EM TEMPO - 5 de maio de 2014

24
VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ANO XXVI – N.º 8.345 – SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ PESQUISA INÉDITA DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO PARA FARMACÊUTICOS, REALIZADA EM 12 CAPITAIS BRASILEIRAS, COLOCA MANAUS ENTRE AS TRÊS PRIMEIRAS NO RANKING DA AUTOMEDICAÇÃO, ATRÁS APENAS DE SALVADOR E RECIFE. MAIS DE 90% DOS MANAUENSES ADMITEM QUE TOMAM RE- MÉDIO POR CONTA PRÓPRIA. MAIORIA TAMBÉM COSTUMA AUMENTAR A DOSE DOS MEDICAMENTOS SEM CONSULTAR UM MÉDICO. ÚLTIMA HORA A2 92% TOMAM REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700. ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, PÓDIO E FOLHAINVEST. MÁX.: 32 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS Com objetivo de conscientizar a po- pulação, a Assembleia Legislativa do Amazonas abre, hoje, a 1ª Semana de Educação no Trânsito. Política A5 Semana da educação no trânsito ASSEMBLEIA Pelo menos 50 ambulantes instala- dos ilegalmente foram retirados da rua Tabelião Lessa, ao lado do mercado Adolpho Lisboa. Dia a dia A8 Feira ilegal é retirada do mercadão ENTORNO O número de transplantes de ór- gãos no Brasil aumentou 18% entre os anos de 2010 e 2013, informou o Ministério da Saúde. País B2 Aumenta número de transplantes BRASIL A vidente Benedicta Finazza, mais conhecida como “Mãe Dinah” (foto), morreu, aos 83 anos, de falência múltipla dos órgãos. Plateia B5 Vidente ‘Mãe Dinah’ morre aos 83 anos SÃO PAULO DENÚNCIAS • FLAGRANTES 8177-2096 FRAMEPHOTO ARQUIVO PAIXÃO PELO FUTEBOL Durante o mês de maio, fãs do futebol estarão reunidos, nos fins de semana, no Manauara Shopping, para trocar figurinhas do álbum da Copa. Pódio D6 O Nacional venceu, de virada, o Princesa do Solimões por 2 a 1, no Sesi, e só precisa de um empate para levantar a Taça Cidade de Manaus. Pódio D3 Enquanto a Copa do Mundo não começa, torcedores aproveitam para trocar figurinhas dos jogadores DIEGO JANATÃ Naça vence Princesa por 2 a 1, de virada AMAZONENSE A 18ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo, teve como tema“País vencedor é país sem homolesbotrans- fobia. Chega de mortes!”. País B1 Homossexuais pedem o fim da violência PARADA GAY Pódio D5 Mengão quebra jejum em cima do Palmeiras BRASILEIRÃO RICARDO OLIVEIRA

description

EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

Transcript of EM TEMPO - 5 de maio de 2014

Page 1: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

ANO XXVI – N.º 8.345 – SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

PESQUISA INÉDITA DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO PARA FARMACÊUTICOS, REALIZADA EM 12 CAPITAIS BRASILEIRAS, COLOCA MANAUS ENTRE AS TRÊS PRIMEIRAS NO RANKING DA AUTOMEDICAÇÃO, ATRÁS APENAS DE SALVADOR E RECIFE. MAIS DE 90% DOS MANAUENSES ADMITEM QUE TOMAM RE-MÉDIO POR CONTA PRÓPRIA. MAIORIA TAMBÉM COSTUMA AUMENTAR A DOSE DOS MEDICAMENTOS SEM CONSULTAR UM MÉDICO. ÚLTIMA HORA A2

92% TOMAM REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA

MANAUS

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700.ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, PÓDIO E FOLHAINVEST. MÁX.: 32 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

Com objetivo de conscientizar a po-pulação, a Assembleia Legislativa do Amazonas abre, hoje, a 1ª Semana de Educação no Trânsito. Política A5

Semana da educação no trânsito

ASSEMBLEIA

Pelo menos 50 ambulantes instala-dos ilegalmente foram retirados da rua Tabelião Lessa, ao lado do mercado Adolpho Lisboa. Dia a dia A8

Feira ilegal é retirada do mercadão

ENTORNO

O número de transplantes de ór-gãos no Brasil aumentou 18% entre os anos de 2010 e 2013, informou o Ministério da Saúde. País B2

Aumentanúmero de transplantes

BRASIL

A vidente Benedicta Finazza, mais conhecida como “Mãe Dinah” (foto), morreu, aos 83 anos, de falência múltipla dos órgãos. Plateia B5

Vidente ‘Mãe Dinah’ morre aos 83 anos

SÃO PAULO

DENÚNCIAS • FLAGRANTES

8177-2096

FRAM

EPH

OTO

ARQ

UIV

O

PAIXÃO PELO FUTEBOLDurante o mês de maio, fãs do futebol estarão reunidos, nos fi ns de semana,

no Manauara Shopping, para trocar fi gurinhas do álbum da Copa. Pódio D6

O Nacional venceu, de virada, o Princesa do Solimões por 2 a 1, no Sesi, e só precisa de um empate para levantar a Taça Cidade de Manaus. Pódio D3

Enquanto a Copa do Mundo não começa, torcedores aproveitam para trocar fi gurinhas dos jogadores

DIE

GO

JAN

ATÃ

FRAM

EPH

OTO

O Nacional venceu, de virada, o Princesa do Solimões por 2 a 1, no Sesi, e só precisa de um empate para levantar a Taça Cidade de Manaus.

Enquanto a Copa do Mundo não começa, torcedores aproveitam para trocar fi gurinhas dos jogadores

Naça vence Princesa por 2 a 1, de virada

AMAZONENSE

A 18ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo, teve como tema“País vencedor é país sem homolesbotrans-fobia. Chega de mortes!”. País B1

Homossexuais pedem o fi m da violência

PARADA GAY

Pódio D5

Mengão quebra jejum em cima do Palmeiras

BRASILEIRÃO

RICA

RDO

OLI

VEIR

A

SEGUNDA 05_05.indd 3 4/5/2014 21:45:00

Page 2: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Manauense está entre os que mais se automedicamA automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros. Salvador (96,2%), Recife (96%) e Manaus (92%) lideram o ranking

Quase um terço (32%) dos brasileiros que se automedicam costuma aumentar

a dose do remédio por conta própria, sem orientação do médico ou do farmacêutico.

É o que revela pesquisa inédita do ICTQ (instituto de pós-graduação para farma-cêuticos) feita em 12 capitais do país. Foram ouvidas 1.480 pessoas com 16 anos ou mais que consomem remédios.

O estudo, que será divul-gado hoje, aponta que a au-tomedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros. Sal-vador (96,2%), Recife (96%) e Manaus (92%) lideram o ranking. Na cidade de São Paulo, a taxa é de 83%.

“Todo mundo sabe que o brasileiro consome muito remédio indicado pela famí-lia, amigos e vizinhos, mas foi um choque saber dessa quantidade de pessoas que aumenta a dose por conta própria para potencializar o efeito”, diz Marcus Viní-cius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ.

Para Pedro Menegasso, presidente do CRF (Conselho Regional de Farmácia) de São Paulo, as pessoas não fazem ideia do risco que correm ao

se automedicar ou duplicar a dose de um remédio.

“É extremamente perigoso, por exemplo, a mãe dar para criança dois comprimidos de 750 mg de paracetamol no mesmo dia. Ou as pessoas usarem muitas gotas de des-congestionante nasal.”

O aumento na quantidade de medicamentos além da dose recomendada pode trazer vá-rios problemas, como alergias, hemorragias e graves lesões no estômago e no fígado, aler-ta Paulo Olzon, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Antiinfl amatórios usados sem critério, por exemplo, po-dem causar contração dos va-sos, retenção de sódio e água (elevando pressão arterial) e sobrecarga no coração.

Olzon conta que só na últi-ma semana diagnosticou dois pacientes de classe média com sintomas de intoxica-ção medicamentosa por uso indevido de corticoide. “Um senhor tomava um remédio receitado pelo pai de santo, era cortisona. Estava todo inchado. Outra mulher com-prava um remédio pela inter-net, também corticoide, que causou supressão total da hipófi se e da tireoide”, diz. O uso de medicamentos sem acompanhamento médico é um risco, conforme adverte uma pesquisa que será divulgada hoje

DIVULGACÃO

Revistas íntimas proibidas em visitas aos presídios

As revistas íntimas em presídios e unidades peni-tenciárias do Grande Recife, em Pernambuco, estão proi-bidas a partir de hoje.

Uma decisão do juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Exe-cuções Penais, determinou que os visitantes de detentos não passem mais pelo pro-cedimento. Antes de entrar nos presídios, as pessoas, principalmente mulheres, precisavam se agachar nus sobre um espelho para ve-rifi car a presença de dro-gas, celulares ou outros tipos de objeto escondidos

dentro do corpo.Na portaria que proíbe as

revistas, publicada anteon-tem, o juiz justifi ca a decisão com uma pesquisa da Rede Justiça Criminal, que usa da-dos da Secretaria de Admi-nistração Carcerária de São Paulo, que mostra que em apenas 0,03% das revistas realizadas entre 2010 e 2013 nos presídios paulistas hou-ve tentativa de levar drogas ou celulares para os deten-tos. “Das 4.417 apreensões de droga, 354 (8%) foram realizadas nas revistas”, es-creveu o juiz.

DECISÃO

A prefeitura está ajudando moradores de áreas de risco por meio do aluguel-social

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Ajuda para famílias em risco Uma família que mora em

uma casa localizada na rua Walter Rayol, comunidade Bariri, no bairro Presiden-te Vargas, Zona Centro-Sul de Manaus, será atendida por meio do aluguel social da Prefeitura de Manaus. A casa em que moravam deverá ser demolida. O pro-cedimento de atendimento se deu com base no laudo da equipe técnica da Defesa Civil de Manaus, que consta-tou que a casa de alvenaria que tombou durante a noite da última terça- feira, dia 29, está em risco de desabar sobre outra casa de madeira que fi ca ao lado.

Segundo o diretor de Operações da Defesa Civil Municipal, Cláudio Belém, a

situação é de risco iminente, pois a casa de alvenaria, apesar de estar tempora-riamente desabitada, tem grandes chances de desabar na casa de madeira próxi-ma. “A área foi isolada e os agentes da Defesa Civil Municipal estiveram no lo-cal verifi cando a situação e orientando as famílias. Após isso, acionamos a Secreta-ria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), para que fosse prestado apoio à família, e o Programa Social e Am-biental dos Igarapés de Ma-naus (Prosamim), pois essa é uma área de intervenção do programa. Como é grande o risco de desabamento, o que além de destruir a casa

de madeira próxima pode causar danos a outras casas no entorno, é necessário que esta demolição seja feita de forma segura, e esta-mos contatando o Prosa-mim, responsável pela área, para que possa tomar as providências necessárias”, afi rmou Belém.

Técnicos da Semasdh es-tiveram no local realizando o cadastro dos moradores da casa de madeira em situação de risco. Como a família está prestes a ser indenizada pelo Prosamim, ela foi inserida no benefí-cio do Aluguel Social pelo período de um mês, se-guindo orientação do lau-do da Defesa Civil, até que receba a indenização.

ALUGUELDIVULGACÃO

A decisão visa reduzir constrangimentos dos visitantes

Concurso n. 570 (03/05/2014)

Concurso n. 1050 (02/05/2014)

Extração nº 04863 (03/05/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 70.877 500.000,00

2º 54.794 34.200,00

3º 57.219 33.600,00

4º 00.783 32.800,00

5º 62.555 31.940,00

Concurso n. 1277 (02/05/2014)

14 31 35 40 45 49

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

03 13 23 31 36 41

Segundo sorteio

Concurso n. 1448 (03/05/2014)

LOTOMANIALOTOMANIA

03 09 15 17 18

28 40 42 43 49

53 55 58 68 69

83 84 89 95 97

Concurso n. 3479 (03/05/2014)

01 03 13 27 56

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

01 04 06 07 10

12 13 15 16 17

19 21 22 24 25

TIMEMANIATIMEMANIA

08 21 36 61 63 69 80

Time do coração

NACIONAL/AM

LOTERIAS

Concurso nº 1596 (03/05/2014)

01 05 07 10 12 45

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

A02 - ÚLTIMA HORA.indd 2 4/5/2014 21:15:26

Page 3: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 A3Opinião

Soou cheia de ambiguidade a convocação que a ministra Ideli Salvatti, dos Direitos Humanos, lançou, ontem de manhã, em São Paulo, na abertura 18ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), cujo tema, neste ano, também tinha tudo para chamar atenção, reforçado por um neologismo quase intraduzível, “País Vencedor É País Sem Homolesbotrans-fobia: Chega de Mortes! Pela aprovação da Lei de Identidade de Gênero!”.

Ano eleitoral, com prenúncio de batalha campal, pela ferocidade da disputa pela Presidência do país, e de baixa extração ética, pelo cinismo com que é tratado o que poderia se identifi car como “decoro republicano”, a ministra, que veste a camisa da reeleição de Dilma Rousseff até quando o assunto é uma simples visita à cabeleireira, não perdeu a oportunidade para mostrar serviço: “É preciso transformar esses milhões de participantes [da Parada Gay] em votos para [novos representantes no] Congresso Nacional”.

Qual o alvo dessa convocatória? Os próprios LGBTs, que deverão conquistar cotas de ascensão ao Parlamento? A cooptação da parada para um eventual fortalecimento da imagem da presidente candidata, em queda franca nas pesquisas? O exercício de um oportunismo de varejo, incapaz de se conter diante da massa, em praça pública? O que exigia nessa manhã de militância o Orgulho Gay? Especifi camente: a aprovação de leis contra a homofobia e a favor dos direitos de transexuais, que sofrem obstrução por uma milícia insana de talibãs no Congresso. E o “go-verno de coalizão”, que reparte o Brasil em capitanias hereditárias com tudo que é canalha que tenha um partido registrado em cartório, mantém a intolerância intacta. Esta é a democracia à brasileira: tens o direto de falar, e eu o de não ouvir. E estamos conversados.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o ex– presidente Lula que, enalte-cido pelo movimento “Volta, Lula”, poderia estar surfando na onda da vaidade pessoal, mas demonstrou maturidade e fi delidade política – coisa rara nos dias de hoje –, e estendeu seu apoio a Dilma, sua compa-nheira de sempre.

Ex-presidente Lula

APLAUSOS VAIAS

Ala dos descontentes

De nada adiantou Alfredo dar o comando.

Com apoio alegado de 20 dos 32 deputados do PR, o líder do partido na Câmara, Bernardo Santana (MG), de-fendeu publicamente que o PT lance como candidato ao Palácio do Planalto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não Dilma Rousseff .

Mamãe eu quero!

Para infernizar ainda mais a vida de Alfredo, o senador evangélico Magno Malta (ES) se colocou como pré-candida-to à Presidência, outra forma de mostrar descontentamento com o governo federal.

Larga o osso

Agora vejam a incoerência.Mesmo descontente com

a atual chefe do Executi-vo, o PR não pretende dei-xar a pasta ocupada na Esplanada dos Ministérios.

Rachado

Nos bastidores, duas alas do PR travam uma intensa batalha.

O presidente do partido, o senador e ex-ministro Alfredo Nascimento (AM), afastado do governo no início da “faxina éti-ca” de Dilma, disputa infl uência e poder com o grupo aliado de Costa Neto.

Cenas em um shopping

Cena que, inacreditavelmen-te, aconteceu no shopping Pon-ta Negra.

Um jovem publicitário vai ao shopping e entrega o carro, um Lancer 2.0 da Mitsubishi, para

o Valet estacionar. Entra, janta e à saída, paga o ticket e a moça do guichê dá o comando pelo rádio para que o carro seja trazido do estacionamento.

Cena 1

Enquanto esperava o carro, descobre que o irmão está jan-tando num restaurante quase à saída do shopping e resolve cumprimentá-lo.

Cena 2

Ao retornar ao ponto do Valet, uma desagradável surpresa.

Descobre que seu carro já tem quatro passageiros atrás e um motorista prepara–se para entrar e dar a partida.

— O que é isso, esse carro é meu! – grita.

— Mas eles disseram que era deles! – argumenta o ma-nobrista.

— Mas como você en-trega um carro sem que a pessoa apresente o ticket? –, irrita–se o rapaz.

Cena 3

Os invasores do carro alheio são colocados para fora e o manobrista tenta explicar que, “ainda ia pedir o ticket”.

— Como pedir se eles já tinham ligado o carro e já iam embora?

Acredite, isso aconte-ceu no shopping Pon-ta Negra, às 21h40 do feriado de 1º de maio.

Padrão Fifa

O pior de tudo isso é que, sen-tado em uma cadeira a poucos metros da cena, o gerente do Valet assistiu a tudo e sequer se mexeu do lugar para tentar contornar a situação.

Nosso padrão Fifa vai mal!

A poesia é bela

A ex-BBB Letícia Santiago apelou para um poema do ama-zonense Thiago de Mello para festejar a vida e os quilinhos a mais que ganhou durante seu confi namento no reality show.

Estatuto

A mineira postou em sua con-ta no Instagram, na sexta (2), um clique de biquíni mostrando a barriga chapada e uma legenda com o Artigo 3 do Estatutos do Homem, de Thiago.

Estatuto “Fica decretado que a partir

deste instante, haverá giras-sóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra e que as janelas devem permanecer o dia inteiro abertas para o verde onde cresce a esperança”.

Escreveu Thiago, reproduziu Letícia.

Exame da OAB

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado está discutindo o exame promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Conhecido como Exame de Ordem, o teste é aplicado aos formados em Direito, e é um pré-requisito para obter o re-gistro profi ssional.

Pitaco

No entanto, algumas enti-dades são contrárias a esse exame.

Consideram o teste incons-titucional e acusam a OAB de manipulação de resultados.

Para vigaristas que fi ngem ter algum problema físico e andam pedindo es-mola no trânsito de Manaus. Além de se aproveitar da boa fé do povo, com-prometem a imagem dos que realmente necessitam de ajuda.

Vigaristas disfarçados

O senador Alfredo Nascimento, presidente do PR, esta vivendo seu inferno zodiacal.Uma ala do partido que apoia o ex-deputado Valdemar Neto está atropelando o seu

comando e engrossando o coro “volta, Lula”.Ficou ruim para Nascimento, porque até o próprio Lula foi ao lançamento da candi-

datura da presidente e disse que sua candidata é Dilma Rousseff .— Isso é um desrespeito à presidente Dilma, ao ministro (Cesar Borges) e a minha

pessoa. Não vão passar por cima de mim – reagiu Nascimento.

O inferno de Alfredo

EBC ARQUIVO EM TEMPO

[email protected]

Pode gritar. O país não ouve

Nos anos de 2011 a 2013 as denúncias de tortura em todo país cresceram 129% (de 816 casos se chegou a 1.162, por meio do Disque 100). Números nitidamente subnoti-fi cados. Difusamente praticada na di-tadura militar de 1964-1985 (que for-malizou os instrumentos da coação), a tortura é prática comum no Brasil (aliás, desde seu o descobrimento ele é palco de muita tortura). Hoje, em plena democracia (ditatorial), é usada largamente contra a população mais vulnerável (no regime militar, isso ocorria por razões políticas).

