EF Qu tuinta-Feira, 16 Dre OutubrOiDe 2014 s F1 mo · EF tQuuinta-Feira, 16 Dre OutubrOiDe 2014 sF1...

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EF t urismo QUINTA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO DE 2014 F1 STEFANIE SILVEIRA DE SãO PAuLO “Vou sofrer, mas não vou tirá-lo do Brasil por nada.” A frase é da bióloga Elaine Françoso, dona do gato Louis, que desapareceu, em setembro, no aeroporto de Guarulhos (SP), ao chegar de um voo de Dallas (EUA). Em breve, ela deve viajar à Austrália por seis meses, mas não pretende levar nenhum dos seus animais de estima- ção —além de Louis, encon- trado onde ficam os jatos par- ticulares no aeroporto após oito dias, ela tem a gata Kate. Não se sabe o quanto ocor- rências como a de Louis re- presentam no total de ani- mais transportados em aviões. Nem a Infraero (Em- presa Brasileira de Infraes- trutura Aeroportuária), nem a Abear (Associação Brasilei- ra de das Empresas Aéreas) têm estatísticas sobre o tema. Mesmo assim, muitos tu- ristas que precisam viajar com seus pets enfrentam, além de taxas e trâmites bu- rocráticos, o medo de levá-los em viagens desse tipo, em função de casos como fuga e morte no porão da aeronave. Com exceção do cão-guia, que pode viajar com o passa- geiro gratuitamente, cada em- presa define suas regras para o transporte de animais. Não há uma regulamentação pa- dronizada pela Anac (Agên- cia Nacional de Aviação Civil). Em voos domésticos, exce- to pela Gol, é permitido levar cães e gatos pequenos, na cabine. Em rotas internacio- nais, e no caso de animais maiores, é preciso ir no po- rão, como ocorreu com Louis. Nas viagens nacionais, pa- ra levar o bicho, as compa- nhias cobram por trecho uma taxa que se aproxima do va- lor de uma passagem comum. As exigências comuns a to- dos são determinadas pelo Ministério da Agricultura. São obrigatórios atestado de saúde emitido por um veteri- nário (que tem validade limi- tada de acordo com a compa- nhia, entre três e 30 dias) e vacina antirrábica em dia. O ministério também emi- te o passaporte para trânsito de cães e gatos e o certificado veterinário internacional, pa- ra viagens para o exterior. No Brasil, o passaporte pode substituir o atestado de saú- de, mas deve ser atualizado. Para obtê-lo, o bicho deve ter um microchip subcutâneo. » LEIA MAIS nas págs. F4 a F6 animal viagem Pets pagam preço de passagem de adultos em viagens aéreas e precisam passar pelo veterinário antes de serem transportados; opção de ir na cabine é restrita pelo peso GUIA DOS GUIAS Avaliamos 30 livros de viagem; confira os dez melhores Pág. F8 h NAS PARADAS Conheça Nova Déli, na Índia, pelo renovado sistema de metrô Pág. F11 h Gustavo Epifanio/Folhapress Lucy, 5, dentro da caixa de transporte flexível usada em viagens de avião

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EF

turismoQuinta-Feira, 16 De OutubrO De 2014 F1

STEFANIE SILVEIRAde são paulo

“Vou sofrer, mas não voutirá-lo do Brasil por nada.”A frase é da bióloga ElaineFrançoso, dona do gatoLouis, que desapareceu, emsetembro, no aeroporto deGuarulhos (SP), ao chegardeum voo de Dallas (EUA).Embreve, eladeveviajar à

