ENSINO RELIGIOSO E A...

ENSINO RELIGIOSO E A INTERDISCIPLINARIDADE

Sérgio Rogério Azevedo Junqueira

IESDE BRASIL S/A

Curitiba

2015

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Produção

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ________________________________________________________________________E26

Ensino Religioso e Interdiciplinaridade / Sérgio Rogério Azevedo Junqueira. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2015.

102 p. : il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-387-5021-5

1. Bíblia - Estudo e ensino 2. Ensino religioso. I. Junqueira, Sérgio Rogério Azevedo.

15-24078 CDD: 220.6 CDU: 27-276 ________________________________________________________________________25/06/2015 26/06/2015

Capa: IESDE BRASIL S/A.Imagem da capa: Shutterstock

Apresentação

A disciplina de Ensino Religioso e a Interdisciplinaridade pretende, ao longo de seu percurso, promover a compreensão da construção deste componente curri-cular em diálogo com as demais áreas do conhecimento. Para tal, este Guia de Estudos explicita seus objetos e concepções de ensino no contexto pluralista da sociedade e da escola que, ao discutir a questão do fenômeno religioso como partícipe do cotidiano social, visa estabelecer um caminho pedagógico diferen-ciado a partir do conhecimento, e não das opções de fé dos estudantes.

Sobre o autor

Sérgio Rogério Azevedo Junqueira

Livre-docente e pós-doutor em Ciências da Religião, ambas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutor e mestre em Ciências da Educação pela Università Pontificia Salesiana di Roma. Especialista em Metodologia do Ensino Religioso pela PUC-SP e Metodologia do Ensino Superior pelo Centro de Estudos e Pesquisas Educacionais de Minas Gerais. Graduado em Pedagogia pela Universidade de Uberaba (UNIUBE). Bacharel em Ciências Religiosas pelo Instituto Superior de Ciências Religiosas. Professor Titular na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), instituição na qual também é professor do Programa de Stricto Sensu em Teologia na PUCPR, além de líder do Grupo de Pesquisa Educação e Religião.

Sumário

Aula 01 INTERDISCIPLINARIDADE 9

PARTE 01 | HISTÓRIA DAS DISCIPLINAS: FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO 11

PARTE 02 | DIÁLOGO ENTRE AS DISCIPLINAS 17

PARTE 03 | INTERDISCIPLINARIDADE: UM DESAFIO E UMA CONQUISTA 22

Aula 02 ENSINO RELIGIOSO: O QUE E COMO ENSINAR 27

PARTE 01 | OBJETOS DO ENSINO RELIGIOSO 29

PARTE 02 | COMO ESTES OBJETOS FORAM ENSINADOS? 35

PARTE 03 | ENSINAR A PARTIR DA RELIGIÃO OU A PARTIR DA ESCOLA? 40

Aula 03 ABORDAGEM AO PLURALISMO RELIGIOSO 45

PARTE 01 | SOCIEDADE PLURALISTA 47

PARTE 02 | DIVERSIDADE CULTURAL RELIGIOSA 52

PARTE 03 | ENSINAR E APRENDER EM UMA ABORDAGEM PLURALISTA 56

Aula 04 ENSINO RELIGIOSO E A INTERDISCIPLINARIDADE 61

PARTE 01 | FENÔMENO RELIGIOSO: UM FENÔMENO SOCIAL 63

PARTE 02 | LEITURA RELIGIOSA EM DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO 66

PARTE 03 | ENSINO RELIGIOSO E A INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL 70

