Ele está no meio de nós! -...

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Londrina · abril 2015 · ano XV · n°180 Ele está no meio de nós!

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Londrina · abril 2015 · ano XV · n°180†

Ele está no meio de nós!

Vida em Ação N°180

Expediente

2 Vóz do Pastor

Prezados paroquianos e paroquianas, recebam meu abraço de Páscoa. Uma saudação calorosa e afetuosa para os novos paroquianos que tem chegado de diversas cidades e países. Sintam-se acolhidos e bem recebidos na nossa comunidade paroquial. Desde o mês de dezembro não nos comunicávamos, mas se vocês estão lembrados eu disse que iríamos trabalhar para que, cada vez mais, nosso jornal, meio de informação, pudesse atingir um melhor e mais abrangente número de colaboradores, matérias e inovações. Pois bem, aqui estamos de novo. Nosso “Vida e Ação” especial da Páscoa. Desde já agradeço a equipe de trabalho e espero que juntos possamos continuar vivendo estes mo-mentos de graça que o Senhor nos dá.

Ano passado, propus uma reflexão sobre o túmulo vazio, neste ano, gostaria de propor uma meditação baseada num dos padres da Igreja dos primeiros séculos. Seu nome Máximo, o

Confessor: “Porque Deus se fez homem, o homem pode tornar-

se Deus. O lugar da Ressurreição é o maior lugar de toda a humanidade! Ele está no meio de nós”. (Cfr. Cem capítulos teológicos e econômicos). Esta expressão é proclamada na V oração eucarística. Ele está no meio de nós é uma dessas certezas que inundam o coração humano. Sabemos que Ele está aqui neste momento e que nenhuma frustração poderá eliminar esta nossa certeza.

Quando proclamamos a nossa fé, somos cientes de que Ele está no meio de nós, nossa vida e nosso compromisso cristão emulam de alegria e precisamente, como as mulheres que, inicialmente assustadas, saíram procurando alguém que esclarecesse o porquê do túmulo vazio, agora, alegres, proclamam: Ele está no meio de nós! Proponho, fraternalmente, vivermos esta Páscoa 2015, em sintonia, com cada pessoa que vive ao nosso lado, com aqueles que estão no nosso meio. É um ótimo momento para reatar amizades esquecidas, para ir ao encontro de

pessoas em situações difíceis; é o momento para realizar um bom compromisso com a nossa fé. Temos diversas frentes na nossa paróquia esperando por você: ministérios, pastorais e movimentos. Nossa paróquia precisa de discípulos e discípulas que acreditem que Ele está no meio de nós e que outros devem receber este anúncio. Quero fazer um convite a todos os paroquianos, que moram na região da Gleba Palhano, sintam-se motivados a fazer parte da nova comunidade São João XXIII, continuo celebrando as missas nos prédios e agora na Praça Pé Vermelho, onde celebramos a primeira missa. Teremos necessidade de muita coragem e decisão para aos poucos ir tomando identidade. A paróquia está de portas abertas para que juntos possamos anunciar o Reino da vida. Digamos ao longo de nossas vidas, quantas vezes forem necessárias: “Ele está no meio de nós”. Esta certeza jamais nos abandonará.

Com Afeto,

Ele está no meio de nós!

(43) [email protected]

DIRETORPe. José Rafael S. Durán

JORNALISTACarolina Thomaz

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO Rosângela do Vale, Davi Dequech, Paulo Briguet, Rosana de Andrade

DESIGN e DIAGRAMAÇÃOSomma Design Studiowww.sommastudio.com

TIRAGEM1.000

Padre Rafael

Abril | 2015 3Assim nos fala Francisco

Neste sábado dia 11 de abril, foi proclamado oficialmente pelo Papa Francisco o Jubileu da Misericórdia que se iniciará a 8 de dezembro de 2015 e terminará a 20 de novembro de 2016. Junto da Porta Santa na Basílica de S. Pedro foi publicada a Bula Rosto da Misericórdia. Já no interior da Basílica, nas vésperas do Domingo da Divina Misericórdia, o Santo Padre afirmou que este não é o “tempo da distração” mas de os cristãos estarem vigilantes e olharem para o “essencial”, este é o tempo da Igreja “ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai”.

