entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de...

28
entre MARGENS BIMENSÁRIO | 30 OUTUBRO 2014 | N.º 526 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO UM ANO DEPOIS DA TOMADA DE POSSE Oposição contesta falta de cultura democrática NOVA DIREÇÃO DOS BOMBEIROS DE VILA DAS AVES Valente promete ‘gestão rigorosa e transparente da associação’ Joaquim Couto diz-se cumpridor e destaca a ‘evidência’ do diálogo social assumido com os munícipes GUIMARÃES JAZZ 2014 6 A 15 DE NOVEMBRO GANHE BILHETES COM ESTA EDIÇÃO // PÁGINA. 28 ILUSTRAÇÃO: NUNO MOTA

Transcript of entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de...

Page 1: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 30 OUTUBRO 2014 | N.º 526 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

UM ANO DEPOIS DA TOMADA DE POSSE

Oposiçãocontesta falta de

culturademocrática

NOVA DIREÇÃO DOSBOMBEIROSDE VILA DAS AVES

Valente promete‘gestão rigorosa etransparenteda associação’

Joaquim Couto diz-secumpridor e destaca a‘evidência’ do diálogo

social assumido com osmunícipes

GUIMARÃES JAZZ 20146 A 15 DE NOVEMBROGANHE BILHETES COM

ESTA EDIÇÃO // PÁGINA. 28

ILUS

TRAÇ

ÃO:

NU

NO

MO

TA

Page 2: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

02 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

Um eremitadestemilénio||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Quem é o Rei da Suécia? Zlaten Ibra-himovic? Senhor árbitro, mostre o car-tão vermelho a este fanático do fute-bol. “King of Sweden” é obra de FarisNourallah, um dos irmãos dos Nou-rallah Brothers. O nome denuncia asorigens: família americana com paisírio. Com a separação do grupo,cada um seguiu para uma carreira a

solo, minimizando o fim de algunssonhos de criança.

Faris é uma figura de culto na Eu-ropa. Uma fã sueca foi de prepósitoao Texas para o conhecer. Daí o senti-do do título do álbum de 2005. Temum estilo de vida praticamente in-compatível com a realidade atual damúsica, não atuando ao vivo e renun-ciando à vida social. Tal como umeremita, refugia-se no estúdio quecriou nas traseiras da sua casa. O únicomúsico com quem colaborou foi opróprio irmão, Salim. Uma agorafobia(receio mórbido dos sítios públicos)acentua o seu isolamento. Tudo istoaumenta a pureza da sua arte. Doidoou génio? Vou pela segunda opção.

São 13 faixas curtas, nenhuma pas-sando dos 4 minutos. Doces canções,

Dentro de portas - “King of Sweden”

Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue simultaneamen-te: ser boa mãe de família, ser chi-quíssima, ser dirigente da “Liga Inter-nacional das Mulheres Inúteis”, aju-dar o marido nos negócios, fazerginástica todas as manhãs, ser pon-tual, ter imensos amigos, dar muitosjantares, ir a muitos jantares, nãofumar, não envelhecer, gostar de todaa gente, toda a gente dizer bem dela,colecionar colheres do séc. XVII, jogargolfe, deitar-se tarde, levantar-se cedo,comer iogurte, fazer ioga, gostar depintura abstrata, ser sócia de todas associedades musicais, estar sempre diver-tida, ser um belo exemplo de virtudes,ter muito sucesso e ser muito séria.

Publicado em 1962, “ContosExemplares” é uma coletânea desete contos surpreendentes. Con-tém histórias que misturam, essen-cialmente, duas temáticas: a re-pressão empreendida pela dita-dura de Salazar e a deceção pro-funda com o clero.

Em cada conto existe umasubtileza cheia de bom gostoonde se reconhece facilmente oestilo inconfundível de Sophia.Recheado de metáforas, repletode personagens suculentas, estelivro é uma referência para aque-les que apreciam a narrativa breve.

No seu todo, a obra destaca-se pelo sentido de humor tãoperspicaz quanto arguto e per-verso. ||||||

passe a sinestesia. Melodias simplesque destilam emoções. “I’m Falling”parece regressar ao melhor dos anos80; “Far From The Sun” aos 90; “Gui-ding Light” mostra uma dicotomiaentre uma voz frágil e uma segura; “IRun Faster Than You Can” desfazfacilmente um coração desprevenido;“Tattoo Your Woman” termina commuita sensibilidade, com uma vozgentil que sabe acompanhar o piano.

Nem sempre é fácil convencer al-guém a ouvir algo. Para agravar a mi-nha sugestão, estou a recomendarum músico que se desligou do mun-do. Até a página oficial da Internet,anunciada no CD, foi desativada. Nãoimporta que ele se desconecte. O im-portante é continuar a construir mú-sica tão harmoniosa quanto esta. |||||

FIM DE SEMANA

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de setembro foi o nosso estimado assinante Rosa Arminda da Silva

Mesquita, residente na rua Bernardino Gomes Ferreira, n.º 842, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Contos ExemplaresSophia de MelloBryner Andresen

FIGUEIRINHAS

POR // BELANITA ABREU

Faris tem um estilo de vi-da praticamente incom-patível com a realidadeatual da música, nãoatuando ao vivo e re-nunciando à vida social.

Esta sexta-feira, 31 de outubro, noBar Menos 1, em Vila das Aves, a ce-lebração da noite de Halloween vaifazer-se ao som dos Hot Pink Abuse.Juntos desde 2007 e com dois álbunsgravados, nomeadamente “Nowadays”(2009) e “Sinuosity” (2012), a ban-da de rebecca Moradalizadeh, Vítor

Hallloween nacompanhiados Hot Pink Abuse

Moreira, Geraldo Eanes e RicardoNeto prepara, agora um novo traba-lho de estúdio. Peter Mør e BrunoMelhôr juntam-se, depois, à festa deHalloween naquele espaço noturnode Vila das Aves. O Bar Menos 1está situado no Edifício Torre, naUrbanização das Fontainhas. |||||

Page 3: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

SEXTA, DIA 31 SÁBADO, DIA 01Aguaceiros. Vento fraco.Max: 26º / min. 13º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 20º / min. 15º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 17º / min. 10º

DOMINGO, DIA 02

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 03

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

MONTAGENS ELÉCTRICAS

MONTAGENS TELECOMUNICAÇÕES

PROJECTOS E ASSESSORIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

Outubro quente trazo Diabo no ventre

Até 31 de janeiro do próximo ano,o percurso artístico de Graça Moraiscelebra-se em Guimarães. O termofestivo não serve apenas para assina-lar os 40 anos de carreira da pintoratransmontana, mas também o seu re-gressa à cidade-berço, onde realizoua primeira exposição individual.

Rostos e gestos, tramas narrativasde sacralidade e morte, cenas de tra-balho e rituais são alguns dos moti-vos do conjunto de obras que inte-gram esta exposição patente na Socie-dade Martins Sarmento, comissariadapor Jorge Costa.

Em permanente reinvenção e revi-sitação de temas e abordagens, a obrade Graça Morais tem vindo a desen-volver-se, ao longo destes 40 anos, apartir de uma linguagem muito própria,

Graça Morais de regressoa Guimarães paracelebrar 40 anos de carreiraEXPOSIÇÃO “RITOS E MITOS - QUARENTA ANOS DEPOIS - 1974/2014” DE GRAÇA MORAIS

assente em múltiplas derivações e emsucessivas deambulações criativas, quese sobrepõem, combinam ou inter-rompem e fazem dela uma obra àparte, inconfundível, no contexto daarte contemporânea portuguesa.

Não abdicando do real como re-ferência, cada obra sua é metáforapictórica não só do seu encontro comTrás-os-Montes, mas da interpretaçãoe da inquietante reflexão que, a partirdeste território antigo em iminentedesagregação, a artista faz do mundo.

A escala cronológica da exposiçãoé ampla, reunindo, no domínio dodesenho, atividade dorsal do proces-so criativo de Graça Morais, uma sele-ção de trabalhos emblemáticos de sé-ries como, “Marias”, “Metamorfoses”,“Procissão” ou “Desenhos de Abril”.

Graça Morais nasceu em Vieiro,Trás-os-Montes, em 1948. Concluiuo Curso Superior de Pintura na ESBAPem 1971. Entre os anos de 1976 a 79vive em Paris, como bolseira da Fun-dação Calouste Gulbenkian. Atual-mente reside e tem o seu ateliê emTrás-os-Montes. Em 2008 foi inaugu-rado o Centro de Arte Contempo-rânea Graça Morais em Bragança, daautoria do arquiteto Souto Moura.“Ritos e Mitos - Quarenta anos depois- 1974/2014” é a primeira exposiçãofora de portas organizada pelo referi-do centro de arte em parceria com aSociedade Martins Sarmento. ||||||

O reverso damedalha dosonho português

EXPOSIÇÃO // “RITOS E MITOS...”Guimarães, Sociedade Martins Sarmento. Até 31 dejaneiro 2015. Terça a domingo das 10h00 às 17h30.Morada: rua Paio Galvão. 4814-509 Guimarães.

Um das mais recentes produçõesda Companhia de Teatro de Alma-da chega agora a Guimarães. “Ne-gócio Fechado”, com encenação deRodrigo Francisco e as interpreta-ções de Marques d’Arede e PedroLima, abre a programação denovembro do Vila Flor.

Trata-se de uma adaptação da-quela que será porventura a maisaclamada peça do dramaturgo norte-americano David Mamet, PrémioPulitzer 1984. Mamet trabalhounuma agência imobiliária nos anos60 escrevendo, vinte anos mais tar-de, nos chamados “anos dourados”de Reagan, “Negócio Fechado”. Ins-pirada no mundo impiedoso dosagentes imobiliários que Mametobservou a digladiarem-se por pré-mios de produtividade – à custa dosseus colegas, inevitavelmente – “Ne-

“NEGÓCIO FECHADO” DO DRAMATURGO DAVID MAMETADAPTADO À REALIDADE PORTUGUESA. SÁBADO,ÀS 22 HORAS, NO CENTRO CULTURAL VILA FLOR

gócio Fechado” é uma crítica à socie-dade americana sua contemporâ-nea. Mas aquele que é consideradoum dos maiores dramaturgos norte-americanos de todos os tempos sou-be transcender as idiossincrasiasdos vendilhões de Chicago, escre-vendo uma obra que assenta bema qualquer tempo, língua ou lugar.

Nesta versão, em que a Chicagode Mamet se transforma em Alma-da, “os segundos são os primeirosdos últimos” – mostrando ser uni-versal a desilusão escondida noreverso da medalha do sonho ame-ricano, que foi também, nos anos 90,o pequeno Sonho Português. |||||

TEATRO // “NEGÓCIO FECHADO”Guimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 1 de novem-bro, às 22 horas. Bilhetes a 10 euros (7,50 c/desc.). Morada: av. D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone: 253 424 700. www.ccvf.pt

GUIMARÃES // TEATRO

GUIMARÃES // ARTE

Page 4: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

04 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

DESTAQUE

PARECE QUE FOI ONTEM QUE JOAQUIM COUTO E O EXECUTIVO POR SI LIDERADO TOMOU POSSE NO ÁTRIO REPLETODA CÂMARA MUNICIPAL NUM DIA CHUVOSO. PARECE MAS NÃO FOI E A ÚNICA QUESTÃO QUE OS DOIS DIAS TÊMEM COMUM É MESMO O TEMPORAL QUE, UM ANO DEPOIS, ASSINALOU O PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO MANDATO.

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O tempo era de balanço do primeiroano à frente dos destinos dos tirsen-ses mas Joaquim Couto foi levantan-do a ponta do véu no que ao futurodiz respeito e sublinhou a intenção

de dar continuidade à “qualidade devida”. Um dos grandes projetos queo executivo pretende levar a cabo atéao final do mandato é, de resto, a re-formulação da quinta de Geão, juntoà Biblioteca Municipal. A ideia, garan-te o presidente, é reformular um pro-jeto criado no início dos anos 90 e“adaptá-lo às exigências do mundomoderno”. “Não andará muito longe[do projeto] da Ribeira do Matadouroe do Parque da Rabada desenvolvidopelo executivo anterior e que são duasiniciativas interessantes, do agrado dapopulação”, explicou o presidente, su-blinhando que “poucas cidades no paístêm tanto espaço verde como a cida-de de Santo Tirso atualmente tem”.

Paralelamente, a Câmara Municipalestá a levar a cabo um processo queculminará com o fornecimento delanches às cerca de três mil crianças

do pré-escolar e primeiro ciclo de to-das as escolas do concelho, “aplican-do os critérios que o Estado e a Segu-rança Social determinam, para o gru-po A será gratuito, o grupo B teráuma diminuição no preço e o grupoC pagará o lanche”, explicou JoaquimCouto. Mas o futuro tem ainda reser-vados alguns projetos de requalifi-cações urbanísticas, nomeadamentea Av. Dias Machado, em S. Martinhodo Campo, a Praça Coronel BatistaCoelho, em Santo Tirso, e a Rua SilvaAraújo, em Vila das Aves. O autarcafala ainda no cruzamento do Barreiro,em S. Tomé de Negrelos, e assumeestarem a decorrer negociações coma Estradas de Portugal “para definir aequipa e a solução de acesso à EscolaBásica”, garantindo o presidente que“a obra terá duas fases”: com a pri-meira o objetivo é resolver o problema

do cruzamento e, numa fase posterior,o acesso à escola báscoa de S. Toméde Negrelos, propriamente dito.

DIALOGO SOCIAL INICIADODE FORMA “EVIDENTE”Se houve assunto que o presidenteda Câmara referiu logo no início dobalanço foi a preocupação que a au-tarquia tem “em cumprir a legalidade,em fazer com que todos os procedi-mentos, todas as decisões políticas dacâmara estejam assessoradas, estejamfundamentadas e sustentadas porpareceres técnicos e jurídicos que per-mitam cumprir a lei”. Para além disso,sublinhou a questão do diálogosocial; uma das principais prioridadesdo novo executivo e que JoaquimCouto diz ter iniciado de forma “evi-dente”. Assim o é, sublinha o autarca,no que ao relacionamento institucio-nal entre a Câmara Municipal e asjuntas de freguesia diz respeito - aocontrário de algumas polémicas ocor-ridas no passado, lembrou o mesmoresposnável - garantindo que o mes-mo acontece com a assembleia mu-nicipal e as várias oposições. Mas noque à oposição no executivo munici-pal diz respeito, o que ‘parece’ aJoaquim Couto é que se trata de “umaoposição desfocada”. Por outras pala-vras: “têm-se preocupado mais comquestões laterais em vez das questõesfundamentais, como as políticas depromoção e de desenvolvimento doconcelho no seu todo”.

Mas entrando no balanço propria-mente dito, Joaquim Couto relembrouque a divida camararia foi diminuídaem cerca de quatro milhões de eurose os prazos de pagamento passaramde 120 para 90 dias. “Só no primeiroano de mandato comprometemosdois milhões de euros com as juntasde freguesia e desenvolvemos, a estenível, reuniões descentralizadas dacâmara procurando a proximidadeentre eleitos e eleitores”, referiu o au-tarca. Mesmo destacando o trabalhodesenvolvido nas finanças locais, Joa-quim Couto não esconde que a ques-tão social é a aquela que considerater “um cariz muito importante”. Nessesentido Couto relembra a diminuiçãoem dois milhões de euros dos encar-gos para as famílias. “Diminuímos osimpostos: a Derrama, o IMI e o IRS,criámos tarifas sociais de saneamentoe de resíduos sólidos urbanos, criá-mos o Fundo Municipal de Emergên-cia Social, que não existia em 2013,e temos, neste momento, 87 famíliasjá abrangidas”. Alargado foi tambémo subsídio Municipal de Arrendamen-to, que passou de 150 famílias a 204.

Executivo mostra-se cumpridor edestaca a ‘evidência’ do diálogosocial assumido com os munícipes

EXECUTIVO MUNICIPAL // O BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE MANDATO

“[A oposição] têm-sepreocupado maiscom questões late-rais em vez das ques-tões fundamentais,como as políticas depromoção e de desen-volvimento do conce-lho no seu todo”.JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DACÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

Page 5: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 05

Um dos grandes projetos iniciadospela autarquia durante este primeiroano foi o Orçamento ParticipativoJovem que, garante o presidente, “é umdos orçamentos mais elevados dopaís”. A esperança de Couto é que oorçamento aproxime os jovens dasdecisões do concelho: “o início desteprocesso leva-nos a crer que vai serum sucesso no final”, sublinha.

Na educação o destaque vai parao programa MIMAR que representajá um investimento de de 200 mil e-uros da autarquia em atividades leva-das a cabo nas férias do Natal, daPáscoa e de verão e que a mesma vêcomo “um esforço significativo da Câ-mara para manter as crianças na esco-la enquanto os pais trabalham”. Priori-dade foi também a projeção do con-celho, a empregabilidade e as obraspúblicas. O presidente da Câmaracontinua a sublinhar a importânciade “puxar pelo concelho, puxar pelasua imagem e conseguir, assim, umretorno no emprego e na instalaçãoda atividade económica”. “Obviamen-te não é uma questão imediata, éuma questão de médio e longo prazomas se não investirmos hoje na pro-moção do nosso concelho amanhãnão teremos frutos”, explica.

Nas obras públicas, Couto destacao Centro de Saúde de Areias, a con-clusão da capela mortuária de S. Toméde Negrelos, e da Av. Aníbal Maga-lhães Moreira, em Vila das Aves, re-centemente inauguradas, assim comoo início das obras de requalificaçãoda zona industrial de Fontiscos e dosmuseus. A iniciar estará também aconstrução da rede de saneamentodo Vale do Leça que irá servir cercade 10 mil habitantes e rondará os 3milhões de euros. Em fase de con-clusão surge a esquadra da PSP deSanto Tirso, a zona desportiva daRabada, a Unidade de Saúde de S.Martinho do Campo e a ponte pedo-nal de Caniços, obras que deverãoestar concluídas até ao final do ano.

