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EDUCANDO PARA SEMPRE 1º SIMULADO MODELO ENEM - 2016 DIA Exame Nacional do Ensino Médio 90 Questões 08 de abril - sexta-feira Ciências da Natureza e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias 1ª SÉRIE Duração: 5h

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EDUCANDO PARA SEMPRE

1º SIMULADO MODELO ENEM - 2016

DIA

Exame Nacional do Ensino Médio

90 Questões

08 de abril - sexta-feira

Ciências da Natureza e suas TecnologiasCiências Humanas e suas Tecnologias

1ª SÉRIE

Duração: 5h

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ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO SIMULADO ENEM – 1º TRI

1. A prova terá duração de 5h.

2. Só será permitida a saída de alunos a partir de 2 horas de prova.

3. O aluno não poderá sair para beber água ou ir ao banheiro antes de 3 horas de prova.

4. O aluno não poderá levar a prova para casa. Favor colocar o nome na capa da prova.

5. O preenchimento do gabarito deve ser feito com caneta AZUL ou PRETA. NÃO É

PERMITIDO O USO DE CANETAS COM PONTAS POROSAS.

6. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de

todo o gabarito.

7. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser

lápis, caneta e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto

ao quadro. Não será permitido empréstimo de material entre alunos.

8. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova

recolhida, caso o mesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na

base do quadro durante a prova.

9. O fiscal deve conferir o preenchimento do gabarito antes de liberar a saída dos alunos.

10. O gabarito da prova estará disponível no site a partir das 17 horas da

segunda-feira, dia 11/04.

11. O prazo máximo para conferir qualquer dúvida sobre o gabarito da prova encerra dia 15/04,

sexta-feira. Isso deve ser feito diretamente com o professor ou com a Pedagoga da Unidade.

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1. Dos componentes da matéria viva, quais deles existem em maior proporção em qualquer célula? a) Proteínas b) Sais minerais c) Carboidratos d) Lipídios e) Água GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A água é o componente mais abundante nos seres vivos (70 – 85%). 2. ”A taxa de água varia em função de três fatores básicos: atividade do tecido ou órgão (a quantidade de H2O

é diretamente proporcional à atividade metabólica do órgão ou tecido em questão); idade (a taxa de água decresce com a idade) e a espécie em questão (o homem 65%, fungos 83%, celenterados 98%, etc.).” Baseado nesses dados, o item que representa um conjunto de maior taxa hídrica é

a) coração, ancião, cogumelo b) estômago, criança, abacateiro c) músculo da perna, recém-nascido, água viva d) ossos, adulto, “orelha-de-pau” e) pele, jovem adolescente, coral GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Tecido muscular apresenta grande quantidade de água devido à alta atividade metabólica; em recém-nascido a quantidade de água é maior; água-viva possui cerca de 98% de água. 3. A alternativa que apresenta a correspondência adequada é:

Sais Minerais Funções Principais Alimentos a) Magnésio Forma a hemoglobina Leite e frutas

b) Ferro Forma a clorofila Cereais e hortaliças

c) Cálcio Forma ossos e dentes Laticínios, ovos e folhas verdes

d) Flúor Faz parte dos hormônios Fígado e legumes

e) Iodo Atua no trabalho dos nervos Carne e ovos

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Cálcio é importante na constituição de ossos e dentes, participa da contração muscular. É encontrado em leite e derivados, ovos etc. 4. Ao beber uma solução de glicose (C6H12O6), um corta-cana ingere uma substância a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. b) inflamável que, queimada pelo organismo, produz água para manter a hidratação das células. c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o teor de oxigênio

no organismo. d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo. e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter estável a taxa de carbono

na atmosfera. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A glicose é quebrada durante a respiração celular produzindo energia na forma de ATP para o organismo. 5. A celulose é um carboidrato, um polissacarídeo de origem vegetal e com função estrutural. É um componente

presente em todos os alimentos de origem vegetal. Os seres humanos não são capazes de digerir as fibras de celulose, porém, elas são importantíssimas, pois

a) fornecem energia para o corpo b) formam estruturas esqueléticas importantes c) são fontes de vitaminas d) facilitam a formação e eliminação das fezes e) são importantes para o crescimento

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

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GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A fibra alimentar compreende as partes comestíveis dos vegetais que o nosso intestino delgado é incapaz de digerir e absorver. São importantes, pois atuam no bom funcionamento intestinal, evitando a constipação intestinal. 6. As fibras musculares estriadas armazenam um carboidrato a partir do qual se obtém energia para a

contração. Essa substância de reserva se encontra na forma de a) Amido. b) Glicose. c) Maltose. d) Sacarose. e) Glicogênio. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O glicogênio é um polissacarídeo encontrado nos músculos e no fígado dos animais. Ele serve como reserva energética, e quando a taxa de glicose no sangue abaixa, geralmente nos períodos entre as refeições, as células do fígado quebram esse glicogênio, reconvertendo-o em glicose. Essa glicose é jogada no sangue que as encaminha a todas as células do corpo. Assim como o fígado, as células musculares também armazenam grande quantidade de glicogênio, que fornece energia para a contração muscular. 7. Defende-se que a inclusão da carne bovina na dieta é importante, por ser uma excelente fonte de proteínas.

Por outro lado, pesquisas apontam efeitos prejudiciais que a carne bovina traz à saúde, como o risco de doenças cardiovasculares. Devido aos teores de colesterol e de gordura, há quem decida substituí-la por outros tipos de carne, como a de frango e a suína. O quadro abaixo apresenta a quantidade de colesterol em diversos tipos de carne crua e cozida.

Com base nessas informações, pode-se concluir que a) o risco de ocorrerem doenças cardiovasculares por ingestões habituais da mesma quantidade de carne é

menor se esta for carne branca de frango do que se for toucinho. b) uma porção de contrafilé cru possui, aproximadamente, 50% de sua massa constituída de colesterol. c) a retirada da pele de uma porção cozida de carne escura de frango altera a quantidade de colesterol

a ser ingerida. d) a pequena diferença entre os teores de colesterol encontrados no toucinho cru e no cozido indica que esse

tipo de alimento é rico em água. e) a carne de frango sem pele crua tem menos colesterol que a carne suína (bisteca) crua. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Segundo a tabela, a pele do frango possui elevadas concentrações de colesterol, portanto, a retirada da pele diminui significativamente a quantidade de colesterol ingerida. 8. Os lipídios podem ser considerados as moléculas mais eficientes no armazenamento da energia nos seres

vivos. Entretanto, determinados tipos de lipídios apresentam função estrutural, compondo as membranas celulares. É o caso da(o)

a) gordura b) óleo c) fosfolipídio d) cera e) colesterol GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Fosfolipídios formam a membrana plasmática e todas as membranas celulares, aparecendo em duas camadas.

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9. A figura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o sentido do fluxo de energia entre os componentes dos níveis tróficos. Sabendo-se que o mercúrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia alimentar apresentará maior teor de mercúrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal?

Observe a cadeia alimentar e o fluxo de energia nos níveis tróficos

a) As aves, pois são os predadores do topo dessa cadeia que acumulam mercúrio incorporado pelos componentes dos demais elos.

b) Os caramujos, pois se alimentam das raízes das plantas, que acumulam maior quantidade de metal. c) Os grandes peixes, pois acumulam o mercúrio presente nas plantas e nos peixes pequenos. d) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quantidade de mercúrio, já que se alimentam das plantas

contaminadas. e) As plantas aquáticas, pois absorvem grande quantidade de mercúrio da água através de suas raízes e folhas. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A bioacumulação é um processo de absorção e retenção de substâncias químicas no organismo de determinado ser vivo. As aves acumulam mais mercúrio, pois acumularão o metal presente nos demais níveis tróficos, já que se alimenta deles. 10. Estudos de fluxo de energia em ecossistemas demonstram que a alta produtividade nos manguezais está

diretamente relacionada com as taxas de produção primária líquida e com a rápida reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de seres vivos encontrados nesse ambiente, temos: aves, caranguejos, insetos, peixes e algas. Dos grupos de seres vivos citados, os que contribuem diretamente para a manutenção dessa produtividade no referido ecossistema são

a) aves. b) algas. c) peixes. d) insetos. e) caranguejos. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Como a alta produtividade dos manguezais está diretamente relacionada com as taxas de produção primária líquida, podemos concluir que o grupo que contribui para essa produtividade são as algas (letra b). 11. Analisando-se as trocas efetuadas entre o meio e cada nível trófico de uma cadeia alimentar, nota-se a) devolução de energia, de CO2 e de O2 para o meio. A energia não pode ser reutilizada. O CO2 é utilizado

pelos produtores e o O2 pelos seres vivos em geral. b) devolução de energia e de CO2 para o meio. A energia e o CO2 só poderão ser reutilizados pelos produtores. c) devolução de energia e de CO2 para o meio. A energia pode ser reaproveitada. O CO2 pode ser reutilizado

pelos produtores. d) aproveitamento total da energia incorporada e desprendimento de O2, que poderá ser utilizada na respiração

dos seres vivos. e) aproveitamento total da energia incorporada e desprendimento de CO2, que poderá ser utilizado pelos

produtores. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A captação de CO2 e liberação de O2 pelos produtores é a base da cadeia produtiva no meio ambiente. Através da respiração aeróbia, os heterótrofos devolvem CO2 e captam O2 proveniente dos produtores, para manutenção do metabolismo.

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12. Avalie a teia ou cadeia alimentar a seguir e marque a alternativa correta.

Quantos níveis tróficos existem no esquema acima? a) 4 b) 8

c) 5 d) 7

e) 6

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Cadeia alimentar é o termo utilizado para referir à sequência linear de organismos que se alimentam em uma comunidade. A teia alimentar apresenta 7 níveis tróficos e 6 ordens de consumidores. 13. Nos ecossistemas, o fluxo de energia dos organismos produtores para os consumidores pode ser

representado por um diagrama.

Dentre os diagramas acima, o que melhor representa esse fluxo na cadeia alimentar é o de número

a) I e II. b) II.

c) III. d) I e lV.

e) lV.

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Os produtores distribuem a energia no meio ambiente através da fotossíntese, onde a energia vai diminuindo ao passar de um nível trófico para o outro. Uma pirâmide, por ter sua base mais larga e seu ápice mais estreito, representa melhor o fluxo de energia que é decrescente e unidirecional. 14. Analise a pirâmide a seguir e marque a alternativa que indica corretamente o nome da pirâmide representada.

a) Pirâmide de biomassa. b) Pirâmide de massa. c) Pirâmide de número. d) Pirâmide de energia. e) Pirâmide de produção. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: As pirâmides ecológicas podem ser de 3 tipos, biomassa, fluxo de energia e de números. Esta última leva em consideração o número de indivíduos apresentados em cada nível trófico. Mediante aos números apresentados ao lado de cada nível trófico na pirâmide acima, a resposta é a letra c.

