucesso desportivo eorganizativo foi uma realidade

num torneio que teve noStandard de Liège o grande

vencedor.

XI Torneiode Futebol

Infantilda Pontede Frielas

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Os belgas do Standard de Liège comemorando efusivamente a vitória no torneio

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Cultura

A cerimónia de entrega do 6.º PrémioLiterário Maria Amália Vaz de Carvalhorealizou-se no dia 8 de Março, noauditório da Biblioteca José Saramago.Este prémio destina-se a incentivar aprodução literária de obras inéditas deprosa ou poesia em Língua Portuguesa eé atribuído bienalmente a um autorportuguês.

Na edição de 2002/2003, o júri foiunânime, distinguindo Uma certa formade errância, de Penélope, pseudónimo deGraça Maria Pires.

A autora agradeceu a oportunidadeque a Câmara proporcionou ao instituiresta aliciante iniciativa e levantou o véuda sua escrita: “O sentido das palavrasdesvenda intimidades, desnudahesitações e permite-nos riscar nos pulsosum silêncio de fuga. Por isso me concedoo direito de pensar a Ulisses e sou, aomesmo tempo, Penélope e todos aquelesque têm uma ilha adiada no peito, todosos que fazem, desfazem e refazem amanta de retalhos da vida no tear dacoragem, todos os que esperam, a vidainteira se necessário for, por um sonho,por um grande amor, por um poema,por qualquer coisa que desoculte assombras do olhar. Todos somosPenélope.”

“São momentos como este quetransformam o gesto solitário de fazer opoema, no acto solidário de partilhar apoesia”, rematou, emocionada, Graça Pires.

Graça Pires, ou Penélope, viu reconhecida a sua obra com este prémio

Recital de Música Moderna por Flávia Barroca, Marco Magalhãese Alexandre Carvalho, do Agrupamento de Música de Câmara.

Literatura

PrémioMariaAmália Vazde CarvalhopremeiaPenélope

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Pessoas e lugares

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Procurando casos de sucessona vida profissional dos

munícipes, a LouresMunicipal foi conhecer asingular história de uma

mulher que é a únicatreinadora de uma equipa

sénior de futebol emPortugal.

A União Desportiva da Ponte deFrielas (UDPF) tem, desde o início dacorrente temporada desportiva, mais umfactor de orgulho: é o único clubeportuguês que tem uma mulher comotreinadora da sua equipa de seniores.

Maria André passou a andar nas bocasdo mundo após uma reportagem docanal de desporto Sport TV. Capaz deliderar com afinco um grupo de homens,mas também extremamente sensível atodas as contingências de uma vida bemdiferente daquela que a maioria dasmulheres escolhem, Maria André,professora de Francês até há alguns anosatrás, traça novas metas no seu percursoprofissional.

Como surgiuo futebol na sua vida?

Comecei a gostar de futebol devidoao meu filho mais novo, o Bruno. Elecomeçou a jogar no Romeira e eu era umadaquelas indefectíveis mães que nãofaltava a um jogo da equipa. A minhapaixão foi tal que o treinador acabou porme convidar a ajudar a cuidar dosmiúdos.

Como gostei muito do ambiente,achei que poderia fazer algo mais. Sentinecessidade de tirar o curso depreparadora física, massagista e treinadorae acabei por me integrar cada vez maisneste mundo. Quando o treinador saiu,o presidente falou comigo para ficar àfrente da equipa de infantis e aceitei. Já lávão 13 anos e, até hoje, não me arrependonada da decisão que tomei.

Quais as vantagense desvantagensde ser mulher nesta profissão?

Não sei se posso falar em vantagensou desvantagens. Penso que, talvez pelofacto de ser mulher, sou muito humananas relações. Acima de tudo tenho de teruma boa relação pessoal com todos osatletas. Mas aquilo que alguns pensam

Maria André

Uma mulhernum mundode homens

que pelo facto de ser mulher não seouvem determinadas coisas, ou aspessoas são mais contidas, não é verdade.

Que mensagem gostaria depassar a outras mulheres quetenham as mesmas ambições?

Preferia enviar uma mensagem aoshomens, mas àqueles machistas que aindanão evoluíram como seres humanos. Oque lhes peço é que apoiem as mulheres eque não as impeçam de atingir as suasmetas. O que conta não é o sexo mas acompetência, e isso as mulheres tambéma podem, e devem, ter.

Quais os objectivos desportivosda UDPF com a Maria André nocomando da equipa?