A tortura está impregnada no nos-so DNA, na nossa alma (como dizia Darcy Ribeiro). Os particulares tam-bém torturam, mas é a polícia (civil e militar) um dos mais ativos agentes dela (por não se identifi car com a população). As polícias estão sob a subordinação dos governadores que, por razões culturais, transformaram a tortura em política de Estado. A maior prova disso reside nos presídios (que se converteram em campos de concentração e de extermínio).

A tortura epidêmica faz parte do nosso processo de “brasilianização” (integra o tipo de sociedade que cons-truímos) e também é praticada nas democracias (como nos EUA, sobretudo a partir de 11 de setembro de 2001) (“tortura não é coisa exclusiva de sis-temas autoritários, acontece também nos sistemas formalmente democráti-cos”, diz a socióloga norte-americana Huggins - Estadão 8/4/14, p. A10).

Por que tantas violações aos di-reitos humanos em praticamente o mundo todo (mais de 150 países, sendo que em 70 deles a tortura é amplamente difundida, segundo os relatórios da Anistia Internacional)? Observando que é notável a diferença para menos em alguns países de capitalismo evoluído, distributivo e tendencialmente civilizado, são in-contáveis os motivos e circunstâncias da tortura no mundo todo (consoante

Huggins-Haritos-Fatouros-Zimbar-do: 2006, p. 476 e ss.), destacando-se (a) a impunidade é generalizada (mais de 70%); (b) na prática, quase toda tortura vira lesão corporal ou abuso de autoridade; (c) a palavra da vítima é sempre colocada sob suspeição e tem pouca credibilidade; (d) sobre os ombros da vítima é que recai o ônus da prova; (e) a classifi cação do fato dá margem para desvios e favoreci-mentos; (f) as ouvidorias não contam com poderes de investigação; (g) os canais internos (as corregedorias) funcionam muito mal; (h) a popu-lação relativiza a tortura e grande parte dela a aceita para se obter confi ssões (52,5% em 2010, contra 71,2% em 1999, conforme pesquisa do NEV-USP); (i) 1/3 dos entrevistados concordam que a polícia utilize meios ilegais (ameaças, lesões, choques, queimaduras etc.) para a obtenção de provas; (j) quanto mais jovem o entrevistado, mais apoio à tortura (e isso é assustador).

Banana para o racismo – A inespe-rada reação do jogador Daniel Alves diante de mais uma inescrupulosa ofensa racista no mundo futebolístico surpreendeu e repercutiu no mundo todo. Todo racismo constitui uma imbecilidade porque, desde logo, traz consigo um deplorável fundamen-talismo, ancorado na suposição de uma superioridade individual sobre o seu semelhante. Nosso genial Lima Barreto (1881-1922), fi lho de escra-vos, escreveu: “A capacidade mental dos negros é discutida ‘a priori’ e a dos brancos, ‘ posteriori’” (“Contos Completos”, Companhia das Letras, 2010, p. 602).

Só existe racismo porque algu-mas condutas irracionais contam com solidariedade grupal. Nada que um bom ensino de ética não possa mudar. Educação (disse o próprio Daniel Alves).

professorLFG.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Tortura e direitos humanos

[email protected]

A tortura está no nos-so DNA, na nossa alma (como di-zia Darcy Ribeiro). Os particulares também tor-turam, mas é a polícia um dos mais ati-vos agentes dela (por não se identifi car com o povo). As polícias estão sob a subordinação dos gover-nadores que transforma-ram a tortura em política de Estado”

A03 - OPINIÃO.indd 3 4/5/2014 21:21:25

Page 4: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Aliados de Aécio Neves (PSDB) apostam que o seminário de que o senador participou com Eduardo Campos (PSB) no encontro de empresários, na Bahia, na última sexta-feira, foi o último debate político amigável da dupla nessa campanha presidencial. Para tucanos e pessebistas, a queda mais acentuada de Dilma Rousseff nas pesquisas deve precipitar o fi m do pacto de não agressão. A divergência explicitada por Campos ontem foi vista como um capítulo da nova fase.

Clinch Dirigentes do PSDB já aconselham Aécio a se preparar para um duro embate na luta por uma vaga no segundo turno. “Duro, mas com foco nas propos-tas, sempre acima da linha da cintura”, esclarece um tucano.

Teoria Grandes empresá-rios têm fi cado com os olhos brilhando com a promessa de Aécio de apresentar um pro-jeto de reforma tributária no primeiro semestre de 2015, caso eleito, mas já começa-ram a exigir garantias políti-cas da proposta, considerada de difícil execução.

Prática Em encontro reser-vado durante a semana, diri-gentes indagaram ao tucano e a Arminio Fraga como se daria, nos bastidores, a negociação com o Congresso de mudança tão profunda. Estavam lá repre-sentantes da Camargo Corrêa, do Itaú, da Usiminas, da BRF e da Suzano.

Em tempo Todos se anima-ram com a proposta de Aécio de acabar com a reeleição.

Laços... Campos foi aplau-dido por empresários quando voltou a dizer, em palestra na

Bahia, que pretendia mandar certos grupos para a oposição. Aliados notaram, no entanto, que o deputado Sarney Filho (PV-MA) fi ngiu não ter escutado.

... de família Mais tarde, Sarney Filho cruzou Campos e, bem-humorado, cumprimentou o presidenciável. Há uma se-mana, o pessebista disse que José Sarney (PMDB-AL) não participará de seu governo, se for eleito.

Juntos Coberto de afagos do Planalto por ter elogiado Dilma na visita da presidente a Pernambuco, o governador João Lyra Neto (PSB) marca posição: “Podem tentar criar intrigas. Não existe a menor possibilidade de eu não fazer campanha para Eduardo”.

Alto forno O ano eleitoral fez renascer a irritação de Dilma Rousseff com Benjamin Steinbruch, da CSN, respon-sável pelas obras da ferrovia Transnordestina. Ciente de que será cobrada na campa-nha pelo atraso e pelos custos da construção, a petista fez duras críticas ao empresário em conversas com governa-dores da região.

Foco Logo depois de ter sido confi rmada como candidata à reeleição, Dilma aproveitou a viagem de São Paulo a Brasília para tocar outro projeto a que tem se dedicado: completar o ál-bum de fi gurinhas da Copa para o neto, Gabriel. Trocou alguns cromos com o brigadeiro que comanda o avião presidencial.

Pra frente, Brasil A 40 dias do início do Mundial, dirigentes e funcionários da CBF passa-ram a receber assédio direto de autoridades por convites para assistir a partidas do torneio. Há relatos de pedidos vindos até de gabinetes de ministros do STF.

No swing A cantora Daniela Mercury aproveitou a presença de parlamentares no 13º Fórum de Comandatuba, no fi m de se-mana, para fazer lobby por uma proposta que reduz a tributação sobre shows feitos por artistas brasileiros no exterior.

RDC A equipe que formula as propostas da área de cultura do programa de Eduardo Cam-pos e Marina Silva terá como uma das bandeiras a exclu-são de contratações artísticas da lei de licitações.

Eterno enquanto dure

Contraponto

Quando George W. Bush visitou o Brasil em 2005, o serviço secreto americano o cercou de cuidados, inclusive com alimentos. Ainda assim, ele foi a um churrasco na Granja do Torto, a convite de Lula, no momento em que o Brasil havia descoberto mais de 20 focos de febre ast osa. Ao ver que a comitiva demonstrara preocupação com as carnes que passavam pela mesa do almoço, um auxiliar perguntou a Lula se Bush não havia acreditado que a comida estava livre de contaminações. Lula rebateu:– Acreditaram. Os seguranças estão é morrendo de medo desses espetos passando do lado do pescoço do Bush!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Pescoço à brasileira

Tiroteio

DE EDUARDO CAMPOS (PSB), pré-candidato à Presidência, sobre o Bolsa Família e a defesa de que reajustes do programa tenham regras defi nidas.

Não podemos alimentar o falso debate, que resvala no terrorismo eleitoral, de que forças políticas vão suspender esse direito.

Muito se discute sobre como po-tencializar o papel das instituições fi nanceiras em busca de um futuro mais sustentável. Como criar produtos que atendam tais demandas, focados em projetos inovadores com bene-fícios socioambientais. Há diversas iniciativas globais para criação de fundos públicos com esse fi m.

No âmbito das negociações climáti-cas da ONU houve a criação do Green Climate Fund, iniciativa para combate às mudanças do clima. Bancos multila-terais, como Banco Mundial ou Banco Interamericano de Desenvolvimento, também possuem projetos para bus-car uma economia mais verde. No Brasil, o Fundo Clima é capitalizado por royalties do petróleo e administra-do no âmbito do Ministério de Meio Ambiente. O BNDES possui linhas para investimentos em ganhos de efi ciên-cia e agricultura de baixo carbono, operadas por bancos privados.

A maioria deles se baseia na promoção de linhas de crédito sub-sidiadas para atingir esses inves-timentos verdes que normalmente são mais custosos do que as tecnolo-gias sujas. Focam em empréstimos baratos para empresas e pesso-as físicas conseguirem realizar os investimentos necessários. Serão tais recursos sufi cientes para gerar mudanças em nível global?

Um relatório do Fórum Econômico Mundial estimou que precisaremos de US$ 700 bilhões para atingir os investimentos necessários no comba-te às mudanças climáticas em escala global. Em suas estimativas, US$ 140 bilhões é o máximo que virá de investimentos públicos, sendo neces-sários cerca de US$ 560 bilhões de investimentos privados. Para cada dólar mobilizado pelos governos, o setor privado precisará mobilizar 4 ou 5 vezes mais recursos.

Além de mais caros, os investi-mentos verdes geralmente são mais arriscados. Um empréstimo para

uma pessoa com carteira assinada comprar um carro é uma operação de baixo risco. Por outro lado, o custeio de uma produção de soja está sujeito a riscos muito maiores: volatilidade dos preços, intempé-ries climáticas, pestes. Já no caso de um projeto para recuperação de pastagens degradadas – ação de alto potencial no combate às mudanças climáticas no país – os riscos envolvidos são levados para um novo nível. Além de dúvidas sobre clima, preços e produtividade, há as incertezas sobre a melhor tecnologia, os resultados espera-dos, o longo tempo de exposição e a recuperação do investimento.

Assim, não bastam juros baratos e linhas de crédito especializadas. Apesar da redução da disponibilidade de crédito, ainda há recursos a taxas competitivas em bancos públicos e privados para esse tipo de investi-mento. O que muitas vezes impede essas operações é o alto nível de ris-co envolvido. Porém, há mecanismos para contornar esses problemas.

O Fundo Clima, citado acima, opera a partir da lógica de crédito subsidia-do. O potencial desse fundo ainda foi limitado devido a mudanças na lei do petróleo que reduziram seu potencial de capitalização. Para potencializar esses recursos que estão se tornando mais escassos, parte desse dinheiro poderia ser destinada para garantir primeiras perdas em alguns projetos inovadores e de maior risco. Em outras palavras, parte do dinheiro do fundo poderia ser usada como um seguro ao invés de ser utilizada exclusivamente para empréstimos.

Os recursos são escassos. É pre-ciso espremer o limão dos fundos de desenvolvimento para que gerem os maiores resultados. Usá-los como fundos de garantia para potencializar a mobilização de recursos privados se coloca como uma boa estratégia em tempos de vacas magras.

Luiz Fernando do [email protected]

Luiz Fernando do AmaralPesquisador

doutorando no Instituto de Relações

Internacionais da USP

Além de mais caros, os investimentos verdes geral-mente são mais arris-cados. Um empréstimo para uma pessoa com carteira as-sinada com-prar um carro é uma opera-ção de baixo risco. Por outro lado, o custeio de uma produ-ção de soja está sujeito a riscos muito maiores”

Espremendo o limão

Olho da [email protected]

No treino do Nacional, que antecedeu o jogo de quarta-feira 30 contra o Corinthians, esse “intrujão” driblou até a segurança e, sem medo de ser feliz, trocou uns passes com o veterano nacionalino, lá no território da Vila Municipal ou Adrianópolis (quem sabe o nome que o bairro terá amanhã ou depois, quando a Câmara conseguir um quórum?)

DIEGO JANATÃ

Faltam seis meses para o dia da eleição. Daqui até lá, não há tarefa mais importante do que obter, nas

urnas, um segundo mandato para a companheira Dilma. Um outro mandato ainda melhor que o atual, com novos avanços, novos direitos, novas oportunida-des, reformas estruturais urgentes e imprescindíveis.

A partir de hoje, toda a nossa energia se concentrará no objetivo central do PT, a reeleição

Rui Falcão, presidente nacional do PT, pregou no discurso de sexta-feira 2, à noite, em São Paulo, que

não há tarefa mais importante para a militância do que reeleger a presidente Dilma Rousseff.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

Os artigos assinados nesta página são de responsabilidade de seus autores e não refl etem necessariamente a opinião do jornal.

CENTRAL DE RELACIONAMENTOAtendimento ao leitor e assinante

ASSINATURA e

[email protected]

CLASSIFICADOS

3211-3700classifi [email protected]

www.emtempo.com.br

[email protected]

REDAÇÃO

[email protected]

CIRCULAÇÃO

3090-1001

3090-1010

@emtempo_online /amazonasemtempo /tvemtempo/

Presidente: Otávio Raman NevesDiretor-Executivo: João Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário [email protected]

Editora-ExecutivaTricia Cabral — MTB [email protected]

Chefe de ReportagemMichele Gouvêa — MTB [email protected]

Diretor AdministrativoLeandro [email protected]

Gerente ComercialGibson Araú[email protected]

EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected] GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

A04 - OPINIÃO.indd 4 4/5/2014 21:28:48

Page 5: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 A5Política

TJAM nega pedido contra a CMMO juiz Cezar Luiz Bandiera, da

2ª Vara da Fazenda Pública Mu-nicipal, determinou a extinção do processo, sem julgamento do mérito, referente à ação movida pela empresa Imply Tec-nologia Eletrônica Ltda. contra a Câmara Municipal de Manaus (CMM), no caso da suspensão da licitação que resultou na compra do painel eletrônico em dezembro de 2012. A decisão foi proferida pelo magistrado no último dia 25 e publicada no site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) no dia 29 de abril.

“Essa decisão do TJ é mais uma prova de que fizemos o certo. Atendemos ao princípio da economicidade. Estamos trabalhando normalmente com o painel antigo e com isso fizemos investimentos em

outras áreas que estavam bem precárias. Essa medida do Tri-bunal de Justiça vai na direção de tudo aquilo que estamos fazendo aqui na CMM, a oti-mização dos recursos”, disse o presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva (PSDB) ao tomar conhecimento da sentença fa-vorável Legislativo.

Na ação movida por perdas e danos, a Imply alegou o di-reito de receber da Câmara uma indenização no valor de R$ 498,9 mil. O painel foi licitado pela CMM, na gestão do ex-presidente Isaac Tayah (PSD), ao custo de R$ 990 mil.

A licitação para a aquisição do novo painel eletrônico para a CMM foi realizada no dia 19 de novembro de 2012, pon-to facultativo no município de Manaus em função do feriado

de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Apenas a empresa Imply que forneceu o painel anterior em meados de 2005, compareceu ao processo licitatório. O contrato da CMM com a empresa foi assinado no dia 30 de novembro, pelo então presidente Isaac Tayah, mesmo após decisão da mesa diretora da casa de suspender o certame.

No dia 20 de dezembro de 2012, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), na decisão da conselheira-auditora Yara Lins determinou a suspensão da concorrência pública, fato que somente foi concretizado na gestão de Saraiva que em janeiro de 2013 revogou o con-trato de compra do novo painel eletrônico adquirido por Tayah, cumprindo a decisão do TCE.

EMPRESA IMPLY

Bosco Saraiva (no centro) suspendeu licitação para a aquisição de novo painel de presença

Aleam realiza 1ª Semana de Educação no TrânsitoPresidente da casa, Josué Neto lançou, em abril, a campanha “Juntos pela paz no trânsito”, para formar um pacto pela vida

A Assembleia Legislati-va do Estado (Aleam) abre hoje a 1ª Semana de Educação no Trân-

sito, como parte da campanha “Juntos pela paz no trânsito”, lançada pelo presidente Josué Neto (PSD), no último dia 3 de abril, visando mobilizar a sociedade organizada e ór-gãos e instituições públicas que atuam no segmento do trânsito local, para formar um “pacto pela vida”, com a re-dução dos índices de aciden-tes e mortes no trânsito em Manaus e no Amazonas.

De 5 a 8 de maio, 600 ser-vidores do Legislativo vão par-ticipar de um curso de educa-ção no trânsito, promovido por uma parceria entre a Escola do Legislativo e o Departamento Estadual de Trânsito do Ama-zonas (Detran-AM). Josué Neto vai abrir a primeira aula, às 14h desta segunda-feira, no auditório João Bosco Ramos de Lima, com a primeira turma composta de 120 servidores.

O curso terá três horas de duração e tem como objetivo sensibilizar os servidores para promoção da paz no trânsito e, também, gerar a cultura de multiplicadores de educação no trânsito. “Estamos abrindo novas frentes de discussões e atividades práticas sobre esse tema, que por muitas vezes é cercado de mitos, de preconcei-tos ou apenas desinformação”, disse Josué.

Também como parte da campanha “Juntos pela paz

no trânsito” a Assembleia fez adesão oficial ao movimento internacional “Maio Amarelo”, que é uma ação coordena-da entre o poder público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária; chamar a atenção da sociedade sobre os altos índices de mortes, fe-ridos e sequelados no trânsito do país, bem como, mobilizar o seu envolvimento e também dos órgãos de governos, em-presas, entidades de classe, associações, federações e so-ciedade civil organizada para discutir o assunto e engajar-se em ações visando propagar o conhecimento do tema.

Confirmando sua adesão ao movimento, desde o dia 1º de maio o prédio da Assembleia Legislativa é iluminado de ama-relo, durante a noite, chamando atenção de quem passa em frente à sede do Legislativo.

A campanha “Juntos pela paz no trânsito” também irá promover uma campanha de informação utilizando todos os recursos de mídia da Assem-bleia para veicular mensagens diárias sobre educação no trân-sito nos veículos institucionais – Rádio Aleam, TV Aleam, site e redes sociais.

