DIABETES MELLITUS JULHO 2014 3ª PARTE - ATENÇÃO FARMACÊUTICA.pptx
eeh592 Gestão de Projetos_2013-1 - 3ª parte
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
EEH 592 – Gestão de Projetos
Escola Politécnica
Prof. Gilberto Fialho
Prof. Gilberto Fialho 2
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
UFRJ – Escola Politécnica
Cursos: Engenharias Civil e Ambiental
7º período
2013 - 1
Gilberto Fialho [email protected]
Professor Associado do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ
EEH592 Gestão de Projetos
Prof. Gilberto Fialho 3
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
"Não me interessa a escola onde você estudou;
o que me interessa é o que você sabe fazer com
o que foi ensinado".
Do gestor que entrevista um candidato a emprego:
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O Globo – 25.02.2013
“Em alta: gerente de projetos ganha de R$ 12 mil a R$ 20 mil
Demanda pelo cargo se reflete nas universidades: cursos de pós-graduação
na área já são mais procurados”
“Um gestor de projetos é diferente de qualquer outro. Afinal, ele precisa estar
sempre adiantado e prevendo situações, enquanto o gerente tradicional tem de
dispensar atenção maior ao “aqui e agora”. Além disso, para entregar um projeto
com qualidade, no prazo prometido e sem estourar o orçamento — apontado
como o maior desafio da carreira — é preciso pensar em pelo menos nove
dimensões, como as de estrutura financeira, gestão de pessoas e avaliação de
riscos.”
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Programação da Disciplina
Gestão e Gerenciamento: conceituações
Projeto: definição, conceituação
Gerenciamento de Projetos
Gestão da Qualidade Total
Projetos de Engenharia: Projeto conceitual, Projeto básico e Projeto Executivo, Níveis
de detalhamento de projeto
Aspectos legais: Lei 8.666
Planejamento, Execução e Controle de Projetos
Cronogramas Físico e Financeiro: redes PERT e CPM
Matemática Financeira
Avaliação de Projetos: Viabilidade Financeira e Econômica, Custos e Benefícios,
Indicadores de Viabilidade
Prof. Gilberto Fialho 8
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Gestão de Projetos X Gerenciamento de Projetos
Gestão de Projetos: é a aplicação de metodologias, conhecimentos técnicos e
habilidades específicas na condução das atividades de projetos,
considerando objetivos e metas predefinidos de qualidade, custo
e prazo, atendendo às expectativas da equipe de trabalho e do(s)
cliente(s)
Gerenciamento de Projeto: é a aplicação de metodologias, conhecimentos técnicos e
habilidades específicas na condução das atividades de
um projeto, considerando objetivos e metas predefinidos
de qualidade, custo e prazo, atendendo às expectativas
da equipe de trabalho e do(s) cliente(s)
Gerente de Projeto: Gerencia um Projeto
Gestor de Projetos: Gerencia vários Projetos Atua na gestão de conflitos entre os projetos
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Sistemas de Gestão
Gerenciamento de Diretrizes característica Estratégica (longo prazo)
Gerenciamento do Dia a Dia característica Operacional (curto prazo)
Gerenciamento de Projeto característica Tática (médio prazo)
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Gestão: basicamente é gerenciar conflitos
Exemplo
Situação:
Cliente compra um produto de uma determinada empresa
A empresa atrasa a entrega do produto
Cliente pede, por causa disso, desconto no preço do produto
Reação da empresa:
Promove uma reunião para verificar a origem do atraso na entrega
(caça aos culpados pelo atraso da entrega):
o vendedor (área comercial) reclama que a responsabilidade é do setor de logística;
o gerente de logística informa que o atraso ocorreu porque o departamento fiscal
demorou para emitir a nota fiscal;
o departamento fiscal culpa a produção por não ter aprontado o produto na data
certa;
a área de produção culpa o departamento comercial por vender acima de sua
capacidade;
o departamento comercial argumenta que não pode postergar as vendas pois ele é
a caixa registradora da empresa e provém dele todo o faturamento.
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Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
As negociações com os clientes ocorrem muitas vezes à revelia dos demais setores
da empresa.
Restrições orçamentárias obrigam aos gestores fazer escolhas que favoreçam um
departamento em detrimento de outro.
O governo deseja que a empresa pague cada vez mais tributos.
Os sindicatos não abrem mão de determinadas vantagens em uma negociação
salarial.
Como pano de fundo os gestores muitas vezes não controlam sua emoções (falta de
domínio pessoal) e causam problemas de relacionamentos que, se não forem
sanados, gerarão impasses e estresses.
As comunidades vizinhas à empresa reclamam da poluição causada pela mesma.
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Existe uma percepção de que conflitos são intrinsecamente ruins e, portanto, devem
ser evitados. Nem sempre isso é verdade.
Quando estamos diante de um problema onde buscamos quantidade de ideias para
solucioná-lo, é desejável termos muitas pessoas debatendo pontos de vista
diferentes.
Por outro lado, as restrições de uma operação empresarial demandam velocidade
e, se um conflito acarreta uma parada, o propósito da empresa fica
prejudicado. Consequentemente é a partir desse elemento que é
desenvolvida a habilidade de solucionar conflitos: o propósito.
Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
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Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
Um gerente deve ter a resposta à seguinte questão: qual é o propósito da empresa,
do departamento, da tarefa ou de uma pessoa no momento em que um conflito
ocorre?
Por esta razão, em primeiro lugar, os planos estratégicos da empresa devem estar
claros a todos.
Se, em dado instante, os propósitos mais elevados da empresa são desconhecidos
pelos profissionais, eles criarão propósitos próprios, que farão sentido para eles no
âmbito pessoal, ou departamental, mas são prejudiciais à empresa. A falta de um
planejamento claro é uma fonte de conflitos.
Ao considerarmos um propósito é possível avaliar a raiz de um conflito. Ela pode ser
diferentes pontos de vista de como preencher o propósito.
Por exemplo, o departamento de marketing querer aumentar o resultado por meio
de mais vendas. Ao mesmo tempo em que o departamento financeiro deseja impor
corte de custos para atingi-lo. O critério do primeiro é aumento de receitas e, do
segundo , redução de despesas. Diferenças de critérios são fontes de conflitos.
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Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
Ao gerir um conflito, é importante saber que temos quatro resultados possíveis:
o problema permanece sem solução;
o problema foi solucionado pontualmente;
o problema foi solucionado de forma a nunca mais ocorrer, e as operações
da empresa se aprimoraram;
o problema, após a tentativa de solucioná-lo, tornou-se pior e causou uma
ruptura, que pode ser de relacionamento entre departamentos, com clientes
ou fornecedores e gerou impactos negativos nos resultados da empresa.
Ao aprimorar sua competência para gerir conflitos, o gestor cria a possibilidade
de que eles se transformem em oportunidades para aprimorar as operações e,
consequentemente, os resultados da companhia.
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Preço Qualidade do produtos Qualidade dos serviços
Valor agregado à Empresa
Satisfação do empregado Valorização profissional Vantagens e benefícios
Ações comunitárias Defesa do meio ambiente
Clientes
Acionistas
Empregados
Vizinhos (comunidades)
Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
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Problema a ser resolvido pelas empresas:
Como reduzir custos, aumentar a rentabilidade, agregar valor ao acionista, criar
valor aos clientes, satisfazer seus funcionários, criar mais postos de trabalho,
gerar renda, reduzir acidentes, melhorar a qualidade de vida e eliminar a
poluição SIMULTANEAMENTE?
Gestão da Qualidade Total
(será visto no curso, mais adiante)
Gestão: gerenciar conflitos – (continuação)
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Objetivos e Metas:
- Objetivos: descreve o que se quer atingir - Metas: quantifica o que ser quer atingir
Exemplos de Objetivos: - redução do número de peças defeituosas da linha de produção da empresa;
- aumentar a produtividade em um determinado setor
Exemplos de Metas: - reduzir o número de peças defeituosas de x para y em um dado período, p.ex. um mês;
- aumentar a produtividade em 15% em relação à
produtividade atual
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Planos Programas Projetos Sub - Projetos
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Planos Programas Projetos Sub - Projetos
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Planos:
- delineia as decisões de caráter geral do sistema, as suas grandes linhas políticas, suas estratégias ,
suas diretrizes e define as responsabilidades
- tem o sentido específico de sistematizar e compatibilizar objetivos e metas, procurando otimizar
o uso dos recursos do sistema
- deve fornecer referencial que permita continuar os estudos setoriais e/ou regionais, com vistas a
elaborar programas e projetos específicos, dentro de uma perspectiva de coerência interna do
sistema e externa, em relação ao contexto no qual o sistema se insere.