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15. Observe, inicialmente, as duas cadeias alimentares:

1 - árvore preguiças pulgas protozoários 2 - milho roedores cobras gaviões

Observe os modelos de pirâmide a seguir:

É correto afirmar, com relação às cadeias 1 e 2 e aos modelos de pirâmides I e II, que a) a pirâmide I pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia disponível em

cada nível trófico da cadeia 2. b) a pirâmide II pode representar tanto o número de indivíduos como a quantidade de energia disponível em

cada nível trófico da cadeia 1. c) a pirâmide II pode representar a quantidade de energia disponível em cada nível trófico da cadeia 2. d) a pirâmide I pode representar o número de indivíduos em cada nível trófico da cadeia 1. e) a pirâmide I pode representar o número de indivíduos da cadeia 2, e a pirâmide II, a quantidade de energia

disponível em cada nível trófico da cadeia 1. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Na cadeia 1, temos um caso em que poucos produtores são suficientes para alimentar vários consumidores primários, poucos consumidores primários alimentam vários consumidores secundários, e assim por diante. Já na cadeia 2, temos um caso em que vários produtores são necessários para alimentar o consumidor primário, vários consumidores primários são necessários para alimentar os secundários e assim por diante. Percebe-se, portanto, que a pirâmide da cadeia 1 é invertida (Pirâmide II) e, em 2, é direta (Pirâmide I). Como a energia é maior sempre nos produtores, a única pirâmide que representa a energia é a pirâmide I. 16. Aproveitando materiais recicláveis, como latas de alumínio de

refrigerantes e caixas de papelão de sapatos, pode-se construir uma máquina fotográfica utilizando uma técnica chamada "pin hole" (furo de agulha), que, no lugar de lentes, usa um único furo de agulha para captar a imagem num filme fotográfico. As máquinas fotográficas "pin hole" registram um mundo em imagens com um olhar diferente, que utiliza o princípio das câmaras escuras de orifício.

Um poste com 4 m de altura é fotografado numa máquina "pin hole". No filme, a altura da imagem do poste, em centímetros, é a) 12 b) 10

c) 8 d) 6

e) 4

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: R2: 4m/5m = h/0,10m h = 4 * 0,10/5 h = 0,40/5 h = 0,08 m h = 8 cm 17. Alguns povos indígenas ainda preservam suas tradições, realizando a pesca com lanças, demonstrando uma

notável habilidade. Para fisgar um peixe em um lago com águas tranquilas, o índio deve mirar abaixo da posição em que enxerga o peixe.

Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória retilínea no interior da água. b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória quando passam do ar para a água. c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água. d) emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela superfície da água. e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando passam da água para o ar. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Devido à refração da luz (“efeito dióptro plano”), o que é dado ao índio enxergar é uma imagem virtual do peixe, a uma profundidade aparente menor que a profundidade real.

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18. Uma das primeiras aplicações militares da ótica ocorreu no século III a.C., quando Siracusa estava sitiada pelas forças navais romanas. Na véspera da batalha, Arquimedes ordenou que 60 soldados polissem seus escudos retangulares de bronze, medindo 0,5 m de largura por 1,0 m de altura. Quando o primeiro navio romano se encontrava a aproximadamente 30 m da praia para atacar, à luz do Sol nascente, foi dada a ordem para que os soldados se colocassem formando um arco e empunhassem seus escudos, como representado esquematicamente na figura abaixo. Em poucos minutos, as velas do navio estavam ardendo em chamas. Isso foi repetido para cada navio, e assim não foi dessa vez que Siracusa caiu. Uma forma de entendermos o que ocorreu consiste em tratar o conjunto de espelhos como um espelho côncavo. Suponha que os raios do Sol cheguem paralelos ao espelho e sejam focalizados na vela do navio.

O raio do espelho côncavo para que a intensidade do Sol concentrado seja máxima deverá ser de a) 30 m b) 40 m

c) 60 m d) 80 m

e) 120 m

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Considerando que o foco = raio/2 30 = R/2 R = 60m

19. Uma pessoa observa a imagem de seu rosto refletida numa concha de cozinha semiesférica perfeitamente

polida em ambas as faces. Enquanto na face côncava a imagem do rosto dessa pessoa aparece a) invertida e situada na superfície da concha, na face convexa ela aparecerá direita, também situada

na superfície. b) invertida e à frente da superfície da concha, na face convexa ela aparecerá direita e atrás da superfície. c) direita e situada na superfície da concha, na face convexa ela aparecerá invertida e atrás da superfície. d) direita e atrás da superfície da concha, na face convexa ela aparecerá também direita, mas à frente

da superfície. e) invertida e atrás na superfície da concha, na face convexa ela aparecerá direita e à frente da superfície. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Considerando a parte interna da concha um espelho esférico côncavo e a parte externa um espelho esférico convexo, temos: admitindo o rosto da pessoa situado a uma distância maior que a focal de um espelho esférico côncavo, teremos uma imagem real, portanto invertida, e situada antes da superfície do espelho. Já no espelho esférico convexo, teremos uma imagem virtual, portanto direita e atrás da superfície do espelho. 20. Uma fibra óptica é um filamento flexível, transparente e cilíndrico, que possui uma estrutura simples composta

por um núcleo de vidro, por onde a luz se propaga, e uma casca de vidro, ambos com índices de refração diferentes. Um feixe de luz monocromático, que se propaga no interior do núcleo, sofre reflexão total na

superfície de separação entre o núcleo e a casca segundo um ângulo de incidência , conforme

representado no desenho abaixo (corte longitudinal da fibra).

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Supondo que a luz que viaja no núcleo da fibra óptica incida no limite núcleo-casca formando um ângulo de 39,2o

em relação ao comprimento da fibra, podemos concluir que o ângulo entre a luz incidente e refletida vale a) 110,8

o

b) 101,6o

c) 98,7o

d) 96,6o

e) 116,2o

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O ângulo citado no enunciado da questão é complementar ao ângulo de incidência.

90 = i + 39,2 i = 50,8o

Pela segunda lei da reflexão: i = r

Portanto i + r = 50,8 + 50,8 = 101,6

o

21. Descartes desenvolveu uma teoria para explicar a formação do arco-

íris com base nos conceitos da óptica geométrica. Ele supôs uma gota de água com forma esférica e a incidência de luz branca conforme mostrado de modo simplificado na figura ao lado. O raio incidente sofre refração ao entrar na gota (ponto A) e apresenta uma decomposição de cores. Em seguida, esses raios sofrem reflexão interna dentro da gota (região B) e saem para o ar após passar por uma segunda refração (região C). Posteriormente, com a experiência de Newton com prismas, foi possível explicar corretamente a decomposição das cores da luz branca. A figura não está desenhada em escala e, por simplicidade, estão representados apenas os raios violeta e vermelho, mas deve-se considerar que entre eles estão os raios das outras cores do espectro visível.

Sobre o fenômeno discutido acima, é correto afirmar que a) o fenômeno da separação de cores quando a luz sofre refração ao passar de um meio para outro é chamado

de justaposição. b) ao sofrer reflexão interna, cada raio apresenta ângulo de reflexão igual ao seu ângulo de incidência, ambos

medidos em relação à reta normal no ponto de incidência. c) ao refratar na entrada da gota (ponto A na figura), as luzes do espectro visível não sofrem desvio. d) ao emergir da gota (região C na figura), os feixes luminosos externos são convergentes entre si. e) os feixes luminosos cruzados no interior da gota sofrem desvio. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A 2ª Lei da Reflexão prevê que os ângulos de incidência e reflexão possuem o valor e são medidos do feixe luminoso à reta normal no ponto de incidência. 22. A cor de um objeto opaco é determinada pela luz que é predominantemente refletida por ele. Tal propriedade

denomina-se “reflectância”. Assim, um objeto vermelho refletirá mais a cor vermelha que as demais cores, quando iluminado com luz branca. Se o objeto reflete uniformemente todas as cores da luz branca, ele permanecerá branco quando iluminado com luz branca e parecerá da cor da luz que o ilumina, quando esta for colorida. Por outro lado, a cor de um corpo transparente está associada à luz transmitida. Quando iluminarmos com luz branca uma placa plana de vidro comum, notamos que ela permanece incolor, indicando que a luz a atravessou se sofrer absorção preferencial de nenhuma cor, enquanto que os chamados filtros e placas de vidro planas coloridas absorvem algumas componentes da luz branca, transmitido uma ou mais componentes, tornando assim, coloridos. Dessa forma, um filtro vermelho absorve quase todas as cores, exceto a vermelha. A experiência mostra que podemos combinar três cores, chamadas “primárias”, a vermelha, a verde e a azul, de forma adequada, para formar um número variado de cores, mas não todas.

A alternativa que está de acordo com o texto dado é: a) A cor de um objeto é propriedade exclusiva dele e não depende da fonte iluminadora. b) Um objeto opaco branco, ao ser levado para um quarto escuro e iluminado com luz verde, parecerá azul. c) Um objeto opaco verde refletirá a cor verde e absorverá as demais quando iluminado por luz branca. d) Um objeto opaco vermelho, ao ser levado para um quarto escuro e iluminado com luz verde, parecerá verde. e) Um filme verde, ao ser levado para um quarto escuro e iluminado com luz vermelha, parecerá vermelho.

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GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Um objeto opaco verde reflete a core verde quando iluminado por luz branca e reflete demais cores. 23. Um dos efeitos observados, na propagação da luz, é que a sua velocidade modifica-se em meios com

propriedades óticas diferentes. A atmosfera terrestre pode ser considerada um meio em que essas propriedades óticas variam conforme a altitude. Uma das causas é o fato de a atmosfera terrestre possuir temperaturas diferentes conforme a altitude, tornando-se mais densa onde a temperatura é menor causando uma maior diminuição na velocidade de propagação da luz, do que em regiões em que a temperatura é maior e menos densa. Considere uma vasta região da atmosfera, sem vento, e na qual a temperatura vai aumentando gradativamente com a altitude. Dois observadores A e B, no solo, e distantes um do outro, observam, através dessa atmosfera, um satélite que está em repouso com relação à Terra. A reta que une os olhos do observador A, até o satélite S, coincide com o Zênite, isto é, o satélite está acima da sua cabeça, enquanto que a reta que une os olhos do observador B, até o satélite, é inclinada com relação à horizontal. As linhas pontilhadas, nas figuras A, B e C, representam possíveis caminhos óticos de um feixe de luz que sai do satélite S e vai até os dois observadores nessa atmosfera. Considere os observadores A e B, e o satélite S contido no mesmo plano vertical com relação ao solo, representados pelo plano desta página. Com fundamentos nas propriedades de propagação da luz, podemos afirmar que

a) a figura A mostra corretamente os dois caminhos óticos do feixe da luz, que saem do satélite S e vão até os observadores com relação ao solo.

b) a figura B mostra corretamente os dois caminhos óticos do feixe da luz, que saem do satélite S e vão até os observadores com relação ao solo.

c) a figura C mostra corretamente os dois caminhos óticos do feixe da luz, que saem do satélite S e vão até os observadores com relação ao solo.

d) a propriedade ótica que está associada às diferentes velocidades de propagação da luz de mesma frequência, em diferentes meios, chama-se difração.

e) no caminho ótico da luz, do satélite S para o observador A nessa atmosfera, a velocidade de propagação da luz é constante.