Ao propor o pacto pela vida, Josué Neto pediu o apoio de toda a sociedade, no sentido de construir uma grande rede para que se possa “fazer des-te ano de 2014 um ano com menores índices de acidentes e mortes no trânsito”. Durante todo este mês, a iluminação noturna da sede da Assembleia será amarela em consonância com ação “Maio Amarelo”

ALEAM/DIVULGAÇÃO

TIAGO CORRÊA/DIRCOM/CMM

A05 - POLÍTICA.indd 5 4/5/2014 21:29:35

Page 6: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

‘Lava Jato’ atinge o ‘ban-co central’ da corrupção

Importantes criminalistas es-tão de sobreaviso com a ins-talação da CPI da Petrobras. As investigações da Operação Lava Jato revelaram mais do que pretendia e a Polícia Federal pode ter chegado ao coração de um “banco central” da corrup-ção no País, com o desmante-lamento do esquema do doleiro Alberto Yousseff e comparsas. E será a estreia da Lei Anticor-rupção, em vigor desde janeiro, que provoca calafrios.

Sem blindagemLei Anticorrupção prevê pri-

são até mesmo para poderosos presidentes de empresas cor-ruptoras, sempre “blindados” nos escândalos.

Quem pagaGrandes empresários, donos

de empreiteiras parceiras ou fornecedoras da Petrobras deixaram seus criminalistas de plantão.

Domínio do fatoA “teoria do domínio do fato”,

prevista na nova Lei Anticorrup-ção, pune empresários cujas companhias se envolverem em casos de corrupção.

RevoluçãoCom a nova lei, fi gurões como

Marcelo Odebrecht, em tese, estão sujeitos a prisão por mal-feitorias envolvendo empresas que presidem.

Roriz pode subir no palan-que só por holograma

A campanha José Roberto Ar-ruda (PR) ao governo do Distrito Federal pode contar ao menos com a presença “virtual” do ex-senador Joaquim Roriz nos comícios. Com saúde debilita-da, Roriz terá difi culdades de subir em palanques, por isso a

campanha avalia sua presença por meio de projeção holográ-fi ca, em três dimensões, como ocorre em shows com a “par-ticipação” de artistas ausentes ou até mesmo falecidos.

Filha na chapaA deputada distrital Liliane

Roriz, fi lha do ex-governador – que está na fi la de transplante de rins – será candidata a vice, na chapa de Arruda.

Plano BCaso o holograma de Joaquim

Roriz se revele impraticável, até pelos custos, os comícios de Ar-ruda poderão exibir sua imagem em telões.

EstreiaHolograma de Renato Russo

foi exibido em um show no Estádio Mané Garrincha, em junho de 2013. O brinquedo custou R$ 4,5 milhões.

Freguês de cadernoO laboratório Labogen, que

encrencou o doleiro Youssef com o ex-ministro Alexandre Padilha (Saúde), surgiu na inútil CPI das ONGs, em 2012, como benefi ciário de R$ 30 milhões de “parceria” federal.

Luvas de gabineteO sonho do chanceler Luiz

Alberto Figueiredo é ter um diplomata no Congresso. Como o secretário Jean Marcel Fer-nandes, candidato a deputa-do federal pelo PSB. Muito próximo do ex-chanceler Pa-triota, Fernandes era do Mi-nistério do Turismo e voltou ao Itamaraty.

Tudo menos eleO deputado William Dib

(PSDB-SP) disse ao ex-presi-dente Lula que até aceita apoiar o ex-ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, tudo

para não ver o desafeto tucano Geraldo Alckmin reeleito.

Sinal amareloEm reunião informal com o

presidente do PT, Rui Falcão, sexta à noite, dirigentes petis-tas do DF avisaram que “pes-quisas internas” indicam que Aécio Neves (PSDB) lidera as intenções de voto na Capital.

EntendimentoOs tucanos estão animados

com a possibilidade de aliança com o PSD de Gilberto Kassab na disputa presidência. Os par-tidos já se uniram no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Paraná e em Rondônia.

Sem chance O deputado Guilherme Cam-

pos (PSD-SP) não vê chance de Gilberto Kassab aceitar disputar a vice do governa-dor Geraldo Alckmin (PSDB): “Só falta chamar o Afi f, que o Geraldo demitiu, para costurar o acordo”.

ImortalizadoO ministro aposentado Carlos

Ayres Britto voltará ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (7), no Salão Branco, para a solenidade de aposição do seu retrato na galeria de ex-presidentes do STF.

Sem consenso A bancada do PT se reúne na

terça (6) para tentar defi nir um substituto para o parceiro do doleiro Alberto Youssef, André Vargas (PR), na vice-presidên-cia da Câmara. Até agora são quatro candidatos.

Pensando bem......foi “80% populista e 20%

surreal” o aumento de 10% do Bolsa Família que Dil-ma anunciou na TV no Dia do Trabalho.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

A perdição da vaidade

www.claudiohumberto.com.br

A presidente, apresentada como gestora, não geriu”

Eduardo Campos, presidenciável do PSB, sobre sua rival Dilma Rousseff (PT)

Candidato ao governo de Minas, em 1982, Tancredo Neves aparecia muito na TV, mas não havia quem o fi zesse olhar para a luz vermelha da câmera – ou seja, para o telespectador. Pressionado, Tancredo ensinou:

- Olha, eu vi a televisão nascer e, com ela, a vaidade crescer. Conheci muita gente que se perdeu por aí. Então, decidi: nunca olho para aquele olho seco e vermelho. Pode ser a perdição...

O presidenciável pelo PSB rebateu as declarações do pré-candidato tucano, de que estariam juntos em 2015

Temos projetos distintos, diz Campos sobre Aécio

Ex-governador Eduardo Campos discursando na tribuna da CMM após receber homenagem

O presidenciável Edu-ardo Campos (PSB-PE) disse ontem que o projeto dele e de

Aécio Neves (PSDB-MG) para o país são “distintos”. A decla-ração ocorre três dias depois de o tucano afi rmar que não vê o ex-governador como ad-versário e que poderiam estar juntos em 2015.

“Temos diferenças, tanto que somos de partidos di-ferentes. A última vez que tivemos juntos no palanque nacionalmente foi na eleição do Colégio Eleitoral, depois de perdermos a campanha das Diretas, Já!”, disse Campos, no Rio, onde participou de encon-tro da Juventude do PPL.

Campos disse, contudo, que os dois candidatos de oposição buscam também pontos convergentes. Mas destacou que o caminho pro-posto para o país “não são a mesma coisa”.

“Temos projetos que são distintos. Tem base política e social distintas, história mui-to clara e que vai ter programa oferecido à sociedade. Isso não impede que tenhamos a capacidade de ver o que nos une no ponto de vista do interesse do país. Mas es-tamos oferecendo caminhos que não são a mesma coisa”, disse o pessebista.

O ex-governador de Per-nambuco citou como exem-plo a fl exibilização das regras trabalhistas, à qual declarou estar contrário.

“Eu assumi o compromis-so de que não vamos fazer mudança no país tirando direito dos trabalhadores. Vimos hoje o ministro da Fazenda (Guido Mantega) falando isso e o candidato Aécio em algum momento

falou dessa questão”.Ele citou ainda o debate

sobre redução da maioridade penal, ao qual é contrário, e a independência do Banco Central, sobre o qual defende que seja determinado por lei. “O que nos une é o compro-misso com o valor democrá-tico, o respeito aos direitos humanos”, disse.

Campos acusou o governo

federal de fazer “terrorismo eleitoral” ao sugerir, segundo ele, que o Bolsa Família está em risco caso a oposição vença a eleição. “Essa foi uma tática usada pela direita que agora é usada pelo governo dito progressista”, afi rmou.

ElogiosNa última sexta-feira, en-

quanto palestrava no Fórum Empresarial de Comanda-tuba, na Bahia, o pré-can-didato à Presidência da República, o tucano Aécio Neves, teceu elogios ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

“Não consigo ver o Eduardo como adversário, somos com-panheiros de trincheira do mesmo sonho”, arrancando aplausos da plateia. Depois de criticar a atual gestão petista, ele disse que fala-ria algo que iria surpreender a todos: “Não vejo como, a partir de 2015, não estar-mos eu, (Eduardo) Campos e Marina (Silva) no mesmo projeto de país”.

Nas últimas pesquisas de intenção de votos para presidente, Aécio tem se mantido em primeiro lu-gar seguido por Campos. Ambos têm crescido per-centualmente nas últimas sondagens divulgadas.

Dilma recomenda o Disque 100

Com a realização da Parada Gay na capital paulista, ontem, a presidenta Dilma Rousse-ff lembrou no Twitter que o serviço Disque 100 pode ser usado para denunciar casos de violência envolvendo homofo-bia. O número de telefone é um canal disponibilizado pela Secretaria de Direitos Huma-nos (SDH). As informações são da Agência Brasil.

“Pessoas de todo o país estão hoje em São Paulo para parti-

cipar da @paradalgbt. No ano passado, a @DHumanosBra-sil lançou o Sistema Nacional LGBT, que articula politicas pú-blicas em conjunto com estados, DF e municípios. O módulo LGBT do #Disque100 é hoje a principal ferramenta no combate à vio-lência homofóbica. O serviço é gratuito, anônimo e funciona!”, escreveu a presidente.

Lançado em junho do ano pas-sado, o Sistema Nacional LGBT (Sistema Nacional de Promoção

de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Tran-sexuais) funciona por meio de centros de promoção e defesa - com apoio psicológico e jurí-dico - e por meio de comitês de enfrentamento à discriminação e de combate à violência. Uma das maiores do mundo, a Parada Gay em São Paulo tem este ano o tema “País Vencedor é País Sem Homolesbotransfobia: Chega de Mortes! Criminalização Já!”

HOMOFOBIA

Dilma disse no Twitter que o Disque 100 também pode ser usado para denunciar casos de homofobia

GOVERNO

Tocantins realiza eleição indiretaO deputado estadual do

Tocantins Sandoval Cardo-so (SDD) foi eleito indire-tamente, por volta das 12h de ontem, para o cargo de governador do Estado até o dia 31 de dezembro. Ele tomou posse do cargo ontem mesmo.

A escolha foi feita pelos deputados da Assembleia Legislativa do Tocantins 30 dias depois da renún-cia do governador Siquei-ra Campos (PSDB) e do vice João Oliveira (DEM) - ontem foi a data-limite para realização de elei-ções. O vice-governador eleito é o empresário Tom Lyra (PR).

Cardoso obteve 15 dos 21 votos. Os deputados Marcelo Lelis (PV) e Eli Borges (Pros) obtiveram dois votos cada um, e José Augusto (PMDB) e Paulo Mourão (PT), um voto cada um. A casa tem 24 deputados, mas dois deles se ausentaram sob justifi cativa de problemas de saúde e o governador eleito não votou.

Mandato tampãoSiqueira Campos se

afastou do governo para que seu fi lho, Eduardo Siqueira Campos (PTB), possa ser candidato ao governo estadual nas

eleições de outubro.O vice-governador, João

Oliveira Cardoso, anunciou sua renúncia em carta publicada no “Diário Ofi -cial” do Estado. No do-cumento, ele diz que será “instrumento do partido e do grupo político para ampliar as bases”.

Cardoso, até então pre-sidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, assumiu a cadeira de go-vernador interino no dia 4 de abril e convocou eleições indiretas para ontem, 30 dias após as renúncias. O novo governador cumprirá um “mandato tampão” até o fi m do ano.

TIAGO CORRÊA/DIRCOM/CMM

ROBERTO STUCKERT FILHO/PR

SEM ACORDODe acordo com o pré-candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, o projeto do partido para o país é distinto em relação aos projetos que o PSDB tem para o Bra-sil nestas eleições

A06 - POLÍTICA.indd 6 4/5/2014 21:33:02

Page 7: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Inpa inscreve para curso até hojeO Programa de Pesquisa

em Biodiversidade (PPBIo) e o Centro de Estudos Integrados de Biodiversidade Amazônica (Cenbam) realizarão no dia 17 de maio, das 8h às 14h, o curso “Ecologia, Biogeografia e Filogenia de Lacythidaceae”. O curso ocorrerá na sala de aula da Ecologia que fica no campus do Inpa localizado na rua da Lua, conjunto Morada do Sol, Aleixo, com entrada pela sede da Associação dos Servidores do Inpa (Assinpa).

As pessoas interessadas têm até hoje para fazer a

inscrição no curso. Basta en-viar e-mail para o endereço [email protected] com o assunto “Curso Lecythi-daceae” e colocar dados como: nome completo, curso, institui-ção, CPF e RG.

A finalidade do curso é ca-pacitar pesquisadores e estu-dantes de graduação e pós-graduação para reconhecer os exemplares da família Lecythi-daceae (família botânica da castanha do pará), além de apresentar sua diversidade, importância e potencialida-des. Durante o curso serão

abordados aspectos teóricos da ecologia, estudos filoge-néticos, clados com flores actinomórficas, polinização e dispersão da Lecythidaceae.

O palestrante será o curador de Botânica do Jardim Botânico de Nova York, Scott Mori. O doutor desenvolve pesquisas sobre aspectos taxonômicos e sobre as relações ecológi-cas da castanha do brasil ou castanha do Pará. O curso, que disponibilizará 30 vagas, será ministrado em português, mas é necessário que o aluno tenha compreensão de inglês.

PESQUISA

REPR

OD

UÇÃ

O

Viatura capota e atinge veículoUma viatura de prefixo 335

do programa Ronda no Bair-ro, do efetivo da 25ª Compa-nhia Interativa Comunitária (Cicom) perdeu o controle e capotou, na manhã de on-tem, por volta das 8h, na avenida Autaz-Mirim (sen-tido Terminal 5), próximo à entrada do bairro Armando Mendes, na Zona Leste.

Segundo o tenente da 2ª Cicom, Moraes Filho – que deu apoio na ocorrência – a viatura perdeu o controle,

bateu no canteiro central, capotou pelo menos quatro vezes na pista e invadiu a outra via, vindo a colidir com uma S-10 azul e placa JXP 7450. “Não sei se es-tavam em alta velocidade”, disse o tenente.

O motorista identicado apenas pelo nome de guerrra R. Gomes, teve ferimentos na cabeça, onde levou cin-co ponto, conforme disse o oficial Moraes Filho. O outro soldado e o sargento tive-

ram apenas hematomas na perna e joelho, mas passam bem. Todos foram atendidos no hospital e pronto-socorro João Lúcio, na Zona Leste, e em seguida, liberados para casa. Conforme o tenente, o condutor da S-10 não sofreu ferimentos, apenas danos materiais.

O instituto de Crimina-lística (IC) da Polícia Civil esteve no local do aciden-te e deve investigar as causas. (FO)

AUTA-MIRIM

Apesar da gravidade do acidente, os envolvidos sofreram apenas ferimentos leves

FOTO

LEI

TOR

O curso capacita participantes a reconhecer exemplares da família da castanha do pará

Jovem é assassinada em brincadeira com revólverSegundo testemunhas, arma era manipulada por rapaz apontado como envolvido com tráfico de drogas do PCC

Ajovem Ana Lúcia Ri-beiro dos Santos, 18, levou um tiro de cima para baixo no ombro,

que acabou a atingindo no coração, matando-a. A bala foi disparada em uma brin-cadeira de “roleta russa”, na rua Rouxinol, bairro Cidade Nova I, Zona Norte, próxi-mo ao campo de futebol “Curió”. O autor do disparo foi identificado como Ricar-do Soares, o “Ricardinho”, o qual, segundo testemunhas, é envolvido com o tráfi-co de drogas e integran-te do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a amiga de Ana Lúcia, Cassiane Pereira, ela e mais outras amigas esta-vam em um aniversário na casa de uma pessoa na mes-ma rua. Terminada a festa, todos ficaram conversando em frente a casa.

Conforme Cassiane, Ana estava sentada na calçada, quando “Ricardinho” – que também estava no local - ficava exibindo uma arma, calibre 38, onde colocava e retirava uma munição e

apontava a pistola somente na direção de Ana.

“Ele ficava tirando e colo-cando a bala e apontava para Ana, até que uma vez ele che-gou perto dela e disparou. Ele só apontava na direção dela. Acho que foi proposital, pois ele já tinha ficado com ela e, pelo que soube, ele era muito ciumento”, disse.

A testemunha acrescentou que o acusado ainda levou a jovem ao pronto-socorro Da-nilo Corrêa, em seu próprio veículo, de modelo e placa não identificados.

Outra versãoUma outra testemunha

contou a um amigo da famí-lia, que preferiu não revelar

o nome, que Ana teria ido ao local para uma reunião de equipe da diretoria (equi-pe de carros personaliza-dos), onde lá teria efetuado um pagamento de dívida de seu primo, identificado como João Paulo.

“Ela deu uma parte desse dinheiro ao ‘Ricardinho’, e eçe disse que se não pagasse o resto, quem iria ser cobra-da era ela”, disse.

De acordo com o pai da jovem assassinada, Antô-nio dos Santos, a família descarta qualquer possibili-dade de Ana estar envolvida com coisas ilícitas. “Ela era trabalhadora e ajudava na minha loja”, disse.

A amiga, Cassiane Perei-ra, disse ter ouvido que “Ricardinho” era envolvido com o tráfico, mas não soube afirmar se fazia parte da quadrilha do PCC.

InvestigaçãoSegundo o tio da jovem,

Francenildo Feitosa, o caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e, somente amanhã deve seguir para a Delegacia Es-pecializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

DIV

ULG

AÇÃO

Ana Lúcia levou o tiro no ombro. A bala atravessou e chegou até o coração da jovem

FÁBIO OLIVEIRAEquipe do AGORA

VERSÕESEm uma versão, Ana Lúcia teria sido morta pela brincadeira de “Ricardinho” com o revólver, enquanto outra afirmava que ele a ameaçava por conta de uma dívida de seu primo

A07 - DIA A DIA.indd 7 4/5/2014 21:35:06

Page 8: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Prefeitura remove feira irregular no mercadãoAmbulantes foram retirados da área ocupada ilegalmente. Não foi a primeira vez que atividade foi denunciada no local

Aproximadamente 50 ambulantes foram re-tirados no sábado da rua Tabelião Lessa,

que passa ao lado do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro. A ação foi coordenada pela Prefeitura de Manaus, por meio das secretarias de Feiras e Mercados (Sempab), Centro (Semc), Limpeza Pública (Se-mulsp), Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) e Polícia Militar (PM). Esta não é a primei-ra vez que o comércio é montado de forma ilegal nos arredores do mercadão, desobedecendo o poder público.

A nova ação começou com uma conversa de conscientiza-ção com os ambulantes, sobre a não permanência deles no entorno do mercado. Em segui-da, fiscais da Sempab fizeram a retirada das bancas do local e recolheram os produtos. Mui-tos deles estavam estragados e ofereciam riscos à saúde.

Os ambulantes, vendedores de frutas, verduras e peixes tinham o apoio de aproximada-mente 20 canoeiros, que abas-teciam as bancas. O comércio irregular se instalou no entorno do mercado, prejudicando as vendas dos permissionários do Adolpho Lisboa. A prática não

é autorizada pela Prefeitura de Manaus, que também vem tentando conscientizar a popu-lação a não incentivar este tipo de comércio.