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Os Planos apresentam os seguintes componentes estruturais:
- síntese dos fatos e necessidades que motivam o plano e a formulação de objetivos
- formulação da política de prioridades (explicita) e a razão da escolha
- itemização das mudanças a operar quanto à expansão de modalidades do sistema, à estrutura e ao
conteúdo dos setores e dos níveis dos rendimentos previstos
- quadro cronológico das metas ou resultados a alcançar ao término do período ou em etapas
- tipos e a magnitude dos recursos humanos , físicos e instrumentais indispensáveis (cronograma dos
momentos de disponibilidades)
- volume e a composição das inversões e gastos para todo o período e para cada fase
- especificação das fontes e/ou modalidades de financiamento
- previsão de mudanças legais, institucionais e administrativas indispensáveis para a viabilidade do plano
- distribuição das responsabilidades de execução e de avaliação dos resultados
Planos - (continuação)
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Planos Programas Projetos Sub - Projetos
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Programas:
- compreende um aprofundamento do plano: os objetivos setoriais do plano irão constituir os
objetivos gerais do programa
- documento que detalha por setor, a política, diretrizes, metas e medidas instrumentais
- setoriza o plano, através da definição de um grupo de projetos, pressupondo vinculação entre os
projetos componentes
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Programas - (continuação)
Os Programas apresentam os seguintes elementos básicos:
- síntese de informações sobre a situação a ser modificada com a programação - formulação explicita das funções efetivamente consignadas aos órgãos e/ou serviços ligados ao programa,
com responsabilidades em sua execução - formulação de objetivos gerais e específicos e a explicitação de sua coerência com as políticas, diretrizes
e objetivos do sistema maior, e de sua relação com os demais programas do mesmo nível - estratégia e a dinâmica de trabalho a serem adotadas para a realização do programa - atividades e os projetos que comporão o programa , suas interligações, incluindo a apresentação sumária de
objetivos e de ação - recursos humanos , físicos e materiais a serem mobilizados para sua realização - explicitação das medidas administrativas necessárias para sua implantação e manutenção
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Planos Programas Projetos Sub - Projetos
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Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge
PMBOK: publicação que compreende a compilação de um
conjunto de boas práticas em gestão / gerenciamento de
projetos, publicado pelo PMI – Project Management
Institute.
Projetos
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Projetos:
Sub – Projetos:
- documento que sistematiza e estabelece o traçado prévio da operação de uma unidade de ação
- unidade elementar do processo sistemático da racionalização de decisões
- constitui-se da proposição de produção de algum bem ou serviço , com emprego de técnicas
determinadas e com o objetivo de obter resultados definidos
- apresenta as mesmas características de um projeto, compreendendo uma parte do mesmo
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Projeto:
- Iniciativa não rotineira, de natureza temporária, com início, meio e fim,
caracterizada por uma sequência clara e lógica de eventos, com objetivos e / ou
metas bem definidos, que se destina a criar um produto ou serviço novo,
apresentando parâmetros pré-definidos de tempo, custo, equipe e qualidade, que
conduzam a resultados exclusivos
- Por vezes um projeto pode apresentar a característica de elaboração progressiva
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Não rotineiro:
- Significa que os eventos envolvidos no processo estão de tal modo concatenados que caracterizam um processo único, sem que possam ser repetidos em outras situações
- Por contraponto, se esses eventos forem repetitivos nas suas configurações e
puderem ser repetidos em outras situações, pode-se dizer que não se trata de projeto, e sim de uma operação de rotina
Projeto - (continuação)
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Temporário:
- Significa que todos os projetos possuem um início e um final definidos, ou seja, um
projeto tem início, meio e fim
- O final é alcançado quando os objetivos do projetivo tiverem sido atingidos ou
quando se tornar claro que os objetivos do projeto não poderão ser atingidos, ou
quando não existir mais a necessidade do projeto e ele for encerrado
- Temporário não significa necessariamente de curta duração, muitos projetos duram
vários anos
- Em todos os casos a duração do projeto é finita, pois projetos não são esforços
contínuos
- Embora a natureza dos projetos seja temporária, seus resultados são duradouros,
podendo durar até milhares de anos
- Os projetos podem ter impactos sociais, econômicos e ambientais, intencionais ou
não, que podem ter duração muito mais longa que a dos próprios projetos
Projeto - (continuação)
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A natureza temporária, ou transitória, dos projetos pode também ser aplicada a
outros aspectos da ação:
- A oportunidade ou janela do mercado geralmente é temporária – alguns projetos
têm um prazo limitado durante o qual seu produto ou serviço deve ser gerado
- A equipe do projeto raramente sobrevive ao projeto – a equipe é criada com o
único objetivo de realizar o projeto, sendo desfeita após a conclusão do projeto,
sendo seus membros realocados quando o projeto for concluído
- Pode acontecer de, durante um projeto, ocorrer uma concentração de atividades
em alguns membros da equipe que porventura trabalhem em mais de um projeto,
e, após a conclusão do mesmo, não existir outro projeto para alocação da mão-de-
obra
Projeto - (continuação)
Temporário – (continuação)
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Produtos ou Serviços:
- O resultado de um projeto pode ser um produto quantificável (tangível), p.ex.
uma obra de engenharia, ou uma parte componente do projeto
- O resultado pode ser um resultado intangível, normalmente associado a serviços
Resultados exclusivos (singularidade):
- A singularidade é uma característica importante nas entregas do projeto, p.ex.
uma obra de engenharia que pode ser replicada em outros locais, não deixa de
apresentar exclusividade, na medida em que diferenças se farão notar em razão
do usuário ser diferente, da construtora ser diferente e das características físicas
locais serem também diferentes
Projeto - (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 33
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Elaboração progressiva:
- Um projeto pode apresentar como característica ser desenvolvido em
etapas, ou fases, e continuar por incremento
- O escopo de um projeto deve ser cuidadosamente elaborado ,
principalmente se o projeto for realizado sob a modalidade de contrato
- Durante a realização dos serviços o escopo deve ser criteriosamente
controlado de modo a garantir a qualidade do resultado e o prazo e
custo do projeto
Projeto - (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 34
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Para que uma ação possa ser definida como projeto deve-se responder
afirmativamente às seguintes perguntas:
- O desenvolvimento da ação é diferente das atividades de rotina?
- O desenvolvimento da ação tem começo, meio e fim programados?
- Há um prazo bem definido para que a ação seja executada?
- O resultado da ação é novo, único ou singular?
Muitas vezes pode-se ter dificuldade em caracterizar uma ação como
projeto, podendo existir a confusão com atividades de natureza
operacional
- A ação tem objetivo(s) bem definidos?
Projeto - (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 35
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Operação
As operações são esforços permanentes que geram saídas repetitivas, com recursos designados
a realizar basicamente o mesmo conjunto de atividades, de acordo com os padrões
institucionalizados no ciclo de vida de um produto.
Diferente da natureza contínua das operações, os projetos são esforços temporários.
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Projetos X Operações
Em resumo, Projeto e Operação em um dado empreendimento podem ser definidos como:
Projeto esforço temporário (com prazo para terminar) para realizar algo
singular
Operação esforço infinito (sem prazo para terminar) para realizar algo
repetitivo (produtos similares)
Prof. Gilberto Fialho 37
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Similaridades entre Projeto e Operação em um dado empreendimento:
- Ambos são realizados por pessoas
- Ambos têm restrições de recursos
- Ambos são planejados, executados e controlados
- Ambos são feitos para um objetivo e têm atividades inter-relacionadas
Diferenças entre Projeto e Operação em um dado empreendimento:
- Operações são repetitivas
- Projetos são ações temporárias para criar produtos ou serviços únicos que
são elaborados progressivamente
- Projetos procuram alcançar uma meta e têm data para acabar
- Operações possibilitam a continuidade dos negócios da organização
Prof. Gilberto Fialho 38
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Exemplos de Projeto (podem ser produtos ou serviços):
Obra de engenharia, p.ex. rodovias, ferrovias, pontes, barragens, portos e
aeroportos etc.
Componente de uma obra qualquer, p.ex. canteiro de obras, fundações,
pavimentação, drenagem etc.
Empresa de informática desenvolvendo um novo software
Exemplos de Operação (podem ser produtos ou serviços, que apresentam
características de permanência):
Produção de automóveis em uma montadora
Geração de eletricidade de usinas hidrelétricas
Produção de bebidas em uma engarrafadora
Prof. Gilberto Fialho 39
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Características comuns aos Projetos:
Ciclo de vida: um projeto compreende um conjunto de etapas pelas quais vai progredindo e,
ao final de cada etapa, um produto é obtido. O número de etapas, bem como o
inter-relacionamento entre elas varia de projeto para projeto
Incerteza: pela sua característica de singularidade existirá sempre um grau de incerteza
associado ao desenvolvimento do projeto. A experiência da equipe responsável
pelo desenvolvimento do projeto poderá reduzir esse grau de incerteza, mas
nunca eliminá-la
Aumento do conhecimento com o tempo: com o envolvimento da equipe no desenvolvimento
do projeto, aumenta o conhecimento a respeito do
produto ou serviço que está sendo produzido
Prof. Gilberto Fialho 40
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Características comuns aos Projetos - (continuação)
Mudanças durante o ciclo de vida: em razão do aumento do conhecimento do projeto é normal
que ocorram mudanças no seu desenvolvimento. Excesso
de modificações pode aumentar demasiadamente o custo e
prazo do projeto. Rejeitar qualquer modificação pode
implicar em um produto que não agrade ao cliente. O
gerente de projeto deve resolver esse trade-off
Interfuncionalidade: projetos geralmente envolvem diversas áreas da organização. Para que
projetos interfuncionais sejam desenvolvidos com sucesso a empresa
deve ter um sistema organizacional adequado a esse propósito. A
Estrutura Matricial normalmente é a mais utilizada (será vista no curso
mais adiante)
Prof. Gilberto Fialho 41
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Surgimento dos Projetos:
Gerenciamento de Diretrizes característica Estratégica (longo prazo)
Gerenciamento do Dia a Dia característica Operacional (curto prazo)
Gerenciamento de Projeto característica Tática (médio prazo)
Prof. Gilberto Fialho 42
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Exemplos de motivação para o surgimento dos projetos:
Atendimento a demandas relacionadas ao mercado:
Implantação de usinas de álcool no interior de uma dado estado brasileiro devido à
demanda mundial projetada para o futuro.