Balanços à parte, Couto diz cum-prir “imensuravelmente” o programaeleitoral, “independentemente dascontrariedades e das oposições quefaçam a esse programa”. “É o nossocompromisso com o eleitorado”, expli-ca o autarca, “foi esse que foi sufra-gado maioritariamente e, portanto,temos obrigação de o cumprir rigo-rosamente”. O objetivo, garante, “é quea população de Santo Tirso viva bem,que tenha condições e infraestruturaspara viver bem e que a cidade e oconcelho sejam atrativos e haja ascondições para que se retome o cres-cimento que já houve no passado”. |||||

Oposição vítima da ‘faltade cultura democrática’

Henrique Pinheiro Machado,que tendo sido candidato àCâmara Municipal, veio aassumir o lugar conquistadopelo movimento de indepen-dentes “Prá frente Santo Tirso”na Assembleia Municipal , fezchegar à redação do EntreMargens vários comunicadossobre os pontos de vista da-quele grupo independente emrelação a decisões ou anún-cios da Câmara Municipal.

Assim, num desses docu-mentos refere a “tímida redu-ção de impostos aprovada epropagandeada” e apresentaconclusões que obteve após“algum trabalho árduo” de re-colha de informação, a saber,que a redução da carga fiscalanunciada não deve represen-tar, em 2015, mais do que 14euros por família e que a Câ-mara devia ter seguido o exem-plo de várias outras câmarasvizinhas como Valongo e Baião,designando de “tímida e semconvicção” a atitude da “Câma-ra Municipal de JoaquimCouto”.

Outro documento escalpe-liza a “redução do endivida-mento da autarquia”, que a Câ-mara anunciou e vem clarificarque foi o passivo de curto pra-zo que foi reduzido e não oendividamento, visto que a au-tarquia terá obtido emprés-timos em montante superioraos que liquidou. Consideraainda que “na prática a Câ-mara honrou os compromissosassumidos perante os fornece-dores” e que “este volumosomontante de quase quatro mi-lhões de euros (de redução dadívida a terceiros, de curtoprazo) é resultante da Câmarater tomado posse em outubroe por isso ter liquidado poucasfaturas dos fornecedores nesseano”. Contesta ainda os mon-tantes de redução nas transfe-rências do orçamento de esta-do da ordem dos seis milhõesde euros que Joaquim Coutoterá referido na reunião des-centralizada da Câmara, emVila das Aves. “Por redução aoabsurdo”, “implicava um cortede quase 50 por cento da to-talidade dos valores transfe-ridos”, considera. ||||||

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO*

E porque os últimos dias têm sido debalanço, depois da maioria PS, a coli-gação PSD/PPM, que tem quatro vere-adores eleitos no executivo muni-cipal, também fez o seu. Numa confe-rência de imprensa que juntou o ve-reador Alírio Canceles e a deputadada Assembleia da República, AndreiaNeto, o partido declara, como pontode partida, que “tem o dever de res-peitar o mandato do senhor presiden-te da câmara mas também tem o de-ver de estar atento e vigilante” e su-blinha que “como partido de oposi-ção tem de fiscalizar, fazer com quese cumpra o que foi prometido aostirsenses”. O PSD enumera, depois, umconjunto de questões que consideranão irem ao encontro das promes-sas eleitorais da autarquia nomea-damente no que ao diálogo diz res-peito. Os vereadores sublinham mes-mo que têm sido “vítima da falta decultura democrática” do presidente eexplicam que “de forma reiterada ésonegada aos vereadores do PSD in-formação escrita sobre assuntos apre-sentados em reunião de camara” elamentam que “no que respeita aospedidos de explicação, invariavelmente,a resposta é feita com recurso à retó-rica politica/partidária”.

A oposição centra-se em quatrograndes pontos: saúde, água e sanea-mento, fiscalidade e aquilo que cha-mam de “partidarização da Câmara”.O atraso na construção do novo Cen-tro de Saúde de S. Martinho do Cam-po é uma das questões levantadas.“Recorde-se que a obra foi contratua-lizada em maio de 2010 e lançada a

15 de julho do mesmo ano com umvalor de cerca de um milhão de eurose com um prazo de execução de 365dias”, adianta o PSD que acusa o pre-sidente de nada ter feito para “acele-rar o processo”. “Percebemos que oatual presidente da Câmara queira,já que não conseguiu fazer com oCentro de Saúde de Areias, inaugurareste importante equipamento e pre-tende fazê-lo o mais tarde que forpossível, para dar a entender que setrata de uma obra sua”, acusam oslaranjas que sublinham ainda que “aspromessas relativamente ao forneci-mento de vacinas não contempladasno Plano Nacional de Vacinação àscrianças mais carenciadas continuasem sair da gaveta”.

No que à agua e saneamento dizrespeito, a oposição sublinha que“mais de 40 por cento do territóriocontinua desprovido destes bens es-senciais à qualidade de vida das po-pulações” e não esquece o elevadopreço da água no concelho, cujaresponsabilidade atribuem ao atual

presidente da câmara. “Em relação aoanunciado investimento de três mi-lhões de euros no saneamento noVale do Leça, é importante que se digaa verdade”, continuam os socialdemocratas, “e a verdade é que esteinvestimento resulta da concessão darede pública de saneamento àempresa Águas do Noroeste, aindano anterior executivo”.

Esta não é a primeira vez que aoposição aborda a questão dos im-postos municipais e no balanço doprimeiro ano de mandato da Câma-ra Municipal o assunto voltou a serreferido. A oposição considera quea redução nas taxas de IMI, IRS e DER-RAMA “não teve qualquer expressão”.“O senhor presidente, reconhecen-do que a redução para 2014 era in-suficiente, prometeu que a situaçãoseria revista no orçamento para 2015,o que não aconteceu, já que fez apro-var a manutenção das mesmas ta-xas”, continuaram. ‘Transparência’ éalgo que o PSD não vê no funciona-mento camarário, fala até numa “con-fusão entre a Câmara Municipal e oPartido Socialista”. “Existe transparên-cia quando dezenas de militantes doPS e apoiantes do candidato do PS,agora presidente da Câmara foramintegrados na Câmara, através de es-tágios profissionais e programas ocu-pacionais?”, questiona a oposição.

Durante a conferência, AndreiaNeto e Alírio Canceles abordaramainda a questão das freguesias - ondeacreditam existir “uma enorme apre-ensão”, dado que “efetivamente nãohá obra” - a questão social e a educa-ção. “O senhor presidente prometeureforçar a aposta no apoio domiciliá-rio pluridisciplinar aos idosos e apoiaros mais carenciados na aquisição demedicamentos, mas também esta pro-messa não saiu da gaveta”, refere oPSD, dando conta igualmente de queo programa MIMAR ficou “aquém daspromessas”. “A título de exemplo re-gista-se que nas férias de verão, a inter-rupção foi de 12 semanas e o pro-grama MIMAR apenas ocupou duas”.

O PSD diz-se ainda preocupadocom a situação do concelho e diz nãoaceitar que o presidente “não cum-pra com os compromissos que assu-miu com os tirsenses”. |||||| *COM: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS

AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

HPM // “P’RÁ FRENTESANTO TIRSO”

Grupoindependentecritica CâmaraMunicipal

“O senhor presidenteprometeu reforçar aaposta no apoio domi-ciliário pluridisciplinaraos idosos e apoiar osmais carenciados naaquisição de medica-mentos, mas tambémesta promessa não saiuda gaveta”

Page 6: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

06 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

OPINIAO~

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

P.E ALEXANDRE SÁ.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 526 - 30 DE OUTUBRO 2014

Em hora debalanço(s)

EDITORIAL

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Ao fim de um escasso ano de vigên-cia deste executivo municipal a quepreside Joaquim Couto e a faltarainda três para mostrar quanto valee se vale a pena reeditar a fórmulaque lhe deu vantagem, já se vãofazendo balanços desencontradosda sua atuação à frente dos destinosdeste concelho.

Foi em nome de uma aposta numperfil completamente outro, não ape-nas relativamente à sua pessoa e àsua postura numa primeira incarna-ção autárquica mas sobretudo faceà gestão concentrada na figura doautarca municipal que o antecedeue que, tendo sido seu “vice”, vicejoudurante 3 mandatos quase secandotudo à sua volta, que o atual presiden-te da Câmara desenvolveu uma “re-montada” a pulso dentro do seu par-tido para recuperar espaço de ma-nobra e de influência, agregando asi muita da cidadania desejosa deum novo estado de graça para novostempos de estímulo e de respostapositivas para o desenvolvimento deum concelho com uma baixa auto-estima. Estamos ainda tão próximosdestas “contendas” e tensões, e so-bretudo dos temas e propósitos pro-clamados como sendo argumentospeculiares de uma candidatura ge-nuína e substancialmente diferen-

Venho através do Entre Margens daros parabéns à AIVA (Associação doInfantário de Vila das Aves) quenasceu há 35 anos na Junta velhade Vila das Aves quando era presi-dente o sr. Geraldo Garcia que junta-mente com outros formou aquela as-sociação tendo sido o primeiro pre-sidente durante seis anos já nas ins-talações da antiga Escola de Quintãoentretanto reedificadas. É uma penaque este senhor já cá não esteja parafestejar a data tendo falecido recente-mente como aliás também já faleceu,e quero aqui lembrá-lo, o sr. Raul Bas-tos que muito colaborou para o bemdeste Infantário. Quero recordar deigual modo todas as direções quepor lá trabalharam sem nada recebe-rem em troca com a certeza de que oque fizeram foi por amor. Tenho adizer que se lá trabalhei durante pelomenos 33 anos o agradeço ao fale-cido Geraldo Garcia que me esco-lheu para trabalhar na cozinha ondeprocurei dar o meu melhor; mas ga-ranto que nunca esquecerei as pes-soas das várias direções que por lápassaram, nem esqueço as funcioná-rias com quem trabalhei. Desejo àacual direção, bem como às educa-doras e funcionárias e sobretudo àscrianças desta casa que serão o ama-nhã da nossa terra, que festejem esteaniversário para que este infantáriocontinue a ser uma bênção para aVila das Aves e para todas as famíliasque dele beneficiam. Parabéns maisuma vez pelos 35 anos de vida destaAssociação. ||||| ISAURAISAURAISAURAISAURAISAURA MACHADOMACHADOMACHADOMACHADOMACHADO

te que não podemos deixar de re-conhecer que o paradigma propos-to era de mudança absoluta: “O pro-jeto histórico que pretendo imple-mentar no concelho passa por umamplo diálogo social”, diálogo esseque Couto quer que esteja na basedas decisões importantes da Câma-ra; Couto entende que a Câmara e aAs-sembleia Municipal têm natural-mente legitimidade para o fazer, masentende que “hoje a qualidade demo-crática exige mais”, exige um maiorenvolvimento dos partidos, associa-ções da sociedade civil. (in EntreMargens de 28 de fevereiro de 2013)

Como intérpretes de um jornalis-mo que oportunamente vai dandotestemunho dos propósitos dosprotagonistas da nossa cena políticano ontem e que no hoje colhem ounão a coerência devida, cumpre-noslevar aos nossos leitores o conteúdode duas conferências de imprensa,promovida a primeira pela maioriaa que Joaquim Couto preside, asegunda pelo PSD em nome dosrespetivos vereadores em oposiçãoe que teve a dirigi-la a coordenadoraconcelhia e deputada Andreia Netoe o primeiro vereador Alírio Can-celes. Se a primeira se realizou natu-ralmente na Câmara Municipal, asegunda teve lugar fora dela mas, ameu ver, teria todo o cabimento tam-bém na casa comum do municípiocom a presença dos seus quatrovereadores a dar-nos com toda atransparência notícia da oposiçãolegítima que vêm desenvolvendo.Como bem vincou o presidente Joa-quim Couto, e para quem não sabe,o executivo “tem uma oposição no

seu próprio seio”, o que, longe deser um óbice para a não execuçãodas respetivas propostas, deve cons-tituir um “ideal” que lhe fica bemhonrar, assumindo o ónus da provade quem tanto consenso e diálogoprometeu. Claro que ao patentear-mos os balanços de uns e de outrosestamos a praticar o único jornalis-mo legítimo que é o de clarificar parao leitor o que ambas as formaçõesque intervêm em sede própria do Exe-cutivo autárquico pensam e avaliamsobre as suas tomadas de posição,se estão ou não a cumprir as políticasassumidas e o que pensam sobre assuas atuações recíprocas. Seria in-compreensível que concordassem emtudo uns com os outros mas que divir-jam em quase tudo e que, da alter-cação não cheguem a um diálogoprodutivo e a um equilíbrio consen-sualizado em muita coisa nos 3 anosque ainda faltam é algo que deve serjulgado e penalizado a seu tempo.

Num fim de semana marcado porum evento, (querem dizer “Festival”,pois digam) o “Festival do Novo Jor-nalismo”, patrocinado pela CâmaraMunicipal em que ficção e não-ficção, ética e deontologia da Comu-nicação Social, jornalismo à distân-cia, internet e informação nos moldestradicionais foram abordados poreminentes especialistas nacionaissobre a matéria, que daí advenha amelhor inspiração para uma sadiacomunicação social entre autarcas emunícipes, entre as redações da im-prensa local e os seus leitores. E so-bretudo que não sejam as reda-ções a dar espaço a que o jogo políti-co saia ou pareça viciado à partida. |||||

CARTAS AO DIRETOR

Nos 35 anos daAssociação doInfantáriode Vila das Aves

“Se a primeira [confe-rência] se realizounaturalmente naCâmara Municipal,a segunda [da oposi-ção] teve lugar foradela mas, a meu ver,teria todo o cabimen-to também na casacomum do municípiocom a presença dosseus quatro vereado-res a dar-nos comtoda a transparêncianotícia da oposiçãolegítima quevêm desenvolvendo

Como bem vincouo presidente JoaquimCouto, e para quemnão sabe, o executivo“tem uma oposiçãono seu próprio seio”,o que, longe de serum óbice para a nãoexecução dasrespetivas propostas,deve constituir um“ideal” que lhe ficabem honrar...”

Page 7: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

Os mensageirosde Lisboa

Um dos sinais mais evidentes e no-tórios do centralismo do nosso país,é dado pela comunicação social. Jánem falo do facto das televisões ge-neralistas e dos jornais nacionais(com as excepções do JN e do PortoCanal) terem as suas sedes em Lisboa.Uma esmagadora maioria das notí-cias difundidas pelos órgãos de co-municação social diz respeito a Lisboa,quando muito à Grande Lisboa. Osexemplos desta macrocefalia sãomuitos e variados.

As consequências também sãoconhecidas. Negativas umas, outras,reconheça-se, positivas. Há uns anos,um jornalista lisboeta, meu amigo,com espaço público de comentárionas televisões, rádios e jornais (eblogues) dizia-me, com piada e con-vicção, que recusava sempre os con-vites de autarcas porque evitando arealidade não corria o risco de mudara sua opinião sobre eles (opiniãosempre negativa, claro).

Vem isto a propósito da orga-nização pela Câmara Municipal deSanto Tirso de uma iniciativa intitulada“Novo Jornalismo”, uma série deconferências com alguns reputadosnomes da nossa comunicação social.Da divulgação feita por um jornal dacidade, retive um facto: os nomesanunciados são todos de Lisboa. E omérito da Câmara Municipal de SantoTirso está aqui: conseguir tirar os

jornalistas de Lisboa do seu gabinete,prenhe de ideias preconcebidas, etrazê-los a conhecer e a respirar arealidade do país real.

A importância desta iniciativa vaimuito para além da exposição quecada um dos jornalistas fizer do temaa seu cargo. No final do dia, quandoJoaquim Vieira, Joaquim Furtado,David Dinis, Paulo Pena, entre outros,regressarem à capital, levarão umaimagem de Santo Tirso muito diferen-te daquela com que chegaram.

Uma imagem melhor, porque reale amplificada pelos seus olhos e ouvi-dos, e não uma imagem incompleta,turva e prejudicada pelos mais de300 quilómetros de distância. Quan-do Joaquim Couto diz que quer colo-car Santo Tirso no mapa, esta é certa-mente uma boa estratégia.

Joaquim Vieira, Joaquim Furtado,David Dinis e outros, com a sua redede contactos e com o espaço públicode opinião que possuem, serão dosmelhores mensageiros que uma cida-de e um concelho podem ter parapotenciar uma imagem de dinamismoe desenvolvimento. ||||| *Pedro Fonsecaescreve de acordo com a antiga ortografia.

Este mês assistimos na nossa terra aum fenómeno que o presidente daCâmara de Santo Tirso considerounormal em Vila das Aves mas que,infelizmente, não tem acontecidocom a frequência que deveria. Essefenómeno foi tão somente uma elei-ção, em que as diversas partes envol-vidas mostraram respeito pelo objetoda eleição, a Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários deVila das Aves (AHBVA) que tantatinta já tinha feito correr neste enor-me e longo processo eleitoral.

A vontade da regularização daassociação por parte dos Órgãos So-ciais cessantes, facilitando de formainequívoca a realização das eleiçõesdo dia 12 do corrente mês, o aban-donar da corrida eleitoral de umapotencial lista em prol da estabilida-de e serenidade da AHBVA, a mas-siva participação dos associados àmesma, tudo correu como deveriaser de uma forma democrática e comrespeito entre as partes e pela asso-ciação. E, por isso, estão todos, semexceção, de parabéns. Ganhou prin-cipalmente a AHBVA. Claro que não

Desafiosposso deixar de dar uns parabénsespeciais aos órgãos recém empossa-dos nomeando os presidentes masobviamente extensível às três equipas:Carlos Fernandes (Valente), Dr. Adal-berto Carneiro e Manuel Monteirorespetivamente presidente da dire-ção, presidente da Assembleia Gerale presidente do Concelho Fiscal.