Tínhamos conseguido um bomarranque de campeonato mas,coincidência ou não, desde que passei aandar nas bocas do mundo devido àcomunicação social, perdemos algunsjogos que nos fizeram descer naclassificação. Seja como for, estou aindano primeiro ano de seniores e ainda estoua aprender, pelo que penso que nopróximo ano vamos conseguir atingir oobjectivo da subida de divisão.

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Instantâneos

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Atletismo

Meio milhar a correrMeio milhar de atletas participaram nas duas provas realizadas nos meses de

Fevereiro e Março, que englobavam todos os escalões: o 5.º Corta-Mato de SantoAntónio dos Cavaleiros e o 16.º Grande Prémio de Vale Figueira. Provenientes devários pontos do País, os atletas entraram nas provas pontuáveis para o 19.º Troféu“Corrida das Colectividades do Concelho de Loures”.

Gesloures

Revista moderna e renovada

O novo formato da edição da Revista da Gesloures estámais moderno e arrojado e foi apresentado ao público emJaneiro. Recorde-se que este é um veículo privilegiado deinformação, particularmente junto dos que se interessam pelaprática desportiva, em especial pela natação.

A revista pretende ainda criar motivação e alertar aqueles quenão praticam este desporto, para os benefícios que daí podemadvir. A Revista Gesloures informa e convida os munícipes aum mergulho... em prol da saúde.

“Derby” do concelho

Empate com sabor amargo

Loures e Sacavenense disputaram no passado dia 16 deMarço o grande derby do concelho. O empate a uma bola foi oresultado final, num encontro marcado pela emoção que durouaté final.

Com a equipa da sede do concelho a precisar da vitória paracontinuar a luta pela subida de divisão e o Sacavenense numaluta desesperada pela manutenção, o empate tem um saboramargo para as duas formações face às inúmeras oportunidadesde golo criadas em ambas as balizas.

19.º Troféu“Corrida das Colectividades”

Calendarização das restantesprovas durante os mesesde Abril e Maio:

13 de Abril – 9 horas8.ª Milha Urbana de MoscavideJunto ao Jardim de Moscavide

25 de Abril – 9 horasGrande Prémio de CamarateJunto à igreja de Camarate

27 de Abril – 9 horas3.ª Corrida “10 km de Vila de Rei”Junto à nova sededa Sociedade Recreativa de Vila de Rei

4 de Maio – 9 horas14.º Grande Prémio do Bairroda Fraternidade Junto à sededa Associação Desportivae Recreativa do Bairro da Fraternidade

11 de Maio – 9 horas15.º Grande Prémiode São Sebastião de GuerreirosJunto ao parque infantilde São Sebastião de Guerreiros

18 de Maio – 9 horas14.ª Corrida dos Jogos do TejoJunto à sede do Atlético de Via Rara

Instantâneos

Empresas

Hovione oferece bolsas de estudo

A Hovione FarmaCiência S.A., sedeada em Loures,desenvolveu acções dirigidas à comunidade local,designadamente o apoio a jovens estudantes com dificuldadessocio-económicas.

A empresa abriu concurso para a atribuição de 12 bolsas nasáreas de Química Industrial e Tecnológica, Mecânica e ManutençãoIndustrial, Electrónica e Telecomunicações, oferecendo aspropinas da Escola Profissional, um subsídio complementar eemprego temporário onde poderão desenvolver experiênciaprática. Para mais informações, consulte www.hovione.pt.

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Restauração

Conhecer para evoluir

Numa época em que se encontra na ordem do dia afiscalização e o controlo de qualidade dos produtos alimentares,a Associação de Restaurantes e Similares de Portugal (ARESP)promoveu, com o apoio da Câmara, um seminário subordinadoao tema “Conhecer para Evoluir”.

O encontro realizou-se no dia 10 de Março no auditório daBiblioteca Municipal de Loures, e contou com a presença devários representantes do sector. Assuntos relacionados com ahigiene e segurança alimentar, a legislação, os financiamentos ea fiscalização foram amplamente debatidos.

A Praça da Liberdade, em frente aos Paços do Concelho, foio palco escolhido para a celebração da Semana do Consumidor,que decorreu entre 10 e 14 de Março, em Loures. Das inúmerasactividades desenvolvidas pelo Gabinete de Apoio aoConsumidor, destaque para o desfile que juntou mais de meiacentena de crianças e jovens do concelho no encerramento doevento.