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Como a velocidade da luz é inversamente proporcional à densidade do meio percorrido, a velocidade da luz é maior no ar quente do que no frio, o que provoca o fenômeno citado. 24. “Maurice Greene, o homem mais rápido do planeta.” Não faz muito tempo, Maurice Greene era um dos muitos adolescentes americanos que reforçavam o orçamento familiar vendendo hambúrgueres em Kansas City, sua cidade. Mas ele já corria desde os 8 anos e não demorou a descobrir sua verdadeira vocação. Trocou a lanchonete pela pista de atletismo e tornou-se o homem mais rápido do planeta ao vencer os 100 m do meeting de Atenas, na Grécia, estabelecendo um novo recorde mundial para a prova. Greene, de 24 anos, correu a distância em 9s 79, superando em cinco centésimos de segundo a marca anterior (9s 84), que pertencia ao canadense Dono Van Bailey desde a final olímpica de Atlanta, em julho de 1996. Jamais um recordista conseguira tal diferença desde a adoção da cronometragem eletrônica, em 1978.

O Globo , 17 de junho de 1999.

Com base no texto acima, pode-se a firmar que a velocidade média do homem mais rápido do planeta é de, aproximadamente, a) 10,21 m/s. b) 10,58 km/h

c) 10,96 km/min d) 10,40 m/min

e) 10,62 m/h

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: V= d/t ; v=100/9,8 v= 10,21 m/s

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25. Em uma prova de 100 m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão é representado pelo gráfico a seguir:

Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velocidade do corredor é aproximadamente constante? a) Entre 0 e 1 segundo. b) Entre 1 e 5 segundos. c) Entre 5 e 8 segundos.

d) Entre 8 e 11 segundos. e) Entre 12 e 15 segundos.

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Entre 5 e 8 segundos a inclinação da reta é praticamente nula, ou seja, a velocidade é constante. Assim, nesse intervalo de tempo, a velocidade é constante. 26. Numa clínica de avaliação cardiológica, um indivíduo executa um teste de esforço físico. Nele, o indivíduo

caminha em uma esteira e o movimento é registrado por um computador.

A partir dos dados coletados, foi gerado o gráfico da distância percorrida*, em metros, em função do tempo, em minutos, mostrado a seguir:

* A esteira simula o esforço feito numa caminhada. Considere os valores representados como se fossem numa caminhada numa pista de cooper.

De acordo com esse gráfico, podemos afirmar que a) a velocidade média nos primeiros 4 minutos foi de 80 m/min. b) durante o teste, a esteira permaneceu parada durante 2 minutos. c) durante o teste, a distância total percorrida foi de 1000 m. d) durante todo o teste, o movimento foi uniforme. e) no intervalo de 6 a 8 minutos, o movimento foi uniforme. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Entre os instantes t= 6 e t= 8 segundos, a distância permaneceu igual a 1000 metros. Logo, nesse intervalo de tempo, a esteira permaneceu parada.

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27. .. 120... 150... 200 km por hora

Roberto Carlos / Erasmo Carlos

As coisas estão passando mais depressa O ponteiro marca 120 O tempo diminui As árvores passam como vultos A vida passa O tempo passa Estou a 130 as imagens se confundem Estou fugindo de mim mesmo Fugindo do Passado Do meu mundo assombrado de tristeza de incerteza Estou a 140 Fugindo de você Eu vou Voando pela vida Sem querer chegar Nada vai mudar meu rumo Nem me fazer voltar

Vivo fugindo Sem destino algum Sigo caminhos que me levam A lugar nenhum O ponteiro marca 150 Tudo passa ainda mais depressa O amor, a felicidade O vento afasta uma lágrima Que começa a rolar no meu rosto Estou a 160 Vou acender os faróis Já é noite Agora são as luzes que passam por mim Sinto um vazio imenso Estou só na escuridão A 180 Estou fugindo de você (...)

Roberto Carlos – 1970 - Ana; Roberto Carlos; Sony BMG; 1989.

Muitas vezes, esquecemo-nos de fazer referência à unidade associada à grandeza física citada. Não precisamos de muito esforço para saber que os autores da letra acima estão se referindo a velocidades em km/h. Uma música traz, algumas vezes, além da beleza cultural, conceitos científicos em suas citações. No trecho da letra da música de Roberto e Erasmo Carlos, destacamos algumas frases que nos fazem refletir um pouco acerca de conceitos de cinemática. Em qual das opções a seguir a explicação condiz, cientificamente, com o significado da frase? a) Na frase “As coisas estão passando mais depressa, o ponteiro marca 120”, os autores estão se referindo

ao movimento relativo do carro que está a 120 km/h em relação, exclusivamente, a outros carros que estão passando por ele.

b) Na frase, “Estou a 130 as imagens se confundem”, os autores se referem à dificuldade de ver com nitidez, mesmo quem tem uma vista maravilhosa, as imagens de coisas que estão fixas na terra, mas que em relação ao carro têm os mesmos 130 km/h.

c) Na frase, “Nem me fazer voltar”, os autores se referem a uma possível mudança de direção do movimento. d) Na frase, “O ponteiro marca 150, tudo passa ainda mais depressa”, os autores querem dizer que a

velocidade das coisas fixas na terra, como uma árvore, por exemplo, têm sua velocidade em relação à terra maior, quanto maior for a velocidade acusada pelo velocímetro do carro.

e) Na frase, “Estou a 160 (...) Agora são as luzes que passam por mim”, os autores querem dizer que antes desse valor (160 km/h), as luzes dos veículos dos outros carros que cruzavam em sentido contrário não passavam em relação ao motorista protagonista da letra.

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Velocidade relativa. Quando um corpo se desloca com certa velocidade, os objetos possuem a mesma velocidade que os outros corpos quando comparados entre si. Dessa forma, o autor quis propor que, devido à grande velocidade de deslocamento do carro, a paisagem se desloca com igual velocidade, fato que poderia confundir as imagens que passam pelo observador muito rapidamente. 28. O gráfico a seguir modela a distância percorrida, em km, por uma

pessoa em certo período de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como essa pessoa se desloca.

Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e unidade de tempo, quando são percorridos 10 km? a) carroça - semana b) carro - dia c) caminhada - hora d) bicicleta - minuto e) avião - segundo GABARITO: C

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COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A velocidade deve compatibilizar a distância percorrida com o tempo gasto. Nesse caso a letra A é falsa, pois uma carroça se desloca mais do que 10km em duas semanas. A letra B é falsa, pois um carro se desloca mais do que 10km em duas horas. Uma bicicleta não alcança a velocidade de 5km/m e um avião comum não alcança a velocidade de 10km/s. Logo, a letra C é a verdadeira, pois um ser humano normal consegue alcançar uma velocidade de 5km/h como aponta o gráfico. 29. Em 1621, o cientista holandês Willebrord van Roijen SNELL

(1591 - 1626) investigou o fenômeno físico da propagação da luz em diversos meios, e estabeleceu, baseado na evidência experimental, a lei que levou o seu nome – Lei de Snell ou Lei da Refração. Considere essa lei aplicada à seguinte situação: o índice de refração absoluto (n) de um meio material (conforme a figura) é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no meio 1 e a velocidade da luz no meio 2, o que também pode ser considerado uma espécie de “nível de dificuldade” do deslocamento luminoso no meio analisado.

A tabela a seguir relaciona o índice de refração para sete meios materiais diferentes. Se necessário, adote c = 3.10

8 m/s.

Meio material Índice de refração

Vácuo 1,0000

Ar 1,0003

Água 1,3300

Álcool etílico 1,3600

Óleo 1,4800

Vidro (crown) 1,5000

Vidro (flint) 1,6600

Com base nessa tabela, é correto afirmar que a) a velocidade da luz não se altera quando muda de meio. b) a velocidade da luz no vidro (crown) é a mesma que no vidro (flint). c) o ar é o meio onde a luz apresenta maior velocidade. d) o vidro (flint) é o meio onde a luz viaja mais rápido do que no óleo. e) na água, a luz viaja mais rápido do que no álcool etílico. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Pela tabela, podemos analisar que nágua < nálcool

Portanto: vágua > válcool

30. A formação do arco íris é um fenômeno óptico que acontece, principalmente, após o surgimento dos raios do

sol após uma chuva. Esse fato pode ser bem explicado pela a) reflexão da luz na atmosfera b) deslocamento rápido da luz do sol c) refração da luz solar nas gotas de água suspensas no ar d) trajetória retilínea da luz e) capacidade de absorção da luz pela atmosfera GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O arco íris é um fenômeno da decomposição da luz pelas gotículas de água suspensas na atmosfera e que acontecem por causa da grande concentração dessas gotículas, especialmente após uma chuva.

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31. A necessidade de água tem tornado cada vez mais importante a reutilização planejada desse recurso. Entretanto, os processos de tratamento de águas para seu reaproveitamento nem sempre as tornam potáveis, o que leva a restrições em sua utilização. Assim, dentre os possíveis empregos para a denominada “água de reuso”, recomenda-se

a) o uso doméstico, para preparo de alimentos. b) o uso em laboratórios, para a produção de fármacos. c) o abastecimento de reservatórios e mananciais. d) o uso individual, para banho e higiene pessoal. e) o uso urbano, para lavagem de ruas e áreas públicas. GABARITO: E COMENTÁRIO: Considerando que os processos de tratamento não resultam necessariamente em água potável, a água de reuso não deve ser empregada em atividades ligadas à higiene e ao consumo da população, nem direcionada aos mananciais, nos quais pode comprometer reservas estratégicas.

32. Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de cerâmica não

esmaltada) para conservar água a uma temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre porque a) o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como se

fosse isopor. b) o barro tem poder de “gelar” a água pela sua composição química. Na reação, a água perde calor. c) o barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor da

moringa e do restante da água, que são assim resfriadas. d) o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na parte de fora da moringa. A água de fora sempre está

a uma temperatura maior que a de dentro. e) a moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando substâncias higroscópicas que diminuem

naturalmente a temperatura da água. GABARITO: C COMENTÁRIO: Devido à porosidade do barro, a água consegue “ultrapassar” suas paredes, isso faz com que sofra um processo endotérmico de evaporação. Se o processo é endotérmico, ela precisa absorver calor. Esse calor absorvido vem da moringa e da água interna. 33. Um aluno, ao perguntar ao professor como poderia fazer para saber se havia sódio em uma amostra com a

qual estava trabalhando, recebe a seguinte resposta: “Para identificar se uma amostra contém sódio, leva-se a mesma à chama do bico de Bunsen. Se a mesma adquirir coloração amarela, o teste é positivo.” O professor, para dar essa resposta, baseou-se na teoria atômica proposta por qual cientista?

a) Dalton b) Thomson c) Rutherford d) Bohr e) Lavoisier GABARITO: D COMENTÁRIO: A emissão de luz pelo sódio está relacionada ao salto quântico, que ocorre após o elétron absorver energia, saltar para órbita mais externa e retornar liberando a energia na forma de luz. 34. Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas são

usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas situações que podem ser verificadas na prática.

Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura? a) A água absorve temperatura ao ser colocada em uma panela e depois na chama do fogão. b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água. c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela. d) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua temperatura. e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor temperatura do

que a dele. GABARITO: A COMENTÁRIO: Na letra a devia estar escrito: a água absorve energia ao ser colocada em uma panela.

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35. Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo de alunos pôde observar a série de processos de beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os quais se destacam:

I. A cana chega cortada da lavoura por meio de caminhões e é despejada em mesas alimentadoras que a conduzem para as moendas. Antes de ser esmagada para a retirada do caldo açucarado, toda a cana é transportada por esteiras e passada por um eletroímã para a retirada de materiais metálicos.

II. Após se esmagar a cana, o bagaço segue para as caldeiras, que geram vapor e energia para toda a usina. III. O caldo primário, resultante do esmagamento, é passado por filtros e sofre tratamento para transformar-se

em açúcar refinado e etanol. Com base nos destaques da observação dos alunos, quais operações físicas de separação de materiais foram realizadas nas etapas de beneficiamento da cana-de-açúcar? a) Separação mecânica, extração, decantação. b) Separação magnética, combustão, filtração. c) Separação magnética, extração, filtração. d) Imantação, combustão, peneiração. e) Imantação, destilação, filtração. GABARITO: C COMENTÁRIO: 1º Separação magnética: Retirada de elementos metálicos. 2º Extração: Retirada do caldo açucarado após a cana ser esmagada. 3º Filtração: Retirada de partículas sólidas através de filtros. 36. A soma total de todas as partículas, prótons, elétrons e nêutrons, pertencentes às espécies a seguir, é: a) 162 b) 161 c) 160 d) 158 e) 157 GABARITO: E COMENTÁRIO: A= Z + N Fe

3+: 26 prótons, 23 elétrons e 30 nêutrons

F: 9 prótons, 9 elétrons e 10 nêutrons S

2–: 16 prótons, 18 elétrons e 16 nêutrons

Total: 157 37. Produtos de limpeza, indevidamente guardados ou manipulados, estão entre as principais causas de

acidentes domésticos. Leia o relato de uma pessoa que misturou água sanitária, amoníaco e sabão em pó para limpar um banheiro: A mistura ferveu e começou a sair uma fumaça asfixiante. Não conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta começaram a arder de maneira insuportável. Saí correndo à procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar.

O trecho sublinhado poderia ser reescrito, em linguagem científica, da seguinte forma: a) As substâncias químicas presentes nos produtos de limpeza evaporaram. b) Com a mistura química, houve produção de uma solução aquosa asfixiante. c) As substâncias sofreram transformações pelo contato com o oxigênio do ar. d) Com a mistura, houve transformação química que produziu rapidamente gases tóxicos. e) Com a mistura, houve transformação química, evidenciada pela dissolução de um sólido. GABARITO: D COMENTÁRIO: Uma das formas de analisar se numa mistura houve um processo químico é o aquecimento dessa mistura e o aparecimento de gases. 38. Entre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza, aquele que deixou de

ser cumprido, na situação discutida na questão anterior, foi: a) Não armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais. b) Leia atentamente os rótulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos. c) Não armazene produtos de limpeza e substâncias químicas em locais próximos a alimentos. d) Verifique, nos rótulos das embalagens originais, todas as instruções para os primeiros socorros. e) Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros, fora do alcance de crianças.

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GABARITO: B COMENTÁRIO: Nos rótulos encontram-se procedimentos de manuseio das substâncias da embalagem e suas devidas precauções. Os riscos também são mencionados no recipiente. 39. Na música "Bye, bye, Brasil", de Chico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos

"puseram uma usina no mar talvez fique ruim pra pescar"

Poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser causadas a) pelo aquecimento das águas, utilizadas para refrigeração da usina, que alteraria a fauna marinha. b) pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações que espantariam os peixes. c) pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes. d) pela contaminação por metais pesados dos processos de enriquecimento do urânio. e) pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da usina. GABARITO: A COMENTÁRIO: As usinas nucleares usam água do mar para resfriar seus reatores que liberam uma grande quantidade de energia térmica. Essa água é devolvida ao mar aquecendo a região em contato com essa água.

40. Em nosso planeta, a quantidade de água está estimada em 1,36 106 trilhões de toneladas. Desse total,

calcula-se que cerca de 95% são de água salgada e dos 5% restantes, quase a metade está retida nos polos e geleiras.

O uso de água do mar para obtenção de água potável ainda não é realidade em larga escala. Isso porque, entre outras razões, a) o custo dos processos tecnológicos de dessalinização é muito alto. b) não se sabe como separar adequadamente os sais nela dissolvidos. c) comprometeria muito a vida aquática dos oceanos. d) a água do mar possui materiais irremovíveis. e) a água salgada do mar tem temperatura de ebulição alta. GABARITO: A COMENTÁRIO: Dessalinizar água do mar em larga escala não é economicamente viável com a tecnologia disponível atualmente. 41. Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para a diminuição dos gases

causadores do aquecimento global? a) Óleo diesel. b) Gasolina. c) Carvão mineral. d) Gás natural. e) Vento. GABARITO: E COMENTÁRIO: Todas as outras alternativas contém substâncias que de certa forma são produtores de gases poluentes. O vento espalha esses gases, diminuindo a concentração dos mesmos. 42. As películas radiográficas são formadas por um suporte de poliéster, revestido com uma fina camada de

emulsão fotossensível contendo cristais de AgBr ou AgI, responsáveis pelo registro das imagens radiológicas. Um íon Ag

1+ de número atômico igual a 47 e número de massa igual a 107 possui:

a) 47 prótons, 46 elétrons e 60 nêutrons. b) 61 prótons, 47 elétrons e 46 nêutrons. c) 47 prótons, 47 elétrons e 60 nêutrons. d) 61 prótons, 46 elétrons e 46 nêutrons. e) 50 prótons, 50 elétrons e 52 nêutrons. GABARITO: A COMENTÁRIO: A prata (Ag) tem número de prótons (P) igual a 47, e número de massa (A) igual 107, logo o número de nêutrons (N) é igual a 60. Possui número de elétrons igual ao número de prótons, ou seja, igual a 47.

A = P + N O íon Ag

+ possui um elétron a menos que o átomo de Ag, logo o esse íon possui 46 elétrons.

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43. O quadro abaixo representa algumas características de modelos atômicos. Com base nos dados apresentados, relacione as características aos respectivos cientistas:

TIPO Característica

A A matéria é formada por átomos indivisíveis.

B Núcleos positivos, pequenos e densos.

C Carga negativa dispersa pelo átomo positivo.

a) A = Dalton; B = Thomson; C = Rutherford. b) A = Dalton; B = Rutherford; C = Thomson. c) A = Thomson; B = Rutherford; C = Bohr. d) A = Rutherford; B = Thomson; C = Bohr. e) A = Thomson; B = Bohr; C = Rutherford. GABARITO: B COMENTÁRIOS: A matéria é formada por átomos indivisíveis → Modelo atômico de Dalton / Núcleos positivos, pequenos e densos → Modelo atômico de Rutherford / Carga negativa dispersa pelo átomo positivo → Modelo atômico de Thomson 44. Observe atentamente a representação a seguir sobre um experimento clássico realizado por Rutherford.

Rutherford concluiu que a) o núcleo de um átomo é positivamente carregado. b) os átomos de ouro são muito volumosos. c) os elétrons em um átomo estão dentro do núcleo. d) a maior parte do volume total de um átomo é constituído de um espaço vazio. e) os elétrons estão distribuídos em camadas , chamadas por ele de níveis de energia. GABARITO: A COMENTÁRIO: A radiação positiva desviada mostra que, ao se aproximar de um núcleo inicialmente desconhecido, repele-se, concluindo que o núcleo possui a mesma carga da radiação. 45. O sal de cozinha emite luz de coloração amarela quando colocado numa chama. Baseando-se na teoria

atômica, é correto afirmar que a) os elétrons do cátion Na

+, ao receberem energia da chama, saltam de uma camada mais externa para uma

mais interna, emitindo luz amarela. b) a luz amarela emitida nada tem a ver com o sal de cozinha, pois ele não é amarelo. c) a emissão da luz amarela se deve aos átomos de oxigênio. d) os elétrons do cátion Na

+, ao receberem energia da chama, saltam de uma camada mais interna para uma

mais externa e, ao perderem essa energia ganha, emitem-na sob a forma de luz amarela. e) qualquer outro sal também produziria a mesma coloração. GABARITO: D COMENTÁRIO: A energia luminosa só é manifestada quando elétron deixa a camada externa e salta para uma mais interna. A energia liberada é a mesma energia que absorveu quando saltou de uma camada mais interna para mais externa.

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Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?

BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

46. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída

sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou

grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se

desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos

governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades

antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de

pesquisas históricas. GABARITO: C COMENTÁRIO: Em seu texto, Berthold Brecht (dramaturgo e poeta que viveu entre 1898-1956) critica a tradição historiográfica que destaca os feitos das elites e dos governantes, deixando de lado a participação dos trabalhadores e das pessoas comuns. Para ele, a participação do povo é mais importante do que dos seus governantes, pois foi o povo que construiu os grandes monumentos e formou as grandes civilizações. 47. As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural

dessa região, são úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e sobre o modo de vida dos antigos revoltosos.

Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de a) objetos arqueológicos e paisagísticos. b) acervos museológicos e bibliográficos. c) núcleos urbanos e etnográficos. d) práticas e representações de uma sociedade. e) expressões e técnicas de uma sociedade extinta. GABARITO: A COMENTÁRIO: A Guerra de Canudos foi um dos primeiros e mais importantes movimentos messiânicos a eclodir no Brasil no final do século XIX. Ocorrido em um contexto de revoltas populares na primeira república, representa uma fase importantíssima da história do Brasil. Dessa maneira, a conservação de sua memória é essencial e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN tem como função preservá-lo. Assim, a conservação de objetos arqueológicos e paisagísticos é essencial como fonte histórica para preservação de memória e produção de pesquisas de um povoado que foi praticamente destruído no período.