Neste Tempo de Páscoa ainda ressoam nos nossos corações as palavras de Jesus aos seus discípulos: a paz esteja convosco – disse o Santo Padre. Sobretudo nas últimas semanas

Ano Santo da Misericórdia

este é um desejo de tantas populações que vivem perseguições que o Papa Francisco sublinhou reafirmando a violência que estão a sofrer na atualidade tantos cristãos:

“A paz, sobretudo nestas semanas, permanece o desejo de tantas populações que sofrem a violência inaudita da discriminação e da morte, apenas porque são cristãos. A nossa oração faz-se ainda mais intensa e torna-se um grito de ajuda ao Pai rico de misericórdia, para que sustenha a fé de tantos irmãos e irmãs que estão na dor, enquanto pedimos para converter os nossos corações para passarem da indiferença à compaixão.”

O Ano Santo da Misericórdia apresenta-se, assim, como uma ocasião para colher a ternura de Deus que procura todos os que estão sós, abandonados e sem esperança:

“É por isto que o Ano Santo deverá manter vivo o desejo de saber colher os tantos sinais da ternura que Deus oferece ao mundo inteiro e, sobretudo a quantos estão no sofrimento, sós e abandonados e mesmo sem esperança de serem perdoados e de sentirem-se amados pelo Amor do Pai"

Abril | 2015

Vida em Ação N°1804 Catequese

O intenso movimento nas tardes de quarta e quinta-feira e nas manhãs de quarta e sábado nas dependências da paróquia São Vicente de Paulo revela um número surpreendente: ali, 750 cate-quizandos se preparam para receber os sacramentos da Primeira Eucaristia e do Crisma e, mais do que isso, são iniciados na caminhada cristã.

“A criança não entra na catequese só para receber o sacramento da Eucaris-tia. Ela entra para fazer um caminho, chamamos de itinerário, que acontece por tempos. Ao final de cada um deles é feita a passagem para o tempo seguinte. Tudo acontece dentro de um rito na cel-ebração da missa. Tem todo um sentido para a criança. Ela realmente vai fazer uma experiência muito profunda com Deus”, explica a coordenadora da cate-quese, Lúcia Tabosa Vasconcelos.

São três tempos (três anos) de en-contros semanais de uma hora e quinze minutos para a Primeira Eucaristia e mais dois tempos para o Crisma. A cri-ança entra aos 9 anos e sai por volta dos 14. “Estamos resgatando a catequese lá dos primórdios, que se chamava cate-cuminato, feita por etapas celebradas, um processo bem demorado. A criança e o adolescente são inseridos no mistério de Deus. O Deus que eu não vejo, mas sei

que existe e caminha comigo todos os dias. Isso leva à vontade de querer con-tinuar na caminhada, basta ver o número de pessoas que temos hoje nos diversos grupos de jovens. E tudo isso é um tra-balho da catequese, que vem plantando a semente”, observa Lúcia, catequista há 20 anos, desde a época em que levou a primeira de suas três filhas à catequese.

Ainda que não seja uma regra, é dessa forma que nasce grande parte dos catequistas. “Quando eu tinha que levar a minha filha à catequese e ficar esper-ando terminar o encontro, resolvi ajudar os catequistas”, conta a psicopedagoga Soelma Diniz Pereira Adegas. Hoje sua filha já tem 21 anos, mas Soelma se mantém como catequista há 12, seis deles na Paróquia São Vicente de Paulo.

“É uma contínua aprendizagem. Todos os dias convivo com pessoas, histórias, famílias diferentes. Isso traz uma prática da fé que nos enriquece, nos faz viver o que é ser cristão. Aprendi muito sobre a palavra de Deus e ainda tenho muito o que aprender.” Ela recon-hece que o talento como psicopedagoga ajuda na tarefa de ser catequista, mas não é condição para isso. “Temos que pensar o seguinte: não somos nós que acrescentamos nada; nós somos acres-centados. Nas minhas orações de cateq-

uista, eu peço: ‘Senhor, faça de mim um instrumento em tuas mãos’. A partir do momento em que sou instrumento dele, ele vai me guiar. Se ele me capacita, por que vou ter medo?”

Para Soelma, o melhor feedback do trabalho como catequista é encontrar adolescentes que já foram seus catequi-zandos coordenando grupos de jovens, tocando no ministério da música e par-ticipando da missão de levar a palavra de Deus para outros jovens.

Atualmente a paróquia conta com 57 catequistas. Segundo a coordenadora, o número ideal seria 80. Apesar do déficit, Lúcia comemora o aumento de pais se dispondo ao serviço da catequese neste início de ano. É o caso da procuradora do Estado Sônia Barata Bispo. “Sentia que precisava me aproximar mais de Deus, aprender mais para ajudar o meu filho e melhorar enquanto mãe”, diz ela, que vem atuando como catequista auxiliar e, embora esteja no início como catequista, já se emocionou várias vezes, como no lava pés feito durante um encontro. “Até hoje só tinha lavado os pés do meu filho. Foi um momento de se colocar à disposição do outro. Está sendo um aprendizado para mim”, revela.

