Em Conversa Com o Arrais Do Inferno

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Em conversa com o arrais do Inferno, o Fidalgo tomou consciência da leviandade de algumas mulheres na sociedade quinhentista. Redige uma carta, em nome do Fidalgo, com um mínimo de 100 e um máximo de 120 palavras, dirigida às suas mulheres, onde ele mostre o quão decepcionado está com elas e onde as avise do que as espera. Entre a escrita das cartas pela «mulher» do Fidalgo e as trocas de mensagem por SMS decorreu umlongo período de tempo, em que as formas de comunicação se alteraram significativamente.Escreve um texto argumentativo , que pudesse ser publicado num jornal escolar, no qual apresentesas vantagens da escrita para comunicar, tentando convencer os jovens da importância desabermos exprimir-nos por escrito.O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras e não deves assiná-lo. 4. Através de uma atitude marcada pela altivez e arrogância, o Fidalgo revela receio de embarcar no batel do Diabo, pois o Anjo não lhe responde e ele está convencido de que merece ser conduzido ao destino desejado. 5. O Anjo não permite a entrada da personagem na sua barca. Para defender a sua posição, apresenta como argumentos a tirania demonstrada pelo Fidalgo perante os mais desfavorecidos («cuidando na tirania/ do pobre povo queixoso..», vv. 35-36) e a vaidade evidenciada ao longo da vida («a cadeira entrará/ e o rabo caberá / e todo o vosso senhorio», vv. 30-32). Assim, mostra que o Fidalgo não se pautou, ao longo da vida, por princípios como a generosidade e a humildade, essenciais para quem quer ser recebido no Paraíso. 6. O recurso expressivo presente na fala do Diabo é um eufemismo. Ironicamente, o Diabo pretende indicar o destino do Fidalgo, o Inferno. 7. O Fidalgo apresenta como argumentos para impedir o embarque no batel do Diabo a dedicação amorosa da sua amante, os lamentos perante a sua morte e as cartas que lhe escrevia. O Diabo contra-argumenta apresentando o amor dedicado como uma mentira, referindo a traição conjugal e a hipocrisia da falsa prática religiosa. 8.

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Em conversa com o arrais do Inferno, o Fidalgo tomou consciência da leviandade de algumas mulheres na sociedade quinhentista. Redige uma carta, em nome do Fidalgo, com um mínimo de 100 e um máximo de 120 palavras, dirigida às suas mulheres, onde ele mostre o quão decepcionado está com elas e onde as avise do que as espera.

Entre a escrita das cartas pela «mulher» do Fidalgo e as trocas de mensagem por SMS decorreu umlongo período de tempo, em que as formas de comunicação se alteraram significativamente.Escreve umtexto argumentativo, que pudesse ser publicado num jornal escolar, no qual apresentesas vantagens da escrita para comunicar, tentando convencer os jovens da importância desabermos exprimir-nos por escrito.O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras e não deves assiná-lo.

4. Através de uma atitude marcada pela altivez e arrogância, o Fidalgo revela receio de embarcar no batel do Diabo, pois o Anjo não lhe responde e ele está convencido de que merece ser conduzido ao destino desejado.5. O Anjo não permite a entrada da personagem na sua barca. Para defender a sua posição, apresenta como argumentos a tirania demonstrada pelo Fidalgo perante os mais desfavorecidos («cuidando na tirania/ do pobre povo queixoso..», vv. 35-36) e a vaidade evidenciada ao longo da vida («a cadeira entrará/ e o rabo caberá / e todo o vosso senhorio», vv. 30-32). Assim, mostra que o Fidalgo não se pautou, ao longo da vida, por princípios como a generosidade e a humildade, essenciais para quem quer ser recebido no Paraíso.6. O recurso expressivo presente na fala do Diabo é um eufemismo. Ironicamente, o Diabo pretende indicar o destino do Fidalgo, o Inferno.7. O Fidalgo apresenta como argumentos para impedir o embarque no batel do Diabo a dedicação amorosa da sua amante, os lamentos perante a sua morte e as cartas que lhe escrevia. O Diabo contra-argumenta apresentando o amor dedicado como uma mentira, referindo a traição conjugal e a hipocrisia da falsa prática religiosa.8. De entre os três tipos de cómico apresentados na resposta, pretende-se que o aluno identifique dois.É utilizado o cómico de linguagem, por exemplo, quando o Fidalgo chega à barca do Anjo («Que giricocins, salvanor!», v. 7) ou quando o Anjo afirma «e o rabo caberá» (v. 31). Por outro lado, surge o cómico de caráter, que é evidenciado pelos elementos materiais que acompanham o Fidalgo, referidos pelo Anjo. Por último, o cómico de situação gera-se devido à relutância do Fidalgo em entender o seu destino, apesar de todas as evidências.9. Tal como as outras personagens, o Fidalgo corresponde a um tipo social, representando a nobreza, cujos símbolos são a cadeira, o pajem e o manto. Convencida de que mereceria o paraíso com base no seu estatuto social, esta classe representa a tirania, a vaidade e o

desprezo pelos desfavorecidos.