ENS - Carta Mensal 476 - Novembro/2013

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C Equipes de Nossa Senhora M VIDA NO MOVIMENTO Colegiado Nacional 2013 pp. 17-33 FORMAÇÃO Equipe - comunidade de fé e amor p. 13 IGREJA CATÓLICA Finados, não corresponde à realidade p. 9 Ano LIII • nov 2013 • nº 476

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CARTACARTAEquipes de Nossa SenhoraCARTA

MensalMensalCARTA

MensalCARTA

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MensalCARTA

VIDA NO MOVIMENTOColegiado Nacional

2013pp. 17-33

FORMAÇÃOEquipe - comunidade

de fé e amorp. 13

IGREJA CATÓLICAFinados, não

corresponde à realidadep. 9

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VIDA NO MOVIMENTOColegiado Nacional 2013 ....................... 16

TEMA DE ESTUDOProblema d'Ele ........................................ 33

RAÍZES DO MOVIMENTOAs equipes de Nossa Senhora sua razão de ser .................................... 34

TESTEMUNHOA cura ................................................... 36Uma luminosa noite de oração ............. 37Esperar em Deus .................................... 38Missão do CRR-PE II ................................ 41

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇOComo anda o nosso dever de sentar-se? ...... 42Retiro ..................................................... 43Regra de vida ............................................ 44

NOTÍCIAS .............................................45

REFLEXÃOÉ preciso esforço ..................................48

CARTA MENSALnº 476 • nov 2013

EDITORIAL Da Carta Mensal ..................................... 01

SUPER-REGIÃOIII Encontro nacional à vista! .................. 02Exercício das responsabilidades da espiritualidade conjugal .................... 03

CORREIO DA ERIAcreditamos no amor (IJo 1,4,16) .......... 04A dignidade e a santidadedo casamento cristão ........................... 06

IGREJA CATÓLICAFinados, não corresponde à realidade .... 08Ousadia divina, nela nossa ousadia ........ 09Doutrina social da igreja ........................ 10

PASTORAL FAMILIARDe nós e de laços ................................... 11

FORMAÇÃOEquipe - comunidade de fé e amor ........ 12Foco em Deus ......................................... 13A mística do “sim” ................................. 14Santidade e PCE ..................................... 15

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Im-prensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfi ra e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Foto capa: Jailson Barbosa - Tiragem desta Edição: 23.300 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Edit

oria

lQueridos irmãos“Já estamos em peregrinação!” Com estas palavras, que toma-

mos emprestadas dos irmãos Vera e Zé Renato quando nos falavam das providências para o III Encontro Nacional, por ocasião do Colegiado Nacional, em agosto passado, ini-ciamos nossa conversa com vocês. Pois é, irmãos, é com este espírito que devemos nos preparar para o Encontro em Aparecida: como peregrinos rumo à casa da Mãe!

Em seu artigo, Cida e Raimundo rememoram os encontros anterio-res e nos preparam para “um En-contro que nos levará a um encon-tro especial com Jesus, em casa de sua Mãe: o Santuário de Nossa Se-nhora Aparecida”, e nos convidam dizendo: “corramos para a proa, divisemos o rio Paraíba, e com o coração verde-amarelo, a palpi-tar, desembarquemos para a festa!”

Do Correio da ERI, o casal Tó e Zé nos propõe a deixarmo-nos orientar pela mística do Movimen-to, sem fazer barreiras ao Espírito Santo, na certeza de que Jesus está vivo e caminha conosco e assim: “sermos pedras desta humanidade que luta, que chora, mas que quer acreditar que Deus está dentro de todas estas incertezas, e ser fermen-to nesta família que o Senhor nos confiou.”

Em seu artigo “A dignidade e a santidade do casamento cristão”, Pe. Jacinto – SCE da ERI – nos diz: Proponho que acompanheis a lei-tura desta carta com a introdução e o primeiro capítulo da encíclica

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Tema: “Caminho da vida espiritual em casal”

do Papa Francisco, Lumen fidei. E recomenda ainda não esquecermos os dois Pontos Concretos de Esfor-ço essenciais para viver o carisma das ENS: a Oração Conjugal e o Dever de Sentar-se.

Em seguida, encontrarão verda-deiros presentes dos nossos SCEs: Pe. Sandro Portela, com um rico e confortador ensinamento sobre o Dia de Finados, Pe. Neto, SCE Província Nordeste nos falando da Ousadia Divina e como nos inse-rirmos nela, Frei Avelino exortando os Casais Responsáveis pela Vida nas ENS: Mostre o carinho que tens por esta vinha, sendo um fiel cum-pridor de todas as regras que te fo-ram ditadas pelas ENS.

E de quebra: uma pérola do Pe. Zezinho, que nos esclarece dos Nós e Laços do sacramento de Matri-mônio, (não deixem de ler!)

Mas, não acabou, tem muito mais para ler: entre os vários teste-munhos de casais e conselheiros, pinçamos um trecho do casal Zilda e Celso: “Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus.”

Também nessa edição uma sín-tese dos fatos e fotos do Colegiado Nacional, que anualmente reúne os vinhateiros responsáveis pela vinha das ENS, para celebração, formação e convivência fraterna, visando o fortalecimento da unida-de do Movimento na fidelidade à mística e ao carisma fundador.

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

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Supe

r-Re

gião III ENCONTRO NACIONAL À VISTA!

Queridos equipistas:

Costuma-se dizer que “relembrar é viver duas vezes”. Se é assim, vale a pena relembrar as emoções dos dois primeiros Encontros Nacionais. Mais de 4 mil equipistas viveram em Brasília, no I Encontro, momentos de expectativas, surpresas, espe-ranças. Tudo isso para “Ser casal missionário”, conscientes de que o “Casal cristão, sacramento do ama-nhã” traria muito esperança para a Igreja. No II Encontro, em Florianó-polis, com mais de 5 mil participan-tes, quão emocionante foi acompa-nhar o quadro da Família Sagrada, representada por jovens esposos e seu filhinho, testemunhando o ser “Casal cristão, fecundidade evangélica”. Ao mesmo tempo, na perspectiva do espírito de Josué (24,15), fomos levados a anunciar, com vigor evangélico, uma certeza: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

E agora já nos bate à porta e ao nosso coração o III Encontro Nacio-nal! Um Encontro que nos levará a um encontro especial com Jesus, em casa de sua Mãe: o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. A pe-quena e singela cidade de Aparecida será palco, pois, de um grandioso evento cristão!

Batem à nossa porta! O toque é delicado, porém forte, capaz de nos despertar, de nos tornar de pé, de nos fazer tomar uma única túnica e seguir o Caminho, da forma que Ele recomenda: “Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem

sacola para o caminho, nem duas tú-nicas, nem sandálias, nem bastão,” (Mt 10,9-10). Não devemos perder o foco: Jesus Cristo; nem o sinal que nos serve de guia: a ternura si-lenciosa e maternal da Virgem Maria. Só isso basta!

Alguém poderá dizer: “Não é cedo para partir?” Na verdade, nunca é cedo para ir ao encontro de quem já nos espera. Partindo cedo, não corremos o risco de nos atra-sar. Partindo cedo, teremos tempo de descansar sob a sombra de uma árvore e de meditar, de rever o ro-teiro, de planejar nossa participação na festa. Sem dúvida, uma belíssima festa: a do “Matrimônio cristão: festa da alegria e do amor con-jugal”. E, assim como em Caná, também em Aparecida, vamos ouvir a voz de Maria nos dizendo: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5).

Com o anúncio de “III Encontro Nacional à vista!”, corramos para a proa, divisemos o rio Paraíba, e com o coração verde-amarelo a pal-pitar desembarquemos para a festa.

Unidos em oração, nosso carinho,

Cida e RaimundoCR Super-Região

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EXERCÍCIO DAS RESPONSABILIDADES DA ESPIRITUALIDADE CONJUGAL

Estamos encerrando o tema de es-tudo de 2013 - “O caminho da vida espiritual em casal” – e terá sido ‘tem-po perdido’ se, com mais um tema, a nossa vida pessoal, conjugal, familiar, profissional, social e principalmente espiritual, não tenha, ao menos um pouquinho, tido certo crescimento.

O tema este ano nos fez refletir sobre a espiritualidade das Equipes de Nossa Senhora como um “dom extraordinário que Deus deu à Igreja do nosso tempo”1 e que “a Espiritu-alidade conjugal é o principal motor desse dom”.2

Por isso partimos em busca desta espiritualidade, deparamos com a re-alidade, encontramos fundamentos e respostas, refletimos sobre a conjuga-lidade, aprofundamos nosso conhe-cimento sobre a maturidade espiritu-al, descobrimos e reavivamos meios para progredir neste caminho. Todo este percurso nos conscientizou que vivemos numa verdadeira ‘escola de espiritualidade conjugal’ – as Equipes de Nossa Senhora.

Por ser graça e dom de Deus, de-vemos, em contrapartida, sermos os guardiões deste tesouro. Para isso de-vemos exercer, com responsabilidade, esta espiritualidade conjugal que tan-to experimentamos. Porém não deve-mos guardar este ‘tesouro’ somente para nós. Com todos os desafios atu-ais, devemos nos esforçar para parti-lhar e testemunhar que Jesus Cristo é quem dá sentido a nossa vida.

1 Livro Tema – 2013, p. 9.2 Idem

Este verdadeiro apostolado deve ser vivido dentro e fora do lar. Dentro e fora das Equipes. Somos Igreja viva e temos a responsabilidade de frutificar no mundo este amor conjugal. O Do-cumento de Aparecida3 (n.284) , des-taca que : “ É necessário formar os dis-cípulos numa espiritualidade da ação missionária, que se baseia na docilida-de ao impulso do Espírito, à sua potên-cia de vida que mobiliza e transfigura todas as dimensões da existência”. Ter espírito missionário é ter “a preocupa-ção de ir mais longe”, assim nos lem-bra o documento “A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora”.4

Preparemo-nos então para que possamos realizar um verdadeiro e fiel ‘balanço’ de nossa vivência conjugal e em equipe depois de ter estudado o nosso Tema 2013. Coloquemos nas mãos de Jesus e de Maria, nossa Mãe e Protetora, toda a nossa vida, para que possamos assumir as responsabi-lidades da Espiritualidade Conjugal.

Jussara e Daniel CR Comunicação Externa

da Super-Região 3 10ª Edição Paulinas 2009, p. 1334 Edição 2012, p.17

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Todos nós, casais das ENS, di-zemos que estamos bem conscien-tes das dificuldades e da crise que se vive hoje no matrimônio. Temos consciência da fraca espirituali-dade que os casais desenvolvem em si mesmos, pois falta-nos a ca-pacidade de ter uma visão ampla e profunda que nos obrigue a parar nos acontecimentos imediatos.

Somos impedidos de mergulhar no mistério de Deus e encontrar força e luz para enfrentarmos as provas com que somos confronta-dos. Perdemo-nos na multiplicida-de dos nossos desejos e apenas a força da Fé nos pode levar a acre-ditar e a confiar que só na perten-ça do nós, o Homem sentirá Deus mais próximo. O caminho para a sua salvação será o resultado do verdadeiro encontro com DEUS, através dos homens.

A Fé e a Esperança fortalecem-nos e identificam-nos com Jesus e acredi-tamos que a aliança que Ele fez conos-co há - de perdurar para sempre.

Somos casais das ENS, Mo-vimento de Igreja, que nos leva a amadurecer a Fé pela qual seremos salvos. Caminhamos ao lado de um Pai que nos conhece pelo nome e que nos torna capazes de O escu-tar. Um Pai que não é estranho nem misterioso. Um Pai que nos conduz no caminho, tornando-se assim o nosso farol e a Sua Luz nos indicará como resistir às ameaças.

Assumindo esta condição de fi-lhos muito amados, ousemos falar

Cor

reio

da

ERI ACREDITAMOS NO AMOR

(1 JO 1,4,16)

aos outros naquilo em que acredi-tamos.

A ORAÇÃO leva-nos a ver a luz e a sentir a paz.

No interior de nós mes-mos haverá fontes que nos levam a encontrar oásis de paz e de reconciliação.

No silêncio, tornamo-nos capa-zes de captar os sinais dos tempos que nos levam a deixar de ser es-pectadores curiosos e críticos de um mundo que afinal é o nosso e a cuja humanidade pertencemos.

Acreditar no amor, e viver a fi-delidade do casamento, sem nun-ca deixar de dialogar em família, tornando o diálogo numa reali-dade presente ainda que difícil de manter é o grande desafio que o Evan-gelho nos faz.

Ser família é viver as preocupa-ções desta humanidade a que per-tencemos.

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Sermos pedras desta huma-nidade que luta, que chora, mas que quer acreditar que Deus está dentro de todas estas incertezas, é ser fermento nesta família que o Senhor nos confiou.

Discernir como passar a uma busca contínua de Deus em todas estas ocasiões, vivendo a esperan-ça nas nossas dificuldades, sem deixar de procurar sempre a vonta-de de Deus, é o que nos é pedido.

Descobrir pessoas que não co-nhecem a Cristo, fazendo-as co-nhecer a graça do perdão de Deus, será para nós inquietação constan-te, fazendo parte da nossa “praxis” diária.

Partir para esta descoberta im-pelidos pela esperança é respon-der a um chamamento que pode levar-nos sem saber onde... É partir à descoberta de caminhos e coisas novas, é encontrar na nossa vida de casal um campo fértil para a prática permanente da abnegação,

Rapidamente daremos con-ta que há uma grande necessi-dade de amor nestas pessoas que encontramos. Anseiam ter alguém que as escute, com quem parti-lhem a alegria de serem amados, porque a misericórdia de Deus lhes passou a alegria da Esperança.

O eco que provoca em nós este apelo feito desde o Concilio até ao Papa Francisco não deixa de nos inquietar, exortando-nos a não ter medo e abrir as portas à Cristo.