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48. O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.

b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.

c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.

d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.

e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

GABARITO: A COMENTÁRIO: O Egito Antigo tinha sua organização política constituída por uma monarquia teocrática em que o Faraó era considerado um ―deus‖ na terra. Ele exercia autoridade absoluta, concentrando em suas mãos poder político e religioso. A forma de trabalho estabelecida no Egito era a servidão coletiva e a escravidão. Nesse sentido, o faraó comandava esses trabalhadores não somente na produção da agricultura, mas também na construção de monumentos que tinham como objetivo demonstrar o seu poder e cultuar os deuses. 49. Leia, sobre o Antigo Império egípcio, o texto a seguir:

―O fortalecimento da monarquia tornou possível o fortalecimento de uma espécie de aristocracia, constituída pelos altos funcionários reais, pelos chefes locais e pelos governadores de províncias (os nomarcas), que possuíam na prática a propriedade efetiva das terras em troca de tributos e serviços ao faraó. O crescimento dessa aristocracia, somado à consolidação da monarquia, determinou o aumento da demanda de serviços, que exigiu o desenvolvimento do que se poderia chamar de uma ‗classe média‘, constituída pelos artesãos e funcionários. Sabe-se que o contingente de trabalhadores era constituído pelos egípcios pobres e livres e por escravos, que eram em geral estrangeiros prisioneiros de guerra. Não há, porém, concordância quanto ao peso específico de cada um desses grupos nem na produção econômica nem na estrutura social‖.

(NADAI, Elza e NEVES, Joana. História Geral. Antiga e Medieval. 5 ed., São Paulo: Saraiva, 1994, pp. 50-51)

A partir do texto, afirma-se: a) A vida social do Egito antigo era marcada pela dominação de uma elite ao mesmo tempo burocrática e

religiosa, congregada em torno do faraó. b) Os estudos arqueológicos e históricos não são capazes de indicar qualquer descrição acerca da estrutura

social do Egito antigo. c) A lenta evolução econômica, o pouco desenvolvimento das ciências e a ausência de riquezas explicam as

duras condições sociais dos agricultores. d) A vida social precária do Antigo Império foi contrastante com o apogeu da civilização do Baixo Império. e) A economia egípcia não se baseava na agricultura, pois a indústria e o extrativismo mineral eram as

atividades mais importantes. GABARITO: A COMENTÁRIO: O Egito Antigo possuía um sistema de governo teocrático e uma sociedade hierarquizada e burocrática, onde sacerdotes possuíam não apenas poder religioso, mas também poder político local. Todo o aparelho burocrático girava em torno da figura do faraó, liderança suprema. Submetidos ao poder do Estado estavam servos e escravos. 50. Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas tradições, no

folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial. Qual das figuras abaixo retrata patrimônio imaterial da cultura de um povo?

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a)

b)

c)

d)

e)

GABARITO: C COMENTÁRIO: A única imagem que tem relação com o conceito de Patrimônio Imaterial, presente no texto, é a tradição do Bumba-meu-Boi.

51. A pintura rupestre a seguir, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa

Pintura rupestre da Toca do Pajaú – PI. Internet: <www.betocelli.com>

a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial. GABARITO: C COMENTÁRIO: A imagem mostra uma pintura rupestre, ou pictoglifo, que são imagens feitas em paredes de cavernas. Apesar de não haver certeza sobre seu verdadeiro significado, é certo que mostram aspectos do cotidiano das populações responsáveis por sua produção.

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52. Nas sociedades tupis, verificava-se, segundo as teses de vários antropólogos, uma predominância do sistema religioso sobre o sistema social, que condicionava e impregnava todas as atividades dessas comunidades. Os estudos efetuados demonstram a existência de uma grande homogeneidade relativa ao discurso cosmológico, aos temas míticos e à vida religiosa dos povos tupis-guaranis, que atravessava séculos e milhares de quilômetros de distância.

COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do povoamento a finais de quinhentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 111.

De acordo com o trecho, pode-se inferir que a) as sociedades nativas estavam estruturadas em padrões coletivistas, onde a divisão do trabalho era

orientada pela equação sexo/idade. b) as sociedades primitivas desenvolviam padrões politeístas animistas, nos quais a liderança religiosa era

coletivizada pelos líderes. c) as sociedades tupis foram condicionadas ao coletivismo apoiadas nas crenças cosmogônicas, explicadas por

seu sistema mítico religioso. d) as sociedades ameríndias da América do Sul desenvolviam sua vida religiosa distante de padrões comporta-

mentais que colocassem a esperança em uma vida futura. e) as sociedades tupis-guaranis foram marcadas pela valorização de sua cultura religiosa, que se sobrepunha

ao funcionamento da estrutura social. GABARITO: E COMENTÁRIO: De uma forma geral, os grupos indígenas que contribuíram para a formação do povo brasileiro apresentavam alguns aspectos comuns que serão descritos a seguir: Eram comunidades coletivistas, sem a existência de classes sociais; desenvolviam um padrão de culto politeísta animista, portanto divinizavam e adoravam vários deuses, que representavam elementos da natureza; a cultura religiosa se sobrepunha ao sistema social, inclusive influenciando este. Os mais velhos, que exerciam a função de líderes, fosse o cacique ou o pajé, eram responsáveis pela liderança da tribo e também pela transmissão dos conhecimentos para os mais jovens, além de determinarem as leis, que eram transmitidas oralmente, e estabelecerem a divisão das tarefas.

53. Falou o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo-lhes: ―Dizei aos filhos de Israel: são estes os animais que

comereis de todos os quadrúpedes, que há sobre a Terra: todo que tem unhas fendidas, e o casco divide em dois e rumina, entre os animais, esse comereis. [...] Destes, porém, não comereis: [...] também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina [...], da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver [...].‖

Levítico 11: 1-4, 7-8.

Ao longo de sua história e formação como povo, os judeus observaram diversas leis dietéticas que não eram encaradas apenas como mandamento religioso, mas também como regulamento sanitário. A proibição quanto ao consumo da carne de porco atesta a) a crença entre os judeus de que esse animal é imundo (impuro). b) um sinal da rejeição desse alimento nas sociedades antigas. c) a impossibilidade de se criar porcos nas áridas terras do Oriente Médio. d) o desconhecimento da existência desse animal pelos antigos judeus. e) o caráter sagrado desse animal na perspectiva da religião judaica. GABARITO: A COMENTÁRIO: Na tradição cultural judaica, alguns alimentos não podem ser consumidos, por serem considerados ritualisticamente impuros. No contexto dessas leis dietéticas que regem o dia a dia dos judeus (pelo menos os praticantes do judaísmo), o consumo de carne de porco é proibido.

54. O Oriente Próximo é a encruzilhada milenar que assinala, na Antiguidade, o encontro de diferentes povos e

diversas culturas. É nesse cadinho histórico de raças e civilizações que mergulham fundo as raízes de nossa civilização ocidental. Aí encontramos, com efeito, senão os primeiros homens, as primeiras grandes realizações que revelam ter o ser humano atingido um nível elevado de civilização: a vida urbana, a escrita, a organização estatal, o culto religioso altamente desenvolvido, as atividades científicas (Astronomia, Medicina, Matemática) e artísticas, a vida econômica intensa etc. De todas essas manifestações, herdaram as civilizações clássicas e, por meio das mesmas, herdou a nossa civilização preciosos legados.

GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1969. p. 53.

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Entre os principais legados dos povos da Antiguidade Oriental (ou Crescente Fértil) para nossa civilização, pode-se apontar a) o desenvolvimento do pensamento filosófico egípcio ancorado na razão e na lógica. b) o alfabeto, derivado do sistema de escrita dos navegadores fenícios. c) a noção de democracia e da participação dos caldeus nos processos políticos. d) o monoteísmo religioso dos persas, fundamento para a fé cristã ocidental. e) o conhecimento e as técnicas náuticas aperfeiçoadas pelos hebreus. GABARITO: B COMENTÁRIO: Os fenícios desenvolveram um sistema de escrita simplificado (alfabeto), devido à necessidade de registrar seus lançamentos contábeis, uma vez que a base de sua economia era o comércio marítimo. 55. Mais de 200 municípios baianos estão em situação de emergência por causa da seca. A estiagem é tão forte

que, no município de Canudos, as ruínas da histórica aldeia de Antônio Conselheiro reapareceram. A região foi inundada há mais de quatro décadas para a construção do açude Cocorobó. Quando Canudos foi inundada, há 44 anos, o Brasil era governado pelos militares; e, naquela época, sociólogos, historiadores e intelectuais brasileiros reagiram revoltados, alegando que um episódio triste e polêmico da nossa história estava sendo encoberto, apagado para sempre. Era difícil imaginar que um dia a seca fosse revelar o que sobrou da velha cidade. O cenário da guerra foi apagado, mas o da seca está preservado. Na região, nada mudou entre os dias atuais e os tempos de Conselheiro e seus seguidores.

Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/04/seca-faz-ruinas-de-aldeia-alagada-reaparecerem-em-canudos-ba.html>.

Canudos foi um movimento social que ocorreu no sertão baiano, na década de 1890, e que resultou em uma das maiores guerras do início da república no Brasil. A Guerra de Canudos, como ficou conhecida, tornou-se símbolo da resistência sertaneja aos desmandos dos coronéis. As ruínas da cidade foram reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e devem ser analisadas como a) patrimônio imaterial, com a constituição de arquivos de peças museológicas. b) patrimônio imaterial, desenvolvendo sítios arqueológicos em áreas de preservação cultural. c) patrimônio material, pois apresentam expressões próprias e técnicas de um grupo social extinto há mais de

um século. d) patrimônio material, com fortes traços de uma cultura africana vislumbrada na culinária do povo local. e) patrimônio material, retratando objetos arqueológicos e paisagísticos do sertão baiano. GABARITO: E COMENTÁRIO: O arraial de Canudos ficava em um vale, hoje inundado pelo açude de Cocorobó. Sobrou no local apenas o material arqueológico no fundo do lago e, fora dele, alguns vestígios do assentamento do Exército. A partir de 1997, o IPHAN chegou à conclusão de que seria necessário preservar a história local por meio de outros instrumentos, como o reconhecimento da região como paisagem cultural brasileira. Esse conceito é utilizado pela Unesco desde a Convenção de 1972 e tem como objetivo o reconhecimento de porções singulares dos territórios, onde a inter-relação entre a cultura humana e o ambiente natural confere à paisagem uma identidade singular.

56. O cadáver era assim tratado geralmente: primeiro extraíam-lhe o cérebro pelas fossas nasais, com o auxílio

de um gancho de metal; depois, com uma faca de pedra, faziam-lhe a incisão da barriga, tirando-lhe os intestinos (o que muitas vezes, provavelmente, fazia-se pelo ânus), que eram colocados nos chamados ―canopos‖ (bilhas ou vasos); finalmente, era extraído o coração e substituído por um escarabeu de pedra. Seguia-se uma boa lavagem externa e uma ―salgação‖, onde o cadáver ficava mais de um mês. Por fim, era novamente secado – o que, segundo algumas notícias, levava até setenta dias. [...] O corpo ficava em posição deitada com as mãos cruzadas sobre o peito ou com os braços estendidos ao longo do corpo. Os cabelos eram geralmente cortados curtos, nas mulheres, muitas vezes, deixados compridos e lindamente ondulados. O púbis era rapado. Para evitar a deformação, recheavam o corpo de argila, areia, resinas, serragem, rolos de pano de linho, adicionando a tudo isso drogas aromáticas e, singularmente, cebolas. Até os seios das mulheres eram recheados.