Outro assunto que tem feito corrermuita tinta é a adjudicação diretada revista municipal a uma empresade mobiliário, tendo a oposiçãoacusado a Câmara Municipal de teradjudicado por um valor elevadoem relação aos preços correntes demercado e de o ter feito a uma em-presa que não tem na sua atividadeartes gráficas. A posição da Câmarafoi a de que a adjudicação respeitavatodos os preceitos legais. A posiçãoda Câmara Municipal, neste caso,tem pés de barro, visto que isto seriaum não problema se tudo tivessesido feito por concurso público, oque normalmente acontece nestescasos é que torna o processo muitís-simo mais lento e burocrático tor-nando-o quase impossível de gerirem termos de calendário, e por issoa lei prevê em casos de menor montaque as entidades públicas entreguemdiretamente os contratos.

Mas, e nestas coisas há sempreum mas, o assunto tem de ser omais limpido possível e neste casoestá longe de o ser. Na vida temos

que ser como a mulher de César,que não basta ser honesta, tambémtem que parecer honesta.

Continuando em assuntos Camará-rios: no início do mês de outubrosaiu a notícia de que o governo pre-tende que o litoral suporte a descidado preço da água no interior. Ora,visto que vivemos no litoral e que,segundo outra noticia saída uma se-mana antes, Santo Tirso em conjuntocom a Trofa são os concelhos que maispagam pela água que consomem, eupergunto-me: onde iremos parar?

Em jeito de conclusão, Vila das Avesmostrou de uma forma cabal que oespírito associativo existe e está vivo,ainda que, no meu entender, aindaum pouco dormente. As eleições naAHBVA vieram abanar o estado dascoisas e sublinhar a força de Vila dasAves. E, nesse sentido, até dou umasugestão: porque não a elevação acidade, para conquistarmos o estatu-to que merecemos dentro doconcelho de Santo Tirso. ||||||

“Com as eleições dodia 12 de outubroganhou, principalmen-te a Associação Huma-nitária dos Bombeirosde Vila das Aves

Pedro Fonseca*

Mário Machado Guimarães

Quando Joaquim Couto diz que quercolocar Santo Tirso no mapa,esta é certaente uma boa estratégia.PEDRO FONSECA

Page 8: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

08 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

ATUALIDADENesta pressa quotidiana que é a nos-sa vida, acelerada a uma dimensãotal, que nunca julgamos possível, àsvezes, como que somos chicoteadospela presença da morte: brutal ou si-lenciosa, silenciosa e brutal sempre.

Ao ler, no último Entre Margens,a notícia da morte de Raul JoaquimMarques Bastos, mais do que tudosenti a dor da minha dívida para comele, de toda a segurança que a suaindependência e probidade, bemcomo de outros felizmente vivos, mepermitiram a aventura de ser Diretordo Entre Margens nos seus primei-ros passos…

Esta dívida, que é minha, gostavade a manifestar publicamente: nadase faz sozinho e, muito devo, eu e oJornal Entre Margens, numa fase em-brionária, e a própria Cooperativa, aoseu trabalho e dedicação cívica a esteprojeto no qual foi tudo: Presidentedo Conselho Fiscal, Presidente da Di-reção e Presidente da Assembleia Ge-ral. Abandonou a Cooperativa em1998, segundo me informaram, mas,nessa fase, eu próprio já estava volun-tariamente “exilado” e não sei quais asrazões que o motivaram a essa atitude.

O que gostaria de salientar, maisque tudo, é o seu exemplo cívico decidadania e independência, a sua li-berdade livre, que lhe fez ser entreoutras, e decerto importantes funçõesde que me esqueço…, sócio funda-dor da Associação de reformados deVila das Aves (ARVA), Presidente doMovimento Cívico de Vila das Aves,

IN MEMORIANRAUL BASTOS

ÓBITO // RAUL BASTOS

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Porque nós somos apenas a casca e a folha.A grande morte, que cada um em si traz,é o fruto à volta do qual tudo gira.In O Livro das Horas - O Livro da Pobreza e da Morte, Rainer Maria Rilke

membro da Comissão Instaladora daAssociação do Infantário de Vila dasAves e, posteriormente, membro dosseus corpos gerentes.

Embora, não possa dar outras cer-tezas, sei que sentia particular orgu-lho na Loja Operária de Negrelos eda sua história e que foi ele que mechamou a atenção para a compra daFarmácia da Fábrica do Rio Vizela fei-ta pelo meu avô Bernardino GomesFerreira… que ele “descobriu” nos seuslivros de contabilidade.

A sua “social-democracia” enraiza-da e o seu pensamento, visceralmen-te independente, aliados à sua pro-vada honestidade, foram o exemplomarcante da sua vida cívica.

Claro está que a independência ea liberdade, não sendo apenas dis-curso, são mais que rosas espinhos…

E, nesta sociedade, vazia de prin-cípios, quase sinal de escândalo!Obrigado, pelo exemplo, Raul Bastos.

A toda a sua família as mais sen-tidas condolências, Adolfo Queirós

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Decorreu no auditório do Centro Cul-tural de Vila das Aves no dia 14 deoutubro passado a primeira das trêssessões concelhias de apresentaçãode propostas concorrentes ao Orça-mento participativo Jovem. As outrassessões realizaram-se na BibliotecaMunicipal e na EBI da Agrela (a 25e 29 deste mês, respetivamente).

Numa primeira fase foram reali-zadas sessões de divulgação, seguin-do-se, nesta fase, a apresentação, dis-cussão e votação de propostas emsessões públicas, com a garantia quea proposta mais votada em cada ses-são passará à fase de apreciação pelacomissão de avaliação.

Segundo o regulamento podiamapresentar propostas, nestas Assem-bleias Participativas, jovens com ida-des compreendidas entre os 12 e os

OPJ entrou na fase deapresentação de propostas

30 anos residentes no concelho,devendo as propostas estar minima-mente formalizadas com a apresen-tação de objetivos e orçamento. Ametodologia de debate e votaçãofoi devidamente explicada, bem co-mo os critérios de escolha e de ex-clusão, salientando o dinamizadorda sessão, Jorge Machado, que acâmara dotou este orçamento parti-cipativo com 120 mil euros e que os“timings” deste ano são um poucoapertados, já que se pretende que aCâmara proceda à aprovação dos pro-jetos durante o mês de novembro.

Num fim de tarde em que cho-via copiosamente não era de espe-rar grande afluência ao Centro Cul-tural (tanto mais que era a primeirade três oportunidades) e só doisgrupos apresentaram propostas: umacom descrição objetivos e orçamentocom vista à realização, em segunda

edição ampliada da “Riofest”, a“Riofest 2015”, nos terrenos da Fábri-ca do Rio Vizela e outra, ainda pou-co mais que “alinhavada”, de cria-ção de uma “Horta Urbana” em SantoTirso. Na votação, a primeira das pro-postas referidas, pelos apoios garan-tidos com a presença em maioriaentre as menos de duas dezenasde pessoas de jovens de algum mo-do conotados com a mesma, ganhoupor larga diferença e será levada,em resultado disso, levada à Co-missão Técnica de análise.

O vereador do pelouro da Juven-tude, José Pedro Machado, que pre-sidiu e encerrou a sessão, tendo de-clarado que “estas são das coisas quemais gosto dão a quem está destelado”, referindo-se, naturalmente, àsiniciativas de orçamentos participa-tivos jovens pela adesão e empe-nho que os jovens demonstram. |||||

SEGUNDA EDIÇÃO AMPLIADA DA “RIOFEST”, PASSOU À FASE SEGUINTE

VILA DAS AVES // ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM

Page 9: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 9

No final de 2012, Carlos Valente ten-tou a sua sorte ao liderar uma candi-datura à presidência da AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Vila das Aves. O processo elei-toral, porém, ficou pelo caminho. Asua candidatura, di-lo agora, foi “porabsurdas razões mal recebida” numaaltura em que era “já por demais evi-dente a necessidade de renovação”.

A renovação de que fala CarlosValente só agora foi possível, doisanos depois, mas o agora presidenteda associação humanitária não dei-xou de lamentar que, à data, a sua

VILA DAS AVES // ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

Carlos Valente promete“gestão rigorosa etransparente davida da associação”SEM SURPRESAS, AS ELEIÇÕES PARA OS CORPOS GERENTES DA ASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DAS AVES CONFIRMARAM CARLOSVALENTE COMO PRESIDENTE DA DIREÇÃO. NA TOMADA DE POSSE, VALENTE DIZ QUE ASUA EQUIPA ESTÁ DISPOSTA A DAR O SEU MELHOR

candidatura tenha sido vista comouma ameaça. “O senhor comendadorGeraldo Garcia, o homem do lemadesta associação durante mais de 30anos, e cuja obra é merecedora dejusta homenagem, poderia ter vistoaí uma oportunidade, mas ao con-trário, sentiu uma ameaça. Se tivessetido ao seu lado conselheiros me-lhor formados e mais avisados eparticipativos, teria reconhecido quetodos passamos, que todos temos dealgum dia de deixar tudo”.

Geraldo Garcia, porém, só deixa-ria tudo, literalmente, a 8 de abril e o

Tirso tem obrigatoriedade de ajudar”.O presidente da Câmara mostrou-seconvicto de que ambos se vão enten-der e que um e outro saberão levar “aágua ao seu moinho”. Parafraseandoo próprio autarca, num ano marcadopela “falta de incêndios nas florestas”nem foi preciso assim tanta água, masa colaboração da autarquia com asdiferentes corporações do municípioparece ter dado já os seus frutos ten-do em conta o baixo de número defogos registados no último verão.

Rui Silva, presidente da Associa-ção Portuguesa dos Bombeiros Vo-luntários, Sebastião Fernandes, da Ligados Bombeiros Portugueses e JoséMiranda, presidente da Federaçãodos Bombeiros do Distrito do Portoforam algumas das presenças na ceri-mónia de tomada de posse dos no-vos corpos gerentes da AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros Volun-tários de Vila das Aves. Este últimomostrou-se convicto de que CarlosValente, pelas provas dadas no exer-cício de outras funções, vai continu-ar a engrandecer o nome da corpora-ção local, mas também não deixoude sublinhar a “coragem” dos dirigen-tes que, neste último ano souberam“levar o barco e entregá-lo aos queagora tomam posse”. Emídio Lima foium desses dirigentes que aproveitoua ocasião para ressalvar o trabalho doanterior presidente, Geraldo Garcia,a quem se deve, na sua opinião, asgrandes conquistas feitas ao longo dotempo pela associação humanitária.

Já Adalberto Carneiro, agora naqualidade de presidente da Assem-bleia Geral estendeu a sua homena-gem ao “ao punhado de cidadãosque há mais de 37 anos, no dia 2de julho de 1977 decidiram que Viladas Aves era merecedora de umacorporação de Bombeiros”. E é preci-samente com base “na memória detodos os que serviram os desígniosda associação “que quer, Carlos Va-lente, projetar o futuro da associa-ção humanitária, “sem esquecer nin-guém” e “sem repudiar ninguém”. |||||

processo eleitoral só haveria de serretomado em julho deste ano. Naassembleia de dia 13, Carlos Valentedisse logo ao que vinha, formalizan-do a sua renovada candidatura noprimeiro dia de setembro. Sem ad-versários, Valente acabou por ser eleitono dia 12 de outubro e, uma sema-na depois, tomou posse como presi-dente da direção da Associação Hu-manitária dos Bombeiros de Vila dasAves. Ao seu lado, entram como vice-presidentes Fernando Silva e DavidAdães, ficando as presidências daAssembleia Geral e do Conselho Fis-cal nas mãos de Adalberto Carneiroe Manuel Monteiro, respetivamente.

Ou, nas palavras do próprio Valen-te, “uma equipa disposta a dar o seumelhor” e cuja atuação se fará “rigo-rosamente enquadrada pelos estatu-tos”. O novo presidente da associa-ção Humanitária foi mais longe e afir-mou que a sua eleição e a equipa queo acompanha “representa o restabele-cimento da normalidade estatutária”.“As nossas decisões serão coletiva-mente assumidas porque assim o de-terminam os estatutos”, sublinhou omesmo responsável que prometeuainda uma “gestão rigorosa e trans-parente da vida da associação”.

Carlos Valente deu também contaque a nova direção da associação hu-manitária está determinada a “coope-rar com todas as entidades” que de al-guma maneira estejam ligadas à mis-são confiada aos bombeiros. Não es-queceu a Câmara Municipal da qualespera contar com a “preciosa ajudaao equilíbrio financeiro” da associa-ção. Joaquim Couto que o precedeunos discursos, já o tinha anunciado:“É nosso entendimento que, garan-tindo a independência total das insti-tuições, a Câmara Municipal de Santo

PARA CARLOS VALENTE, A SUAELEIÇÃO E DA EQUIPA QUE OACOMPANHA “REPRESENTA ORESTABELECIMENTO DANORMALIDADE ESTATUTÁRIA”.

Page 10: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

10 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

ATUALIDADEPSD quer unidade deS. Martinho abertaaté ao final de novembro

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A questão da extensão de saúde deS. Martinho do Campo já não é nova,remonta a 2010. A obra foi contra-tualizada em maio e, em julho se-guinte, o então Secretário de EstadoAdjunto e da Saúde, Manuel Pizar-ro,participava da cerimónia de lançamen-to da primeira pedra. A obra, diz oPSD, teria um prazo de execução de365 mas quatro anos depois a ex-tensão continua sem abrir portas.

Andreia Neto considera “incom-preensível” que “a Câmara nada te-nha feito para exigir o cumprimentodo contrato” e diz ter a certeza de queo atraso na abertura da extensão esaúde resulta da “falta de vontadepolítica e de capricho pessoal do se-nhor presidente da Câmara, JoaquimCouto”. A deputada lembrou que aextensão de saúde irá servir cerca de18 mil utentes não só de S. Martinhocomo de São Salvador, Vilarinho,Roriz e S. Mamede.

“A anterior extensão de saúde,que ainda se encontra em funciona-mento, não tem as condições neces-

DIA 30 DE NOVEMBRO É A DATA QUE A DEPUTADA DA ASSEMBLEIA DA REPUB-LICA E PRESIDENTE DA CONCELHIA DO PSD DE SANTO TIRSO FIXOU PARA AABERTURA DA NOVA UNIDADE DE SAÚDE DE S. MARTINHO DO CAMPO. EMCONFERÊNCIA DE IMPRENSA, A DEPUTADA FEZ SABER QUE TERMINADO ESSEPERÍODO SE VÊ “OBRIGADA A EXIGI-LO POR VIA PARLAMENTAR”.

sárias e adequadas à prestação doscuidados de saúde à população destazona do concelho e esta obra vemprecisamente no seguimento dessasnecessidades”, sublinhou Andreia Ne-to, não entendendo que “a CâmaraMunicipal nada tenha feito, até aomomento, para exigir que sejam cum-pridos os prazos e para que a exten-são de saúde abra as suas portas”.

Mas em S. Martinho do Campo háainda outra questão que preocupa apopulação, a falta de médicos. “Mui-tas pessoas desta zona do concelhome têm abordado a propósito da fal-ta de médicos aqui na extensão de

saúde”, referiu Andreia Neto, que en-cara o problema como “manifestamen-te preocupante”. A deputada garantehaver “vontade política para que seencontre uma solução para a faltade médicos de família”, mostrando-se disponível para “agir junto do go-verno para apurar as verdadeiras ques-tões que se prendem com a falta demédicos em S. Martinho”.

Caso a 30 de novembro a exten-são de saúde continue por abrir por-tas, Andreia Neto garante que irá,através dos mecanismos que tem aoseu dispor na Assembleia, “procurarcomprovar documentalmente que aculpa é da única responsabilidade dosenhor presidente da Câmara”.

COUTO ACREDITA QUE OPROBLEMA DE S. MARTINHOÉ A FALTA DE MÉDICOSNa reunião de Câmara de dia 28 oassunto foi abordado pelo presiden-te da Câmara que repudiou “a formacomo o PPD/PSD tem vindo a tratar oproblema do Centro de Saúde de S.Martinho do Campo, fazendo chicanapolítica com um assunto sério na ex-petativa de tirar dividendos políticoscom as fragilidades da população”.Joaquim Couto diz ser “incompreen-sível” que “a presidente da concelhiado PPD/PSD de Santo Tirso, que temresponsabilidades acrescidas, em vezde juntar a sua voz à da Câmaraquanto à falta de recursos humanosno centro de saúde opte pelo discur-so populista e manipulador da verda-

de dos factos”. A verdade, garante opresidente, “é que o centro de saúdeainda não abriu por dificuldades doempreiteiro em cumprir com o queestá contratualizado”. Couto assegu-ra que a câmara fez um conjunto de“démarches” no sentido de resolver oatraso na conclusão da obra, procuran-do “dar conta da situação quer à ARSNorte quer à tutela mas apesar de to-dos os esforços nunca chegou ao con-tacto com os responsáveis nacionais”.

Para o autarca, o problema de S.Martinho do Campo é a falta de re-cursos humanos no centro de saú-de, “seja ele o velho ou seja o novoe aquilo que a Administração Regio-nal de Saúde do Norte disse recen-temente é que os recursos humanosque atualmente estão no centro desaúde actual serão exatamente osmesmos que vão para o centro desaúde novo”.