“Ele está vivo e caminha a nos-so lado”. Deixemo-nos orientar pela mística do nosso Movimento e não façamos barreiras à voz do Es-pirito Santo… Será Ele que supor-

tará e alimentará a nossa Esperan-ça, neste combate que iniciamos livremente.

Sempre enraizados na oração, o primeiro combate será lutar inte-riormente para nos desinstalarmos e deixar que Cristo entre e tome a iniciativa de nos guiar. Retornar à Fonte e abandonarmo-nos ao Seu olhar é reconhecer a nossa inca-pacidade de continuar o Caminho sem Ele.

Reconhecer que toda a cruz nos leva à ressurreição, deixando de ser um sinal de sofrimento para ser um sinal de vitória, acreditando que a Esperança nos salvará.

Se a cruz é um sinal do Amor de Deus, Amor que Jesus assumiu na violência do seu sofrimento, faz-nos participar na Sua vitória so-bre a morte.

Sejamos então verdadei-ros discípulos de Cristo, le-vando conosco Maria, sím-bolo de todas as esperanças e memória de toda a humil-dade. Com Nossa Senhora seremos capazes de sair pe-las ruas, entrar nas casas e realizar a festa, sabendo que Ela estará sempre presente para nos ensinar a fazer tudo quanto Ele nos disser.

Tó e ZéCR da ERI

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Caríssimos Amigos É com alegria que vos escrevo

es ta car ta , a primeira depois do Colégio In-ternacional de Bordéus, que foi para todos o s q u e n e l e par t ic iparam um momento

de graça, de experiência da in-ternacionalidade do nosso Movi-mento, em suma, uma verdadeira experiência eclesial. De tudo o que vivemos juntos, retenho algu-mas ideias que gostaria de parti-lhar convosco, porque penso que podemos encontrar nelas impul-sos para viver o carisma e a místi-ca das Equipes de Nossa Senhora.

Foi sublinhado o empenho que devemos assumir em promover, justamente neste tempo de tran-sição e de crise, a dignidade e a santidade do matrimônio cristão. Encontra-se aqui a novidade do nosso Movimento na Igreja; aqui está a nossa vocação e missão. Como casais unidos no Senhor, levais na vossa relação conjugal os sinais da vossa pertença ao Se-nhor, os sinais eficazes do amor do Senhor pela sua Igreja. Pelo sacra-mento, o marido torna-se imagem de Cristo e a esposa, imagem da Igreja. Como casais cristãos, ten-des a missão de serdes testemu-nhas eficazes da fidelidade e do amor de Cristo pela Igreja; sois os sinais eficazes de que a fidelidade

é a vitória do amor sobre o tempo.Foi sublinhado igualmente que

a herança que recebemos do Pa-dre Caffarel não consiste apenas na promoção da santidade do matrimônio, mas também na pro-moção da relação harmônica entre o sacerdócio e o matrimô-nio. De fato, os dois sacramentos têm em comum serem sinais efi-cazes da aliança nupcial de Cris-to e da Igreja: o matrimônio e o sacerdócio, isto é, os casais e o conselheiro espiritual são as par-tes integrantes da Equipe. E deste modo, uma Equipe concentra em si o mistério da Igreja. E então, o Padre representa Cristo cabeça e esposo da Igreja, e os casais repre-sentam a Igreja, corpo e esposa do Senhor. Aqui está a dignidade e a elevação para a qual somos todos chamados!

Por isso devemos ser muito prudentes para que, no quadro da crise atual quer do sacerdó-cio quer do casamento, isso não nos leve a procurar soluções que, no fim, são perigosas para todos. Nos momentos históricos de crise e de transição devemos perma-necer bem firmes na fidelidade ao Senhor e à Igreja. A abertura aos sinais dos tempos - que po-dem ser negativos e contraditó-rios com o Evangelho - exige de nós uma dose superabundante de prudência e de atenção. Nes-te caso, Santo Agostinho pode ajudar-nos com o seu conselho, quando recomendava que no que

A DIGNIDADE E A SANTIDADEDO CASAMENTO CRISTÃO

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é necessário, devemos estar uni-dos; no que é duvidoso, podemos ser livres; mas em tudo, devemos proceder com caridade. E quanta caridade, que é essencialmente ver o nosso próximo com os olhos de Deus, é necessária hoje, e des-ta atenção e desta caridade todos nós precisamos.

Por isso, precisamos da luz da fé, que abre os nossos olhos para a esperança e para o amor. Pro-ponho que acompanheis a leitura desta carta com a introdução e o primeiro capítulo da encíclica do Papa Francisco, Lumen fidei. Não vos esqueçais dos dois pontos concretos de esforço, essenciais para viver o carisma e a mística

das Equipes: o dever de sentar-se e a oração conjugal. Cultivai a vida espiritual em casal e pesso-almente, com a confissão sacra-mental frequente e a eucaristia.Sem oração e sem vida sacramental, é impossível viver o ideal de santi-dade para o qual somos convida-dos pelo Senhor que disse: Sem Mim nada podeis fazer (Jo 15,5).

Saúdo-vos cordialmente no Senhor, invocando para todos vós a abundância das suas bênçãos. Que a Santa Virgem Maria, nos-sa Mãe, seja o vosso refúgio e o caminho que vos conduza para Deus.

Pe. José Jacinto F. de Farias, scjSCE ERI

Estrutura da Carta Encíclica LUMEN FIDEIdo sumo pontífice FRANCISCO aos bispos, presbíteros,

diáconos, às pessoas consagradas e a todos os fiéis leigos sobre A FÉ.

Introdução (1)Uma luz ilusória? (2-3)Uma luz para se revelar (4-7)

Capítulo 1: Nós acreditamos no amor (1 Jo 4:16)Abraão, nosso pai na fé (8-11)A fé de Israel (12-14)A plenitude da fé cristã (15-18)A salvação pela fé (19-21)A forma eclesial de fé (22)

Capítulo 2: A menos que você acre-dite, você não vai entender (Is 07:09)Fé é na verdade (23-25)O conhecimento da verdade e do amor (26-28)Fé como audição e visão (29-31)O diálogo entre fé e razão (32-34)A fé e a busca de Deus (35)Fé e teologia (36)

Capítulo 3: Vos entreguei o que também recebi (1 Coríntios 15:03)A Igreja, mãe de nossa fé (37-39)Os sacramentos e a transmissão da fé (40-45)Fé, da oração e do decálogo (46)A unidade e a integridade da fé (47-49)

Capítulo 4: Deus prepara uma cida-de para eles (Hb 11:16)Fé é do bem comum (50-51)Fé é da família (52-53)Uma luz para a vida em sociedade (54-55)Consolo e força em meio a sofrimen-to (56-57)Bem-aventurado é aquele que acreditou (Lc 01:45) (58-60)

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Igre

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atól

ica

Em cada Eucaristia, rezamos por aqueles que morreram com o sinal da fé. Porém, uma data especial é dedicada

no calendário para a lembrança de todos os irmãos que já partiram: é o dia de finados, o dia 2 de novembro.

Uma vez me perguntaram: Padre Sandro, qual é o sentido de se rezar pelos mortos? Eu pensei um pouco e respondi, com toda certe-za: a amizade e o carinho que temos pelas pessoas que amamos não se encerra com a morte. Aliás, para nós, cristãos, a morte não existe! Daí o porquê que finados (os que chegaram ao fim) não correspon-de à realidade. Para nós, quem “morre” continua existindo, porém, agora, junto de Deus.

Certa vez li que o filósofo Sócrates, que viveu há mais de 2400 anos, foi condenado à morte. Seus amigos choravam à sua volta e então ele disse: “Por que vocês estão chorando? Vocês pensam que vou morrer? Nada disso. Vou começar minha verdadeira vida. Quem é que disse que isto aqui em baixo é vida? Minha vida começa ago-ra”. E não é verdade? E olha que ele nem era cristão!

Uma vez alguém me disse que, quando Santa Tereza foi avisada de que sua doença era muito grave e de que só tinha alguns dias de vida, ela respondeu ao médico: “esta foi a melhor notícia que recebi em toda a minha vida, em breve estarei nos ombros do Bom Pastor!”

Dizem que São Francisco pediu, momentos antes de sua morte, dois cabos de vassoura e começou a cantar e tocar violino utilizan-do os pedaços de madeira. E eis que ele disse: “Estou entrando no paraíso. Querem que eu vá chorando? Não, vou alegre e cantando!”

Uma coisa é certa: não é possível fugir da morte neste mundo. A vida, na visão do salmista (Salmo 89) é como a flor viçosa na madru-gada que reabre em sorrisos para a aurora, mas que à tarde fenece e fica seca. Mas esta vida, para nós, não acaba!

Lembre-se, sempre: Você tem um lugar no céu, basta querer! Je-sus provou essa verdade!

Pe. Sandro PortelaSCE - Eq.01,02 e 06 - Setor Brotas-Torrinha

Brotas/SP

FINADOS, NÃO CORRESPONDE

À REALIDADE

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Nossa FÉ diz que Deus no princípio ousou dar ordens ao caos fazendo-o cosmo, e, numa progressiva escala semanal, vai fazendo acontecer o universo com todo o que nele existe. No sexto dia delibera a partir de seu íntimo, que é seu Filho Amado, criar o ser Humano, numa individua-lidade de masculino e feminino; aqui temos o ápice da criação, e Deus ousa “descansar” de toda sua obra (Gn 1,31-2,1). Com a presen-ça do ser humano todo o universo está seguro, e Deus ousa entrar em seu repouso. O homem é um ser confiável. Deus confia no ser huma-no, por isso entregou-lhe a possibi-lidade de “dar nome” à realidade envolvente, “cada qual devia levar o nome que o homem lhe desse” (Gn 2,19). A tal confiabilidade o ser humano não correspondeu. Contudo, Deus continua fiel ao seu projeto e o refaz em homens e mulheres bem concretos, dos quais sobressaem Noé, Abraão-Sara, Moisés-Miriam, Samuel-Débora, Davi-reis, Isaíasprofetas, e, ra-dicalmente na plenitude dos tem-pos, no seu Amado Filho, “nascido de mulher” (Gl 4,4). A ousadia de Deus se faz história de salvação.

O Fi lho Amado, o âmago do próprio Pai, na plenitude dos tempos concretiza-se na realidade humana, se faz homem sem inter-venção do homem. A elevação do ser humano é projeto único e ex-clusivo de Deus. É querer o convite

sempre renovado de Deus chamar o homem a “pôr-se à frente”. Deus não se satisfaz em mostrar os possí-veis caminhos nos rasgos histórico, sapienciais e proféticos, mas se faz um “de nós”, assume toda condi-ção humana exceto o pecado, na pessoa de Seu Filho (Hb 4,15). Aqui o Senhor Jesus Cristo “dá uma de Deus-Pai” e, como o Pai, ousa assumir tudo que é humano, indo até ao “nada humano”, não para perder-se, mas elevar-se até os céus, até a plenitude do ser hu-mano (Fl 2,6-9). Aqui o divino e o humano se encontram, se integram. Com o ser humano toda criatura é elevada.

Isto “é maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118,23). Este Espíri-to Jesus rasgou, do alto de sua cruz (Mt 27,51), para todos os homens. Entretanto, é preciso olhar para aquele que foi transpassado (Jo 19,37) e bater no peito (Lc 23,48). Urge entrar na dinâmica da con-versão que vem “pela remissão de seus pecados” (Lc 1,77). Ousadia primeira do Pai e vivida pelo Filho Amado, que cria um Povo, e “desta montanha” é impulsionada a fa-zer discípulos em todas as nações (Mt 28,19). Povo Novo que daqui para frente caminha na fidelidade, não motivado por leis, mas pelo Espírito do Pai e do Filho que é ou-sadia sempre retomada.

Nesta ousadia, o Pe. Caffarel, em 1939, num período muito contur-bado por guerras, mas instigado

OUSADIA DIVINA, NELA NOSSA OUSADIA

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por alguns casais franceses, plei-teia fazer com os mesmos uma experiência de viver o Sacramento do Matrimônio conforme a pro-posta da Igreja. Aqui nasceram as Equipes de Nossa Senhora. Nesta ousadia de Deus e de seu Filho Amado é que o Pe. Caffarel e aque-les primeiros casais tentaram, nas intempéries históricas, viver com fir-meza o Sacramento do Matrimônio. Você que está vivendo muito bem seu casamento ou você que está muito mal nesta relação, são todos convidados, uns e outros, a fazer a

experiência de uma espiritualidade conjugal nas Equipes de Nossa Se-nhora. Ouse firmar ou salvar seu casamento, pois no início tudo era “osso de meus ossos e carne de minha carne!” (Gn 2,23), entre-tanto, ultimamente a “dureza de coração” (Mt 19,7s) tem impossibi-litado a vivência gostosa daquele primeiro despertar. Ouse refazê-lo envolvido na ousadia de Nosso Deus, como diz o Papa Francisco, acolhendo as surpresas de Deus.

Pe. NetoSCE Província Nordeste

A Igreja Católica tem uma visão muito clara do mundo e de suas necessidades; e por isso oferece a solução cristã para os graves pro-blemas da humanidade segundo a Luz do Evangelho de Jesus Cristo. Mas, infelizmente muitos católicos desconhecem esta Doutrina.

Ela afirma que: “Não cabe aos pastores da Igreja intervir di -retamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos… Terá sempre em vista o bem co-mum e se conformará com a men-sagem evangélica e com a doutri-na da Igreja. Cabe aos fiéis leigos “animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça” (SRS 42). (CIC §2442)

As propostas da Igreja não são

soluções ideológicas com ênfase capitalista e nem comunista, mas cristãs, baseadas na dignidade da pessoa humana, filha de Deus.

Para a Igreja o homem é o au-tor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. “O ponto deci-sivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos conforme a justi-ça e com a ajuda da caridade. (CIC §2459) (...)

A “Gaudium et Spes” do Conci-lio Vaticano II diz que a Igreja emite um juízo moral, em matéria econô-mica e social, “quando o exigem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” (GS 76,5). É uma missão distinta da missão das autoridades políticas. A Igreja se preocupa com o bem comum, e procura ensinar as atitudes justas na relação com os bens terrenos e nas relações socioeconômicas.

DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

Saiba mais sobre DSI em: blog.cancaonova.com/felipeaquino/category/doutrina-social-da-igreja/

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DE NÓS E DE LAÇOS

Tem muitos laços o matrimônio. Também tem muitos nós. Mais la-ços do que nós. Os nós por cau-sa do grande “NÓS” que os dois “EU” criaram. Os laços são muito mais flexíveis e é gostoso atá-los e reatá-los.

Deve ser por isso que o cha-mam “enlace Matrimonial”. Atam, desatam e reatam, enlaçam, entre-laçam, relaçam. Seu amor se nutre dessas relações. Relações sexuais, relações de afeto e ternura, rela-ções de esperança.

Nutrem-se de relações físicas, relações de carinho, relações de fé. Dão-se os corpos, palavras e olha-res gostosos de sentir, e dão um ao outro a confiança plena. Não vivo sem seus laços. Não quero ser li-vre sem você. Liberdade sem você, não seria liberdade.

Mas o matrimônio tem seus nós. Há coisas que não se desatam; assim como há colunas e vigas mestras nas quais não se mexe. Os laços respondem pela funcionabili-dade do lar. Os nós, pela solidez do edifício chamado família. Por isso há liberdades que não se tomam e não se têm. E há liberdades que se têm e se dão. Nem precisa tomar.

Quando um casal não se sen-te livre, ou se vê sufocado demais, verifiquem-se os laços e os nós de sua relação. Se o outro reclama de falta de liberdade ou de ar, veri-fiquem-se os nós e os laços. Não estariam apertados e inflexíveis

demais? E aí? Não é o caso de re-fazer, abrandar ou apertar do jeito certo aqueles nós e aqueles laços?

Uma coisa é certa. Se um casa-mento tem mais nós do que laços, está em crise. Se só aceita laços frouxos e nenhum nó, está em cri-se. Sem os laços não há eu! Sem os nós, o “EU” jamais se transfor-ma em “NÓS”.

Se o casal não sente mais sau-dades um do outro, nem lhe fazem falta as intimidades, as palavras e os olhares, se tanto faz como tanto fez, seu enlace se aproxima do desenlace. Precisam reapren-der a olhar-se com cumplicida-de, tocar-se com ternura e refa-zer os laços desse enlace...

Matrimônio é ternura de comu-nhão! É viga sustentada mais por laços do que por nós, mais por “NÓS” do que por “EU”!

Que vocês elogiem-se e entre-lacem-se o quanto puderem. Co-munguem um ao outro sempre que possível e então, quando fo-rem lá comungar o Cristo, enten-derão até aonde o amor é capaz de ir! Foi do céu que veio este amor debaixo dos quais vocês daqui a pouco aporão a sua assinatura. É legítimo, é da melhor qualidade e é garantido! Produto que chegou do céu! (Pe. Zezinho scj)

Colaboração de:Paulo e Vera

Eq.O6 - N. S. de Medjugorje Votorantim-SP

Past

oral

Fam

iliar

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Form

ação

Caríssimos casais responsáveis pela VIDA das ENS!

Uma vida sadia e prometedo-ra das ENS depende de todos os casais da família equipista. Não somos chamados a gerar vida, esta é dom de Deus, mas somos chama-dos a conservar e defender a vida das ENS e a promover um cresci-mento sadio.

A vida do Movimento das ENS está em nossas frágeis mãos. O dom de Deus, chamado Carisma das ENS - a espiritualidade conju-gal - nos foi entregue para ser tra-balhado e não para ser enterrado.

Este dom está vivo, cheio de vida nos Documentos do Movimen-to. Nos documentos ele não perde a vitalidade; mas se não descer à terra do coração, se não entrar em nossas vidas, se não entrar em nos-sa cabeça, será semente infecunda, não produzirá frutos.

Na hora de prestar contas ao doador deste dom, se não formos bons operários, responsáveis tra-balhadores, seremos chamados de servos maus e preguiçosos (Lc 19,22).

Os documentos são o reservató-rio das sementes, são as escrituras do dom de Deus. Mas, para que servem as melhores sementes se não forem plantadas no bom terre-no do coração do casal?

Nós todos, como casais, preci-samos ser corações que acolhem a semente e preparadores de ter-renos onde a semente possa cair e mostrar o poder e a força do carisma

das ENS. A equipe é uma vinha onde cada casal é o vinhateiro, vigia e ad-ministrador. Mostre o carinho que tens por esta vinha, sendo um fiel cumpridor de todas as regras que te foram ditadas pelas ENS.

É da equipe que o Movimento tira a força e exibe a sua beleza. A estrutura do Movimento não te-ria razão de ser sem este objetivo maior, o florescimento do dom de Deus e o embelezamento da Igreja.

A beleza do Movimento não está nas estruturas, mas nos casais que modelam a sua vida seguindo os en-sinamentos contidos nas estruturas.

Tenhamos um grande cuidado para que a camisa que vestimos não esconda o que somos (casais das ENS). Assim somos conhe-cidos. Esta é a nossa identidade diante de muitos de nossos irmãos. Uma grande tarefa se nos impõe. Essa é feita de um pouco de esfor-ço. É o esforço em viver o essencial seguindo o rumo dos PCE, que vai confeccionando o traje do nosso carisma, a vida do Movimento das ENS. A vida é bela quando vivida.

A vida de equipista se torna bela quando vivida, mas se torna enfadonha e pesada quando não vivida. Sustentar aparências é mui-to custoso e muito cansativo. Não sentimos alegria quando não há vida. Não sinto alegria ao perceber que se aproxima o dia da Reunião, quando vivemos descomprometi-dos com a espiritualidade das ENS.

Meus queridos casais, não se-jamos cúmplices de uma equipe

EQUIPE - COMUNIDADE DE FÉ E AMOR

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em desmoronamento, mas, balu-artes e sustentáculos. O que é que queremos da nossa equipe? Quere-mos que se torne como a primeira comunidade cristã de Jerusalém, cujo distintivo era o amor fraterno, a assiduidade, a oração e a Escuta da Palavra de Deus (At 2, 42-47). É a oração o coração que

alimenta o amor mútuo, e o amor é o coração da equi-pe, comunidade de fé e de amor.

Pe. Avelino Pertile OCDEq.16B - N. S. AuxiliadoraEq.17A - N. S. das Graças

Curitiba-PR

“Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir,

mas até que possamos ouvir a Deus.”

Quantas vezes caminhamos em busca de Deus, mas não per-cebemos as belezas do caminho. Não percebemos quem cami-nha conosco; estamos focados em uma figura divina, perfeita; estamos com toda atenção voltada a nosso objetivo.

Nesta caminhada, quantas vezes nos sentimos cansados; o de-sânimo começa “a bater”, a subida é forte, o sol queima a pele!

Quem busca a Deus e nunca teve algum desses sentimentos?Diante deste desânimo, quem se esforça na fé deve ter sem-

pre esta certeza no coração; Deus caminha a seu lado e nunca o deixará desamparado.

O cristão não pode ser pessimista, não pode ter uma cara de quem parece em constante estado de luto. O problema, o cansa-ço, as dores nos pés são minhas, mas o meu rosto, o que trans-mito é de meu irmão.

Quem poderia imaginar que de uma caminhada, aos nossos olhos infrutífera, em alguns momentos, tornar-se-ia em oportuni-dade de acolher a Deus.

Deixemos nos surpreender por Deus, vamos aproveitar a via-gem, perceber a natureza, perceber quem está ao nosso lado, al-terar nosso foco no perfeito, e perceber o Deus que está em meu irmão, o Deus que, desde o início, sempre esteve comigo e que, por não perceber, saí a procurá-lo.

Zilda e CelsoEq.09 - N. S. do Divino Amor

Barbacena-MG

FOCUS EM DEUS

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A MÍSTICA DO “SIM”

No Mistério da Encarnação do Verbo, Maria, Mãe da Igreja, inicia sua experiência fecunda de total entrega e resoluta confiança em Deus Criador.

A Virgem que plasmou o corpo humano de seu Filho ajuda a edi-ficar o Cristo, em nós, na equipe, no Movimento. Em cada função necessária à Estrutura do Movi-mento das ENS, ressoa esta entre-ga e confiança no Pai.

A resposta ao chamado é de gratidão, abandono e abnegação; uma experiência marcante e deci-siva que muda a vida e a história das equipes, e do casal ou SCE que assume o serviço. Pois, o chamado de Deus é a razão da vida cristã... (II Cor 5, 15 e I Cor 10, 31).

A seiva do Movimento das Equipes de Nossa Senhora circula nesta Mística do “SIM” que escuta o Senhor, ama-O mais que os ou-tros e converte-se a Ele.

Para que a barca do Movimen-to avance para águas mais profun-das, precisamos renovar a cada dia o nosso “SIM” matrimonial ou sacerdotal, dado a Deus. Isto se faz com ternura, docilidade, paciência e perseverança, neste permanecer em Cristo, viver com Ele e por Ele.

Como é bonito ver um casal que se consome um pelo outro, também pela sua equipe e pelo Movimento... ao zelar pelas coi-sas do Pai, como “Companheiros da Eternidade” segundo Pe. Carré,

de mãos dadas a exercer com fi-delidade a missão que lhes cabe no lar, na Igreja, na sociedade! (O Espírito e as Grandes Linhas do Mo-vimento, p.9)

Paralelamente caminha o sa-cramento da Ordem que muito se consome pelas coisas do Pai, como vela acesa no altar. Nas ENS, os SCE são a presença que nos conduz ao progresso da graça, no esforço exigente:“... não segun-do o agrado dos homens, mas às exigências da doutrina e vida cris-tã...”(2 Tm 4,2)

É com este “SIM” e somente as-sim, no esforço para permanecer-mos no Senhor, cristificando nossas vidas, que nossa equipe de base é celeiro de esperança: lugar de eliminar perdas e marasmo, para vivermos na dinâmica da Palavra: perder, procurar, encontrar e ale-grar-se com o Cristo, o tesouro escondido.

Assim balança a barca das ENS, no “Vem e Segue-me”! Ora alguns... ora outros...mas sempre todos...em nome de Jesus, prote-gidos por Maria!

Nosso “SIM” nos conduz às Alegrias de Maria, vivida desde o início do Mistério da Encarnação do Verbo: Com a força do Cristo, realizar grandes coisas... MAGNI-FICAT!

Bete e GuinhoCasal Responsável Região Minas III

Belo Horizonte-BH

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As ENS, através do exercício dos PCE, têm exortado todos nós, equipistas, a buscarmos a santi-dade, fazendo ecoar as palavras do Mestre: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt.5,48). Jesus quer que te-nhamos uma perfeição não de qualquer jeito, mas uma perfeição igual à do Pai. Mas como imitar a quem não vemos? Ora, quem co-nhece o Pai é o Filho e este o re-vela a quem Ele quiser (Mt.11,27). Cristo é, então, o rosto humano do Pai e o modelo a ser imitado.

Decorre, assim, que viver a santidade é seguir os valores evan-gélicos praticados e ensinados por Jesus. Não é tarefa fácil de ser re-alizada, porque o mundo, regido pelo maligno, é um ambiente hos-til à sã doutrina, e as trevas podem atacar muitas áreas de nossas vidas, se dermos brechas, pois, dife-rentemente de Jesus, que é gentil (“eis que estou à porta e bato”), o “inimigo” é assaltante e salteador; e, como tal, procura de todas as maneiras roubar os tesouros que a duras penas conseguimos amealhar na terra, com vistas à eternidade.

A nossa experiência tem nos mostrado que, mesmo ocorren-do grandes empecilhos para se manter a fidelidade aos PCEs, de modo particular a Oração Con-jugal e o Dever de Sentar-se, de modo algum devemos desani-mar, mas suplicar fervorosamen-te à Mãezinha do Céu que nos ajude com sua poderosa interces-

são junto a seu amado filho Jesus, na certeza de que o Senhor, que tudo vê, não decepciona um co-ração contrito e verdadeiro. É pre-ciso acreditar, porque Maria San-tíssima é aquela que, no dizer de Dom Cipriano Chagas OSB, “em momentos extremos, quando o co-ração humano é arrastado pelas águas negras da dor, inclina-se até nós e nos estende seu manto, para que, seguros a ele, nos salvemos do naufrágio”.

Somos convidados, então, a nos esforçar em seguir os PCEs, por serem eles instrumentos eficazes, com o condão de nos levar a vi-ver, aqui na terra, uma vida de imitadores de Deus. Que tais re-cursos nos conduzam a uma vida de amor, ornada de paz e alegria, a exemplo dos primeiros cristãos que mantinham em seus corações o ardente propósito de serem san-tos, cultivando uma espiritualida-de sensível, fecunda e corajosa, o que levou muitos ao sacrifício su-premo.

Tomados por uma salutar fome e sede de Deus, possamos, marido e mulher unidos em um só cora-ção, seguindo a metodologia pro-posta pelo Movimento e contando com a força amorosa do Espírito Santo, ir o mais longe possível nesse itinerário de santidade, es-palhando, por onde Deus nos fizer passar, o inebriante perfume de Cristo Salvador.

Fátima e LuizEq.05B - N. S da Ajuda

Jaboatão dos Guararapes-PE

SANTIDADE E PCE

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O Coleg iado Nacional de 2013, da Super-Região Brasil, realizou-se nos dias 16, 17 e 18 de agosto passado, na Vila Kostka, em Itaici-SP, com a presença de 61 casais e 45 Sacerdotes. Com o objetivo de discernir sobre a caminhada das Equipes de Nossa Senhora no Brasil para o ano de 2013, vivenciamos momentos de celebração, formação e convivência fraterna, para fortalecer a unidade do Movimento na fidelidade à mística e ao carisma fundador.

