Eleições 2014 - 25 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Vereadores declaram seus apoios Joãozinho Miranda Deputado estadual: Ricardo Nicolau Deputado Federal: Gedeão Amorim Governador: Eduardo Braga Senador: Praciano Sildomar Abtibol Deputado Estadual: Sidney Abtibol Deputado Federal: Arthur Bisneto Governador: José Melo Senador: Omar Aziz Presidente: Aécio Neves Massami Miki Deputado Estadual: Marcel Alexandre Deputado federal: Hissa Abraão Governador: Eduardo Braga Senador: Francisco Praciano Presidente: Dilma Rousseff Joãozinho Miranda Não foi encontrado para comentar o assunto Socorro Sampaio Deputada federal: Concei- ção Sampaio Governador: Eduardo Braga Senador: Francisco Pra- ciano Presidente: Dilma Rousseff Hiran Nicolau Deputado estadual: Ricar- do Nicolau Amauri Colares Não foi encontrada para comentar o assunto Ednailson Rosenha Deputado federal: Arthur Bisneto Governador: José Melo Presidente: Aécio Neves Junior Ribeiro Não foi encontrada para comentar o assunto Francisco Jornada Não foi encontrada para comentar o assunto Vereadores fora da disputa se tornam cabos eleitorais Com apoio disputado entre os candidatos, políticos que não concorrem ao pleito deste ano estão apoiando “afilhados” JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO F ora da disputa dire- ta nestas eleições, 16 vereadores da Câmara Municipal de Ma- naus (CMM), de forma assumida ou não, figuram como cabos elei- torais de peso nas campanhas postas nas ruas. Com um pleito recheado de vagas e candidatos, eles vão para o corpo a corpo e pedem votos para seus colegas, que em geral es- tão ligados aos seus partidos ou coligações. Em seu primeiro mandato, Rosi Matos (PT) busca, em meio à base que a elegeu, parceria em prol dos candida- tos Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição à Presidência da República, João Pedro (PT), candidato à Câmara Federal, Wagner Santana (PT), que bri- ga por uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do Amazonas e Eduardo Braga (PMDB), que tenta chegar ao cargo de governador do Ama- zonas pela terceira vez. De acordo com a parlamen- tar, o apoio se dá não só por fidelidade partidária, mas por identificação das propostas. “Estamos trabalhando para um grupo que possui pensa- mentos afinados. O tempo que tenho procuro participar de reuniões e manifestos organizados pela coligação. Estamos no corpo a corpo e em ritmo acelerado des- de o princípio das atividades eleitorais”, comentou. Roberto Sabino (Pros) é outro que se mostra fiel à coligação estabelecida pela sua legenda. Em seu segundo mandato na casa, ele pretende usar a influência dos 8.140 votos que o reelegeram em 2012, para ajudar no projeto da coligação Fazendo Mais Por Nossa Gente, composta pelos par- tidos Pros, DEM, PSL, PTN, PSC, PR, PRTB, PHS, PTC, PV, PRP, PSDB, PEN, PSD, SD e PTdoB. “Somos um par- tido comprometido com um projeto de conti- nuidade do desenvolvimento do progresso do Amazonas. Por isso, defendo com veemên- cia a reeleição do governador José Melo, a ida de Omar Aziz ao Senado Federal, a reeleição de Silas Câmara para a Câ- mara Federal e do deputado Wanderley Dallas na Aleam”, disse, sem revelar quem é o seu candidato ou candidata ao governo federal. Na linha de frente da cam- panha do marido, Dr. Miguel Carrate, a vereadora Glória Carrate (PSD) mantém uma agenda intensa, dentro e fora dos comitês espalha- dos pelas Zonas Oeste, Cen- tro-Oeste, Leste e Norte de Manaus. Segundo ela, o dia já começa com a elaboração da agenda do companheiro e com as instru- ções para os coordenado- res dos cabos eleitorais. “Começo o dia despachando no comitê localizado na ave- nida Brasil, na Compensa. De lá vou cumprir minha agenda na Câmara Municipal. Depois a correria recomeça e vamos para as ruas”, comentou. Além do apoio ao marido, Carrate se divide em pedir votos para José Melo, Omar Aziz e Arthur Bisneto (PSDB), que concorre à vaga uma vaga de deputado federal. Quem também tem ido às ruas na tentativa de angariar votos é o vereador Waldemir José (PT). Para fortalecer as ações em prol das candidatu- ras petistas no Amazonas, Wal- demir tem dedicado as tardes para estar junto aos eleitores concentrados em terminais de ônibus. “Não sou candidato, mas entendo a ne- cessidade de fortalecermos o partido. Apoio como posso, e indico a equipe que me cerca na Câmara Municipal que fora do ambiente de trabalho tam- bém vista a camisa de Dilma, Francisco Praciano, João Pedro e José Ricardo”, destacou. Integrando a lista de ca- bos eleitorais com cadeira no legislativo municipal, o vereador Professor Bibiano acompanha as atividades dos colegas petistas e também segue a linha do corpo a corpo. Com atividades pelas qua- tro zonas da cidade, Bibiano tem articulado junto às igre- jas e entida- des sociais a vitória do grupo. “Eu e minha equipe fomos unânimes ao concluir que Dilma, Praciano, João Pedro e José Ricardo são os melhores nomes para representar as necessidades do povo. Nossa prioridade é fazer com que nosso mandato na CMM avance, mas entendo que fazer uma boa política também é lutar em conjunto, por isso não estamos à mar- gem do processo”, frisou. Por meio da sua assesso- ria de imprensa, a vereadora Professora Jacqueline (PPS) informou apenas que trabalha para a campanha do partido, sem citar os nomes diretos de seus candidatos. ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 25/9/2014 00:01:42

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Eleições 2014 - Caderno de especial do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

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Vereadores declaram seus apoios

Joãozinho MirandaDeputado estadual: Ricardo

NicolauDeputado Federal: Gedeão

AmorimGovernador: Eduardo Braga

Senador: PracianoSildomar Abtibol

Deputado Estadual: Sidney Abtibol

Deputado Federal: Arthur Bisneto

Governador: José MeloSenador: Omar Aziz

Presidente: Aécio NevesMassami Miki

Deputado Estadual: Marcel Alexandre

Deputado federal: Hissa Abraão

Governador: Eduardo BragaSenador: Francisco PracianoPresidente: Dilma Rousseff

Joãozinho MirandaNão foi encontrado para

comentar o assuntoSocorro Sampaio

Deputada federal: Concei-ção Sampaio

Governador: Eduardo Braga

Senador: Francisco Pra-ciano

Presidente: Dilma Rousseff Hiran Nicolau

Deputado estadual: Ricar-do Nicolau

Amauri ColaresNão foi encontrada para

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Deputado federal: Arthur Bisneto

Governador: José MeloPresidente: Aécio Neves

Junior RibeiroNão foi encontrada para

comentar o assuntoFrancisco Jornada

Não foi encontrada para comentar o assunto

Vereadores fora da disputa se tornam cabos eleitoraisCom apoio disputado entre os candidatos, políticos que não concorrem ao pleito deste ano estão apoiando “afi lhados”

JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

Vereadores declaram seus apoios

Joãozinho MirandaDeputado estadual: Ricardo

NicolauDeputado Federal: Gedeão

AmorimGovernador: Eduardo Braga

Senador: PracianoSildomar Abtibol

Deputado Estadual: Sidney Abtibol

Deputado Federal: Arthur Bisneto

Governador: José MeloSenador: Omar Aziz

Presidente: Aécio NevesMassami Miki

Deputado Estadual: Marcel Alexandre

Deputado federal: Hissa Abraão

Governador: Eduardo BragaSenador: Francisco PracianoPresidente: Dilma Rousseff

Joãozinho MirandaNão foi encontrado para

comentar o assuntoSocorro SampaioSocorro Sampaio

Deputada federal: Concei-ção Sampaio

JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

Fora da disputa dire-ta nestas eleições, 16 vereadores da Câmara

Municipal de Ma-naus (CMM), de forma assumida ou não, fi guram como cabos elei-torais de peso nas campanhas postas nas ruas. Com um pleito recheado de vagas e candidatos, eles vão para o corpo a corpo e pedem votos para seus colegas, que em geral es-tão ligados aos seus partidos ou coligações.

Em seu primeiro mandato, Rosi Matos (PT) busca, em meio à base que a elegeu, parceria em prol dos candida-tos Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição à Presidência da República, João Pedro (PT), candidato à Câmara Federal, Wagner Santana (PT), que bri-ga por uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do Amazonas e Eduardo Braga (PMDB), que tenta chegar ao cargo de governador do Ama-zonas pela terceira vez.

De acordo com a parlamen-tar, o apoio se dá não só por fi delidade partidária, mas por identifi cação das propostas. “Estamos trabalhando para um grupo que possui pensa-mentos afi nados. O tempo que tenho procuro participar de reuniões e manifestos organizados pela coligação. Estamos no corpo a corpo e em ritmo acelerado des-de o princípio das atividades eleitorais”, comentou.

Roberto Sabino (Pros) é outro que se mostra fi el à coligação estabelecida pela sua legenda. Em seu segundo mandato na casa, ele pretende usar a infl uência dos 8.140 votos que o reelegeram em 2012, para ajudar no projeto da coligação Fazendo Mais Por

Nossa Gente, composta pelos par-tidos Pros, DEM, PSL, PTN, PSC, PR, PRTB, PHS, PTC, PV, PRP, PSDB, PEN, PSD, SD e PTdoB.

“Somos um par-tido comprometido com um projeto de conti-nuidade do desenvolvimento do progresso do Amazonas. Por isso, defendo com veemên-cia a reeleição do governador José Melo, a ida de Omar Aziz ao Senado Federal, a reeleição de Silas Câmara para a Câ-mara Federal e do deputado Wanderley Dallas na Aleam”, disse, sem revelar quem é o seu candidato ou candidata ao governo federal.

Na linha de frente da cam-panha do marido, Dr. Miguel Carrate, a vereadora Glória Carrate (PSD) mantém uma agenda intensa, dentro e fora dos comitês espalha-dos pelas Zonas Oeste, Cen-tro-Oeste, Leste e Norte de Manaus. Segundo ela, o dia já começa com a elaboração da agenda do companheiro

e com as instru-ções para os coordenado-res dos cabos eleitorais.

“Começo o dia despachando no comitê localizado na ave-nida Brasil, na Compensa. De lá vou cumprir minha agenda na Câmara Municipal. Depois a correria recomeça e vamos para as ruas”, comentou.

Além do apoio ao marido, Carrate se divide em pedir votos para José Melo, Omar Aziz e Arthur Bisneto (PSDB), que concorre à vaga uma vaga de deputado federal.

Quem também tem ido às ruas na tentativa de angariar votos é o vereador Waldemir José (PT). Para fortalecer as ações em prol das candidatu-ras petistas no Amazonas, Wal-demir tem dedicado as tardes

para estar junto aos eleitores concentrados em terminais de ônibus. “Não sou candidato, mas entendo a ne-cessidade de fortalecermos o partido. Apoio como posso, e indico a equipe que me cerca na Câmara Municipal que fora do ambiente de trabalho tam-bém vista a camisa de Dilma, Francisco Praciano, João Pedro e José Ricardo”, destacou.

Integrando a lista de ca-bos eleitorais com cadeira no legislativo municipal, o vereador Professor Bibiano acompanha as atividades dos colegas petistas e também segue a linha do corpo a corpo. Com atividades pelas qua-tro zonas da cidade, Bibiano

tem articulado junto às igre-jas e entida-des sociais a

vitória do grupo. “Eu e minha equipe fomos unânimes ao concluir que Dilma, Praciano, João Pedro e José Ricardo são os melhores nomes para representar as necessidades do povo. Nossa prioridade é fazer com que nosso mandato na CMM avance, mas entendo que fazer uma boa política também é lutar em conjunto, por isso não estamos à mar-gem do processo”, frisou.

Por meio da sua assesso-ria de imprensa, a vereadora Professora Jacqueline (PPS) informou apenas que trabalha para a campanha do partido, sem citar os nomes diretos de seus candidatos.

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2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Braga visita Benjamin Constant e Tabatinga

A carreata que o senador Eduardo Braga, candida-to ao governo do Estado pela coligação Renovação e Experiência, está fazendo esta semana pela calha do Alto Solimões passou ontem nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga.

Em Benjamin Constant, nem mesmo o sol das 15h30 afastou os moradores do local onde foi realizado o comício. E mesmo antes da chegada de Eduardo Braga, a movimentação na cidade era intensa. Pessoas se des-locando para o local onde Braga desembarcaria e se preparando para recebê-lo. “Todo mundo está aqui de boa vontade. Essa é a nossa felicidade”, afi rmou Doutor Cabral, vereador da cidade. “Esse é o verdadeiro carinho de Benjamin Constant, que foi abandonada. Abandona-ram o Alto Solimões, como abandonaram o interior do Estado”, disse Rafael Maga-lhães, outro vereador.

“Esse povo todo é mara-vilhoso. Veio aqui num sol escaldante para nos ver, nos ouvir e dar uma voz de liberdade e esperança para o futuro de Benjamin Constant”, afirmou Eduar-do Braga.

Já em Tabatinga, Eduardo Braga começou a visita de uma forma que é prati-camente marca registrada sua: não se restringiu à sede do município e foi primeiro à comunidade indígena de Umariaçu. Braga conhece a comunidade de quase cinco

mil pessoas desde 1998 e é responsável pelo asfalta-mento da localidade.

Lá, o cacique tikuna João Lourenço Cruz recebeu Bra-ga e deu a sugestão de que se façam concursos para que indígenas ingressem na Polícia Militar e façam a segurança das comunida-des onde moram os índios. Braga disse que gostou da ideia e vai estudar uma forma de pôr em prática.

Na sede de Tabatinga, o

senador disse que se for a vontade de Deus e do povo do Amazonas, volta à cidade em janeiro. “E vou chegar aqui não mais como can-didato, mas como gover-nador. Para pôr ordem na casa e trabalhar muito”.