De acordo com Lúcia, quando a pes-soa já chega com uma caminhada boa – participa das missas, de grupos de reflexão, ou às vezes de alguma pastoral – ela já é inserida em alguma turma, com uma coordenadora acompanhando. Mas quando o iniciante está muito inseguro e não tem a caminhada, existe a escola de formação de catequistas que acontece a nível de decanato. Funciona na Vila

Tempo de semear...Com 57 catequistas, Pastoral da Catequese prepara 750 crianças e adolescentes para receber os sacramentos da Eucaristia e do Crisma

Catequizandos do quarto tempo de sábado em um encontro para celebrar a Páscoa

Vida em Ação N°180

Abril | 2015 5CatequeseAbril | 2015

Tia Lu, Ser mãe é saber ser dura para mostrar o melhor caminho, ser mãe é saber amar independente de todos os nossos erros, ser mãe é querer passar o conhecimento, ser mãe é querer o bem, é fazer com que o filho possa ter o melhor, ser mãe é estar ausente, mas presente no coração, e é por isso que eu falo que você foi (e vai continuar sendo para o resto da minha vida) minha mãe espiritual.

Hoje eu estou indo dar meu sim para Jesus, para servir a Ele, para fazer a vontade dEle. E eu quero que você tenha uma certeza no seu coração: que eu estou aqui hoje por sua causa. Porque você deixou Jesus te usar, e foi uma serva dEle para que você pudesse tocar não só a mim, mas a várias outras pessoas. Ele vai te recompensar por toda sua luta e perseverança. Que você nunca perca sua fé, que é tão linda! E se hoje eu estou indo servir a Ele, eu estou me espelhando pelo menos um pouco em você, e na pessoa sensacional que você foi pra mim.

Eu espero um dia poder passar o amor que um dia você me passou. Poder tocar alguém do jeito que você me tocou. E por isso eu digo como você é abençoada, porque não é fácil, mas vale a pena. Obrigada por você aceitar Deus, e fazer tanto pelos outros! Você realmente mudou minha vida completamente e por isso eu só te agradeço. Mas quem pode mesmo te recompensar é Ele, e peço muito por isso. A gente fica longe, mas o amor que eu tenho por você é inexplicável. É muito estranho ter convivido com você tão pouco e te amar tanto, mas é assim que Deus é. Amor sem explicação, amor sem tamanho! Eu te amo e pode ter certeza que eu nunca vou me esquecer de você.

Isabella Bernis para a catequista Lucilene Reis.

Conhecer a pessoa de Jesus Cristo e sua mensagem de salvação, iniciando a relação de amizade com Jesus.

Seguir Jesus, acolher Jesus na própria vida, buscando segui-lo na vida de comunhão com o Pai e com os irmãos, filhos do mesmo pai.

Aderir a Jesus, aprofundar a fé e a adesão pessoal na salvação oferecida pelo Pai em Jesus Cristo na ação do Espírito Santo, mediante sacramentos e mistério da fé.

Inserção do catequizando e pertença à comunidade cristã. Consolidar a opção fundamental de seguir Jesus pela mudança da mentalidade e estilo de vida, conforme nos propõe o Evange- lho, inserindo-se de forma correponsável à comunidade eclesial.

Discipulado missionário. O objetivo desse tempo é celebrar e viver o mistério pascal na unidade dos sacramentos da iniciação cristã e na pertença corresponsável à comunidade eclesial como discípulo missionário no mundo de hoje.

Brasil, na paróquia Nossa Senhora das Graças, e o curso acontece uma vez por mês durante um ano e meio. “Além dessa formação, temos na paróquia um grupo de estudos uma vez por semana”, informa a coordenadora.

A relação de afeto e a ligação estabelecida entre catequis-tas e catequizandos ficam claras nos depoimentos de ambas as partes. Catequistas são pais e mães espirituais (leia carta nesta página), uma referência para o resto da vida.

“Estou aprendendo muita coisa, gosto muito do meu catequista. Tento levar a palavra de Deus para a minha vida; quando a minha irmã me pergunta as coisas, sempre tento responder”, diz Emanuel Carrara, 13 anos, integrante da turma especial de jovens que, por alguma razão, ainda não fez a Primeira Eucaristia ou a Crisma e acabam, eles mesmos, procurando a catequese.