Desde a chegada, um clima de fraterna alegria: a acolhida de ir-mãos, desejosos de reencontrar os já conhecidos e a expectativa de conhecer os novos, que chegavam para viver tão importante encontro para o nosso Movimento.

Após a acomodação dos partici-pantes, tivemos a Missa de Posse e, depois do jantar, a abertura do En-

Vid

a no

Mov

imen

to

contro. À luz de velas, nas cores de suas Províncias, sob um corredor formado pelos Casais Provinciais que cruzavam bastões de gladíolos como se fossem espadas, foi entro-nizada a imagem de Nossa Senho-ra Aparecida pelas mãos do CRSR, Cida e Raimundo, seguida dos no-vos Casais Responsáveis Regionais acompanhados de seus SCEs.

Após as boas vindas, o Casal Animador, Concei-ção e Macedo - CR Província Nordeste, utilizou alguns “sli-des” ilustrando a música de Pe. Zezi-nho: “Eu venho do Sul e do Nor-te...” numa alusão às diversas regi-ões do nosso Brasil, donde vinham os participantes do Colegiado. Seguindo, o casal Cida e Raimun-do apresentou o SCE Pe. Miguel, os Casais Provinciais e os 03 casais da equipe de apoio da SuperRegião como seus “anjos” na realização da missão, bem como o Casal Ligação da ERI, Graça e Roberto. Também, os Casais Provinciais apresentaram seus Casais Responsáveis Regionais e SCEs, como “anjos” a ajudá-los

COLEGIADO NACIONAL 2013

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no trabalho das Províncias. Esta motivação deu o tom das apre-sentações dos Palestrantes, que eram “coroados” com uma au-réola de flores enquanto falavam ao Plenário.

Iniciando os trabalhos, o casal responsável da SRB, apresentou a primeira palestra, atualizando os nú-meros no Movimento e relembrando os objetivos do Colegiado Nacional:•Animar os membros do Cole-

giado da Super-Região para o exercício da responsabili-dade.•Oferecer meios que auxiliem

na reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movi-mento.•Proporcionar momentos de

evangelização, de formação e de troca de experiências.•Realizar e celebrar a unidade

do Movimento.

Província Norte

Província Nordeste

Província Centro-Oeste

Província Leste

Província Sul I

Província Sul II

Província Sul III

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PALESTRASQuatro Palestras tivemos du-

rante o Encontro:– Qual a nossa missão nas ENS?

Pe. Miguel Batista, SCE da SRB, falou-nos sobre o tema de es-tudo. Numa belíssima e rica apre-sentação, falou-nos da proposta: que o tema seja desenvolvido ao longo do ano, centrado no con-vite à descoberta e ao cuidar de si (1ª reunião), do outro (2ª reunião), a dois (3ª reunião), em família (4ª e 5ª reunião), na so-ciedade que nos rodeia (6ª reu-nião), no seio da Igreja (7ª reu-nião) e no mundo (8ª reunião). Enfatizou que o fio condutor são os textos dos Evangelhos, que, es-colhidos para cada reunião, são o seu centro.

– As ENS no mundo

O casal ligação da Zona Amé-rica com a ERI, Graça e Roberto, apresentou de forma dinâmica, didática e muito bem ilustrada a estrutura e situação atual do Mo-vimento, em nível internacional, situando-nos no tempo, no espa-ço e também em números. Falou também da formação nos 3 níveis: inicial, permanente e específica e mostrou a estrutura administrativa e o balanço financeiro da Associa-ção dos amigos do Pe. Caffarel, vi-sando sua beatificação.

Após a atualização dos núme-ros do Movimento: 07 Províncias, 51 Regiões, 302 Setores, 3.577 Equipes, 20.780 casais, 342 viú-vas, 47 viúvos, 1.793 Sacerdotes e 405 Acompanhantes Espirituais, num total de 44.147 membros, Cida e Raimundo colocaram que, na medida em que estes números nos alegram, nos colocam uma responsabilidade no mesmo tama-nho. É preciso cuidar com muita responsabilidade da expansão do Movimento. Refletiram sobre a nossa missão nas ENS: que preci-samos ter fé no que fazemos e fazer com entusiasmo, e, rememorando o início do Movimento e algumas falas do Pe. Caffarel disseram-nos que precisamos ser guardiães da regra, da sua interpretação, da sua aplicação...

– Tema de Estudo 2014: Aco-lher e cuidar dos homens

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– Orientações 2014

Como sempre acontece no Co-legiado Nacional, o CRSRB apre-sentou as Orientações para serem vividas no ano vindouro, que pu-blicamos a seguir:

Casais: Ousar e acolher no mundo de Hoje

Destaque: Família, fonte de Esperança

Linhas de ação: a. Viver a alegria da fé em Família

b. Servir no acolhimento e na ca-ridade os idosos, jovens, recém-casados, preparando os jovens para o matrinônio e ajudando casais em dificuldade.

c. Aprofundar a Vida de Equipe

Medidas Concretas

•Tema de Estudo do Ano “Acolher e cuidar dos Homens”.

•Debates sobre o Tema de Estu-do em encontros do Movimento (Super-Região, Região e Setor).

•Tema para os Retiros.

•Pontos Concretos de Esforço:

– “Retiro” “Vinde vós sozinhos e descansai um pouco em lugar deserto” (Mc 6,31). É um tem-po de vinde, tempo de atender ao convite do Senhor para a reflexão. Tempo para uma forte experiência de Deus. Para uma séria revisão de vida e para a re-tomada de novos propósitos dentro da realidade do cronos.

– “Escuta da Palavra” (Esta voz que ouço ao ler o Evangelho é

a mesma que acalmava a tem-pestade furiosa, que curava a lepra, a mesma que ressuscita-va os mortos, que perdoava os pecados, que gerava filhos de Deus”) (Pe. Caffarel)

•Mutirão (a atividade que objeti-va, especificamente, desenvolver o conhecimento mais profundo e sistematizado das ENS, de suas origens, de seu carisma e de sua pedagogia. O Mutirão é uma re-flexão mais ampla sobre a vida de equipe (ver Guia das ENS, ed 2010, pp. 77 e 78)

•Leitura e reflexão em Equipe do documento “O espírito e as grandes linhas do Movimen-to” (Ler, estudar e ruminar este documento como uma oportuni-dade de regressar à fonte e ab-sorver com profundidade o es-pírito e as grandes linhas do Mo-vimento, (re)acendendo em nós o espírito de pertença às ENS).

“Tudo o que fizerdes ao menor destes meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 25, 40)

FLASHS

– Carta Mensal

Zezinha e Jailson apresenta-ram a Carta Mensal eletrônica como mais uma forma de acesso à CM, uma tentativa de minimizar a

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dificuldade gerada pela entrega das mesmas via Correios. Indi-caram o acesso ao site das ENS e demonstraram como fazer o do-wnload.

– Apresentação do livro “O Espírito e as grandes li-nhas do Movimento”

O casal Maria Regina e Carlos Eduardo apresentou o livro “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”, numa viagem ima-ginária ao passado. Contou com alegria um pouco dos momentos vividos pelo GECENS (Grupo de estudos sobre o Concílio Ecumê-nico e as ENS) e as decisões resul-tantes dos relatórios oriundos das reuniões quinzenais. E com emo-ção falaram do livro como um res-gate importante dos pensamentos anotados por Dr. Pedro Moncau.

– III Encontro Nacional em Aparecida - 2015

Com a afirmativa: “Já estamos em peregrinação!”, Vera e Zé Re-

nato - CR pela Coordenação do III EN lembrou-nos o Tema: “Ma-trimônio Cristão - festa da alegria do amor conjugal” e o Lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5), para que não esquecês-semos da intenção espiritual do Encontro. Deu uma ênfase espe-cial às orientações para as inscri-ções e informou que a CM e o SITE das ENS as publicariam, na íntegra, (já publicada na CM 0utu-bro-2013). E finalizaram apresen-tando o resultado do concurso do logo, aprovado pela maioria e muito bem recebido por todos.

– Lançamento do Tema de Es-tudos – “Colhendo os frutos do amor”

Um momento significativo do nosso Colegiado foi a apresenta-ção do tema de estudos para os casais no outono da vida “Co-lhendo os frutos do amor” com a presença do Pe. Flávio Caval-ca e dos casais que o ajudaram na elaboração do tema. O ponto alto foi a entrevista-relâmpago fe i ta por e le permit indo que, através de perguntas distintas, os casais falassem um pouco de suas vidas e o que esse trabalho representara para os mesmos. Foi de fato um daqueles eventos inesquecíveis que o Pai nos per-mite viver quando estamos a seu serviço!

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TESTEMUNHO

Foi lido por Hermelinda e Arturo, CR Província SUL I, o rico testemu-nho de vida do Casal Monique e Ge-rard que, impossibilitados de com-parecer por motivo de doença, se fizeram presentes através de sua bela história de vida. Guardamos uma frase: “A vida matrimonial é uma grande liturgia de muitos e muitos anos que concretiza nos pequenos atos e se realiza no leito conjugal”.

CELEBRAÇÕES LITÚRGICASCom o objetivo de fortalecer

nossa fé através da Palavra divi-na, nossas Celebrações Litúrgicas organizadas cada uma por uma Província, nos ajudam a assumir e realizar nossa missão com o espí-rito do servir e amar a Cristo nos nossos irmãos.

– Missa de Posse

Centro-Oeste com o tema:”Vossos olhos viram todas as coisas que fiz no Egito...” (Js 24,7), celebra-mos a Missa de Posse dos novos Casais Responsáveis Regionais, presidida pelo SCE da SR Brasil, Pe. Miguel Batista, que em sua homilia disse-nos que “nosso objetivo cristão é realizar o sonho de Deus, é sermos fiéis; que precisamos sair da superfí-cie e assumir a missão em nome de Deus e que devemos exercê-la com zelo e humildade”. Falou também que: “o que nos caracteriza como Movimento é a comunhão e a uni-dade, e que devemos lembrar que o serviço não é nosso é de Deus, que essa posse não é minha, é de toda uma Região é de toda Igreja.”

Os 14 CRR que foram empossados

Província Centro-Oeste Débora e Marcos - CRR Goiás Centro

Província Leste Bete e Guinho - CRR Minas III

Após a cerimônia de abertura, sob a responsabilidade da Província

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Província Nordeste Adriana e Alcides - CRR Pernambuco II

Província Nordeste Gracinha e Jadson - CRR Paraíba

Província Nordeste Maria e Amâncio - CRR Pernambuco I

Província Leste Cidinha e Edu - CRR Minas IV

Província Nordeste Amélia e Moab - CRR Alagoas

Província Nordeste Isabel e Zé Carlos - CRR Sergipe

Província Norte Edna e Sebastião - CRR Norte II

Província Sul I Neli e John - CRR SP Sul I

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Província Sul I Márcia e Agnaldo - CRR SP Leste III

Província Sul II Lia Maura e Wilson - CRR SP Oeste II

Província Sul IIVanda e David - CRR SP Norte I

– Missa do sábado

Iniciamos o dia com a Missa or-ganizada pela Província Leste com o tema: “Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o de coração ín-tegro e sincero” (Js 24,14). Foi presidida pelo SCEP Leste, Frei Ar-thur, que nos falou do acolhimento a exemplo de Jesus, que acolhe e abençoa. Precisamos também aco-lher a Deus, acolher os homens e servi-los, mas que tudo passa pelo compromisso, estar nas ENS não garante a salvação. “A quem muito se deu, muito será pedido.” As Equipes de Nossa Senhora nos comprometem e, nesse compro-misso, buscamos a santidade con-jugal, a entreajuda, o acolhimento também aos SCEs e que, quando termina a Missa, começa a missão: acolher e cuidar da humanidade.

– Oração da tarde

Província Sul I Nena e Ronaldo - CRR SP Leste I

Preparada pela Província Sul II, foi realizada uma belíssima ora-ção campal, em que os casais em

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procissão, e todos portando uma vela, com alguns pontos de para-da, lembravam a história de Nossa Senhora Aparecida, terminando na Igreja.

– Missa do domingo

e corações abertos, ao mundo e testemunhar em nossos lares, Pa-róquias, Equipes, Setores, Regiões e Províncias o amor de Cristo.

Ao final Pe. Valdir, SCE da Pro-víncia Sul III, entregou a Cida e Raimundo, CRSRB um crucifixo envolto em uma cruz de pano, re-presentando o sacrifício de Cristo, mas também a sua ressurreição.

GRUPOS DE ESTUDOTivemos 04 grupos de estudo

durante o Encontro:

– Grupo composto de casais e SCEs das várias Províncias para refletirem sobre o Tema de Es tudo 2014: Ousar o Evangelho - Acolher e cui-dar dos homens.

– Grupo de casais das várias Pro-víncias para discernirem sobre a Ligação no Movimento.

– Grupo dos Sacerdotes Conse-lheiros Espirituais, sob a coor-denação do SCE da Super-Re-gião, Pe. Miguel Batista, para troca de experiências e deba-tes sobre assuntos inerentes à missão dos SCEs nas ENS.

– Grupo por Províncias, reunindo os Casais Responsáveis Regio-nais e os SCE, e coordenado pelo Casal Provincial, é o mo-mento para apresentação, refle-

Com o tema: “A minha alma engrandece o Senhor” (Lc 1,46), a Província Sul I organizou a cele-bração que foi presidida pelo SCE da Província, Pe. Paulo Renato que, em sua homilia, fez uma ana-logia entre Maria e a Igreja. Ao di-zer: “a minha alma engrandece o Senhor”, Maria abre sua alma para Deus, para que Deus aja em sua vida. Assim também nós ao deixar-mos que Deus ocupe um lugar em nossa vida. Se eu abro um espaço para Deus, Deus abre um espa-ço para mim. Continuando, falou que temos uma Igreja bela, mas sempre em perigo como o nosso Movimento, que não podemos su-bestimar o dragão e é preciso abrir o espaço para Deus e lutar com es-perança na certeza da ressurreição e da vitória.