Austráliaporseismeses,mas

não pretende levar nenhumdos seus animais de estima-ção —além de Louis, encon-tradoonde ficamos jatospar-ticulares no aeroporto apósoitodias, ela temagataKate.Nãose sabeoquantoocor-

rências como a de Louis re-presentam no total de ani-mais transportados emaviões. Nem a Infraero (Em-presa Brasileira de Infraes-trutura Aeroportuária), nem

aAbear (AssociaçãoBrasilei-ra de das Empresas Aéreas)têmestatísticas sobreo tema.Mesmo assim, muitos tu-

ristas que precisam viajarcom seus pets enfrentam,além de taxas e trâmites bu-rocráticos,omedodelevá-losem viagens desse tipo, emfunção de casos como fuga emorte noporãoda aeronave.Com exceção do cão-guia,

que pode viajar com o passa-

geirogratuitamente,cadaem-presadefine suas regrasparao transporte de animais. Nãohá uma regulamentação pa-dronizada pela Anac (Agên-ciaNacionaldeAviaçãoCivil).Emvoosdomésticos, exce-

topelaGol, é permitido levarcães e gatos pequenos, nacabine. Em rotas internacio-nais, e no caso de animaismaiores, é preciso ir no po-rão,comoocorreucomLouis.

Nasviagensnacionais,pa-ra levar o bicho, as compa-nhiascobrampor trechoumataxa que se aproxima do va-lordeumapassagemcomum.Asexigênciascomunsa to-

dos são determinadas peloMinistério da Agricultura.São obrigatórios atestado desaúdeemitidoporumveteri-nário (que temvalidade limi-tadadeacordocomacompa-nhia, entre três e 30 dias) e

vacina antirrábica em dia.O ministério também emi-

te o passaporte para trânsitode cães e gatos e o certificadoveterinário internacional,pa-ra viagensparaoexterior.NoBrasil, o passaporte podesubstituir o atestado de saú-de, mas deve ser atualizado.Para obtê-lo, o bicho deve terummicrochip subcutâneo.

» LEIA MAIS nas págs. F4 a F6

animalviagemPets pagampreço depassagemdeadultos emviagens aéreas e precisampassar peloveterinário antes de serem transportados; opção de ir na cabine é restrita pelo peso

GUIA DOS GUIASavaliamos 30livros de viagem;confira os dezmelhoresPág. F8 h

NAS PARADASConheça novaDéli, na Índia,pelo renovadosistema de metrôPág. F11 h

Gustavo

epifanio/Folhapress

Lucy,5, dentro

da caixa detransporte

flexível usadaem viagens

de avião

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abF4 turismo H H H Quinta-Feira, 16 De OutubrO De 2014

DE SÃO PAULO

Nasexta-feira(10),Lucyfezsua estreia na ponte aéreaSãoPaulo-RiodeJaneiro.Car-regar um cão no aeroporto e

levá-lonacabinedeumaviãocausa certo estranhamentonos outros passageiros.Há quem desconheça a

possibilidade e olhe para is-socomdesconfiança.Hátam-

in the skyLUCY

Repórter faz bate-volta naponte aérea entre São Paulo e Rio comsua cadela vira-lata, que passa quase despercebida no avião

Até esse bate-volta, tínha-mosvoadosópelaTAM.Des-ta vez, fomos pela Avianca.Na ida e na volta, os fun-

cionáriosetiquetaramminhamala como “prioridade”, oque reduziu a espera no de-sembarqueeo tempopara li-bertaçãodaLucydacaixinha.Até então, o serviçonunca ti-nhasidooferecidoparamim.AAvianca cobra uma taxa

fixadeR$ 100para levar ani-mais na cabine, em voos do-mésticos.Boa, se comparadaà da TAM, de R$ 200 —tam-bémparavoosdentrodopaís.Aspoltronas tinhamespa-

çoparaquea caixa coubesseembaixo do assento da fren-te, o que deu amínima “dig-nidade” àsminhas pernas.Adotei a Lucy (vira-lata

