Elementos gráficos e editoriais de página

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Elementos gráficos e editoriais de página Capitular: Letra ou caracter isolado que introduz um texto, em corpo bem maior do que o utilizado na composição geral. Utilizada geralmente em caixa alta. Pode utilizar fonte diferente da adotada no texto. Sua origem se deu no mercado da imprensa não periódica, quando os copistas a adotaram para iniciar capítulos de livros. Chamadas: Títulos editorialmente agressivos usados em capas (e contracapas) de publicações ou de seus cadernos isolados. De forma sintética, resumem as principais reportagens da edição, sem competir com a manchete. Podem ter um texto de apoio e imagens (capas de caderno) e fazer referência à página e caderno onde está o material. Cartola ou chapéu: Palavra ou conjunto de palavras (três, no máximo) que resume o conteúdo e/ou tema de um texto isolado ou conjunto de textos – ou de uma página. Recomendável utilização em caixa alta. Seu posicionamento deve anteceder qualquer título, mesmo a manchete, daí a origem do termo – está acima da “cabeça” da página. Manchete: É o título editorialmente mais importante de qualquer página, seja ela interna ou a capa, por isto tem denominação especial. Tipograficamente também deve ser mais valorizado que os restantes, com a utilização de corpo maior. Tablóides devem utilizar o corpo 48 e standard o 48 ou 60, nas páginas internas – mesmo critério para revistas, geralmente. Em capas, entre 48 e 72, ou até corpos maiores – circunstancialmente. Título: Conjunto de palavras com métrica própria que informa e situa no espaço e no tempo o fato e suas circunstâncias para o leitor. Deve ser objetivo, direto, usar verbos ativos, preferencialmente no tempo presente. Numa página e/ou páginas espelhadas jamais deve(m) ocorrer repetição de uma mesma palavra. Geralmente são expressos em caixa baixa, por que rendem mais toques. Em revistas este critério pode ser inverso. Linha fina ou linha de apoio: Pode ser entendido como um sub-título ou um olho. Trata-se de um olho ou título que complementa as informações enunciadas pelo título que o antecede (em corpo bem maior) e, que, eventualmente pode estar expresso em poucas palavras – que exigem “apoio” e complementação. Olho: Palavra ou conjunto de palavras que resume o conteúdo de um texto isolado, um conjunto de textos ou mesmo de toda uma página. Pode ser expresso em algumas linhas (corpos 12, 14, 18 e 24) ou ser apresentado em forma de texto, preferencialmente curto e direto em corpo bem maior do que o utilizado no texto que introduz. Sua função é sensibilizar e “cativar” a atenção do leitor para induzi-lo para a leitura do(s) texto(s) que sintetiza. É um dos elementos mais visualizados,

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por isso exige muita competência em sua elaboração. Citação: É um olho personalizado, mas em vez de resumir um conteúdo global se preocupa com o conteúdo isolado de frases de efeito extraído de uma entrevista do tipo pergunta-resposta. Como deve respeitar a métrica imposta pelo projeto gráfico da publicação, nem sempre é possível reproduzir fielmente as palavras usadas pelo entrevistado. Nestes casos é tolerável que o editor substitua algumas palavras ou sintetize as frases, porém sem alterar o conteúdo expresso pelo entrevistado/fonte. Legenda: A principal função desse conjunto de palavras é a de identificar o fato, pessoas ou objetos retratados nas imagens, geralmente fotografias. Desenhos, em certos casos, devem ter legenda. Quando identifica pessoas deve citar nome ou apelido seguidos de informação ou mesmo uma frase (com o uso de aspas), após dois pontos. Ao identificar grupo de pessoas deve, preferencialmente, começar da esquerda para a direita ou usando o sentido horário – para grandes agrupamentos de pessoas. Deve ser feita com criatividade, como uma unidade independente de informação e jamais descrever o que o leitor vê na foto. Se faltar inspiração, busque uma informação importante do texto e faça associação com a imagem, mas nunca subestime a inteligência do leitor. Texto-legenda: Recurso editorial em desuso, mas eventualmente, de grande utilidade em editorias como Internacional ou Esportes. É um texto telegráfico de, no máximo, 15 linhas, com lead criativo, que resume as circunstâncias de uma imagem e/ou do fato que ele sintetiza. Sua utilização está associada geralmente a uma fotografia, jornalisticamente, de primeira qualidade, que é fornecida por agência nacional ou internacional de notícias, na maior parte das vezes sem uma reportagem associada com sua captação. Pode ter título ou não, é opcional. Mas quando usado, se expressa em apenas uma linha. Texto: Sustentação de 99% das páginas, os textos podem ser expressos nas formas de artigos, editoriais, crônicas, poemas, colunas, reportagens, críticas, etc. Numa publicação contemporânea devem ser feitos em corpos 9 e 10, embora não sejam dispensáveis os corpos 7 e 8 e até 11 – eventualmente. Encerram o conteúdo, bom ou mau de uma publicação. Não devem tomar mais de 70% de área de uma página – sempre que for possível. Notas: Breve texto jornalístico, composto por uma informação rápida (nota) seguida ou não de comentários e juízos de valor. Muito utilizada na elaboração de colunas especiais (Informe JB, Coluna do Estadão), colunas assinadas ou condensar em pequenos espaços o resumo geral de editorias. Nesse último caso, se impõem pela forma direta, a notícia. As demais se caracterizam por parágrafos curtos, frase breve e um tom que oscila entre a ironia e a denúncia. Coluna: Denominação de espaço destinado a um autor anônimo ou que a assina, isto é, assume o conteúdo do que publica. Nos dois casos tem caráter opinativo e podem ser apresentadas em um único texto, composta por vários textos curtos e/