Sumário

Aula 05 DIDÁTICA INTERDISCIPLINAR DO ENSINO RELIGIOSO 75

PARTE 01 | O ENSINO RELIGIOSO A PARTIR DAS RELIGIÕES E DOS NÚCLEOS TEMÁTICOS 77

PARTE 02 | ESPAÇO SAGRADO: UM EXERCÍCIO INTERDISCIPLINAR 81

PARTE 03 | FAMÍLIA: UM EXERCÍCIO INTERDISCIPLINAR 84

Aula 06 A DINÂMICA E AS SEQUÊNCIAS TEMÁTICAS NA AULA DE ENSINO RELIGIOSO 87

PARTE 01 | O DESENVOLVIMENTO RELIGIOSO: PRESSUPOSTO PARA A DINÂMICA DO ENSINO RELIGIOSO 89

PARTE 02 | ORGANIZAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA TEMÁTICA PARA A AULA DE ENSINO RELIGIOSO 93

PARTE 03 | AVALIANDO A SEQUÊNCIA TEMÁTICA PARA A AULA DE ENSINO RELIGIOSO 98

Identificar o conceito de interdisciplinaridade e relacionar com o

contexto da historicidade do Ensino Religioso como disciplina escolar.

INTERDISCIPLINARIDADE

Aula 01

Objetivos:

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HISTÓRIA DAS DISCIPLINAS: FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

Em nosso cotidiano, utilizamos objetos de aparência sim-ples, mas que nos remetem à história de uma tecnologia avan-çada. Tomaremos como exemplo o guarda-chuva ou, ainda, denominado de sombrinha, que nos dias de chuva permitem aos indivíduos realizarem suas atividades, como o deslocamen-to entre diferentes espaços, sem o inconveniente de ficarem molhados. Tal objeto nada mais é do que um aramado supor-tado por uma haste, que sustenta uma tela feita, geralmente, de material impermeabilizado. Segundo alguns historiadores, os mesopotâmios já utilizavam este objeto há 3 400 anos, eram artefatos que protegiam a cabeça dos reis contra o sol. Durante muito tempo, o guarda-chuva foi considerado um objeto com significado sagrado, ao ponto de ser utilizado apenas para co-brir a realeza e as divindades em eventos e procissões de ca-ráter ritualístico. Esta simbologia chegou ao cristianismo, em cerimônias litúrgicas, dois guarda-chuvas seguiam à frente do Papa, um aberto, para representar o poder temporal, e outro sempre fechado, para representar o poder espiritual (ORIGEM DAS COISAS).

Por que iniciar um diálogo a partir de um objeto tão sim-ples, porém, muito útil? Ele representa um saber, um conhe-cimento de algo concreto, com uma história, organização de uma série de materiais que permite a sua construção, simul-taneamente, provoca a verificar diferentes cores e formatos. Único objeto que provoca conhecer – história (origem), arte

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(estética), Matemática (medidas e formas), Física (força e ân-gulos), religião (divinização), Geografia (espaços da origem), química (composição).

Podemos articular este processo de conhecer em categorias:

• conhecimento sensorial (por exemplo, o tato);

• conhecimento intelectual (racionalização do ângulo de abertura do guarda-chuva);

• conhecimento popular (estratégias encontradas na na-tureza para proteção, como algumas folhas que, pelo tamanho e impermeabilidade, poderão atuar como guarda-chuva);

• conhecimento teológico (compreensão litúrgica do objeto).

O objeto é único, porém, para o seu estudo e aprofun-damento, podemos fragmentá-lo para verificar os detalhes de cada elemento (cabo; hastes, forro, molas etc.). Desta mesma forma, no universo da educação, que em decorrência das trans-formações exige a compreensão de um volume amplo e com-plexo de conhecimento, o processo de ensino-aprendizagem é fragmentado em disciplinas, as quais vão sendo especializadas para o estudo das partes, o que nem sempre possibilita uma leitura da totalidade.

Uma das estratégias que nos permite, no espaço da escola, compreender a construção histórica da fragmentação do conhe-cimento é verificar a história das disciplinas escolares. Por meio delas, identificaremos as escolhas que incluíram e excluíram informações, dados e recortes, para estabelecer um conheci-mento que nem sempre permite a leitura real do espaço que construímos e ocupamos.



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Extras

Para dialogar mais sobre a fragmentação do conhecimento e o estudo das disciplinas escolares e para compreendermos como este processo foi estabelecido, propomos dois textos:

Fragmentação do conhecimento ou interdisciplinaridade: ainda um dilema contemporâneo? De Rita Maria de Souza Couto. Publicado na Revista FAAC, da Unesp, Bauru, v. 1, n. 1, p. 11-19, abr./set. 2011. Disponível em: <www2.faac.unesp.br/revistafaac/index.php/revista/article/view/34>. Acesso em: 27 abr. 2015.