“Morei muito tempo em Belém e lá fiz minha Primeira Comunhão, mas era diferente, a gente não tinha esse contato com a Bíblia; aqui a gente lê, grifa as passagens. Sempre que aprendo alguma coisa nova, eu falo para minha mãe e lemos juntas. É bem gostoso”, conta Júlia Mendonça, 15 anos, que se prepara para receber o Crisma.

Acompanhar os primeiros passos dos próprios filhos na vida cristã e, por consequência, ganhar muitos outros filhos pela ligação espiritual estabelecida parece ser a vocação dos catequistas. Uma vocação absolutamente natural de todos os pais na opinião da professora univer-sitária Valéria Helena Guazeli Amim e do médico Ricardo Braga Amim, o primeiro casal catequista a assumir uma turma na diocese. “Sempre teve casal, mas cada uma fica com uma turma diferente; nós dois ficamos com a mesma turma. E este ano trouxemos nossa filha mais velha, a Ma-ria Fernanda, de 14 anos, para ser catequista auxiliar.”

Valéria e Ricardo foram catequistas das filhas até a Primeira Eucaristia delas. E vêm seguindo a missão há nove anos. “Não é dar aula, é passar a sua experiência dentro do itinerário que a igreja organiza para que tenha uma lógica na cabeça da criança. A catequese é uma experiência que todo pai, mãe e jovem deveriam experimentar”, garante Valéria.

Carta a uma catequista

Itinerário Catequético (tempos)

Rosângela Vale

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Vida em Ação N°1806 Vida

Padre Rafael pede-me para escrever um artigo sobre vida. Não há dúvida de que é um tema bastante amplo; nossa reunião de pauta acontece durante uma caminhada, no melhor estilo aristotélico (dizem que o Filósofo costumava dar suas aulas assim, caminhando com os alunos). Vamos andando e conversando, numa bela manhã de sol.

A primeira frase que nos vem à mente é a resposta de Jesus à irmã de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). De todas as sentenças que saíram da boca de Jesus, essa é uma das mais impactantes. E é justamente a frase que reverbera com maior intensidade agora, no Tempo de Páscoa.

150 oraçõEsNo afresco "Juízo Final", da Capela

o que me contas do rosário?“Eu sou a ressurreição e a vida”, disse Jesus a Marta. O mistério da vida está presente em cada uma das orações que compõem o Santo Rosário

Sistina, feito pelo grande Michelangelo, um anjo salva duas almas – um africano e um asiático – de caírem no Inferno; utiliza o Santo Rosário como corda. Essa imagem reflete aquilo que Nossa Senhora tem repetido com insistência em todas as suas aparições: a salvação da humanidade está ligada à oração do Rosário. Quando vi os 147 estudantes mortos no Quênia, fuzilados somente porque eram cristãos, pensei que 147 é quase o número exato de Ave-Marias de um Rosário. Faltam apenas três almas, três rosas para completá-lo. Aqueles dois salvos pelo anjo – e você que lê estas palavras agora.

O Santo Rosário guarda um paralelo com o Antigo Testamento: o número de contas corresponde ao número dos Salmos. Na Idade Média, quando a

maior parte da população era analfabeta, o Rosário era um Saltério que podia ser recitado pelas pessoas comuns. No entanto, ele continua sendo importante pelo mesmo motivo – pois vivemos uma era de acentuado analfabetismo espiritual.

Estarei eu fugindo ao tema proposto pelo padre Rafael? Acredito que não. O principal tema do Rosário é a meditação sobre a vida. A grandeza do Rosário, como disse o padre Paulo Ricardo numa palestra, está em sua simplicidade. Ao recitar o Pai-Nosso, as dez Ave-Marias e o Glória ao Pai de cada mistério, mergulhamos

nos fundamentos da vida, como se estivéssemos sendo batizados outra vez. E a alegria de quem reza o terço deve ficar mais completa porque, segundo nos ensina uma antiga tradição popular, a cada conta uma rosa é depositada aos pés de Nossa Senhora. Não é uma alegria saber que poderemos ver essas rosas na vida eterna?

MIsTérIos da alEgrIaNas segundas-feiras e sábados, meditamos sobre os Mistérios da Alegria, também chamados Mistérios Gozosos. O escritor cristão C. S. Lewis, que fora ateu na juventude, mencionava sempre a Alegria com inicial maiúscula, como se fosse uma pessoa. A Alegria proporcionada por Jesus é exatamente a mesma. Quando o Anjo Gabriel anuncia a gravidez da Virgem, descobrimos que Deus não é um conceito abstrato: é uma Pessoa. Graças a Maria, tal Pessoa nos visita diariamente, como ela fez com sua prima Isabel, grávida de João Batista. No caminho do Rosário, o nosso coração se alegra ao contemplar mais uma vez o nascimento de Jesus, sua apresentação ao Templo e os três dias em que Maria e José o procuraram até encontrá-lo: um menino a discutir com os principais sábios de Jerusalém. Eis o que os Mistérios da Alegria nos ensinam: nossa vida também é composta de anunciações, visitações, nascimentos, apresentações, perdas e reencontros.