Candidato ao Sena-do, Praciano disse que o momento atual é de fes-ta cívica, festa da demo-cracia. “Se a gente não pensar na gente, na nos-sa cidade, no nosso país, a gente não se ajuda. Só vamos colaborar se refle-tirmos”, aconselhou.

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PRIORIDADES Durante seu discurso, o candidato declarou que se for da vontade de Deus que seja elei-to, deverá voltar ainda em janeiro às regi-ões para agradecer e colocar ordem na casa, que está abandonada

José Melo e Omar fazem comício na Zona Norte Reunião ocorreu no Via Norte Show e atraiu uma multidão, que foi ouvir as propostas de campanha de José Melo

O agradecimento ao apoio da população à candidatura de re-eleição de José Melo

(Pros) e as propostas de con-tinuar trabalhando pelo Ama-zonas dominaram o tom dos discursos em comício realizado pela coligação Fazendo Mais Por Nossa Gente, no Via Norte Show, antigo Planeta Talismã, na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

O espaço fi cou lotado de ad-miradores que pararam para ouvir os discursos comanda-dos por José Melo, Henrique Oliveira (SD), candidato a vice-governador e do ex-governa-dor e candidato ao Senado, Omar Aziz (PSD). “Eu estou hoje aqui reivindicando o meu direito de ser governador do Amazonas por quatro anos. Eu luto há 32 anos como servi-dor público desse Estado, agora, reúno o tamanho da minha experiência e da mi-nha vontade para continuar fazendo mais e melhor pelo Amazonas”, declarou Melo, enfatizando que continuará trabalhando para a evolução do sistema de segurança.

“A segurança avançou muito desde que Omar e eu assumi-mos o governo. O número de delegacias praticamente do-brou, viaturas novas, policiais nas ruas, salários e equipa-mentos melhores, portanto, eu

não vou admitir que alguém que tenha fi cado oito anos no governo e não fez nada pela segurança venha apontar o dedo para dezesseis mil po-liciais dizendo que não existe segurança neste Estado. Isso é desrespeitar aqueles que saem de peito aberto todos os dias para trabalhar em defesa da população”, enfatizou.

A adesão cada vez mais cres-cente da população às propos-tas de Melo defi niu o discurso do vice, Henrique Oliveira, que agradeceu o apoio das massas. “As pessoas mais importantes estão aí embaixo, não estão aqui em cima do palanque, não”, disse Henrique, como-vido. “Nós não podemos fi car do lado da violência, da trucu-lência, de quem mora dentro de condomínio fechado. Nós temos que apoiar quem já aceitou o desafi o de melhorar a segurança pública, a saúde e a educação. Nosso governo será assim, vamos traba-lhar para somar, multiplicar e dividir o que é bom para o povo”, declarou.

Já Omar começou o discur-so destacando a evolução de Melo nas pesquisas. “Estamos recebendo os números do in-terior e da capital e o Melo cresce como uma fl echa. É uma ‘MeloMania’ no Amazo-nas. Eu nunca tive dúvida que a humildade iria prevalecer”. Um grande palanque se formou ontem no Via Norte Show, na Cidade Nova, durante comício da coligação de José Melo

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Braga declarou que, ao chegar ao município Benjamin Constant, fi cou surpreso com o carinho recebido dos moradores

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3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Candidato continua as viagens pela calha do Médio Amazonas.

EDUARDO BRAGA

Candidato às 5h30 faz bandeiraço na Torquato Tapajós, às 6h faz panfl etagem na Noel Nutels, na Cidade Nova. Ao meio-dia, participa de um almoço com apoiadores da campanha na feira da Manaus Moderna. No fi m da tarde, faz caminhada no Riacho Doce e à noite tem encontro com jovens do programa “Arena Jovem”.

MARCELO RAMOS

Candidato faz pela manhã reunião interna com co-ordenadores do partido e à tarde grava propaganda eleitoral.

HERBERT AMAZONAS

Candidato não divulgou agenda.

ABEL ALVES

Candidato pela manhã cumpre agenda administrativa. Ao meio-dia, participa de um almoço na empresa BIC. À tarde, faz reunião com os mototaxistas e às 17h realiza caminhada na Zona Norte. À noite, tem reunião com moradores do bairro Armando Mendes.

JOSÉ MELO

Candidato pela manhã participa como deputado esta-dual da sessão na Aleam. Às 14h, realiza uma entrevista pela internet. No fi m da tarde, faz caminhada no bairro de Petrópolis e à noite tem encontro popular no bairro Libermorro.

CHICO PRETO

Candidato faz panfl etagem na Zona Leste da cidade.

NAVARRO

José Melo recua e decide afastar comando da PMDecisão que pede o afastamento de Eliézio e Aroldo do comando da corporação será publicada no Diário Ofi cial de hoje

A cúpula do gover-no anunciou ontem que um novo decreto deverá ser publicado

hoje determinando o afas-tamento do comandante e o subcomandante da Polí-cia Militar (PM), Eliézio Al-meida e Aroldo da Silva. A medida foi tomada após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) afirmar que o decreto que deu férias de 30 dias aos dirigentes não atende a liminar de afastamento, concedida pelo desembar-gador João Mauro Bessa. O recuo deverá ser assinado nesta quinta-feira pelo go-vernador José Melo (Pros) e circulará no Diário Oficial de amanhã.

“Os dois já estão tecnica-mente afastados, de férias. O que vai acontecer é que vamos esperar a notificação do tribunal afirmando que as férias não atendem e então editaremos o decreto acrescentando o afastamen-to, provavelmente amanhã (hoje)”, disse o titular da Casa Civil e secretário de governo, Raul Zaidan. Até a tarde de ontem, a assessoria jurídica de Melo ainda não havia sido notificada sobre o descarte do decreto de férias publicado na última sexta-feira (19).

Na tarde da última ter-ça-feira, dia 22, o desem-bargador João Mauro Bes-sa antecipou que a medida não atenderia a liminar, por não considerar a possibilida-de de um possível segundo turno entre os candidatos ao governo, visto que as férias foram concedidas até o pró-ximo dia 18 de agosto, uma semana antes da segunda votação, em 26 de agosto. A liminar visa manter Eliézio e Aroldo afastados da cor-

poração du-rante todo o processo eleitoral.

Os recen-tes escân-dalos en-volvendo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) têm protagonizado troca de acusações entre os candida-tos ao governo. José Melo aumentou ontem o tom, no programa eleitoral de TV e rádio, contra as críticas do senador Eduardo Braga e fez um pronunciamento direto ao adversário. A campanha do candidato à reeleição tenta estancar os danos causados pela sequência de acontecimentos.

Farpas No pronunciamento que

estreou no horário nobre da última segunda-feira, 22, e foi exibido até a tarde

de ontem, Melo diz que a candidatura de Braga “está dando demonstrações de de-sespero” e acusa o senador de criar “clima de instabili-dade na segurança pública”. “Você é rico, Eduardo, anda com guarda-costas. Você e sua família têm segurança particular”, diz Melo. O go-vernador reforçou ainda a estratégia de lembrar dados do setor de Segurança na gestão de Braga.