“pura”)em2009quandoain-damorava em Porto Alegre.Desde que completou to-

das as vacinas obrigatórias,elaviajacomigo.Até2013,elasópasseavadecarroedeôni-bus.Masnoanopassadovimmorar emSãoPaulo e, desdeentão, ela vai no avião comi-

go,principalmenteparavisi-tar os “avós” no Sul.Para voarmos, busquei

quais companhias faziam otransportenacabineeospro-cedimentos necessários. Naprimeiravez, sedei-acomummedicamento indicado peloveterinárioeaexperiência foiruim— ela ficou nervosa eagressiva.Desdeentão, Lucyviaja calma e sem sedação.Em abril, ela começou a

frequentar aulas de adestra-

mento e socialização.Seeupudessedarumcon-

selhoaquemquerviajar compet é que procure um profis-sional que possa treiná-lo aficar mais tranquilo.Passar horas preso em

umagaiolapequenaeemam-biente estranho nunca se-rá confortável. Treinar o ani-mal para que ele sofra me-nos é umgrande presente aoseu “melhor amigo”.(STEFANIE SILVEIRA)

A gaiola com Lucy dentro, parecida com uma bagagem

Stefanie Silveira/Folhapress

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oesp

bém quem encare a novida-de com alegria. “Que bom,né?Assimelapasseiacomvo-cê!”, comentouumasenhoranoaeroportoSantosDumont,na capital fluminense.Háaindaa indiferença.Na

sexta, poucos perceberamqueeu levavaLucy,de5,2 kg,numa gaiolinha roxa, feitasobmedida.Noavião, o ken-nel (caixa de transporte) eraapenas mais uma bagagemno meu pé aos olhos de ou-tros passageiros, já que, deacordocomasregrasdacom-panhia,elanãopodiasairda-li em nenhummomento.Talvez pouca gente tenha

notado que eu viajava comumcachorroporqueLucy foibem tranquila. Quando che-gamos ao Rio, peguei minhamala e saí o quanto antes doaeroporto para tirá-la da cai-xa. Ela ficou feliz ao sair.Presa na coleira, Lucy to-

mouáguae comeubiscoitos.Mas,umahoraemeiadepois,tínhamos de voltar a SãoPaulo. Com dó, coloquei -ade volta no kennel.

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PARA MENORESAs dimensões da caixa(48 x 32 x 31 cm) comportambichos de até 8 kgQUANTO R$ 75,99ONdE Pet Love (petlove.com.br)

COM OU SEM PORTASCaixa, de 48 x 32 x 26 cm,leva animais de até 8 kg etem portas removíveisQUANTO R$ 119ONdE Pet Center Marginal(petcentermarginal.com.br)

PARA LEVINHOSCaixa de transportecomporta de 2 kg a 8 kgQUANTO R$ 232ONdEMeu Amigo Pet(meuamigopet.com.br)

dE OLHO NO BICHOColeira de poliuretano temreceptor GPS e atualizaa posição do pet a cada 5, 10,30 ou 120 segundosQUANTO R$ 1.386,39 (à vista)ONdE Bora Bora Áudio e Vídeo(boraboraaudioevideo.com.br)

TECNOLÓGICOLocalizador preso na coleira avisaa posição do animal de estimaçãodiretamente no celular do donoQUANTO € 299 (R$ 903)ONdE Inosat (inosat.pt/particulares/pet-locator.aspx)

CUIDADOSComo tornar a viagem do animal mais tranquila

Fontes: Alexandre Rossi, zootecnista emestre em psicologia, especialista emcomportamento animal e autor do livro “Adestramento Inteligente”; Carla Berl,veterinária e diretora da rede PetCare

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ANTES dURANTE

√ Não dê comidapara o animal quatro

horas antes da viagem

√ Visite o veterinárioe confira sempre as

condições de saúde do seu pet

√ O uso de sedativosou remédios contra

enjoo precisa ser feito sempresob orientação deum veterinário e testadoantes da viagem paraacompanhar a reação doanimal, pois pode causar umefeito inverso ao desejado

√ É possívelinstalar GPS

na coleira do animalpara acompanhar suatrajetória no caso deviagens no porão de aviões

√ Escolha umacaixa de transporte

adequada e de boa qualidadepara garantir que ele nãose abra durante o trajeto

√ Acostume o petcom a caixa de

transporte, permitindo,ainda em casa, que eledurma dentro dela em vez dolocal de descanso habitual