A história das disciplinas escolares. de Antonio Viñao. Publicado na Revista Brasileira de História da Educação, n. 18, p. 173-215, set./dez. 2008. Disponível em: <www.rbhe.sbhe.org.br/index.php/rbhe/article/view/93>. Acesso em: 27 abr. 2015.

Atividades

Visando compreender como a fragmentação das informa-ções e dos fatos pode ser um desafio para a compreensão do conhecimento, propomos:

• inicialmente, assista ao filme: O Pagador de Promessas (gênero: drama, de 1962). Disponível em: <www.you-tube.com/watch?v=vUyDvdB-0u8>. Acesso em: 27 abr. 2015.

• em seguida, irá verificar que este vídeo expressa di-ferentes experiências culturais-religiosas do processo de desenvolvimento humano. Cada personagem repre-senta uma leitura do transcendente, demonstrando a relação entre o ser humano e a sociedade.



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• para explicitar esta diversidade, que caso não seja compreendida em sua totalidade, poderá interferir na comunicação da própria história, sugerimos a escolha de dois personagens distintos e, de forma breve, re-late como eles compreenderam a promessa realizada por Zé do Burro.

• a hipótese levantada para a sua reflexão é de que quando identificamos apenas partes do conhecimen-to, podemos favorecer a construção de intolerâncias e práticas de exclusão por fragmentação do saber, o que refletirá na organização curricular das disciplinas escolares. A partir dos personagens escolhidos, você concorda ou não com esta hipótese?

Referências CERTEAU, Michael. A Invenção do Cotidiano: artes de fazer. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. v. 1.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.

CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, n. 2, p. 177-229, 1990.

COUTO, Rita Maria de Souza. Fragmentação do conhecimento ou interdiscipli-naridade: ainda um dilema contemporâneo? In: Revista FAAC, Bauru, v. 1, n. 1., p. 11-19, abr./set. 2011. Disponível em: <www2.faac.unesp.br/revistafaac/ index.php/revista/article/view/34/9>. Acesso em: 27 abr. 2015.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. In: Revista Brasileira de História da Educação, v. 1, n. 1, p. 9-43, jan./jun. 2001. Disponível em: <www.rbhe.sbhe.org.br/index.php/rbhe/article/view/273/281>. Acesso em: 27 abr. 2015.



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ORIGEM DAS COISAS. A Origem do Guarda-chuva. Disponível em: <http://origemdascoisas.com/a-origem-do-guarda-chuva/>. Acesso em: 25 abr. 2015.

VIÑAO, Antonio. A história das disciplinas escolares. In: Revista Brasileira de História da Educação, n. 18, p. 173-215, set./dez. 2008. Disponível em: <www.rbhe.sbhe.org.br/index.php/rbhe/article/view/93>. Acesso em: 27 abr. 2015.

Resolução das atividades

Os personagens e sua relação com a trama são: Zé do Burro e sua mulher, Rosa, vivem em uma pequena propriedade, a 42 km de Salvador. Um dia, o burro de estimação é atingido por um raio e Zé acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa à Santa Bárbara para tentar salvar o animal.

Com o reestabelecimento do burro, Zé doa metade de seu sítio, para, depois, iniciar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira, a fim de pagar sua promessa. Ele e Rosa chegam a Salvador à noite, en-contrando a igreja de Santa Bárbara fechada. Rosa acha que a cruz deve ser deixada ali, enquanto Zé quer cumprir a promes-sa e a colocar no interior da igreja.

Marly, uma prostituta, deixa o cabaré no qual trabalha para Bonitão. Interessado em Rosa, Bonitão tenta seduzi-la, mas é por ela repelido. Ele a convida e a Zé do Burro para passarem a noite no hotel, mas este não aceita o convite. Rosa decide ir com Bonitão e terminam ficando no mesmo quarto.