“É importante ressaltar que a população deve levar em conta não só o preço, mas a qualidade do produto que está sendo vendido aqui, de maneira inadequada. Frutas e verduras mal-acondicionadas e pescado de péssima qualidade, o que pode colocar em risco a saúde das pessoas. Por isso, a po-pulação deve evitar comprar onde a procedência do produto e a qualidade são duvidosos”, enfatizou Glauco Francesco, secretário da Semc.

A ação de retirada dos am-bulantes do local foi pacífica e terminou por volta de 8h30 da manhã. De acordo com o secretário Fábio Pacheco, da Sempab, a fiscalização nessa área vai ser intensificada para evitar que os ambulantes re-tornem outra vez. Após a re-tirada do comércio irregular, a rua foi lavada e o espaço devolvido à população.

A permanência de ambulan-tes no entorno do mercadão não é permitida. Denúncias podem ser feitas à Semc pelo telefone 3631-2982 ou para a Sempab pelo telefone 3663-8488. A retirada dos ambulantes do entorno do Mercado Adolpho Lisboa foi pacífica. Sempab vai intensificar fiscalização na área

SEM

COM

/DIV

ULG

AÇÃO

Manaus sedia encontro

Entre os dias 6 a 8 de maio, Manaus sediará a 42ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) além do Fórum de En-sino (FDE) e de Desen-volvimento Institucional (FDI). O evento irá reunir no Hotel Tropical, zona Oeste de Manaus, cerca de 150 participantes, en-tre reitores, pró-reitores de ensino e de desen-volvimento institucional de 41 institutos federais para debater questões de interesse dessas instituições de ensino.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazo-nas (Ifam) é o anfitrião do evento. Durante três dias, o FDE irá analisar o Projeto de Lei sobre a Reformulação do En-sino Médio e, no FDI, os pró-reitores irão debater o Plano de Desenvolvi-mento Institucional (PDI) que define as estraté-gias para atingir as me-tas e objetivos da Ins-tituição em um período de cinco anos.

A Rede Federal é for-mada por 41 instituições, que juntas somam 491 campi em funcionamen-to e, segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, até o final de 2014 esse número chegará a 562, totalizando mais de 508 mil estudantes.

PESQUISA

Polícia divulga retrato de mulher desaparecida

A Polícia Civil do Amazo-nas, por meio do 12° Dis-trito Integrado de Polícia (DIP), divulgou a imagem de Yony Nunez Aranibar, 47, desaparecida desde a noite de sexta-feira (2).

De acordo com as in-formações do delegado plantonista do 12° DIP, Aldiney Brito, a mulher sofre de transtorno bipo-lar e teria saído de sua casa, localizada no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, por volta das 21h. No momento do desa-parecimento, Yony trajava

um pijama estampado com flores verdes.

Quem puder colaborar com informações, entre em contato com os servidores do 12° DIP: 3654-8863 ou 3654-8416.

Para falar com os fa-miliares da mulher, ligue para Josué Rivera, marido de Yony, ou dona Nira pelos números: (92) 9431-3462 e 9200-1822.

O 12° DIP está localizado na avenida Nilton Lins, n° 325, bairro Parque das La-ranjeiras, Zona Centro-Sul de Manaus.

INVESTIGAÇÃO

Yony Nunez Aranibar, de 47 anos, possui transtorno bipolar

PC/R

EPRO

DU

ÇÃO

MEIO AMBIENTE

Iranduba terá plano de reciclagem Uma parceria coordenada

pela Associação de Cata-dores de Iranduba permi-tirá a implantação de um programa de reciclagem do lixo orgânico no município, localizado na Região Me-tropolitana de Manaus. A previsão é que até o fim deste ano os trabalhos se-jam iniciados. Atualmente, o município, que tem uma população estimada em 70 mil habitantes, produz uma média de 50 toneladas de lixo por dia, das quais a maio-ria pode ser reciclada por ser predominantemente orgânico.

Por meio de um convênio firmado com a Fundação Banco do Brasil, a Associa-ção de Catadores já recebeu um aporte no valor de R$ 2 milhões para o início do desenvolvimento do projeto. Esse valor deve ser desti-nado à construção de um galpão e compra de maqui-nário. Segundo o presidente da Associação, Jorge Queiroz, uma das dificuldades enfren-

tadas era a falta de um lo-cal para construir o galpão para que os 50 catadores que hoje atuam na cidade possam trabalhar.

Semana passada, por in-termédio do deputado es-tadual Sidney Leite (Pros),

que tem acompanhado a luta dos catadores, o prefeito de Iranduba, Xinaik Silva (PTB), se reuniu com o presidente da associação e cedeu um terreno numa área de dois hectares próximo ao lixão da cidade onde poderá ser ins-

talada a sede da associação. “Com a formalização dessa doação ficam mais fáceis os investimentos por parte dos parceiros para cons-trução de galpão, aquisição de maquinário, caminhões para sistematizar a coleta e melhorar a qualidade de vida daqueles catadores”, declarou Queiroz.

Segundo o deputado Sid-ney Leite, a destinação do resíduo sólido é uma preo-cupação ambiental em todo o Estado. E a partir da re-ciclagem orgânica, seja por compostagem ou material inflamável, será possível que esse material reciclado sir-va como matéria prima para ser utilizado nas fábricas de cerâmicas e olarias. “Do ponto de vista ecológico e ambiental é uma alternativa correta e que também garan-te renda para os trabalha-dores, com destino saudável ao meio ambiente, à popu-lação e a consciência para a coleta seletiva”.

A previsão é de que o programa esteja implantado em Iranduba até o final deste ano

RECURSOSPor convênio com o Banco do Brasil, a As-sociação de Catadores de Iranduba já recebeu um aporte de R$ 2 milhões para o início do desenvolvimento do projeto, destinado a galpão e maquinário

ALEA

M/R

EPRO

DU

ÇÃO

A08 - DIA A DIA.indd 8 4/5/2014 21:36:56

Page 9: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

PaísCa

dern

o B

[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 (92) 3090-1042 Página B2

Transplantes aumentam no Brasil

DIVULGACÃO

Parada do Orgulho LGBTreivindica mais respeitoO lema deste ano, “País vencedor é país sem homolesbotransfobia. Chega de mortes!”, é um protesto contra os abusos

Um dos maiores eventos em prol da diversidade sexual do mundo lotou a avenida Paulista, região central da capital, na tarde de ontem, pedindo mais respeito e dignidade para todos

No início da tarde de ontem, os trios elé-tricos animavam o público que chega-

va à avenida Paulista, região central da capital, para a 18ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Um dos maiores eventos em prol da diversidade sexual do mundo, neste ano a parada saiu as ruas com o lema: “País vencedor é país sem homolesbotransfobia. Che-ga de mortes!”.

“O que querem os gays na avenida que é o maior símbolo do capital? Nós queremos res-peito. Queremos dignidade”, sintetizou o sócio-fundador da associação da parada, Nel-son Matias, sobre o espírito do evento. “Amar quem eu quero é um direito de foro íntimo. A sociedade tem que respeitar e o governo, garan-tir”, acrescentou ao partici-par da entrevista coletiva de abertura do evento.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidên-cia da República, Ideli Salvati, disse que a comunidade LGBT deve aproveitar a mobilização conseguida com a parada para pressionar o Parlamento pela aprovação de projetos contra o preconceito. “Vocês colocam 2 ou 3 milhões de pessoas na rua. Vocês precisam transformar isso em votos no Congresso Nacional. Porque essa imagem

de poder do homem branco, rico e hétero está instalada lá”, ressaltou a ministra.

Ideli manifestou apoio ao Projeto de Lei 122 de 2006, que tipifica a homofobia como crime, uma das princi-pais bandeiras da parada.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou que, apesar do clima festi-vo, a parada ainda remete a temas de grande seriedade. “Nós entendemos que isso aqui é uma parada cívica. Para nós, infelizmente, ainda não é

uma festa”, disse o prefeito, que lembrou as “atrocidades” cometidas por pessoas que têm preconceito.

MuseuO governador de São Paulo,

Geraldo Alckmin, aproveitou o momento para anunciar a instalação da sede do Museu da Diversidade Sexual, na

avenida Paulista. A institui-ção funciona atualmente na Estação República do metrô, onde recebeu cerca de 35 mil visitantes ao longo do ano passado.

O governo trabalha ago-ra para a desapropriação indireta de um casarão do século 19, remanescente do início da ocupação da região. “Quem passar na Paulista vai ver uma casa em mau estado. Mas ela será restaurada para ser o Museu da Diversidade”, anunciou o governador.

Mudança de dataNeste ano, a 18ª Parada

do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que tradicio-nalmente ocorre em junho, foi antecipada para não coincidir com a Copa do Mundo. “Mudamos (a data) pensando no bem-estar de quem veio para a parada. Porque eu tive a informa-ção que 40% da rede hote-leira estão reservados para a Copa. E a parada ocupa 100%”, explicou o presiden-te da associação da parada, Fernando Quaresma.

Os participantes, que lota-ram a avenida no início da tarde, começaram a chegar já pela manhã e a se concen-trar perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os sho-ws de encerramento foram na praça da República,

PRECONCEITOA ministra Ideli Salvati disse que a comuni-dade LGBT deve apro-veitar a mobilização conseguida com a parada para pressio-nar o Parlamento pela aprovação de projetos contra o preconceito

DIVULGACÃO

Com fantasias de inspi-ração cinematográfi ca, as drag queens, e as transexu-ais, vestidas com roupa de festa, fi zeram sucesso com o público. Alguns se con-tentaram só com um aceno ou sorriso. Muito frequentes, porém, foram os pedidos para uma foto. A transexual Lara Pertille disse que não se incomodava com o assé-dio. “As pessoas podem se encantar com essa fábrica de beleza. As pessoas po-

dem se encantar com tudo que é novo. Bom que elas estejam descobrindo algo novo”, disse.

Para Lara, a parada é um momento de afi rmação para as transexuais e o res-tante de comunidade LGBT. “Acho que é um dia de pro-testo, de visibilidade. Um dia para mostrar que exis-timos, que pagamos impos-tos e que somos limpinhos”, ironizou a jornalista de 26 anos que saiu de Paulínia,

interior paulista.O estudante universitário

Anderson Melo contou que saíra de Mairinque (SP) para se divertir e protestar. “Além de toda a festa, eu faço ques-tão de me integrar à militân-cia (LGBT)”, ressaltou. Ele se mostrou preocupado que o apelo festivo enfraqueça a mensagem contra o precon-ceito. “Talvez esse formato tire um pouco da atenção da causa social para quem vê de fora.”

Fantasias e muita esperança

Participantes começaram a chegar pela manhã e lotaram a avenida com um show de cores

DIVULGACÃO

B01 - PAÍS.indd 1 4/5/2014 21:17:59

Page 10: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Transplantes de órgãos no país aumentam 18% Entre 2010 e 2013, com o aumento do número de transplantes, a fila dos que aguardam um órgão diminuiu 56,8%

Segundo Borba, a resis-tência à doação está ligada à falta de esclarecimento da população. “(Nas cam-panhas) queremos esclare-cer que é um procedimento seguro, que a pessoa não vai ter sua morte acelerada.

(São) coisas que ainda per-sistem na mentalidade da população, mas que vêm me-lhorando gradativamente e muito intensamente nestes últimos anos.”

O coordenador ressalta que muita gente não doa

porque teve seu parente mal atendido no setor de urgên-cia. “Se o atendimento for ruim na hora que o paciente precisa ser atendido, como a família vai ser abordada para que doe os órgãos do ente que faleceu?”

Existem alguns mitos e preconceitos em relação a doação de órgãos. Algumas pessoas temem que a retira-da de vários órgãos deforme o corpo doente falecido. A remoção dos órgãos deixa a cicatriz de uma cirurgia.

Receios e mitos impedem novas doações

O número de trans-plantes de órgãos sólidos no Brasil aumentou 18% en-

tre 2010 e 2013. Segundo o Ministério da Saúde, os procedimentos considerados de alta complexidade, como os transplantes de pulmão (100%) e coração (60%), ti-veram as maiores elevações no período.

“O aumento do transplante mais complexo significa uma melhora no sistema de trans-plante, porque esses são os transplantes com maior carên-cia, por exemplo transplante de pulmão, coração. As pessoas que não recebem (o órgão) morrem, não têm opção”, ava-liou o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Hé-der Murari Borba.

Embora os procedimentos considerados mais complexos não sejam os de maior número, eles exigem melhores serviços e equipes, desde a organização da captação de órgãos até a cirurgia e o acompanhamento da recuperação dos pacien-tes. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior rede pública de transplantes do mundo. O rim é o órgão mais transplantado e mais aguar-dado na fila de pessoas que precisam de um transplante.

“Os Estados Unidos fazem mais transplantes que o Brasil, mas lá o transplante é privado. Uma parte é subvencionada pelo Estado, e os imunossu-pressores, medicamento que a pessoa recebe depois do transplante, têm que ser com-prados”, contou Borba.

ReduçãoEntre 2010 e 2013, com o

aumento do número de trans-plantes, a fila dos que aguar-dam um órgão diminuiu 56,8% nos últimos três anos. Santa Catarina e o Distrito Federal

são os locais com maior re-lação de doadores por milhão de habitante, passando dos 30. Em 2010, 59.728 pessoas estavam na lista nacional de espera e, em 2013, o número passou para 38.074.

O transplante de córnea é o que mais apresenta redu-ção na lista de espera. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, o Paraná, o Rio Grande do Sul e São Paulo zeraram a fila por essa cirurgia em 2013. A lista de trans-plante é considerada zerada quando o número de pacientes que precisam do procedimen-to está dentro ou abaixo da capacidade média mensal de atendimento do estado.

DoadoresO total de pessoas que doa-

ram órgãos passou de 1.896, em 2010, para 2.562, em 2013, uma alta de 35,1%.

Apesar do aumento, dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) indicam que, no Brasil, 47% das famílias que podiam doar órgãos de um parente que teve morte cerebral se recusaram a autorizar o procedimento. A entidade ressalta que no país só quem pode tomar essa decisão é a família do doador, mesmo que a pessoa tenha manifestado o desejo por escrito.

Embora os procedimentos considerados mais complexos não sejam os de maior número, eles exigem melhores serviços

PRIVADOOs Estados Unidos fa-zem mais transplantes que o Brasil, mas lá o transplante é privado. Uma parte é subven-cionada pelo Estado, e os medicamentos que a pessoa recebe têm que ser comprados

Violência no Rio apesar das UPPs Os dados de criminalida-

de no primeiro trimestre de 2014, divulgados pelo Insti-tuto de Segurança Pública, mostram que a violência no Rio voltou aos patamares do mesmo período de 2008, quando o Estado ainda não havia iniciado o programa de Unidades de Polícia Paci-ficadora (UPPs) - a primeira unidade começou a funcionar em dezembro daquele ano, no morro Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul.

Em razão do crescimento da violência, com aumento de homicídios dolosos, autos de resistência e crimes contra o patrimônio, o governo anteci-pou o plano especial de segu-rança da Copa e suspendeu a segunda folga semanal de 2 mil policiais militares.

HomicídiosO índice de criminalidade

divulgado na última sexta-feira mostrou que 1.459 pes-soas foram assassinadas no primeiro trimestre de 2014, número próximo de 1.562 re-gistrados em 2008. Em 2012, ano em que houve o menor índice de homicídios (4.030, no total), o primeiro trimestre teve 1.100 casos.

QuedaDepois das UPPs, índices

de ocorrências vinham mos-trando declínio. Houve 358 autos de resistência (morte em confronto com a polícia) registrados no primeiro tri-mestre de 2008. Esse número caiu para 111 em 2012 e 96 em 2013. Em 2014, voltou a subir - está em 153. Os rou-

bos de veículos haviam caído de 7.359 nos três primeiros meses de 2008, para 5.598 em 2012. No primeiro trimes-tre deste ano, ultrapassou a marca pré-UPP, e foram registrados 9.209.

RoubosOs roubos de rua (índice que

reúne número de assaltos a

transeuntes, roubos de celu-lar e em transporte público) também voltaram a subir. Houve 20.648 casos desses de janeiro a março de 2008. Em 2012, houve 15.422 ca-sos no período. Este ano, foram registrados 23.675.

ProdutividadeOs dados referentes à ativi-

dade policial, comparandose os primeiros trimestres 2008 e 2014, mostra que a produ-tividade vem crescendo. Os registros de apreensão de drogas cresceram 211% (a quantidade não é divulga-da), recuperação de veículos teve aumento de 25% e cum-primentos de mandados de prisão subiram 60%. Já o nú-mero de registros de armas apreendidas caiu 11%.

O programaO Estado tem 38 unidades

de polícia pacificadora, que abrangem mais de 250 fave-las e 1,5 milhão de pessoas. Segundo informações divul-gadas pelo coordenador Luiz Fernando Pezão, na última sexta-feira, pelo menos até agora está certo que não ha-verá mudança no programa de pacificação.

CRIMES

Faltando 40 dias para o início da Copa do Mundo, um grupo de cerca de mil famílias de sem-teto ocupou no início da madrugada de sábado um terreno particu-lar de 150 mil metros qua-drados em Itaquera, a cerca de 4 quilômetros da Arena Corinthians, o Itaquerão, lo-cal da partida de abertura do evento. Eles chegaram em 17 ônibus, 50 carros e motos e, segundo a Polícia Militar, não houve confronto.

“Esta não é uma área de preservação ambiental, tem

dívida com a prefeitura e estava abandonada. Ela tem todas as condições para ser uma área de interesse so-cial”, disse Guilherme Bou-los, coordenador-geral do Movimento dos Trabalha-dores Sem Teto (MTST).

Segundo Boulos, a in-vasão está diretamente relacionada com a Copa do Mundo. “As obras não melhoraram as condições de habitação da região, só renderam especulação imo-biliária.” Outras mil famílias são esperadas até o fim da

semana. De acordo com o MTST, o local estaria aban-donado há 20 anos.

Falta de dinheiroOs sem-teto que ocupam o

terreno, localizado na região do Parque do Carmo, são formados por moradores de áreas de risco e favelas. Alguns alegam que estão lá por não ter dinheiro para pagar aluguel. Outros são moradores da Nova Pales-tina, Zona Sul, e têm como tarefa ensinar os que nunca moraram em ocupação.

SÃO PAULO

DIV

ULG

ACÃO

Os sem-teto alegam que o terreno estava abandonado e eles não têm para onde se dirigir

Sem-teto próximos do Itaquerão NÚMEROSOs registros de apre-ensão de drogas cres-ceram 211%, enquan-to a recuperação de veículos teve aumento de 25% e cumprimen-tos de mandados de prisão subiram 60%

REPR

OD

UÇÃ

O

B02 - PAÍS.indd 2 4/5/2014 20:41:44

Page 11: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

B03 - PUBLIDADE.indd 3 4/5/2014 20:43:50

Page 12: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

O papa Francisco pediu ontem orações pelas vítimas da violência dos últimos dias na

Ucrânia, onde “a situação é grave”, segundo ele, e celebrou em São Estanislau, paróquia polonesa de Roma, uma missa em Ação de Graças pela cano-nização, há uma semana, de João Paulo 2º.