√ Tente ficar omais tranquilo

possível antes da viagempara não transmitir maisansiedade ao animal

√ O pet deve viajar nacaixa de transporte —

principalmente gatos— e estadeve ser devidamente presadentro do carro, evitandosolavancos

√ No caso de cães em carros,se preferir não usar o kennel,use um peitoral e um cinto desegurança próprio, cuidandopara o cão ficar preso semprepor dois pontos de apoio nobanco de trás

√ Nunca deixe o animal sozinhoe preso dentro do carro; altastemperaturas podemmatá-loem cerca de dez minutos; comcães de focinho curto, é melhormanter o ambiente maisfrio, por volta de 24°C

√ No caso do ônibus,tenha cuidado, pois

o compartimento demalaspode não ser climatizadoadequadamente

√ Preste atenção noanimal e na sua agitação

√ No voo, quando fizer o check-in, tente permanecer com oanimal até o tempo limite do seutransporte para a aeronave

√ Evite viajar de avião em diase horários demuito calor paraque no desembarque o animalnão fique exposto a altastemperaturas ou no sol pormuito tempo

√ Ao desembarcar, avise atripulação que você estáaguardando um animal epeça para ter prioridade

√ Quando receber oanimal, não aja commuita excitação paraque ele não se desespere

Quinta-Feira, 16 De OutubrO De 2014 H H H turismo F5

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COMPANHIA CABINE OU PORÃO? QUANTOMEDIDAS DA CAIXA

√ Só na cabine; o peso do pet mais o da caixa detransporte não pode ultrapassar 5 kg

R$ 140 por trechoAté 43 cm comprimento, 31,5cm de largura e 20 cm de altura

√ Pet só pode viajar na cabine; seu pesosomado ao da caixa não pode ultrapassar 10 kg

R$ 150 por trechoAté 36 cm de comprimento, 40cm de largura e 24 cm de altura

√ Não transporta animal sedado ou prenhe√ Na cabine, desde que seu peso com a da caixanão ultrapasse 7 kg; até 45 kg, vai no porão; acimadisso e animais de focinho curto, como os cães daraça pug, devem ir pela TAMCargo (leia abaixo)

R$ 200 para transporte nacabine; para o porão, taxa deR$ 90mais o total do peso doanimal com a caixa multiplicadopelo correspondente a 0,5% datarifa cheia do trecho

Caixa rígida: 36 cm decomprimento, 33 cm de largurae 19 cm de altura; caixa flexível,36 cm de comprimento, 33 cmde largura e 23 cm de altura

√ Só viaja no porão; máximo de 30 kg; acimadisso, deve viajar pelo serviço da Gollog√Não transporta pets de focinho curto (leia abaixo)

Até 135 cm de comprimento,122 cm de largura e86 cm de altura

R$ 90mais o peso do animalcom o kennel multiplicado pelovalor correspondente a 1% datarifa cheia do trecho

DE SÃO PAULO

Numa viagem de São Pau-lo a Porto Alegre, a cadelaCindel, da raça shih tzu, foipostanoporão,dentrodeumkennel (caixade transporte).Durante o voo, a gaiola

abriu e Cindel ficou passean-donaárea, que temamesmaclimatizaçãodacabine.Osdo-nos, Juliano e Roberta Reck-ziegel, sósouberamda“esca-pulida” no desembarque.“A gente têm muito medo

de levar no porão. Na únicavez em que ela viajou lá, sesoltou”,dizRoberta. “Somosobrigados a entregá-la já nocheck-in, como uma baga-gem. É muito tempo queficamos afastados.”Para o casal, o preço tam-

bém é um problema.“Em um trecho entre São

PauloePortoAlegre,apassa-gem dela, que tem 7 kg, cus-ta, emmédia,R$150”,dizRo-berta. “É o preço de uma pol-tronaparaumadultoeelatem

que ir nos nossos pés.”De avião, carro ou ônibus,

é preciso ter cuidados paraminimizar problemas. Umdos fatoresa ser consideradoéo temperamentodoanimal.A gestora de conteúdoFla-