Visão estratégica:
Oportunidade / necessidade estratégica de negócios, por exemplo, criação de um produto
para atender a demanda em uma data específica do ano.
Avanço tecnológico:
Atendimento de futuras demandas já previstas, como por exemplo o desenvolvimento de
um celular mais rápido e leve.
Requisitos legais e / ou ambientais:
Implantação de sistemas de despoluição em uma determinada indústria.
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 43
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Gerenciamento de Diretrizes característica Estratégica (longo prazo)
Gerenciamento do Dia a Dia característica Operacional (curto prazo)
Gerenciamento de Projeto característica Tática (médio prazo)
Projetos
Consideram a Missão, Visão e Valores da empresa
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 44
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Missão da empresa
Compreende o propósito da empresa. É uma descrição precisa do que a
organização faz e o negócio na qual está inserida.
A Missão deve responder “ao por que” da organização existir de forma clara,
sintética e compreensiva. Cada membro da empresa deve ser capaz de verbalizar
a missão da empresa sem hesitar.
Gerentes e funcionários estão constantemente buscando um senso de identidade
da empresa. Normalmente eles buscam mais que simplesmente seu pagamento e
oportunidade. Eles buscam por um sentido que os desafiem.
Exemplo:
“Vender por menos para as pessoas viverem melhor.” – Wal-Mart Brasil
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 45
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Visão da empresa
A visão deve estar relacionada com “o quê” sua empresa quer se tornar. Deve
haver consenso entre os membros da organização assim como ajudá-los a “sentir
orgulho” de pertencerem a empresa.
A Visão deve ir além dos limites da organização relacionados às suas
competências atuais.
A Visão deve apontar para o futuro da empresa. A visão da empresa deve manter-
se curta e compreensiva para que todos se lembrem.
Exemplo:
“Ser a melhor empresa de varejo do Brasil.” - Lojas Americanas.
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 46
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Valores da empresa
Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os
comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no
exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam
executando a Missão, na direção da Visão.
O enunciado de cada valor deve ser curto. Os valores são inegociáveis, e os
mais perenes de uma empresa.
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 47
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Valores da empresa - (continuação)
Exemplo de valores da Vale (entre outros valores):
Excelência de Desempenho – significa a busca da melhoria contínua e o controle dos
resultados por indicadores de desempenho reconhecidos como referência das melhores
práticas, promovendo um ambiente de alta performance e assegurando a obtenção e a
manutenção de vantagens competitivas duradouras
Respeito à Vida – significa que não abrir mão, em nenhuma hipótese, da segurança e
do respeito à vida. Pessoas são mais importantes do que resultados e bens materiais. Se
necessário escolher, escolhemos a vida
Respeito à Diversidade – é perceber o outro como um igual, respeitando as diferenças
e promovendo a inclusão competitiva; é ver nas diferenças oportunidades de integração e
evolução
Orgulho de ser Vale – é o valor resultante. Assumir e se comportar como dono do
negócio, buscando incessantemente os objetivos definidos, compartilhando e celebrando
os resultados e fortalecendo as relações. Sentir orgulho quando souber que está se
construindo algo que fará a diferença. Essa é a razão do orgulho de “Ser Vale” de todos
os dirigentes e empregados da Vale
Surgimento dos Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 48
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Modelo de Gestão das Empresas
Modelo de Negócio aspectos comerciais
Modelo de Gestão aspectos gerenciais
Modelo de Realização aspectos produtivos
filosofia empresa de baixo custo? qual o público alvo?
delimitação da atuação
área de atuação
definição do modelo de gestão
criação de uma cultura organizacional
desenvolvimento de novas competências
definição dos processos e produtos
operação
manutenção
gestão da qualidade
Missão Visão Valores
Empresa
Consumidores Empregados Sociedade Ambiente
Prof. Gilberto Fialho 49
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Missão, Visão e Valores da empresa
São os panos de fundo para a resolução de conflitos
Se os propósitos mais elevados da empresa são desconhecidos pelos profissionais,
eles criarão valores próprios, que farão sentido para eles no âmbito pessoal, ou
departamental, mas poderão ser prejudiciais à empresa. A falta de um planejamento
claro é uma fonte potencial de conflitos.
Planejamentos Estratégico, Tático e Operacional
Prof. Gilberto Fialho 50
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
1º Trabalho Prático
Pesquisar os modelos de gestão de cinco empresas quaisquer, assinalando as
respectivas Missão, Visão e Valores.
Comparar os resultados obtidos, efetuando uma análise crítica.
Obs.: não considerar as empresas aqui discutidas nos slides anteriores.
Missão, Visão e Valores da empresa – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 51
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Gerenciamento de Projeto – conjunto de conhecimentos:
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge
O conhecimento de Gerenciamento de Projetos consiste em:
Definição do ciclo de vida do projeto
Cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos
Nove áreas de conhecimento
Vistos a seguir
Prof. Gilberto Fialho 52
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Para alcançar esses objetivos devem existir:
Escritório de Projetos (PMO – Project Management Office)
Gerente de Projetos (GP)
Quais as funções do PMO e do GP?
Gerente de Projetos (GP) responsável pelo gerenciamento do projeto,
tendo como suporte o PMO
Escritório de Projetos (PMO) unidade organizacional que centraliza e coordena
o gerenciamento de projetos sob seu domínio
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 53
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
O conhecimento de gerenciamento de projetos consiste em:
Definição do ciclo de vida do projeto
Cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos
Nove áreas de conhecimento
Vista a seguir
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 54
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – (continuação)
Partes interessadas (stakeholders) no projeto
Cliente / usuário pessoa ou organização que utilizará o produto do projeto
Organização executora empresa cujos funcionários estão diretamente envolvidos
na execução do projeto
Membros da equipe do projeto grupo que está executando o projeto
Equipe de gerenciamento de projetos membros da equipe do projeto diretamente
envolvidos nas atividades de gerenciamento do projeto
Patrocinador pessoa ou grupo que fornece os recursos financeiros para o projeto
Influenciadores pessoas ou grupos não diretamente relacionados à aquisição ou uso do
projeto, mas que podem influenciar positiva ou negativamente no andamento do projeto
Gerente de Projeto pessoa responsável pelo gerenciamento do projeto
PMO parte interessada na medida em que pode influenciar no resultado do projeto
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 55
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Nível típico de custos e de pessoal envolvidos no projeto ao longo do seu ciclo de vida
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 56
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Influência das partes interessadas ao longo do tempo
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 57
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
O conhecimento de gerenciamento de projetos consiste em:
Definição do ciclo de vida do projeto
Cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos
Nove áreas de conhecimento
Vistos a seguir
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
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Ciclo de Vida de um Projeto – cinco grupos de processos de gerenciamento – (continuação)
Definição elaboração do escopo (objetivos) do projeto – início do projeto
Planejamento definição da metodologia do projeto
Execução implementação da metodologia do projeto
Controle validação do projeto (compatibilização com os objetivos
gerais e específicos propostos)
Conclusão transição para a próxima fase, que pode ser de operação
ou de desenvolvimento do produto (atendimento das
expectativas do cliente) – finalização do projeto
Definição Planejamento Execução Controle Conclusão
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Tempo
Recurs
os
Ciclo de Vida de um Projeto – cinco grupos de processos de gerenciamento – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
O conhecimento de gerenciamento de projetos consiste em:
Definição do ciclo de vida do projeto
Cinco grupos de processos de gerenciamento de projetos
Nove áreas de conhecimento
Vistas a seguir
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
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Segundo o PMBOK – Project Management Body of Knowledge - cada um
desses processos compreendem nove áreas de conhecimento gerencial:
Gerenciamento de Integração: inclui os processos necessários de modo a garantir
que as partes do projeto estarão adequadamente
coordenadas e integradas – gerencia o projeto
como um todo
Gerenciamento do Escopo: inclui os processos necessários de modo a garantir
que o projeto inclui todo o trabalho necessário
para o sucesso do resultado. Por escopo se
entende o que será feito. A principal técnica para
a definição do escopo é a Estrutura de
Decomposição do Trabalho – Work Breakdown
Structure
Ciclo de Vida de um Projeto – nove áreas de conhecimento – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Gerenciamento do Tempo: inclui os processos necessários de modo a garantir
que o projeto fluirá em um prazo adequado
Gerenciamento de Custos: inclui os processos necessários de modo a garantir
que o projeto será executado dentro do orçamento
aprovado
Gerenciamento da Qualidade: inclui os processos necessários de modo a garantir
que o projeto atenderá as necessidades para as
quais foi concebido
Segundo o PMBOK – Project Management Body of Knowledge - cada um desses processos compreendem nove
áreas de conhecimento gerencial – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – nove áreas de conhecimento – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Gerenciamento de Recursos Humanos: inclui os processos necessários de modo
a garantir que os recursos humanos
envolvidos serão usados do melhor
modo possível
Gerenciamento de Comunicações: inclui os processos necessários de modo
a garantir a adequada geração,
disseminação e armazenamento das
informações associadas ao projeto
Segundo o PMBOK – Project Management Body of Knowledge - cada um desses processos compreendem nove
áreas de conhecimento gerencial – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – nove áreas de conhecimento – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Gerenciamento de Riscos: inclui os processos necessários de modo a identificar,
analisar e estabelecer contra-medidas para os riscos
do projeto
Gerenciamento de Suprimentos e Contratos (procurement):
inclui os processos necessários à aquisição de bens e
serviços fora da organização executora do projeto
Segundo o PMBOK – Project Management Body of Knowledge - cada um desses processos compreendem nove
áreas de conhecimento gerencial – (continuação)
Ciclo de Vida de um Projeto – nove áreas de conhecimento – (continuação)
Fonte: PMBOK – Project Management Body of Knowledge – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 65
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Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto:
Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll
(diálogo entre Alice o gato de Cheshire) :
- Alice: Você pode me ajudar?