O papa foi recebido com en-tusiasmo pelos fiéis poloneses. A diocese de Roma conta com 20 mil poloneses.

“Uma semana após a canoni-zação de João 23 e João Paulo

2º, estamos reunidos para agra-decer a Deus”, disse Francisco na homilia.

João Paulo 2º visitou três vezes como papa a paróquia, e mais de 80 vezes quando era bispo de Cracóvia e viajava com re-gularidade ao Vaticano.

Após a missa, o papa retornou ao Vaticano, para uma cerimô-nia na praça de São Pedro, onde pediu orações pelas vítimas da violência na Ucrânia, que acusou a Rússia de tentar destruí-la depois do aumento das ações separatistas no leste daquele país e da violência em Odessa,

onde pró-russos atacaram um prédio da polícia.

“Queridos irmãos e irmãs, quero pedir que rezem à Virgem Maria pela situação na Ucrâ-nia, onde persistem as tensões. Rezo com vocês pelas vítimas destes últimos dias, e peço ao Senhor que transmita a todos sentimentos de pacificação e fraternidade”, disse o papa de-pois da missa de Regina Coeli, celebrada diante de milhares de fiéis.

Visita Há uma semana, o papa Fran-

cisco recebeu a visita do primei-ro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, a quem garantiu que faria “todo o possível” pela paz na Ucrânia.

Cerca de 50 pessoas morre-ram anteontem na Ucrânia, das quais 42, em sua maioria mili-tantes pró-Rússia, no incêndio de um prédio em Odessa.

O papa também citou as vítimas do deslizamento de terra de sexta-feira (2) no nordeste do Afeganistão, que deixou, de acordo com autoridades locais, pelo me-nos 300 mortos.

Sumo pontífice celebrou missa em homenagem ao ex-papa polonês em São Estanislau, paróquia polonesa de Roma, onde foi recebido com entusiasmo

Papa reza por vítimas da Ucrânia e por J. Paulo 2º

Papa Francisco pediu orações pelas vítimas da violência na Ucrânia, que acusou a Rússia de tentar destruí-la em várias ações

REPRODUÇÃO

Tribunal aceita três candidaturas à eleição

O presidente da Síria, Bashar Al Assad, irá dis-putar com dois candida-tos as eleições marcadas para o dia 3 de junho, anunciou ontem o porta-voz do Tribunal Constitu-cional, Mayed Jadara. O tribunal aceitou as can-didaturas de Assad, do deputado Maher Abdel Hafez Hayar, membro da oposição, e do ex-ministro Hassan Abdullah Al Nuri, segundo informações di-vulgadas pela agência de notícias oficial síria.

No total, 24 pessoas apresentaram candidatu-ras à Presidência do país, mas só são consideradas válidas as que receberam apoio de 35 dos 250 depu-tados do Parlamento.

Os candidatos que ti-

veram a candidatura re-cusada podem recorrer a partir de hoje. O tribu-nal anunciará posterior-mente a lista definitiva de candidatos.

Será a primeira vez em décadas que as eleições presidenciais sírias terão a participação de mais de um candidato. Assad, que ocupa o cargo de presidente desde julho de 2000, apresentou-se no final de abril para disputar o terceiro mandato.

Um dos seus concor-rentes da disputa, Al Nuri foi ministro para o De-senvolvimento da Admi-nistração Pública e dos Assuntos Parlamentares entre 2000 e 2002, além de deputado entre 1998 e 2003.

SÍRIA

Bashar Al Assad terá dois concorrentes em 3 de junho

REPRODUÇÃO

B04 - MUNDO.indd 4 4/5/2014 20:45:41

Page 13: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 B5Plateia

O humorista Murilo Gun vem a Manaus no dia 7 de maio para apresentar a

palestra show “Criatividade, máquina de resolver pro-blemas”. O evento, promo-vido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas), será realizado no Auditório Dr. Gilberto Mendes de Azevedo (avenida Joaquim Nabuco, 1.919, Centro).

Pela primeira vez na cidade, Murilo vai ensinar ao público como despertar o potencial criativo para solução de pro-blemas. “Eu mostro que criati-vidade é uma ferramenta para resolver problemas. Qualquer tipo, seja pessoal ou profi ssio-nal. Portanto, o público-alvo da palestra é qualquer pes-soa que tenham problemas, ou seja, todo mundo”, diz o humorista e palestrante.

Durante a palestra serão abordados temas como o pro-cesso criativo clássico; como eliminar os bloqueios à cria-tividade; como pensar fora da caixa (out-of-the-box); a criatividade pessoal gerando inovação empresarial e como criar seu próprio processo criativo. O diferencial é que todos os assuntos são trata-dos com muito humor. “Desco-

bri que o humor é muito mais útil como meio, ou seja, como ferramenta para entregar con-teúdo para o público e tam-bém é uma grande ferramenta para solução de problemas. O pensamento cômico é útil para desviar a solução dos ca-minhos óbvios. Isso não quer dizer que o humor vai ter dar a solução: o humor serve para chutar para longe, e depois

você traz para a realidade”, explica Gun.

Murilo que também é escri-tor, autor dos livros Comércio Eletrônico e Estratégias de E-mail Marketing, atualmente está escrevendo “Life-as-a-Service”. “É uma teoria minha de que há uma tendência das pessoas reduzirem a proprie-dade sobre os produtos e passarem a ter acesso aos benefícios dos produtos, como se eles fossem serviço. Na

minha casa, eu não tenho puri-fi cador de água, eu tenho uma assinatura de água purifi cada, onde eu pago um valor mensal e eles instalam o purifi cador e fazem manutenção periódi-ca. Eu não quero ser dono de purifi cador (produto), o que eu quero é ter o benefício”, observa.

Carreira Apontado como

pioneiro do stand-up comedy no Nordeste, Murilo Gun é per-nambucano e des-de a adolescência é um apaixonado por tecnologia e iniciou a carreira dando palestras sobre internet. “Na época eu dava muitas palestras e elas foram fi cando en-graçadas, sem querer. Até que em 2006 o stand-up comedy chegou ao Brasil e resolvi m e aventurar. Meu foco no hu-mor sempre foi fazer shows para empresas e eventos corporativos, utilizan-do o humor para atração e reten-ção do público”, ressalta Gun.

Murilo Gun também é autor dos livros “Comércio Eletrô-nico”, “Estratégias de E-mail Marketing” e “Life-as-a-Ser-vice”, ainda a ser lançado

Durante palestra, o humorista nordestino aborda temas como o processo criativo clássico e como eliminar os bloqueios à criatividade, entre outros

Murilo Gun: ‘O humor resolve problemas’

MARIANE BARROCOEspecial EM TEMPO

SERVIÇOCRIATIVIDADE, MÁQUINA DE RE-SOLVER PROBLE-MAS - PALESTRA

Quando

Onde

QuantoInscrições e informações

Quarta-feira, 7 de maio, às 19h30Auditório Dr. Gil-berto Mendes de Azevedo (Avenida Joaquim Nabuco, 1.919, Centro)R$ 140(92) 2125-8706 / 2125-8717

INÉDITOA vinda do humorista nordestino a Manaus é inédita em sua carrei-ra. Sua intenção é en-sinar o público que for assistir à sua palestra a despertar o potencial criativo para contornar as adversidades

SÃO PAULO

Morre a médium ‘Mãe Dináh’

A vidente Benedicta Fina-zza, mais conhecida como “Mãe Dináh”, morreu na ma-drugada de sábado, em São Paulo, aos 83 anos. O corpo foi velado e enterrado no mesmo dia, no Cemitério da Paz, no Morumbi.

“Mãe Dináh” fi cou famosa após supostamente prever o acidente aéreo que ma-tou o grupo Mamonas As-sassinas, em 1996. Teria previsto também, errone-amente, que Ayrton Senna venceria o campeonato no mesmo ano em que o piloto morreu, em 1994, assim como o afundamento do município de Parintins, no Amazonas.

A partir de então, virou personagem frequente de programas de audi-tório, onde fazia suas previsões sobre o futuro de personalidades.

Em sua página no Face-book, a vidente postou no dia 16 de julho do ano pas-sado: “Eu vejo Justin Bieber morrendo da mesma forma que John Lennon”.

Havia, entre outras coi-sas, fórmulas para não virar gay e também simpatias para ganhar dinheiro.

Em seu site ofi cial, a vidente dizia que usava o seu dom para ajudar. “Estou sempre disposta a atender, aconselhar quem necessita. Minha função não é consertar o mundo. Ajudo a quem precisa, mas a pessoa também tem que fazer a parte dela, que é ter fé. Peça com muita confi ança que seu pedido será atendido”, afi rmava.

‘O quinto Beatle’ chega ao paísA história de Brian Epstein,

do momento em que se tornou empresário dos Beatles até sua morte por overdose em 1967, aos 32 anos, é retrata-da na história em quadrinhos “O Quinto Beatle”, escrita por Vivek J. Tiwary e desenhada por Andrew C. Robinson.

A obra tem como tema cen-tral os desafi os enfrentados por Epstein, que era judeu e homossexual, para levar a banda ao sucesso. Chega ao Brasil no dia 12 pela editora Aleph, após cinco semanas consecutivas na lista de mais vendidos do “New York Times” -e uma indicação ao prêmio Eisner, o mais importante dos quadrinhos.

O título é tirado de um texto que Paul McCartney escreveu para o jornal britânico “The Independent” em 1999.

“Falam como se [o produtor] George Martin fosse o quinto Beatle por seu envolvimento musical, mas, particularmente nos primeiros dias, Brian era praticamente parte do grupo”, escreveu Paul.

O empresário, que conheceu a banda em 1961, idealizou o visual do início da carrei-ra do quarteto, ao convencer os músicos a trocarem suas jaquetas de couro pelos ter-nos sem gola com os quais fi cariam conhecidos.

Foi Epstein também quem insistiu para que atravessas-sem o Atlântico e conquistas-sem a fama nos EUA.

Em 1964, convenceu o apre-sentador Ed Sullivan a ceder espaço para uma apresenta-ção dos Beatles, a primeira em solo americano. O show fi caria conhecido como o início da “Beatlemania”.

Na negociação entre o bri-tânico e Sullivan retratada em “O Quinto Beatle”, o apre-sentador fala apenas por um boneco de ventríloquo -uma entre as cenas fantasiosas do livro, que misturam realidade com sonhos e alucinações.

Tiwary diz que os episódios fantasiosos emulam efeitos das drogas receitadas por mé-dicos a Epstein para ele se “curar” da homossexualidade.

“Brian encarava muitos de-safi os. Era um jovem judeu e gay em uma época em que o antissemitismo era aceitável e ser homossexual levava à cadeia”, diz o autor.

O retrato do empresário rendeu à obra uma indicação ao prêmio Lambda Litera-ry como melhor história em quadrinhos LGBT.

“Uma das belezas de sua vida eram as fi ntas que ele dava nos problemas. Brian vi-via sempre à beira do perigo”, diz Tiwary, que compara Eps-tein a um toureiro no livro.

“O touro dele pode ser sua sexualidade, seu problema com as drogas, seus demônios ou até mesmo os Beatles”.

REPRODUÇÃO

QUADRINHOS

Uma das belezas de sua vida eram as

inúmeras fi ntas que ele dava nos pro-

blemas. Brian vivia sempre à beira do

perigo

Vivek J. Tiwary, roteirista O produtor Brian Epstein foi responsável pelo visual clássico dos “garotos de Liverpool”

A história é um projeto antigo do autor, produtor da Broadway que começou a pesquisa na faculdade. “Completei 40 anos em 2013 e agora posso dizer ofi cialmente que passei mais da metade da minha vida nesse livro.”

As principais fontes da obra foram Nat Weiss, advogado dos Beatles nos EUA, Joanne Petersen, as-sistente de Epstein, e Sid Bernstein, promotor de mú-

sica que ganhou a fama de ter sido o homem a levar a banda para a América.

“Nat era o melhor amigo de Brian e seu maior confi -dente. Os dois eram gays, então dividiam as mesmas difi culdades. Joanne, que no livro é a base da persona-gem Moxie, estava com a polícia quando o encon-traram morto. Ela era seu braço direito”.

“O Quinto Beatle” será adaptado para o cinema.

Dirigido por Peyton Reed (“Separados pelo Casa-mento”). O fi lme tem ro-teiro assinado pelo próprio Tiwary, que ganhou de Paul e Ringo Starr o direito de usar suas canções.

Segundo Tiwary, o filme terá sequências que não estão nos quadrinhos. Ele já tem atores em vista para viver Brian, mas não diz os nomes.

Por Cesar Soto

Elenco para fi lme não revelado

DIV

ULG

AÇÃO

B05 - PLATEIA.indd 5 4/5/2014 20:54:15

Page 14: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Programação da TV

5h - Jornal Do Sbt 6h - Igreja Universal 7h - Jornal Do Sbt 8h - Bom Dia & Cia 10h - Waisser 10h50 - Bom Dia & Cia11h30 - Programa Agora 12h25 - Programa Livre 13h15 - Casos De Familia14h15 - Café Com Aroma De Mulher 15h - Por Ela... Sou Eva 15h45 - Abraça-me Muito Forte16h30 - A Feia Mais Bela17h30 - Quem Não Viu Vai Ver18h20 - Jornal Em Tempo 18h45 - Sbt Brasil 19h30 - Chiquititas 20h15 - Rebelde

SBT

GLOBO

6h30 - Record Kids 7h40 - Fala Brasil 9h - Hoje Em Dia 11h - Magazine 12h - Alô Amazonas 13h30 - Craque Na Tv 13h50 - Programa Da Tarde 16h20 - Cidade Alerta 18h55 - A Crítica Na Tv 19h40 - Jornal Da Record 20h15 - Todo Mundo Odeia O Chris21h15 - Novelah Pecado Mortal 22h15 - Reporter Record Investigação 23h15 - Roberto Justus + 0h15 - - Heróis Contra O Fogo 1h15 - Programação Iurd

4h55 - Telecurso Educação Básica - Profele5h10 - Telecurso Profi ssionalizante - Administração5h25 - Telecurso Ensino Médio - Física5h45 - Telecurso Ensino Fundamental - Português6h - Globo Rural6h30 - Bom Dia Brasil7h30 - Bom Dia Amazônia8h30 - Mais Você9h57 - Bem Estar10h40 - Encontro Com Fátima Ber-nardes12h - Por Dentro Das Seleções12h02 - Amazonas Tv12h47 - Globo Esporte13h20 - Jornal Hoje13h50 - Vídeo Show14h35 - Sessão Da Tarde - Tudo Que Uma Garota Quer16h35 - Caras & Bocas17h50 - Malhação18h20 - Meu Pedacinho De Chão19h10 - Jornal Do Amazonas19h30 - Jornal Nacional20h08 - Geração Brasil (Estreia)Cláudia Abreu (no centro), no elenco de “Geração Brasil”, na Globo

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES – 21/3 a 19/4Por vezes, a racionalização pode ser excessiva, quando se trata de relações e de assuntos humanos. Tendência a agir com certa mes-quinhez junto às pessoas queridas.

TOURO – 20/4 a 20/5É melhor lidar com as difi culdades e destrin-char os problemas, ou estes não lhe darão paz. Momento de pouca vitalidade e alguma restrição pessoal.

GÊMEOS – 21/5 a 21/6Há pressão para uma maior dinâmica em sua atitude perante o amor Mais comunicação, mais maleabilidade, diante de situações que tendem a ser rígidas e pétreas.

CÂNCER – 22/6 a 22/7É tempo de mostrar também seu lado respon-sável e seguro. As questões materiais, em casa e no trabalho, podem preocupar e devem ser cuidadas com fi rmeza e bom senso.

LEÃO – 23/7 a 22/8Há reformas a serem feitas no seu modo de se comunicar e se mover. Não é momento para viagens, estudos ou atividades que requeiram agilidade e comunicabilidade.

VIRGEM – 23/8 a 22/9Momento de aperto fi nanceiro, em que a tentação de usar de recursos que não são propriamente seus pode piorar sua situação. Fique nos limites do que lhe cabe.

LIBRA – 23/9 a 22/10Os limites são colocados por você mesmo, muitas vezes, nas associações e parcerias. Parece que você não quer que os outros se aproximem. Converse mais francamente.

ESCORPIÃO – 23/10 a 21/11Necessidade de rigor no trato com a saúde e os afazeres de trabalho. Quanto mais criterioso, austero e efi ciente nesses assuntos, melhor resultado poderá obter.

SAGITÁRIO – 22/11 a 21/12Momento de tensão nas amizades e com as pessoas queridas: podem conviver com alguma restrição difícil. Coloque alguma ordem nas relações sentimentais.

CAPRICÓRNIO – 22/12 a 19/1Momento de restrição e austeridade nos as-suntos estruturais, casa e trabalho. Procure ser racional e prático, ou pode se frustrar. As responsabilidades lhe são exigentes.

AQUÁRIO – 20/1 a 18/2É preciso ser econômico e racional nas ações, pois talvez possa tomar poucas atitudes num dia como este. Momento de forte restrição a seus movimentos.

PEIXES – 19/2 a 20/3É preciso prudência e contenção nas questões fi nanceiras. Esforce-se por fi car dentro dos limites materiais. De todo modo, será obrigado a fi car dentro deles.a

CAÇA-PALAVRAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

1

Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

CE

RE

BR

OB

AM

VE

RS

EN

SI

BI

LI

DA

DE

IN

OF

GT

ET

EA

IN

FA

NT

IL

IF

OL

UN

IM

SI

GV

EN

TR

EA

AG

CA

CN

UI

OI

ÇI

IO

ST

LC

PO

ND

LH

IA

IA

SA

AL

OX

PI

DI

DU

ER

EF

MU

SI

CA

LC

T H G A B E C C C T C E R E B R O G B H A ND C A M L N C O G L N O D R O A V H E E R FS W S E N S I B I L I D A D E B I M N D O DF S M G G M B I I T R N N E N H T O E T T AE M E A S I N F A N T I L N R D I T F M O TL T N U T O G C T Y S E L F L N N T I T M SI L N G C V E N T R E I A S A F G R C T L AC Y M N H M E F I S F A U A I Y O R I H N ÇI E M I O O C R C S T E T W L M C P O N E ND T M L H N M R I M A D A C I R M A S T L AA R C F L R S O G F O C E T X I C P T A G ID S T B I C D N C H N T C H U L M E D T Y RE T Y I F O D T M M U S I C A T N L L L N C

A música e a criançaAMÚSICA pode desempenhar um PAPELimportante no desenvolvimento das CRIANÇAS. Veja alguns BENEFÍCIOS:Favorece o relacionamento afetivo do FILHO com a mãe (quando o bebê ouve música desde o VENTRE).AUXILIA no processo COGNITIVO.Permite o desenvolvimento da SENSIBI-LIDADE.ATUA como instrumento de socialização.Ajuda na coordenação MOTORA.Traz FELICIDADE.Amplia a LINGUAGEM.Estimula os DOIS hemisférios do CÉREBRO ao mesmo tempo, auxiliando muito no desenvolvimento INFANTIL.