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

MUDANÇA Na tarde da última terça-feira, dia 22, o desembargador do Tribunal regional Elei-toral, João Mauro Bessa antecipou que a medida não atenderia a liminar do órgão e pediu para revogarem a desição

Já Eduardo Braga man-teve o assunto como car-ro-chefe do programa e levou novamente o depu-tado Marcos Rotta (PMDB) como interlocutor dos ata-ques. Após explorar a re-percussão da denúncia do

Ministério Público Eleitoral contra Melo, o parlamentar aparece em fundo preto, reforçando a abordagem. “Nada mais velho na políti-ca que usar a máquina, fun-cionários, equipamentos e veículos do governo pagos

com dinheiro do povo para fazer campanha política”, diz Rotta.

“Enquanto o Brasil pede mudança, uma atitude dife-rente dos seus governantes, Melo faz o que há de mais antigo e indesejável. Não se

brinca com polícia porque assim se coloca a vida de pessoas em risco. Usar a polícia na campanha é dizer que vale tudo e o Brasil não tolera mais atitudes políti-cas de abuso e privilégios”, completa o deputado.

Braga mantém ataques sobre segurança

O governador José Melo precisou retomar sua decisão de dar férias aos comandantes e acatar a determinação do tribunal

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4 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Contadora confi rma as empreiteiras do Petrolão

Em depoimento à Justiça Federal no dia 15, a ex-conta-dora do megadoleiro Alberto Youssef, Meire Poza, confi r-mou o envolvimento de pelo menos cinco grandes em-preiteiras no Petrolão, todas contratadas pela Petrobras. Poza explicou ao juiz Sérgio Moro que a GFD, empresa de Youssef, emitia notas fi scais contra as empreiteiras por serviços que jamais foram prestados. A suspeita é que esse dinheiro abastecia o cai-xa usado para pagar propi-nas a políticos e autoridades do governo.

Contadora contouA Camargo Corrêa, que

tem contrato na obra su-perfaturada da refi naria de Abreu e Lima (PE), devia R$ 12 milhões a Youssef, jura Meire Poza.

Beiço milionárioMeire Poza contou que até

negociou para receber parte da dívida da Camargo Corrêa junto a Youssef. Mas não fechou acordo.

Força tarefaSegundo Poza, UTC, OAS e

Constran eram representa-das por só um advogado, que ajudou a pagar as contas de Youssef após sua prisão.

Negócio das platafor-mas

Poza também citou a em-preiteira Mendes Júnior, que tinha contrato com o doleiro Youssef, “ligado a platafor-mas de petróleo”.

Youssef é o elo entre o mensalão e a Petrobras

Ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula e policial experiente, Romeu Tuma Jr. diz que o megado-leiro Alberto Youssef – que faz delação premiada, como re-velou esta coluna – é o grande

elo que ligará o propinoduto da Petrobras ao escândalo do mensalão. “O esquema da Petrobras é o aperfeiçoa-mento do mensalão, que teve como operador Youssef, que passou a atuar para o PT após o caso Banestado”.

Rota do dinheiroPara Romeu Tuma Jr., a

delação de Youssef tam-bém servirá para dar res-paldo às denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Quebra-cabeçaA delação de Youssef po-

derá preencher ainda la-cunas do depoimento do ex-diretor, que apresentou provas contra 37 dos 60 políticos citados.

Com atrasoLíder do PPS, o deputado

Rubens Bueno (PR) lastima a tardia delação premiada de Youssef: “O estrago vai fi car para depois das eleições...”

Mais um, madameO Estado Islâmico decapi-

tou mais um refém. Deve ter sido em atenção à atitude vexatória de Dilma, que na ONU criticou o combate ao grupo terrorista e defendeu o “diálogo”. Entre a faca e o pescoço, certamente.

Tiro no péO discurso de Dilma en-

vergonhando o Brasil, ao defender os terroristas do Estado Islâmico, afasta o país do Conselho de Segurança da ONU – que aprovou por unanimidade resolução para combater os facínoras.

Os ausentes Sinais de desembarque da

campanha, em Minas: fi gu-rões do PSDB como Antônio Anastasia, candidato ao Se-nado, o governador Alberto Pinto Coelho e o presidente da legenda, Marcus Pestana,

não têm acompanhado o can-didato Pimenta da Veiga aos debates na televisão.

DesconfortoUma das principais acio-

nistas do Itaú Unibanco, Milu Villela, da família Villela, anda irritada com a postura de militância político-partidária dos sócios Roberto Setúbal e Neca Setúbal em favor de Marina Silva. A História mos-tra que essa relação sempre acaba em desastre político.

Coronelismo na BahiaLúcio Vieira Lima (PMDB)

compara Jaques Wagner, ba-balaô do PT-BA, ao coronel Cid Gomes: usou a Justiça para impedir que a denún-cia da “Veja” sobre mensa-lão baiano fosse exposta no guia eleitoral.

Mensalão do acarajéAs revelações de Dalva Sele

Paiva, da ONG Instituto Bra-sil, sobre como o “caixa 2” do PT baiano, com verbas de programas sociais, está sen-do chamado nas redes sociais de “mensalão do acarajé”.

Faltou dizerA operação Lava Jato partiu

dos indícios de maracutaia levados pelos bancos e o Banco Central à PF e ao Ministério Público Federal. Talvez por isso a campanha do PT culpa o BC por todos os (seus) males.

Errou, LindberghAliados do senador Lindber-

gh Farias (PT), candidato ao governo do Rio, avaliam que ele adotou estratégia errada ao atacar Luiz Pezão (PMDB) em vez de Garotinho (PR), para tentar vaga no 2º turno.

Pensando bem......com a vergonhosa de-

claração na ONU insinuando apoio à barbárie do Califado Islâmico, Dilma decapitou o anão diplomático brasileiro.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

É Farroupilha!

www.claudiohumberto.com.br

Excrescência”

JOAQUIM BARBOSA, ministro aposentado do STF, defi nindo a propaganda eleitoral

O estilo do lendário general Flores da Cunha no carteado teve desdobramentos. Como se sabe, o interventor no governo do Rio Grande do Sul detestava perder, e certa vez impôs à mesa, arrastando as fichas:

- Ganhei! Formei uma Farroupilha, o maior jogo numa mesa gaúcha!

Para espanto dos parceiros, eram só cinco cartas de naipes diferentes. O jogo seguiu e logo depois um dos seus adversários exclamou:

- É Farroupilha!- Esse jogo só vale uma vez! – reagiu o general, incontinenti, recolhendo as fichas

com a mão esquerda e segurando um revólver 38 com a direita.