Na manhã seguinte, Zé do Burro conversa com o padre sobre a sua promessa. O padre fica indignado, considerando-a uma blasfêmia. Na porta da igreja, forma-se uma multidão, com tipos populares e um jornalista, incumbido de fazer uma



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reportagem. Rosa tenta convencer o marido a partir. O jorna-lista faz uma cobertura sensacionalista sobre a inusitada pro-messa. Marly flagra Bonitão com Rosa e o acusa diante de Zé do Burro. Rosa justifica a traição como uma provação de Santa Bárbara. Bonitão consegue convencer a polícia a prender Zé por agitação social. Uma unidade de TV procura entrevistá--lo, enquanto pessoas tentam assediá-lo. Rosa briga com Marly, quando procura Bonitão para intervir em favor de Zé, mas ele parte com a prostituta.

A polícia chega para prendê-lo. Mestre Coca, um capoeiris-ta, e o trovador de cordel, querem que ele fuja. Na confusão que se forma, Zé é atingido por disparos. O povo coloca Zé do Burro sobre a cruz e o levam para dentro da igreja, arromban-do a porta. Rosa, sozinha na escadaria de acesso à igreja, segue a procissão de Santa Bárbara.

É possível compreender que a fragmentação do conheci-mento poderá construir conceitos limitados que reforçarão ações de exclusão e intolerância.



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DIÁLOGO ENTRE AS DISCIPLINASInicialmente, verificamos como a fragmentação do conhe-

cimento poderá estabelecer uma desconexão entre os saberes, porém, existe uma atitude fundamental para favorecer a cons-trução do conhecimento: o diálogo que, para ser genuíno, favo-rece o encontro de novas ideias e perspectivas.

Este processo é compreendido, também, como uma dis-cussão ou troca de impressões, visando alcançar um entendi-mento. Com esta perspectiva é que propomos o diálogo entre as disciplinas escolares que, em consonância com o objetivo da Educação Básica pela Lei 9394/96 em seu artigo 32, é de favorecer o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escri-tura e do cálculo; a interação com o ambiente cultural e social; a compreensão do sistema político, da tecnologia das artes e dos valores em que está fundamentada a sociedade brasileira; a aquisição de conhecimentos, habilidades e formação de ati-tudes e valores e, finalmente, o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca na vida social.

Desta forma, os planos e diretrizes da educação brasileira ressalta que a diversidade das identidades, a valorização e o respeito pelo direito às especificidades do regionalismo brasi-leiro serão alcançados com o apoio da escola – compreendida como um dos espaços para colaborar na superação de todas as formas de discriminações e racismo. Para tal, as propostas pedagógicas e os regimentos escolares devem acolher, com



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autonomia e senso de justiça, o princípio das identidades pes-soal e coletiva dos professores, dos alunos e de todos que con-vivem neste espaço social.

Dentre estas estratégias, encontra-se o diálogo entre os componentes curriculares que, ao superar a concepção de hierarquização e estratificação dos conteúdos, permitirá um novo olhar sobre a relação entre as disciplinas, ultrapassando a disciplinarização e colaborando no diálogo entre as áreas do conhecimento para enxergar o todo. Especialmente porque as disciplinas são a organização de campos do saber, com objetos, métodos e abordagens dos diferentes domínios da arte e do conhecimento e são influenciadas por concepções pedagógicas diferenciadas.

Extras

Para que você possa refletir sobre este diálogo com as dis-ciplinas escolares, sugerimos dois textos:

• História das disciplinas escolares e história da educação: algumas reflexões. De Marcílio Souza Júnior e Ana Maria de Oliveira Galvão. Publicado em: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 391-408, 2005. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a05v31n3.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015.

• História, Geografia e Ensino Religioso: uma proposta integrada. De Sérgio Rogério Azevedo Junqueira e Edile Maria Fracaro Rodrigues. In: Diálogo Educacional, Curitiba, p. 143-165, jan./abr. 2007. Disponível em: <www.gper.com.br/ gper_news/anexos/news111_1.pdf>. Acesso em: 27 Abr. 2015.