CERAM, C. W. Deuses, túmulos e sábios. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979. p. 155-156.

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O fragmento descreve o processo de mumificação dos corpos, prática que, no contexto da antiga sociedade egípcia, significava a) a crença na vida após a morte, no julgamento da alma e na possibilidade de esta retornar para buscar o

corpo, que deveria estar conservado. b) o desprezo pela vida além-túmulo, uma vez que a conservação do corpo era uma forma de a família

preservar o ente querido junto de si. c) uma oportunidade para se estudar e aperfeiçoar o conhecimento sobre o corpo humano, sendo tal processo

destituído de significado mítico. d) uma forma de proporcionar aos escravos, ainda que na morte, o mesmo tipo de tratamento dado às

camadas privilegiadas. e) a afirmação do poder temporal dos reis ou faraós sobre o poder espiritual dos deuses, uma vez que a

preservação do corpo desafiava as leis naturais. GABARITO: A COMENTÁRIO: A prática da mumificação dos corpos é um dos traços mais conhecidos da antiga civilização egípcia e está relacionada à crença na vida além-túmulo, no julgamento dos mortos e na possibilidade da alma, uma vez absolvida, retornar ao corpo. 57. ―...basta saber história para ensinar história‖. Mas que ―história‖ é essa que se ―sabe‖ ao ensinar?

Para ensinar história, realizamos dois processos fundamentais: uma seleção cultural – definindo entre os vários saberes disponíveis na sociedade, o que implica opções culturais, políticas e éticas, possibilitando ênfases, destaques, omissões e negações. Essa seleção é enraizada social e historicamente, revelando interesses, projetos identitários e de legitimação de poderes instituídos ou a instituir, além de suscetível a redefinições. Ela se realiza e expressa nas propostas e nas práticas curriculares. A didatização é o outro processo e possibilita que os saberes selecionados sejam passíveis de serem ensinados. A respeito das condições de ensino de história, é possível concluir que

a) a articulação dos processos históricos possibilita a formação de representações e de valores pelos alunos, a produção de sentidos e a atribuição de significados a partir das situações de aprendizagem vivenciadas, tornando imutável os valores culturais.

b) o ensino de história não permite perceber a construção e reconstrução do conhecimento cotidiano, utilizado por todos nós para a vida comum, e no qual operamos com a ―memória‖ – construção individual realizada a partir de referências culturais coletivas.

c) ―a memória é vida, sempre carregada por grupos vivos e, nesse sentido, ela está em permanente evolução, aberta à dialética da lembrança e do esquecimento, inconsciente de suas deformações sucessivas, vulnerável a todos os usos e manipulações, suscetível de longas latências e de repentinas revitalizações‖.

d) a história é a reconstrução sem problemática e completa do que não existe mais. A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno o presente; a história, uma representação do passado. A história, operação intelectual e laicizante, demanda análise e discurso crítico.

e) os alunos, ao chegarem à escola, são portadores de saberes e referências construídos nos grupos familiares que cultivam suas memórias: de trabalhadores, de migrantes, de desempregados, de lutas diárias pela sobrevivência, de referências étnicas e religiosas que infelizmente não conseguem oferecer explicações do mundo e de seu devir.

GABARITO: C COMENTÁRIO: Os alunos, ao chegarem à escola, são portadores de saberes e referências construídos nos grupos familiares que cultivam suas memórias: de trabalhadores, de migrantes, de desempregados, de lutas diárias pela sobrevivência, de referências étnicas e religiosas que lhes oferecem explicações do mundo e de seu devir. Constituem, na área da educação, os chamados saberes prévios, que muitos de nós descartamos a priori, como expressões de ideologias que precisam ser anuladas porque portadoras de preconceitos e fomentadoras de comportamentos discriminatórios. Ou, às vezes, porque resultado de ensinamentos ultrapassados, equivocados, a serem superados por nossas aulas nas quais a ―verdadeira história vai ser ensinada‖.

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58. Considere a seguinte argumentação do historiador Veyne sobre sua concepção de ‖fatos‖: ―Os fatos não existem isoladamente, no sentido de que o tecido da história é o que chamaremos de uma trama, de uma mistura muito humana e muito pouco ―científica‖ de causas materiais, de fins e de acasos; de uma fatia de vida que o historiador isolou segundo sua conveniência, em que os fatos têm seus laços objetivos e sua importância relativa‖.

VEYNE, P. Como se escreve a história; Foucault revoluciona a história. Trad. Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

Segundo a lógica de Veyne, os fatos a) independem do historiador. b) possuem ligações. c) são a história. d) parecem imutáveis. e) estão relacionados a questões eminentemente científicas e religiosas. GABARITO: B COMENTÁRIO: Para o historiador Veyne, fatos históricos não existem de forma púnica e isolada, são interdependentes. Caba ao historiador, dentro de seu processo de estudo, fazer seu recorte de acordo com determinados objetivos.

59. Para o povo Nuer, que vive na região centro-oeste da África, ―[...] o relógio diário é o gado, o círculo das tarefas pastoris, fundamentalmente a sucessão de tarefas e suas relações mútuas. Assim, se as atividades dependem dos corpos celestes e das mudanças físicas, estas só são significativas em relação às atividades sociais. [...] Tudo isso é corroborado pela falta de um termo ou de uma expressão equivalente ao vocábulo ‗tempo‘, encontrado nos idiomas ocidentais. Desse modo, não há como falar de tempo como algo concreto, que pode ser perdido, economizado e assim por diante‖.

(PRITCHARD, E. E. Evans. In: SCHWARZ, Lilia. ―Falando sobre o Tempo‖. Revista Sexta-Feira, n. 5, p. 17. São Paulo: Hedra, 2000.

A leitura do texto nos permite afirmar que a) a miséria e a exploração impedem vários povos de terem acesso a formas mais eficazes de marcação

de tempo. b) a contagem de tempo do povo Nuer baseia-se em concepções religiosas e místicas. c) culturas diferentes têm ritmos próprios para vivenciar os acontecimentos cotidianos e sua

própria historicidade. d) por ser ligada à natureza, a marcação de tempo Nuer torna-se mais precisa do que a ocidental. e) a incapacidade de vivenciar uma experiência temporal precisa torna os Nuer ineficientes em suas

atividades diárias. GABARITO: C COMENTÁRIO: Grupos sociais distintos possuem ritmos diferentes de desenvolvimento, assim como percepções próprias de tempo.

60. ―– Se um arquiteto constrói uma casa para alguém, porém não a faz sólida, resultando daí que a casa venha

a ruir e matar o proprietário, este arquiteto é passível de morte. – Se, ao desmoronar, ela mata o filho do proprietário, matar-se-á o filho deste arquiteto.‖ O trecho do texto anterior foi retirado de um dos Códigos mais influentes da história antiga, extremamente punitivo e que serve de referência até os dias atuais, principalmente em países acometidos por problemas jurídicos, surgindo como um poderoso aliado no controle social.

O preceito legal anterior refere-se ao a) Corpus Juris Civilis. b) Código de Hamurabi. c) Código de Direito Canônico. d) Código Consuetudinário. e) Decálogo. GABARITO: B COMENTÁRIO: O Código de Hamurabi, também conhecido como Lei de Talião, foi o primeiro Código de Leis escrito da história, com caráter extremamente punitivo. Teve origem na Mesopotâmia, durante o Segundo Império Babilônico.

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61. Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o Sol, todo mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr do sol.

SAINT-EXUPÉRY, A. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1996.

A diferença espacial citada é causada por qual característica física da Terra? a) Achatamento de suas regiões polares. b) Movimento em torno de seu próprio eixo. c) Arredondamento de sua forma geométrica. d) Variação periódica de sua distância do Sol. e) Inclinação em relação ao seu plano de órbita. GABARITO: B COMENTÁRIO: A Terra faz um movimento em torno do seu próprio eixo denominado rotação. Tal rotação gera o movimento aparente do Sol (leste para Oeste). Por isso, todas as áreas localizadas mais a leste terão horário mais adiantados daquelas situadas a oeste (com base no padrão estabelecido pela Conferência Internacional da Data de 1884 em Londres – Observatório de Greenwich). 62. Pensando nas correntes e prestes a entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-

me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49' N, Longitude 23°49‘ W. Tampei e joguei na água. Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a estranha nota.

KLINK. A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).

No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é a) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da

superfície cartografada. b) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos

imaginários, horizontais e equidistantes. c) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente geográfico na

superfície terrestre. d) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a

distância em graus entre um ponto e o Equador. e) a forma de projeção cartográfica, usada para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a

superfície do planeta. GABARITO: C COMENTÁRIO: As coordenadas geográficas são linhas imaginárias que estão dispostas sobre a Terra na horizontal (Latitude), partindo da linha do Equador, e na vertical (longitude), partindo do meridiano de Greenwich. 63. Observe o mapa. Suponha a realização de uma viagem de automóvel de Belo Horizonte a Luz, com a partida marcada para as 15h de um dia ensolarado na véspera do Natal. Nessa viagem, com duração aproximada de duas horas e trinta minutos, o motorista irá receber mais intensamente os raios solares a) de frente e à sua esquerda. b) de frente e à sua direita. c) pelas costas e à sua esquerda. d) pelas costas e à sua direita. e) no amanhecer do dia. GABARITO: A COMENTÁRIO: Considerando que dia 24 de Dezembro é uma data próxima ao Solstício de verão do hemisfério sul, que Minas Gerais está ao norte do trópico de Capricórnio (trópico que recebe radiação diretamente nessa época do ano) e que o Sol nasce ao leste e se põe ao Oeste, verifica-se que o motorista receberá os raios solares de frente (devido ao horário de 15 horas e pelo fato dele seguir para o oeste) e à sua esquerda (devido à época do ano, a radiação é perpendicular ao trópico de Capricórnio).

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64. A imagem abaixo mostra um local por onde passa o Trópico de Capricórnio. Sobre o Trópico de Capricórnio podemos afirmar que

a) é a linha imaginária ao sul do Equador, onde os raios solares incidem sobre a superfície e forma

perpendicular, o que ocorre em um único dia no ano. b) os raios solares incidem perpendicularmente nesta linha imaginária durante o solstício de inverno, o que

ocorre duas vezes por ano. c) durante o equinócio, os raios solares atingem de forma perpendicular a superfície no trópico de Capricórnio,

marcando o início do verão. d) no início do verão (21 ou 22 de dezembro), as noites têm a mesma duração que os dias no Trópico

de Capricórnio. e) no inverno austral, o sol incide perpendicularmente no Trópico de Capricórnio, marcando um período em que

a noite passa ter duração maior que o dia. GABARITO: A COMENTÁRIO: O dia em que a radiação solar incide diretamente no trópico de Capricórnio é chamado de Solstício de verão. Tal linha imaginária passa paralelamente à linha do Equador ao Sul. 65. A orientação é bíblica. Os próprios Reis Magos utilizaram da orientação para encontrar o local de nascimento

do menino Jesus. Nos dias atuais, a orientação e a localização cartográfica são de extrema importância para o deslocamento entre cidades e países. Qual direção a ser tomada por um avião que saiu de uma cidade localizada a 5°S 48°W, para uma outra localizada a 30°S 66°W?

a) Sudeste b) Sudoeste c) Noroeste d) Nordeste e) Leste GABARITO: B COMENTÁRIO: As coordenadas geográficas analisadas sugerem que o deslocamento será feito para o Sudoeste, visto que latitudinalmente ele segue para o Sul e, Longitudinalmente, segue para o Oeste. Sul+Oeste = Sudoeste. 66. Considere a seguinte afirmação: ―Se isso acontecesse, não teríamos noites e dias e um lado da Terra ficaria imensamente aquecido e o outro muito frio. Haveria, provavelmente, tempestades muito violentas e furações, em razão da interação entre ar quente de um lado e ar frio de outro. Os ventos e a temperatura seriam tão rigorosos que a vida seria impossível.‖

TEIXEIRA, W. et. al. Decifrando a Terra. 2003. p. 224.