Defender os direitos do consumidor e garantir a qualidadede produtos e serviços foi o mote desta iniciativa, que contouainda com o precioso apoio da DECO (Defesa do Consumidor)e da PSP, especialmente nas actividades vocacionadas para aimportância da segurança dos mais novos.

Semana do Consumidor

Defenderdireitos,garantir

qualidade

Page 23: Editorial - LouresRua Manuel Augusto Pacheco, 5 – 2.º – Loures Telefone: 21 984 91 60 >Actividades Económicas Rua Dr. Manuel de Arriaga, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982

Instantâneos

Ciclo de conferências

Literatura infantil debatida

A Biblioteca José Saramago acolheu,de 5 a 7 de Fevereiro, um ciclo de conferênciassubordinado ao tema da literatura infanto-juvenil, que contou com a participação deJosé Jorge Letria, Maria José Sottomayor,Maria Helena Veiga, Violeta Morais e MariaAugusta Seabra Diniz.

O evento pretendeu sensibilizar ospresentes para a importância da leituraespecializada para estas faixas etárias,factor fulcral na educação dos mais novos.

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Biblioteca José Saramago

Arquitectos organizam visita

No Ano Nacional da Arquitectura, aOrdem dos Arquitectos organizou umavisita guiada à Biblioteca Municipal JoséSaramago, obra concebida e realizada pelaÁrea de Projectos e Edifícios da Câmarae que foi nomeada para os prémiosSECIL e Mies Van der Rohe.

A visita, conduzida pelo autor doprojecto, Fernando Martins, contou comuma forte adesão de estudantesuniversitários de Arquitectura.

Oficinas “Born in Europe”

Defender a multiculturalidade

Na sequência da exposição Born inEurope, o Museu da Cerâmica de Sacavémorganizou, nos meses de Janeiro eFevereiro, oficinas subordinadas ao tema:Europa – Fábrica de Culturas.

Mais de uma centena de criançasparticiparam num evento que pretendeumostrar a importância da multi-culturalidade e integração dos povos naEuropa, bem como combater axenofobia, o racismo e a exclusão social.

No âmbito da exposição Fortes,fortins e redutos – patente até 30 deSetembro no Museu Municipal da Quintado Conventinho –, tiveram lugar duaspalestras – Aspectos humanos da batalha doVimeiro e O Fogo e o Choque –,subordinadas à temática das InvasõesFrancesas do século XIX.

Os oradores convidados, DuartePacheco de Souza, João Maia e AntónioMendonça, expuseram um conjunto de

Quinta do Conventinho

Técnicasmilitares

emdiscussão

informações técnicas sobre ascaracterísticas militares da época,demonstrando ao vivo a forma comoportugueses e franceses lutavam noscampos de batalha.

Foram interessantes conversas comespecialistas em História Militar eHeráldica, proporcionadas pelo MuseuMunicipal de Loures que, desta forma,relembra a importância das Linhas deTorres – parte delas instaladas no

concelho de Loures – na defesa doterritório nacional face à invasão dosexércitos napoleónicos convidando a um“regresso” ao passado.

Instantâneos

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“Raid” ambiental

Conhecer a floresta

O “Raid” ambiental destina-se aalunos do 3.º ano de escolaridade e consistena realização de um percurso de orientaçãono Parque Municipal do Cabeço deMontachique. O tema central é a floresta,com actividades relacionadas com o jogo“Os Cavaleiros do Círculo Mágico”. É feitaa sensibilização dos alunos para a naturezae para a diversidade da floresta, através dodesenvolvimento de capacidadessensoriais, cognitivas e afectivas.

Pré-escolar

Aprender a reciclar

Os jardins-de-infância são locaisprivilegiados para o início daaprendizagem e sensibilizaçãoambientais. Através de apoio técnico ematerial à concepção, definição e realizaçãode projectos de educação ambiental noâmbito da reciclagem e da exploração doscinco sentidos, os mais novos têmoportunidade de aprender os segredos ea importância de reciclar os materiais queno dia-a-dia se transformam em lixo.

Percursos Pedestres

Conhecer o património

Mais de uma centena de caminheirosparticiparam, no dia 8 de Março, numpercurso pedestre de 18 quilómetros, noconcelho de Loures.

Começou com a visita ao MuseuMunicipal Quinta do Conventinho.Seguiu-se a Estação Arqueológica deFrielas, o Palácio dos Arcebispos emSanto Antão do Tojal e em Bucelas,conheceram os Fortes das Linhas deTorres e a Quinta da Romeira.

