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entre MARGENS BIMENSAL | 14 FEVEREIRO 2019 | N.º 621 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 Demora das obras da EN-105 desespera automobilistas INTERVENÇÃO NA ESTRADA NACIONAL 105 PROLONGA-SE ATÉ MAIO PÁGINAS 11 E 18 (EDITORIAL) Obras de saneamento avançam em Roriz PÁGINAS 12 As invenções de Inácio dão vitórias a triplicar Com problemas de lesões e um mercado de inverno insatisfatório na ótica do treinador, Inácio vai fa- zendo o carapau passar por caviar e soma três vitórias em três jogos frente a adversários diretos. PÁGINAS 15 Amy Yoes veio ao MIEC navegar entre passado e o presente Norte-americana trouxe a Santo Tirso exposição onde coloca em evidência a muldisciplinaridade do seu universo criativo. PÁGINAS 03 Um romance dos dias que correm DESTAQUE | PAGINAS 4 E 5

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entreMARGENSBIMENSAL | 14 FEVEREIRO 2019 | N.º 621 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

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S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

Demora das obras daEN-105 desesperaautomobilistasINTERVENÇÃO NA ESTRADA NACIONAL 105 PROLONGA-SE ATÉ MAIO

PÁGINAS 11 E 18 (EDITORIAL)

Obras desaneamento

avançamem Roriz

PÁGINAS 12

As invençõesde Inácio dãovitóriasa triplicarCom problemas de lesões e ummercado de inverno insatisfatóriona ótica do treinador, Inácio vai fa-zendo o carapau passar por caviare soma três vitórias em três jogosfrente a adversários diretos.

PÁGINAS 15

Amy Yoes veio aoMIEC navegarentre passadoe o presenteNorte-americana trouxe a SantoTirso exposição onde coloca emevidência a muldisciplinaridade doseu universo criativo.

PÁGINAS 03

Um romancedos diasque correm

DESTAQUE | PAGINAS 4 E 5

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU ALMOÇO NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta primeirasaída de fevereiro foi o nosso estimado assinante

Armindo Costa Coelho Leite, residente em Vila das Aves.

Dentro de portas -“B.R.M.C.”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

No final dos anos 90 e início donovo milénio, o garage revival fezeclodir grupos como Kings of Leon,The Black Keys, The White Stripes ouThe Strokes. A revitalização do estilotrouxe o regresso ao rock vigoroso,com o gosto pela distorção da guitar-ra. Como é óbvio, o movimento nãoé exclusivo dos Estados Unidos, masacrescentamos Black Rebel MotorcycleClub ao mesmo pacote. Inicialmentechamavam-se The Elements, mas co-mo essa designação já existia muda-ram de nome, homenageando o gan-gue de motociclistas de Marlon Bran-do do filme “O Selvagem”, de 1953.

Peter Hayes (voz, guitarra, harmó-nica), Robert Levon Been (voz, baixo,guitarra) e Nick Jago (bateria) edi-tam, em 2001, “B.R.M.C.”. O fascíniopelo noise pop coincide com fortesinfluências dos The Jesus and Mary

Riffsempolgantesnuma dinâmicamusculada

Chain. As letras introspetivas mol-dam-se à densa atmosfera. Facilmen-te nos envolvemos com a pulsantebatida e as respetivas texturas rebel-des, onde a turbulência sonora temum papel privilegiado. As três primei-ras faixas prendem-nos a atenção, querpelos riffs empolgantes, quer pela di-nâmica musculada. Enquanto “AsSure As The Sun” progride, sentimosque não estamos a respirar à velocida-de certa. O núcleo enigmático da me-lodia aperta-nos o coração. Se trava-mos o nosso entusiasmo com as vo-zes pachorrentas de “Too Real”, so-mos compensados logo a seguir coma energia contagiante de “Spread YourLove”. No fecho, saímos confortadoscom “Salvation”, uma boa oportuni-dade para avivar qualquer nostalgiaremanescente.

Para além dos 11 temas do álbumoriginal, existem alguns bónus. En-contramos 3 na edição japonesa e4 na reedição de 2008 ou na de2014, em duplo vinil.

Em 2008, houve uma mudançana formação, entrando Leah Shapiropara o lugar da bateria. Foi este re-novado trio que, por exemplo, nosvisitou no último NOS Alive. Curio-samente a baterista tem uma ligaçãoespecial com o nosso país, uma vezque vinha cá com regularidade nasua adolescência. |||||

“Para além dos 11 temasdo álbum original,existem alguns bónus.Encontramos 3 naedição japonesa e 4na reedição de 2008”.