O vereador da oposição, AlírioCanceles, sublinhou que o presidenteda câmara “tem obrigação de acionaros meios que a lei disponibiliza paraobrigar o empreiteiro a concluir a obra”.Quanto à falta de médicos, lembroua preocupação de Andreia Neto coma questão e enfatizou que “o únicocentro de saúde que tem falta de mé-dicos é o de S. Martinho e a senho-ra deputada, a quem o assunto foi játransmitido, está a abordar a tutelano sentido de alterar a situação”. Jo-aquim Couto mostrou-se satisfeito porestarem “a fazer alguma coisa, por-que essa é que é a questão”. |||||

S. MARTINHO DO CAMPO // UNIDADE DE SAÚDE

INÍCIO DA CONSTRUÇÃODA UNIDADE DE S.MARTINHO DO CAMPOREMONTA A JULHO DE 2010

Page 11: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 11

Seniores já têmUniversidadeem Vila das Aves

Na última edição do Entre Mar-gens foi apontada a existência detrês universidades seniores noconcelho. A Universidade SéniorTirsense, a Universidade Séniorda Associação Nacional de Profes-sores de Vila das Aves e a Univer-sidade Sénior de S. Tomé de Ne-grelos. Importa, no entanto, es-clarecer que, no caso de S. Toméde Negrelos a ‘Universidade’ nãoé fruto de qualquer parceria comuma universidade ou associação,sendo unicamente uma atividadelevada a cabo pela Junta local. |||||

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“A Universidade Sénior de vila dasaves foi e é um projeto abraçadodesde o primeiro momento em quefoi proposto à senhora presidente dajunta”. Quem o diz é Paula Carqueja,Presidente da Associação Nacionalde Professores que esteve em Vila dasAves no passado dia 20 de outubropara a abertura oficial da Universi-dade Sénior da Associação Nacio-nal de Professores de Vila das Aves(USANP-VA), uma parceria entre aAssociação e a Junta de Freguesia.

A melhoria da qualidade de vidados seniores e o combate ao isola-mento são alguns dos aspetos positi-vos que Paula Carqueja aponta a ini-ciativas como a que agora se iniciaem Vila das Aves. “Para além dos obje-tivos pedagógicos desenvolve um pa-pel fundamental no desenvolvimen-to da cidadania ativa e sem idades,promovendo espaços de convívio eparticipação social que ajuda no com-bate ao sedentarismo e ao isolamen-to social”, sublinhou a presidente daAssociação Nacional de Professores.

Em Vila das Aves a UniversidadeSénior arrancou oficialmente peran-te o auditório repleto da junta defreguesia. A assinalar a abertura es-teve o grupo coral da Associação deReformados de Vila das Aves que ‘en-cantaram’ os presentes com um mo-mento musical. Quem também nãofaltou à abertura foi a deputada daAssembleia da Republica, AndreiaNeto, e a vereadora da cultura e daeducação, Ana Maria Ferreira. A ve-readora elogiou a “visão” da juntade freguesia e da Associação Nacio-nal de Professores e demonstrou oapoio da Câmara Municipal. “Quemabraçou este projeto não se vai arre-pender”, sublinhou Ana Maria Ferreira,acrescentando: “alguns de vocês acre-dito que irão descobrir potenciais quenunca pensaram ter”.

A USANP-VA ergueu-se tambémfruto do trabalho de Felisbela Freitas,Henriqueta Alves e Margarida Mo-rei-ra e hoje já se encontra a funcio-nar nas instalações da junta de fre-guesia. Os alunos têm mais de 50anos e uma vontade de mudar men-talidades e partilhar conhecimentos.

Conhecimentos esses que, na Univer-sidade Sénior de Vila das Aves sur-gem de varias formas: Cidadania, In-glês, Música, Património Cultural e Ima-terial, Yoga do Riso e Plantas Aromá-ticas e Medicinais são algumas delas.

A presidente da Junta, ElisabeteFaria, é outro dos rostos do projeto.Foi à autarca que coube a apresenta-ção dos professores que, voluntaria-mente, dão corpo à universidade.“Projetar, desenvolver, fabricar maisconhecimento, mais sabedoria e ocu-par os tempos livres dos nossos ci-dadãos será uma verdadeira recom-pensa para todos os que irão frequen-tar a USANP-VA”, sublinha a presi-dente. Elisabete Faria garante que ajunta de freguesia tem “procurado sercriativa e inovadora, o que levou acomeçar com disciplinas com temasatualíssimos e inovadores como oYoga do Riso e as Plantas Aromáticase Medicinais”. As disciplinas foram,de resto, escolhidas de acordo comas “opções dos alunos e das ofertasdos professores voluntários”, explica.

A presidente vê a USANP-VA co-mo uma “aposta clara em dar maisqualidade de vida aos avenses, fo-mentando as relações sociais”. “Vive-mos um tempo difícil mas o futuroserá o que os cidadãos dele fizerem”,concluiu Elisabete Faria. |||||

VILA DAS AVES // UNIVERSIDADE

NA UNIVERSIDADE SÉNIOR OS ALUNOS TÊM MAIS DE 50ANOS E UMA VONTADE DE MUDAR MENTALIDADES EPARTILHAR CONHECIMENTOS. CONHECIMENTOS ESSESQUE SURGEM DE VARIAS FORMAS

ESCLARECIMENTO

ELISABETE FARIA, PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES

Projetar, desenvolver, fabricar mais conhecimento,mais sabedoria e ocupar os tempos livres dosnossos cidadãos será uma verdadeira recompensapara todos os que irão frequentar a universidade”

Page 12: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

12 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

ATUALIDADESuspensão de plano de pormenorpõe ponto final ao hospital privado

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A Câmara Municipal de Santo Tirsoaprovou, em reunião extraordináriarealizada em agosto uma proposta desuspensão parcial do Plano de Porme-nor da Zona das Rãs, com os votosfavoráveis da maioria socialista e osvotos contra dos vereadores eleitosnas listas do PSD/PPM. O assunto vol-tou à reunião do executivo realizadaem 23 de setembro, conjuntamentecom um parecer favorável da Comis-são de Coordenação e Desenvolvi-mento Regional do Norte (CCDRN) ea proposta de remeter o assunto paraa Assembleia Municipal.

Entretanto, o assunto foi sendonotícia, com o presidente a defendera necessidade de “criar medidas quefacilitem a remodelação do espaço”da zona, indo ao encontro aos inte-resses de proprietários e comercian-tes e reconhecendo que o Plano dePormenor dificulta esse tipo de ope-rações. Pela parte dos vereadores emoposição foi manifestado o receio detransformar uma zona até agora con-dicionada numa zona “onde se podeconstruir tudo”.

Também o grupo independente“Pr’à frente Santo Tirso, representadona Assembleia Municipal por Henri-que Pinheiro Machado, tomou posi-ção sobre o assunto em comunica-do de imprensa, em meados de se-tembro passado, referindo, nomeada-mente, que “o processo de suspen-

JOAQUIM COUTO DEFENDE A NECESSIDADE DE “CRIAR MEDIDAS QUE FACILITEM AREMODELAÇÃO DO ESPAÇO” DA ZONA DAS RÃS

SANTO TIRSO // O PLANO DE PORMENOR DA ZONA DAS RÃS

são do Plano de Pormenor das Rãs é,no mínimo, pouco transparente” eque se verifica “existir um novo modode fazer política em Santo Tirso, ondesão notórias decisões opacas e des-ligadas dos interesses dos tirsenses”.E ainda que “o que parece estar a serpreparado nas costas dos tirsenses éa alteração ao modelo de desenvol-vimento do território construído aolongo das últimas três décadas”.

Na Assembleia Municipal de fi-nal de setembro as críticas foram re-tomadas com alguma veemência masa proposta da Câmara foi ratificada eo assunto prossegue os seus trâmi-tes sem o foco mediático.

O Entre Margens procurou, en-tretanto, reunir a informação dispo-nível para tentar perceber melhor edar a conhecer aos seus leitores oalcance e o impacto destas decisões.

A primeira dúvida que a leiturada documentação nos esclarece éque se trata da suspensão completa(ainda que sujeita a restrições, comose verá) de uma área significativa até

aqui sujeita ao Plano; as notícias re-feriam “suspensão parcial” mas verifi-ca-se que parcial é referente à área enessa área parcial o Plano de Porme-nor deixa, pura e simplesmente, dese aplicar. A zona fica sujeita a medi-das preventivas até à alteração doPDM, sendo que qualquer operaçãourbanística fica sujeita a parecer daCCDRN, não são permitidas constru-ções acima de seis pisos e as opera-ções urbanísticas não podem colidircom os termos de referência adotadospara a revisão do PDM, a saber: azona agora excluída será integradaem espaço habitacional do tipo I.

Suspender, ainda que parcialmen-te, um Plano de Pormenor onde, se-guramente, se despenderam muitashoras de estudo e de trabalho, entreoutros recursos, implica justificaçõessólidas e fundamentadas. A leiturados documentos a que o EM teveacesso revela, de forma explícita, quea Câmara já não acredita no Planode Pormenor: “no atual contexto eco-nómico e social do país e da Europa

(…) as perspetivas de desenvolvimentoeconómico são muito fracas, pelo quea total substituição das edificaçõesexistentes por novos edifícios não irácertamente acontecer a longo prazo”.

Independentemente da expetativalegítima dos proprietários das edifica-ções existentes em poder dar-lhes ou-tra aparência e outra utilização sem osconstrangimentos do Plano de Porme-nor, a perspetiva da cidade na cria-ção de uma zona nobre que teve, háalguns anos, elevada pressão urbanís-tica, fica defraudada por uma visão ne-gativa sobre o médio e o longo prazo.Todo o trabalho de estudo e de plane-amento vai para as gavetas da históriadeixando em roda livre (ou pelo me-nos em roda mais livre) a evolução daorganização do território da cidade.

Na verdade, porém, algo mais sig-nificativo teria de haver, porque o quefoi referido não parece justificar aideia nem alguma pressa que pareceestar associada à sua concretização.A chave para a leitura de tudo istono seu contexto será, certamente, oobjetivo de “integrar o terreno cama-rário que por alteração do Plano foiincluído em espaço de equipamentoem espaço habitacional”. Este terre-no, segundo informação que a Câ-mara fez chegar ao Entre Margens,foi cedido ao domínio privado domunicípio no âmbito de uma opera-ção de loteamento no final da déca-da de 80 e posteriormente integra-do no Plano de Pormenor, que odestinou, inicialmente, a habitação ecomércio. A alteração feita em 2008ao Plano de Pormenor destinou o

FORA DESTE PLANO DE PORME-NOR FICA O CÉLEBRE PRÉDIOINACABADO QUE MARCA APAISAGEM DE SANTO TIRSO HÁDÉCADAS (CONFORME SE VÊ NAIMAGEM, À DIREITA) E EMRELAÇÃO AO QUAL A AUTARQUIADIZ-SE ATENTA

Page 13: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 13

Um plano de pormenor para umazona da cidade é um instrumen-to técnico de elevado nível, frutode muito trabalho especializadode arquitetos e outros técnicos,que tem como objetivo fundamen-tal a conceção do espaço urbanoestabelecendo, para isso, regrasexplicitas sobre o uso do solo, ascondições gerais de edificação,quer para as novas edificaçõesquer para a transformação dasedificações existentes, regras paracaracterização das fachadas dosedifícios, para o arranjo dos espa-ços livres e definição de propor-ções entre espaços de circulação,de estacionamento, de lazer, etc.Um plano de pormenor é um ins-trumento de planeamento do fu-turo, da qualidade de vida futu-ra de uma zona bem delimitadade uma cidade. |||||

terreno a equipamento para permitira instalação de um hospital privadono local, o que não chegou a acon-tecer. Pretende-se, portanto, retomara definição anterior.

Ora, quando para justificar a alte-ração do Plano de Pormenor se argu-menta com a “manifesta impossibili-dade de antever as expetativas do mer-cado, proporcionando a flexibilida-de necessária ao acolhimento de ini-ciativas públicas ou privadas quese revistam de interesse público”, ficasempre a dúvida se não seria maisprudente, em face dessas fracas expe-tativas do mercado imobiliário, habi-tacional ou não, manter o terreno ca-marário reservado. Terá sempre sabora contradição dizer que se altera oPlano de Pormenor porque não háperspetivas de novos edifícios, nemmesmo no longo prazo e, em simul-tâneo, pretender criar condições paraque se destine, em prazo mais curto,um terreno camarário a habitação.

Muito próximo da zona do Planode Pormenor mas fora desta, um pré-dio inacabado marca a paisagem hádécadas (conforme se vê na imagem,à direita) e a leitura apressada daproposta camarária parecia fazer crerque alguma ligação poderia havercom a resolução deste problema. Defacto não é assim, esse prédio estáfora do referido plano. Mas, garanti-ram-nos, “a autarquia está atenta aeste problema que está a ser tratadoem conjunto por vários serviços mu-nicipais e entidades externas”. |||||

UM PLANO DEPORMENOR

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A reunião de Câmara da passadaterça-feira, dia 28, foi recheada detemas e intervenções mas a revistamunicipal voltou a ser o centro degrande parte delas. A oposição jáhavia levantado questões relativasao ajuste direto, no valor de 27mil euros, para a conceção, pagi-nação e maquetização da revistamunicipal a uma empresa de mo-biliário e na última reunião o as-sunto voltou a ser abordado. “Osvereadores do PSD/ PPM proporci-onaram ao senhor presidente aoportunidade de explicar aostirsenses os contornos deste ne-gócio e mesmo de procederem àsua anulação, vossas excelênciaspreferiram fugir às vossas respon-sabilidades e atacar aqueles quese limitaram e limitam a cumprir alei”, referiu Alírio Canceles quegarantiu que “em nome da verda-de e da transparência” vão reme-ter o caso para as entidades públi-cas como o Tribunal de Contas eo Ministério Público.

O presidente da Câmara lamen-tou o discurso “populista, dema-gógico e falso” da oposição e asse-gurou que “sob o ponto de vista

jurídico-legal a câmara atuou cor-retamente”. “Não tenho dúvidanenhuma”.

Mas se a oposição mostrou re-servas quanto ao “negócio” deconceção e paginação da revista,levanta agora novas reservas noque toca à sua impressão. “O se-nhor presidente entendeu adjudi-car recorrendo uma vez mais à fi-gura do ajuste direto, sem concur-so, a impressão da revista munici-pal a uma empresa sediada em Leçado Balio”, sublinhou Alírio Can-celes. A empresa, garante, tambémnão faz qualquer referência à im-pressão no seu objeto social: “tra-ta-se de uma empresa de meios epublicidade e fica claro para o PSD/PPM que a empresa apenas serviude intermediário neste negócio”.

Em causa está a distribuição de50 mil exemplares de duas edi-ções da revista municipal (25 milpor edição) a ser entregues até aofinal do ano, num valor que ultra-passa os 40 mil euros. A oposi-ção acusa o presidente de “hostili-zar as empresas de Santo Tirso,mesmo sabendo que existem em-presas gráficas no concelho quetêm o know how para prestar esteserviço, preferindo contribuir para

criar riqueza e emprego noutros con-celhos” e vai mais longe, sublinhan-do não encontrar “nas atas dasreuniões de camara qualquer des-pacho com esta finalidade”. O PSD/PPM considera, assim, que o con-trato não tem qualquer “suportelegal” e que se trata de um “negó-cio duvidoso que deve ser imedi-atamente anulado”.

Sobre a revista municipal, queJoaquim Couto fez questão de en-tregar no final da reunião, o presi-dente sublinha que o que está emcausa é uma questão política. “Ossenhores vereadores do PSD nãoquerem que a Câmara informe osmunícipes”, referiu o presidenteque garantiu que a revista é maisbarata do que a anterior e insistiuna legalidade do processo.

SUBSÍDIOSA reunião prosseguiu depois coma ordem de trabalhos e a aprova-ção de vários subsídios, nomea-damente para o Clube Desportivodas Aves, os Amadores de Pescade Vila das Aves, as AssociaçõesDesportivas de Tarrio, Guimarei eRefojos e a Associação Recreativade Negrelos, num valor que as-cende aos 190 mil euros. |||||

TEM 98 PÁGINAS E UM DESIGN COMPLETAMENTE RENOVADO. A REVISTA MUNICI-PAL QUE TANTO TEM DADO QUE FALAR NOS ÚLTIMOS TEMPOS JÁ CIRCULA EMSANTO TIRSO, MAS A POLÉMICA CONTINUA, DESTA VEZ EM TORNO DA EMPRESAENCARREGUE DA IMPRESSÃO.

SANTO TIRSO // REUNIÃO DE CÂMARA DE 28 DE OUTUBRO

PSD diz que impressão darevista municipalé “negócio duvidoso”

“Combate à Pobreza e Exclusão Soci-al” é o tema da palestra que o Secre-tariado do PS de Vila das Aves vairealizar no próximo dia 15 de no-vembro. Com início marcado para as15h30, no Centro Cultural de Viladas Aves a palestra decorrerá aomesmo tempo (e no mesmo local) queuma recolha de bens alimentares. Oobjetivo é que cada pessoa se façaacompanhar de uma oferta simbóli-ca. Os bens recolhidos serão, poste-riormente, reunidos em cabazes deNatal para serem entregues às insti-tuições da localidade. |||||

A deputada da Assembleia da Repú-blica, Andreia Neto, visitou, no pas-sado dia 6 de outubro o Projeto (Re)Inserir na Trofa, organizado pela ASAS,que visa a reinserção social de pes-soas com problemas ligados ao con-sumo do álcool e de drogas ilícitas.

A deputada tirsense conheceu deperto as vidas difíceis dos utilizadoresdo projeto que tiveram a oportuni-dade de compreender o trabalho de-senvolvido na Assembleia da Repú-blica, e debater o contexto socio-eco-nómico difícil em que se tenta lutarpela sua reinserção social.