I N F A N T I L

Cruzadinhas

REPRODUÇÃO

RECORD5h – Minuto Da Copa - Boletim5h05 – Café Com Jornal6h – Nosso Tempo6h30 – Café Com Jornal8h – Dia Dia9h10 – Band Kids10h10 – Jogo Aberto 11h30 – Comunidade Alerta12h10 – Notícias De Agora12h25 – Exija Seus Direitos13h05 – Câmera 1313h50 – Na Mira Da Notícia13h55 – Cidade Urgente14h20 – Ação Na Tv15h – Sabe Ou Não Sabe16h30 – Brasil Urgente18h50 – Band Cidade - Local

BAND

Cinema

Profi ssão de Risco: EUA. 14 anos. Cinépolis Ponta Negra 10 – 20h45 (leg/diariamente).

Inatividade Paranormal: EUA. 12 anos. Cinemark 3 – 13h10, 18h20 (diaria-mente), 23h40 (dub/somente sábado); Ci-népolis Millennium 2 – 20h20, 22h20 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 8 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h45 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 18h15 (leg/diariamente); Playarte 2 – 19h10, 21h05 (leg/diariamente), 23h (leg/somente sex-

ta-feira e sábado), Playarte 3 – 13h20, 15h20, 17h20, 19h20, 21h20 (dub/diaria-mente), 23h15 (dub/somentes sexta-feira e sábado); Playarte 4 – 19h21, 21h21 (dub/diariamente), 23h16 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Copa de Elite: BRA. 14 anos. Cinemark 1 – 13h, 18h50 (diariamente); Cinépolis Mil-lennium 5 – 15h50, 21h50 (diariamente); Cinépolis Plaza 5 – 13h15, 16h15, 18h40, 21h15 (diariamente); Cinépolis Ponta Ne-gra 6 – 15h (diariamente); Playarte 9

CONTINUAÇÕES

ESTREIA

Getúlio: BRA. 12 anos. Agosto de 1954. O presidente da República, Getúlio Vargas (Tony Ramos), é acusado de mandar matar o maior inimigo político do seu governo. As investigações mostram que a ordem para o atentado saiu de dentro do Palácio do Catete. Getúlio tenta se manter no poder e provar sua inocência, mas comete um ato extremo. Cinemark 2 – 11h20 (exceto segun-da-feira, terça-feira e quarta-feira), 13h40, 16h, 18h30, 20h50 (diariamente), 23h15 (somente sábado); Cinépolis Millennium 7 – 14h15, 16h45, 19h20, 21h40 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 16h15, 21h40 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 19h45 (diariamente); Playarte 10 – 12h55, 15h, 17h05, 19h10, 21h20 (diariamente), 23h25 (somente sexta-feira e sábado).

Amante a Domicílio: EUA. 14 anos. Murray (Woody Allen) é um senhor de idade que, durante uma conversa sobre sexo, diz que conhece um gigolô. Ao saber o quanto poderia ganhar como cafetão, ele tenta convencer seu amigo, Fioravante (John Turturro), a entrar para o ramo. Após muita insistência de Murray, Fioravanti topa fazer um programa com a doutora Parker (Sharon Stone), que está bastante insegura por ser a primeira vez que trai o marido. Cinépolis Ponta Negra 3 – 13h10, 19h10 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 6 – 17h30, 22h15 (leg/diariamente).

19h20 – Jornal Da Band20h25 – Minuto Da Copa - Boletim20h28 – Show Da Fé21h20 – Zoo21h30 – Como Eu Conheci Sua Mãe22h – Os Simpsons22h30 – Cqc – Custe O Que Custar0h30 – Jornal Da Noite 1h15 – Que Fim Levou? – Boletim1h20 – Minuto Da Copa – Boletim1h25 – Rosário2h55 – Minuto Da Copa - Boletim3h – Igreja Universal

O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro: EUA. 12 anos. Para Peter Parker (Andrew Garfi eld) não há nada melhor do que se balançar entre arranha-céus, ser um herói e passar o tempo com Gwen (Emma Stone). Mas ser o Homem-Aranha tem um preço: apenas ele pode proteger os nova-iorquinos dos inacreditáveis vilões que ameaçam a cidade. Com o surgimento de Electro (Jamie Foxx), Peter precisa confrontar um inimigo muito mais poderoso do que ele. E com o retorno de seu velho amigo Harry Osborn (Dane DeHaan), Peter percebe que todos os seus inimigos têm uma coisa em comum: a Os-Corp. Cinemark 1 – 15h30, 21h30 (dub/diariamente), Cinemark 4 – 19h, 22h10 (3D/dub/exceto quarta-feira), 12h50, 15h50 (3D/dub/diariamente), Cinemark 6 – 11h50 (dub/exceto segunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 14h50, 18h, 21h10 (3D/dub/diariamente), 0h15 (3D/dub/somente sábado), Cinemark 7 – 11h (3D/dub/exceto segunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 14h10, 17h10, 20h20 (3D/dub/diariamente), 23h30 (3D/dub/somente sábado); Cinépolis Millennium 1 – 13h30, 16h30 (3D/dub/diariamente), 19h30, 22h30 (3D/leg/diariamente), Ci-népolis Millennium 4 – 14h, 17h, 20h (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 13h, 16h, 19h, 22h (leg/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 12h30, 15h30, 18h30, 21h30 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 13h, 16h, 19h, 22h (3D/dub/dia-riamente), Cinépolis Plaza 3 – 14h, 17h15, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 15h10, 18h30, 22h20 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h, 19h15 (3D/dub/diariamente), 16h10, 22h30 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 15h30, 18h45, 22h (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 9 – 14h30, 17h45, 21h (leg/diariamente); Playarte 1 – 14h10, 17h (3D/dub/diariamente), 0h01 (3D/leg/somente quinta-feira), 20h (3D/leg/diariamente), 22h45 (3D/leg/somente sexta-feira e sábado); Playarte 5 – 0h01 (dub/somente quinta-feira), 12h30, 15h15, 18h, 20h45 (dub/diariamente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 6 – 15h16, 18h01, 20h46 (dub/diariamente), 23h31 (dub/somente sexta-feira e sábado).

– 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30 (diariamente), 23h35 (so-mente sexta-feira e sábado).

Divergente: EUA. 14 anos. Ci-nemark 5 – 19h10, 22h20 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 12h30 (dub/exceto segunda-feira e terça-feira), 15h30, 18h30 (dub/diariamente); Cinépolis Pla-za 6 – 20h20 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 7 – 16h, 21h30 (leg/diariamente); Playarte 2 – 13h50, 16h30 (dub/diariamen-te), Playarte 8 – 12h50, 15h30 (leg/diariamente).

Capitão América 2 – O Sol-dado Invernal: EUA. 12 anos. Cinemark 8 – 12h55, 15h45, 18h40, 21h50 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 13h10, 16h10, 19h10 (3D/leg/diariamen-te); Cinépolis Millennium 6 – 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 4 – 12h40, 15h40, 19h15, 22h15 (dub/diariamente); Cinépolis Pon-ta Negra 2 – 17h10 (leg/diaria-mente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 14h, 20h30 (3D/leg/diariamente); Playarte 7 – 12h30, 15h10, 17h50 (dub/diariamente), 20h30 (leg/dia-riamente), 23h10 (leg/somente sexta-feira e sábado).

Noé: EUA. 14 anos. Cinemark 3

– 15h20, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 22h10 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 5 – 12h40 (dub/exceto segunda-feira e terça-feira), 18h40 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 14h25, 17h20, 20h40 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 20h35 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 17h (3D/leg/diariamente); Playarte 8 – 18h10 (dub/diariamente), 20h50 (leg/diariamente), 23h30 (leg/so-mente sexta-feira e sábado).

Rio 2: EUA. Livre. Cinemark 5 – 11h30 (dub/exceto segunda-feira, terça-feira e quarta-feira); Cinépolis Millennium 2 – 12h50 (dub/exceto segunda-feira e terça-feira), 15h15, 17h50 (dub/diaria-mente); Cinépolis Plaza - 6 – 12h50, 15h20, 17h50 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 14h10 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 7 – 13h30, 19h (dub/dia-riamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 13h15, 15h45 (dub/diaria-mente); Playarte 4 – 12h40, 15h, 17h10 (dub/diariamente), Playarte 6 – 13h10 (dub/diariamente).

REPRODUÇÃO

21h - - Em Família22h15 - Tela Quente - Gigantes De Aço0h35 - Jornal Da Globo1h05 - Rumo A Copa1h40 - Programa Do Jô2h50 - Por Dentro Das Seleções2h52 - Sessão Brasil - Entre Lençóis4h28 - Festival De Desenhos

21h - Seriado 22h - Programa Do Ratinho 23h - Maquina Da Fama0h - The Noite Com Danilo Gentili1h - Jornal Do Sbt1h45 - Okay Pessoal2h45 - Segurança Agora3h15 - Programa Big Bang4h - Igreja Universal

B06 - PLATEIA.indd 6 4/5/2014 20:56:31

Page 15: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

FOI INAUGU-RADO pelo pre-feito Arthur Virgílio Neto, o novo prédio do Centro de Espe-cialidades Odonto-lógicas Dr. Rubim de Sá, na Cidade Nova 2. Com o novo prédio, a capacida-de de atendimento do CEO Norte pas-sou de 50 para 70 consultas diárias. Durante a inaugu-ração estiveram presentes o con-selheiro aposenta-do Afrânio Sá e do engenheiro Rui José de Sá, fi lhos do doutor Rubim Cruz Pereira de Sá. Participaram também o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, e a deputada federal Rebecca Garcia, entre outros

GOVERNADOR do Amazonas, José Melo participou, na segunda (28), da sua primeira reu-nião de trabalho com a bancada de sustentação do Governo na Aleam. No jantar, ofereci-do pelo presidente da Aleam, deputa-do Josué Neto, em sua residência, o principal assunto tratado foram os

Projetos de Lei de interesse do Executivo, que terão prioridade na pauta de votação, em especial os que tratam das datas-bases das diversas categorias de servidores público, a exemplo da segurança e educação.

PREFEITO Arthur Virgílio Neto prestigiou a cerimônia da passagem do comando do Comando Militar da Amazônia (CMA). O evento ofi cializou a saída do general Eduardo Dias da Costa Villas Boas do comando do CMA, ocupado agora pelo general Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira (foto).

SEMCOM

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

ROBERTO CARLOS/AGECOM

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas convida o co-lunista para o Ato de Posse da desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Guedes de Moura, no cargo de presiden-te, e do desembargador João Mauro Bessa, nos cargos de vice-presidente e corregedor do tribunal, a realizar-se dia 9 às 10h, no auditório Procurador Geral de Justiça Carlos Alberto Bandeira de Araújo - Ministério Público do Amazonas.

Posse

Vice-presidente do CRS – Sesc/AM, Aderson Santos da Frota e o se-cretário extraordinário David Reis, durante a entrega do prêmio Pre-feito Empreendedor. Agora Arthur Neto vai representar o Amazonas, junto com os outros cinco prefeitos homenageados, na etapa nacional do prêmio.

SEMCOM

AO SER HOMENAGEADO na sexta (25), na Aleam com o certifi cado de Amigo do Idoso, o governador do Amazonas, José Melo, anunciou novos avanços na política estadual voltada para esse público. O certifi cado é concedido às pessoas e instituições envolvidas com a busca de melhor qualidade de vida aos idosos. A homenagem recebida por José Melo é de autoria da presidente da Comissão da Família e da Mulher na Aleam, deputada Conceição Sampaio. Também participou da cerimônia o presidente do Conselho Estadual do Idoso, Jorge Vagner Lopes.

DIVULGAÇÃO

GENERAL Eduardo Dias da Costa Villas Boas, comandante do Exército; general Enzo Martins Peri; governador do Amazonas, José Melo; e o novo comandante do CMA, general Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira, durante a cerimônia da passagem de comando do CMA, na terça (29)

PRESIDENTE DO CDL, Ralph Assayag; presidente do TJ/AM, desembargador Ari Moutinho; comandante do CMA, general Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira; comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; governador José Melo; desembargadora Socorro Guedes; e o general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, no CMA

ROBERTO CARLOS/AGECOM

O prêmio Prefeito Empreendedor, do Sebrae, foi conquistado pelo prefei-to de Manaus, Arthur Virgílio Neto, com o Projeto Galerias Populares, voltados para os camelôs. O prefei-to foi representado pelo secretário extraordinário David Reis, que coor-dena o Fundo Municipal de Fomento à Micro e Pequena Empresa e foi en-tregue pelo diretor-superintendente do Sebrae/AM, Nelson Rocha.

SEMCOM

AGECOM

DURANTE o jogo Nacional e Corinthians, o governador José Melo, destacou a capacidade da Arena da Amazônia em receber eventos esportivos de grande porte. A arena está demonstrando que, além de bela, pode sediar grandes partidas e estimular o futebol local, comentou Melo. A partida teve um público de 35 mil pagantes e a renda foi de R$ 1,970 milhão.

ALEX PAZZUELO/AGECOM

ARLESON SICSÚ/SEMCOM

ARLESON SICSÚ/SEMCOM

O prefeito Arthur Virgílio Neto partici-pou da entrega do título de Cidadão Ma-nauara a pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. O diploma do mérito da Cidade de Manaus foi de autoria dos vereadores Elias Emanuel e Marcelo Serafi m e foi entregue na Câmara Municipal de Manaus, com a presença de varias autoridades e polí-ticos do Amazonas.

AS MEDIDAS anunciadas pelo governador José Melo em Manicoré inclui a disponibilização pela Afeam de uma linha de crédito especial aos produtores, além da remissão das dívidas de fi nanciamentos por meio do órgão e do imposto ICMS devido por comerciantes do município e também se estende aos demais municípios das regiões dos rios Madeira e Purus. Na solenidade estavam presentes os prefeitos e representantes dos 12 municípios que serão alça-dos pela medida, também participaram o presidente da Aleam, o deputado Josué Neto, deputado federal Carlos Souza e deputados da bancada estadual e o secretário da Seduc, Rossieli Silva entre outras autoridades.

ALEX PAZZUELO/AGECOM

O estudo “Unidade de Conservação e o Falso Dilema entre Conservação e Desenvolvimento”, elaborado por especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, aponta o manejo de pirarucus na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá como uma experiência de êxito entre as unidades de conservação no Brasil. A citação foi feita pela senadora Vanessa Grazziotin ao discursar no plenário do Senado, na terça (29). Segundo ela, o projeto do Bacalhau da Amazônia surgiu da necessidade de explorar os recursos naturais da fl oresta de forma sustentável.

Bacalhau da AmazôniaA TCE/AM, por meio da Escola de Contas Públicas, realiza esta semana de 6 a 9, em Manaus, uma nova rodada de cursos de capa-citação voltados para gestores do Estado. A nova programação faz parte do novo cronograma de cursos, realizados em sete cidades – polos para atender os jurisdicionados do município e os do entorno, conforme orienta-ção do conselheiro-presidente da corte, Josué Filho. As disciplinas aplicadas em todos os polos, nesta nova maratona, são “Ela-boração de Edital de Licitações e Termo de Referência”, “Dispensa e Inexigibilidade de Licitação” e “Portal da Transparência”, te-mas que apresentam falhas nas prestações de contas anuais das administrações, segundo expli-cou o coordenador-geral da ECP, conselheiro Érico Desterro.

Cursos

O advogado Bruno Frota e Karine Atala, marcaram para o dia 4 de setembro a data de seu casa-mento, que acontecerá no Rio de Janeiro. Os amigos já estão se movimentando para as reservas de passagens e hotéis.

Save DateARTHUR VIRGÍLIO NETO, prefeito de Manaus, entregou na terça (29) mais dez caminhões coletores de lixo, que irão atuar na Zona Sul. No último dia 14 de março, o prefeito já havia entre-gado 25 caminhões coletores, da empresa Tumpex, além de uma vassoura mecânica e outros cinco da empresa Marquise. Com a nova aquisição, a prefeitura comemora a renovação das frotas das empresas e a melhoria do serviço da coleta.

SEMCOM

B07 - 5 de maio de 2014 - sergio frota - PLATEIA.indd 7 4/5/2014 20:34:13

Page 16: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoTudo foi dito... Sobre os erros de escala-

ção de “Em Família”, entre eles, o problema da idade de alguns personagens que não bate. Pode ser.

Mas o principal foi a escolha do Gabriel Braga Nunes como mocinho. Ele tem tudo que precisa um bom ator, menos cara e jeito de mocinho. É só uma opinião.

Pega malNão é apenas uma sen-

sação de vazio, no caso do “Rede TV! News”, principal informativo da Rede TV!, é vazio mesmo.

Talvez alguém tenha al-guma explicação, mas todo santo dia que o jornal vai ao ar, não tem ninguém traba-lhando na sua redação, que serve de cenário.

Na boa...Não bastasse ser uma

coisa antiestética, feia, sem nunca aparecer alguém tra-balhando à frente dos vários computadores, passa tam-bém uma impressão muito ruim para o telespectador.

Por exemplo, se naquele instante, alguma coisa mais importante estiver aconte-cendo no mundo, a Rede TV! não terá nenhum jornalista atento a esta notícia. Pelo que é mostrado, não existe

esta retaguarda. E o que é óbvio: se não tem ninguém na redação, por que fazer da redação?

Renovou A jornalista Patrícia Maldona-

do renovou contrato por mais um ano com a Bandeirantes. Com o fi m do “Primeiro Jornal”, que deu lugar ao “Café com Jornal”, ela também mudou de ares na emissora.

Foi do jornalismo para o es-porte e, além do “Band Esporte Clube”, participará da cobertura da Copa do Mundo.

Waddington à frenteEm alta na Globo, Ricardo

Waddington será o responsável pelo próximo “Criança Esperan-

Encontro de ex- “BBBs”O canal GNT pretende

promover em breve o en-contro das duas ex-parti-cipantes que mais deram certo em suas respectivas carreiras fora do “Big Bro-ther Brasil”.

A produção do “Super-bonita” já enviou pedido para reunir, num mesmo programa, Grazi Massafera e Sabrina Sato.

Bate-rebate• Datena ainda não se en-

trosou com o novo cenário do “Brasil Urgente”...

• Tem, inclusive, se utilizado de um pano preto para cobrir a vista da redação.

• Os 40 anos de carreira de Hamilton Vaz Pereira serão co-memorados com uma série de eventos, entre 8 e 29 de maio, no Midrash Centro Cultural, no Leblon, Rio...

• Já confi rmaram presenças, Luis Fernando Guimarães, Bia Lessa, Zé Renato, Camila Pi-tanga, Paulinho Moska, Lena Brito, Patricia Pillar e Fausto Fawcett.

• Os bons resultados de au-diência do programa do Danilo Gentili continuam fazendo a alegria da direção do SBT.

• O Fox Sports vai mobilizar cerca de 400 profi ssionais na cobertura da Copa do Mundo.Os canais Fox contarão com o apoio de 18 Unidades Móveis.