MIsTérIos da dorNas terças e sextas-feiras, meditamos sobre os Mistérios da Dor. Aqui nós

Abril | 2015

Rua Sergipe esquina com PernambucoRua Pio XII, 93

Avenida Souza Naves, 132.

Loja Fidelizada

Passo a Passo Confort

7Vida

Paulo Briguet

aprendemos uma lei fundamental da vida: não existe graça sem cruz. A passagem do Getsêmani, quando Jesus sente a imensidão de nossos pecados a ponto de suar sangue, foi um dos episódios que me fizeram sair da noite do ateísmo. A agonia no Horto das Oliveiras nos dá a certeza de que Jesus está acordado e vigilante ao nosso lado durante as tristezas e angústias da existência. A flagelação de Jesus foi feita com instrumento chamado flagrum romano, composto por três tiras de couro com pedaços de chumbo nas pontas. Segundo estudiosos do Sudário, Ele recebeu cerca de 120 chibatadas por todo o corpo, exceto na região do coração, para evitar a morte prematura do condenado. A coroa de espinhos, na verdade um capacete de farpas, foi feita com plantas da espécie Zizifus spina, comum em Jerusalém. Penso sempre que a coroa de espinhos simboliza a iludida crueldade dos que cultuam o poder político-ideológico. A subida do Calvário é o nosso itinerário pelo caminho de pedras da condição humana. Uma antiga tradição diz que o Gólgota, com sua forma de caveira, nada mais é do que a cabeça de Adão, o primeiro homem. Na crucificação de Jesus, eu penso que está em nosso poder ser o Bom ou o Mau Ladrão, ao lado da árvore da vida, agora chamada

Cruz. Quando penso nas três horas em que Jesus ficou pregado na cruz, fecho os olhos e vejo o quadro “A Crucificação Branca”, do pintor russo Marc Chagall. É talvez a minha representação preferida da Paixão de Cristo.

MIsTérIos da luz“Faça-se a luz.” Essas foram as primeiras palavras de Deus no Livro do Gênesis. O querido papa João Paulo II, canonizado há exatamente um ano, no Domingo da Divina Misericórdia, tinha o Rosário como oração predileta. Tamanha era sua devoção que ele decidiu instituir um novo conjunto de mistérios, cuja

meditação se dá nas quintas-feiras. São cenas importantíssimas, de uma beleza incomensurável. No batismo de Jesus, vemos a humildade daquele que se deixa banhar pelas mãos do precursor João Batista. Nas bodas de Caná, testemunhamos a súplica de Maria para que Jesus antecipe o momento de sua revelação ao mundo e transforme da água para o vinho a alma de todos aqueles que possuem fé. No anúncio do Reino de Deus, somos chamados a ser pescadores da salvação, como Pedro e seus amigos. Na transfiguração, percebemos que o mundo inteiro é um Monte Tabor, onde a face de Deus se mostra em toda grandeza. A instituição da Eucaristia revela um fato simples e avassalador: na refeição, o pão se torna você; na comunhão, você se torna o pão. A luz se fez.

MIsTérIos da glórIaÀs quartas-feiras e domingos, chegamos aos Mistérios da Glória, as manifestações de santidade e poder absoluto de Deus. Ressurreição, Ascensão, Pentecostes, Assunção de Maria e Coroação de Maria fazem parte daqueles enigmas preciosos dos quais só podemos contemplar uma pequena parte – e, mesmo assim, essa pequena parte é suficiente para iluminar e justificar uma vida inteira.