Numa visita marcante para todos,onde se partilharam sentimentos faceà realidade atual, ficou a prova deque a persistência e insistência sãoas palavras de ordem para quemefetivamente sente a necessidade damudança. ||||||

PS de Vila das Avesdiscute ‘pobrezae exclusão social’

Andreia Netovisita (Re)Inserir na Trofa

SOLIDARIEDADE

Page 14: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

14 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

ATUALIDADE

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Torne-se assinantedeste jornal e

Estrelado Monte

A construção de cerca de 11 km deredes de saneamento, na União dasFreguesias de Lamelas e Guimarei ena União das Freguesias de Carreirae Refojos de Riba de Ave rondará os900 mil euros, e terá um prazo deexecução de 240 dias. Já a constru-ção de cerca de 16 km de redes, igual-

Construção deredes desaneamentoarrancam dia 3

SANTO TIRSO // REDE DE SANEAMENTO

A 3 DE NOVEMBRO INICIAM-SE AS OBRAS DE CONSTRUÇÃODE REDES DE SANEAMENTO NO MUNICÍPIO DE SANTOTIRSO. A OBRA SERÁ EXECUTADA PELA ÁGUAS DONOROESTE, SA., AO ABRIGO DA PARCERIA DO SISTEMA DEÀGUAS DA REGIÃO DO NOROESTE

mente na União das Freguesias deLamelas e Guimarei e na União dasFreguesias de Carreira e Refojos deRiba de Ave é um investimento demais de 1 milhão de euros com umprazo de execução de 240 dias.

A construção das empreitadas re-feridas permitirá dotar as freguesias de

Lamelas, Guimarei, Carreira e Refojosde Riba de Ave de redes de sanea-mento de águas residuais, a partir dasquais os esgotos recolhidos serão en-caminhados para tratamento adequa-do numa Estação de Tratamento (ETAR).

A Parceria do Sistema de Águas daRegião do Noroeste responde aosinteresses dos tirsenses na medidaem que cria as condições de dimen-são e de organização necessárias àrealização dos imprescindíveis inves-timentos de ampliação e de remode-lação das redes municipais de dre-nagem de águas residuais. Duranteo período da Parceria com o municí-pio de Santo Tirso, entre 2014 e2015, a Águas do Noroeste execu-tará um plano de investimentos novalor de 3,7 milhões de euros.

Esta parceria tem como objetivos,na vertente de saneamento de águasresiduais, assegurar de forma regularo serviço, promover a ligação à redepública para assegurar o adequadotratamento das águas residuais reco-lhidas e garantir a conceção, constru-ção, exploração, manutenção e reno-vação das infraestruturas.

As duas empreitadas serão cofi-nanciados pela União Europeia, atra-vés do Programa Operacional Temá-tico de Valorização do Território, noâmbito do QREN. |||||

Page 15: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 15

EB1 de Areias, EB1/JI de Bom Nome,na freguesia de Vila das Aves, EB1/JIde Quinchães, na freguesia de MonteCórdova, EB1/JI do Olival, na fregue-sia de S. Mamede de Negrelos, EB1/JI de S. Martinho do Campo, EB1/JIde Paradela, na freguesia de Vilarinho,EB1/JI do Foral, freguesia de SantoTirso, JI do Centro Escolar de S. Migueldo Couto. São estas as escolas que,

CÂMARA DE SANTO TIRSO VAI INVESTIR CERCA DE 400 MILEUROS PARA BENEFICIAR 888 ALUNOS, 660 DO 1º CICLO E228 DO PRÉ-ESCOLAR. O INVESTIMENTO IRÁ RETIRARTODAS AS COBERTURAS DE AMIANTO DE OITO ESCOLAS DOCONCELHO.

graças ao investimento cama-rário naordem dos 400 mil euros poderão,finalmente, ver-se livres, das cobertu-ras de amianto. O concurso já foiaberto e espera-se que os traba-lhosdecorram até 2015. O presidente daCâmara, Joaquim Couto acredita que,mesmo não existindo situações ‘mui-to graves’ no concelho, se trata dealgo imperativo e a “Câmara vai as-sumir as suas responsabilidades”.

As intervenções, segundo revelou,não serão prolongadas no tempo, oque evitará transtornos durante o pe-ríodo letivo. A ideia da Câmara, ex-plicou, “é ter as obras no terreno du-

rante o período de férias, mas antesdessa calendarização irá envolver-seas direções dos estabelecimentos deensino e os encarregados de educa-ção, de forma a causar o menor im-pacto possível”.

As empreitadas nas oito escolasdo 1º ciclo e pré-escolar vão envol-ver a remoção da cobertura em pla-cas de fibrocimento existente, em to-tal cumprimento com as regras de se-gurança e ambientais exigidas, substi-tuindo-a por uma cobertura em pai-néis de chapa “sandwich” com po-liu-retano injetado. “Este tipo de cober-tura, além de cumprir a função imper-

meabilizante, melhorará significativa-mente o comportamento térmico eeficiência energética dos edifícios”,sublinhou Joaquim Couto.

O investimento para todas as obrasde remoção de amianto nas escolasde Santo Tirso ronda os 400 mil eu-ros, sendo que na Escola de Gui-marei a intervenção já está concluí-da. A Câmara pretende, assim, salva-guardar que “no ano letivo 2015/2016, o amianto irá desaparecer dasescolas”. Couto defende que se trata“de uma questão de saúde pública e,por isso, nem sequer se questiona anecessidade deste investimento”. |||||

“No ano letivo2015/2016, oamianto irádesaparecer dasescolas”

SANTO TIRSO // ESCOLAS

EM OITO ESCOLAS DO 1º CICLOE PRÉ-ESCOLAR VAI-SEPROCEDER REMOÇÃO DACOBERTURA EM PLACAS DEFIBROCIMENTO. ESCOLA DE S.MARTINHO, NA IMAGEM

Page 16: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

MARCAÇÃO DE CONSULTASTELEFONE 252 872 021 | TELEMÓVEL 918 182 018 - 938 130 893

VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Rua 25 de Abril, nº 3374795-023 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

16 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

ATUALIDADE

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Joaquim Furtado percorreu a históriado jornalismo em Portugal e partilhoualgumas das histórias que viveu aoleme da profissão. Falou de como, nafalta de liberdade de expressão, “apreocupação não era informar maise melhor, mas saber como ultrapas-sar a censura de modo a poder in-

“O futuro continuará a não viversem a profissão de jornalista”SE HOUVE FEITO QUE O FESTIVAL DO NOVO JORNALISMO, QUE DECORREU NA FABRICA DE SANTO THYRSO NOSDIAS 24 E 25, ALCANÇOU FOI, SEM DÚVIDA, TRAZER AO CONCELHO NOMES SONANTES DA ÁREA. JOAQUIMFURTADO FOI UM DELES. A PALESTRA DO PREMIADO JORNALISTA FOI QUASE MÚSICA PARA OS OUVIDOS DOSPRESENTES, ESPECIALMENTE DOS PRÓPRIOS JORNALISTAS, E DEIXOU NO AR O SENTIMENTO DE QUE, MESMOCOM ALGUMAS MUDANÇAS, A PROFISSÃO AINDA VALE A PENA.

formar mais e melhor”, dos erros quese seguiram “à explosão de liberda-de” que foi o 25 de abril e como foipossível aprender jornalismo e cida-dania em liberdade. Lembrou o sur-gimento do tal ‘novo jornalismo’, “umacoisa do passado” que, na realidade,tinha mais de literatura do que dejornalismo. “Os tempos estão amea-çadores para o jornalismo”, subli-

nhou Joaquim Furtado traçando umretrato “de uma realidade em profun-da mudança”. Os desafios lançadospela internet, a auto censura que con-tinua a existir são alguns deles e ojornalista acredita que, “sem meiospara concretizarem a sua própria agen-da, os jornalistas terão que sair doespartilho em que estão aliando-se àsociedade, aos seus leitores, aos seus

ouvintes”. “O controlo que a políticaprocurou exercer sobre a comunica-ção social está hoje substituído pelopoder económico”, lembra, sublinha-do que, ainda assim, “o futuro conti-nuará a não viver sem a profissão dejornalista, seja em jornais de papel,hoje bastante ameaçados, seja em li-vro, seja na net”.

“A BIOGRAFIA QUE INTERESSAÉ A QUE DIZ TUDO E FOIESCRITA COM LIBERDADE”Coube aos jornalistas Joaquim Vieirae Miguel Pinheiro e ao investigadorRui Ramos a discussão do primeirotema de dia 25. Os três já publica-ram biografias e foi esse o mote queos trouxe ao Festival. Afinal, “estãoas biografias não autorizadas em peri-go?” Para Miguel Pinheiro que publi-cou, em 2010, a biografia de Sá Car-neiro, a primeira coisa que lhe vem àcabeça é a existência de três tipos debiografias: de pessoas vivas, de pes-soas mortas, e “agora há uma novaopção que é fazer biografias de pes-soas vivas que estarão mortas quan-do for publicado”. Para o jornalista aescolha é simples: biografar pessoasvivas “nunca na vida”. Joaquim Vieiraé o autor da biografia ‘mais ou me-nos’ autorizada de Mário Soares eexplica um pouco a posição de MiguelPinheiro: “muitas vezes, escrever so-bre pessoas vivas levanta questõeséticas”, podem existir dois direitosconflituais: o das pessoas à informa-ção e o da reserva da vida privada.“Tento que prevaleça sempre o direi-to das pessoas à informação”, adian-tou Joaquim Vieira, “mas é uma deci-são própria de quem está a fazer otrabalho”. Para o Jornalista, o facto dabiografia de Mário Soares ter sidoou não autorizada, é claro. “Conside-ro que a biografia é não autorizadae nunca pensei o contrário”, a ideiade alguém exterior autorizar um tra-balho seu foi, nas suas palavras, sem-pre algo que não concebeu. “Tive oprivilégio de falar com o biografado

FESTIVAL NOVO JORNALISMO

NA IMAGEM, O JORNALISTAJOAQUIM FURTADO NASESSÃO DE ABERTURA DOFESTIVAL NOVO JORNALISMO

Page 17: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

Pôr Santo Tirso no mapa doseventos culturais através deuma temática baseada nosjornalistas e nos seus inte-resses e práticas profissio-nais não nos parece ter a am-plitude necessária para seexpandir com sucesso idên-tico ao que alguns municípi-os da vizinhança têm conse-guido em “escritarias” ou “cor-rentes de escrita”. Por isso,ousamos sugerir à Câmara eaos organizadores que, paraobter uma “profundidade decampo” adequada, conside-rem a possibilidade de rea-lizar um festival da Impren-sa Regional. Ao contrário daimprensa nacional, os jor-nais regionais parecem maiscapazes de manter a fideli-dade dos seus leitores e desobreviver à margem dos in-teresses da publicidade e docontrole económico. E a opor-tunidade de intercâmbio en-tre os profissionais de “1ª li-ga” e os “amadores” das divi-sões inferiores seria muitoapelativa. O concelho tem tra-dições de imprensa e demons-tra vitalidade e criatividadepara ajudar a criar uma dinâ-mica de imprensa regional as-sente em boas práticas orga-nizacionais, promovendo-seinterna e externamente aomesmo tempo. ||||| AAAAA REDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃO

mas isso não quer dizer que seja au-torizado”. No caso de biografias depessoas mortas, a dificuldade passa,exatamente, por não poderem parti-lhar a sua história. Miguel Pinheirosublinha, também, outra dificuldadeque é a preservação de materiais. “Per-dem-se coisas em inundações, mu-danças de casa, incêndios”, revela,“perdem-se dados e as pessoas nãoguardam nada, quem quiser fazer bi-ografias de pessoas de hoje vai termuito mais dificuldade”. Rui Ramosescreveu duas biografias, a de JoãoFranco e a D. Carlos e conta comoescreveu a primeira de forma com-pletamente “despreocupada”. “Depoisde publicada”, lembra o investigador,“recebi um telefonema dos netos deJoão Franco que me queriam conhe-cer e aquilo tomou uma realidadeque me deixou desconfortável”. Nãofoi o caso, mas Rui Ramos lembra que“outro caso bicudo de resolver sãoas pessoas que se relacionam com obiografado”. “Há pessoas que conse-guem judicialmente que não se faledelas e ficam espaços em branco”,refere o investigador que consideraque o que falta a um país como Por-tugal é a cultura de biografias. “Ain-da vivemos no secretismo, somos des-leixados em muita coisa, não guar-damos papeladas”, sublinha. A opi-nião de Miguel Pinheiro vai também,um pouco, nesse sentido, uma vezque considera que “as coisas que sevarrem para debaixo do tapete daintimidade, às vezes, são importantespara perceber a pessoa”. Para Rui, nofinal de contas, “a biografia que inte-ressa é a que diz tudo e foi escritacom liberdade”.

“QUEREMOS REGULAR TUDOE DEIXAMOS ESCAPARAS GRANDES QUESTÕES”O segundo painel tinha entre mãosa questão da ‘Ética e Deontologia nanão-ficção’. O presidente do Conse-lho Regulador da Entidade Regula-dora para a Comunicação Social,

Carlos Magno, juntou-se ao escritor,editor e ex-secretário de Estado daCultura, Francisco José Viegas e aojornalista Paulo Moura para discutiro assunto e a primeira conclusão foide Paulo Moura. “Num livro de nãoficção é preciso definir se se trata deum trabalho jornalístico ou não, sefor tem que se seguir a ética profissi-onal”, considera. Nestes casos, a éti-ca de que o jornalista fala trata-setão-somente de “não mentir”. PauloMoura compreende que “há traba-lhos que só podem ser publicadosem livro porque o jornal não tem es-paço” mas, ainda assim, defende que“não se pode cair no exagero de quetodos os livros de não ficção tenhamque seguir ética”. A única soluçãoque Paulo Moura vê para a questãoé a honestidade, “o leitor tem o diretode saber se o que está a ler é ficçãoou não”. Numa conversa em que aprofissão de jornalista e a de escritorforam amplamente debatidas, Francis-co José Viegas lembrou que “o escri-tor tem toda a liberdade, e o jornalis-ta também mas os compromissos decada um são diferentes”. Para CarlosMagno, “quando se faz um livro e sediz que os factos aconteceram assu-me-se um compromisso com o lei-tor”. Quanto ao jornalismo, o presi-dente do Conselho Regulador daEntidade Reguladora para a Comuni-cação Social acredita que “a regra bá-sica é a verdade”. “Somos excessiva-mente intervencionistas, queremos re-gular tudo e deixamos escapar asgrandes questões”, sublinhou CarlosMagno acrescentando que “a ERCserá tanto mais útil quanto menosfútil”. A função da regulação, segun-do Carlos Magno, deve ser sobretu-do certificar que o órgão de informa-ção procede de acordo com o seuestatuto editorial

“O ONLINE É MAIS RÁPIDO MASCOLOCA O PROBLEMA DAVERIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO”“Hoje há muita gente com ‘smart-

phones’ e tablets e isto significa, paranós jornalistas, que há gente a ler asnossas coisas como nunca pensamos”.Quem o diz é David Dinis, jornalistae diretor do Observador, um dos con-vidados a debater a ligação entre aInternet e o Jornalismo. Com ele esti-veram mais dois jornalistas: GustavoSampaio e Ricardo Rodrigues. Pelomenos numa coisa todos estiverammais ou menos de acordo: a internettraz prós e contras e Ricardo Rodri-gues acredita que o jornalismo quese faz na rede não é assim tão dife-rente do tradicional. “O online é maisrápido mas coloca o problema da veri-ficação da informação”, refere o jor-nalista, “há a ideia de tentar dar todaa informação e acaba por não se darnada como deve ser”. Gustavo Sam-paio defende que ‘há bom e mau jor-nalismo tanto nos meios tradicionaiscomo na internet’ e sobre esta últimaacredita que é impossível haver regu-lação. David Dinis vê a ligação comos leitores como umas das grandesvantagens do jornalismo online, issoe a capacidade de perceber que seerrou. Depois, a melhor opção “é as-sumir os erros com transparência ehumildade”. O jornalismo online le-vanta, para Ricardo Rodrigues, outroimportante problema, o da credibili-dade. “Na internet tenho que ter muitocuidado com o que escrevo porqueno minuto seguinte a minha credibili-dade pode estar destruída”, acrescen-ta David Dinis. Mas o perfil de quemprocura informação online pareceestar a mudar e se antes dois ou trêsparágrafos eram suficientes para es-clarecer os leitores, o interesse recai,agora, por reportagens mais alonga-das com informação mais detalhada.Mas não é só, começam a ser cadavez mais os órgãos de comunicaçãoque cobram pelas suas edições onlinee, para David Dias, no fim de contas,“a questão não é o meio, é o queestamos a fazer com ele”.

“SERÁ O LIVRO O REFÚGIO

DO GRANDE JORNALISMO?” A pergunta foi uma das que o últi-mo painel da tarde de dia 25 tentouresponder. Joana Pereira Bastos, Pau-lo Pena e Rita Garcia são jornalistas,já se aventuraram a contar históriasem páginas que, não sendo de jor-nais, incluem os livros que já publi-caram. Mas o que leva os jornalistasa embarcarem nessa aventura? JoanaPereira Bastos acredita que o motivoestá relacionado com a frustração quevai aumentando nas redacções, frutode “um processo de emagrecimento”que se tem vindo a verificar. “Isso sig-nifica que os que vão ficando sãocada vez menos, o tempo que têmpara dedicar a cada assunto não é oque desejável e o espaço não é mui-to”. Paulo Pena acredita que estamosa viver uma fase que é, ao mesmotempo, “terrível e fascinante”. “As pes-soas têm que se consciencializar que,para terem informação rigorosa têmque pagar por ela”, adianta, acrescen-tando que, ao mesmo tempo, “é pre-ciso que quem dirige meios de co-municação perceba que não se fazmais com menos sem prejudicar aqualidade”. É, de resto, essa vontadede fazer mais que leva os jornalistasa publicarem livros. “O livro vai ga-nhar força por causa da frustraçãodos jornalistas, da vontade de alon-gar alguns temas”, conclui Joana Pe-reira Bastos.