- Gato: Claro, posso sim
- Alice: Para onde vai esse caminho?
- Gato: Para onde você quer ir?
- Alice: Eu não sei, estou dúvidas, para mim tanto faz
- Gato: Ora, para quem não sabe onde vai qualquer caminho serve
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Caminante
Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.
Antonio Machado (1875 – 1939) poeta espanhol
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Cada pessoa deve inventar seu próprio caminho
Jean Paul Sartre
Podemos dizer que cada empresa também deve inventar seu próprio
caminho tanto pelas escolhas que fazem como pelas que deixam de fazer
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Objetivo confuso sem se saber aonde chegar corre-se o risco
de chegar a lugar algum, ou a lugar equivocado. Isso pode ser devido a:
- o objetivo não foi estudado, discutido e entendido corretamente pelos membros da equipe
- pressa em iniciar o trabalho sem a devida clareza nas soluções - a equipe sem entender o objetivo faz, geralmente pressionada
pela empresa ou pelo cliente, suposições incorretas sobre o resultado a ser alcançado
- o objetivo não é coerente com a solução a ser implementada,
provavelmente o resultado será diferente daquele que se busca
Definição do Projeto elaboração do escopo (objetivos) do projeto:
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Planejamento do Projeto definição da metodologia do projeto:
Metodologia inadequada imprópria considerando os objetivos e
o nível do projeto
Equipe de projeto inadequada , ou sobrecarregada por outro projeto
(principalmente se o organograma for do tipo matricial, como visto
adiante
Prazos irrealistas considerando o escopo do projeto
Dados para a elaboração do projeto são inadequados, ou então
inexistentes, afetando a qualidade do produto
Especificações do produto inadequada ao propósito do projeto
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 70
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Execução do Projeto implementação da metodologia do projeto
Regras de decisão imprecisas, não havendo política de decisão para
superação de problemas e conflitos
Autoridade e responsabilidade indefinidas, não se sabendo quem
tem poderes para fazer o que tem que ser feito
Previsão de recursos em desacordo com as atividades (recursos
subestimados ou superestimados)
Atividades em desacordo com os objetivos (pode ocorrer mesmo
que os objetivos e o planejamento estejam corretos)
Descompasso entre o avanço da obra e os recursos disponíveis
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Controle do Projeto validação do projeto (compatibilização com os objetivos
gerais e específicos propostos) compreendendo, por
vezes, as atividades de monitoramento:
Medição do progresso do projeto executada sem a devida sintonia
com o equilíbrio entre custos, prazo e qualidade
Comunicação inadequada , sem que ocorra a divulgação do avanço
(ou atraso) , ou ainda alterações no projeto, entre os membros da
equipe
Intervenções corretivas inadequadas por falta de visão dos atores
responsáveis
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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O controle envolve também a avaliação do projeto:
Avaliação
do
Projeto
Processo orientado a determinar sistemática e objetivamente a
pertinência, eficácia, eficiência e impacto de todas as atividades à
luz de seus objetivos.
Trata-se de um processo organizado para melhorar as atividades
ainda em curso e auxiliar a administração no planejamento,
programação e futuras tomadas de decisão
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 73
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Uma das ferramentas que se usa para avaliar um projeto são os denominados indicadores
Indicadores de
Projeto
São expressões, geralmente, numéricas que refletem uma dada realidade.
Podem ser expressos por sinais ou marcas, que mostram alguma mudança
em um dado processo, podendo essa mudança significar melhoria, associada
a sucesso.
Permitem delinear, obter e prover informações úteis para julgar decisões
alternativas, no qual os avaliadores buscam coletar e apresentar
informações com o objetivo de auxiliar a tomada de decisão, que será feita
por alguém responsável pela determinação do mérito das informações
coletadas.
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Para efeito de estabelecimento da medição de sucesso pode-se usar dois tipos
de avaliação: avaliação por norma ou avaliação por critério
avaliação por norma
avaliação por critério
Avaliação por norma: os indicadores são comparados com aqueles existentes ao longo do
mesmo projeto, podendo-se aí verificar se o seu andamento está
mudando para melhor ou para pior, sinalizando com a perspectiva
de sucesso ou insucesso no projeto
Avaliação por critério: os indicadores são comparados com aqueles existentes, ou que
existiram, no melhor projeto de natureza similar. Esse projeto
padrão para efeito de comparação será utilizado como benchmark,
sinalizando como posicionamento do projeto perante as melhores
práticas observadas.
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 75
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Os indicadores propiciam:
Medir a eficiência e a eficácia dos processos envolvidos Manter o foco nos resultados Indicar o que fazer (atuam como sinalizadores) Ensinar a fazer as coisas certas (desde que adequadamente utilizados) Expressar o grau de aceitação de um dado fato
Isso se faz através de Índices
Índices representam o padrão de medida ou unidade de medida dos
indicadores, permitindo a comparação, o estabelecimento de
metas e o acompanhamento dos processos envolvidos no projeto.
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 76
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Índices podem ser expressos normalmente em:
Valores absolutos – tem o propósito de dar ideia da grandeza da situação
Porcentagem – tem o propósito de relativizar os valores absolutos
Média e outras estatísticas – representam comportamentos típicos, indicando
fenômenos em alguma escala numérica
Taxas – permitem mostrar a evolução ou o comportamento de um fenômeno no
tempo
Escalas de avanços em processos – utilizadas, principalmente, para definir
mudanças quantitativas em processos
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Conclusão transição para a próxima fase, que pode ser de operação ou
de desenvolvimento do produto (atendimento das expectativas do cliente)
O projeto está concluído mas não atende aos objetivos traçados no início
O projeto não atendeu aos requisitos de custos (“estourou” o orçamento)
O projeto não atendeu aos requisitos de qualidade (de acordo com os
indicadores planejados)
O projeto não atendeu aos requisitos de prazo (“estourou” os prazos)
O projeto não atendeu às expectativas do cliente
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 79
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Em resumo, um bom projeto tem que atender aos seguintes aspectos: Qualidade
Custos
Prazo
Expectativas do cliente e da equipe que desenvolveu o projeto
Ou seja, tem que ser ao mesmo tempo Eficaz e Eficiente
Para saber o que é eficaz e o que é eficiente, deve-se ter em mente os seguintes aspectos: - objetivos do projeto
- recursos colocados à disposição para o projeto
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Projeto eficaz e eficiente:
os objetivos foram alcançados com a menor utilização dos recursos disponíveis
Projeto eficaz, mas ineficiente:
os objetivos foram alcançados, porém com maior consumo dos recursos do
que o previsto
Projeto eficiente, mas ineficaz:
os recursos foram utilizados conforme o estabelecido, mas os objetivos
previstos não foram alcançados
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 81
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Ser eficaz é fazer a coisa certa
Em resumo:
Ser eficiente é fazer certo uma determinada coisa
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 82
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Problemas comuns nas atividades relacionadas ao ciclo do projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
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Ciclo de vida de um Produto
Especificação Projeto Construção Operação Desativação
Especificação exigências de função e de desempenho (elaboração de termos de referência)
Projeto concepção de um produto que, atendendo aos termos de referência, irá ao encontro das expectativas do cliente.
Esta etapa pode conter uma série de projetos, cada um deles passando por todo o ciclo de projeto, adequadamente harmonizados entre si
Construção elaboração do produto, incluindo toda a documentação necessária à sua
operação, ou posterior desenvolvimento
Operação vida útil do projeto (prazo em que o projeto é efetivamente usado). Essa fase pode ter duração definida (p.ex. para um determinado evento) ou indefinida (p.ex. grandes obras de engenharia)
Desativação após o encerramento das atividades da operação do empreendimento deve-se prever seu desmonte, de modo a reduzir os impactos ao meio ambiente
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 84
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Organização das Empresas para a realização de um Projeto
Algumas empresas só trabalham com projetos, outras só com operação e
a maioria trabalham com projetos e operações
Projetos p.ex. grandes empresas de construção
Operações p.ex. empresas prestadoras de serviço
Projetos e Operações maioria das empresas
Problema: como criar uma estrutura organizacional que realize os projetos, na medida em que um projeto só acontece uma única vez , com uma combinação única de pessoas, com uma única estrutura de comando?