Um fim de semana dedicado a cele-brar as camélias. À já tradicional expo-sição com exemplares da flor de ori-gem asiática, o destaque dos próximosdias existirá vai para o concurso coro-ará a melhor entre todas as camélias.

Para além da Ode à Camélia, doBazar d’Inverno e da colocação decamélias nos altares de várias igrejasespelhadas pelo concelho, a partir das14h de sexta-feira, dia 15, já serápossível apreciar uma mandala, cons-truída na praça exterior da Fábrica deSanto Thyrso, com recurso a pétalasde camélia e outros vegetais.

Mandalar é, também o nome daoficina de pintura infantil marcadapara as 15h de sábado, seguida porum espetáculo de narração para ainfância, às 16h30. “Chovem camé-lias com salpicos de histórias”, contahistórias sobre bonsais, sobre o chá,sobre grous, gatos poderosos e flo-restas que se cruzam com a simbo-logia das camélias.

Para domingo ficarão as provas depataniscas, pudim Condessa Aldara,vinho verde e licor de Singeverga, apartir das 15h, e o bailado dosPauliteiros de Miranda, às 16h. Aentrada é livre. ||||||

Camélias vãocolorir o cenárioda Fábrica deSanto Thyrso estefim de semana

DE 15 A 17 DE FEVEREIRO,SANTO TIRSO VOLTA AFESTEJAR OS DIAS DACAMÉLIA. EVENTO INCLUIEXPOSIÇÃO, MOSTRA DETRABALHOS ARTÍSTICOS EANIMAÇÃO.

Hoje, 14 de fevereiro, às 21h30,outros filhos a Guimarães retor-nam para mais uma estreia abso-luta, desta vez protagonizada pelaÚtero. Fraternidade I + II é umdíptico dividido por um intervalo.Uma peça com cocriação e inter-pretação partilhada por CláudiaSerpa Soares, Francisco Camacho,Luís Guerra, Maria Fonseca, Mi-guel Moreira, Romeu Runa, SaraGarcia e Shadowmen.

O festival aproxima-se do fimda semana com uma viagem deJonas&Lander (Jonas Lopes eLander Patrick) até à Black Box daFábrica ASA, na sexta-feira à mes-ma hora, para revelar o seu “Len-to e Largo”, um trabalho fabrica-do no Centro de Criação de Can-doso, local onde decidiram aven-turar-se no passado mês de no-vembro para uma residência artís-tica. Em “Lento e Largo”, os robôsque dançam são um dos elemen-tos que contribuem para o quechamam de poética da alucinação.

No último dia de espetáculosdo GUIdance 2019, o festival pro-põe uma dança a três passos, per-correndo três dos palcos pisados

GUIdance mantémmovimento de altarotação criativa até 17de fevereiroMIGUEL MOREIRA, JONAS & LANDER, AINHOA VIDAL,JOANA VON MAYER TRINDADE & HUGO CALHIMCRISTOVÃO E MICHAEL CLARK COMPANY SÃO OSEMBAIXADORES DO UNIVERSO DA DANÇA EMGUIMARÃES NA SEGUNDA SEMANA DO FESTIVALINTERNACIONAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEA.

nesta edição. Às 11h e às 15h, étempo de navegar pelo “Oceano”criado por Ainhoa Vidal no Pe-queno Auditório do CCVF. Ao fi-nal da tarde, pelas 18h30, a peça“Dos Suicidados – O Vício de Hu-milhar a Imortalidade” de Joanavon Mayer Trindade & HugoCalhim Cristovão estreia-se naBlack Box do CIAJG.

O espetáculo final desta edi-ção traz a Guimarães o grandeiconoclasta da dança britânica, Mi-chael Clark, que se estreia destaforma em solo nacional com umapeça em três atos que presta ho-menagem a três das suas fontesde inspiração musical (Erik Satie,Patti Smith e David Bowie), explo-rando as principais marcas da lin-guagem artística deste criador: oesbatimento das fronteiras entre obailado clássico e a dança contem-porânea, a moda, a música e asartes visuais. Este sábado, a Mi-chael Clark Company apresentaassim “to a simple, rock ’n’ roll...song”, pela primeira vez em Portu-gal. Um momento singular paratestemunhar a partir das 21h30 nogrande auditório do Vila Flor. |||||