A conferência de encerramentoesteve a cargo do fotojornalista JoãoFrancisco Vilhena. ‘Polaroides e poe-mas’ foi o título escolhido para a con-ferência que pôs fim a dois dias dejornalismo e não ficção no concelhoe onde se percorreram memórias atra-vés do outro lado do jornalismo, a ima-gem. Terminado o festival, JoaquimCouto sublinhou a vontade de repe-tir a iniciativa cuja “caldeirada de obje-tivos” é simples: “dar ênfase a esta temá-tica e continuidade a esta discussãoe, ao mesmo tempo, promover o mu-nicípio, tirá-lo da zona cinzenta e tor-na-lo visível no contexto nacional”. ||||||

PARA UMANOTA SOBREO EVENTO(UMA POSIÇÃONOSSA...)

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 17

Page 18: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

18 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

VALE DO AVE

CRÍTICA // CONCERTO DE NOISERVCASA DAS ARTES, V. N. FAMALICÃO. 25 OUTUBRO 2014

Música a sériocom instrumentosde brincar||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Bastavam apenas 5 euros para assis-tir ao concerto de Noiserv na Casa

de cartas, quando aparece uma ma-nilha com a mesma força de um ás jáusado anteriormente.

Multiplicando as camadas sono-ras, as músicas foram aparecendo comuma cumplicidade participativa dosespetadores. Em “This is Maybe thePlace Where Trains Are Going to Sleepat Night” houve uma avaria num padda bateria eletrónica. Recomeçou amúsica com muito profissionalismo,não ficando desconcentrado por estepequeno percalço. Mais uma com onome extenso, “Today is the Same asYesterday, But Yesterday is Not Today”(esta tem 58 caracteres incluindo es-paços, mas há uma com 75!), na qualutilizou uma pistola de brincar comoinstrumento, criando um ambientecénico interessante. A escolha dosinstrumentos é minuciosa. Com umsintetizador Monotron transformouo típico som agradável que o caracte-riza num mais estridente. O efeito foiintenso. Obrigado, osciladores. Tocou“I Was Trying to Sleep When EveryoneWoke Up” sem os convidados do dis-co (Rita RedShoes, Luísa Sobral,Francisca Cortesão (Minta), entreoutros). Para fechar, em “Don’t Say HiIf You Don’t Have Time for a NiceGoodbye” deixou o palco, deixandotodo o equipamento a cumprir as suasordens, com um fim pré-definido. Noencore mais dois pesos pesados dopercurso de David Santos: “MelodyPops” e “Bontempi” que encerraramdefinitivamente o espetáculo.

Comparativamente ao concerto noCentro Cultural de Vila das Aves, nãofoi possível ver ao vivo as ilustraçõesde Diana Mascarenhas, o intimismofoi menor, o palco não ficou tão pre-enchido (devido à dimensão) e hou-ve mais falhas técnicas. A grande van-tagem foi a utilização de músicas do“Almost Visible Orchestra [A. V. O.]”,álbum que não existia em 2011.

O Entre Margens estreia nesta edi-ção uma pontuação atribuída aos even-tos. Neste caso, o valor é sólido, co-lado ao início do patamar seguinte. |||||

das Artes. Com o Cartão Quadrilá-tero Cultural, o valor ficava pela me-tade. Este e outros motivos fizeramcom que o Grande Auditório do es-paço famalicense estivesse, no pas-sado dia 25 de Outubro, completa-mente lotado ou perto disso. Quemespreitar o site renovado da Casa dasArtes pode verificar o limite da sala:494 lugares. Isto é razão para que omúsico lisboeta se sentisse satisfeitopela grande adesão do público.

Rodeado de teclados e instrumen-tos pouco convencionais, Noiserv foitocando alguns êxitos do EP de 2010e dos álbuns de 2008 e 2013. Pare-cia que os ases de trunfo eram usa-dos logo no início, mas era uma merailusão. No fundo, era como num jogo

.....[3/5]

“Comparativamente aoconcerto de Noiserv noCentro Cultural deVila das Aves, ointimismo foi menor,o palco não ficou tãopreenchido e houvemais falhas técnicas”.

FOTO

: PE

DR

O O

LIVE

IRA

VIZELA

A colocação de radares para con-trolo de velocidade em vários pon-tos do concelho e o aumento dasações de sensibilização de preven-ção rodoviária, que podem até in-cluir a promoção de cursos de con-dução defensiva são duas das ini-ciativas que a Câmara de Famalicãopretende implementar em breve eque resultam da concretização doPlano Municipal de Prevenção Rodo-viária, aprovado em Conselho Mu-nicipal de Segurança.

O plano que tem como princi-pais objetivos combater a sinistralida-de rodoviária e apontar medidaspara a melhoria de infraestruturase ordenamento do trânsito no con-celho é de acordo com o vice-pre-sidente da autarquia famalicense eresponsável pelo pelouro da segu-rança, Ricardo Mendes, “um docu-mento útil e dinâmico que prevê a

FAMALICÃO // SEGURANÇA RODOVIÁRIA

Famalicão lança Planopara combater asinistralidade rodoviária

participação pró-ativa dos vários mem-bros do Conselho Municipal de Se-gurança”. Refira-se que para além daCâmara e da Assembleia Munici-pal, o Conselho Municipal de Segu-rança, inclui ainda as várias forçasde segurança do concelho, os bom-beiros, os centros de saúde, entreoutras instituições.

O documento criado em maioesteve em discussão pública até aomês de julho. Nele faz-se um retra-to do concelho no que diz respeitoà sinistralidade rodoviária, entre2001 e 2012, nomeadamente oslocais mais críticos e as vias commaior trafego automóvel.

Partindo de um diagnóstico dasinistralidade o plano apresenta umconjunto de metas, ações e medi-das de intervenção a adotar, assimcomo, a definição da atribuição deresponsabilidades. |||||

TROFA // OPJ

Jovens têm 25 mil euros para‘gastar’ em prol do concelhoA Câmara da Trofa diz tratar-se “deum instrumento privilegiado para adefinição de uma política de juven-tude municipal e para o desenvol-vimento pessoal e social dos jovens,no âmbito de uma aposta clara naeducação para a cidadania”. Emcausa está o relançamento do Or-çamento Participativo Jovem atravésdo qual a autarquia quer mobilizaros jovens com idades compreendi-das entre os 10 e os 30 anos.

Até 20 de novembro – data finalapara a apresentação de propostas

– há 25 mil euros (15 mil euros deâmbito geral e 10 mil euros de âm-bito escolar) à disposição dos jo-vens, que podem criar e apresentarprojetos em áreas tão diferentes co-mo a juventude, a cultura, o ambi-ente, o desporto, a educação, a açãosocial ou o empreendedorismo,entre outras.

Todas as ideias devidamente fun-damentadas e validadas serão vo-tadas pelos jovens em sede de As-sembleia Municipal Jovem a 13 dedezembro. |||||

Tendo em conta as dificuldades queas famílias atravessam na atual con-juntura de crise económica, a Câma-ra Municipal de Vizela promove nodia 17 de novembro, pelas 14h30,uma ação de sensibilização sobreGestão do Orçamento Familiar. A

mesma terá lugar na Casa das Cole-tividades e a entrada é livre e gra-tuita, mas de inscrição obrigatóriaque poderá ser efetuada para o e-mail, [email protected] ou pelo tele-fone 253 489 630 até ao dia 14de novembro. ||||||

Gerir melhor o orçamento familiar

Page 19: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

´́́́́

A cuidar de si todo o ano!caldasdasaude.pt | 252 861763

O Inquérito do Entre Margens tem o patrocínio de:

INQUERITO

“Sinto falta do tãoprometidocineteatro”INQUÉRITO A ORLANDA BARROS, EDUCADORA SOCIAL E ATRIZ AMADORANO GRUPO DE TEATRO DA ESCOLA BÁSICA DA PONTE

Natural da freguesia de Rebordões,Orlanda Barros é técnica superior deEducação Social, estando atualmentea frequentar o mestrado em Educaçãoe Intervenção Social - Desenvolvimen-to Comunitário e Educação de Adul-tos na Escola Superior de Educaçãodo Porto. Instrumentista na BandaFilarmónica de Riba d’Ave, OrlandaBarros integrou também, enquantoatriz amadora, o Grupo de Teatro OsQuatro Ventos (Santo Tirso), área à

qual continua ligada no âmbito dogrupo de teatro da Escola Básica daPonte, ao mesmo tempo que vai apos-tando na formação, através da fre-quência de diversas ações na área daPedagogia Teatral, Intervenção e Dinâ-micas para Grupos. Orlanda Barrosparticipou ainda como agente culturalno projeto literário da Camara de San-to Tirso “A Poesia está na rua”.

“Santo Tirso conVida”… ou nem

por isso?Santo Tirso é uma cidade simpática,bem organizada arquitetonicamente.O comércio local dinâmico a tentarsubsistir no entanto culturalmenteainda há bastante a fazer.

De que gastos já abdicou nesteperíodo de crise?Viajar.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Do tão prometido cineteatro, galeriade exposições.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Brincava na rua à ‘macaca’ sem qual-quer medo.

Quem levava a banhos nas termas dasCaldas da Saúde e no Rio Ave?Os turistas de visita ao concelho.

A quem oferecia uns óculos?Ao ministro da educação, para perce-ber os graves estragos que o seu minis-

tério vai perpetuar num futuro próximo.

Vai seguir o conselho do atual gover-no e ‘meter’ pés ao caminho à procu-ra de ‘um lugar ao sol’ noutro país?Não quero desistir de um país onde‘se vivia’ em democracia.

Quantas vezes já fez trocadilhos como nome “Parque da Rabada”?Não me recorda. Gosto bastante des-se espaço para conversar e brincar.

É natural de Rebordões, já viveu emVila das Aves, agora mora em Lordeloe trabalha em Bairro . Isto tudo juntodava um bom município?Uma região bem concertada com inte-resses comuns, estou certa que a taxade desemprego diminuiria ou a criaçãode emprego viável seria uma realidade.

O teatro em Santo Tirso tem mais‘amadores’ ou ‘amantes’?Só se pode fazer teatro quando se ama.Representar, teatralizar a realidade éuma arte de intervenção e dinamiza-ção cultural. Santo Tirso deverá aco-lher, dinamizar e acarinhar todos osgrupos amantes do teatro amador.

O que gostava de ver no CentroCultural de Vila das Aves?Cinema alternativo (curtas metragens,cinema de autor, documentários) emhorário pós-laboral. Biblioteca dispo-nível ao sábado…

Uma Escola de Pais através do teatroainda é um sonho ou é já uma causaperdida?Todas as utopias podem ser concretiza-das, acreditando. A pedagogia teatral,como meio de unir, participar, coope-rar com a escola e educadores, na edu-cação dos nossos alunos, é possível.|

A quem oferecia uma medalha demérito cultural?A todos os jornais locais. Meiosresponsáveis por promover, divulgare fomentar a cultura. ||||||

“Gostava de ver no Cen-tro Cultural de Viladas Aves cinemaalternativo emhorário pós-laboral”.ORLANDA BARROS

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO

Pretende admitir para integração na sua equipa:

1 TERAPEUTA DA FALA (M/F)Tempo Parcial

REQUISITOS:Experiência mínima 2 anos / Formação em Disfagia

Enviar candidatura (Currículo e Carta de Apresentação) até dia14 de novembro de 2014, para o seguinte email:[email protected]

Page 20: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

DESPORTO20 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

FUTEBOL // DISTRITAIS

|||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O Aves deu um pontapé na crise deresultados que tem marcado o cam-peonato e afastou de forma categó-rica o primodivisionário Boavista daTaça de Portugal goleando por 4-1.

Os boavisteiros até começarambem, inaugurando rapidamente omarcador, mas depressa, os avensesviraram o jogo e ficaram sempre porcima. Os da casa demonstraram soli-dez, organização, garra e sobretudo,eficácia, que tem faltado quanto basteno campeonato.

O golo inaugural axadrezado tevecomo protagonista Idris que, de ca-beça, deu o melhor seguimento a umcruzamento do lado direito.

O Aves deu a volta ainda no pri-

TAÇA DE PORTUGAL // TIRSENSE FICOU PELO CAMINHO

Depois do Boavista,a vez do PenafielO AVES VAI DEFRONTAR NOVAMENTE UMA EQUIPA DA PRIMEIRA LIGA NA QUARTAELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL, MAS, AGORA FORA DE CASA. O SORTEIOREALIZADO NA PASSADA SEGUNDA-FEIRA DITOU UMA DESLOCAÇÃO A PENAFIEL, AREALIZAR NA TARDE DO PRÓXIMO DIA 23 DE NOVEMBRO (DOMINGO). ISTOACONTECE DEPOIS DE OS AVENSES ELIMINAREM OS BOAVISTEIROS E DE O TIRSENSEFICAR PELO CAMINHO NOS AÇORES.

meiro tempo com os dois golos a se-rem apontados por Platiny, aposta deFernando Valente para este jogo. Oprimeiro golo decorreu de uma joga-da de insistência em que conseguiudesembaraçar-se dos centrais do Boa-vista e rematar à meia volta. O segun-do teve na origem um bom trabalhode Caballero, acabando por servirPlatiny.

Após o reatameto e quando seesperava que o Boavista assumisseas expensas do jogo foi o Aves quena sequência de um livre direto (afalta parece ser contudo dentro daárea) dilatou a vantagem. Pedro Pereirabateu a bola de forma subtil para ofundo das redes desviando a bolada barreira e de Mika. O quarto golofoi também na sequência de um lancede bola parada, com o cruzamento a

encontrar o pequeno Tito à vontadea cabecear para o fundo das redes.Ainda com largos minutos para jogar,o resto do jogo foi sereno, com oBoavista à espera do apito final paraver Petir pedir desculpa aos adeptose Fernando Valente enobrecer os seusjogadores: “acho que fizemos umgrande jogo, com uma grande inte-ligência coletiva”.

TIRSENSE FALHA NOS AÇORESAo invés dos avenses, o Tirsense fi-cou pelo caminho na Taça de Portugalsaindo derrotado por 3-1, no desafiofrente ao operário dos Açores. Os aço-rianos começaram a ganhar muitocedo, com um golo de Cristiano aosnoves minutos. A partir daí foram osjesuítas a assumir as expensas do jogoe a criar várias oportunidades de golo,mas sem conseguir materializar.

No segundo tempo, os homensde Santo Tirso começaram das melhormaneira beneficiando e traduzindoem golo uma grande penalidadeconvertida por André Carvalho (47),mas a partir daí o jogo repartiu-se.Em dia de forte vento a que os ho-mens da casa estão mais habituados,foram estes a conseguir colocar-sede novo em vantagem por JoãoPeixoto (77), isto depois de duas bolasno ferro dos homens de Santo Tirso.

O Tirsense ainda tentou ir em bus-ca do empate e levar o jogo para pro-longamento, mas uma infelicidade deAndré Pinto, fazendo auto-golo, aca-bou por deitar por terra os últimos es-forços, terminando o desafio com um3-1 favorável aos homens da casa. |||||

Depois de três jogos sem vitórias, o S.Martinho voltou a ganhar no passadofim de semana na receção ao S. Pedroda Cova por 1-0. Antes disso, derrotafente ao Varzim B por 2-1 e empatecaseiro a uma bola frente ao Lixa.

Com estes resultados, o S. Mar-tinho perdeu nas últimas jornadas aliderança do campeonato e segueagora na terceira posição com 19pontos, menos um que o Rio Tinto emenos quatro que o líder, o Oliveirado Douro.

Na próxima jornada, o S. Martinhovisita o Serzedo, que segue no décimosexto posto com oito pontos somados.

VILARINHO SOMADUAS VITÓRIASO Futebol Clube de Vilarinho depoisde perder com o Gondim-Maia emcasa foi ganhar por 2-3 ao terrenodo Balasar e no passado fim de se-mana venceu em casa com o mesmoresultado a equipa do Vila FC.

Com estes resultados, o Vilarinhosubiu ao terceiro posto da geral daDivisão de Honra da Associação deFutebol do Porto com 14 pontos so-mados. Está a um do Baião e a trêsdo Líder, Pedrouços.

Na próxima jornada, o Vilarinhodesloca-se a Canidelo, equipa que estáno sétimo posto com 10 pontos. |||||

S. Martinhoregressaàs vitórias

O S. Martinho perdeunas últimas jornadas aliderança docampeonato e segueagora na terceiraposição com 19 pontos

OS BOAVISTEIROS ATÉCOMEÇARAM BEM,INAUGURANDO RAPIDAMENTE OMARCADOR, MAS DEPRESSA,OS AVENSES VIRARAM O JOGO EFICARAM SEMPRE POR CIMA.

Page 21: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 21

Aves só fez umgolo nosúltimos seis jogosA EQUIPA DO AVES CONSEGUE UM ENORME CONTRASTEENTRE A II LIGA E A TAÇA DE PORTUGAL. SE NESTACOMPETIÇÃO SOMA GOLEADAS, NO CAMPEONATO OGOLO É UMA DIFICULDADE GIGANTESCA. NOS ÚLTIMOSSEIS JOGOS SÓ CONSEGUIU MARCAR UM GOLO (VITÓRIACASEIRA COM O ORIENTAL) E NOS ÚLTIMOSDOIS DESAFIOS AVERBOU MAIS DUAS DERROTAS.