Resposta: com a utilização de organograma adequado ao propósito da empresa
Organograma representação gráfica da estrutura organizacional da
empresa. Mostra a disposição e a hierarquia entre os setores
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 85
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Tipos de Organogramas
Funcional
Matricial
Voltado para cada Projeto
Organização das Empresas para a realização de um Projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 86
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Organograma Funcional (exemplo)
RD significa que quem estiver aí enquadrado responde diretamente à direção:
p.ex. qualidade, meio ambiente, segurança etc.
Organização das Empresas para a realização de um Projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 87
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Organograma Matricial (exemplo)
Organização das Empresas para a realização de um Projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 88
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Engenharia
Presidente
Projeto A Projeto B
Fabricação
dos Produtos
Marketing
Financeiro
Fabricação
dos Produtos
Marketing
Financeiro
Engenharia
Organograma voltado para projetos – projetizado
(exemplo)
Organização das Empresas para a realização de um Projeto – (continuação)
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 89
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
2º Trabalho Prático
Pesquisar pelo menos uma empresa para cada um dos organogramas abaixo
especificados.
Comparar os resultados obtidos, efetuando uma análise crítica.
Organograma Funcional
Organograma Matricial
Organograma Projetizado
Gerenciamento de Projetos – (continuação)
Organização das Empresas para a realização de um Projeto – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 90
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Organizações que aprendem:
Existem, basicamente, cinco componentes em uma organização de aprendizagem,
denominados disciplinas:
Domínio pessoal
Modelos mentais
Objetivo comum (visão compartilhada)
Aprendizado em grupo
Visão sistêmica a Quinta Disciplina
Fonte: Senge, Peter M. – A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende
– Ed. Best Seller, 2004 - ISBN: 8571236216
Gestão de Projetos
Prof. Gilberto Fialho 91
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Disciplina, nesse contexto, significa um conjunto de técnicas que devem
ser estudadas e dominadas para serem postas em prática.
Só se torna competente em uma disciplina quem pratica.
A visão sistêmica, a quinta disciplina, é fundamental para que as disciplinas
funcionem em conjunto.
Trata-se de um grande desafio pois é muito mais difícil integrar novos
instrumentos do que aplicá-los separadamente.
Gestão de Projetos – (continuação)
Organizações que aprendem – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 92
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
1ª disciplina Domínio pessoal:
É a base da organização de aprendizagem.
Implica um alto grau de proficiência e capacidade de produzir os resultados desejados.
Através dessa disciplina aprendemos a esclarecer e aprofundar continuamente nossos
objetivos pessoais, a concentrar nossas energias, a desenvolver a paciência e a abordar a
vida como o artista aborda o trabalho de criação, ou seja, fazer o que gosta e gostar do
que faz.
Significa viver a vida sob o ponto de vista criativo, em contraposição a uma visão reativa.
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 93
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Diversas vezes quando pensamos em um objetivo pessoal importante, logo em
seguida pensamos nos desafios e obstáculos que teremos pela frente. Embora
devamos pensar em estratégias alternativas (plano B) é também um sinal de falta de
disciplina permitir que nossos pensamentos sobre o processo para atingí-lo perturbem
nossa concentração no resultado que buscamos.
As pessoas com alto grau de domínio pessoal têm uma técnica especial para se
concentrar, focando sua atenção no resultado desejado, e não nos processos ou meios
que supõem necessários para alcançar esses resultados.
1ª disciplina Domínio pessoal – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 94
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Podem ser observadas as seguintes situações (variáveis Tempo x Sentimento x Foco) :
- Tempo sem sentimento ou foco
- Tempo e sentimento sem foco
- Tempo e foco sem sentimento
- Sentimento sem tempo ou foco
- Sentimento e foco sem tempo
- Foco sem tempo ou sentimento
- Ausência de tempo, sentimento ou foco falta de total comprometimento
Em resumo, faça com prazer (sentimento) continuamente (tempo) aquilo
que é certo e necessário (foco) para o sistema
1ª disciplina Domínio pessoal – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 95
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
1ª disciplina Domínio pessoal – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Reconhecimento em público pelo bom trabalho realizado pela equipe
Críticas em particular – evitar criticar publicamente o desempenho de seus
subordinados.
P.ex. ao invés de criticar negativamente o trabalho apresentado, sugerir melhorias,
enaltecendo o que foi feito até a presente situação
Atitudes que um bom gestor deve apresentar para ser genuinamente aceito pelos seus
liderados, ou seja, se tornar um bom chefe:
Delegação de responsabilidades – não ser centralizador
Atuação como revisor técnico – peer review
Fazer o que tem de ser feito – assumir as responsabilidades
Incentivar o crescimento da equipe – permitir que os competentes se sobressaiam
Cortesia – tratar as pessoas com dignidade, sem grosserias, usando sempre palavras
adequadas ao momento – p.ex. cumprimentos, por favor, muito obrigado etc.
Respeito – respeitar as pessoas, independente da crença religiosa, raça, capacidade
intelectual, cultura, condição social etc.
Prof. Gilberto Fialho 96
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Modelos mentais são processos profundamente arraigados, generalizações ou mesmo
imagens que influenciam nosso modo de encarar o mundo e nossas atitudes.
Muitas vezes não temos consciência dos nossos modelos mentais e do modo como eles
afetam nosso comportamento. Nesse contexto, é comum julgarmos pessoas e
situações à luz dos nossos preconceitos, dos pressupostos que residem na
profundidade do nosso ser.
Duas pessoas com modelos mentais diferentes podem observar o mesmo
acontecimento e descrevê-lo de maneira diferente , simplesmente porque olharam
para detalhes diferentes. Ou seja, nossa observação é seletiva.
2ª disciplina Modelos mentais:
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 97
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Os modelos mentais podem observados dentro das seguintes categorias:
Cognitiva: conteúdos relacionados a informações, conhecimentos, dados, modelos,
teorias, conceitos. Compreende a bagagem técnica da pessoa. Normalmente
esta é a parte mais fácil de atualizar.
Valorativa: abrangem os valores, paradigmas, preconceitos, atitudes, expectativas.
Estabelece o que é certo ou errado, o que é bom ou mau, o que é ético ou não.
É uma área de lenta evolução, de acordo com a criação, crescimento e
maturidade do indivíduo. Apresenta aspectos difíceis de serem modificados.
Afetiva: constitui o repertório emocional do indivíduo, com sensações, fantasias e
idealizações. Envolve as impressões de satisfação ou insatisfação, prazer ou
desgosto das situações vivenciadas.
2ª disciplina Modelos mentais – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 98
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Alguns critérios podem ser observados na avaliação de modelos mentais:
- A eficiência de um líder está relacionada ao contínuo aperfeiçoamento de seus modelos
mentais
- Jamais imponha um modelo mental de sua preferência às pessoas. A fim de surtirem
efeito os modelos mentais devem gerar decisões espontâneas. Decisões espontâneas
resultam em convicções mais profundas e implementação mais eficaz
- Modelos mentais melhores capacitam as pessoas a se ajustarem às mudanças
ambientais ou circunstanciais
- Modelos mentais múltiplos proporcionam múltiplas perspectivas
- Grupos desenvolvem mais dinâmica e conhecimento do que uma pessoa desenvolveria
sozinha
- Não é importante haver consenso dentro do grupo. Quando o processo funciona o
consenso é naturalmente alcançado
- O valor do líder é medido por sua contribuição aos modelos mentais dos demais
2ª disciplina Modelos mentais – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 99
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Em resumo, assimilação de modelos mentais está ligada a processos de aprendizagem.
Aprendizagem implica em mudança de atitude e não, simplesmente, em assimilar novas
informações e novas ideias.
Por isso é importante que se conheça a diferença entre teoria defendida e teoria adotada
(praticada).
O meu modelo mental mais profundo (teoria defendida) pode ser diferente da teoria que eu
pratico. Um ditado popular ilustra isso admiravelmente: “faça o que eu mando, mas não
faça o que eu faço”.
2ª disciplina Modelos mentais – (continuação)
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 100
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Gestão de Projetos – (continuação)
3ª disciplina Objetivo comum (visão compartilhada):
Nenhuma organização se torna grande senão tiver objetivos, valores e missão que se
tornem compartilhados através de toda a organização.
Uma declaração de visão ou o carisma de um líder não são suficientes.
Uma visão genuína gera excelência e aprendizagem porque as pessoas da organização
querem se empenhar por suas metas “vestir a camisa”.
Para isso é fundamental a comunicação nas empresas.
Objetivo comum (visão compartilhada) é fundamental para a organização em contínuo
aprendizado, porque proporciona foco e a energia para a aprendizagem.