Sou da opinião que os Mistérios da Glória carregam dentro de si a essência dos mistérios da Alegria, da Dor e da Luz. Não é por acaso que são rezados no domingo, o Dia do Senhor. Quando medito sobre as cinco glórias do terço, penso em todos aqueles que amei e não estão mais comigo; penso que poderei revê-los em breve; penso na alegria que é ser pai do Pedro e marido da Rosângela; penso na sorte que é poder exercer meu trabalho com paz e dignidade; penso que é muito bom ir à missa de domingo e ouvir as palavras do padre; penso na emoção da primeira pessoa que leu o testamento de Pascal, escondido até a morte no forro de seu colete; penso no olhar do Padre Kentenich ao sair para a luz após passar 25 dias na solitária; penso na gratidão do prisioneiro polonês que teve a vida salva por São Maximiliano Kolbe e estava presente na sua missa de canonização; penso nos três pastorzinhos que viram Nossa Senhora em Fátima, há quase 100 anos; penso nos dias de infância em que eu ouvia as vozes de meu pai, minha mãe, minha avó, e todos estavam felizes. Rezar o Rosário é pensar na vida. E a vida é o que conta. Encerro com as palavras de um sermão de Santo Agostinho, que só não rezou o Rosário porque ainda não havia sido inventado, mas memorizou todos os 150 poemas do Saltério:

“Como poderá recusar-nos a sua vida Aquele que Se ofereceu à morte por nós? Ele é a salvação, e esta salvação não é ineficaz como a outra. Por quê? Porque não desaparece. O Salvador veio. Ele morreu, mas matou a morte; em Si, pôs fim à morte; assumiu-a e matou-a. Onde está agora a morte? Procurai-a em Cristo e não a encontrareis. Esteve nele, mas foi morta nele. Ó vida, morte da morte! Recuperai a coragem: também em nós ela morrerá. O que foi alcançado na Cabeça também será realizado nos membros, e a morte morrerá também em nós.”

Vida em Ação N°1808 Vóz do Pastor

Quase todos nós já ouvimos falar de São Vicente de Paulo, santo que inspirou o surgimento da Sociedade São Vicente de Paulo e tanto bem tem feito àqueles so-cialmente menos favorecidos, no entanto, poucos sabem sua história.

Foi pensando em desvendar, pelo me-nos um pouco de sua rica e curiosa vida, que o Pe. Rafael propôs levar seus paro-quianos para uma peregrinação que nos levará a compreender a trajetória social, espiritual e geográfica desse santo que é referência em nossa religião católica.

São Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581, na aldeia de Pooy, no sul da França e foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o terceiro filho do casal João de Paulo e Bertranda de Mo-rais. Seus pais eram agricultores e muito religiosos. Desde pequeno, diariamente, conduzia os animais para melhores pasta-gens, onde ficava a vigiá-los. Aos domin-gos, ia à aldeia com seus pais para par-ticipar da missa e frequentar o catecismo. Aconselhado pelo Vigário da aldeia, seu pai o colocou num colégio religioso, desejando que ele se tornasse padre e fosse o arrimo da família. Para seguir a carreira sacerdo-tal, fez os estudos teológicos na Univer-sidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote em 23 de setembro de 1600. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em Teologia.

Uma viúva, que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era

pobre, deixou-lhe uma pequena pro-priedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. Ele foi atrás do devedor, encontrando-o, recebeu grande parte do dinheiro. Iria regressar de navio, por ser mais rápido e mais barato, durante a viagem, o barco foi aprisionado por barcos de piratas turcos, e em seguida vendido como escravo em Túnis, capital da atual Tunísia, antiga cidade estado Cartago.

Passados dez meses como escravo, converte seu patrão ao catolicismo e junto com ele fogem para a França, num pequeno barco. Ao atravessarem o Mar Mediterrâneo, foram dar na costa france-sa, em Aignes Nortes e de lá foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa com quem ficaram residindo. Tendo este que viajar a Roma, levou os dois em sua companhia. Padre Vicente aproveitou a estadia nesta cidade e fre-quentou a Universidade, formando-se em Direito Canônico.

Tendo o Papa que mandar um docu-mento sigiloso para o Rei da França, o escolhido foi padre Vicente. Pelos serviços prestados, o Rei indicou-o como Capelão da Rainha. Seu serviço era distribuir esmolas para os pobres que rodeavam o Palácio e visitar os doentes do Hospital da Caridade, em nome da Rainha. Depois de muitos anos em Paris, com o auxílio da senhora De Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade, a primeira, cuida da evangelização dos camponeses e a segunda, daria assistência espiritual e cor-poral aos pobres, isto em 1618. Em Folevile, funda uma Confraria de Caridade para homens, em 23/10/1620. A instituição de-morou de 1625 até 12 de janeiro de 1633, quando recebeu a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo a Instituição.

A partir de então, padre Vicente criou tantas obras que neste pequeno texto não é possível enumerá-las, a história de sua vida é uma beleza! A seu respeito, existem biografias que poderão ser estudadas por vocês. Padre Vicente tinha quase 80 anos quando faleceu, dia 27 de set. de 1660.

