Electromagnética em areias de dunas e depósitos aluvionares

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Electromagnética em areias de dunas e depósitos aluvionares Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Biologia e Geologia Geologia Aplicada 3º ano, 2º semestre 2011/2012 Discentes: Ana Gabriela Barros nº35292; Cristiana Valente nº 33708; Filipe Marinho nº 33706 Docente: Nuno Miguel de Oliveira Campos Monteiro Vaz

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Electromagnética em areias de dunas e

depósitos aluvionares

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Biologia e GeologiaGeologia Aplicada

3º ano, 2º semestre2011/2012

Discentes: Ana Gabriela Barros nº35292; Cristiana Valente nº 33708; Filipe Marinho nº 33706

Docente: Nuno Miguel de Oliveira Campos Monteiro Vaz

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Métodos Electromagnéticos Envolvem a propagação de campos eletromagnéticos de baixa frequência e baseiam-se nos fenómenos físicos de eletricidade e magnetismo.

Quando uma corrente elétrica passa por um fio, é gerado um campo magnético nas vizinhanças desse fio.

Quando se estabelece uma corrente num fio colocado sobre a superfície do terreno, fluem correntes elétricas nos condutores superficiais, sendo este processo conhecido como indução eletromagnética.

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Podem medir:

A inclinação do campo resultante;

As componentes dos campo;

A condutividade ou resistividade elétrica;

Métodos Electromagnéticos

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Utilizam parâmetros elétricos de solos e rochas, como condutividade, resistividade, potencial espontâneo, polarização , para investigar a geologia da superfície;

Métodos Eléctricos

Compreendem o método da resistividade, da polarização induzida, do potencial espontâneo e os métodos eletromagnéticos;O método da resistividade é o mais utilizado. Este método emprega uma corrente elétrica artificial que é introduzida no terreno através de dois eletródios com o objetivo de medir o potencial gerado nas proximidades do fluxo da corrente.

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Interpretação de dados de prospecção electromagénita obtidos

nas dunas de Quiaios

INTRODUÇÃO

Dunas de Quiaios campos dunares mais meridionais próximos da Figueira da Foz .

Sedimentos de areias finas a médias com reduzidas quantidades de silte e argila.

Registam fases de intensa invasão eólica épocas em que o nível freático era baixo e a cobertura vegetal

escassa.

Formados por

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nas dunas de Quiaios

INTRODUÇÃO

Estudo do sistema aquífero Quaternário de Aveiro neste local

Obrigou o uso

Técnicas de prospecção geofísica (precedentes à execução de sondagens mecânicas).

Dados de condutividade eléctrica aparente e sua modelação

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INTRODUÇÃO Permitem

Antever a organização geológica da área

Escolha dos locais e as profundidades a que as perfurações devem ser feitas.

Possibilita

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ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO

Área em estudo é recoberta na maioria por materiais arenosos recentes (idade Plistocénicas superior a Holocénica), associada à invasão eólica.

A oriente afloram ainda, sedimentos cretácicos e paleogénicos a miocénicos e , a ocidente estes estão recobertos por areias eólicas.

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METODOLOGIA Condutivímetros Geonics EM31 e EM34 (método

electromagnético – domínio frequência – dipolo vertical (VD) e dipolo horizontal (HD)).

Dados de condutividade eléctrica aparente.

recolher

Perfil de 7km de comprimento (aproximadamente), com direcção N70ºW (8 leituras).

Ao longo de um

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METODOLOGIA

Tratamento inicial qualitativo

Representação gráfica dos dados da condutividade eléctrica aparente pelo Método das Médias de

VDs e HDsModelação Geofísica

Software Interpex IXIDv.3.3

Inversão dos dados de condutividade eléctrica aparente e respectiva análise de equivalências.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através do Método das Médias

Pseudo-secção do perfil

Os valores de condutividade eléctrica aparente obtidos estão entre 1,5 mS/m e 22 mS/m.

Perfil W Ex. da modelação geofísica efectuada (troço mais ocidental do perfil, com 2600m).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inversão dos dados

Anomalias encontradas semelhantes às obtidas pelo Método das Médias

Melhor definição em profundidade (várias camadas individualizadas com condutividade eléctrica e espessuras diferentees.

Manchas amarelas dunas mais espessas, condutividade eléctrica mais baixa, profundidade de 10 ou mais metros.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Anomalias positivas

Entre os2300m e os 2400m, que termina de forma abrupta a ocidente, e com condutividade eléctrica maior para o topo.

A ocidente é menos intensa e apresenta contornos bem definidos, podendo indicar heterogeneidade local.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram feitas 4 sondagens mecânicas ao longo do perfil W

Os sedimentos recolhidos sugerem características diferentes para os materiais das anomalias positivas e negativas .

Zona oriental:Areias eólicas,

enriquecidas com óxidos de Fe e lodo

orgânico condutividade

eléctricas elevadas.

Zona central:Areias eólicas condutividade eléctrica baixa

Anomalia positiva a ocidente sob as areias

dunares existem sedimentos com

misturas heterogéneas

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CONCLUSÕES

· A fase de prospecção electromagnética permitiu escolher de forma criteriosa os locais onde efectuar as sondagens mecânicas, de modo a poder justificar as anomalias de condutividade eléctrica encontradas.