Círculo Mágico

A magiada Natureza

O Círculo Mágico é um programa deeducação ambiental promovido peloDepartamento do Ambiente da Câmara.Mais de 16 mil crianças e um milhar deprofessores de escolas do ensino básicodo concelho participam em diversasactividades, criadas com o objectivo dedespertar e mobilizar responsabilidadesindividuais visando a melhoria daqualidade do ambiente.

Pretende-se encorajar as crianças aadoptarem uma atitude participativa naprotecção do ambiente, evidenciando-sea importância do equilíbrio que deveexistir entre o Homem e a Natureza.

Page 24: Editorial - LouresRua Manuel Augusto Pacheco, 5 – 2.º – Loures Telefone: 21 984 91 60 >Actividades Económicas Rua Dr. Manuel de Arriaga, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982

Colectiva de fotografia de AnaMartins, Vítor Oliveira, TeresaAbrantes, Margarida Sanches,Ângela Correia, Isabel Cristina, AnaOliveira e Ana Branca. Oito artistasunidos pelo clique mostrandoolhares sobre um mundo real eenigmático.

Exposições

Agenda

Errare humanum estNa última edição da Loures Municipal, página 10, surgiu

erradamente a informação que a obra da nova ponte sobre orio de Loures seria parte integrante do PROQUAL. Tal facto nãose verifica, pois este programa aplica-se somente às freguesiasde Sacavém e Prior Velho. Já na página 47, foi referido que oprazo final de apresentações de candidaturas ao RAME seria15 de Maio, quando a data correcta é 15 de Março. Peloslapsos, as nossas desculpas.

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Sábados em Cheio

Biblioteca Municipal José SaramagoTodos os Sábados às 15 horasProgramação de Abril

Dia 5 “As coisas melhores são feitas no ar”com Cristina Paiva e João BrásTextos poéticos teatralizados,envolvidos por um ambiente sonoro original.Espectáculo comemorativodo Dia Mundial do Livro Infantil.

Dia 12 “Elmer e o avô Eldo”Nova história de um elefante que,sendo igual aos seus irmãos, apresentaa pele de cor diferente.

Dia 19 “Quem conta um conto”Contos contados ao desafio.Uma vez o animador, a outra o utilizador.

Dia 26 “Guia familiar para os monstroslá de casa” – de Stanislav MarijanovicEstórias divertidas de monstros que nos fazemroer as unhas, tremelicar as pernas, ganhar suoresfrios e ainda ficar com os cabelos em pé. Metemtanto medo que são de morrer a rir.

Galeria Municipal de Loures

Tapeçaria contemporâneae objectos têxteis de Guida Fonseca3 a 17 de Abril

Guida Fonseca regressa a Lourespara uma exposição individual, oque já não acontecia desde 1995.Artista autodidacta, trabalha comestes materiais desde 1971, tendodesenvolvido uma série de acçõesde formação e cursos de formaçãoprofissional na área da tapeçariae tecelagem.

Museu da Cerâmica de Sacavém

FotografiaA Fábrica e Sacavémpelos olhos de Eduardo Gageiro26 de Abril a 21 de Março de 2004

A cidade de Sacavém e sua fábrica da loiça são retratadas commestria por um dos mais destacados fotógrafos portugueses.

Outros eventos13 de Abril – 15 horasTorneio Nacional de Loures de Ginástica Aeróbica e FitnessOrganização da Federação Portuguesa de GinásticaPavilhão Feliciano Rosa Bastos – Loures

18 a 20 de Abril – 9 horasTorneio de Futebol do Concelho de Loures - Escalão de iniciadosCampo José Silva Faria, em Loures (dias 18 e 20) e ComplexoDesportivo 1.º de Maio, no Catujal (dia 19)

8 de Abril – 10 horasPresença em Loures, junto ao Pavilhão Paz e Amizade, de umautocarro do Fórum Europeu da Deficiência que, no âmbito doAno Europeu das Pessoas com Deficiência, passa por Portugaldepois de uma digressão por toda a União Europeia. Paramais informações, visite o sítio www.cnod.org