Prof. Gilberto Fialho 101
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Numa empresa compartilhar objetivos significa mudar a relação das pessoas com a
organização. Não é mais a empresa deles e sim a nossa empresa.
Os objetivos comuns nascem sempre dos objetivos pessoais, pois é daí que tiram sua
energia alavancando o comprometimento.
Organizações que pretendem construir objetivos comuns encorajam seus membros a
desenvolver seus objetivos pessoais.
Quando as pessoas sabem exatamente o que querem podem se reunir para criar uma forte
sinergia em relação ao que se deseja.
Gestão de Projetos – (continuação)
3ª disciplina Objetivo comum (visão compartilhada) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 102
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Existem algumas atitudes que podem ser observadas em relação aos objetivos compartilhados:
Comprometimento: A pessoa quer. Fará com que se realize. Criará quaisquer leis ou regras
que se fizerem necessárias.
Não confundir com obediência.
Participação: a pessoa quer. Fará tudo que for necessário dentro do espírito das leis ou
das regras.
Obediência genuína: enxerga os benefícios dos objetivos. Faz tudo que é esperado. Segue a lei
ao pé da letra. “bom soldado”.
Obediência formal: de maneira geral enxerga os benefícios dos objetivos. Faz o que é
esperado e nada mais. “soldado razoável”.
Obediência relutante: não enxerga os benefícios dos objetivos. Mas não quer perder o emprego.
Faz o que lhe compete porque é obrigado, mas não esconde sua falta de
interesse.
Desobediência: não enxerga os benefícios dos objetivos e não faz dele o que é esperado.
”Não faço, vocês não podem me obrigar”.
Apatia: nem contra nem a favor dos objetivos. Sem interesse. Sem energia. “Já
são cinco horas?”
Gestão de Projetos – (continuação)
3ª disciplina Objetivo comum (visão compartilhada) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 103
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Existe uma enorme diferença entre comprometimento e obediência:
- O comprometimento traz uma energia, paixão e empolgação que não podem ser
gerados se a pessoa for apenas obediente, mesmo que genuinamente obediente.
- O comprometimento não age de acordo com as regras do jogo, ele se sente responsável
pelo jogo. Se as regras do jogo forem um estorvo para se atingir o objetivo ele
encontrará um meio de mudá-las.
- Um grupo de pessoas realmente comprometido com um objetivo comum possui uma
força incrível, capaz de missões que parecem impossíveis.
Gestão de Projetos – (continuação)
3ª disciplina Objetivo comum (visão compartilhada) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 104
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo:
O Poder da União
“Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união.
Uma união de pedras é edifício, uma união de tábuas é navio, uma união de homens é
exército.
E sem essa união tudo perde o nome e mais o ser.
O edifício sem união é ruína, o navio sem união é naufrágio, o exército sem união é
despojo.
...
Para derrubar um reino e muitos reinos onde haja desunião não são necessárias baterias,
não são necessários canhões, não são necessários trabucos, não são necessárias balas nem
pólvora. Basta uma pedra: o lápis.
...”
Padre Antônio Vieira – 1608 / 1697
Sermão do Santíssimo Sacramento em Santa Engrácia, Lisboa, no ano de 1662
Prof. Gilberto Fialho 105
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
É comum que equipes compostas por pessoas com QI acima de 120 tenham um QI coletivo
abaixo de 100. Por quê? Porque, na verdade, são pessoas que não aprenderam a trabalhar
juntos. A característica principal das equipes pouco alinhadas é a perda de energia.0
Aprendizado em grupo é o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de
um grupo criar os resultados que seu membros realmente desejam.
Ele se desenvolve a partir da criação de um objetivo comum e também do domínio pessoal,
pois equipes talentosas são formadas por indivíduos talentosos.
Mas objetivo e talento são condições necessárias mas não suficientes. O mundo está cheio
de equipes formadas por pessoas talentosas que compartilham de um objetivo por algum
tempo e, no entanto, não conseguem aprender.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 106
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Dentro das organizações o aprendizado em grupo tem três dimensões principais:
Primeiro: é necessário analisar com discernimento as questões complexas
O grupo deve aprender a canalizar o potencial de muitas mentes de maneira que a
inteligência em conjunto seja maior que a individual (sinergia). Isso é fácil de falar
mas difícil de fazer.
Segundo: existe a necessidade de se tomar ações inovadoras, coordenadas.
Equipes esportivas e conjuntos musicais são um bom exemplo de como agir de
maneira espontânea, porém coordenada.
Dentro das organizações as equipes de sucesso desenvolvem o mesmo tipo de relação,
onde cada membro tem consciência de que faz parte de uma equipe e age de modo a
complementar às ações dos outros integrantes.
Terceiro: existe a influência dos membros de um grupo sobre outros grupos.
Por exemplo, a maioria das decisões tomadas por equipes de nível mais alto são
executadas por outras equipes. Dessa maneira, uma equipe ajuda outras equipes
difundindo as técnicas do aprendizado em grupo.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 107
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
A disciplina do aprendizado em grupo requer a prática do diálogo e da discussão
Existem dois tipos fundamentais de discurso: diálogo e discussão
A palavra “discussão” apresenta a mesma raiz que percussão e concussão, sugerindo algo
como um bate-bola. Neste tipo de técnica o assunto de interesse comum pode ser analisado
e dissecado sob os diferentes pontos de vista dos participantes.
Deve-se tomar cuidado para que não ocorra a fixação em vencer, que não é compatível com
a necessidade de se dar prioridade à lógica, à coerência e à verdade.
Para não cair nessa armadilha é preciso que haja “diálogo”, que é um modo diferente de
comunicação.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 108
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
No diálogo o grupo analisa questões complexas sob diferentes pontos de vista, comunicando
suas ideias livremente.
O resultado é uma análise livre que traz à tona a experiência e o modo de pensar das
pessoas, sem precisar se ater a nenhuma opinião individual.
No diálogo as pessoas aprendem a notar a natureza coletiva do raciocínio.
Grande parte do raciocínio é de origem coletiva, p.ex. a linguagem. Sem ela nosso raciocínio
seria diferente.
A maioria das ideias que trazemos como indivíduo foram adquiridas de um banco de ideias
culturalmente aceitáveis. Poucos aprendem a pensar por si mesmos.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 109
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Diferenças entre Diálogo e Discussão, em termos de resultados:
Numa discussão diferentes ideias são apresentadas e defendidas, o que pode resultar numa
boa análise da situação como um todo.
Quando um grupo precisa chegar a um acordo e tomar algumas decisões é necessário que
haja discussão – ideias alternativas são analisadas e a de maior aceitação é selecionada
(que pode ser uma das ideias iniciais ou uma outra que emergiu da própria discussão).
Quando produtiva a discussão converge para uma conclusão ou um curso de ação.
Por outro lado, o diálogo é divergente, ele não busca o acordo, mas sim um controle maior
sobre questões complexas.
No diálogo diferentes ideias são apresentadas como um meio para se chegar a uma nova
ideia.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 110
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Na discussão decisões são tomadas.
No diálogo questões complexas são analisadas.
O desconhecimento dessas situações pode tornar reuniões de trabalho longas e
improdutivas, contribuindo para desmotivar as equipes, causando desilusão com reuniões.
“pura perda de tempo!”.
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 111
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Através do diálogo as pessoas também aprendem a observar a diferença entre raciocínio,
que é um processo em andamento, e o pensamento, que é o resultado desse processo.
O reconhecimento dessa diferença é de fundamental importância para se corrigir uma
eventual incoerência do nosso raciocínio.
Existem três condições básicas necessárias para o diálogo:
- Todos os participantes devem se considerar colegas entre si
- Todos os participantes devem externar suas suposições, mantendo-as ativas ao longo do evento - Deve haver um facilitador que mantenha o contexto do diálogo
Gestão de Projetos – (continuação)
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 112
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
4ª disciplina Aprendizagem em grupo – (continuação)
Comportamentais “eu sou”
― Equilíbrio emocional
― Comprometimento - accountability
― Flexibilidade
― Relacionamento inter-pessoal
― Ética pessoal e corporativa
― Empreendedorismo (iniciativa)
Recursos Humanos – Competências – (continuação):
Técnicas “eu sei”
― Competências necessárias ao exercício da profissão – conjunto de conhecimentos
Habilidades “eu sei como fazer”
Atitudes “eu quero fazer”
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 113
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5ª disciplina Visão sistêmica:
Situação existente: banheira cheia de água
Situação desejada: banheira vazia
Dados do problema:
Qual a metodologia óbvia para se alcançar o objetivo desejado?
Conclusão: há sempre um método simples, fácil, rápido e errado de se resolver um problema !!!
Visão não sistêmica
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 114
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Resposta
???
???
Gestão de Projetos – (continuação)
5ª disciplina Visão sistêmica – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 115
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
“Para todo problema complexo há sempre uma resposta simples, fácil e errada” (Henry Louis
Mencken – 1880 /1956) visão não sistêmica
Segundo alguns o pensamento sistêmico ensina que as soluções óbvias não funcionam, na
melhor das hipóteses melhoram os problemas a curto prazo, somente para piorá-los a longo
prazo.
Fazer o óbvio não produz o resultado óbvio e desejado.