ROBERVALDO ROCHA/DIRCOM

Proposta é evitar que a população descarte lixo irregularmente nas principais ruas do Centro

Projeto de lei proposto pelo vereador Walfran Torres foi aprovado ontem na CMM e segue para sanção do prefeito

Jogar lixo na rua poderá gerar multa de R$ 630

Cidadãos que descar-tarem irregularmen-te resíduos sólidos ou lixo nas vias pú-

blicas da área central de Manaus, da Ponta Negra, nas principais praças do Centro Histórico, Praça dos Bilhares, Cidade da Criança e ao longo do Igarapé do Franco, pode-rão receber multa de até R$ 630. É o que dispõe o Projeto de Lei (PL) nº 136/2013, de autoria do vereador Wal-fran Torres (PTC), aprova-do pela Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (24), e encami-

nhado para sanção do prefeito de M a n a u s , Arthur Neto (PSDB).

Na pro-posta, os “ r e s í d u o s sólidos ou lixo” de qualquer pessoa física ou jurídica são considerados propriedade privada, sendo de sua in-teira responsabilidade até a destinação fi nal. As multas previstas no PL variam de uma UFM para os infratores iniciais, ou seja, R$ 78,79 a

R$ 630,32 — equivalente a oito UFMs a serem cobradas dos infratores a partir da quarta reincidência.

Para aplicação das multas, será observada pelo órgão competente municipal a gra-vidade do fato, assim como os antecedentes do infrator ou do responsável solidário.

Na justifi cativa, o autor des-taca o problema do lixo como uma preocupação de todos os cidadãos de Manaus, uma vez que o volume produzido na cidade aumentou conside-ravelmente, ao alcançar três mil toneladas por dia.

Chico cobra solução na segurançaO deputado estadual

Marco Antônio Chico Preto (PMN) cobrou na manhã da quarta-feira, 24, durante pronunciamento na Assem-bleia Legislativa do Esta-do (ALEAM), uma posição fi rme e clara, por parte do governo do Amazonas, para acabar com a crise registrada na área da se-gurança pública, e lembrou que a Polícia Militar não pode fi car sem comando.

O parlamentar apelou para o bom senso do gover-nador José Melo e apontou para a necessidade de o chefe do Executivo estadual cumprir o regulamento da Polícia Militar, observar a

questão da disciplina e da hierarquia, colocar o co-ronel mais antigo no co-mando da tropa, enquanto não nomeia um novo, e não permitir que a improvisação continue a nortear as ações daquela corporação.

“Não é bom o governo fi -car inventando regras para atender aos seus interes-ses eleitoreiros. Ele preci-sa cumprir o regulamento da instituição, porque, se continuar a afrontar o regu-lamento da PM e a inventar soluções, a crise só se apro-fundará”, argumentou.

Ao explicar o episódio, Chico Preto lembrou que a Procuradoria Regional

Eleitoral pediu à Justiça Eleitoral o afastamento do comandante-geral da PM, coronel Eliézio Almei-da da Silva, e do subco-mandante, Aroldo Ribeiro, por estarem deturpando as suas atribuições e desem-penhando as funções de cabos eleitorais.

Chico Preto disse, ainda, que a medida cautelar foi solicitada pela Procurado-ria após as investigações do órgão apontarem para uma suposta ação da Po-lícia Militar com o propó-sito de favorecer o atual governador e o candidato a vice pela mesma chapa, Henrique Oliveira.

PROPOSTA

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5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Lei obriga escolas a ter segurança

O Projeto de Lei nº 037/2014, de autoria da vereadora Professora Jac-queline (PPS), que obriga as escolas públicas e privadas, instaladas em Manaus, a terem um plano estraté-gico de segurança, avalia-ção de riscos e evacuação foi aprovado ontem (24), pela Comissão de Consti-tuição, Justiça e Redação da Câmara Municipal de Manaus (CCJR/CMM).

O projeto de lei pre-vê que as escolas de-verão montar um plano estratégico de seguran-ça, avaliação de risco e evacuação, com base na planta do prédio onde es-tão instaladas. O objetivo é ajudar os profissionais da educação (professo-res, gestores e coorde-nadores pedagógicos) e alunos a agirem de forma correta e segura em situa-ções de acidentes, incên-dios ou qualquer outra ocorrência perigosa.

EstratégiasDe acordo com a vereado-

ra Jacqueline, o plano estra-tégico garante não somente a evacuação do prédio, mas um mapeamento completo dos riscos dentro da escola, feito por um especialista. “O gestor é responsável pela segurança dos alunos den-tro da escola. Este plano estratégico o deixará ciente dos pontos vulneráveis do prédio. Em caso de aciden-te, ninguém será pego de surpresa”, explicou.

Após a aprovação da CCJR, o projeto de lei seguirá para votação em plenário.

TRAMITAÇÃO

Desembargador Domingos Chalub teve processo arquivado pelo pleno do Tribunal de Contas

TCE-AM arquiva denúncia contra Domingos Chalub

O pleno do Tribunal de Contas (TCE/AM) decidiu pelo arquivamento da de-núncia formulada contra o desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira, ex-pre-sidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, em face da contratação tempo-rária de servidores para o quadro de pessoal do órgão, no ano de 2002 e entre 2003 e 2010, sem o devido procedimento legal. Antes do arquivamento, o conselheiro Érico Desterro fez um voto-destaque que considerou as contratações ilegais.

Também foi arquivada a denúncia formulada pelo ad-vogado Marcelo Gonçalves de Oliveira contra Itanei Sarah Farias Nóbrega, estagiária do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, por ter recebido proventos de analista judi-ciário, incompatíveiscom seu grau de instrução.

A decisão pelo arquivamen-to das denúncias ocorreu por-que o colegiado julgou que as providências concretas já foram tomadas com a imple-mentação de concurso público visando o preenchimento dos cargos, que são os objetos da denúncia, conforme edital nº 002/2013 – TJ/AM, de 11 de março de 2013, concurso este já concluso e realizadas as convocações dos servidores, sanando assim as improprie-dades antes detectadas.

Sem transparênciaO TCE também julgou pro-

cedente as representações formuladas pelo Ministério Público de Contas contra os presidentes das Câmaras Municipais de Maraã, Bethuel

Pereira B. Filho; e de Jutaí, Edimar Ribeiro Nonato, em razão do descumprimento do artigo 48 da Lei Comple-mentar nº 101/2000 (LRF), que estabelece os portais de transparência. O colegiado concedeu um prazo de 60 dias para que as câmaras de Maraã e de Jutaí adotem as medidas necessárias ao cum-primento da lei. Ao presidente da Câmara de Maraã, Bethuel Pereira B. Filho, foi aplicada uma multa de R$ 2,5 mil por não atender à diligência feita pelo TCE.

Ressalvas e multaA prestação de Contas do

diretor-geral do Serviço Au-tônomo de Água e Esgoto – SAAE/Manacapuru, Wal-demir Tapajós Correa Filho, exercício de 2011, foi julga-da regular com ressalvas, mas o gestor foi multado em R$ 3,2 mil pelo atraso no encaminhamento dos dados relativos aos demonstrati-vos contábeis e fi nancei-ros, por meio do sistema ACP/Captura, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março, do exercício fi nan-ceiro de 2011.