A afirmação refere-se à hipótese de suspensão de um dos muitos movimentos que a Terra executa. Com base nessa afirmação, pode-se garantir que a vida na superfície da Terra só é possível devido à existência do movimento de a) rotação. b) precessão. c) obliquidade. d) translação. e) excentricidade. GABARITO: A COMENTÁRIO: A rotação é o movimento em que a Terra dá uma volta completa em torno do seu próprio eixo gerando o ―movimento aparente do Sol‖. Tal movimento permite a diferença que temos entre as regiões no que diz respeito a dias e noites.

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67. Levando-se em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos afirmar que

a) o Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo Redentor. b) o braço direito do Cristo Redentor está apontando para a direção sul. c) o leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor. d) a enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor. e) o braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste. GABARITO: B COMENTÁRIO: Observando que o Cristo está com a frente direcionada para o oceano, constata-se que esta posição é a leste. Dessa forma, o braço direito aponta para o Sul e o esquerdo para o Norte. 68. Leia o texto.

Digital Globe divulga imagens de satélite do local da captura de Osama Bin Laden

A Digital Globe divulgou em seu site imagens de satélite da região de Abbottabad, Paquistão, onde Osama Bin Laden estava refugiado. De acordo com a agência Fox News, uma equipe de 40 soldados Seal da marinha dos Estados Unidos capturou e matou o terrorista responsável pela morte de milhares de cidadãos americanos. A comparação de imagens de satélite de junho de 2005 e janeiro de 2011, feita pela Digital Globe, revela a expansão da mansão onde Osama se escondia. O tipo de imagem de satélite mostrado na reportagem acima a) é usado para monitorar espaços menores, uma vez que tem alta resolução espacial. b) está disponível apenas para uso militar, por isso não pode ser comercializado. c) é obtido através de um sensor transportado por aviões que voam em baixa altitude. d) é um produto da tecnologia do Sistema de Posicionamento Global – GPS. e) é produzida a partir da aerofotogametria. GABARITO: A COMENTÁRIO: Existem satélites que apresentam uma ótima resolução na banda espectral, o que possibilita o monitoramento de espaços menores. 69. O Brasil representa 47% da América do Sul, apresentando-se como um país-continente e totalmente

ocidental. Verificando a posição geográfica do Brasil conforme ilustrado, podemos inferir que

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a) não apresenta fronteiras com o Equador e Colômbia, fato que o coloca numa posição não muito contemplada

no âmbito do MERCOSUL. b) possui, predominantemente, terras no hemisfério ocidental e boreal, chegando a possuir terras na zona

temperado do sul. c) os fusos horários brasileiros estão, em sua maioria, atrasados em relação à Londres, pois o país está a leste

do meridiano de Greenwich. d) o Brasil apresenta 8% de suas terras na Zona Temperada do sul, onde estão predominantemente os países

sul americanos. e) o extremo norte do Brasil encontra-se no ponto setentrional brasileiro, sendo uma área tropical de climas

quentes e úmidos, representados pela região amazônica. GABARITO: E COMENTÁRIO: A porção extrema ao norte do Brasil encontra-se sim no ponto setentrional (equivale a norte). Na área referida, temos o clima quente e úmido além da grande floresta Amazônica. 70. A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo de um terreno.

Pela proximidade das linhas pode-se verificar se o terreno tem um declive muito acentuado ou não. Se as linhas estiverem muito próximas entre si, significa que o declive é bastante acentuado (um pico, por exemplo); já se elas estiverem muito distantes entre si, significa que o declive é suave (uma planície com pequenas elevações, por exemplo). Mas as curvas de nível não servem apenas para representar montanhas ou elevações no terreno. Se em uma planta topográfica com curvas de nível os valores da altitude referentes às curvas centrais forem menores do que os valores de altitude das curvas externas, significa que ali está representada uma depressão.

Disponível em: f1colombo-geografando.blogspot.com/2013/06/curva-de-nivel.html. Acesso em: 03 mar. 2013.

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Analisando a localização das quatro cidades no mapa, a melhor forma de chegar ao ponto D a partir das outras três rotas será a) a partir de A, pois a distância entre as cidades é a menor segundo a escala. b) a partir de B, pois o deslocamento na direção nordeste reduz a resistência do ar. c) a partir de C, pois a maior distância entre as linhas indica relevo mais suave. d) a partir de A, pois a menor distância entre as linhas indica um relevo mais suave. e) a partir de C, pois a maior distância entre as linhas indica um relevo mais íngreme. GABARITO: C COMENTÁRIO: Como a partir de C o relevo é mais suave, entende-se que o percurso seria feito de forma mais rápida, haja vista que o deslocamento em áreas íngremes é bastante dificultado. 71. Ao planejar uma viagem de férias utilizando o programa Google Earth, você anotou as coordenadas

geográficas de dois locais que gostaria de visitar na Ilha do Mel (PR), sendo o primeiro de coordenadas 25°33'26.28"S (latitude) e 48°18'30.75"O (longitude), e o segundo de coordenadas 25°33'46.27"S (latitude) e 48°18'10.10"O (longitude). Com base nos valores das coordenadas, é correto afirmar que do primeiro para o segundo ponto você se deslocou para

a) leste. b) nordeste. c) sudeste. d) oeste. e) noroeste. GABARITO: C COMENTÁRIO: As coordenadas geográficas analisadas sugerem que do 1° para o 2° ponto o deslocamento ocorreu para o Sudeste, visto que (em relação ao primeiro ponto) a latitude aumenta (significa que continua indo para o sul) e a longitude diminui (ou seja, está indo para o lado oposto ao oeste). Então a direção será sul e leste = sudeste. 72. Examine atentamente a carta cartográfica que representa uma área de relevo em curvas de nível.

A partir da análise, pode-se concluir que a) os mapas topográficos utilizam curvas de nível, também chamadas de isobatas, para representar

diferentes atitudes. b) as curvas de nível da vertente do lado A do traçado indicam um relevo mais íngreme do que as curvas de

nível do labo B do traçado. c) o relevo representado por essas curvas de nível é uma depressão com 250m de profundidade. d) a vertente oriental de relevo mais íngreme favorece a erosão laminar. e) a direção do traçado de A para B, nesse desenho, é nordeste-sudoeste.

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GABARITO: B COMENTÁRIO: A distância entre as linhas (cotas) representam como o perfil topográfico está configurado. Quando as linhas se encontram próximas, isto quer dizer que o nível altimétrico rapidamente se altera. Nesse caso, o relevo é mais íngreme (lado A) do que nas áreas em que as linhas estão mais afastadas (lado B). 73. A bandeira da ONU (1947), nas cores azul e branco, simboliza a união dos povos do mundo através dos seus

continentes (com a exceção da Antártida), emoldurada por ramos de oliveira, que representam a paz. A projeção cartográfica selecionada para a representação do globo terrestre nessa bandeira é

a) cilíndrica. b) cônica.

c) azimutal. d) senoidal.

e) cilíndrica-conforme.

GABARITO: C COMENTÁRIO: A Onu adotou a projeção Azimutal, pois centraliza os países do mundo a partir do polo Norte. Ocorre aí uma valorização dos países desenvolvidos (Norte). 74. Tendo como referência a proposta de mapa da América do Sul feita por Torres-Garcia, apresentada na figura

a seguir, julgue os itens.

a) A proposta de mapa apresentada na figura representa um movimento político dos países centrais de combate à visão eurocêntrica do mundo.

b) O mapa representado na figura está invertido, o que contraria os princípios da cartografia contemporânea. c) Os planisférios, criados com base na visão eurocêntrica do mundo, foram substituídos por representações de

projeção plana. d) A projeção é dotada de neutralidade política, obedecendo a princípios cartográficos. e) A disposição do mapa indica que o mesmo foi confeccionado em uma projeção cônica. GABARITO: A COMENTÁRIO: Ao mudar a orientação do mapa, colocando o Sul como referência, o autor aponta críticas à visão de mundo eurocêntrica.

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75. A confecção de um mapa pode significar uma leitura ideológica do espaço. Assim, a Projeção de Mercator,

muito utilizada para a visualização dos continentes, caracteriza-se por a) apresentar um hemisfério terrestre envolvido por um cone. As deformações aumentam na direção da

base do cone. b) partir de um plano tangente sobre a esfera terrestre. Seus paralelos e meridianos são projetados a partir do

centro do plano. c) conservar as formas, mas distorcer as superfícies das massas continentais. Seus paralelos e meridianos

formam ângulos retos. d) alterar a forma dos continentes, preservando a área. Seus paralelos e meridianos formam ângulos retos. e) representar as formas e as superfícies dos continentes proporcionais à realidade. As linhas de meridianos

acompanham a curvatura da terra. GABARITO: C COMENTÁRIO: As formas, na projeção de Mercator, são mantidas fieis, porém as áreas são distorcidas com o intuito de superdimensionar o Norte e, consequentemente, a Europa. TEXTO I

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: ―Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.‖

GILSON, E.: BOEHNER, P. Historia da Filosofia Crista. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

76. Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de

uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que

a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. GABARITO: D COMENTÁRIO: Tanto a teoria do filósofo grego pré-socrático Anaxímenes de Mileto (588-524 a. C.), quanto do teólogo Basílio Magno, que viveu na Idade Média, procuram postular princípios da constituição do mundo. Se por um lado Anaxímenes estabelecia um princípio baseado na natureza que era o ar, Basílio Magno acreditava em um princípio religioso, em que Deus era a origem de tudo.

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77. Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso, e os demais, em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso. Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma

a) de manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro. b) de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade. c) de entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair. d) de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças. e) de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão. GABARITO: B COMENTÁRIO: Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização grega. "Ir ao teatro", para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais. 78. TEXTO I Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.

Tucídides. História da guerra do peloponeso. Brasília: unb, 1987 (adaptado).

TEXTO II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.