Em 16 de junho de 1737 foi canonizado pelo papa Clemente XII e em 12 de maio

de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII. Seu corpo repousa na Capela da casa-mãe – São Lázaro, em Paris.

A Sociedade São Vicente de Paulo foi fundada em 23 de Abril de 1833, por um grupo de sete jovens universitários liderados por Antônio Frederico Ozanam, estudante de Direito na Universidade de Sorbonne, em Paris, aos 20 anos de idade. Antônio Frederico Ozanam e seus amigos visitavam os pobres, em suas casas, levando-lhes alimentos, roupas, a amizade e a dedicação. Este pequeno grupo formado por Ozanam e os amigos, tomaram como Patrono o pai da caridade, São Vicente de Paulo que, no seu tempo, se dedicou inteiramente ao serviço dos pobres, dos infelizes e dos que não tinham fé (1581-1660). No Brasil, a Sociedade São Vicente de Paulo é conhecida pelas iniciais SSVP e está colocada sob a pro-teção da Bem-Aventurada Virgem Maria, tal como foi proposto pelo próprio funda-dor, Ozanam. A Conferência São José foi a primeira unidade vicentina fundada em território brasileiro, no Rio de Janeiro, em 4 de agosto de 1872.

Como se pode observar, São Vicente de Paulo passou pela Tunísia e pela Itália, além de ter vivido na França, justamente os destinos que padre Rafael elegeu para a Peregrinação do Jubileu da Paróquia.

A peregrinação, na Tunísia , tem como destaque a capital Túnis e sua grandiosa Catedral, debruçada sobre o caótico vaivém da Place de l’Indépendance , onde será celebrada a missa do grupo. Também iremos a Raghida para visitar o local onde São Vicente ficou escravizado. Não é de-mais lembrar que Túnis é a antiga Cartago, cidade estado do lendário conquistador Aníbal, famoso personagem das guerras púnicas contra o império romano. Isto sem contar que foi um dos lugares onde Santo Agostinho esteve presente em sua trajetória evangelizadora. Lá, para onde se transferiu no ano 376, fez seus estudos superiores em artes liberais, em retórica e sua primeira experiência como professor.

grupo são Vicente de Paulo: Peregrinação para França, Tunízia e Itália

Carlos Alberto Braille

Abril | 2015

Quero um ano com muita saúde, muita paz, que as pessoas tenham mais amor no coração, sejam menos materialistas e mais humanas. Quero continuar convivendo com a minha família para que ela continue sempre unida.

A Páscoa representa misericórdia de Jesus Cristo para os seres humanos. Nessa quaresma eu pensei bastante sobre a morte de Jesus e conclui que foi totalmente por amor e porque Ele é misericordioso.

A Páscoa é um momento de reflexão, paramos para refletir e pensar sobre o que estamos fazendo na vida. A nossa vida tem passado muito rápido e essa data da Páscoa paro para pensar na minha família, amigos e com essa reflexão fico com o coração mais calmo, mais tranquilo.

Páscoa para mim é festejar a ressurreição de Cristo. Eu sou do grupo bíblico de reflexão e participei da via sacra e também estive presente nas celebrações na igreja, é muito bom.

É a ressurreição de Cristo. Eu faço catequese e a professora ensinou que a semana santa é a mais importante para nós que somos católicos.

Para mim o significado da Páscoa á amor, Jesus morreu pelos meus pecados e me ama incondicionalmente como um pai ama seu filho.

opinião dos paroquianos:Páscoa

Rua Guadalajara, 296 Tel: 3321-2823

9Enquetes

Rodilson

Alan

Cleide

Doroteia

Isabela

Mariana

66 anos

23 anos

42 anos

77 anos23 anos

09 anos

Vida em Ação N°180

PadrerafaelHomíliado dia30/03

(43)9993-5698 • (43)3322-5871

10 Homilia

Prezados amigos e amigas. Profundamente emocionado, celebro esta eucaristia na qual só tenho um cântico de ação de graças, pois o Senhor tem olhado para mim pecador. Dezenove anos se passaram, desde aquela noite em que as mãos de Dom Albano Cavallin pousaram sobre a minha cabeça. Hoje, passam, pela minha memória, as imagens da Catedral de Londrina, dos amigos e dos familiares ali presentes. Posso dizer a vocês que as palavras da homilia e os cânticos, ainda, ecoam em meu coração. Uma espécie de filme de memórias, de recordações. Até hoje me pergunto: O que queres de mim, oh Senhor? Por que sou padre?