DESEMBARGADOR

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EMPO

Após tentativa de invasão a comitê, Braga vai à JustiçaGrupo de PMs tentou invadir o comitê do senador e candidato ao governo para impedir a distribuição de material publicitário

A ação desastrosa de um grupo de policiais mili-tares, que foi detido e levado à Polícia Federal

após atender a uma falsa denún-cia de crime eleitoral, na última terça-feira (22), no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus, serviu de munição para o can-didato ao governo do Estado, Eduardo Braga (PMDB), da coli-gação Renovação e Experiência. O advogado da coligação, Daniel Nogueira, informou, ontem (23), que fará uma representação por conduta vedada contra o go-vernador José Melo (Pros), que disputa a reeleição, por suspeita de ter usado servidores públicos e a estrutura da Polícia Militar para tentar prejudicar a campa-nha eleitoral de Braga.

Ação judicialOs ofi ciais da cadeia de co-

mando da PM, que deram a ordem aos policiais militares en-volvidos, também serão citados na ação judicial. No Ministério Público Eleitoral (MPE), será re-gistrada uma notícia-crime con-tra os quatro PMs. Na tarde de terça-feira, durante uma suposta denúncia de crime eleitoral, poli-ciais militares tentaram invadir

um comitê do candidato Eduardo Bra-ga, no Parque Dez, que se-ria o local de distribuição de folhetins irregulares (apócrifos), que estampavam a reportagem de uma revista

nacional sobre a crise na PM do Amazonas. O conteúdo era distri-buído na rotatória do Mindu.

O comitê só não foi invadido pelos PMs porque o advogado da coligação de Braga, Mar-co Aurélio Choy, segurou o portão e impediu a ação dos policiais, que chegaram ao local em sete viaturas. Um helicóptero também foi visto sobrevoando a área.

CARLOS EDUARDO MATOSEquipe EM TEMPO

O juiz da propaganda elei-toral, Henrique Veiga, foi ao local e constatou que não havia irregularidade na pu-blicação dos folhetins. Porém, ele considerou a ação ilegal a policiais militares e os enca-minhou à Polícia Federal, para prestarem depoimento. “Eles foram claros aos dizerem que a ordem partiu do coronel

Roosevelt Neves (comandan-te do programa Ronda no Bairro), mas não citaram o nome dele nos depoimentos”, disse Daniel Nogueira. “Esta ação dos policiais militares me causou espanto, pois nun-ca vi um comitê de campanha eleitoral ser atacado desta maneira. Isso mostra um cla-ro desespero do candidato

adversário”. O advogado da coligação Fazendo Mais Por Nossa Gente, do candidato José Melo, Yuri Dantas, disse que a coligação não irá se manifestar sobre o caso, mas deverá agir judicialmente, caso a coligação Renovação e Experiência, do candidato Eduardo Braga, acuse Melo de usar o serviço público para

atingi-lo. “O candidato Melo não tem nada a ver com esta ação da PM”, ressaltou ele. O coordenador de fi scalização do TRE, Fued Cavalcante, afi r-mou que o Poder Judiciário só irá se manifestar após o ingresso da representa-ção por conduta vedada que será movida pela coligação de Eduardo Braga.

Ordem partiu do comandante do Ronda no Bairro

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ULG

AÇÃO

CONDUTAO advogado da coliga-ção, Daniel Nogueira, disse que fará uma re-presentação por conduta vedada contra Melo por suspeita de ter usado servidores públicos e a estrutura da PM para tentar prejudicar Braga

MULTA

2,5Foi o valor da multa aplicada ao presidente da Câmara Municipal de Maraã

MIL

Policiais militares tentaram invadir o comitê de campanha do senador Eduardo Braga, que vai à Justiça contra José Melo

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LINK

‘A Voz do Face’: termômetro eleitoralUma das maiores empresas

brasileiras de conteúdo, pro-dutos e serviços da internet, e o Facebook, maior rede social online do mundo, lançam com exclusividade o serviço “A Voz do Face”, uma ferramenta que mede diariamente a quanti-dade de menções no Facebook feitas aos três candidatos que lideram as pesquisas de inten-ção de voto para a Presidência da República (Dilma Rousseff , Marina Silva e Aécio Neves).

Iniciativa inédita, “A Voz do Face” permite ao público ter uma visão geral do volume de comentários feitos sobre os presidenciáveis em toda a base de usuários do Facebook. O público pode selecionar dois

períodos de visualização das quantidades de menções: “úl-tima semana” e “últimas 24 horas”. As menções contabi-lizadas não fazem distinção entre comentários neutros, positivos ou negativos.

OperacionalizaçãoAo clicar sobre os nomes e

as fotos dos candidatos, são revelados outros dados: as divisões entre menções por sexo, idade e a densidade por unidade federativa no Brasil. Um mapa do Brasil mostra quais são os can-didatos mais mencionados por Estado.

Ao lado do mapa, um grá-fico mostra a evolução das menções aos nomes de cada um dos presidenciáveis (por dia, quando selecionada a visualização dos dados da última semana, ou por hora, quando selecionada a vi-sualização dos dados das últimas 24 horas).

FERRAMENTA

MENÇÕES“A Voz do Face” é uma ferramenta que mede diariamente a quanti-dade de menções no Facebook feitas aos três candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto: Dilma, Marina e Aécio

Na reta fi nal da campanha, Ramos pede licença da ALECandidato ao governo pelo PSB, deputado Marcelo Ramos pediu licença da Assembleia Legislativa do Estado sem remuneração

Faltando apenas 11 dias para o primeiro turno das eleições, o deputa-do estadual Marcelo Ra-

mos (PSB) entrou com um pedi-do de licença não remunerada, ontem (23), na Assembleia Le-gislativa do Amazonas (Aleam), por causa da candidatura dele ao governo do Estado. Segundo pesquisa do Ibope, divulgada há uma semana, Ramos está em terceiro lugar na disputa, com 4,6% das intenções de voto, atrás de Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (Pros).

Por telefone, Marcelo expli-cou que não tem faltado e nem se atrasado às sessões plená-rias, que acontecem às terças, quartas e quintas-feiras, mas os compromissos de campanha têm exigido dele mais tempo de dedicação.

“Desde o início do período eleitoral, tenho recusado fazer campanha nos dias de sessão plenária na Assembleia Legis-lativa. Porém, o dia das eleições está chegando e tenho preci-sado intensifi car meu trabalho no interior do Estado, como candidato. Preciso de tempo para viajar e aumentar as cami-nhadas nas ruas, em Manaus”, disse. O pedido de licença não remunerada foi protocolizado ontem, não sendo necessá-ria a análise ou aprovação da presidência da Aleam ou da diretoria administrativa da casa, conforme consta no Re-gimento Interno.

Para cada dia ausente, será descon-tado R$ 650 do salário de Marcelo Ra-mos, o que to ta l i za rá R$ 7,8 mil, a contar de ontem. “Eu não me permito faltar ou ir às sessões apenas para marcar presença e ir embora. Prefi ro me afastar e seguir a campanha política com a consciência tranqui-la”, disse o candidato. Ramos destacou que o trabalho de campanha tem sido puxado, começando às 7h e terminando entre 22h e 23h.