‘Em Família’ dá sinais de recuperação

“Em Família”, nesses últimos dias, deu indícios muito fortes de recupe-ração nos seus próximos capítulos. Possui autor, atores e diretor para isso.

Personagens como os da Gio-vanna Antonelli, Vanessa Gerbelli, Leonardo Medeiros, Marcelo Melo Jr., Helena Ranaldi e Bruna Mar-quezine, principalmente, passaram a dar as caras. Estão aparecendo para o “jogo” e fazendo a história acontecer em torno deles.

Hoje, o “Rumo à Copa” da Globo, recebe Tino Marcos. Ele vai falar sobre o seu trabalho nas seis Copas que cobriu e também contar um pouco dos bastidores da série que estreia dia 7 no “Jornal Nacional”, com perfi s dos convocados para a seleção brasileira. Tino completou este mês 28 anos de casa.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

ça”. Já existiram reuniões, inclusive, para se discutir o novo formato.

Waddington ainda não tem a equipe fechada, mas Luiz Gleiser já está confi rmado. Ele dirigiu o programa no ano passado.

ParticipaçãoUm dos objetivos do novo

“Criança Esperança” será o maior envolvimento de to-dos, desde o Jornalismo ao Entretenimento.

Além do “Criesp”, Wadding-ton tem sob seu guarda-chu-va “Malhação”, “Vídeo Show”, a próxima novela das seis, “Boogie Woogie”, e “Amor & Sexo”.

GLO

BO

/ A

LEX

CARV

ALH

O

B08 - PLATEIA.indd 8 4/5/2014 20:57:13

Page 17: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

Cade

rno

C

[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014 (92) 3090-1045

“Na nossa análise, para compensar os recursos e o tempo gastos pelo consumi-dor com a portabilidade, a economia real tem de ser su-perior a 5%”, afi rma Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito. “Isso serve de re-ferência para o tomador do crédito negociar as melhores condições com os bancos”.

Entre os custos computados para as comparações, estão, além das taxas de juros, o chamado CET (custo efetivo total, que inclui outras des-pesas, como com seguro) e gastos que podem fi car a cargo do consumidor na mudança, como com cartório, reavalia-ção do imóvel e emissão de

novo contrato.“É muito importante com-

parar tudo isso porque uma proposta com juros menores não necessariamente será mais barata, em razão dessas outras despesas”, diz Maria Inês Dolci, coordenadora insti-tucional da Proteste, associa-ção de defesa do consumidor, e colunista da Folha.

A Proteste lança hoje uma cartilha com esclarecimentos ao tomador de crédito sobre as regras da portabilidade e como barganhar com os ban-cos (disponível em www. folha.com/no1447654).

“Para a portabilidade funcio-nar, o consumidor terá de fazer valer seu direito, procurando

os bancos e negociando pro-postas”, afi rma Dolci.

Despesa com cartórioMudanças de trâmites para

a realização da portabilidade do crédito imobiliário reduzi-ram em 75%, em média, as despesas com cartório, que podem fi car a cargo do con-sumidor. Os cálculos são do Canal do Crédito, site de com-paração de produtos fi nancei-ros. Isto porque, antes da re-gulamentação, o processo no cartório incluía novo registro do imóvel. Agora, só é exigida uma averbação no contrato de portabilidade – trâmite mais simples e barato.

Na tabela de custos carto-

riais do Estado de São Paulo, os valores pagos a partir de agora vão de R$ 260 – para quem vai migrar R$ 50 mil, va-lor mínimo de fi nanciamento imobiliário normalmente con-cedido pelos bancos – a R$ 8.557, para migração de R$ 10 milhões, máximo que as instituições, em geral, acei-tam fi nanciar.

Em benefício do consumi-dor, a nova regulamentação prevê ainda que quem solicitar informações ao banco atual sobre o fi nanciamento con-tratado – como valor do saldo devedor, taxa de juros e prazo remanescente – seja atendido em um dia útil. Se o cliente en-contrar no mercado condições

mais vantajosas que compen-sem migrar o empréstimo para outra instituição fi nanceira, o banco atual terá no máximo cinco dias úteis para fazer uma contraproposta melhor ou liberar esse consumidor para a concorrência.

A partir de uma liberação, todo o trâmite de transferên-cia é feito diretamente entre os bancos envolvidos. E cabe à nova instituição pagar custos operacionais, que, no crédito imobiliário, giram em torno de R$ 3.700.

Já as despesas como de rea-valiação do imóvel, emissão de novo contrato e com cartório, que podem ser cobradas do consumidor, variam.

Economia em novo banco deve compensar migração

Saiba tirar proveito deseu IR

DIVULGAÇÃO

Página C6

Quando vale a pena mudardívida para outros bancosEntra em vigor portabilidade do crédito imobiliário, para transferir fi nanciamento a bancos mais ‘baratos’

Entra em vigor hoje a regulamentação da chamada portabilida-de do crédito imo-

biliário – possibilidade de mudança do fi nanciamento contratado em um banco para outro que cobre menos.

As regras, que pretendem estimular a concorrência en-tre as instituições fi nanceiras e facilitar para o consumidor a migração de empréstimos, estipulam, por exemplo, prazos curtos para resposta dos ban-cos às solicitações dos clien-tes e reduzem custos de uma eventual troca.

É preciso, porém, saber ava-liar se as vantagens oferecidas por um novo banco de fato compensam fi nanceiramente.

Para ajudar a fazer essa conta, a Folha desenvolveu uma calculadora, em parceria com o Canal do Crédito, site de comparação de produtos financeiros, e com o economis-ta Samy Dana (FGV), colunista do jornal.

A ferramenta, disponível no site do “Folhainvest” (www.folha.com/folha invest), per-mite comparações reais entre as condições atuais de um financiamento e as ofereci-das por oito bancos do país: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citi e Banco Pan.

Além de mostrar o impacto de uma eventual mudança no valor da parcela, a calculadora traz, como parâmetro para a decisão, a economia real que seria obtida com a migração.

Economia real é uma refe-rência, em valores de hoje, de quanto o devedor reduzirá seu fi nanciamento caso mude de banco.

Para chegar ao resultado, a calculadora computa os cus-tos do empréstimo atual e as características de outras pro-postas de crédito em valores presentes, como se as parcelas e as despesas fossem anteci-padas a uma taxa de juros de mercado (de 0,65% ao mês, remuneração encontrada em opções de baixo risco, como títulos públicos).

CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO

Normas de portabilidade de crédito imobiliário reduzem prazos e custos para consumidor; acesse calculadora no site da Folha e saiba quando vale a pena migrar

LUIZ

CAR

LOS

MU

RAU

SKAS

/FO

LHAP

RESS

C01 - FOLHA.indd 1 4/5/2014 22:15:24

Page 18: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

C02 - PUBLICIDADE.indd 2 4/5/2014 21:14:55

Page 19: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Bancos devem evitar‘guerra’ por novo clienteEsforço deve ser para reter tomador de crédito imobiliário, que podem migrar se o fi nanciamento for superior a 5 anos

Pelo menos no primei-ro momento após a regulamentação da portabilidade do fi -

nanciamento imobiliário, que permite a troca do emprésti-mo de uma instituição para outra que ofereça condições mais vantajosas, os bancos não devem abrir uma “guerra de taxas” em busca de novos clientes, afi rmam consultores ouvidos pela Folha.

Procurados, quatro dos cinco maiores bancos do país – Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica Federal – dizem estar prontos para adotar as normas da resolução do Banco Central, que entram em vigor hoje, mas foram evasivos quanto às estraté-gias de mercado. O Itaú não quis comentar o tema.

O Santander foi o único a detalhar um pouco seus planos. Afi rmou que acom-panhará de perto o com-portamento do mercado de crédito imobiliário e, sempre que possível, oferecerá con-dições especiais para que o cliente vá para o banco e nele permaneça.

Disputa A disputa por esse novo

cliente, porém, não deve ser tão acirrada inicialmente, na análise de Miguel Ribeiro, di-retor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

“Os bancos consideram que, se forem muito afoitos para ‘roubar’ clientes da con-corrência, vão sofrer a mesma investida. O que vejo é um movimento das instituições para segurar seus melhores clientes”, afi rma.

Fidelização “O fi nanciamento imobiliá-

rio é um dos mais baratos do mercado, mas de longo pra-zo. A grande vantagem para o banco nesse segmento é a fi delização do cliente, que poderá, ao longo do tempo, adquirir mais produtos, como previdência e outros investi-mentos”, acrescenta.

Claudia Martinez, diretora do Banco Máxima, também não vê uma “guerra de taxas” no momento.

“Há uma pequena margem para redução das taxas do crédito imobiliário. Para que a portabilidade tivesse um impacto relevante, a diferen-ça entre as taxas cobradas pelos bancos teria que ser maior.” Hoje, os juros variam de 8% ao ano a 12% ao ano, aproximadamente.

Crédito antigo Para Pedro Seixas Corrêa,

professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), a procura maior pela portabilida-de do fi nanciamento deve ser dos consumidores que toma-ram crédito há pelo menos cinco anos, quando os juros eram mais altos que os de hoje.

A partir de meados de 2011, o juro básico (a taxa Selic) caiu até chegar ao menor patamar da história, de 7,25% ao ano, em que permaneceu entre outubro de 2012 e abril de 2013.

“Para o consumidor que to-mou crédito nesse período de baixa de juros, vai ser mais difí-cil encontrar novas propostas que compensem a migração do crédito”, diz Corrêa.

Ione Amorim, economista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), acredita que a portabilidade vá ter mais utilidade no futu-ro, quando as taxas de juros voltarem a cair.

DANIELLE BRANTDE SÃO PAULO

Bancos devem ofe-recer condições de pagamento mais van-tajosas para clientes atuais evitarem mi-grar para instituições mais ‘baratas’

SILV

A JÚ

NIO

R/FO

LHAP

RESS

C03 - FOLHA.indd 3 4/5/2014 22:14:30

Page 20: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Menos corretoras devemisentar no Tesouro Direto Fim de tarifa de negociação, que iria para empresas, estimulou cobrança por corretagem, dizem analistas pesquisados

Das 73 corretoras ca-dastradas no Tesouro Direto – programa de venda de títulos pú-

blicos via internet – no fi m de abril, apenas 7, ou 9,6% do total, ofereciam ao investidor taxa de corretagem zero. Essa taxa é cobrada do aplicador e varia conforme a empresa.

O percentual é igual ao do mesmo mês do ano passado e menor que o de 2012 (11,1%). E, para consultores ouvidos pela Folha, a tendência dessa proporção é cair.

Isso porque a reformulação do Tesouro no fi m de 2012 extinguiu um benefício auto-mático que as corretoras ti-nham ao oferecer o serviço: a chamada taxa de negociação de 0,1%, cobrada do investidor nas operações.

“Esse percentual era repas-sado pela Bolsa às corretoras, mas a taxa foi extinta para dei-xar a aplicação mais atraente, e as empresas perderam esse retorno fi nanceiro”, afi rma Fa-brício Tota, gerente de “home broker” [negociação via inter-net] da Socopa Corretora.

“O número de investidores pessoas físicas da Bolsa tem diminuído nos últimos anos e, com isso, as corretoras de-pendem mais das taxas de corretagem”, diz Amerson Ma-galhães, diretor da Easyinvest Título Corretora.

Segundo os dados mais re-centes da Bolsa, havia 579.035 investidores pessoas físicas na BM&FBovespa até março des-te ano – 10.241 a menos que em 2013. Em 2010, o total era de 610.915 aplicadores.

“Com menos pessoas no

mercado, corretoras que ofe-reciam taxa zero há anos no Tesouro passaram a cobrar”, acrescenta Magalhães.

Foi o caso da Socopa, que passou a cobrar 0,1% de cor-retagem no ano passado. Já a Easynvest Título Corretora continua entre as instituições que não cobram pelo serviço.

“Ganhamos de outra manei-ra, atraindo mais aplicadores para nossa lista de clientes, por exemplo”.

As taxas de corretagem no Tesouro variam de zero a 2%. É possível encontrar uma tabela com os percentuais cobrados em cada instituição no site do programa na inter-net (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto). Além desse percentual, também há cobrança de taxa de custódia de 0,3% ao ano.

Barganha Consultores afi rmam, po-

rém, que continua sendo possível barganhar o bara-teamento desses custos. “O investidor deve se aproveitar da concorrência para obter as condições mais vantajosas”, afi rma Mauro Calil, consultor de fi nanças pessoais.

“Além disso, a aplicação no Tesouro continua sendo atra-ente pelo baixo risco. São títu-los do governo. Logo, a chance de calote é mínima”.

Quem aplicou R$ 1.000 em abril de 2013 em LFT (Letra Financeira do Tesouro) obteve, após 12 meses, rendimento de R$ 75,55 – já descontados 17,5% de Imposto de Ren-da. Se o dinheiro tivesse sido colocado na poupança (com depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012), o retorno teria sido de R$ 61,70.

ANDERSON FIGODE SÃO PAULO

LETI

CIA

MO

REIR

A/FO

LHAP

RESS

Consultores afi r-mam que ainda é possível que investidor bar-ganhe a redução desses custos

C04 - FOLHA.indd 4 4/5/2014 22:26:41

Page 21: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

Falta de cultura continua aafastar empresas da BolsaExigência de adaptar rotinas é principal entrave atual à abertura de capital de médias companhias, diz pesquisa

DAN

ILO

VER

PA/F

OLH

APRE

SS

A necessidade de me-lhorar a cultura orga-nizacional da empre-sa para se adaptar

às rotinas de uma compa-nhia aberta é apontada por médios empresários como o principal entrave à abertura de capital.

Essa difi culdade é citada por quase 50% dos executi-vos, superando a volatilidade do mercado (34,0%) e os cus-tos da operação (31,4%).

O resultado faz parte do estudo Incentivos à Abertura de Capital no Brasil, com res-postas de 159 empresários responsáveis por companhias com faturamento anual de pelo menos R$ 25 milhões.

Conduzida pela Fundação Dom Cabral, a pesquisa faz parte dos trabalhos do Co-mitê Técnico de Ofertas Me-nores, formado por órgãos como a BM&FBovespa, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o BNDES.

O objetivo da comissão é fomentar a entrada de pe-quenas e médias companhias no mercado de ações.

De acordo com Rodrigo Zeidan, professor da Dom Cabral, a falta de preparação é refl exo de um longo período de infl ação alta no país, que atrasou o desenvolvimento de uma cultura de planeja-mento de longo prazo.

“Uma empresa de capi-tal aberto precisa ter um planejamento estratégico profi ssional, remunerar exe-cutivos, oferecer incentivos de forma correta e estar focada em gerar valor para o acionista, coisas que elas ainda estão aprendendo a fazer”, diz.

Para Zeidan, a quantidade de negócios prontos para abrir capital deve aumentar no médio prazo (a partir de cinco anos), à medida que surjam casos de sucesso.

Bruce Mescher, sócio da consultoria Deloitte, diz que as adaptações para que a companhia possa negociar ações trazem outros benefí-cios. Ter informações fi nan-ceiras confi áveis e auditadas pode facilitar a busca por um investidor e por fi nanciamen-to nos bancos.

A Bolsa de Valores no Brasil

tem sido uma alternativa de fi nanciamento reservada a companhias de grande porte. Desde 2007, somente duas captações por meio de IPO (ofertas iniciais de ações) foram menores do que R$ 100 milhões, de um total de 110 operações realizadas.

O Bovespa Mais, segmento de acesso criado em 2006 para a entrada de pequenas e médias empresas, tem até nove listadas – a Bolsa conta com 370 companhias.

Incentivos Para incentivar o desen-

volvimento desse mercado, o comitê de ofertas menores propôs 12 medidas. Uma das intenções é reduzir os custos da operação.

No caso da Senior So-lutions, que captou R$ 57 milhões em uma oferta de ações em 2013, foram gas-tos R$ 150 mil no processo

de listagem (antes da ope-ração em si).

A oferta de ações pro-priamente custou R$ 2,54 milhões, incluindo comissões de profi ssionais envolvidos, tributos e taxas. A empresa havia faturado R$ 50 milhões no ano anterior.

Entre as medidas já em vigor está a dispensa de pu-blicação em jornais de anún-cios relacionados a ofertas de ações e fatos relevantes para os acionistas.

Como resultado da pes-quisa com os empresários, o grupo prevê a elaboração de um programa de capa-citação sobre o tema, que deve ser disponibilizado gra-tuitamente às instituições de ensino interessadas, afi rma Cristiana Pereira, diretora de desenvolvimento empre-sarial da BM&FBovespa.

Ainda não há previsão de conclusão do material.

FILIPE OLIVEIRADE SÃO PAULO

HERANÇAFalta de cultura organi-zacional de companhia aberta é entrave à abertura de capital. Isto é refl exo de um longo período de infl ação alta no Brasil, que atrasou a adoção de planejamento em longo prazo.

Desde o início do ano passado, seis empresas se listaram no Bovespa Mais, segmento de acesso à Bol-sa de pequenas e médias empresas. Nenhuma fez uma oferta inicial de ações. Para elas, a Bolsa serve de plataforma para que se tornem conhecidas por po-tenciais investidores.

A listagem antecipada também ajuda a reagir rapi-damente quando surge um

momento favorável para a captação de recursos no mercado acionário.

Uma das diferenças do Bovespa Mais em relação a outros segmentos é a permissão de a empresa se manter listada por até sete anos sem vender ações.

A medida também serve para adaptar os procedi-mentos de modo mais su-ave, sem ter de aprender a lidar com cobranças por

resultados logo de início, diz Julio Brito Junior, 34, presidente da Quality, que presta serviços de tecnolo-gia da informação.

“Quando você melhora as informações para en-trar na Bolsa, passa a ter um entendimento tão claro de sua companhia que isso alimenta sua tomada de decisões”, afi rma.

A empresa, que teve fatu-ramento de R$ 35 milhões

em 2013 e chegou ao Bo-vespa Mais em fevereiro deste ano, gastou cerca de R$ 1 milhão no proces-so. Os custos incluíram o pagamento de advogados, auditores e procedimentos para listagem.

O plano é fazer a oferta inicial de ações em cer-ca de quatro anos, após a empresa se consolidar a partir da aquisição de outras companhias.

Categoria de acesso dá fama a empresas

Comissão propõe mudanças para reduzir custos da entrada no mercado de capitais e estimular negociação de ações na Bolsa

C05 - FOLHA.indd 5 4/5/2014 22:27:29

Page 22: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

O que a declaração de IR revela sobre as suas fi nançasMarcia DessenFinanças Pessoais

Você, assim como milhões de brasileiros, acabou de cumprir a obrigação anual de apresentar a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física. Os benefícios desse procedimento para a Re-ceita Federal são claros.

O avanço da tecnologia per-mite ao governo cruzar as in-formações entre consumidores e prestadores de serviço, empre-sas e colaboradores, instituições fi nanceiras e clientes, de tal for-ma que a Receita pode fi scalizar os diversos agentes econômicos envolvidos nas transações sujei-tas ao pagamento do IR.