II LIGA // EQUIPA NÃO DESCOLA DOS ÚLTIMOSLUGARES

BEIRA MAR 1 - AVES 0BEIRA-MAR: MÁRCIO, PEDRO MOREIRA, ALAN HEN-

RIQUE, DIEGO, VÍTOR VINHA, FÁBIO SANTOS, ASSIS, EDU

(ÍNDIO, 67), BILLAL (BALDÉ, 85), EDEMA (ANDERSON,

67) E NADSON. AVES: QUIM, RENATO REIS (ANDRÉ

COSTA, 83), ROMARIC, MIGUEL VIEIRA, JORGE RIBEIRO,

PERDIGÃO (PLATINY, 65), TITO, LUÍS MANUEL (ZÉ

VALENTE, 76), RÚBEN NEVES, PEDRO PEREIRA E MAURO

CABALLERO. ÁRBITRO: BRUNO PAIXÃO (SETÚBAL).

GOLO: BILLAL (22 G.P.). CARTÕES AMARELOS: NADSON

(16 E 59), JORGE RIBEIRO (59), MIGUEL VIEIRA (66) E

VÍTOR VINHA (74). CARTÃO VERMELHO: NADSON (59)

o Aves quando ao minuto 59 Nad-son viu o segundo cartão amarelo efoi expulso, numa decisão, desta vez,muito contestada pelos da casa quemotivou ainda a expulsão do diretordo futebol do Beira-Mar, Kal Baiano,que invadiu o terreno de jogo. Apesarda superioridade numérica e de con-seguir maior posse de bola, o Avesnunca conseguiu materializar essa su-perioridade. Nota, no entanto, paraum lance de Platiny, quando ao cairdo pano, que teve o empate na cabe-ça, mas a bola acabaria por ser desvia-da por Alan Henrique, com os aven-ses a protestarem e a reclamarem umagrande penalidade neste lance a queBruno Paixão não atendeu.

Nas duas jornadas anteriores, notapara a derrota por 3-0, em casa, frenteao Porto B. Os portistas chegaram àvantagem ainda antes da meia horagraças a uma grande penalidade con-vertida por Ivo, tendo dilatado a van-tagem três minutos depois, por Fre-deric. O terceiro tento surgiu já nasegunda parte, por Lichnovski (64), dei-tando por terra a tentativa dos aven-ses de procurar reverter o resultado.

Antes desta jornada, nota para aterceria vitória conseguida pelos aven-ses na receção ao Oriental com ogolo da vitória a ser conseguido jáem periíodo de descontos pelo cen-tral Romaric. ||||||

DESPORTIVO DAS AVES

Clube ganhamascote, oVermelhinho

Os sócios do Clube Desportivo dasAves vão ser obrigados a mudarde cartão de associado. A decisãofoi comunicada pela direção doclube e tem na base o Regulamentode Segurança e Utilização dos Es-paços de Acesso Público ao abrigoda Lei nº 52/2013, de 25 de ju-lho. Em concreto, o clube é forçadoà substituição dos cartões de sóciosem utilização, pelo que se pede aosassociados a atualização e devolução

Sócios obrigadosa mudar cartão

O intervalo do jogo com o Oriental,a 12 de outubro, foi a ocasião es-colhida para apresentar a mascotedo clube, um falcão baptizado de“Vermelhinho” numa clara alusão àave que encima o emblema do clube.O “Vermelhinho” entrou em campoacompanhado de um grupo de dan-ça do ginásio OAMIS que abrilhan-tou o momento e desde logo con-quistou as atenções dos presentes,sobretudo dos adeptos mais jovens.

De imediato, o clube investiu emduas ações de marketing junto das

|||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O Aves não consegue descolar dosúltimos lugares da tabela. É neste mo-mento 19º classificado com apenas12 pontos em outros tantos jogosdisputados e partilha o lugar com oAtlético e o Braga B. Para trás apenastrês equipas: o Oriental e o MarítimoB com 11 pontos e o Trofense com 10.

Quer isto dizer que os avenses estãoa um passo dos lugares de descida.

O último desaire aconteceu emAveiro com uma derrota pela margemminima e com o golo dos aveirensesa ser conseguido de grande penalida-de ainda no primeiro tempo. O jogoficaria, no entanto, marcado por várioscasos e polémicas, desde logo o lancedo penalty decisivo, com os avensesa protestar de forma efusiva contra oárbitro levando mesmo a polícia a in-tervir nas bancadas na zona onde seencontravam os adeptos avenses.

Após o golo, o Aves esteve pertode empatar quando após um cantoda esquerda (35), Márcio falha a in-terceção e Romaric o cabeceamentoà baliza. Do primeiro tempo nota ain-da para a boa intervenção de Quimque desviou a bola de Edema.

No reatamento as coisas até pa-reciam que iriam correr de feição para

dos elementos da ficha de sóciodevidamente atualizados. Este pro-cesso terá de ficar concluído até finaldo ano, sendo que quem o nãofizer poderá ser impedido de entrarnos recintos desportivos do ClubeDesportivo das Aves. Este processoestende-se a todos os associadosdo clube. A atualização dos dadospode ser feita através da página doclube, em www.cdaves.pt/ no link“Atualização de Sócios”. |||||

escolas da região. No dia 21 deoutubro, os Jogadores Quim, ZéValente, Diogo Pires, Ruben Neves,Perdigão, Tito, Mauro Caballero,Platiny, Pedro Pereira e Miguel Vieira,acompanhados da mascote, esti-veram na escola de São Tomé deNegrelos, onde foram recebidos omgrande emoção pelos alunos. Omesmo cenário encontraram no diaanterior na Ecola Básica 2/3 de Viladas Aves, com os estudantes afazerem uma efusiva receção aosatletas e ao “Vermelhinho”. |||||

O Aves é neste momento 19º classificado com apenas12 pontos e partilha o lugar com o Atlético e o BragaB. Para trás apenas três equipas: o Oriental e oMarítimo B com 11 pontos e o Trofense com 10.

Page 22: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

DESPORTO22 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

O Tirsense voltou a falhar a meta davitória na receção ao Varzim. A primei-ra parte do jogo foi equilibrada, fican-do marcada pela grande penalidadefalhada por Nelsinho, ao minuto 28.

CNS // COM O VARZIM E SANTA EULÁLIA

Tirsense não descolados empates

Abel que travou em falta um homemdo Tirsense quando este partia isola-do para a baliza.

Da jornada anterior, nota para oempate também sem bolas, trazido deVizela, da equipa recém promovidaao Campeonato Nacional de Senio-res, o CCD de Santa Eulália.

Com estes resultados, o Tirsensenão descola do meio da tabela e emsete jogos apenas conseguiu somaroito pontos. Está no quinto lugar jun-tamente com o Ribeirão, já a novepontos da liderança do Famalicão ea oito do lugar que dá acesso à lutapela promoção.

Na próxima jornada, a realizar nodomingo (2 de novembro) o Tirsensevisita a AD Oliveirense, equipa quesegue no oitavo posto com menosdois pontos que os jesuítas. |||||

Derby definetendênciaNo campeonato Nacional de Ju-niores da II Divisão, série A, omaior destaque vai obviamentepara o derby entre as duas equipasjuniores que militam na série Ada II Divisão.

Em Santo Tirso na sétima jorna-da os avenses levaram a melhorvencendo o Tirsense por 3-4. De-pois do derby, os avenses só ga-nharam e o Tirsense só perdeu.

O Aves depois de ganhar aosvizinhos receberam e golearam oRonfe por 4-1 e no passado fim desemana foram de novo vencer por1-3 em casa do Trofense, soman-do a terceira vitória consecutiva.

Já o Tirsense, depois da derrotacom os avenses perderam por 4-2 na visita a Chaves e no passadofim de semana foram goleados emcasa com cinco golos sem respostado Futebol Clube Moreirense.

FUTSAL

O Aves ao fim de quatro jornadasna série A da II Divisão Nacionalde Futsal está a consolidar umbom início de campeonato, vencen-do três dos quatro jogos disputa-dos, encontrando-se no segundolugar da classificação.

Depois da vitória inaugural docampeonato, o Aves voltou avencer na receção aos Pioneirosde Bragança por 4-2, mas depoisforam derrotados por 4-1 na visitaao Caxinas na terceira jornada dasérie A da II Divisão Nacional de

Futsal. No passado fim de semanaem novo jogo fora de casa, osavenses venceram por 3-7 a equi-pa do Cabeçudense.

Com estes resultados, o Avessoma nove pontos estando nosegundo lugar a três do Gualtar,que lidera a tabela com doze.

A próxima jornada (que se dis-puta no sábado, 1 de novembro)coloca os avenses a receber os Pi-ratas de Creixomil, equipa que se-gue no quarto lugar com sete pon-tos, menos dois que os avenses. ||||||

Aves aproxima-se do topo

Com estes resultados, o Avessubiu ao terceiro lugar e soma 17pontos, estando a dois do Morei-rense e a quatro do Chaves quelidera. Já o Tirsense mantém os12 pontos e é já sexto classificadocom o Trofense.

Na próxima jornada, o Tirsenserecebe o Neves, que segue noquarto posto com mais quatropontos e o Aves desloca-se a Vizelaque segue no quinto posto com15 pontos somados. |||||

NACIONAL JUNIORES

Em Santo Tirso osavenses levaram amelhor vencendo oTirsense por 3-4.Depois do derby, osavenses só ganharam eo Tirsense só perdeu.No segundo tempo, a partida fica-

ria marcada pela expulsão de Lucianoao minuto 57 por acumulação de car-tões amarelos, no entanto, a equipado Tirsense conseguiu reagir bem aessa adversidade anulando as inves-tidas dos homens comandados porVitor Paneira que a jogar com dez arris-cou mais no ataque fazendo uma du-pla substituição minutos depois da ex-pulsão, embora sem resultados práticos.

De resto, os homens da Póvoamostraram-se algo perdidos e seriamesmo o Tirsense a estar perto dogolo e da vitória quando beneficiouao minuto 83 de uma grande pena-lidade. Apesar da ocasião soberana,André Carvalho acabaria por falhar,levando o nulo até final da partida.

Nota ainda para a expulsão, já emperído de descontos, do varzinista

TIRSENSE 0 - VARZIM 0ESTÁDIO ABEL ALVES DE FIGUEIREDO. TIRSENSE: PAULO

CUNHA, PINHEIRO, DANILSON, JUARY SOARES, VLADIMIR,

ANDRÉ CARVALHO (JEFERSON, 89), RICARDO FERNAN-

DES, LUCIANO, PEDRO MAURÍCIO (EDUARDO, 75),

CARLINHOS LEONEL (MATT, 62) E TIAGO ANDRÉ. VARZIM:

PEDRO SOARES, TIAGO LOPES, SANDRO CUNHA, RAUL

MARTINS, RUI COENTRÃO (PEDRO CERVANTES, 62), ABEL

PEREIRA, PEDRO SÁ, SÉRGIO ORGANISTA (PEDRO

MENDES, 62), NELSINHO (BIJOU, 73), AMILTON DA SILVA

E DIEGO MOURÃO. ÁRBITRO: HUMBERTO TEIXEIRA

(PORTO). CARTÕES AMARELOS: LUCIANO (6 E 57),

DANILSON (8), TIAGO LOPES (18), SANDRO CUNHA (26),

SÉRGIO ORGANISTA (45), RUI COENTRÃO (59), ANDRÉ

CARVALHO (67), ABEL PEREIRA (80 E 90+4), MATT (81)

E TIAGO ANDRÉ (90+4). CARTÕES VERMELHOS:

LUCIANO (57) E ABEL PEREIRA (90+4)

Page 23: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 23

A mudança ocorre ao fim de 30 anosde alçada municipal na gestão e or-ganização destas provas. A coletivi-dade foi criada oficialmente a 11 deagosto passado, mas só foi tornadapública no passado dia 8.

A apresentação e tomada de possedecorreram numa cerimónia realizadano pavilhão municipal e foi presididapelo presidente da Câmara de SantoTirso, Joaquim Couto, que simbolica-mente “passou a pasta”.

A época 2014-2015 marca umanova era no futebol amador conce-lhio no município pois, pela primeiravez, as competições desportivas vãopassar a ser organizadas por uma ins-tituição que não a Câmara, ou seja,pela Associação de Futebol Amadorde Santo Tirso (AFAST). O autarca quiscom a sua presença dar um sinal da

FUTEBOL AMADOR // AUTARQUIA PASSA ORGANIZAÇÃO DEPOIS DE 30 ANOS

Santo Tirso ganhaassociação parafutebol amadorCOM UM SUBSIDIO DE 30 MIL EUROS A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTOTIRSO DELEGOU A ORGANIZAÇÃO DAS PROVAS DE FUTEBOL AMADORCONCELHIAS NA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL AMADOR DE SANTO TIRSO.

“importância que o desporto tem naspolíticas do executivo municipal”, cons-tituindo o início da atividade da novaassociação “um acontecimento impor-tante para a Câmara e para o conce-lho”, porque marca “uma nova faseno crescimento e desenvolvimento deuma das iniciativas mais bem-suce-didas em Santo Tirso nos últimos 30anos sob o ponto de vista desportivo”.

Segundo o presidente da Câmara,a decisão de entregar a organizaçãodas competições desportivas à AFASTé uma prova de que a autarquia “estáempenhada em prestar um bomserviço à comunidade”, bem como“promover a qualificação democráticae a transparência no Desporto”.

Ciente da “importância que a ativi-dade desportiva tem, não apenas emtermos de coesão social e de pro-

moção de hábitos de vida saudável,mas, também, para a economia local”,Joaquim Couto sublinhou na mesmasessão, onde marcaram tambémpresença o vereador do Desporto,José Pedro Machado, e representantesde associações de futebol amador deoutros concelhos, que “a Câmara dei-xa de ter responsabilidade na organi-zação das competições desportivas,mas será sempre um parceiro”.

Já o primeiro presidente da dire-ção da AFAST, Carlos Moura, agrade-ceu “o apoio e a confiança” que aautarquia depositou nos órgãos so-ciais da associação para “gerir os des-tinos do futebol amador concelhio”e deu conta das linhas gerais paraum mandato que termina em 2016.Um dos projetos passa por realizaruma prova extra entre os clubes quenão participem nas competições in-terconcelhias, bem como a criação deuma seleção concelhia, com o objetivode se realizar no final de cada épocaum torneio quadrangular com sele-ções dos concelhos vizinhos.

Para além da criação de mais duascompetições, a que se juntam às jáexistentes (campeonato, taça e super-taça de futebol concelhio), o presi-dente da AFAST propõe-se ainda darum novo impulso ao campeonato efazer dele “o mais forte e competitivoda zona norte do país”.

O campeonato é composto por 12equipas, envolvendo mais de 70 de-legados, 24 árbitros e cerca de 400atletas. Com estes números a AFASTé, atualmente, uma das maiores asso-ciações do concelho. ||||||

Depois de conseguir a primeira vitóriana quarta jornada, o Ginásio Clubede Santo Tirso (GCST) somou maistrês derrrotas no campeonato nacio-nal de Andebol da I Divisão.

No passado dia 11, o Ginásio visi-tou o Passos Manuel e perdeu por34-24, ao passo que no fim de se-mana seguinte voltou a perder emcasa na receção ao AM Madeira por28-31. Finalmente no passado sába-do em jogo antecipado da sétima jor-nada voltou a perder por 28-25 navisita ao Belenenses, com os tirsensesa venderem cara a derrota tal o equi-líbrio que o resultado final evidencia.

Com estes resultados, o GinásioClube de Santo Tirso mantém o déci-mo lugar com nove pontos somados,os mesmos que o ISMAI e mais trêsque o Xico Andebol.

Na próxima jornada a realizar nopróximo dia 8 de novembro, pelas18 horas no Pavilhão Municipal deSanto Tirso, o GCST recebe a equipado FC Porto; equipa esta que lidera ocampeonato com um total de 18pontos, mas menos um jogo. |||||

ANDEBOL // GCST

Ginásio clubesoma derrotas

Ginásio Clube deSanto Tirso mantémo décimo lugar comnove pontos somados,os mesmos que oISMAI e mais trêsque o Xico Andebol.

JOAQUIM COUTO LADEADO PORJOSÉ PEDRO MACHADO, VEREADORDO DESPORTO E, À DIREITA,CARLOS MOURA, PRESIDENTE DAASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL AMADORDE SANTO TIRSO

A época 2014-2015 marca uma nova era no futebolamador concelhio no município pois, pela primeiravez, as competições desportivas vão passar a serorganizadas por uma instituição que não a autarquia

Page 24: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

DESPORTO24 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE TACÓGRAFOS Nº 101.25.04.6.052CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE LIMITADORES DE VELOCIDADE Nº 101.99.04.6.053

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

O Pavilhão Rota dos Móveis, emLordelo (Paredes) foi palco, no pas-sado dia 19 de outubro, do TerceiroTorneio de Karaté das Vindimas. Paraalém da sua vertente competitiva, estetorneio tem um cariz solidário, com oacesso ao pavilhão a fazer-se medi-ante a entrega de um bem alimentar,sendo os mesmos depois distribuí-dos pelas famílias mais carenciadasdo município.

Quanto aos atletas, foram cercade 300 os participantes, provenien-tes de norte a sul dos país, e distri-

KARATE // TORNEIO DE KARATE DAS VINDIMAS

Vitórias e experiênciaquanto baste para oskaratecas do concelhoMUNICÍPIO DE PAREDES ACOLHEU EM MEADOS DESTE MÊS OTORNEIO DE KARATÉ DAS VINDIMAS NO QUAL PARTICIPARAMATELAS DE TRÊS ASSOCIAÇÕES DO CONCELHO DE SANTO TIRSO

buídos pelas categorias de juvenis,cadetes, juniores e sub-21. De SantoTirso, destaque para as participaçõesdos atletas da Associação KaratéShotokan de Vila das Aves, da Asso-ciação Negrelense e da Associaçãode Karaté de Vilarinho.