Queria ser diplomata, monge e até advogado, queria um mundo diferente e me chamastes. Por que sou padre? Quando sou tão racional, quando poderia ser mais dedicado ao sagrado! Por que sou padre e pároco? Quando as pesquisas e as leituras tanto me atraem, quando deveria estar mais perto do meu povo, dos pequenos e dos doentes! Por que sou padre? Quando sou tão pecador! Por que, Senhor? Só tenho uma resposta: Sou padre porque assim Tu o quisestes, porque fostes Tu quem me chamastes. Peço, ajuda-me, para que eu possa continuar eternamente respondendo SIM! Porque sabes que amo o que faço, que vivo e respiro só porque sou padre. AMÉM.

19 anos de ordenação!Aniversário de 19 anos de ordenação Pe. Rafael

Abril | 2015

Paróquia são Vicente de Paulo Capela Mãe da divina Providência

aniversariantes dizimistas abril 2015

demonstrativo financeiro março 2015

ParóQuIa sÃo VICENTE dE Paulo02 Dercílio Eugenio da Silva02 Licia Maria Munhoz Manzano02 Raquel Pattero Serenário02 Luiz Calors Baldo02 Jamil Elias Rassi02 Luisa Maria S. Cavenaghi04 Katsujiro Kusunoki04 Isabela Lazzarim Cunha05 Vilma Neide Alves05 Carla de Paula Perra Moreira06 Marcia Guilherme Silva Kaji07 Jorge Takase07 Ronaldo de Oliveira08 Eloisa Alves10 Thereza Maria de Araújo10 João Guedes de Lima10 Enedina Alves11 Antonio Carlos Viana

11 Rosirene Lopes11 Valmi V. Souza12 Dirço de Oliveira12 Alécio Sitta15 Jonas de Almeida Tavares15 Adilson dos Santos Camponez16 Jadir Freire Barbosa17 José Mojica de Matos18 Lázaro Ferreira Rosa18 Cláudia Maria D. M. Carrilho19 Wellington de Souza Góis19 Christianne Stroka Fernandes19 Fábio Henrique Galbiatti20 Noelia Orsoli Cupini21 Rogério Pereira Cardoso21 Julio Cesar Herrera22 Marcos A. S. Cabrera22 Carlos Augusto Costa23 Paulo Miyoshi Yano

24 Maria Alice M. Vieira25 Arnaldo Ricolli27 Silvia Regina Bersi27 Nilza Margarida Bianchi Ruth28 Degilvan Prado de Almeida29 Carla Renata Benitez da Silva30 Maria Luiza dos Passos30 Rosane Caminhoto Rotondo30 Edilson Alves da Silva30 Nilson Rimoli Junior

CaP. MÃE dIVINa ProVIdÊNCIa01 Marco Antônio do P. Teodoro02 Eliane Brancalhão Guerra07 Ronaldo Palma08 Eloisa Alves10 Jean Pierre Bazoni11 Gilberto Jachstet12 Francisca Maria R. Ortiz16 Reinaldo Loyola Soares17 Valdir Cestari19 Marcosoel Dias de Oliveira20 Boelia Orsoli Cupini20 Leticia Aparecida B. da Silva21 Solange Luca Abate24 Jose Carlos Drapes24 Christiane A. da C. Corneta27 Devanil Vicente Ferreira29 Marcos Antonio Tosato29 Gildete R. da C. Gangora

Dízimos CadastradosEspórtulas de SacramentoColeta Campanha FraternidadeColetas de MissasDoaçõesRendas s/ aplicaçõesOutros valores recebidosReceita de LocaçãoRessarcimento de despesasTotal Receitas

Dimensão ReligiosaDimensão SocialDimensão MissionáriaReembolso Despesas/RepassesTotal Despesas

Dízimos CadastradosCampanhas para ConstruçãoColetas de MissaDoaçõesRendas s/ aplicaçõesReceitas de PromoçõesTotal Receitas

Dimensão ReligiosaDimensão MissionáriaTotal Despesas

rECEITas

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uma questão de fé!Você participa do Dízimo?

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86.645,00788,00

3.321,5053.451,30

1.680,002.855,236.734,853.100,004.459,40

163.035,28

73.129,828.436,36

17.958,6211.628,60

111.153,40

32.953,00 2.650,00 5.487,10 2.076,00

337,77 7.977,05

51.480,92

33.384,78 1.576,00

34.960,78

11A Paróquia

Vida em Ação N°180

FÁBRICA DE MÓVEIS PARA: HOSPITAIS, CLÍNICAS E LABORATÓRIOS

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12 Eventos

Confira como foram as celebrações da sexta-feira Santa em nossa Paróquia e na Capela Mãe da Divina Providência

sexta santa!