Por outro lado, o pensamento sistêmico mostra que pequenas atitudes bem focadas podem
produzir melhorias significativas e duradouras, desde que atuem no lugar certo
princípio da alavancagem
Gestão de Projetos – (continuação)
5ª disciplina Visão sistêmica – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 116
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Problema: as soluções de alta alavancagem não são óbvias para a maioria dos envolvidos
no sistema.
Nem sempre estão próximas no tempo e no espaço dos sintomas óbvios do problema.
Exemplo de alavancagem: prensa hidráulica; aleta auxiliar do leme dos navios; bow thruster
dos navios
Fonte: Tudo é Obvio – desde que você saiba a resposta – Duncan J. Watts – Ed. Paz e Terra - 2011
Gestão de Projetos – (continuação)
5ª disciplina Visão sistêmica – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 117
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
O pensamento sistêmico é uma disciplina para ver o todo:
ver inter-relacionamentos, em vez de cadeias lineares de causa-efeito
ver os processos de mudança, em vez de simples fotos instantâneas
Somos prisioneiros de estruturas que desconhecemos → p.ex. rip currents na praia
Limites ao crescimento → p.ex. aeroportos, metrô no Rio
A visão sistêmica significa perceber a teia de relações que compreendem as engrenagens de
um sistema, com toda a complexidade de fenômenos interligados que interagem e se
comunicam o tempo todo
A visão não sistêmica prioriza uma abordagem reducionista e fragmentada do sistema,
perdendo de vista a percepção do conjunto
Gestão de Projetos – (continuação)
5ª disciplina Visão sistêmica – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 118
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Entretanto, com essa abordagem, frequentemente deixamos de ver as consequências
de nossos atos e perdemos, também o sentido de conexão com o todo
Na verdade o mundo pode ser entendido como um sistema de forças entrelaçadas e
relacionadas entre si.
De acordo com a visão do conjunto, daremos condições de formar organizações de
aprendizagem, nas quais as pessoas procurarão os objetivos mais altos, aprenderão a
criar os resultados desejados e a usar novos e elevados padrões de raciocínio
Pode-se dizer que as pessoas aprenderão continuamente a aprender em grupo
Gestão de Projetos – (continuação)
5ª disciplina Visão sistêmica – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 119
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As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) :
1 - Os problemas de hoje vêm das soluções de ontem
Soluções que transferem os problemas de uma parte do sistema para outra
frequentemente não são detectadas pois os que "resolveram" o primeiro problema
geralmente não são os mesmos que herdaram o novo.
Ex.: a prática de metas a serem atingidas para resultar em prêmios por produção. A
operação para atingir sua meta sacrifica a manutenção
Gestão de Projetos – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 120
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2 - Quanto mais você empurra, mais o sistema empurra de volta
É a teoria do reforço.
Ex.: a realização de obras de infra-estrutura em comunidades carentes melhora a
qualidade de vida dos seus moradores. As melhorias atraem mais pessoas para
essas comunidades que, por sua vez, conduzem à necessidade de mais
investimentos para a tender à nova demanda ...
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 121
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
3 - O comportamento melhora antes de piorar
Deve-se procurar soluções de alta alavancagem: uma pequena intervenção pontual pode
resultar em melhorias significativas no conjunto.
Ex.: a realização de uma obra qualquer, p.ex. uma nova saída da cidade universitária,
pode resultar em melhoria a curto prazo mas, a médio e longo prazo, poderá criar
um outro problema, que é a transferência de congestionamento da Linha Vermelha
para vias internas do campus.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 122
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
4 - A saída mais fácil normalmente nos leva de volta para dentro
Normalmente usamos soluções conhecidas para resolver problemas, optando por aquilo
que achamos mais fácil ... Mas às vezes a solução mais eficaz pode ser a mais trabalhosa,
que demanda maior tempo de execução.
Ex.: para sair de uma rip current a maneira mais eficaz é nadar paralelo à praia e não
em direção à praia.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 123
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5 - A cura pode ser pior do que a doença
A longo prazo, a consequência mais perigosa da utilização de soluções não-sistêmicas é a
crescente necessidade de doses cada vez maiores da solução.
Ex.: ao observar, pela manhã, a Linha Amarela congestionada no sentido centro na altura
de Bonsucesso, o observador pode concluir pela necessidade de alargamento das
pistas para redução do problema. Porém, se isso fosse feito, apenas aumentaria o
congestionamento local pois tal solução atuaria apenas nas consequências e não nas
causas. Isso conduziria à necessidade de mais alargamento das pistas ...
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 124
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6 - Mais rápido significa mais devagar
Todos os sistemas naturais, dos ecossistemas aos animais e às organizações, possuem seu
próprio ritmo ideal de crescimento. O ritmo é muito mais lento do que o crescimento mais
rápido possível.
“Devagar que estou com pressa”
“O barato sai caro”
Ex.: existe uma velocidade saudável de crescimento de uma organização, que dará aos
gestores o tempo necessário de proceder às adaptações organizacionais para dar
suporte a esse crescimento.
Acelerar o crescimento poderá fazer com que a estrutura organizacional não suporte
esse crescimento.
“Saiu pior a emenda que o soneto”
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
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EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
7 - Causa e efeito não estão próximos no tempo e espaço
A visão sistêmica utilizada adequadamente permite compreender as relações causa / efeito
de nossas ações facilitando, dessa maneira, o emprego de soluções mais eficazes.
Ex.: uma obra de engenharia em um dado local pode exercer, alguns anos após sua
implantação, influência deletéria em outro local distante vários quilômetros.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 126
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
8 - Pequenas mudanças podem produzir grandes resultados mas, frequentemente,
as áreas de maior alavancagem são as menos óbvias.
Em geral, a solução de um problema complexo é uma questão de descobrir onde está a
maior alavancagem, ou seja, uma mudança que, com o mínimo de esforço, resultaria em
melhoria duradoura e significativa.
Ex.: ao observar, pela manhã, a Linha Amarela congestionada no sentido centro na altura
de Bonsucesso, o observador pode concluir pela necessidade de alargamento das
pistas para redução do problema. Porém, se isso fosse feito, apenas aumentaria o
congestionamento local pois tal solução atuaria apenas nas consequências e não nas
causas. Talvez uma intervenção pontual na parada de ônibus na Fiocruz aliviasse o
grau de congestionamento a montante.
Mas, por outro lado, deve-se ter atenção aos prazos: muitas das vezes pior que uma
resposta errada é uma resposta fora do prazo.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 127
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
9 - Qualquer pessoa pode assobiar e chupar cana, mas não ao mesmo tempo
Às vezes, os problemas aparentemente mais complexos, quando analisados do ponto de
vista sistêmico, não são tão complexos. São resultado do raciocínio “instantâneo”, e não do
pensamento baseado em “processo” e podem ser vistos de forma diferente quando você
analisa conscientemente as mudanças ao longo do tempo.
Ex.: para adquirir a percepção das causa de um determinado problema, um dos métodos
a que recorremos é proceder à análise histórica para que tenhamos a compreensão
dos processos em jogo.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 128
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
10 - Dividir um elefante ao meio não produz dois pequenos elefantes
Os sistemas vivos têm integridade. Seu caráter depende do todo. O mesmo ocorre com as
organizações, para compreender as questões gerenciais mais complexas é preciso ver o
sistema inteiro responsável pelo problema.
Às vezes só vemos uma parte do problema e, na busca da solução, não o integramos com
os demais problemas à nossa volta. Isso acontece porque as organizações, de um modo
geral, não praticam as interações entre os diversos setores que a compõem.
≠ +
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 129
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11 - Não existem culpados
O pensamento sistêmico mostra que não existe "lá fora", que você e a causa de seus
problemas fazem parte de um único sistema.
A tendência das pessoas é transferir para terceiros a culpa pelos nossos problemas.
A solução está no relacionamento com “os outros”.
Gestão de Projetos – (continuação)
As leis da quinta disciplina (Visão Sistêmica) – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 130
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Gestão da Qualidade Total
Para a solução de problemas complexos uma das técnicas utilizadas
compreende a divisão do todo em partes, em tarefas mais simples,
que possibilitem o alcance da solução desejada
Essa técnica será de grande valia na resolução de problemas, como
será visto na disciplina, nesta unidade Qualidade Total
Prof. Gilberto Fialho 131
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
1
10
19 2837 46
20 382
29
4711
30 21
12 39
404 3149 22
41
325
23
14 50
51
42624
15
33
34
743
5216
53 44
17
35
26
836
2754
45189
3
13
48
25
Prof. Gilberto Fialho 132
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
1
10
19 2837 46
20 382
29
4711
30 21
12 39
404 3149 22
41
325
23
14 50
51
42624
15
33
34
743
5216
53 44
17
35
26
836
2754
45189
3
13
48
25
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 133
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MÉTODOS E FERRAMENTAS
PARA PLANEJAMENTO, CONTROLE E MELHORIA DA QUALIDADE
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 134
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Método: o que é? Em que consiste? O que significa?