– Celebração do EnvioOrganizada pela Província Sul

III, a Celebração de Envio foi vi-venciada com o tema “Em Cris-to todos reviverão.” (Lc 15,22). Fomos convidados a sair de olhos

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xão e discernimento de assuntos pertinentes à cada Província, em vista do planejamento dos En-contros Provinciais.

CONVIVÊNCIAApós o encerramento dos trabalhos

no sábado à noite, tivemos a nossa ha-

bitual Convivência orga-nizada pelos casais apoio da Super-Região. Depois dos agradecimentos e despedidas aos casais que estarão terminando a missão e participando pela última vez do Cole-giado Nacional, tivemos um farto e delicioso lan-che patrocinado por to-

dos os casais que trouxeram petiscos variados vindos do Sul e do Norte, de Leste e Oeste deste nosso imenso Bra-sil. Fomos dormir cansados, mas felizes pelos momentos de alegria e descon-tração vividos entre irmãos.

Zezinha e Jailson CR Eq. da Carta Mensal

PROVÍNCIA NORTE

MUTIRÃO

Vamos partilhar com alegria! Este foi o tema-convite para o

Mutirão que os Setores A, B e C da Região Norte II, realizaram no dia 27.04.2013 em Belém-PA. Essa im-portante oportunidade de formação teve como tema a Partilha e a sua importância na Reunião de Equipe.

O Pe. Lucivaldo Corrêa, SCE de três Equipes de Belém, abriu o even-to falando sobre a Partilha, de forma alegre e descontraída, interagindo

com os presentes, estimulando todos a obterem o melhor aproveitamento do momento central da Reunião de Equipe.

Em seguida foi dado enfoque a cada um dos PCEs, através de mini palestras conduzidas com criativida-de peculiar por diferentes e expe-rientes casais, os quais, pontuaram o que preconiza o Movimento sobre cada Ponto Concreto de Esforço e apresentaram também seu testemu-nho.

Após cada mini palestra seguia-se uma animação sobre o PCE apresentado, com a participação de vários equipistas que tiveram a oportunidade de mostrar seus do-tes artísticos e capacidade criativa.

Animando todos a uma maior partilha no Mutirão, reproduzimos a música “O Mutirão do Amor”, criação de irmãos equipistas do Se-

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tor Lagos, aos quais publicamente agradecemos e parabenizamos pela criatividade.

A alegria do nosso Mutirão/2013 foi contagiante e manifestada pe-los participantes. Que no próximo

Mutirão tenhamos a mesma alegria e muito mais equipistas contagiados pela alegria de partilhar.

Rita e FernandoCR Setor B

Belém-PA

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

REGIÃO NORTE II - BELÉM-PA

Nos dias 18 e 19 de maio de 2013, no auditório da CNBB - Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil, Regional Norte 2, em Belém do Pará, foi realizado o primeiro Encontro de Equi-pes Novas, na Província Norte. Foram momentos de formação e oração das Equipes de Nossa Se-nhora na Região Norte II. Pensa-mos que deveria ser para todos os casais equipistas como forma de renovação das forças espiritu-ais e renovação de todo o apren-dizado de equipistas.

Renovamos nossos conheci-mentos do tempo da pilotagem, onde rememoramos, reforça-mos e agradecemos os fiéis en-sinamentos dos nossos Casais Pilo-to. Que maravilha! Quanta riqueza! O Espírito Santo se fez presente com muita intensidade!

Foi um Encontro enr ique-cedor, tanto do lado espir i tu-al quanto do social, pois co-nhecemos casais maravilhosos e sábios que estavam ali dando um pouco do tempo deles para nos formar e fortalecer como ca-sais. Tivemos o conhecimento de quantos casais estão sobrecar-regados com duplas, triplas fun-ções, por não haver quem este-ja disponível para o serviço: “A messe é grande, mas os operários são poucos”. Tivemos a nítida consciência de que precisamos nos reciclar sempre, participar de todos os eventos das ENS, que são preparados com tanto carinho e dedicação e nós não damos o devido valor ao serviço de nossos irmãos equipistas, os quais querem apenas nos pas-sar toda a experiência adquirida

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durante anos de serviço e doação às ENS. Eles querem que também possamos com nossos exemplos de vida matrimonial e familiar, ser o sal, a força e o exemplo para tantos casais que estão pedindo o nosso socorro...

Agradecemos a Deus e a Nos-sa Senhora pela oportunidade que nos foi dada.

Georgina e Laércio Carminha e Marco Antônio

Eq.01C - N.S. do Perpétuo SocorroBelém-PA

PROVÍNCIA LESTESESSÃO DE FORMAÇÃO

Nos dias 02 e 03 de agosto, os equipistas dos Setores A, B e C Divinópolis e do Setor Paraúna tiveram a oportunidade de partici-par da Sessão de Formação Nível I, com o tema: Ser Cristão no Ano da Fé.

A organização deste evento esteve sob a responsabilidade do Colegiado Regional e 60 casais desfrutaram da graça de ouvir nosso querido SCE da Região Mi-nas V, Pe. Edilson que, com muito conhecimento da vida do Movi-mento e da Igreja, desenvolveu os assuntos sugeridos e contidos na

temática proposta para este nível de formação.

Foram momentos muito agra-dáveis, nos quais pudemos gozar de um aprendizado claro e obje-tivo acerca de temas catequéticos e missionários da vocação cristã.

O Encerramento da Sessão de Formação deu-se com a celebra-ção da Santa Missa. Assim, forta-lecidos na fé e na esperança, ter-minamos o dia renovados e ani-mados para incorporar as virtudes cristãs em nossas vidas. Com o testemunho de alguns participan-tes, demonstrando uma excelente

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avaliação, voltamos para nossas casas abastecidos no corpo e na alma, sentindo no coração o gos-tinho de “quero mais”. Ansiosos, aguardamos outras oportunida-des de formação do nosso Mo-vimento, que tem como pilar a “Oração” e a “Formação”, nos oferece com tanto amor!

Agradecemos a Jesus e a Nos-sa Senhora Aparecida, padroeira da nossa Região, pela graça da re-alização deste encontro preparado com tanto amor.

Michelle e WillianEq.09C - N. S. Rainha dos Apóstolos

Divinópolis-MG

PROVÍNCIA NORDESTE

UM ENCONTRO DE IRMÃOS

Foi uma alegria imensa, quando tomamos conhecimento de que a Equipe da Super-Região Brasil viria à Região Paraíba para realizar uma de suas reuniões. Nossa querida Campina Grande foi escolhida para receber estes irmãos, que, sabemos, cuidam tão bem do Movimento e, por consequência também da gente. Trans-bordamos de felicidade quando soubemos que todos nós, casais equipistas dos Setores Campina Grande e Pocinhos/Esperança, iríamos ter a oportunidade de nos encontrar com estes irmãos, para juntos celebrarmos a nossa pertença ao Movimento.

E assim aconteceu: numa bela e fria noite do dia 14 de setem-bro, nos dirigimos ao Convento Ipuarana, onde fomos calorosa-mente acolhidos pelos nossos irmãos da Equipe da Super-Região Brasil que ali se encontravam reunidos. Juntos, celebramos a Eu-caristia, onde fomos exortados, através das palavras do Padre Mi-guel, a sermos equipes e equipistas fecundos, capazes de produzir muitos frutos para nossa Igreja e nossa sociedade. Após a cele-bração, vivenciamos um singelo momento de convivência, onde nós, casais equipistas locais, pudemos conhecer melhor os casais visitantes e estreitar os laços de amizade fraterna que nos unem.

Ao final desse momento, voltamos para nossas casas com a certeza de que fazemos parte de um Movimento que é uma verdadeira “equipe de equipes”, onde as diversidades culturais e as distâncias territoriais se anulam quando estamos reunidos em nome de Cristo. Seremos sempre gratos pela acolhida e carinho que recebemos dos nossos irmãos da Equipe da Super-Região Brasil e esperamos que cada um tenha levado em seu coração um pouquinho de nossos casais e da nossa Região Paraíba.

Aracelli e BrunoCR Setor

Campina Grande-PB

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PROVÍNCIA CENTRO-OESTEENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

Nos dias 24 e 25 de agosto de 2013 a Província Centro-Oeste, Re-gião Goiás Sul, realizou o Encontro de Equipes Novas, no Centro Pasto-ral Dom Veloso, na cidade de Itum-biara-GO.

Participamos de dois maravilho-sos dias de formação e crescimento espiritual. A equipe de formadores cativou a todos com uma maneira delicada, espirituosa e, principal-mente, diferenciada de apresentar o conteúdo, que nos convidava a mais atitude nas ENS, vivendo de acor-do com as Propostas, Pedagogia e Orientações do Movimento. Os Setores ABC de Itumbiara trabalha-ram para que tudo saísse perfeito, nos brindando com maravilhosa ali-mentação e acolhimento cristão.

Durante as reuniões mistas pu-demos trocar experiências com ou-tros casais, uns de equipes novas como a nossa; outros vindos de equipes recompletadas com mais tempo de caminhada; mas todos partilhando sua vida de equipe,

aprendendo mais, crescendo como cristãos e equipistas na busca da santidade conjugal.

A Missa do domingo, no início da tarde, encerrou o Encontro; foi muito especial. Vivenciamos um momento inesquecível: a renova-ção do Compromisso que assu-mimos ao entrar nas ENS - “ser Equipistas”. Demos novamente nosso Sim, agora um sim mais adulto e consciente, sem preten-dermos comparar, mas, tal como Maria fez um dia. Dessa forma, nos tornamos cada vez mais dispostos para o chamado ao serviço, cada vez com mais amor às Equipes de Nossa Senhora, cada vez mais na nossa vocação de ter uma vida conjugal santa.

Agradecemos a Deus por termos essa oportunidade. Que nossa que-rida Mãe nos abençoe a todos!

Andréa e FernandoEq.27A - N. S. do Perpétuo Socorro

Itumbiara-GO

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SESSÃO DE FORMAÇÃOBRASÍLIA

Foi realizada em Brasília, nos dias 31 de agosto e 01 de setem-bro, a Sessão de Formação Nível III. Aconteceu no Colégio Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com a presença de 42 casais, vindos das Regiões Centro-Oes-te I, II e III.

Na equipe de formadores, t ivemos o CR da SRB Cida e Raimundo e o CR da Província Centro-Oeste, Olga e Nei, que focaram nas suas palestras o Ser Movimento Missionário. Tudo isto foi aprofundado em grupos a partir de breves apresentações sobre a História e Estrutura do Movimento, Carisma, Míst ica e Espir i tual idade, Espír i to de Responsabi l idade, Formação Inicial (Experiência Comunitária e Pilotagem), Pontos de Unidade, Ligação e Sacerdote Conselheiro Espiritual.

Apropriados foram os mo-mentos de oração em que foi lembrado que é sempre Deus que toma a iniciativa em nos chamar. Foi Ele quem escolheu Maria. Mas a resposta de Maria foi imediata e cheia de confian-ça e alegria: “Eis aqui a serva do Senhor.” Assim deve ser conos-co, tomando o barco, seguindo a Jesus, com as cordas desamarra-das, o remo nas mãos, a âncora lançada, as velas desenroladas e o leme na rota.

O Padre Gil - SCE da RCO II, na homilia, durante a Cele-bração Eucarística, igualmente, falou de maneira clara o que deve nortear a vida do equipista missionário: humildade e gratui-dade.

Afra e BetoCR Região Centro Oeste II

Brasília-DF

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A frase acima, do Pe. Caffarel, na sua primeira visita ao Brasil, é que marcou o começo da nos-sa caminhada no Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Sentíamos que, para conhecer a pedagogia do Movimento, era preci-so nos formar. Dedicar algum tempo para estudar os Estatutos e os docu-mentos do Movimento.

A cada formação de que partici-pávamos, sentíamos o tesouro que tínhamos em nossas mãos. Nesse dia de formação de Casal Respon-sável de Setor, ocorrido em 24 de agosto passado, não foi diferente. Passamos o dia nos abastecendo de conhecimento.

Cada testemunho e cada pales-tra que ouvimos iam confirmando cada vez mais de como é gratificante pertencer às Equipes de Nossa Se-nhora. É beber da fonte e, assim, dar uma resposta de amor e com-prometimento à missão que nos foi confiada.

O caminho se faz caminhando. Pedimos a Deus que esse caminho seja feito com os pés no chão e os olhos no céu, e que, unidos a um co-legiado forte, continue, com alegria, a obra do nosso querido fundador.

Sueli e CelsoEq.11B - N. S. da Divina Misericórdia

Taubaté-SP

PROVÍNCIA SUL IFORMAÇÃO PARA CRS

TAUBATÉ

Eu vos suplico, nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação,

a ação vos perderá (Pe.Caffarel).

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APRENDENDO A PILOTARFormação para Casal Piloto

VINHEDO

“Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer SIM a Deus. Nele está a alegria!” (Papa Francisco - XXVIII JMJ 2013).

Foi realizado no dia 10 de Agosto de 2013, nas dependências da Casa da Divina Providência em Vinhedo-SP, o Encontro de Forma-ção para Casais Piloto da Região São Paulo Centro I. Contamos com a participação de Casais Ligação, Casais Piloto, Casais Responsáveis de Setor, o Casal Responsável da Região e o nosso Casal Provincial.

Essa Formação teve o objetivo de ajudar os Casais Equipistas a apro-fundarem o conhecimento na doutri-na da Igreja, no carisma, na mística e na pedagogia do Movimento, bem como para a formação de quadros para o serviço nas Equipes de Nossa Senhora.

Mais uma vez, nos sentimos privi-legiados em participar deste Encon-tro que nos trouxe muitos esclareci-mentos, ajudou a solidificar conceitos e procedimentos, bem como nos fez sentir que estamos no caminho certo, com erros e acertos para a santidade.

A presença de casais com tantos

anos de matrimônio e participação no Movimento somente contribuiu para o enriquecimento desta Formação.