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Atividade

No dia 27 de dezembro de 2007, o então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que passou a vigorar em 21 de janeiro de 2008. Conheça o texto da legislação:

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI N.º 11.635, DE 27 DEZEMBRO DE 2007.

Institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.º Fica instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 21 de janeiro.

Art. 2.º A data fica incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.

Art. 3.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de dezembro de 2007; 186.º da Independência e 119.º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Gilberto Gil



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Como este tema da intolerância religiosa poderá ser discu-tido entre disciplinas no currículo da escola de Educação Básica, com a perspectiva de favorecer a formação de um diálogo com a solidariedade?

Proponha um projeto para uma escola para tornar conhecida esta lei. Pois, mesmo a data ocorrendo em período de férias, é muito importante que toda a comunidade saiba que o Brasil tem uma legislação que institui o combate à intolerância religiosa. Como país laico, os argumentos religiosos não são válidos para justificar nenhuma forma de discriminação em nosso território.

Referências ANTUNES, Celso. A Sala de Aula de Geografia e História: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia a dia. Campinas: Papirus, 2001.

____________. Como Desenvolver Conteúdos Explorando as Inteligências Múltiplas. Petrópolis: Vozes, 2001.

____________. Como Transformar Informações em Conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2001.

____________. Um Método para o Ensino Fundamental: o projeto. 4. ed.Petrópolis: Vozes, 2003.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 27 abr. 2015.

BRASIL. Lei n. 11.635, de 27 de dezembro de 2007. Institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 2007. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11635.htm>. Acesso em: 27 abr. 2007.

MOREIRA, Marco Antonio; BUCHWEITZ, Bernardo. Mapas Conceituais: instrumentos didáticos, de avaliação e de currículo. São Paulo: Moraes, 1987.

SANTOMÉ, Jurgo. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998.



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Resolução da atividade

O tema combate à intolerância religiosa é uma proposta contemporânea e exigente. É possível verificar, na história do Brasil, ações de intolerância religiosa a grupos (por exemplo, religiões afro-brasileiras), em regiões do país cujos jornais de-nunciam casos de intolerância, e também como a literatura brasileira retrata a questão. A partir desta identificação, po-derá ser produzido um projeto, para divulgar na escola, mos-trando que existe, no país, a preocupação em superar esta si-tuação, como no caso da criação de um dia sobre o tema. Para tal divulgação, poderá ser proposta a elaboração de cartazes, palestras e outras ações do interesse dos estudantes.



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INTERDISCIPLINARIDADE: UM DESAFIO E UMA CONQUISTA

Em 1937, o sociólogo Louis Wirtz propôs o termo interdis-ciplinaridade para indicar o que é realizado como cooperação entre várias disciplinas, ou seja, um conjunto de disciplinas in-terligadas com relações definidas que evitam produzir ações isoladas ou fragmentadas. Partindo desta concepção, um obje-to de estudo é compreendido a partir de diferentes enfoques ao mesmo tempo. No cotidiano escolar, verificamos que quan-do duas ou mais disciplinas dialogam com seus conteúdos para aprofundar o conhecimento, favorece a uma dinâmica diferen-ciada na sala de aula (ÁLVAREZ, 1999).

Temos, ainda, a multidisciplinaridade que é um conjunto de disciplinas estudadas simultaneamente, porém, sem a ne-cessidade de estarem relacionadas entre si. Outro sistema é a transdisciplinaridade, a qual procura considerar vários níveis da realidade e pretende atuar com a lógica de um terceiro termo, visando abranger a maior complexidade dos fenômenos.

Sobre a proposta de atuar em uma perspectiva interdis-ciplinar é, na realidade, a promoção de uma estratégia de fo-mentar o conhecimento que exista na relação entre o sujeito, o objeto a ser estudado e a sociedade, de tal forma que o espaço escolar seja dinâmico e os conteúdos sejam problematizados e propostos junto a outras disciplinas.



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Desta forma, a interdisciplinaridade reorienta a importân-cia do outro, sem o qual não existe a permuta para a evolução do pensamento e da linguagem, para ampliar os horizontes nas perspectivas sócio-histórica e educacional, de forma criativa e, ao mesmo tempo, respeitando a identidade de cada área do conhecimento.