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SEXTA, DIA 15 SÁBADO, DIA 16Céu pouco nublado. Vento fraco.Max. 22º / min. 7º

Céu nublado. Vento moderado.Máx. 21º / min. 7º

Chuva fraca. Vento fraco.Máx. 18º / min. 6º

DOMINGO, DIA 17

ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 03

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Quando não chove emfevereiro, nem bomprado nem bom palheiro

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Uma viagem nas máquinas criativas deAmy Yoes. Um trajeto que enlaça o pas-sado e o presente nas mais variadas for-mas, materiais e expressões. As “Wayfin-ding Machines” da artista norte-america-na balanceiam entre a procura da orien-tação estrelar com o referencial claro noastrolábio, tão tradicional da cultura qui-nhentista portuguesa, como simbólica, nabusca da identidade pessoal.

A exposição patente até 5 de maiono MIEC é uma amostra do talento mul-tidisciplinar de Amy Yoes, conjugado comum espaço que dá oportunidade aos artis-tas de se expandirem e recriarem. “O meutrabalho sempre foi multidisciplinar, eu tra-balho em filme, fotografia, animação, pintu-ra, escultura e portanto esta exposição sur-ge dessa reação ao espaço”, explica a artis-ta de Houston, em conversa com os jorna-listas perante algumas das suas peças.

O corredor que conecta o Museu Mu-nicipal Abade Pedrosa e a sede do MIECé o local para onde toda a imaginação flui,de acordo com todos os artistas que poraqui têm passado e Amy Yoes não foiexceção. Para ela, foi um mar de potencia-lidades onde foi colocando essas máqui-nas de orientação “pintadas naquele cin-zento industrial e adornadas com discosde vidro coloridos que quando o sol atra-

Amy Yoes veio ao MIECnavegar entrepassado e o presenteARTISTA NORTE-AMERICANA TROUXE AO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURACONTEMPORÂNEA (MIEC) UMA EXPOSIÇÃO ONDE COLOCA EM EVIDÊNCIA AMULDISCIPLINARIDADE DO SEU UNIVERSO CRIATIVO. PARA VER ATÉ 5 DE MAIO

vessa as janelas criam feixes de luz nochão daquele magnífico longo corredor.”

A relação com a história de Portugalé clara e Amy Yoes não foge dela, bempelo contrário. “Tenho estado a pensarmuito nisso, na ideia das máquinas denavegação, portanto pareceu-me comoalgo natural para explorar neste contex-to, neste museu”, confessa.

“Correspondências” é uma exposiçãofeita em séries que ocupam espaços dis-

tintos do museu e vão dialogando entresi através do talento interdisciplinar deAmy Yoes e das suas cores inconfundíveis.Há pequenos filmes de animação emstopmotion e grandes telas multicoloresque preenchem as paredes do piso sub-terrâneo. Aventuras para descobrir a cadavirar da esquina.

Em 1993, Amy Yoes esteve em SantoTirso onde participou no segundo simpó-sio de escultura e criou a peça “Capriccio”,situada nos jardins em frente ao Museu,uma das mais acarinhadas pela popula-ção tirsense.

Questionada sobre esse passado lon-gínquo de mais de duas décadas, AmyYoes diz-se “satisfeita por revistar a peça”que “realça as virtudes do espaço ondeestá colocada”. A colina, o verde da rel-va, a luminosidade da área.

“Os artistas evoluem, o trabalho vaimudando dependo dos interesses quevou encontrando, mas há coisas que semantêm constantes, o interesse nos mo-tivos decorativos e como eles viajam pelotempo”, revela, considerando que a peçatem um “elemento de fantasia que porven-tura possa ser familiar às pessoas,”

Contudo, o trabalho de um artista estásempre incompleto. Depende sempre da

reação que surge do outro lado. Nestecaso, algo de curioso aconteceu. “Estáva-mos a arrumar as ferramentas no final dodia”, conta Amy Yoes um episódio pas-sado em 1993, “e de repente, “uma festade casamento saiu da Igreja e colocaram-se todos em torno da escultura para asfotografias. Para mim isso fez a escultura.”

A artista confessa que “de certa for-ma, não estava ciente do que estava afazer até isso acontecer”, descrevendo apeça como um “teatro” onde as pessoaspodem interagir. “Tenho andado à pro-cura de fotógrafos que ao longo dosanos têm tirado algumas dessas fotogra-fias desde 1993” porque, diz, “isso ex-pandiu a escultura de uma forma ines-perada e poderosa para mim.” É ela pró-pria uma “máquina de orientação”, queviaja não no espaço, mas no tempo.