A pedagogia utilizada por Casais Pilotos em atividade de diferentes Se-tores da Região permitiu o intercâm-bio de ideias e de experiências sobre a maneira como eles vivem o servi-ço e nos transmitiu aspectos práticos importantes sobre a pilotagem. Tam-bém foi possível a troca de vivências entre os casais participantes, o que nos enriqueceu muitíssimo.

Os temas abordados foram: A Missão e Espírito do Casal Piloto; Pedagogia da Pilotagem; A Organiza-ção da Pilotagem; Testemunho; A Pi-lotagem e a Ligação ao Movimento.

Agradecemos a DEUS e ao nosso Casal Responsável pelo Setor Vinhe-do, pela realização desta Formação e a todos os que direta ou indireta-mente estiveram a serviço, colabo-rando espontaneamente para que este dia fosse abençoado. Que o Poderoso continue a fazer muitas maravilhas!

Zélia e José RobertoEq.06 - N. S. da Luz

Vinhedo-SP

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Maturidade espiritual não é algo pronto, como meta já atingi-da, sem nada mais a acrescentar. É dinâmico, sempre passível de transformação, de crescimento. Ser maduro espiritualmente, é ter a consciência de que tudo quan-to nos fez alcançar este estágio da vida, foi se construindo lenta-mente. É uma construção sólida, mas inacabada. Analogicamen-te é como uma árvore: Ela não é mais semente, embora as carac-terísticas da semente permane-çam nela; não é mais um arbusto, pois seus galhos, grandes ou pe-quenos, já dão sombras aos via-jantes, bem como frutos. Contu-do não para de crescer e nem de dar frutos no seu devido tempo. Quer lembrando que um dia foi semente, quer árvore adulta, nela permanece, cresce e se renova o sentido para a qual foi criada. Uma criança, dentro de seu con-texto, deverá ser madura no nível da pureza da criança. O adulto, além de nele se fazerem presen-tes as qualidades do ser criança, dele se espera atitudes maduras, conscientes.

Na alegoria da árvore boa que dá bons frutos, as ENS são, de alguma forma, a água que nos sacia, o adubo colocado junto às raízes, a mão carinhosa que nos poda e a, não menos, mão carinhosa que procura, em nós, frutos sadios e maduros para que outros se alimentem. Não pode-

mos entender que alguém, nas equipes, fique estagnado.

Sentimos que a nossa Equipe fez progresso na amizade fraterna através da Santa Eucaristia busca-da com maior frequência, do teste-munho de vida a dois, da Palavra de Deus que se tornou alimento diário obrigatório, da Meditação e dos Encontros de Formação e Estudo. Sempre é possível crescer mais, porque não há medida limi-te para a maturidade espiritual; ela não é fim de caminhada, será sempre um estágio, do caminho, que nos encontramos.

Se o Movimento não tivesse sido um Movimento de interven-ção, correção fraterna, carinho e misericórdia de Deus, hoje não seríamos mais um casal, talvez so-mente indivíduos, mesmo juntos, vivendo cada um na sua. A gra-ça do nosso Deus, via ENS, veio na hora certa; para mostrar que o nosso casamento foi construído à três: saímos da fase “do gostar” para a “do amar”; fomos nos dei-xando envolver pelo Senhor.

Hoje, podemos afirmar que estamos dispostos a deixar as Equipes de Nossa Senhora, con-tanto que Jesus, em sua bondade e misericórdia, nos mostre outro caminho, melhor e mais exigente. Aí, é Problema d´Ele.

Norma e QuicoEq.02E - N. S. de Fátima

Fortaleza-CE.

Tem

a de

Est

udoPROBLEMA D´ELE

meditando um dos capítulos do tema de estudo deste ano.

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Notas colhidas por ocasião da Conferêcia pronunciada pelo Pe. Caffarel, no decorrer dos

“Dias dos Casais Responsáveis”, em 13 de dezembro de 1952.

Primeira notaQuantas pessoas há que entram para o casamento, para uma

profissão ou um Movimento Católico, sem ter feito de início a in-dagação preliminar: Qual a razão de ser desse estado de vida, des-se movimento? Que posso eu esperar dele? Que irá ele exigir de mim?

Daí, muitas vezes, mal-entendidos, decepções, conflitos.Eu quisera que tal causa não acontecesse nas Equipes de Nossa

Senhora. Por isso mesmo, faço sempre empenho em precisar a sua razão de ser.

As Equipes de Nossa Senhora são:

• Uma escola de vida cristã

• Um “laboratório” de espiritualidade do cristão casado

• Um centro de difusão de espiritualidade

• Um testemunho.

Uma escola de vida cristã

Escola. Este termo é pouco apreciado. Mas, na realidade, não é nos estabelecimentos onde os vossos

filhos vão aprender os rudimentos das Letras e das Ciências que eu penso agora, mas sim nas Ordens Religiosas que, no decurso da tradição cristã, foram muitas vezes designadas por este mesmo termo de escola. Schola, uma escola que dura toda a vida. Na qual uma pessoa se inicia na perfeição cristã.

Em sentido análogo, uma Equipe de Nossa Senhora é uma es-cola onde vamos iniciar-nos na vida cristã. Iniciar-nos: não somen-te adquirir a inteligência da vida cristã, mas ainda exercitar-nos em conjunto na prática da vida cristã.

Adquirir a inteligência da vida cristã

Um membro de equipe que não tivesse o desejo de aprofundar os seus conhecimentos da vida cristã, não estaria em seu lugar no meio de nós, pois que este objetivo é essencial e primordial.

Raíz

es d

o M

ovim

ento AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

SUA RAZÃO DE SER

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Aprofundar os conhecimentos da vida cristã é:

– procurar uma compreensão, uma inteligência melhor do con-teúdo da fé: Deus - os seus planos sobre o universo, a Igreja, a vocação e a missão do homem ...

– medir a amplitude da vida cristã. Não se resume ela em nossas relações com Deus, mas estende-se a toda a nossa existência: plano conjugal, educação dos filhos, atividades profissionais, políticas, sociais. É em todos esses domínios que se trata de glorificar a Deus e dar cumprimento à sua vontade.

– descobrir as exigências da vida cristã. Cristo não disse: “Sede corretos, bons e honestos”, mas, sim: “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”. São Paulo, fazendo eco a estas palavras, diz também: “Sede os imitadores de Deus”. Ora, Deus é amor. Trata-se deste amor que tem por nome Caridade. A per-feição cristã consiste, pois na perfeição da Caridade.

Auxiliarmo-nos mutuamente na prática da vida cristã

Descobrir a vida ·cristã, a sua natureza, a sua amplitude, as suas exigências, não é suficiente. Nas Equipes de Nossa Senhora, não queremos contentar-nos em ver melhor, mas queremos viver me-lhor. E como é terrivelmente difícil, no mundo de hoje, salvaguar-dar a vitalidade cristã e mais ainda progredir. As Equipes não são apenas uma Escola onde se aprende, mas uma escola de aplicação. Poderíamos dizer, onde nos iniciamos na vida, onde o ambiente, as Regras e as obrigações, a vida de equipe, fornecem os socorros necessários para este progresso na vida cristã.

Importa compreender muito bem que tudo, nas Equipes de Nossa Senhora, está ordenado em função de nosso encaminha-mento para esta perfeição da Caridade, desde a mais importante orientação dos Estatutos até as pequenas obrigações (a resposta escrita aos temas de estudo, ou o dever de sentar-se...).

Se um dia me provassem que uma obrigação qualquer não está em estreita relação com este crescimento na Caridade, eu pediria imediatamente que fosse ela suprimida. Procurai e constatareis que tudo, no Movimento, tem a sua explicação a partir desta pergunta: Como é que isto pode contribuir para o progresso na Ca-ridade?

As Equipes de nossa Senhora, uma Escola onde vamos nos iniciar na vida cristã.

Henri Caffarel

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Test

emun

ho

Sabemos que Deus habita em cada um de nós, mas

que tipo de morada estamos sendo para Deus?

Passando por um período de depressão, pude perceber que eu estava sendo uma casa vazia, sem nada para oferecer, nem a mim mesma, quanto mais ao próxi-mo, quanto mais a Nosso Senhor, que tudo nos dá. Não tinha dese-jos, perspectivas, me alimenta-va sem sentir gostos. A Eucaristia! Deus que me perdoe, mas não es-tava significando nada para mim. Ir à igreja, participar das Reuniões Mensais, praticar os PCEs, tudo isso não estava sendo verdadeiro.

Durante mais ou menos, um ano de tratamento, ingeri dro-gas medicamentosas, mas acre-dito que o principal remédio foi o carinho e o companheirismo do amor da minha vida. Agrade-ço, todos os dias, por Deus tê-lo colocado em meu caminho. Meu marido me ajudou a perseverar nas orações, na Escuta da Pala-vra, na meditação e a ser firme em minha Regra de Vida, que era de não desistir da vida. Fez, para mim, a novena do Divino Pai Eterno. Passamos a rezar um terço, uma vez por semana, em intenção da minha cura. Em al-gumas das Escuta da Palavra, me deparei com leituras voltadas à cura. Jesus curou várias pessoas ao seu redor: a sogra de Pedro, o

homem da mão seca, os leprosos, coxos, cegos etc. Então, passei a refletir: se Jesus é a cura, então por qual motivo estou neste abis-mo? A partir daí me apeguei mais a Ele e passei a pedir a cura, me entreguei com toda fé. Pedi, em minhas orações, que mudasse as coisas dentro de mim, que eu pu-desse ser uma moradia melhor, mais agradável para a Sua pró-pria permanência em meu ser.

Sinto Jesus Cristo realizando maravilhas em meu ser, curando-me deste mal tão destruidor. E as-sim, como a sogra de Pedro se co-locou a servi-lo, eu também quero servir melhor para a construção do Reino de Deus, pois é maravi-lhoso saber que a cura para todos os nossos males está tão próxima. Basta confiar e ter fé.

Cont inuo rezando a Nos-sa Senhora, pedindo a ela sua intercessão junto ao seu filho, para que continue agindo em mim, transformando-me, ilumi-nandome para que eu possa ser uma verdadeira discípula, que caminha neste mundo de ma-neira mais sensata, e ajudando meus irmãos de fé a viverem a santidade, assim, seremos um povo amado por Deus Pai.

Obrigada a todos, que Deus os abençoe e a seus familiares!

Myrian, do HeliomarEq. 05 - N. S. da Guia

Rio Verde-GO

A CURA

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Segundo uma antiquíssima tradi-ção, nascida na Igreja no século IV, as grandes festas do Ano Litúrgi-co, dos mistérios do Senhor ou dos santos Mártires, são precedidas de um Ofício Litúrgico Vigiliar Vesper-tino, em que os cristãos se reúnem no coração silencioso da noite para ouvir a Palavra do Senhor e esperar “a sua nova vinda”. O centro desta “noite de oração” foi desde sempre o canto solene do Evangelho e do venerável Te Deum, chamado de hino Ambrosiano por ser atribuído a Santo Ambrósio (340-397). Em con-tinuidade com tamanha e venerá-vel tradição, a Equipe Nossa Se-nhora Esposa do Espírito San-to, em comunhão e unidade com o CRS, o seu colegiado e toda a Igreja espalhada pela face da terra, promoveu a sua noite de oração em forma de Ofício Vigiliar Vesper-tino para esperar, na noite santa de Pentecostes, junto com a Virgem Maria, a promessa da vinda do Es-pírito Santo, seu Divino Esposo. O Ofício se realizou na Igreja de Nos-sa Senhora do Loreto, no sábado, 18 de maio, às 20h e seguiu o es-quema apresentado pelo Missal Romano para a Missa da Vigília de Pentecostes.

A Igreja estava particularmen-te bela. A ornamentação pensada para aquela noite tornou a Casa de Deus um lugar mistagógico, grávi-do do mistério. A vigília teve iní-cio com uma solene procissão de entrada ritmada pela melodia do

“Canto invitatório” Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém. Como em cada reunião formal e noite de oração, Maria, aquela que no nosso Movimento é invocada com tantos títulos, que é uma e única Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Es-pírito Santo, foi acolhida em meio a uma procissão de velas ao som da “Ave Maria” de Gounod.

Em seguida a assembleia, for-mada por um número conside-rável de casais de vários setores, familiares e amigos de equipistas, recebeu, ainda em meio às velas, o lecionário que “não é outra coisa senão o sinal sensível da presença da Palavra gerada por Maria entre nós, a boca de Deus que fala a seu povo”. Deu-se início à Liturgia da Palavra numa alternância de lei-tura, salmo responsorial e coleta sálmica. Cinco leituras do Antigo Testamento com seus respectivos salmos e coletas sálmicas acom-panhadas pelo acendimento das velas de uma belíssima menorá. Depois do Glória se ouviu uma lei-tura do Novo Testamento, se can-tou a sequência de Pentecostes e com grande solenidade e envolto em meio a uma nuvem de incenso foi proclamado o Evangelho.

Depois da homilia se renovaram as promessas batismais. Todos com velas acesas no Círio Pascal rece-beram a aspersão com água benta. Seguiram-se as preces da comuni-dade concluídas com a oração de

UMA LUMINOSA NOITE DE ORAÇÃO

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invocação do Espírito Santo das ENS e o Pai-Nosso. O CRS dirigiu a palavra à assembleia ressaltando a importância do momento de ora-ção como aquele para a edificação da vida das nossas equipes e trans-mitiu uma homenagem de agrade-cimento ao casal que acabara de concluir a missão de CRR de PE I, pelo grande serviço prestado ao Movimento nestes últimos anos. Momento culminante e particular-mente emocionante foi o canto do Te Deum seguido da bênção sole-ne e procissão de saída ao canto do Magnificat.

A solenidade dos ritos, o em-penho de toda a Equipe na pre-paração e execução da vigília, a magnífica execução dos salmos e cânticos, a presença de tantos equipistas fez com que numa noite se tocasse o intangível, se contem-plasse o invisível e se degustasse a bondade do Senhor. A assembleia se dispersou na expectativa do raiar do dia para a celebração da Eucaristia no dia santo do Senhor, no domingo de Pentecostes, ápice do evento pascal.