De Vila das Aves foram seis oskaratecas participantes neste torneioe todos eles subiram ao pódio, evi-denciando-se as prestações femini-nas. Em kumite juvenis, Lea Barrosalcançou o primeiro lugar, ficandoPatrícia Brandão na terceira posição

(menos 45kg). Também classificadaem primeiro lugar ficou Tânia Barros(mais de 45 kg) e a mesma sorteteve ainda Ana Pinto em Kumite Sub-21 (menos 60kg.), destacando-se aatleta pelos excelentes combates quefoi realizando. Nos masculinos, JúlioSilva alcançou o terceiro lugar emkumite (mais de 50kg) e Manuel Ri-beiro foi segundo classificado emkumite júnior (mais de 78kg.).

Por sua vez, a Associação de Kara-té de Vilarinho bem como a Associ-ação Negrelense participaram nestainiciativa com os atletas Bruno Fernan-des em kata e kumite (menos 63kg)cadete, Filipa Peixoto em kumite júniore Tânia Nunes e Maria Peixoto emkumite sub-21 (menos 60kg). Ne-nhum dos atletas mencionados su-biu ao pódio, nem era esse o objetivo,até porque a maioria destes karatecasfez aqui a sua estreia nas competi-ções. Os responsáveis associativossublinham o facto, e falam sobretu-do na necessidade que os mesmostêm de ganhar experiência como aconquistada com a participação nes-te torneio das Vindimas.

Já a associação de Vila das Avessublinha o bom nível técnico e táticoda prestação dos seus atletas, conside-rando-os “uns justos vencedores doslugares de pódio alcançados”. |||||

Agendado para o próximo dia 22de novembro, a Junta da União deFreguesias de Santo Tirso, Couto (Sta.Cristina e S Miguel) e Burgães vailevar a cabo o chamado “Sanguinhe-do Apik”; uma prova de ciclismo aber-ta à participação do público em geral.

Apadrinhada pelo ciclista profis-sional Sérgio Sousa, a mesma temuma distância total de 280 metros,impondo uma inclinação média de20,8 por cento. O evento premiaránão só os melhores tempos entre osinscritos, mas também a melhor cor-redora, a melhor bicicleta clássica e abicicleta mais original.

Para o evento já está confirmada apresença de vários ciclistas profissio-nais, entre os quais: Nuno Ribeiro,vencedor da Volta a Portugal em bici-cleta, 2003; Joni Brandão, 4º classi-ficado da Volta a Portugal em bicicle-ta, 2014 e Edgar Pinto, vencedor daetapa da Srª da Graça, em 2014 evencedor do Ranking Português 2014.

O evento, homologado pela Fe-deração Portuguesa de Ciclismo, re-aliza-se a partir das 21 horas do re-ferido dia 22 do próximo mês, e paraalém do cariz competitivo terá umadimensão solidária, pois sobre cadainscrição reverterá um valor para acompra de material para as corpora-ções de Bombeiros de Santo Tirso.

Sob o lema de qualquer corredor,qualquer bicicleta, uma subida, a ori-ginalidade da prova promete muitaanimação e espetáculo. |||||||

“SANGUINHEDO APIK”

Prova deciclismoaberta àparticipaçãode todos

À ESQUERDA, TRÊS DOSKARATECAS AVENSESPARTICIPANTES NESTETORNEIO DAS VINDIMAS.À DIREITA, A ASSOCIAÇÃODE VILARINHO

Page 25: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

Nome: ............................................................................................................................................................................

Morada: ................................................................................................................................................................

Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................

Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................

Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........

Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................

ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05

Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

FICHA DE ASSINATURA*FAÇA UMA ASSINATURA DO ENTRE MARGENS

PUBLICIDADE

Page 26: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

DIVERSOSHORÓSCOPO ZODIACO

PRIMEIRA QUINZENA DE SETEMBROPor: Maria Helena ||||| [email protected]

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Armindo Carneiro(Sr. Armindo Fagunda)

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 95 anos de idade, falecidono Hospital de S. Tirso no dia 12 de Setembro de 2014.O funeral realizou-se no dia 14 de Setembro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indo deseguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DE LORDELO

Luís Gonzaga Moutinho Pinto

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 48 anos de idade, falecido emFrança no dia 14 de Setembro de 2014. O funeralrealizou-se no dia 18 de Setembro, na Capela Mortuáriada Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: Rainha de Paus, que significaPoder Material. Amor: Seja corajoso. Não tenhamedo de arriscar tudo por amor. Saúde: Períodoem que se sentirá muito saudável. Dinheiro: Adeterminação fará de si um vencedor. Lute pelosseus objectivos. Pensamento positivo: Eu valorizoos meus amigos.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilu-sões. Amor: Poderá ser iludido por pessoas quenão são aquilo que aparentam ser. Tenha cuida-do, esteja alerta. Saúde: Alguma instabilidadeemocional. Procure refugiar-se dentro de si mes-mo e coloque as suas ideias no lugar. Dinheiro: Épossível que receba um convite para trabalharnuma empresa de grande prestígio, no entantoprocure saber bem aquilo com que conta. Pensa-mento positivo: Estou atento a tudo o que se passaà minha volta.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: 8 de Copas, que significaConcretização, Felicidade. Amor: O amor está bemperto de si. Esteja atento às pessoas que o rodeiamporque pode ser surpreendido por muitas emo-ções fortes. Saúde: Período marcado pela tran-quilidade. Dinheiro: Procure não arranjar confli-tos com os seus colegas de trabalho. A concórdiaé fundamental ao sucesso. Pensamento positivo:Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 9 de Espadas, que significa MauPressentimento, Angústia. Amor: A sua relaçãoafectiva pode sofrer um abalo significativo. Tenhacuidado e procure gerir esta situação com sensa-tez. Promova o diálogo honesto com o seu parcei-ro, não alimente mal-entendidos nem situaçõesduvidosas, esclareça as suas dúvidas de imediato eseja feliz com quem mais ama. Saúde: Tendên-cia para as dores musculares. Dinheiro: Osseus objectivos só serão concretizados se tra-balhar com empenho e se esforçar verda-deiramente por aquilo que quer. Pensamentopositivo: Tenho cuidado com o que digo ecom o que faço para não magoar as pessoasque amo.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Ás de Copas, que significa Princi-pio do Amor, Grande Alegria. Amor: Poderá vivermomentos muito felizes ao lado da sua cara-metade.Viva este período sem reservas e não tenha medo delibertar toda essa sensualidade que existe em si. Saú-de: Sem grandes problemas. Período marcado pelaalegria e pela boa energia física. Dinheiro: Procureser menos perfeccionista. Essa sua mania de querercomandar todas as actividades pode irritar os seuscolegas de trabalho. Pensamento positivo: Eu sei quemereço ser feliz.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Rei de Ouros, que significa Inteli-gente, Prático. Amor: Dê largas à sua imaginação esurpreenda o seu companheiro com uma noite sen-sual e excitante. Saúde: Cuide da saúde do seu cora-ção. Evite o consumo de alimentos que façam subiros seus níveis de colesterol, corte com os fritos e ostemperos exagerados e procure andar a pé. Dinhei-ro: Os novos investimentos estão protegidos. A con-juntura favorece a entrada de dinheiro. Pensamentopositivo: Dedico-me às pessoas que amo.

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: 6 de Paus, que significa Gan-ho. Amor: Dedique-se à sua família e promova aunião entre aqueles que se amam. Seja um bomouvinte e esteja presente quando precisam de si.Saúde: Procure não se preocupar em demasia comos problemas alheios pois isso só irá prejudicar a suasaúde. Dinheiro: O sucesso estará garantido, mastenha cuidado porque é possível que um colega semostre seu amigo mas no fundo não seja digno dasua confiança. Pensamento positivo: Eu valorizo osmeus amigos.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: O Louco, que significa Excen-tricidade. Amor: Poderá ter de enfrentar algunsproblemas com a sua cara-metade, provocadospor intrigas e mal-entendidos. Aprenda a moderara sua possessividade e os seus ataques de ciúmespara não magoar quem ama. Saúde: Período marca-do por alguma agitação e instabilidade emocional.Dinheiro: Esteja atento e saiba gerir o seu dinheiroporque a tendência é para o descontrolo e a disper-são. Pensamento positivo: Vivo cada momento

com felicidade.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 6 de Copas, que significaNostalgia. Amor: Poderá reencontrar um amordo passado que o deixará muito abalado. Procureultrapassar o trauma e liberte-se daquilo que jápassou. Seja seguro acerca dos seus sentimentos enão se deixe abater sem motivo. Viva o presente.Saúde: Tendência para a depressão. Fomente pen-samentos mais optimistas, sorria mais! Dinheiro:Cuidado com possíveis perdas de capital. Estejaatento e conte com novas despesas. Pensamentopositivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: O Mundo, que significa Fer-tilidade. Amor: Tudo aquilo com que sempre so-nhou a nível amoroso está prestes a ser realizado. Oamor está muito perto de si, será impossível não osentir. Saúde: Esteja atento aos valores do colesterol.Não se desleixe na sua alimentação e procure terum ritmo de vida saudável. Dinheiro: Períodomarcado pelo sucesso e pela estabilidade financei-ra. Pensamento positivo: Procuro manter-me sere-no e ouvir a voz de Deus!

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: Rainha de Espadas, que signifi-ca Melancolia, Separação. Amor: Não se deixe le-var pelas ideias dos outros. Pense por si e seja fiel asi próprio. Saúde: Cuidado com os alimentos de-masiado condimentados porque podem dar ori-gem a problemas gastrointestinais. Dinheiro: Assu-ma as suas responsabilidades e responda peloserros cometidos sem procurar desviar as atenções.Pensamento positivo: O meu coração está disponí-vel para o Amor.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força naAdversidade. Amor: Poderá sofrer uma desilusãoamorosa que o fará sentir perdido e desamparado.Acredite mais em si próprio. Saúde: Cuidadocom as quedas. Está muito distraído. Dinheiro:Coloque as suas ideias no lugar e prossiga comos planos que traçou para a sua área profissio-nal. Pensamento positivo: Eu venço os meusmedos!

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Carlos Alberto Dias Batista

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Rebordões, com 62 anos de idade, falecidono IPO do Porto no dia 11 de Setembro de 2014. Ofuneral realizou-se no dia 12 de Setembro, na CapelaMortuária da Vila de Rebordões, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

S. TOMÉ DENEGRELOS

José Francisco Ferreira de Oliveira

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 62 anos de idade,falecido na sua residência no dia 4 de Setembro de 2014.O funeral realizou-se no dia 5 de Setembro, na IgrejaParoquial da Vila de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no Cemitério de Rebordões. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

VISITE-NOS EM:www.jornal-entre-margens.blogspot.comESCREVA-NOS:[email protected]

ASSINE E DIVULGEentreMARGENS

No passado dia 10 de Setembro, faleceu a D. MariaMadaleno Couto de Azevedo, com 72 anos de idade,viúva do Sr. António Abreu Alves, residente na RuaManuel Afonso Dias. Seu filho, nora, netas e de-

Maria Madalena Couto de AzevedoAgradecimento

mais família, vem assim, muito sensibilizados, agradecer a todos que seassociaram à sua dor, e pelas provas de carinho e amizade que lhesforam endereçadas aquando do falecimento da sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

VILA DAS AVES

26 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

Page 27: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter maisinformações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchidadevido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

OFERTAS DE EMPREGO

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Tenha a suaassinatura em dia e

Estrelado Monte

RESTAURANTEem S. TOMÉ DE

NEGRELOSadmite

funcionário/a demesa para Full-time

252874641

ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014 | 27

Page 28: entre margens 349 novas medidasjornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/... · Dentro de portas - “King of Sweden” Mónica é uma pessoa tão extraor-dinária que consegue

A FECHAR28 | ENTRE MARGENS | 30 OUTUBRO 2014

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 13 de novembro.

Guimarães Jazz prossegueentre a tradição e a ruturaURI CAINE, THEO BLECKMANN E JAMES CÁRTER INTEGRAM EDIÇÃO 23 DOGUIMARÃES JAZZ QUE SE REALIZA DE 6 A 15 DE NOVEMBRO.

O compositor e pianista Uri Caineapresenta-se no próximo dia 13 denovembro no Centro Cultural VilaFlor. No âmbito do Guimarães Jazz(GJ), é a terceira vez que o faz, masno caso desta 23ª edição do festi-val, que se realiza de 6 a 15 de no-vembro, o pianista é a exceção e nãoa regra de um programa compostoquase exclusivamente de estreias.

Uma das mais aguardadas, e aomesmo tempo mais surpreendentes– ainda que não tanto se pensarmosque o festival se vai fazendo entre atradição e rutura – está marcada paraa noite de dia 8, quando no grandeauditório do Vila Flor se ouvir o can-tor e compositor alemão Theo Bleck-mann e a sua proposta de releitura ereinterpretação das canções de KateBush. Chega acompanhado de HenryHey (piano), Nate Wood (baixo ele-trico), Caleb Burhans (violino) e BenWittman (bateria) e, em conjunto, mer-gulham “na obra da cantautora britâ-nica, recriando através dela uma atmos-fera onírica, hipnótica, e assombradano qual o jazz não se sobrepõe anenhum outro idioma musical”.

Mas quando Theo Bleckmann seapresentar em Guimarães, já o festi-val terá recebido o Infinity Quartetdo saxofonista David Murray (dia 6),o Organ Trio de outro grande saxofo-nista e compositor norte-americano,James Carter (dia 7) e o trio de AdriánOropeza (dia 8), um dos nomes emer-gentes do jazz mexicano, cujo traba-lho tem vindo a merecer o progressi-vo reconhecimento internacional. No

Numa colaboração com o EntreMargens, tem a organização doGuimarães Jazz para oferecer aosleitores deste jornal cinco (5)convites individuais para o con-certo da Big Band, Ensemble deCordas e Coro da ESMAE (09 no-vembro, 17h00, Grande Auditó-rio do CCVF) e outros tantos parao concerto de Reut Regev, TaylorHo Bynum, Adam Lane, Igal Fo-ni (12 novembro, 22h00, Gran-de Auditório do CCVF). Para sehabilitarem aos bilhetes dispo-níveis, os interessados devem en-viar um e-mail para: [email protected] o espetáculo que pre-tendem assistir, habilitando-seassim a um dos bilhetes a distri-buir pelos leitores deste jornal.Os primeiros pedidos, que devemser formulados até dia 7 de no-vembro, ganham acesso livre aosreferidos concertos integradosno Guimarães Jazz. ||||| ||||| ||||| ||||| |||||

domingo, dia 9, e a encerrar a pri-meira semana do Guimarães Jazz,mais dois concertos: o primeiro, às17 horas, protagonizado pela BigBand, o Ensemble de Cordas e oCoro da ESMAE no culminar de umaintensa semana de ensaios e de umaexperiência de contactos dos jovensmúsicos que compõem os referidosagrupamentos com o universo profis-sional e exigente trazido pelos nova-

iorquinos Reut Regev e Taylor HoBynum. À noite, na Plataforma dasArtes e da Criatividade, dá-se inícioà colaboração do Guimarães Jazz coma Associação Porta Jazz, do Porto, coma apresentação do projeto “Imperma-nence”, através do qual se pretendegerar novos processos composicionaise com eles ultrapassar-se as frontei-ras do jazz mais convencional. A trom-petista Susana Santos Silva e o saxofo-nista João Pedro Brandão são dois dosmúsicos que integram este projeto.

A segunda semana do GJ come-ça com a formação que este ano teráa responsabilidade de condução dashabituais Jam Sessions e das Ofici-nas de Jazz, liderada pela trombonistaReut Regev. Na sexta-feira, dia 14, edepois do regresso no dia anterior dopianista Uri Caine, o GJ recebe LeeKonitz, figura lendária do jazz que,aos 87 anos, ainda se mantém comoum dos mais influentes músicos donosso tempo. No dia 15, o festivaldespede-se com a Trondheim Jazz Or-chestra que traz consigo o aclamadosaxofonista Joshua Redman. Na dire-ção da orquestra estará Eirik Hegdal,figura central da nova geração do jazzda Noruega.

Mais informação sobre os concer-tos e as atividades paralelas que in-tegram o festival em: www.ccvf.pt |||||

GANHE BILHETES

Depois da apresentações em SantoTirso de “deste temporal de (te) amare de ‘3º andar jardim suspenso’, opoeta alentejano Filipe Chinita regres-sa a Santo Tirso para apresentaçãoda sua mais recente obra “chão epovo.além do tejo.seiva e sangue parasempre”. A apresentação, a cargo daprofessora tirsense, Maria AugustaCarvalho, está marcada para dia 8de novembro, na Biblioteca Munici-pal de Santo Tirso. O autor, Filipe Chi-nita marcará presença no evento quecontará, igualmente, com o declama-dor António Sousa, Carlos Carneiroe Ivo Machado. A apresentação teráinicio às 15 horas. |||||

Carla Valentereedita ‘Silêncios’

Maria AugustaCarvalhoapresenta livrode Filipe Chinita

Carla Valente apresenta a sua obra,‘Silêncios’, a 7 de novembro, pelas21h30 no Hotel Cidnay (Rua Dr. JoãoGonçalves, Santo Tirso). A obra seráapresentada por Goreti Dias, com acolaboração do poeta e diseur Dioní-sio Dinis. A intervenção musical es-tará a cargo de Vitória e MarianaValente acompanhadas pelo músicoGabriel Silva. Conceição Lima será adeclamadora convidada.

“A uma só voz” é o nome do livroque o jornalista Augusto Pimenta iráapresentar a 14 de novembro, às 21horas no Salão Nobre do antigo quar-tel dos Bombeiros ‘Vermelhos’ (PraçaConde São Bento), em Santo Tirso. ||||

Augusto Pimenta‘a uma só voz’

JAMES CARTER(FOTO: VICENT SOYEZ)