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ou usando notas. Usualmente são cercadas, ocupando, no mínimo, duas colunas-padrão da publicação. Preferencialmente posicionadas nas margens das páginas. Nos jornais, são mal ilustradas, em geral. Este conceito encerra a versão de colunas de hard-news, portanto, muito diferentes de colunas sociais. Intertítulo: Recurso em desuso principalmente diante da tendência dominante da imprensa contemporânea em utilizar textos curtos mesmo nas reportagens. É uma ou no máximo três palavras, que introduzem novo ângulo, abordagem ou tema de uma reportagem. Deve utilizar palavras curtas e de impacto, que são grafadas em negrito ou até em caixa alta, seguidas de traço e a nova frase que abre o parágrafo. Usadas com inteligência tem grande eficácia. A versão mais recomendável é esta, herdada das revistas, que é mais funcional que o intertítulo solto, no meio da coluna de texto, entre um parágrafo e outro. Box: Texto ou conjunto de textos cercado(s) por fio e/ou delimitado(s) pela utilização de retícula de fundo (grizê ou colorida) aonde o texto vai “aplicado”. Sua função é valorizar, destacar, privilegiar ou separar o conteúdo que está contido no box, cujo significado literal é “caixa”. O fio deve ter espessura entre 1 e 3 pontos tipográficos e, quando utilizado, o fundo reticulado jamais deve se usar corpo inferior ao 10. Crédito de capa: Indispensável na capa de qualquer publicação, especialmente jornais – embora as revistas a desconsiderem, à exceção das semanais de atualidade. Adequando- Adequando- se à periodicidade do veículo e ao critério da redação assume diversas apresentações, mais ou menos completas. Deve listar a cidade onde se publica o veículo, ano editorial, número da edição correspondente a este ano, data o mais completa possível, preço de capa (quando se tratar de publicação comercial) e logotipo reduzido da editora. Quando a publicação é institucional ou empresarial é recomendável relacionar o nome da instituição com a publicação. Seu posicionamento, em geral, fica abaixo do logotipo. Eventualmente, ao lado. Em revistas de circulação nacional e internacional também pode ser posicionado ao longo da lateral esquerda da capa. Crédito de página: Subestimado pela imprensa brasileira apesar de sua extrema importância para localização e arquivamento. Lista, na imprensa periódica, pelo menos o nome da publicação, data completa (ou mês e ano), o número da página e identificação de caderno – em jornais com mais de dois. Na imprensa diária ainda identifica a editoria, caderno ou seção. Nos livros, é recomendável, além da numeração de página, “espelhar” no topo da página par o nome do autor e na ímpar o nome do livro ou do capítulo. Crédito de origem: Recurso conservador e ultrapassado ainda utilizado pela maioria dos jornais brasileiros. Muito adotado em editorias Nacional e Internacional. A palavra inicial do texto, grafada em negrito ou caixa alta, identifica a cidade ou localidade onde aconteceu o fato. Um traço a separa da primeira frase do lead. Outra versão, mais utilizada, no caso de boletins de correspondentes, identifica o país, cidade ou localidade onde aconteceu ou de onde foi enviada a