A partir da discussão sobre a fragmentação do conhecimen-to, verificamos que a disciplinarização, visando o aprofunda-mento das partes por meio das disciplinas escolares, pode, por meio de uma ação interdisciplinar, enxergar além das partes o todo, para vislumbrar novas ações.

Extras

Para aprofundarmos esta questão sugerimos, dois textos sobre a concepção de interdisciplinaridade:

• Interdisciplinaridade: um novo paradigma do co-nhecimento? De Sônia Maria Marchiorato Carneiro. Publicado em: Educar, Curitiba, n. 10, p. 99-109, 1995. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/er/n10/n10a13.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015.

• O conhecimento em sala de aula: a organização do ensino numa perspectiva interdisciplinar. Maria Antonia Ramos de Azevedo e Mara de Fátima Ramos de Andrade. Publicado em: Educar, Curitiba, n. 30, p. 235-250, 2007. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/er/n30/a15n30.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015.



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Atividade

Uma questão essencial para esta relação de diálogo entre educação e religião é a da consciência religiosa discutida em diferentes campos do conhecimento, assim como a discrimina-ção religiosa, as quais estão interligadas, especialmente em um país como o Brasil, em que todos afirmam que estas práticas são inexistentes (?).

A partir da notícia publicada a seguir, propomos que elabo-re uma carta sobre a relação consciência da liberdade religiosa e a cidadania brasileira, proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96):

Liberdade religiosaPor: Fabiana Oliveira

A discriminação religiosa é mais comum do que se imagina no Brasil, sobretudo contra religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Seja no asfalto ou na favela não faltam relatos de adeptos que sofrem com a situação.

(Viva Favela, 23 jan. 2008. Disponível em: <www.gper.com.br/ noticias.php?secao_id=16&noticia_id=918>. Acesso em: 4 maio 2015.)

Referências ÁLVAREZ PÉREZ, Marta. Sí a la interdisciplinariedad. In: Revista Educación, n. 97. La Habana: 1999. Editorial Pueblo y Educación.

FAZENDA, Ivani A. Práticas Interdisciplinares na Escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.

______. Integração e Interdisciplinaridade no Ensino Brasileiro: efetivação ou ideologia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1993.



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FREIRE, Paulo. Ação Pedagógica da Escola pela Via da Interdisciplinaridade. São Paulo: Secretaria da Educação de São Paulo. Cadernos de Formação, I, II e III, 1989.

______. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


Espera-se que o aluno compreenda a importância e o pa-pel do ensino religioso de forma interdisciplinar, que colabora para orientação de vida e na relação com outro. Desta forma, o diálogo entre perspectivas diferenciadas permite a descoberta de novas formas de convivência no espaço plural da sociedade.



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A DINÂMICA E AS SEQUÊNCIAS TEMÁTICAS NA AULA DE ENSINO RELIGIOSO

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De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

(LDB 9.394/96), todos os pares envolvidos na escola (estudan-

tes, equipe pedagógica, equipe diretiva, equipe administrativa

e famílias) são convocados a se responsabilizarem pelo processo

de formação dos estudantes, de forma conectada aos contextos

social e político brasileiros.

O trabalho da coletividade escolar, que considera cada

saber de forma interdisciplinar, é entendido como função de

todos, indistintamente, colaborar, facilitar e propiciar a supe-

ração de barreiras entre os componentes curriculares, conser-

vando a especificidade de cada disciplina.

Esta área de conhecimento está fundamentada numa relei-

tura religiosa do cotidiano, respaldada no estudo do ser humano

em desenvolvimento, que sustenta a estrutura social das dife-

rentes comunidades das quais participa, inclusive no processo

da construção de um cidadão que compreende a pluralidade da

sociedade. Ressalva-se a clareza de que essa área do conheci-

mento exige, ainda, uma reflexão pedagógica profunda em sua

estruturação, o que demanda o estabelecimento de fundamen-

tos para sua estruturação no mapeamento curricular nacional.