· As características das unidades sedimentares comprovaram os resultados obtidos na modelação geofísica, sendo comparáveis aos obtidos através do Método das Médias na zona superior do perfil.

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricos

Os depósitos e os terraços de natureza aluvionar de média a pequena dimensão, presentes nas margens de rios “maturos”, possibilitam a ocorrência de aquíferos do tipo poroso;

A ocorrência de importantes variações espaciais na litologia e na estrutura interna é normalmente confirmada aquando da observação directa ou da aplicação de métodos de interpretação indirecta (por exemplo com o desenvolvimento de técnicas de prospecção geofísica).

INTRODUÇÃO

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricos

O depósito aluvionar que ocorre na margem esquerda do Rio Mondego junto à povoação de Vila Nova (Penacova) constitui um exemplo desta situação.

A heterogeneidade litológica-estrutural do depósito, bem como a heterogeneidade no substrato rochoso, foi reconhecida com a aplicação de métodos geofísicos eléctricos.

INTRODUÇÃO

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricos

Enquadramento

A área estudada está inserida no concelho de Penacova, mais precisamente na margem esquerda do rio Mondego, a cerca de 22 km a NE de Coimbra.

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricos

Enquadramento geológico e estrutural

Depósitos detríticos de origem fluvial(aluviões) de

idade quaternária

Materiais terrígenos de granulometria muito

variável, geralmente com estrutura móvel

O depósito está orientado

paralelamente ao rio, ou seja, segundo

NNE-SSW

Depósito aluvionar assenta discordantemente sobre um

soco paleozóico e pré-câmbrico

A região foi sujeita a intensa deformação desde o Devónico

médio, apresentando uma rede de fracturação densa e

muito penetrativa

Localmente, a morfologia e o traçado do rio denunciam a

presença de importantes fracturas ENE-WSW e NE-SW.

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricosEnquadramento hidrogeológico

Estruturalmente mais complexo e profundo, implantado nas formações paleozóicas do Sinclinal do Buçaco

desenvolve-se fundamentalmente nos quartzitos

ordovícicos, é do tipo fissurado

apresenta regime confinado a semi-confinado

Regional e localmente ocorrem dois sistemas aquíferos :

unidade aquífera do segundo sistema

A recarga aquífera decorre fundamentalmente da infiltração e da descarga marginal e de fundo do rio

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricosEnquadramento hidrogeológico

A piezometria local expressa uma hidrodinâmica fortemente condicionada pelo regime hidráulico do rio Mondego.

A recarga aquífera decorre fundamentalmente da infiltração e da descarga marginal e de fundo do rio

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricosCARACTERIZAÇÃO GEOFÍSICA -

Metodologia

obtenção de uma imagem

bidimensional do terreno

utilização de

eléctrodos

múltiplos

medições com

métodos geofísico

s

Dadas as características da litologia presente na zona em estudo foram realizadas:

Nestes levantamentos usou-se:

Para alcançarem profundidades de

investigação ultrapassassem

a base dos depósitos

aluvionares.

espaçamento entre

eléctrodos de 5m

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caracterização com métodos geofísicos eléctricosCARACTERIZAÇÃO GEOFÍSICA -

Metodologia

Nos levantamento

s 2D foram utilizados

dispositivos Wenner-

Schlumberger e dipolo-dipolo

tendo sido complementa

dos com algumas

sondagens eléctricas

Schlumberger

orientação sensivelment

e perpendicular à dimensão

maior da mancha

aluvionar

Os perfis realizados têm, no geral:

Representação esquemática d arranjamento  Wenner-Schlumberger dos eléctrodos 

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– enquadramento hidrogeológico e caracterização com métodos geofísicos eléctricosResultados Obtidos

As aluviões de Vila Nova, Penacova

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As aluviões de Vila Nova, Penacova– enquadramento hidrogeológico e

caracterização com métodos geofísicos eléctricos

Conclusão

Dos levantamentos efectuados resulta a possibilidade de correlação espacial das características morfométricas e hidrodinâmicas do aquífero aluvionar com as variações laterais e verticais das aluviões, postas em evidência pelos métodos geofísicos, como seja a presença de sedimentos de granulometria mais grosseira na zona adjacente ao rio, a que acresce a evidência de controlo estrutural por falhas.

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Bibliografia

http://www.iag.usp.br/siae98/eletromag/eletromag.htm

Veiga, N.M.S. Alte Da (2010); As aluviões de Vila Nova, Penacova – enquadramento hidrogeológico e caracterização com métodos geofísicos eléctricos; Revista Electrónica de Ciências da Terra - e -Ter ra- http://e-terra.geopor.pt, ISSN 1645-0388, Volume 10 – nº 12;

Castilho,A. M (2010); Interpretação de dados de prospecção electromagnética obtidos nas dunas de Quiaios (Figueira da Foz, Portugal); Revista Electrónica de Ciências da Terra- http://e-terra.geopor.pt, ISSN 1645-0388, Volume 10 – nº 13

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