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informação. Exemplos: Ricardo Kotscho, de Bonn: Araújo Neto, de Roma. Crédito de copyright: Um pouco semelhante ao anterior, sua função é atribuir a que publicação ou editora pertencem os direitos de cópia (copyright) do material publicado. Este caso se refere ao material editorial comprado de agências de notícias nacionais, internacionais ou editoras de jornais e revistas reconhecidos por sua qualidade editorial. Que até por isto, exigem a veiculação de crédito. Exemplos: Especial UPI; Fulano de Tal, de El País; Beltrano Lewis do The New York Times. Crédito de autoria e/ou reportagem: Assinatura dos autores de texto e fotos de uma reportagem especial ou de qualidade incomum, de artigos encomendados ou cedidos por colaboradores, enviados especiais ou correspondentes. Pode creditar também uma sucursal específica, central do interior ou mesmo uma agência do próprio veículo. Ou até listar, no final do texto, todos os repórteres envolvidos na cobertura. Neste caso, os autores do texto final são creditados, como nos casos anteriores, em ponto privilegiado no início do texto ou próximo dele. Crédito de autor: Recurso utilizado para identificar melhor ou associar o autor do texto em relação ao tema que descreveu, opinou ou aprofundou. Credita exclusivamente material assinado, mas deve ser editado após o final do texto, separado por fio, em corpo reduzido (6, 7 ou 8), relacionando nome, idade (opcional), profissão(ssões), cargo ou função e instituição onde atua. Outras informações breves podem ser acrescentadas, mas o ideal é que sejam informações curtas que tomem, no máximo, três linhas. Crédito de fotografia: Exigido por lei no Brasil para proteger os direitos de cópia dos fotógrafos. Expresso em corpos pequenos (6, 7 ou 8) porque é diagramado nos intervalos entre a foto e outros elementos de página. A posição mais comum é na lateral direito da foto alinhado pelo canto superior e com leitura de baixo para cima. Pode ser grafado em caixa alta ou baixa (mais adequado), preferencialmente na variante itálico. Além do nome do fotógrafo deve mencionar a agência de notícias/fotografia/ publicação, que forneceu a imagem. Exemplo: Sebastião Salgado-Gamma/ Photo. Quando são publicadas várias fotos do mesmo fotógrafo na mesma página, ou em duas espelhadas, é suficiente assinar uma só foto como segue: Fotos: Walter Firmo- Veja/Abril Imagem. Crédito de arte: É o crédito para os desenhistas que assinam ilustrações em geral (caricaturas, charges, cartum, quadrinhos, gráficos, tabelas, mapas, infográficos) produzidas ou não pela editoria de arte das publicações. Embora muitos destes trabalhos sejam assinados na área publicada das próprias artes nem sempre isto é possível. Por isto, é recomendável valorizar o trabalho desses profissionais. Exemplos: Romeu Martins/Zero, Spacca-Editoria de Arte. Expediente: Indispensável em qualquer publicação profissional é o primeiro item procurado por jornalistas. Deve reproduzir o logotipo da publicação em escala reduzida seguido pela cúpula da empresa/redação – diretor de redação,

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editor-chefe, editores, repórteres, fotógrafos, staff de diagramação, arte, produção gráfica, sucursais, correspondentes, colaboradores, onde é executada industrialmente a publicação (todas as fases), pessoal do setor comercial, endereço completo, telefones-fax-telex, correio eletrônico, site de Internet da sede e, quando possível, de todas as sucursais. Os jornais diários de circulação nacional podem incluir, junto ou separadamente, separadamente, custos de assinatura e do preço unitário conforme cada região do país e do exterior. É exigida por lei a menção do jornalista responsável, resquício do “entulho autoritário” do período ditatorial, em geral, descumprido. Índice: Poucos jornais costumam utilizá-lo embora seja muito útil para o leitor com tempo escasso. É fundamental, contudo, nas revistas, que salvo raras exceções, não podem omitir sua publicação. É espaço importante para conduzir o leitor para uma leitura inevitável de determinado material de edição. Enquanto nos jornais se restringem à orientação quanto em qual página e caderno pode ser encontrado determinado material, nas revistas, necessariamente, devem incluir pequeno resumo do conteúdo de cada matéria destacada – não é necessário que sejam todas. Essencial em livros, onde relacionam também as sub-divisões de capítulos e outras seções, assumem a denominação de sumário, mais adequada e correta. Infográficos: São expressões gráficas, mais ou menos complexas, de informações cujo conteúdo são fatos ou acontecimentos, a explicação de como algo funciona ou a informação de como é uma coisa. “Os melhores são pequenos, bonitos, claros. Estimulam a leitura”, diz Rob Covey, diretor de arte do U.S. News & World Report. “Não desorientam o leitor com blocos de texto” 1 , conclui. Associam imagens, cor e textos complementares, curtos. 1 In PELTZER, Gonzalo. Jornalismo iconográfico. Lisboa, Planeta Editora, 1991