Assim, será possível difundir entre os alunos os sentimen-

tos de amor e respeito pelas diferentes tradições religiosas,

bem como desenvolver capacidades de aplicação dos novos co-

nhecimentos, em confronto com as realidades atuais, além de

contribuir para os aspectos de reconhecer e aperfeiçoar uma

educação significativamente integral.



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A atual concepção é resultado de um longo percurso na

organização de disciplina e currículo e de articulação dos ele-

mentos do processo de ensino-aprendizagem para compreender

a elaboração do Ensino Religioso. A partir desses pressupostos,

o modelo para o Ensino Religioso é o referenciado na manifesta-

ção do sagrado no coletivo. A mudança se propõe no momento

histórico em que a cultura brasileira se confronta com as conse-

quências políticas e sociais de uma economia neoliberal, de um

subjetivismo cultural e de uma concepção religiosa pentecostal

carismática.

Extra

Para aprofundar seu estudo, indicamos a leitura do artigo: O “Ensino Religioso” e as Ciências da Religião, de Faustino Luiz Couto Teixeira. Publicado na Revista Horizonte, v. 9, n. 23, 2011. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/ horizonte/article/view/P.2175-5841.2011v9n23p839>. Acesso em: 11 jun. 2015.

Atividades

Localize, nos documentos a seguir, trechos que tratam do Ensino Religioso:

• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 22 jun. 2015.



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• Lei n. 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <www.planalto.gov.br/cci-vil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 22 jun. 2015.

• Lei n. 9.475/97, de 22 de julho de 1997. Dá Nova Redação ao Artigo 33 da Lei n. 9.394/96, que estabelece as Diretrizes de Base da Educação Nacional. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9475.htm>. Acesso em: 22 jun. 2015.

A partir da leitura, procure compreender a identidade pe-dagógica deste componente curricular, buscando estabelecer:

a. qual o objetivo do Ensino Religioso?

b. quais os conteúdos a serem desenvolvidos no Ensino Religioso?

Utilizando as respostas, elabore um texto explicitando a identidade pedagógica do Ensino Religioso.

Se possível, amplie sua pesquisa em documentos oficiais do seu estado ou município.

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 22 jun. 2015.

FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO (FONAPER). Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso. 3. ed. São Paulo: Ave Maria, 1998.

JUNQUEIRA, Sérgio. O Processo de Escolarização do Ensino Religioso no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.

JUNQUEIRA, Sérgio; WAGNER, Raul. Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

VIESSER, Lizete. Um Paradigma Didático para o Ensino Religioso. Petrópolis: Vozes, 1994.



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Resolução das atividades

A organização do plano de aula é decorrência da compres-são da disciplina. Para tal, compreender o Ensino Religioso na sua perspectiva cultural requer um processo orientado pela manifestação do sagrado em sua profunda diversidade. Assim, é pertinente considerar o planejamento da disciplina, no tra-tamento dos conteúdos, os seguintes elementos: as diferentes manifestações do sagrado em suas práticas coletivas; o conheci-mento das bases teóricas que compõem o universo das diferen-tes culturas, nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas; o tratamento do sagrado como construção histórico--social, agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade, por consequência, a vivência do educando; a seleção de fontes que retrate com fidedignidade o sagrado; com uma metodo-logia que esteja pautada no entendimento da complexidade social, a leitura das múltiplas linguagens e a possibilidade de ampliar o universo multicultural do conhecimento e da ciência; assim como a organização social das atividades, considerando uma organização do tempo e espaço favorável ao diálogo, à reflexão e à interação entre professor, aluno e conteúdo; fi-nalmente, um planejamento coerente e em consonância aos anseios dos educandos para a promoção do conhecimento signi-ficativo, levando-se em conta seus saberes já elaborados.



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AVALIANDO A SEQUÊNCIA TEMÁTICA PARA A AULA DE ENSINO RELIGIOSO

A aprendizagem tem caminhos que se entrecruzam. Um desses caminhos é a avaliação, que deve servir primordialmen-te para demonstrar quais componentes foram parcialmente absorvidos, e indicar atividades e condições que precisam ser ressignificadas para que o estudante receba aquilo que lhe é de direito: o aprender socialmente significativo.