Dia a diaO dia começa com panfl e-

tagens nos cruzamentos das grandes avenidas, seguindo com gravações de campanha na TV e no rádio, almoço em fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) ou em feiras. À tarde tem reuniões, caminhadas pelos bairros e à noite tem mais reuniões e mais gravações. Ra-mos já caminhou por diversos bairros, como Cidade Nova, São José, São Francisco, Parque São Pedro, Morro da Liberdade, Par-que Riachuelo, além de Mutirão e Novo Aleixo, onde o candidato percorreu na tarde de ontem.

“Não estou acompanhado de multidões, como os outros can-didatos vem fazendo. Isso per-mite que eu vá de casa em casa e converse com as pessoas, deixe com elas a nossa proposta de mudança”, afi rmou.

CARLOS EDUARDO MATOSEquipe EM TEMPO

Você que me conhece e acompanha o meu trabalho, sabe que sempre fui res-ponsável e dedicado a mi-nha atividade parlamentar. Não falto, não me atraso, não saio antes da sessão terminar. Hoje enfrento o desafi o de ser candidato a governador apresentando uma alternativa real de mu-

dança transformadora e se-gura que inaugure um novo tempo na política e na vida dos amazonenses. Até aqui foi compatível a campanha com o cumprimento do dever na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Nessa reta fi nal, preciso de dedicação total a esse projeto e não seria coeren-

te seguir recebendo salário sem participar ou partici-par apenas para registrar presença nas sessões da Assembleia. Diante disso, protocolizei um pedido de li-cença não remunerada das minhas funções na Aleam até a eleição. Pedido que será renovado quando pas-sarmos ao segundo turno.

Após as eleições, esta-rei de volta à Assembleia para honrar até o último dia o mandato que o povo do Amazonas me confi ou. Se Deus permitir e o povo do Amazonas me der mais essa honra, de lá sairei para tomar posse como o novo governador do Estado do Amazonas.

Leia a nota na íntegra do pedido de licençaMarcelo Ramos decidiu pedir afastamento da Aleam para se dedicar exclusivamente à corrida pelo governo do Amazonas

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7MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Dilma nega discurso eleitoreiroAs primeiras linhas do dis-

curso da presidente Dilma Rousseff na abertura da 69ª Assembleia-Geral da ONU na terça-feira (24) já lembra-vam as eleições presiden-ciais que estão por vir no país. E, ao longo do texto, Dilma exaltou as conquistas de seu governo e dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente do Planalto.

Ela negou, no entanto, o conteúdo eleitoral de sua apresentação. “Eu sugiro que vocês olhem os meus quatro discursos aqui (na Assem-bleia-Geral). São muito pare-cidos no que se refere a eu falar sobre uma questão fun-damental: que o Brasil reduziu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego”, disse em entrevista a jorna-listas no hotel em que está hospedada, em Nova York.

No discurso, Dilma citou dados da FAO (órgão da ONU para a alimentação e a agri-cultura) que mostram que “o Brasil saiu do mapa da fome”, disse. “A grande trans-formação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária.”

Exaltação“Eu digo isso porque, como

chefe de governo, eu tenho um imenso orgulho disso e acho que parte do respeito que o Brasil tem no plano in-ternacional decorre do fato de a gente ter feito isso. Nenhum país, como nenhu-ma família, respeita aqueles que chefiam o país ou a família que não melhoram a vida dos seus”, afirmou na entrevista.

Desde 1947, é uma tradi-

ção na ins-tituição que o chefe de Estado do Brasil seja o primeiro a falar na a b e r t u r a da Assem-bleia-Geral.

‘Beijo’A presidente não quis co-

mentar os números da pes-quisa Ibope, divulgada na terça-feira (23), que apon-tam que ela ampliou para

nove pontos percentuais a vantagem sobre a candida-ta do PSB, Marina Silva, no primeiro turno das eleições.

No segundo turno, as duas aparecem empatadas, com 41% das intenções de voto.

“Eu não comento pesquisa. Eu não comento pesquisa, eu já disse isso para vocês. Quando as pesquisas caem, não comento se sobe e não comento se fi ca no mesmo patamar”, disse.

Questionada sobre sua aparente felicidade na en-trevista, ela respondeu: “Meu querido, eu sou uma pessoa sempre alegre porque acho que senão não vale a pena viver. Vale? Beijo”.

NA ONU

SEM FOMEDilma citou dados da FAO que mostram que “o Brasil saiu do mapa da fome”, disse. “A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma socieda-de mais igualitária”

Aécio: só eu venço petista

O candidato do PSDB à Presidência da Repú-blica, Aécio Neves, disse ontem (24) que a sua candidatura é a única que tem condições efeti-vas de vencer as eleições contra o PT. A afi rmação foi feita porque, segundo o senador, os números da pesquisa Ibope di-vulgados na terça-feira (23) mostram que ele apresentou crescimento nos três maiores colé-gios eleitorais do país (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo).

“Eu vou recuperar os votos de quem quer derrotar o PT nas elei-ções deste ano”, disse Aécio, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde cumpre agenda de cam-panha nesta quarta.

O candidato disse ain-da que o governo dele tem um compromis-so com o agronegócio do país. Ele prometeu oferecer crédito e dar segurança jurídica para o setor.

Sobre seu plano de governo, afirmou que o texto será divulga-do “nos próximos dias”, mas não deu uma data específica.

Na cidade, ele la-mentou ainda a deci-são do Brasil de não aderir à Declaração de Nova York sobre Flores-tas, que prevê cortar o desmatamento em 50% até 2020 e zerá-lo até 2030.

CONFIANÇA

ROBERTO STUCKERT FILHO/PR

PF tenta ouvir Lula há sete meses sobre repasses ao PTPolícia Federal quer que o ex-presidente testemunhe sobre supostos repasses ilegais ao PT pela Portugal Telecom

A Polícia Federal tenta há sete meses um acordo para ouvir o ex-presi-dente Luiz Inácio Lula

da Silva como testemunha no inquérito que investiga supos-tos repasses ilegais da Portugal Telecom para o PT. A investi-gação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal com base em denúncia do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, que, em depoimento prestado à Procu-radoria-Geral da República em 2012, acusou Lula de interme-diar pagamento de R$ 7 mi-lhões da telefônica ao partido. O objetivo seria pagar dívidas de campanha.

Fontes ouvidas pela repor-tagem informaram que o ad-vogado do ex-presidente Lula, Marcio Thomaz Bastos, afi rmou à cúpula da PF que o petista es-teve em Brasília ontem e tenta marcar uma data para prestar esclarecimentos. Ele participou de um evento da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff . Na Polícia Federal, a alegação, contudo, é que os acertos para que o depoimento ocorra, sempre informais, não foram adiante.

A PF espera ouvir o ex-presi-dente para concluir o inquérito, cujo prazo inicial foi estendido

algumas vezes. A reportagem tentou, na terça-feira, vários contatos com Thomaz Bastos, mas ele não respondeu aos recados deixados no celular e no seu escritório. A assessoria de imprensa do ex-presidente Lula informou que o petista “não vai se pronunciar sobre o assunto”.