Seu objetivo central é aumentar a arrecadação.

Vamos colocar um novo olhar sobre a declaração e avaliar as informações que ela contém sob o seu ponto de vista, cida-dão e contribuinte.

Quanto ganhei O formulário apresenta quatro

fi chas distintas nas quais infor-mamos todos os rendimentos recebidos durante o ano-calendá-rio de 2013. Ao fi nal desse pre-enchimento, você saberá quanto ganhou no ano passado.

Na fi cha de rendimentos rece-bidos de pessoas jurídicas, estão listados os rendimentos prove-nientes de trabalho assalariado.

Em rendimentos recebidos de pessoas físicas, por exemplo, os aluguéis de imóveis. Em rendi-mentos isentos e tributáveis, entre outros, os juros pagos por investimentos que estão dis-pensados do pagamento do IR, como os depósitos em poupan-

Líder do simuladorda Bolsa acumulaganhos de 82,2%

Com valorização de 82,2% de sua carteira de ações, o participante Roger Thiago Alves Ro-drigues se mantém, pela nona semana seguida, na liderança do ranking 2014 do Folhainvest, simulador da Bolsa de Valores feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa.

Rodrigues, que também lidera o ranking universitá-rio, abre boa distância em relação ao segundo colo-cado, Angelo Siewerdt, com ganho de 60%. Elson Costa aparece na terceira colo-cação, com 54,7%, segui-do por Charles Sousa, com 53%. A relação dos cinco primeiros se completa com Calefe Oliveira, com 52%. Dulce Cabral lidera o ranking feminino, com 50,1%.

No recorte por regiões, Benedito Dalton Goes

Neto é o primeiro coloca-do no Norte, com ganho de 29,9%. No Nordeste, aparece Goldman Sachs, com 37%. Líder geral, Ro-drigues é da região Sudes-te. No Sul, Siewerdt está no topo. E Jácomo Queiroz (50,6%) é o primeiro no Centro-Oeste.

Os interessados em par-ticipar podem se inscrever gratuitamente no site do simulador (www.folhain-vest.com.br). O ranking para a premiação do ano começa a ser computado no momento da inscrição. A premiação em 2014 contempla cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cota-ções e iPads, mas pode haver substituição desses itens por outros produtos equivalentes ou com valor financeiro similar.

FOLHAINVEST

ça, LCI (Letras de Crédito Imo-biliário) e LCA (Letas de Crédito do Agronegócio).

Na fi cha de rendimentos su-jeitos a tributação defi nitiva constam, entre outros, seu 13º salário e rendimentos de aplica-ções fi nanceiras em fundos de investimento, CDB (Certifi cados de Depósito Bancário) e Tesouro Direto, por exemplo.

A somatória das quatro fi chas equivale ao montante de dinhei-ro que entrou no seu bolso em um ano.

Refl exão: quanto desse mon-

tante foi proveniente do seu tra-balho? Quanto foi proporcionado por investimentos, ou seja, seu patrimônio gerando renda para você? Alguma estratégia para melhorar essa relação?

Quanto tenho Na fi cha de bens e direitos,

estão listados os bens móveis e imóveis. Seu imóvel residencial e outros imóveis, carros, aplicações fi nanceiras. Uma boa refl exão é avaliar quanto do seu patrimô-nio é constituído por ativos com potencial de valorização, seus

investimentos, por exemplo, e quanto foi alocado em ativos que se depreciam ao longo do tempo, como veículos.

Quanto você tinha no ano anterior e quanto tem agora? A resposta a essa pergunta dei-xa claro quanto de sua renda foi destinada à formação do patrimônio. Se a variação foi negativa ou neutra, isso signifi ca que você gastou praticamente tudo o que ganhou.

Refl ita se é possível aumentar sua capacidade de poupança vi-sando ampliar seu patrimônio.

Lembre-se de que, no futuro, ele proverá boa parte da renda que hoje depende exclusivamente do seu trabalho.

Aproveite para avaliar se a rentabilidade de seus investi-mentos foi compatível com a média de mercado. É possível que você tenha se acomodado e deixado algum dinheiro esque-cido em aplicações fi nanceiras que agregam pouco valor ao seu capital. Boa oportunidade para conversar com sua instituição fi nanceira, reduzir custos e me-lhorar desempenho.

Quanto devo A fi cha de dívidas e ônus reais,

a lista que mais incomoda, indica quanto você deve, e para quem. Empréstimos bancários, fi nan-ciamentos, crediários, familiares e amigos, todos os seus credo-res informados resumem quanto dinheiro você gastou além dos rendimentos que recebeu.

Contrair dívida não é necessa-riamente ruim. A refl exão mais importante aqui é sobre qual foi a destinação desses recursos.

O dinheiro foi utilizado para simples consumo? Complicado. Considere como consumo os itens que não aparecem na sua fi cha de bens, como roupas, eletrodo-mésticos, viagens, lazer. Ou então itens que se depreciam e geram despesa no seu fl uxo de caixa. Carro é o melhor exemplo.

Dívida boa é aquela que gera uma contrapartida positiva no seu patrimônio. Identifi que se você contraiu dívida para adqui-rir bens que mantêm valor ou, idealmente, valorizam-se com o tempo, tais como educação, imó-veis ou o seu próprio negócio.

Futuro Avalie se você pode e quer

mudar seus hábitos de consumo. Mantenha uma reserva fi nanceira de 50% da sua renda anual em aplicações fi nanceiras com liqui-dez (facilidade de resgate).

Não contraia dívida com itens de consumo e use crédito somente para agregar valor ao seu patri-mônio. Conheça bem as regras da Receita Federal e avalie se é possí-vel reduzir sua carga tributária.

FERNANDO DE ALMEIDA

C06 - FOLHA.indd 6 4/5/2014 22:39:09

Page 23: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

O investimento Forex (fo-reign exchange) consiste em uma operação dupla, na qual se negocia a relação monetá-ria de troca entre duas moedas de diferentes países.

Simultaneamente, uma mo-eda é comprada e outra é vendida, mas nenhuma de-las é fi sicamente adquirida pelo investidor. Como remu-neração, obtém-se a dife-rença entre as valorizações do par selecionado.

O lucro nesse tipo de in-vestimento está diretamen-te relacionado à variação das cotações internacionais das moedas, sendo possível obter retornos altos ou preju-ízos catastrófi cos dependen-do da estratégia adotada e

da fl utuação das moedas em razão de movimentos políti-cos ou econômicos.

Para participar, no entanto, o pequeno investidor pre-cisa estar vinculado a al-guma instituição fi nanceira que realize operações com Forex, como grandes bancos, multinacionais, corretoras fi -nanceiras e governos, que ne-gociam livremente a relação entre moedas.

Pela grande oscilação de preços das moedas, e a con-sequente possibilidade de ganhar muito, a modalidade pode parecer bem atraente.

Há, no entanto, diversos riscos envolvidos, principal-mente no Brasil, onde não há corretoras autorizadas a comercializar Forex pela CVM

(Comissão de Valores Mobili-ários). Esses riscos estão re-lacionados à inexistência de uma sede física que concentre as operações do mercado.

Além de permitir uma gran-de variedade de cotações, a ausência de uma instituição centralizadora abre espaço para que sejam praticados golpes contra investidores.

Como no Brasil todas as transações desse tipo acabam ocorrendo na informalidade, o investidor pode não receber os rendimentos provenientes de sua aplicação e, nesse caso, não terá a quem recorrer.

É possível e legal abrir uma conta nos EUA para negociar Forex. Ainda assim, essa pode não ser uma modalidade de investimento interessante, da-

dos o alto risco e a ausência de garantias de ganhos para o longo prazo.

Há diversas opções no mer-cado nacional que apresen-tam risco reduzido e podem oferecer boa rentabilidade, como Tesouro Direto e letras de crédito.

Vale destacar que, na renda variável, os ativos da Bovespa estão retomando a valoriza-ção e apresentando reversão nas expectativas de fuga de capital existentes até o ano passado, graças à baixa da atividade nos EUA.

SAMY DANA é profes-sor de economia da FGV. Twitter: @samydana. Fa-cebook: facebook.com/Ca-roDinheiro

Indicadores Econômicos

Samy Dana Caro Dinheiro Mande sua pergunta para coluna [email protected]

Como funciona o investimento tipo Forex? L. P. B. G., DE SÃO PAULO (SP)

Eu invisto em...

Jorge de Sá,ator

Tenho investimento modesto em Bolsa, com foco no longo prazo. E investi há três anos, com mais dois sócios, em um bistrô em Ipane-ma, no Rio de Janeiro

RESPOSTA DO CON-SULTOR DE FINANÇAS PESSOAIS MAURO CALIL - Para responder à sua per-gunta sobre se vale a pena sair de um plano de previ-dência VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) com ren-da variável que tem caído para um produto de renda fixa, é preciso considerar alguns pontos.

O primeiro é que investi-mento em previdência tem um horizonte de longuíssimo prazo, ou seja, 15 anos ou mais. O segundo é que deve-mos fazer aportes mensais pequenos, dentro de nossa capacidade de investir sem que comprometamos a qua-lidade de vida.

Em seguida, nunca deverí-amos olhar para esses pla-nos como fundos normais de investimento, ou seja,

checando sua rentabilidade mensalmente e nos estres-sando quando essa é nega-tiva. E, às vezes, buscando mudanças de curto prazo que nos trazem custos e a sensação de que sempre estamos na faixa do trânsito que anda menos.

Vale destacar que renta-bilidade passada não é ga-rantia de futura. E projetar o rendimento de uma apli-cação com base no passado pode angustiar o aplicador.

A divisão meio a meio dos recursos de investidores en-tre renda fixa e renda variá-vel foi descrita por Benjamin Graham no livro “O Investi-dor Inteligente”.

Fato é que essa distri-buição de recursos tem se mostrado a mais vencedora em períodos longos, superio-res a dez anos. Isso ocorre porque, na prática, o gestor

do plano é obrigado a seguir o que manda o estatuto.

Portanto, se a Bolsa cai, desequilibrando a divisão meio a meio, o gestor deve-rá retirar dinheiro da renda fixa e comprar renda variá-vel. Nesse caso, comprando ações na baixa.

Por outro lado, se a Bolsa sobe, mais uma vez dese-quilibrando a proporção, o gestor deverá vender ações e investir em renda fixa. Nesse caso, vendendo os papéis na alta.

A persistência desse exer-cício de comprar na baixa e vender na alta, executada em prazos longos, é justamen-te o que faz dessa fórmula uma vencedora em prazos bastante longos.

Assim, reveja suas premis-sas de investimento e seu prazo de resgate antes de tomar sua decisão.

Mudo para renda fixa se VGBL em variável cai? S. B. S., DE BELO HORIZONTE (MG)

DIVULGAÇÃO

C07 - FOLHA.indd 7 4/5/2014 22:38:29

Page 24: EM TEMPO - 5 de maio de 2014

C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2014

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

É hora de investir na Bolsa?Saiba quando é o momento certo de apostar suas economias na Bolsa de Valores, conforme intempéries do mercado

Relatório Setorial Ágora Corretora

Mineração: os preços do minério de ferro caíram no início do ano em meio a temores de uma desace-leração mais acentuada da economia chinesa, além da possibilidade de impacto negativo dos esforços para combater a poluição e do aperto restritivo da conces-são de crédito. Durante o segundo semestre de 2014, novas ofertas chegarão ao mercado transoceânico com o risco de pressionar ainda mais os preços.

Por outro lado, o esgota-mento das minas e a dimi-nuição do teor de ferro da produção doméstica chinesa pode aumentar as importa-ções do país. Tudo conside-rado, mantemos uma visão cautelosa e estimamos pre-ços alcançando a faixa de US$ 110/tonelada no fi nal de 2014 (atualmente encon-tra-se pouco abaixo de US$ 120/tonelada). A deprecia-ção projetada para o real po-derá compensar a queda dos preços e ajudar os produtores brasileiros, que também são benefi ciados pela demora na aprovação do novo código de mineração, que prevê o aumento dos royalties sobre

o minério de ferro dos atuais 2% para 4%.

Siderurgia: os produtores brasileiros de aço também po-derão benefi ciarem-se da pro-jetada depreciação do real, que restringe as importações diretas e indiretas de aço e sua capacidade de determinar os preços. Estimamos novas expansões de margem para os produtores de aços planos, alinhados com a implemen-tação de aumentos de pre-ços (a indústria automotiva

vai provavelmente pagar um adicional da ordem de 10% sobre o aço que compram. En-tretanto, o crescimento fraco

da economia brasileira pode impactar essa indústria forte-mente, com o impacto sendo amplifi cado por um eventual

corte de energia, uma vez que o setor é eletro intensivo.

Papel e celulose: o preço da celulose vem mantendo-se ao redor de US$ 765 por tonelada desde outubro de 2013, mesmo com o aumen-to da oferta em função das novas capacidades. Apesar disto, continuamos a acre-ditar que os preços deverão recuar em função das novas capacidades que estão en-trando entre 2014 e 2015, como a planta da Suzano no Maranhão, Montes Del Plata e Eldorado. Entretan-to, a valorização projetada para o dólar deverá com-pensar a queda do preço da commodity. Sobre o mercado brasileiro de papel perma-necemos otimistas em fun-ção da demanda a partir da Copa do Mundo de Futebol e eleições, além de esforços governamentais para reduzir

importação ilegal de papel.

Petróleo, petroquími-ca e açúcar, e álcool: a defasagem nos preços dos combustíveis causa proble-mas para o setor de óleo e gás, impactando também o setor de açúcar e álcool. Acre-ditamos que os preços dos combustíveis deverão voltar a subir a partir do fi nal deste ano. Adicionalmente, os pre-ços internacionais do açúcar estão favoráveis e deverão ajudar o setor, que enfrenta redução de 5% na safra este ano. O setor petroquímico é bastante cíclico e os spreads estão melhorando, embora sempre exista a ameaça de blackouts. Também vemos o gás de xisto nos Estados Unidos e Canadá como um ameaça para as plantas a base de nast a. E a indústria local depende da proteção do governo.

Carteiras Recomendadas | Performance Histórica

FONTE: BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

JOSÉ FRANCISCO CATALDO*

Algumas pessoas têm entrado em contato conosco no escritório indagando a respeito

da Bolsa de Valores: se é o momento certo para entrar ou se já passou. Somos operadores de mercado, não analistas, e pelas normas da CVM - xerife do mercado de capitais - não podemos emitir opinião a res-peito. Mas como estamos na linha de frente do mercado e dada uma das atribuições da nossa atividade, que é a de orientar os investidores, cabe a nós dividirmos com o leitor algumas observações.

A indagação dessas pessoas interessadas baseia-se na alta apresentada pelo Ibovespa (ín-dice da Bolsa brasileira, que reúne as ações das companhias de capital aberto de maior re-presentatividade) nos meses de

março e abril deste ano. Só no mês de abril, que acabou de encerrar, o Ibovespa subiu 2,4% e superou outras modalidades de investimento. Tal movimento leva muitos a se motivarem a entrar na Bolsa. Porém, como observa-se no gráfi co acima, apesar das altas dos últimos dois meses, pode-se inferir que a Bolsa brasileira ainda está sob uma linha de tendência de baixa no médio prazo.

É salutar fazer uma peque-na retrospectiva. Após a crise fi nanceira de 2008, que levou o Ibovespa ao menor nível dos últimos oito anos (31.080 pon-tos), no ano seguinte a bolsa registrou uma alta vigorosa de 82,7%, atingindo a máxima de 69.785 pontos. Naquele ano de forte alta, várias ações deram gordos retornos aos investi-dores e muitos começaram a nutrir uma autoconfi ança demasiado elevada, como se aquelas valorizações fossem

creditadas apenas às suas es-colhas e o mercado de ações fosse subir indefi nidamente.

Chegou o ano de 2010, e a bolsa brasileira praticamente não se moveu, apresentando um retorno de meros 1% (zero a zero, como se diz no mer-cado). A partir daí, nos anos seguintes, imperou a volatilida-de. Indicadores mistos e dúvi-das em relação às economias norte-americana e chinesa, e sua repercussão na economia brasileira, continuam a con-tribuir com o sobe e desce da Bolsa verde e amarela. Mere-ce também chamar a atenção para o fato de que a partir do mês de abril de 2013 mudou a política monetária do país, que vinha de um movimento de queda da taxa básica de juros da economia (Selic), cuja meta chegou a tocar os 7,25% a.a. Com a pressão infl acionária e do câmbio, os juros voltaram a subir sequencialmente, al-

cançando na última reunião do Copom, realizada no último dia 02 de abril, os 11% a.a. de meta para a Selic.

Fica claro, portanto, que o cenário econômico é dinâmi-co e que o poder de prever o comportamento futuro do mercado, desejado por muitos, na prática envolve uma série de variáveis, inesperadas in-clusive, que podem mudar o rumo originariamente traçado. Claro que há momentos visi-velmente mais favoráveis ou desfavoráveis para entrar no mercado de renda variável. Por exemplo, o mercado de ações norte-americano tem atingido níveis recordes e históricos de alta, merecendo, no mínimo, grande cuidado e atenção da-quele que pretende iniciar agora uma posição naquele mercado. Como diz-se, não existe receita de bolo, e quando busca-se res-ponder à pergunta se é ou não o momento adequado para entrar

no mercado de Bolsa algumas questões devem ser avaliadas, principalmente os objetivos do investidor, se de curto ou lon-go prazo; se a sua compra é baseada nos fundamentos da companhia ou na simples iden-tifi cação de oportunidades com base nos preços das ações; se busca rendimentos por meio de dividendos ou apenas ganhos de capital com a compra e venda de ações, em intervalos menores de tempo; se o investidor é mais defensivo ou arrojado. Enfi m, a orientação de um profi ssional é necessária para identifi car o perfi l do investidor, seus ob-jetivos e orientá-lo a tomar a decisão mais adequada.

Acredito - e não precisam con-cordar comigo - que não existe um momento “britânico” para entrar no mercado de ações. O mais importante é lembrar de frases como a do surfi sta profi ssional Kelly Slater, onze vezes campeão mundial: “Você

não pode matar essa onda; você tem que trabalhar com ela”. Trazendo para a nossa reali-dade seria: não tente superar o mercado, saiba trabalhar com ele. Ninguém em sã consciência chega à praia e adentra o mar sem antes observar a maré, a correnteza e as ondas. O mar exige respeito. O mercado também o exige. Conhecimento, orientação e profi ssionalismo são requisitos fundamentais para aumentar as chances de sucesso num mercado desa-fi ante, mas ao mesmo tempo repleto de oportunidades.

Dênnis A. Lobo é co-funda-dor e sócio do D&L Investi-mentos, escritório Ágora-Bra-desco em Manaus

DIV

ULG

AÇÃO

DÊNNIS A. LOBO

C08 - FOLHA.indd 8 4/5/2014 21:56:13