Aristóteles. Política. Brasilía: unb, 1985.

a) Prestígio social. b) Acúmulo de riqueza. c) Participação política. d) Local de nascimento. e) Grupo de parentesco. GABARITO: C COMENTÁRIO: Assim como é impossível conceber a mão sem o corpo, é impossível conceber o indivíduo sem o Estado. O homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade. A polis grega encarnada na figura do Estado é uma necessidade humana. 79. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja,

recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia

a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.

b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.

c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.

d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.

e) racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia.

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GABARITO: D COMENTÁRIO: A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida social, consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o auxílio de entes inalcançáveis. 80. A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito

tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar que

a) o modo de vida fechado do povo grego facilitou a passagem do Mito ao Logos. b) a passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi responsabilidade dos tiranos de Siracusa. c) a economia grega estava baseada na industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao Logos. d) o povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com outros povos com as mesmas preocupações e culturas,

o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos. e) a atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a

observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos.

GABARITO: E COMENTÁRIO: A mudança a respeito do pensamento cosmológico na Grécia Antiga é acompanhada por profundas transformações na estrutura social, econômica e política da região no período. Não se pode separar a relação da filosofia com a estrutura social grega. A única alternativa que trata de maneira satisfatória dessas transformações é a alternativa. 81. Leia atentamente a música Nada Sei do grupo Kid Abelha.

Nada sei dessa vida Vivo sem saber Nunca soube, nada saberei Sigo sem saber... Que lugar me pertence Que eu possa abandonar Que lugar me contém Que possa me parar... Chorus Sou errada, sou errante Sempre na estrada Sempre distante Vou errando Enquanto tempo me deixar

Errando Enquanto o tempo me deixar... Nada sei desse mar Nado sem saber De seus peixes, suas perdas De seu não respirar... Nesse mar, os segundos Insistem em naufragar Esse mar me seduz Mas é só prá me afogar... Chorus

Percebemos que os compositores Paula Toller e George Israel utilizaram a música para mostrar que a ignorância, ou seja, o ―nada sei‖ é a ―estrada‖ para se chegar a alguma finalidade, independentemente dos nossos erros. Por qual filósofo os compositores tomaram referência para construir essa letra e, para este filósofo, o que seria essa finalidade? a) Parmênides, pois para ele, a finalidade das coisas está na mudança constante. b) Sócrates porque ele afirmava que a ignorância é o primeiro passo para se chegar ao conhecimento. c) Certamente seria Heráclito, porém, as coisas não têm finalidade porque elas nunca mudam. d) O filósofo referenciado foi Melisso porque ele afirmava que tudo era finito, e a finalidade é chegar até o fim de

alguma coisa. e) Sócrates, responsável pela máxima ―só sei que nada sei‖, onde admite não saber nada, sem

conhecimento algum. GABARITO: B COMENTÁRIO: Por toda parte Sócrates ia persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo, a beleza e a riqueza. Dizia que devemos nos preocupar mais com a alma para que ela seja quanto possível melhor. Ele identificava a virtude com o conhecimento. "O conhecimento é inesgotável".

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82. ―Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?‖

(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d‘Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)

O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta. a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação. b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades. c) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica. d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas. e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição. GABARITO: D COMENTÁRIO: O mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de liderança e domínio da linguagem convincente, e que, acima de tudo, ―jogue para a boca do mito‖ o que gostaria de impor, mas adequando a estrutura do mito de uma forma que tranquilize os ânimos e responda às necessidades do coletivo. 83. O autor considerado ―pai‖ da sociologia, Augusto Comte, acreditava que a nova ciência das sociedades

deveria igualar-se às demais ciências da natureza que se pautavam pelos fenômenos observáveis e mensuráveis para que assim fosse possível apreender as regras gerais que regem o mundo social do indivíduo. Essa perspectiva ideológica é chamada de

a) Iluminismo. b) Darwinismo. c) Dadaísmo. d) Positivismo. e) Marxismo GABARITO: D COMENTÁRIO: A alternativa ―D‖ é a correta. Augusto Comte foi um dos principais autores do positivismo, que entendia que o verdadeiro conhecimento só era construído por meio da experimentação sensível do objeto de estudo. A utilização do método científico de mensuração, experimentação e observação tinha por finalidade estabelecer leis e regras fundamentais para o funcionamento dos fenômenos observados. 84. Considerando-se as grandes mudanças que ocorreram na história da humanidade, aquelas que aconteceram

no século XVIII — e que se estenderam no século XIX — só foram superadas pelas grandes transformações do final do século XX. As mudanças provocadas pela revolução científico-tecnológica, que denominamos Revolução Industrial, marcaram profundamente a organização social, alterando-a por completo, criando novas formas de organização e causando modificações culturais duradouras, que perduram até os dias atuais.

DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Persons Prentice Hall, 2004.

Sobre o surgimento da Sociologia e as mudanças ocorridas na modernidade, é correto afirmar que a) a intensificação da economia agrária em larga escala nas metrópoles gerou o êxodo para o campo. b) o aparecimento das fábricas e o seu desenvolvimento levou ao crescimento das cidades rurais. c) o aumento do trabalho humano nas fábricas ocasionou a diminuição da divisão do trabalho. d) a agricultura familiar desse período foi o objeto de estudo que fez surgir as ciências sociais. e) a antiga forma de ver o mundo não podia mais solucionar os novos problemas sociais. GABARITO: E COMENTÁRIO: O nascimento da Sociologia é contemporâneo às transformações sociais ocasionadas pela Revolução Industrial, como a urbanização, o surgimento da burguesia, o aumento da divisão do trabalho e a paulatina consolidação do capitalismo. Essa ciência surge, portanto, como uma forma de compreender esse mundo moderno nas suas próprias relações e especificidades.

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85. Uma série de mudanças políticas e econômicas ocorreu na Europa, a partir do fim da Idade Média. O quadro ―A liberdade guiando o povo‖ (1830), de Eugène Delacroix, alude a um dos mais importantes acontecimentos decorrente desse período na história europeia: a Revolução Francesa.

Sobre a ligação entre as mudanças referidas no texto e o surgimento da Sociologia, pode-se afirmar que a) o desenvolvimento da indústria se opunha à formação do processo de instalação da sociedade moderna. b) a credibilidade da vida social, nas cidades, passa a ser buscada na coerência dos textos sagrados e na

adoração religiosa. c) a vida religiosa foi adquirindo cada vez mais importância, o que fez com que a história do cotidiano fosse

concebida por um olhar sagrado. d) a arte renascentista, ao apresentar a forte ligação entre Deus e os homens, expressou as transformações

sociais de forma contundente. e) o desenvolvimento tecnológico e a nova postura do homem ocidental decorrentes das transformações desse

período histórico propiciaram o interesse pelo entendimento da vida social. GABARITO: E COMENTÁRIO: O mundo, ao final do século XVIII e início do século XIX, encontrava-se em profundo processo de transformação, não uma transformação de regime político ou de dominação religiosa, uma grande mudança de mentalidade das pessoas acontecia com o advento da Revolução Industrial e, principalmente, com a Revolução Francesa. 86. A partir do século XIX, o ideal científico no campo da sociologia consistiu na formulação de teorias sobre o

Homem e a Sociedade. Acerca do pensamento científico sociológico, assinale a alternativa correta. a) Os principais métodos nas ciências sociais em geral e na sociologia em particular excluem a observação

sistemática de ambientes sociais, uma vez que os processos de interação entre os homens e os homens e o meio sociocultural são não-observáveis.

b) A pesquisa sociológica e a realizada nas demais áreas das ciências sociais independem da formulação de generalizações, uma vez que as relações entre os homens e os homens e o meio sociocultural pautam-se pelas particularidades.

c) As ideias científicas diferem do senso comum e de outras formas de conhecimento, pois devem ser avaliadas à luz de evidências sistematicamente coletadas e do escrutínio público.

d) O pensamento científico na sociologia deve estar comprometido com a ideia de que as teorias são temporariamente verdadeiras e que as questões nunca estão resolvidas por completo; nesse sentido, o pensamento científico sociológico se iguala ao senso comum.

e) A experiência espontânea e imediata da percepção dos sentidos desempenha um papel metodológico preponderante na nova ciência.

GABARITO: C COMENTÁRIO: Os gregos romperam com o pensamento mítico e religioso que concebia o mundo como obra divina submetida aos desígnios do Criador. Buscaram explicar o mundo em suas bases materiais e objetivas. Romperam com o senso comum, a tradição e misticismo, desenvolvendo reflexão laica (sem intervenção religiosa) e independente, própria do espírito especulativo, que se debruçava sobre o mundo procurando entendê-lo em sua objetividade. Assim, criaram a Filosofia, abrindo caminho para a Ciência.

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87. Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito a crianças - o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão.

GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

O texto indica que existe uma significava produção científica sobre os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas influências, porque a) codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação. b) adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social. c) interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com menor visão crítica. d) observam formas de convivência social baseadas na tolerância e no respeito. e) apreendem modelos de sociedade pautados na observância das leis. GABARITO: C COMENTÁRIO: As crianças não respondem por seus atos, possuem menor senso crítico e são, portanto, mais vulneráveis às influências dos programas de televisão. Em muitos países, por exemplo, está proibido o direcionamento da publicidade ao público infantil, pois as crianças não têm condições de decidir sobre suas necessidades de consumo. 88. A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira

lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX? a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para

a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos

trabalhadores das periferias até as fábricas. d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da

arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística. e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos

marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene. GABARITO: E COMENTÁRIO: O desenvolvimento acelerado das primeiras fases da Revolução Industrial, a partir do século XVIII, causou o crescimento assombroso e caótico das cidades, fazendo surgir favelas e poluição, e colaborando com as péssimas condições de moradia, saúde e higiene. Observe-se que a alternativa A está correta, mas insere-se em menor proporção no contexto descrito pelo cabeçalho, coisa que a alternativa E melhor faz. 89. Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria? Por que tecer com

esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?

SHELLEY. Os homens da Inglaterra Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada na riqueza dos patrões. b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias. c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado. d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade. e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam. GABARITO: E COMENTÁRIO: O poeta Percy Shelley, amigo de Byron, mostra-se sensível às mazelas do ―capitalismo selvagem‖ presente na Revolução Industrial Inglesa, embora ele próprio pertencesse à camada dominante. Todavia, sua visão é, sobretudo, emocional, se bem que possamos associá-las às críticas formuladas na época pelos primeiros socialistas utópicos.

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90. Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.

MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In. MARX, K. ENGELS F. Textos 3. São Paulo. Edições Sociais, 1977 (adaptado).

Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material. c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano. d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico. e) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe. GABARITO: B COMENTÁRIO: Para Marx, o trabalho é condição fundante do ser humano, forma única e necessária para transformar a natureza em bens úteis para promover a vida. Contudo, especificamente no estágio capitalista, o trabalho é marcado pela forma de exploração do homem pelo homem e de alienação, devido ao assalariamento e ao estranhamento em relação ao fruto do trabalho.

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