Método: Palavra de origem grega
Método = Meta + Hodos (Caminho)
Situação atual
Meta
É o caminho que leva para atingir uma meta
Mét
od
o
MELHOR
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
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EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Observação Causas Efeitos
Qualquer ação normalmente envolve:
Para isso se usa a Metodologia
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 136
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Metodologia científica
Compreende:
definição do problema – pode ser caracterizada por observações (a olho nu ou com instrumentos apropriados),
quantificações, medidas
obtenção de dados – existentes ou a serem obtidos
proposição de hipóteses – explicações de natureza provisória, carecendo de validação, das observações e medidas
realização de experimentos controlados para validação da hipótese – esses experimentos precisam ter validade
atemporal (passado, presente e futuro), através da calibração (confirmação do passado e presente) e validação
(estimação do futuro) – os experimentos precisam ter a capacidade de serem replicáveis (reproduzidos), para isso
devem ser devidamente documentados
análise dos resultados – explicações dos fenômenos, identificação de causas, antevisão de efeitos
conclusões (interpretação dos resultados dos experimentos) – correlação de causas e efeitos , formulação de novas
hipóteses a serem testadas em trabalhos futuros
divulgação dos resultados (projetos fim de curso, monografias, dissertações, teses) – divulgação livre
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 137
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Método científico não deve ser comprovado através de oratória
Convencimento do interlocutor através da Oratória Retórica
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 138
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Mecanismos fundamentais para se atingir as metas
Liderança (pessoas)
Método e Ferramentas (sistemas de gestão)
Conhecimento do Processo (tecnologia do processo)
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 139
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Recursos Humanos - Competências
Técnicas → “saber”
Capacitação central
Capacitação lateral
Graduação → formação básica
Pós-Graduação Lato Sensu
Stricto Sensu
Informática
Idiomas
Conhecimentos Gerenciais
Etc.
Comportamentais → “ser”
Gerenciais → “fazer acontecer”
Form
ação
aprim
ora
da
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 140
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Gerenciais → “eu faço acontecer” (c/ base no “sei” + “sou”)
― Técnicas de Gerenciamento de Projeto
― Planejamento Estratégico
― Processos de tomada de decisão
― Trabalho em equipe
― Gestão de pessoas e conflitos – gerenciamento de conflitos
― Liderança
― Visão sistêmica
― Modelos mentais adequados
― Culturas e valores organizacionais
― Processos comerciais – lógica comercial
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 141
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Faculdade
Graduação (formatura)
Capacitação Técnica Básica
Capacitação Comportamental
Capacitação Gerencial
variável variável
Chefias, coordenações, gerências, etc.
t
Faculdade
Capacitação Técnica Aprimorada
Capacitação Comportamental
Capacitação Gerencial
variável variável
Pós-Graduação
t
Empresas (Universidades Corporativas)
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 142
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Capacitação Técnica (Básica ou Aprimorada)
Pode-se afirmar que:
Capacitação Comportamental
Capacitação Gerencial
Compreendem a caixa de ferramentas
de um indivíduo
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 143
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Conteúdo da caixa de ferramentas:
Competências:
Conhecimentos técnicos
Conceitos
Modelos
Habilidades específicas
Atitudes proativas
Experiência
Comprometimento
Etc.
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 144
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Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Aprendizagem Pessoal
Influencia o processo de tomada de decisões
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 145
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Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Aprendizagem Pessoal
Influencia o processo de tomada de decisões
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
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Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Aprendizagem Pessoal
Influencia o conteúdo da caixa de ferramentas
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 147
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Aprendizagem Pessoal
Influencia o conteúdo da caixa de ferramentas
Qualquer pessoa pode ser bem sucedida ocupando um cargo ou resolvendo um
problema tomada de decisão
Esse tempo envolve rapidez e qualidade características ligadas à caixa
de ferramentas pessoal
Esse processo muitas vezes exige dos gestores um tempo de resposta mínimo
para tomada de decisão importância de uma caixa de ferramentas bem
aparelhada
A questão é o tempo necessário para isso ocorrer corretamente
tempo de resposta
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 148
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Aprendizagem Pessoal – (continuação)
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Tomada de decisão
Com rapidez e qualidade
Depende de intuição
Intuição aprimorada
Intuição elementar
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 149
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
A capacidade e velocidade de resposta de uma pessoa frente aos problemas e
situações com que se depara dependem de um processo mental de natureza
intuitiva com poucas informações se possa decidir e agir com grandes
probabilidades de sucesso intuição aprimorada
Intuição aprimorada é o processo mental rápido e complexo que
permite a pessoas bem preparadas e com sólida experiência apresentarem
soluções e decisões de qualidade, com rapidez.
O processamento mental e a sequência lógica de uma decisão são muitas vezes
difíceis de ser descritos ou explicitados.
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Aprendizagem Pessoal – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 150
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
O processo de aprendizagem começa com a adoção de premissas que precisarão
estar disponíveis e serem validadas por intermédio de tentativas e erro, cujos
resultados vão construindo um quadro de referências mais completo e sofisticado
(menos primitivo) da realidade.
A qualidade dos resultados obtidos induz, ou não, à sua incorporação definitiva.
A aplicação continuada dessas premissas, conhecimentos, habilidades, conduz ao
seu gradual aprimoramento, por aproximações sucessivas experiência
Gestão da Qualidade Total – (continuação)
Recursos Humanos – Competências – (continuação)
Aprendizagem Pessoal – (continuação)
Prof. Gilberto Fialho 151
EEH 592 – Gestão de Projetos – 2013 / 1
Pessoas despreparadas e que contam com uma caixa de ferramentas incipiente e
precária com poucas informações se possa decidir e agir com grandes
probabilidades de fracasso intuição elementar
Intuição elementar é o processo mental rápido e complexo que
permite a pessoas decidirem com base no sonho, nos desejos, nos
preconceitos.
A combinação das intuições aprimoradas e elementar podem representar
conexões impressionantes que podem conduzir a resultados inovadores,
criativos.
“Não sabendo que era impossível foi lá e fez.”
Jean Cocteau (artista francês)
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Estilos na tomada de decisão:
Conceitual Analítico
Comportamental Diretivo
Aprimorada Elementar
Po
ucas
Mu
itas
Intuição
Variáveis
Analítico: criterioso
Diretivo: rápido e lógico
Conceitual: soluções criativas
Comportamental: necessita validação
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Muitas vezes as pessoas tomam decisões intuitivamente:
Quando tomamos uma decisão no presente, podemos usar experiências do
passado e/ou nossas perspectivas quanto ao que vai acontecer no futuro.
Mas a questão é que, muitas vezes, eventos ocorridos no passado influenciam
negativamente a tomada de decisão do presente, prejudicando o processo de
escolha e causando reflexos ruins no futuro.
Os custos irrecuperáveis se inserem nesse contexto, em que as pessoas
deveriam tomar suas decisões sem levar em consideração custos que não têm
mais volta
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Exemplo 1:
Imagine que você está com um ingresso, comprado antecipadamente, para um baile no domingo de carnaval.
Ao começar o baile você percebe que as músicas naquela noite serão apenas de funk.
Com base nessas informações qual seria sua escolha entre as possibilidades a seguir:
você desiste do baile e vai embora, perdendo o dinheiro do ingresso;
você permanece no baile para não desperdiçar o dinheiro gasto na compra do ingresso.
Se você optou pela primeira alternativa terá apenas o arrependimento de ter comprado o ingresso.
Se você optou pela segunda alternativa terá o arrependimento de ter comprado o ingresso e o dissabor de participar de um baile que te desagrada.
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Exemplo 2:
João possui dívidas no cartão de crédito que não param de crescer. Também é
proprietário de uma motocicleta, adquirida por um financiamento que está na
metade das parcelas. Se vender o veículo hoje, ficará livre do financiamento e o
dinheiro que era destinado às parcelas será usado para quitar a dívida do cartão.
Porém, João pensa: “Já que comecei a pagar a moto, agora seria uma pena
vendê-la e perder o dinheiro investido”.
Conclusão: ao considerar o custo irrecuperável das parcelas já pagas, talvez
João perca a moto e também não consiga pagar a dívida do cartão.
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Exemplo 3:
O filho de João, que está no quinto semestre de uma faculdade particular de engenharia civil, diz ao pai que já tem consciência de que esse não é o curso adequado para seu perfil.
Hoje, mais maduro, o filho argumenta que gostaria de seguir outra carreira.
Eis que João retruca: “Já paguei metade do curso, agora terá que terminar. Depois você começa outro curso”. Veja que João tomou sua decisão com base em um custo que não tem mais como recuperar.
Conclusão: ao invés de apenas perder os cinco semestres de mensalidades já
pagas, João também perderá as futuras mensalidades e o precioso tempo do
filho, que depois de dois anos e meio já poderia estar na metade de outra
faculdade.
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Avalie melhor suas decisões
Os exemplos relatados fazem parte de uma cultura comum dos indivíduos.
Tomar decisões com base em custos irrecuperáveis é extremamente comum,
fazendo com que muitas pessoas não consigam sair de uma situação financeira
ruim.
A maioria das pessoas não aceita perdas, tomando decisões hoje que apenas
aumentarão o desconforto financeiro no futuro.
Lembre-se: não tente consertar um erro com outro.
Isso acontece com inúmeras obras de engenharia.
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