via Alves foi de carro de Pal-mas (TO)aUberlândia (MG)eprecisou dar um sedativo, in-dicado pelo veterinário, parasua gata devido aomedo queo animal sente de ambientesestranhos. “No caminho, elanãocomeuenãobebeuágua.”Ousoderemédiosdeveser

cauteloso. “O tranquilizantepodefuncionarnosentido in-verso e deixar o bicho maisnervoso por não saber o queestá acontecendo”, afirma aveterináriaCarlaBerl, direto-ra da rede PetCare.Segundoela, é importante

também tomar cuidado coma temperatura do local ondeobichovai ficar,poiseles têmbaixa resistência ao calor.Uma dica de Alexandre

Rossi, zootecnista e especia-lista emcomportamentoani-mal, conhecidocomoDr.Pet,é treinarosanimaismaisagi-tados. “O adestramento pré-viopodeensinar essebichoaficar calmoenquantoestánacaixinha”, diz Rossi.(STEFANIE SILVEIRA)

Já o tranquilizante, emalguns casos, segundoveterinária, deixa o petnervoso por não sabero que está acontecendo

Adestramento prévio ensina bichoa semanter calmo dentro da gaiola

Treino ajudaanimaisagitados aviajar bem

Arquivo

Pessoal

Cachorra Cindel se soltou da caixa de transporte no porão durante uma viagem aérea de São Paulo para Porto Alegre

E VOOS INTERNACIONAIS? Conheça as leis gerais

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√ Só na cabine, desde que peso do animalmais o da caixa de transporte nãoultrapasse 8 kg

Até 40 cm comprimento,26 cm de largura e25 cm de altura

R$ 100 por trecho

Leia sobre as regras nas principais companhias aéreasinternacionais em folha.com/turismo

√ Certificadodevacinaçãoantirrábica comnomedolaboratórioenúmerodapartidausada (avacinadeve tersidoaplicadapelomenos30diasantesdoembarque)

√ Carteira devacinação doanimal

√ Atestadosanitário deboas condições de saúdeemitido por um veterinário

√ Reservaantecipada com acompanhia para a viagem do animalem função do limite de pets por avião

√Oestadode saúdeeohistóricosanitário doanimal devemserdeclarados emdocumento emitidopelasautoridades veterináriasdoBrasil e aceito pelopaísdedestino.NoBrasil, essesdocumentos sãooPassaportepara Trânsito deCães eGatos eoCVI (CertificadoVeterinárioInternacional); ambos sãoemitidosnasunidadesdoVigiagro (SistemadeVigilânciaAgropecuária Internacional)

√Opassaporte e oCVI têmomesmoobjetivo; a principaldiferença é que oprimeiro podeser usado em várias viagens,sendo validado a cada vez porfiscais federais agropecuários; oCVI deve ser emitido a cada saída

√ É preciso ficar atento àsexigências específicas dascompanhias e dos países dedestino para permitir o ingressode animais; consulte sempreempresas aéreas e embaixadas

√ Para saber a documentaçãonecessária para emissão dopassaporte e CVI acessewww.agricultura.gov.br

√ Para tirar o passaporte, opet precisa sermicrochipado(veterinários fazem o implante)

√ O passaporte é aceito nospaíses com os quais o Brasilpossui acordo de equivalência;para saber quais são, informe-senas unidades do Vigiagro

TURISTA DOMÉSTICOConfira o que é preciso para levar seu bicho de estimação em voos nacionais

DE SÃO PAULO

As companhias aéreasbrasileirasdizemtomar to-dasasprecauçõesparaga-rantir que o transporte deanimais seja seguro.Avianca, Passaredo e

Azul, que não levam ani-maisnoporão,consideramque, como o pet vai na ca-bine,odonodevecuidardoanimal. As empresas nãotêm registros de queixasquanto à fuga de animais.TAMeGolnãolevamani-

mais de focinho curto pelamenorcapacidaderespira-tóriaederegulaçãodatem-peratura. Dizem que, emcasodeproblemas,mobili-zamequipesparadarassis-tência ao passageiro. (SS)

Companhiasdizemtomarprecauções