Para Tiago Araújo, vereador da cultu-ra da câmara municipal de Santo Tirso, aoportunidade de expor o trabalho deAmy Yoes é um privilégio já que há vári-os anos que a artista “não expunha naeuropa e o facto de Santo Tirso e o MIECserem o motivo pelo qual ela venha atéà europa mostra e realça a importânciadeste museu e a afirmação que tem tidonos últimos anos”. |||||

SANTO TIRSO | EXPOSIÇÃO

A RELAÇÃO COM AHISTÓRIA DEPORTUGAL É CLARAE AMY YOES NÃOFOGE DELA, BEMPELO CONTRÁRIO

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04 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

DESTAQUE

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É frequente ouvirmos dizer, “antiga-mente é que era bom.” É uma expres-são ubíqua e condescendente que maisvezes do que não, serve apenas comocanivete suíço para descreditar presen-te e glorificar um passado perdido.

Se tal é verdade em qualquer âm-bito, quando o tópico de conversa éAmor ou relacionamentos é um sa-crilégio referir-nos ao passado comonada menos que a epítome do ro-mance. As razões são várias. Qual-quer pessoa fica defensiva se alguémmelindrar as suas experiências pes-soais, elas próprias romanceadas pelo

EM PLENO DIA DE SÃO VALENTIM, OENTRE MARGENS FOI À PROCURA DEEXEMPLOS DE ROMANCE PARADEMONSTRAR QUE O AMOR AINDA É OQUE ERA E CONTINUA À SOLTA. ESTA É AHISTÓRIA DA JOANA E DO RICARDO.

Umromancedos diasquecorrem

próprio passar do tempo que cria umefeito de neblina fantasiosa que acon-chega o que de mais precioso cadaum tem: as memórias e as conexõesinterpessoais.

Não, não é preciso viver num li-vro da Jane Austen ou da PatriciaHighsmith, nem num filme do ToddHaynes para falar com autoridadesobre Romance, porque as caracte-rísticas que lhe são intrínsecas, são-no hoje como foram ontem.

Joana e Ricardo têm 24 anos etrabalham ambos na área dosvideojogos. Ela como designer e ar-tista 3D, ele como compositor e sounddesigner. Conheceram-se em 2010

na escola que Joana frequentava,numa altura em que estavam a co-meçar o ensino secundário. São na-morados “há quatro anos e oito me-ses”, revelam em conversa via correioeletrónico com o Entre Margens.

Numa era de speed dating ondeo outro está à distância de um swipede polegar, a história dos high schoolsweethearts, ou uma versão dela,continua a ser comum de encontrar,o que não deixa de ser um parado-xo revelador. No seu caso, a relaçãocresceu baseada “num carinho e pre-ocupação que existia um pelo outro”pelo facto de serem amigos com in-teresses comuns.

NA IMAGEM, JOANA E RICARDO NA SUIÇA, APRIMEIRA VIAGEM QUE FIZERAM JUNTOS

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 05

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Interesses esses que passaram deuma obsessão geek, como tantasoutras, e se transformaram numa car-reira académica e por fim numa pro-fissão. É também essa veia criativa queos conecta. “Gostamos de explorar onosso trabalho e criatividade juntos”,assinala Joana.

“Tudo começou quando ainda an-dava na faculdade e o Ricardo se dis-ponibilizava para criar a música e osom dos meus trabalhos, agora nãohá ninguém em quem confie maispara o fazer”, confessa a designer.

A ambição, por agora, como qual-quer jovem casal de namorados, ésimples: “conseguir um apartamentopara viver os dois”, tarefa hercúlea nosdias que correm, sintoma também deuma sociedade que parece querersaltar uma geração à frente. Mas háalgo mais tangível no horizonte, “umaviagem ao Japão já na primavera.”

“Gostamos de viajar o máximo queconseguimos, sair para ir ao cinemaou a um bom restaurante, como qual-quer casal”, adianta Joana com mo-déstia.

O que já não é como qualqueroutro casal é a resposta à perguntaqual foi o gesto mais romântico quealgum de vós alguma vez realizou.Aí, Ricardo interveio com algo bemrecente. “Neste natal a Joana ofere-ceu-me uma t-shirt de um dos meusjogos favoritos com uma assinaturae dedicatória dos criadores originais”,revelou o compositor. “Foi um gestomuito especial!”, acrescentou.

