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ELECTROCARDIOGRAFIA

15 de Junho, 2010

OBJECTIVO GERALQue os formandos adquiram noes bsicas sobre interpretao de ECG.

OBJECTIVOS ESPECFICOSQue os formandos consigam:Identificar pelo menos 2 caractersticas de um traado electrocardiogrfico normal; Identificar pelo menos 5 alteraes electrocardiogrficas, resultantes de disritmias cardacas, e o seu significado; Identificar pelo electrocardiogrficos. menos 3 traados

SUMRIOECG e anlise electrocardiogrfica; Ritmo sinusal (bradicrdia/ taquicrdia); Disritmias cardacas: supraventriculares e ventriculares; Bloqueios auriculoventriculares e de ramo; Doena coronria: sinais electrocardiogrficos; Alteraes electrolticas: sinais electrocardiogrficos.

ElectroCardioGramaO que ? uma imagem grfica das foras elctricas geradas pelo corao; Composto por 12 derivaes; As derivaes standard usam as derivaes I, II, III, formando o tringulo de Einthoven.

ELECTROCARDIOGRAMA NORMALO que significam as diferentes ondas?Onda P- Despolarizao (contraco) das clulas musculares das 2 aurculas.

Complexo QRS-Representa a actividade elctrica despolarizao dos ventrculos consequente, contraco ventricular. de e,

ELECTROCARDIOGRAMA NORMALSegmento ST- Pausa aps o complexo QRS; incio da repolarizao ventricular.

Onda T- Corresponde repolarizao ventricular. No corresponde a qualquer tipo de actividade mecnica.

ELECTROCARDIOGRAMA NORMAL

ANLISE ELECTROCARDIOGRFICARitmoSe existem ondas P; Se as ondas P so iguais em todos os ciclos; Se o QRS estreito; Se h uma relao directa entre as P e os QRS; Se o ritmo regular ou irregular.

ANLISE ELECTROCARDIOGRFICA Segmento STSe est acima ou abaixo da linha de base.

Onda TSe segue a mesma orientao do QRS; Se est aplanada; Se est demasiado ampla.

RITMOS SINUSAIS

RITMOS SINUSAIS

Taquicrdia sinusalOnda P de origem sinusal; Intervalo PR constante e normal; FC superior a 100 bpm; Ciclos P-P regulares. Causas: Actividade simptica aumentada, Ingesto de estimulantes.

Bradicrdia sinusal

RITMOS SINUSAIS

Onda P de origem sinusal; Intervalo PR constante e normal; Ciclos P-P e R-R regulares; FC compreendia entre 45 e os 59 bpm.

Causas:Actividade parassimptica aumentada; Hipotermia; Aumento da presso intracrneana; Drogas; Pode surgir em idosos saudveis e atletas.

DISRITMIA CARDACAQUANDO QUE SUSPEITAMOS DE UMA DISRISTMIA?Histria de palpitaes ou de FC aumentada; Ritmo cardaco irregular; Quando a FC se encontra abaixo de 40 bpm ou acima de 140 bpm; Quando num doente surge subitamente dor anginosa, choque, ICC ou sincope.

DISRITMIA CARDACA

Manifestaes ClnicasAssintomtico; Palpitaes; Pr-cordialgias; Lipotmias ou sncope; Insuficincia Cardaca Congestiva; Morte sbita.

DiagnsticoAvaliao clnica; ECG.

TIPOS DE DISRITMIASSinusal Nodal Auricular

Ventricular

DISRITMIAS SUPRAVENTRICULARESOrigem num foco ectpico ; Onda P prematura origina um QRS normal; Onda P diferente da onda P sinusal, surgindo por vezes invertida; O intervalo PR varia.

Extrassstoles auricularesBatimentos isolados e precoces; O ritmo regular interrompido por uma onda P prematura e de configurao anormal; O intervalo PR pode variar ou estar ausente; O intervalo RR irregular.

Extrassstoles auriculares

Causas:Actividade simptica aumentada; Ingesto de estimulantes; Drogas; Doena cardaca (coronria ou valvular); Alteraes electrolticas; Doenas respiratrias crnicas; Infeces.

Taquicrdia supraventricular

Flutter Auricular

Causas:

Flutter Auricular

Cardiopatias; Doenas do pericrdio; Doena do NSA; Idioptica.

Teraputica:Digitlicos; Cardioverso (25 50 J).

Fibrilhao auricular

Causas:

Fibrilhao auricular

Cardiopatias; Doenas do pericrdio; Doenas do NSA; Causa ideoptica.

Teraputica:Digitlicos; Antiarrtmicos; Cardioverso; Anticoagulao; Controlo do factor desencadeante.

DISRITMIAS VENTRICULARESAs disritmias ventriculares resultam de um foco ectpico situado no miocrdio

ventricular. QRS alargado.

Extra-sstoles ventricularesImpulso ectpico prematuro situado no ventrculo, abaixo do feixe de His. Onda P invertida aps o complexo QRS QRS largos ou bizarros, sem onda P precedente

ESV segue-se quase sempre uma pausa compensatria

Extra-sstoles ventriculares

Pode surgir:Indivduos saudveis; Doena orgnica do corao; Intoxicao por drogas (digitlicos); Isqumia aguda; Alteraes metablicas; Abuso de lcool ou cafena; Perturbaes emocionais; Exerccio.