Palocci negou acusaçõesEm fevereiro, o ex-ministro

Antonio Palocci prestou depoi-mento nesse mesmo inquérito na Superintendência da PF na capital federal. Segundo Marcos Valério afi rmou no depoimento, Lula e Palocci reuniram-se com Miguel Horta – então presidente da Portugal Telecom – no Palácio do Planalto e combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT. O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publici-tários que prestaram serviços para campanhas petistas. Na época, Palocci era ministro da Fazenda de Lula. O ex-ministro negou as acusações.

As negociações com a Portu-gal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Ro-gério Tolentino, e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri. Ex-presidente tem se esquivado de depor na PF sobre possíveis repasses irregulares ao PT

DIVULGAÇÃO

A pouco mais de uma semana do primeiro turno das eleições no Brasil, a presidente Dilma Rousseff usou cerca de metade de seu discurso de 24 minutos na abertura na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para falar sobre temas inter-nos, dizendo que seu governo “assumiu a responsabilida-de” de combater a corrupção no país e destacando avan-ços sociais dos “últimos 12 anos”, de governo do PT.

“A história mostra que só existe uma maneira correta e efi ciente de combater a cor-rupção: o fi m da impunidade com o fortalecimento das instituições que fi scalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de di-nheiro e outros crimes fi nan-ceiros”, disse Dilma, em meio ao escândalo da Petrobras. “Essa é a responsabilidade de cada governo. Respon-sabilidade que nós assumi-mos, ao fortalecer nossas

instituições”, completou, em referência ao trabalho feito pela Polícia Federal. “Forta-lecemos e demos autonomia aos órgãos que investigam e também ao que faz controle interno do governo. Criamos leis que punem tanto o cor-rupto quanto o corruptor.”

Dilma disse que o gover-no manteve a solidez fi scal diante da crise e “conti-nuou a distribuir renda, es-timulando o crescimento e o emprego.

Defesa no combate à corrupção

Embora tenha discursado sobre seus feitos como presidente, Dilma negou promoção pessoal

De acordo com o pre-sidente do PTB, Roberto Jeff erson, que denunciou o esquema do mensalão, José Dirceu havia incum-bido Marcos Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB. Os depoimen-tos levaram a condena-ção de José Dirceu.

Essa missão e os de-poimentos de Jeff erson e Palmieri foram usados para comprovar o envol-vimento de José Dirceu no mensalão. O depoimen-to de Marcos Valério foi prestado quando ele já havia sido condenado no julgamento do mensalão a 37 anos, 10 meses e 6 dias de prisão pelos crimes de corrupção, pe-culato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Delator do mensalão citou sigla

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8 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMJoelma Muniz, Rapahel Lobato, Carlos Eduardo Matos e Assessorias

REVISÃODernando Monteiro e João Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Viera, Kleuton Silva, Klínger Santiago e Marcelo Robert

Leonardo Cruz TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Sindicalistas fazem pressão para Marina fazer mudançasAlguns líderes estão incomodados com a defesa da terceirização de atividades e da atualização da legislação trabalhista

No que depender da vontade de sindi-calistas do PSB, a campanha de Mari-

na Silva terá de fazer novas mudanças no programa de go-verno, a exemplo do que ocor-reu em temas relacionados a direitos da população LGBT ou ao uso de energia nuclear. Incomodados com a defesa da terceirização de atividades e da atualização da legislação trabalhista, lideranças sindi-cais entregaram à campanha uma proposta de mudança do programa. O encontro foi rea-lizado na tarde de ontem (24) na Casa de Portugal, na Liber-dade, centro de São Paulo.

Marina estava acompanhada do vice na chapa, Beto Albu-querque, do presidente do PSB, Roberto Amaral, e do coorde-nador do programa de governo, Maurício Rands. Do lado dos sin-dicalistas, estiveram lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Cen-tral e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil). “As coisas não estão muito claras. São dúbias as posições que es-tão no programa de governo. Vamos deixar claro o que quere-mos como sindicalistas”, afi rma Nair Goulart, presidente da Força Sindical da Bahia e dirigente estadual do PSB.

Pouco tempoA sindicalista credita os proble-

mas ao pouco tempo que Marina teve para elaborar o programa após a morte de Eduardo Cam-pos, em 13 de agosto. “Dá a impressão que foi uma coisa feita com pressa, de qualquer jeito, e nós queremos ter certeza de que seremos capazes de corrigir imperfeições. Acho que essa é a intenção de Marina. Se tiver que fazer um ajuste no programa, não tem problema nenhum”, diz Nair Goulart, citando, como exemplo, as mudanças na questão LGBT. O encontro entre Marina e os sindi-calistas era para ter ocorrido na semana passada, mas foi adiado por conta da falta de acordo das lideranças com as propostas do programa de governo.

O programaNo ponto que trata

das leis trabalhistas, o programa defende a “atualização da legis-lação” para adequar-se à “relação contemporâ-nea entre empregado e empregador”. “Em tópicos específi cos, em conse-quência das grandes mudanças ocorridas nas relações de tra-balho no país e no mundo, é necessário atualizar a legislação. As novas tecnologias mudaram a natureza do trabalho. A relação contemporânea entre emprega-

do e empregador não mais se restringe ao modelo do contrato com prazo indeterminado e jor-nada integral”, diz o texto.

Má interpretaçãoNa avaliação dos sindicalistas,

o texto dá margem a interpre-tações em defesa da precari-zação das regras trabalhistas. O programa defende também um “novo marco legal para a terceirização”, especialmente para aumentar a produtividade do setor de serviços, “setor en-contra uma série de entraves ao seu desenvolvimento”, segundo o programa. “Há no Brasil um viés contra a terceirização, e isso se traduz bem no nosso sistema tributário, que impõe impostos como ISS e ICMS, em cascata ou cumulativos, em transações que envolvem duas ou mais empresas. A consequ-ência: algumas atividades que poderiam ser terceirizadas por empresas acabam realizadas in-ternamente, em prejuízo da pro-dutividade, porque essa forma de tributação eleva os custos”, diz o documento.

Candidata Marina Silva faz gesto de coração durante entrevista coletiva no Espaço Torres, no Jardim Botânico, em Curitiba (PR)

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PROPOSTASSindicalistas creditam os problemas ao pouco tempo que a presiden-ciável Marina Silva (PSB) teve para ela-borar o programa de governo após a morte de Eduardo Campos, em 13 de agosto

Marina Silva divulgou seu programa de gover-no em 29 de agosto. O primeiro documento con-tinha defesas objetivas do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da apro-vação da lei que crimina-liza a homofobia. Quando criticada por Dilma e Aé-cio Neves (PSDB) pelos recuos, Marina responde que os rivais sequer divul-garam um plano de gover-no (veja corrida eleitoral ao lado) detalhado como o dele. Até agora, os dois adversários da candidata do PSB publicaram docu-mentos genéricos. Aécio promete fi nalizar o pro-grama até o 1º turno.

Outros recuos de campanha

Presidência da República

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