Para mim, ser SCE constituiu

uma oportunidade única de cele-brar com tanta solenidade aquilo que vivenciamos em cada reunião formal, reunião preparatória, noi-te de oração, vida de Equipe etc. Desde quando me tornei equi-pista, a minha vida de monge e sacerdote se enriqueceu com o “admirabile commercium”, que é a convivência de mútua ajuda dos dois grandes sacramentos de servi-ço: Matrimônio e Ordem. A minha Equipe, pela vida de família que experimenta, me ensinou a amar, admirar o Movimento das ENS, e o que é mais importante, tem me ensinado a viver a minha vocação específica de contemplativo numa dimensão mais abrangente. Para mim tem sido uma honra partilhar minha vida cristã com minha Equi-pe. Com ela sinto cumprir-se a pa-lavra de Jesus que disse que quem por sua causa deixasse pai, mãe, irmãos, casa, terra, receberia nesta vida cem vezes mais e na vindoura a vida eterna (Mc 10, 29-30). Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB

SCE Eq.06B - N. S. Esposa do Espírito Santo

Jaboatão-PE

ESPERAR EM DEUSO José...Sou uma pessoa normal como

vocês, tenho família, amigos, so-nhos, alegrias, tudo que a vida pode nos oferecer.

Estive em um relacionamento que me preocupava, o cora-ção inquieto, namorando uma pessoa que parecia gostar de mim, porém muito ciumenta,

implicante, com o meu modo de agir e em relação a meus trabalhos pastorais. Como poderia conviver com alguém que me privava tanto? Pedi ao Senhor que me mostrasse o caminho certo e Ele mostrou claramente. Terminei o namoro, mudei de cidade, de trabalho, ami-zades novas, Paróquia diferente...

Senti que Deus me pedia para

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levar a boa nova aos irmãos e to-mei uma decisão: quero ser evan-gelizadora e surgiu a oportunida-de de “sair” porta a porta, levando produtos de evangelização às famí-lias. Me envolvi também com ca-ravanas, levando peregrinos para ter seu encontro com Deus na Canção Nova, através de acam-pamentos, Retiros e momentos de espiritualidade.

Estava muito feliz servindo a Deus e resolvi ser missioná-r ia consagrada. Me coloquei intensamente em oração e pedi a Ele que me mostrasse onde Ele precisava de mim e, que, se fos-se para o matrimônio, que Nossa Senhora providenciasse um “José” para mim, um homem bom, que comungasse os mesmos valores e que pudéssemos caminhar juntos, servindo a Igreja, ter um namoro cristão e contrair matrimônio. Eu era muito questionada porque não estava namorando e eu respondia que estava esperando em Deus o meu “José” e que Nossa Senhora estava providenciando. Fiquei seis anos sem namorar e sem me preo-cupar, pois sabia que ela estava à frente de tudo.

Trabalhando pela evangeli-zação, quanta alegria vendo famí-lias restauradas, pessoas voltando para a Igreja, muitas almas voltan-do para Deus.

Após um final de semana tra-balhando num Retiro, bem tran-quila, quando chego em casa, à noite, recebo uma ligação de uma pessoa que já conhecia há alguns anos e que ficara viúvo da minha amiga Creusa. Ele ficou sabendo que eu estava sozinha e preparan-

do para ser missionária em uma comunidade de dependentes quí-micos. Falamo-nos ao telefone e no final de semana seguinte ele foi a Alfenas-MG, onde eu morava com a família de uma irmã. Passa-mos juntos o final de semana nos conhecendo melhor e rezei para ver qual era a vontade de Deus para nós. Para minha surpresa ele levou-me de presente o livro “O Evangelho Secreto da Virgem Maria”. Era o sinal de Nossa Se-nhora, pois tenho certeza de que foi ela quem providenciou o nosso encontro! Além do mais, eu estava também me preparando para me consagrar a Maria. Começamos a namorar, eu falei que gostaria de ter um namoro cristão, como uma boa filha de Maria. Ele aceitou e então namoramos, noivamos e nos casamos em seis meses, na festa da Imaculada Conceição (08/12/2012), em um dia lindo de sol e de céu azul.

A enfermeira...Como alguns dos leitores me

conhecem, fiquei viúvo pouco mais de dois anos. Muitos acha-vam que eu devia ser Diácono ou Padre, mas o homem deve seguir a sua vocação, para a qual Deus o chama. Às vezes deixamos Deus de lado e queremos seguir os próprios passos e, normalmente, tomamos o caminho errado, que nos conduz para onde o mundo quer nos levar. Felizmente Deus não abandona seus filhos e insiste em trazê-los para o Seu caminho. E comigo não foi diferente. Ele me chamou novamente à vocação matrimonial, plantada no fundo da minha alma e experimentada

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no seu mais alto grau, no casa-mento com a falecida Creusa, se é que podemos valorar o amor con-jugal. O certo é que fui e sou um homem feliz e realizado por tudo aquilo que vivenciei no primeiro matrimônio, que teve como alicer-ce a pedagogia das ENS durante trinta e um anos, e a decisão mú-tua de fazer o outro feliz.

Como estava fazendo exames periódicos, comecei a dizer para os amigos que o médico havia me receitado uma “enfermeira” para cuidar de mim e do meu coração. Assim, um grande amigo, sacerdo-te, entendeu o recado e disse, na presença dos pais, que a sua irmã poderia ser uma boa “enfermeira”. Como eu já a conhecia há mui-to tempo, e ela era muito amiga da Creusa, aquele assunto entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Entendi aquilo como brincadeira. Mas, uma segunda vez, na casa de amigos, ele voltou a dizer o mes-mo, obtendo deles plena concor-dância. No dia seguinte, mandei um e-mail para ele perguntando se tinha algum fundo de verdade aquele assunto da “enfermeira”. Ele respondeu todo sem jeito, di-zendo que era um assunto muito delicado a ser abordado com a irmã e com a família, estando até pedindo a ajuda de Deus. Com a minha insistência, ele me deu a fi-cha da “enfermeira”, dizendo que ela era muito atuante na Igreja e que não demoraria muito a se tor-nar uma consagrada. Liguei ime-diatamente para ela, mas estava em Retiro; só consegui falar com ela três dias depois. Como ela, no decorrer da conversa não disse

“não” às minhas pretensões, peguei o avião e fui ao seu encontro, apres-sado, diante da ameaça de perdê-la para a Igreja. Levei uma mala cheia de truques para impressioná-la, mas não é que a mala ficou retida no aeroporto, sendo devolvida so-mente duas semanas depois? Che-guei com a cara e a coragem, sem lenço e sem documento, imaginem só! Mas fui muito bem acolhido e, a partir daí, “foi só alegria, com Jesus e com Maria”, como ela diz para mim todos os dias.

Conseguimos namorar, noivar e casar em muito pouco tempo, mas um namoro maduro, cristão, diferente do que se vê hoje em dia. Se os jovens soubessem o quanto ajuda no relacionamento do casal o respeito mútuo, o respeito pelo corpo do outro, e que a sabedoria nos diz que tudo tem seu tempo, obedeceriam ao sexto mandamen-to pois, “quando Deus quer uma obra, as dificuldades são meios!”

Hoje, somos capazes de nos entregar um ao outro sem reser-vas, de ser verdadeiros na nossa partilha das alegrias e dificuldades que surgem no dia a dia do casal.

Destaco a maturidade e o cari-nho da minha equipe de base, que nos acolheu de coração aberto, como prega o nosso Movimento.

Que Deus seja louvado pelo Sacramento do Matrimônio, que nos torna capazes de testemunhar que “o amor do casal é a revelação viva do amor de Deus”.

Maria Célia e CarobaEq.01A - N. S. do Divino

Espírito Santo Brasília-DF

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Em 2009 estávamos encerrando nossa missão como CRS de Belo Jardim. Bem antes de concluir a referida mis-são, recebemos de Jesus, outro convite bem maior, desta vez para animar a Região PE II. Então, sem hesitar, como Maria, demos nosso sim. Logo veio uma grande preocu-pação: o que iríamos fazer para conciliar os horários dos nossos trabalhos e os compromissos com as equipes de Nossa Senhora? Começamos a rezar juntos intensamente e sentimos uma paz interior muito grande, como se esti-véssemos ouvindo a voz de Deus que dizia: “Não tenhais medo, eu estou contigo todos os dias de tua vida”. Partindo desse princípio, nos lançamos com muito amor e dedica-ção a serviço de nossa Região PE II. Durante esse período recebemos muitas graças e bênçãos de nosso Deus e guia-dos pelos caminhos de nossa Mãe Maria; fomos agraciados pela aposentadoria de Arlindo, tão almejada por todos nós. Hoje somos mais felizes, pois ele vive tempo integral traba-lhando com muito amor para a família e pela construção do Reino de Deus.

Procuramos durante estes 4 anos de Regional seguir tudo quanto nos pede o Estatuto das Equipes de Nossa Senhora, com fidelidade. Muitas foram nossas alegrias com o crescimento da Região tanto em quantidade como em qualidade. Iniciamos a missão como Regional com 5 Seto-res e concluímos com 9 Setores. Os desencantos também vieram, porém com eles crescemos e aprendemos a convi-ver com as diferenças.

Em agosto de 2013 encerramos nossa missão como Re-gional, felizes por termos cumprindo tão nobre tarefa para a construção do Reino de Deus nas famílias. Continuamos na nossa Equipe de base, prontos para amar e servir cada vez mais.

Enfim agradecemos a Deus e a todos os equipistas da Região PE II que caminharam conosco, nos ajudando com muito carinho.

Paizinha e ArlindoEq.01 - N. S. da Paz

Belo Jardim-PE

MISSÃO DO CRR-PE II

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O NOSSO DEVER DE SENTAR-SE?

Já ouvimos, muitas vezes, a definição do Dever de Sentar-se: “Um longo momento que mari-do e mulher passam juntos cal-mamente, todos os meses, para um balanço de sua vida, sob o olhar de Deus”.

Em análise, quando do preenchi-mento dos relatórios, nos demos conta de que estamos, há um tem-pinho nos descuidando do cumpri-mento do Dever de Sentar-se, da forma que o Movimento nos orienta.

Já dissemos muito, que re-alizamos o Dever de Sentar-se, sempre nas nossas conversas, com nosso cônjuge, no dia a dia. Mas, lendo e relendo os documentos do Movimento, não é isso que ele evoca; nós o sabemos. O Dever de Sentar-se deve acontecer a três: o Senhor e nós dois. Só pode ser realizado sob o Seu olhar. Platão já aconselhava: “É para Deus que se precisa olhar”. “Ele é o melhor espelho das coisas humanas, e é n´Ele que nos podemos ver e co-nhecer”. O espelho do casal é o Cristo, o rosto humano de Deus.

Cremos que podemos melhorar um pouco. Se o Dever de Sen-tar-se tem sido uma pedra no nosso sapato, por que não nos dedicarmos mais, a cada mês, a esse PCE, encontrando um tem-pinho para realizá-lo? Alguém já pronunciou que “Tempo é Prioridade”.

O que dialogarmos juntos, para um melhor aperfeiçoamento dos

nossos interesses e, obviamente, uma aproximação maior de Deus, existe. Não seria o momento de, como casal, perguntarmos: Como anda o nosso relacionamento de casal, o nosso encantamento, em relação ao nosso cônjuge? Somos pais presentes? Como anda a re-ligião dos nossos filhos? E na nossa vida profissional, está tudo corren-do bem? Temos agido como cris-tãos em meio a tantas indiferenças e adversidades? Esses, entre outros assuntos, já são bastante significa-tivos para o nosso diálogo mensal.

Repetimos: não nos esqueçamos de fazer o Dever a três. “Se não con-seguimos expor nosso pensamento ao outro, expressemos este pensa-mento a Deus, diante do outro”.

Para tanto, podemos invocar o Espírito Santo e fazer uma leitura bíblica. Esse ato de fé nos fortalece e nos ilumina a realizarmos o nos-so diálogo conjugal.

“Fazer acontecer o Dever de Sentar-se é reativar em nós a graça do nosso sacramento do Matrimônio. É livrá-lo do peso do egoísmo que impede sua energia de irradiar e de nos transformar”.

Um abraço e que Deus os ilu-mine e os faça, cada vez mais, ca-sais que caminham buscando a perfeição diária no projeto de Deus.

Vanilde e CarlosEq.01E - N. S. de Fátima

Natal-RN

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“O retiro é um tempo privilegiado de parada, de escuta, de oração e uma oportunidade de renovação espiritual. É também um tempo

forte para voltar-se para dentro de si mesmo e fazer um exame geral de vida, sobre o nosso caminho de crescimento”.

(Guia das ENS p.27)

Nos dias 29 e 30 de junho, foi re-alizado na Casa D. Luiz, em Brodo-wski, um Retiro para equipistas dos Setores A, B e C de Ribeirão Preto. O SCE, Pe. Flávio Cavalca, foi o pre-gador. Com sua simpatia, sua calma, seu carisma, seu profundo conheci-mento, conseguiu prender a atenção dos participantes. Vale salientar que só perdeu este valioso momento de aprendizado e crescimento, quem não deu seu sim ao convite.

No sábado, tivemos quatro palestras, bem interessantes e dinâ-micas: 1) Fundamentos da espiritu-alidade cristã; 2) A espiritualidade conjugal; 3) A maturidade da espiri-tualidade conjugal; 4) Os meios da espiritualidade.

No domingo, tivemos uma pa-lestra a respeito do Movimento e da Escola de Espiritualidade que são as ENS. Logo após, os casais fizeram um “Dever de Sentar-se”,

RETIRO

encerrando com uma Celebração Eucarística.

Encerrou o Retiro uma Cele-bração Eucarística, na qual foi inserida uma renovação dos com-promissos matrimoniais que emo-cionou a todos.