Enquanto saber significativo, é necessário que vá além do domínio de algum conteúdo, pois é na inter-relação dos conhe-cimentos, no desenvolvimento de procedimentos, habilidades e atitudes que é verificado se a aprendizagem se efetivou, ou seja, se em diferentes situações o conhecimento apreendido se traduziu nas relações humanas e na proposta de estratégias que busquem soluções para o cotidiano. Além da avaliação formal do ambiente escolar, é oportuno lembrar que cada estudante deve ser estimulado à autoavaliação, dimensionando suas difi-culdades, conquistas e buscando caminhos que lhe dê êxito nas ações empreitadas.

Avaliar e ajudar para que cada aluno se avalie é criar con-dições significativas para o desenvolvimento humano, trans-bordando o fazer escolar, alcançando a dimensão prática da vida. Contar com a autoavaliação no processo formal de ava-liação escolar é realimentar e transformar a prática docente e aprendente.



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A avaliação também deve estar ligada às opções feitas no projeto pedagógico de cada instituição, com as concepções epistemológicas, filosóficas, sociais, psicológicas do desenvol-vimento, pedagógicas, ético-religiosas, sendo, portanto, uma ação nunca isenta de intenção ou objetivação.

Os instrumentos estabelecidos para avaliação, assim como os critérios elencados, indicam sua aproximação ou distancia-mento do conceito de educação que o próprio profissional tem e que deve estar coadunado com o da instituição na qual tra-balha. Além disso, o grau de domínio do docente com o objeto de seu ensino é demonstrado na organização dos conteúdos, no desenvolvimento das aulas e, em especial, nos momentos da avaliação.

Mais do que avaliar o estudante, o processo avaliativo pode dar condições para o professor avaliar sua própria prática, pois, enquanto olha para os resultados, faz reflexão quanto às esco-lhas feitas (métodos utilizados), realimentando o processo, de forma comprometida, quanto às condições de aprendizagem e quais outras estratégias devem ser tomadas a fim de que cada estudante conquiste, de forma autônoma, o conhecimento sig-nificativo, percebendo suas possibilidades e limites em cada área e durante os processos de aprender.

Além de reconhecer em cada estudante um ser de direi-tos, dentre os quais está o de aprender de forma significativa, é necessário percebê-lo holisticamente por envolver dimen-sões afetivas, psicomotora, cognitiva, ética, social e, tam-bém, religiosa.



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Extra

Propomos um aprofundamento sobre o desafio de como avaliar no Ensino Religioso. Leia o artigo proposto e identifique quais elementos devem estar presentes no processo de avalia-ção em Ensino Religioso, para que a avaliação seja de fato signi-ficativa: A avaliação no ensino religioso escolar: perspectivas processual, de Suzana dos Santos Gomes. Publicado na Revista Horizonte, v. 2, n. 3, 2003. Disponível em: <http://gper.com.br/documentos/00131_avaliacao.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2015.

Atividade

Após refletir sobre sua própria trajetória escolar, procu-re lembrar quais eram as estratégias avaliativas utilizadas nas aulas de Ensino Religioso. A partir das informações levantadas, escreva, de forma breve, “o que e como avaliar no Ensino Religioso brasileiro”?

É interessante considerar, também, alguns apontamentos do texto de Susana dos Santos Gomes, indicado anteriormente.

Referências CRUZ, Therezinha. Avaliação: um teste para a educação. In: Didática de Ensino Religioso; nas estradas da vida: um caminho a ser feito. São Paulo: FTD, 1997. p. 96-97.

FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso. 2. ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.

MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E DO DESPORTO; SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial Curricular Nacional para a Educação. Conhecimento de mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998.

PERRENOUD, Philippe. Praticar uma avaliação formativa. In: Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.



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Avaliar no Ensino Religioso é um tema que ainda carece de aprofundamento quanto à concepção e estratégias metodológi-cas avaliativas. É com base na reflexão do vivido que será pos-sível pensar a avaliação do conhecimento construído no Ensino Religioso na Educação Básica.



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