AtendimentoRui Pinheiro, vereador do Departamento do Ambiente daCâmara, irá receber munícipes em atendimentodescentralizado nas freguesias de Sacavém, Bucelas e SantaIria de Azóia, nos dias 24 de Abril24 de Abril24 de Abril24 de Abril24 de Abril, 30 de Maio30 de Maio30 de Maio30 de Maio30 de Maio, 27 de27 de27 de27 de27 deJunhoJunhoJunhoJunhoJunho, 25 de Julho25 de Julho25 de Julho25 de Julho25 de Julho, 29 de Agosto29 de Agosto29 de Agosto29 de Agosto29 de Agosto, 26 de Setembro26 de Setembro26 de Setembro26 de Setembro26 de Setembro,31 de Outubro31 de Outubro31 de Outubro31 de Outubro31 de Outubro, 28 de Novembro28 de Novembro28 de Novembro28 de Novembro28 de Novembro e 26 de Dezembro.26 de Dezembro.26 de Dezembro.26 de Dezembro.26 de Dezembro.Os horários são os seguintes:Sacavém (Quinta de São José) – das 10 às 12 horasBucelas (Junta de Freguesia) – das 14h30 às 16h30Santa Iria de Azóia (Parque Urbano) – das 17h30 às 19h30Contactos: Tel.: 21 984 82 10/13 – Fax: 21 984 82 51e-mail: [email protected]

Pirescoxe

Fotografia pelo Grupo F8#121 Março a 17 de Abril

Instantâneos

Rede Social de Loures

Acções de formaçãode parceiros

No âmbito da implementação daRede Social de Loures (RSL), o Gabinetede Assuntos Religiosos e SociaisEspecíficos (GARSE) desenvolveu umconjunto de acções de formação para cercade centena e meia de elementos de maisde 60 organizações que integram asparcerias de intervenção comunitária naQuinta do Mocho (Sacavém), Quinta daFonte (Apelação), Quinta das Sapateiras(Loures) e Quinta da Vitória (Portela).

Esta iniciativa visa a formação dosparceiros que vão trabalhar com apopulação local, o planeamento daintervenção para os próximos dois anos,e a identificação de novos objectivos parauma actuação concertada dos diversosorganismos que fazem parte da RSL.

Colóquio sobre Angola

Renascerrumo ao futuro

A Casa da Cultura de Sacavém recebeu,no dia 15 de Fevereiro, o colóquio “Angola– Renascer rumo ao futuro”, promovidopela União dos Jovens Angolanos emPortugal, em parceria com a Câmara deLoures. O encontro contou com apresença do vereador António Pereira,responsável pelo pelouro dos AssuntosSociais, e com a participação de dezenas deresidentes na Quinta do Mocho.

Foi aprovada uma moção prevendoa criação de um fundo de apoio às famíliasde angolanos em Portugal, e de umacomissão consultiva, que deverá, entreoutras coisas, apelar junto do Governoangolano, à assinatura do AcordoBilateral de Imigração e Segurança Socialcom Portugal.

Talude Militar

Segurançaé preocupação

Preocupada com a segurança doshabitantes das construções ilegaisexistentes no Talude Militar, freguesia deCamarate, a Câmara, através da DivisãoMunicipal de Habitação, procedeu àdemolição de algumas edificações queameaçavam ruir.

Localizadas em terrenos deacentuado declive, com condiçõesgeotécnicas delicadas, estas intervençõesexigiram especiais cuidados, comoescoramentos prévios, a fim de garantir aexecução dos trabalhos em segurança parapessoas e bens.

Estes são exemplos das gravesconsequências decorrentes do desrespeitopelas normas de construção maiselementares.

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Dia da Mulher

Duzentas trabalhadorasvisitam equipamentos municipais

O Municípo de Loures brindou astrabalhadoras municipais com um dia depasseio e convívio. O Dia da Mulher foiassinalado pela visita aos museusmunicipais – o da Cerâmica, em Sacavém,e o da Quinta do Conventinho, emLoures. Na companhia de Carlos Teixeira,presidente da Câmara, e de AntónioPereira, vereador dos Recursos Humanos,algumas das cerca de duzentas senhorasque participaram na comemoraçãoconheceram pela primeira vez estesequipamentos municipais, suasexposições e outras valências que têm paraoferecer.

No final da tarde seguiu-se um lanchee a entrega de rosas pela mão dopresidente da Câmara e dos ServiçosMunicipalizados.

O dia cobre-se de pássaros,Que sobrevoam quotidianas ficções.No meu país, as mulheres,

têm a cor da sedeNos seus olhos, ávidos de milagres.É por isso que as mãos

lhes estremecem de prazerDe Graça Maria Pires, vencedora da sexta ediçãodo Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho

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