“O amor é uma decisão que o casal renova todos os dias. Tal decisão se vive com uma adesão de coração, e se realiza no esforço da vontade”.

O Retiro Anual é um dos PCEs que ajudam certamente o homem e a mulher a harmonizarem suas natu-rezas e sua vivência do Amor Con-jugal, complementando-se numa compreensão recíproca. É um mo-mento propício para que o casal se coloque diante do Senhor a fim de refletir sobre as suas vidas.

Lúcia e Rubson Eq.02B – N. S. das Graças

Ribeirão Preto-SP

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Nessa busca constante, nesse caminho para a Santidade, exponho-lhes a minha Regra de Vida (quem sabe para toda a minha existência).A partir de um problema pessoal, venho buscando insistentemente a paciência.Paciência para falar na hora certa; paciência para ouvir.É fácil procurar e apontar os erros dos outros, principalmente do nosso cônjuge; quando na maioria das vezes o problema somos nós.Afinal o erro é meu, então eu dou a quem eu quiser.Outro aspecto é que um problema não resolvido tende a aumentar.Confesso-lhes a minha paciência, tenho que desenvolvê-la.O tempo é o senhor da razão.Quem me dera ter a paciência de Maria, como a que ela teve nas Bodas de Caná.Maria: “Eles não têm mais vinho”Jesus: “Que queres de mim, mulher?”Aparentemente ela foi interpelada por Jesus, só aparentemente!Aí vem a “Senhora Paciência”: “Fazei tudo o que Ele vos disser”Normalmente quando interpelado, respondo de forma instintiva, digamos, sem pensar.Respondo sem refletir.Como será que JESUS responderia?Maria, dê-me um grãozinho de mostarda da sua paciência!O vinho que faltou e que falta, é o vinho da alegria e o vinho do Espírito Santo.Maria, peço sua intercessão: Inspire-me para obter talhas novas.E que minha talha transborde sempre de alegria, e que o espírito da paciência resida no meu coração, e reflita na minha mente.

Donizeti (da Sílvia)Eq.09B - N. S. Madre de Deus

Mogi das Cruzes-SP

REGRA DE VIDA

Nas conclusões, finais do documento “A Regra de Vida” - p. 22, alguns princípios fundamentais par se conseguir êxito neste meio

de aperfeiçoamento.•Na Regra de Vida, a palavra mais importante é “VIDA” .•Como os outros Pontos Concretos de Esforço, a Regra de Vida se inscre-

ve numa direção de crescimento, tanto espiritual como humana.•A Regra de Vida abre horizontes pessoais de vida para ajudar cada um

a dar um passo mais além para responder ao amor e ao apelo de Deus.•A Regra de Vida deve ser uma escolha pessoal, livre e assumida como

obrigação. Podemos pedir a ajuda do nosso cônjuge ou dos outros mem-bros da equipe. Essa ajuda mútua deve ser sempre muito discreta e im-pregnada de amor e paciência. Não nos esqueçamos de que é grande a alegria no Céu, quando alguém dá um pequeno passo na direção certa.

•No quadro de nossa missão de dar testemunho cristão no mundo de hoje, a Regra de Vida nos ajuda a “ser” antes de “fazer”. E, com o tempo, vamos contagiando os outros, pois o amor vivido é uma história de se-dução. O amor que nos faz viver nos é dado para fazer viver!

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BODAS DE OURO

Reni e Pedro

No dia 06.07.2013, juntamente com a Eq.03B - N. S. da Glória em Blu-menau-SC, comemoraram suas Bo-das de Ouro, com a celebração de uma Missa em ação de graças, presi-dida por Dom Jose Negri, em visita pastoral à paróquia Sta. Terezinha. Presentes: parentes, amigos e irmãos equipistas. Deus seja louvado!

ANIVERSÁRIO 40 ANOS

Eq.01A - N. S. do Caravaggio Porto Alegre-RS

Agradecemos a Deus que pro-porcionou a cinco casais e um SCE iniciar a nossa equipe. Lá em 24.11. 1973 nasceu a ENS do Caravaggio. Hoje celebramos 40 anos com novos casais e um SCE, Pe. José Antônio Sauthier. Os ca-sais da equipe sempre foram cari-dosos e alinhados ao Movimento convidando novos casais para re-complementar. Testemunhamos a graça de pertencer ao Movimento no qual aprendemos com, os PCEs, a driblar os obstáculos do dia a dia e viver o sacramento do Matrimo-nio dentro de uma Espiritualidade Conjugal proposta pelo Movimen-to das Equipes de Nossa Senhora.

Oração para o CasalSenhor, somos dois, somos homem e mulher, somos um casal que Te busca pelo caminho do amor humano. Nossas vidas corriam distantes por cami-nhos distintos. Não sabemos como nos encontramos. Só sabemos que tudo sucedeu assim, porque Tu o quiseste, para Tua glória e nossa fe-licidade.Obrigado, Senhor, pela sublime vocação ma-trimonial, pela qual nos associas Contigo para fazer do mundo comunidade de homens, fa-mília de irmãos e lar de filhos de Deus. Nós queremos ser-Te fiéis, mas desconfia-mos das nossas forças. Ajuda-nos, Senhor, na difícil tarefa do amor, que é tarefa de sacrifício e de en-trega generosa. Livra-nos do egoísmo, que esteriliza a vida; da impureza que profana o Teu templo; do orgu-lho, que nos desliga de Ti e dos outros.

Sê, Tu, companheiro de viagem da nossa caminhada e confidente e hospede constante de nossa casa e de nossa vida matrimonial. Assim seja! (Autor desconhecido)(Virgínia e Márcio - Eq.01A - N. S. do Caravaggio - Porto Alegre-RS)

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JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Dom Matias Patrício de Macedo

O Arcebispo Emérito de Natal, SCE da Eq.03A - N. S. da Can-delária-Natal-RN, comemorou em 14.07.2013 seu Jubileu de Ouro Sacerdotal com uma Missa solene na Basílica dos Mártires, na capi-tal potiguar, com a presença de todos os casais da equipe. Dom Matias é natural de Santana do Matos (RN) e foi ordenado por dom Eugênio Sales, em Natal-RN. Homem sábio e simples, foi um bispo muito atuante em sua Dio-cese, visitando as paróquias, so-bretudo as do interior, mostrando interesse e determinação em tudo que fazia.Seu bispado registra a ordenação do maior número de sacerdotes na arquidiocese de Na-tal. Dom Matias sempre mostrou interesse pelas atividades do Mo-vimento e manifestava seu desejo de acompanhar uma Equipe. Ao término de sua gestão em 2012, assumiu como SCE a atual equi-pe. (Cristiana e Dimas (Eq.03A - N. S. da Candelária)

ORDENAÇÃO PRESBITERAL

Pe. Emerson Carlos Silva, osa É com imensa alegria que comu-

nicamos sua or-denação, pela im-posição das mãos de Dom Frei Dia-mantino Prata de C a r v a l h o, o f m , B i s p o d a D i o -

cese de Campanha-MG. A cerimônia, de indescritível beleza, ocorreu na Igreja Matriz de N. S. D’Ajuda, em 05.07.2013, em Três Pontas-MG, sua cidade natal. A Eq03B - N. S. do Loreto, juntamente com membros da Paróquia de N. S. da Consolação e Correia, participaram desse maravilhoso evento. Rogamos ao Se-nhor que ilumine Pe. Emerson, em sua missão e que, com sua alegria e juventude, possa atrair muitos jovens para a vida religiosa.

ORDENAÇÃO DIACONAL

Thiago Queiroz AlvezNo dia 24.08.2013, mês das Voca-ções, pela imposição das mãos do Arcebispo Dom Eduardo Benes de Sales Rodri-gues, foi ordenado Diá-cono na Matriz Santíssi-ma Trindade, na cidade de Tietê.Thiago é o Conselheiro Espiritual da Eq. N. S. Rosa Mística na ci-dade de Sorocaba-SP. Escolheu como lemas “Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que me alegra.“ Sl 42, 4. Louvemos a Deus e a Nossa Senhora pela sua caminhada como Diácono e pelo carinho que dedi-ca às Equipes de Nossa Senhora.

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VOLTA AO PAI

Celso (da Vera)No dia 16.07.2012Integrava a Eq. 05A

N. S. do CarmoSão Carlos-SP

Lairton (da Socorro)No dia 29.08.2012Integrava a Eq.03 N. S. de Fátima

Limoeiro do Norte-CE

Xavier (da Lúcia)No dia 31.12.2012Integrava a Eq.01

N. S. do Perpétuo SocorroLimoeiro do Norte-CE

Rosa (do Marquinho)No dia 24.07.2013Integrava a Eq.10

N. S. da AjudaBarbacena-MG

Dário (da Bete)No dia 21.05.2013 Integrava a Eq.04

N. S. da Apresentação Olinda-PE

Sérgio (da Célima)No dia 03.08.2013 Integrava a Eq.02A

N. S. do Monte SerratSão Carlos-SP

Ênio (viúvo da Susa)No dia 08.08.2013 Integrava a Eq.05 A

N. S. do Carmo São Carlos-SP

Guido (da Cida)No dia 26.08.2013Integrava a Eq.02

N. S. Mãe da IgrejaAparecida-SP

Dom Joaquim Justino CarreiraNo dia 01.09.2013Integrava a Eq.04A

N. S. das GraçasJundiaí-SP

Luiz Carlos (da Irany)No dia 09.09.2013Integrava a Eq.01C

N. S. da PazBrasília-DF

Graça (do Murilo)No dia 29.09.2013Integrava a Eq.14N. S. de Nazaré

Olinda-PE

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Certo dia, um homem ca-minhava por uma estrada deserta, quando começou a sentir fome. Não estava pre-venido, pois não sabia que a distância a ser percorrida era tão longa. Começou a pres-tar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tenta-tiva de encontrar alguma coi-sa para acalmar o estômago. De repente, notou que havia frutos maduros e suculentos em uma árvore. Aproximou--se, mas logo desanimou, pois a árvore era muito alta e os frutos inacessíveis. Continuou andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se à beira do caminho e ficou ali, lamentando a sorte. Não demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando o viajante se aproximou, o ho-mem notou que ele estava comendo os frutos saborosos que não pudera alcançar. As-sim, perguntou-lhe: – Amigo, que belos frutos você encon-trou. É, respondeu o viajante

É PRECISO ESFORÇO

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xão

– eu os encontrei no caminho. A natureza é pródiga em frutos suculentos. – Mas você tem a pele machucada – observou o homem. – Ah, mas isso não é nada! São apenas alguns arra-nhões que ficaram pelo esforço que fiz ao subir na árvore e co-lher os frutos. E o homem, agora com mais fome ainda, ficou sen-tado, resmungando, de estômago vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente.

Alguns de nós também são assim, acomodam-se sem bus-car soluções. É preciso fazer es-forços, lutar, persistir. É muito comum ouvir pessoas acomoda-das, dizendo que “Deus alimenta até mesmo os pássaros. Por que não haveria de providenciar o de que necessitam? É verdade que Deus dá alimento aos pássaros, também é certo que Ele não o joga dentro do ninho. Há situa-ções em que eles se arriscam e até saem com alguns arranhões. Buscar é movimento, é esforço, é ação. No entanto, é preciso saber o que se busca e por qual porta desejamos entrar. Ainda aí, nossa escolha é totalmente livre. Nos-sa vontade é que nos conduzirá aonde queremos chegar. Sendo assim, façamos a nossa escolha e optemos por chegar lá, e chegar bem. (Autor desconhecido)

Colaboração deTere e Nelson

Eq.04 - N. S. da Esperança Votorantim-SP

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O apóstolo Santo André fecha o calendário litúrgico do mês de novembro. Porém, de maneira tão discreta que até lembra o crepúsculo. Mas ele foi sempre assim: jamais subiu ao palco; sempre trabalhou nos bastidores. Levou seu irmão Simão a Jesus; de imediato, Simão tornou-se Pedro, a pedra fundamental da Igreja (Jo 1,40-42; Mt 16, 16-19); e André continuou nos basti-dores. Levou a Jesus um garoto que tinha cinco pãezinhos; de repente, os pãezinhos do garoto se multiplicaram e saciaram cinco mil homens (Jo 6, 8-9). Milagre estrondoso! Mas André continuou nos bastidores. Levou a Jesus uns gregos, que queriam conhecê-lo (Jo 12,22); e continuou nos bastidores.

Tem sentido um apóstolo sempre nos bastidores? Se tem!? Quem sabe se não está faltando à Igreja de hoje justamente esse apostolado corpo a corpo? Nos bastidores?

Escuta da Palavra em Jo 1,35-41

Sugestões para a meditação:

1. “Que procurais?” (v.38): junte esta pergunta de Jesus àquela que Deus faz a Adão: “Onde estás?” (Gn 3,9). Procure responder sinceramente às duas.

2. Identifique o outro discípulo, que estava com André (v.40).

3. Por que Jesus mudou o nome de Simão?

4. É justificável esta pergunta de Natanael: “De Nazaré pode sair algo de bom” ? (v46)

Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

MEDITANDO EM EQUIPE

Oração Litúrgica

“Vede, pois, quem sois vós, irmãos, vós que recebestes o chamado de Deus; não há entre vós muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de família prestigiosa. Mas o que é loucura no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e, o que é fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o que é forte; e, o que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é, a fim de que nenhuma criatura possa vangloriar-se diante de Deus. Ora, é por ele que vós sois em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria proveniente de Deus, justiça, santificação e redenção, a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Cor 1, 26-31).

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

R. Luís Coelho, 308 • 5o andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

Símbolo do 3o Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015,

escolhido entre vários apresentados no

último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar

o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa

o Casal Brasileiro.

Aparecida no Coração: Simboliza Nossa Senhora Aparecida

no coração dos brasileiros. O Azul-marinho invertido signifi ca

o Coração do Brasil

O Caminho: Usando como referência à passarela em Aparecida, foi desenhado

o número 3, representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo

simbolizando o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma

caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca

da santifi cação conjugal.