Extra-sstoles ventriculares

ORIGEM DO FOCOVentrculo direito (QRS amplo e negativo); Ventrculo esquerdo (QRS amplo e positivo); Qualquer clula do ventrculo (QRS com nmero ilimitado de formas ou padres). Podem ser: ser: UNIFOCAIS MULTIFOCAIS Classificao: PARES TRIPLETOS

Extra-sstoles ventriculares

BIGEMINISMO Uma ESV monomrfica alterna com um batimento normal, num padro repetitivo. TRIGEMINISMO Uma ESV monomrfica alterna com dois batimentos repetitivo. normais, num padro

Extra-sstoles ventriculares

Extra-sstoles ventriculares

Teraputica:Administrar teraputica antidisrtmica; Corrigir anomalias elctricas subjacentes; Administrar oxignio; Administrar magnsio; Administrar potssio. Uma srie de mais de 3 ESV considerada Taquicrdia Ventricular.

Taquicrdia ventricular

Taquicrdia ventricularCausas:Isqumia do miocrdio; Intoxicao digitlica; Desequilbrios electrolticos; Doenas cardacas crnicas; Doena orgnica avanada.

Taquicrdia Ventricular COM PULSOSe o doente consegue suportar o ritmo: - Teraputica farmacolgica; - Cardioverso (aps sedao). Se o doente no suportar o ritmo: - Massagem pr-cordial; - Desfibrilhao.

Tratamento: Tratamento: Taquicrdia Ventricular SEM PULSOTratar como se fosse uma fibrilhao ventricular.

Fibrilhao Ventricular Resulta de uma rpida descarga de impulsos de um ou mltiplos focos ventriculares, incapacitando os ventrculos para uma contraco eficaz.DISRITMIA CATASTRFICA - Desorganizao total da Apenas vibram, no impulsionam actividade elctrica do o sangue para a corrente sangunea. corao NO H PULSOS PALPVEIS, NEM SONS CARDACOS AUDVEIS

Fibrilhao Ventricular

Fibrilhao Ventricular

Caractersticas: Caractersticas:No tem ondas de ECG identificveis; A linha isoelctrica, acidentada e ondulada.

Causas: Causas:Isqumia do miocrdio; Anomalias electrolticas; Sobredosagem de drogas; Electrocusso.

Fibrilhao Ventricular

Tratamento:Desfibrilhao elctrica; Administrar frmacos antidisrtmicos; Reanimao Cardio-Respiratria; Oxigenar e ventilar.

Ritmo Ideo-ventricular

Assistolia VentricularTotal ausncia de actividade elctrica do corao.

Caractersticas: Caractersticas:No se identificam ondas no ECG; A linha isoelctrica plana.

Assistolia VentricularCausas: Causas:Falncia dos PM cardacos intrnsecos; Episdio prolongado de FV.

Tratamento:RCP; Administrar atropina; Colocao de PM externo.

BLOQUEIOSQualquer obstruo nas vias de conduo elctrica: Bloqueio do ndulo sinusal; Bloqueio do ndulo auriculo-ventricular; Bloqueio do ramo direito e/ou esquerdo.

BAV de 1 Grau

CAUSAS:

BAV de 1 Grau

Drogas; Hipercalimia; EAM; Miocardite; Idioptica; Doena degenerativa do sistema de conduo.

BAV de 2 GrauNem todos os estmulos auriculares passam atravs do NAV para os ventrculos; Nem todos os P so seguidos de QRS.

Causas: Causas:

BAV de 2 Grau

EAM; Drogas; Doena degenerativas do sistema de conduo (doena do ndulo sinusal).

Tratamento:Etiolgica; Atropina; Pacemaker.

BAV Mobitz tipo I

BAV Mobitz tipo II

BAV de 3 Grau ou Completo

BAV de 3 Grau ou Completo

Causas: Causas:Iatrognicas; EAM; Doena degenerativa do sistema de conduo; Miocardite; Cirurgia cardaca; Congnita.

BAV de 3 Grau ou CompletoTratamento:Atropina/adrenalina; Isoprenalina; Pacemaker transitrio/permanente.

Bloqueios de RamoH um bloqueio na conduo no ramo direito ou esquerdo do feixe de His. Avalia-se a largura e configurao do QRS.

Causas: Causas:O bloqueio do ramo direito pode ocorrer em indivduos normais ou associado a doenas do sistema de conduo; O bloqueio do ramo esquerdo normalmente reflecte uma doena degenerativa do sistema de conduo ou cardiopatia isqumica.

Bloqueio de ramo esquerdo

DOENA CORONRIASinais electrocardiogrficos1. ISQUMIA Caracteriza-se por: onda T invertida e simtrica. simtrica 2. LESO Pode-se verificar depresso ou elevao do segmento ST consoante a zona afectada.

DOENA CORONRIA3. EAM ou NECROSE

Enfarte no Q Enfarte Q ou transmural Tm menos complicaes e

Regio mais extensa de mortalidade reduzida necrose. durante a fase aguda. Tm mais complicaesde e Risco de episdios maior taxa de mortalidade. isqumia futuros. Ondas Qmais tarde evoluir Podem patolgicas para EAM Q.

DOENA CORONRIA

ALTERAES ELECTROLTICASHIPOCALIMIA (8mEq)

BIBLIOGRAFIALIPMAN, Bradford; CASCIO, Toni; ECG Avaliao e Interpretao; Loures: Lusocincia; 2001.