A vida real não é uma comédiaromântica com um gesto de fazerparar meia cidade. É uma simples t-shirt plena de significado e intenção.A mais pura conexão, empatia eperceção pelo outro.

“Tentamos motivar-nos e comple-mentar-nos um ao outro, acho que éuma das coisas que melhor nos de-fine”, rematou Joana com talvez a maiscerteira definição de romantismo parao mundo em que vivemos hoje, 14de fevereiro de 2019. |||||

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A nostalgia pelos amores do passa-do transformada em modernidade.O longínquo tornado presente. OCentro Cultural Municipal de Vila dasAves (CCMVA) acolhe durante todoo mês de fevereiro, as mensagens, ashistórias, as tradições e a iconografiados Lenços de Namorados.

A mostra, patente na sala de ex-posições do CCMVA, viajou até Viladas Aves através de uma parceria entreas câmaras de Santo Tirso e Vila Ver-de, esta última que detêm a marcaregistada “Namorar Portugal” quedesde 2008 dá nome aos produtose eventos inspirados nos motivos dostradicionais lenços.

Em conversa com os jornalistas nofinal da inauguração da exposição, avereadora da cultura da câmara muni-cipal de Vila Verde, Júlia Fernandes,assinalou que a marca desde a suacriação já são “setenta os parceiros quetrabalham com os motivos dos len-ços de namorados.” Parceiros que vão

Lenços deNamoradoschegaram aoCentro CulturalEXPOSIÇÃO REALIZADA EM PARCERIA COM OMUNICÍPIO DE VILA VERDE TROUXE A VILADAS AVES, NO MÊS DO AMOR, AS HISTÓRIASE AS TRADIÇÕES DOS LENÇOS DE NAMORADOS.

desde empresas “conhecidas a nívelnacional, como a Vista Alegre ou aLameirinho” como também pequenasempresas locais.

O objetivo, diz a vereadora, “é co-locar os produtos no mercado, renta-bilizar os seus negócios e a economiae trabalhando com uma marca que éuma transmissão de afetos, de amor ecarinho que é este Namorar Portugal.”

Para o município de Santo Tirso,nas palavras de Tiago Araújo, verea-dor também da cultura, “esta exposi-ção consegue trazer-nos a parte doartesanal, mas também a parte dodesign, da moda, tudo áreas onde acâmara de Santo Tirso tem apostado

nos últimos tempos”, sendo um exem-plo daquilo que o município tirsenseestá a tentar fazer.

Ter o CCMVA como casa é umaoportunidade ideal porque, de acor-do com o vereador, “o centro tem, nosúltimos tempos, procurado encontrarexposições com outro nível e quepermita a Vila das Aves atrair novospúblicos.”

No mesmo sentido, Sónia Martins,responsável pelo CCMVA, assinalaque o centro “tem uma programa quepretende cada vez mais atrair o públi-co, sendo objetivo estabelecer parce-rias com outras instituições” e, com is-so, “elevar o grau de qualidade” daoferta, “tentado fazer uma programa-ção diversificada e que consiga che-gar a todo o público e a todas asfaixas etárias e gostos.”

Nos próximos meses, o CCMVAterá uma programação muito ativa,com exposições do Agrupamento deEscola de São Martinho que terá apresença da artista plástica Graça Mo-rais, e em maio estará em exibiçãouma mostra em parceria com a As-sembleia da República.

A entrada para a exposição “Na-morar Portugal” é livre e gratuita desegunda a sábado. ||||||

VILA DAS AVES | EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO FICAPATENTE AO PÚBLICOATÉ AO FIM DESTEMÊS DE FEVEREIRO

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06 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

OPINIAO~~~~~

INSCRITO NA E.R.C. SOB O Nº 112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 3.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 16 EUROS / EUROPA - 30 ,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 33,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L.- PRAÇA DAS FONTAINHAS, LOTE 4, LOJA

2- VILA DAS AVES. NIF: 501 849 955

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEA: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES (PRESIDENTE); LUDOVINA

SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: PRAÇA DAS FONTAINHAS, LOTE 4, LOJA 2 -VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONES: 252 872 953 / 937910457

DIRETOR: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES.

REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM:

HTTP://JORNALENTREMARGENS.COM/ESTATUTO-EDITORIAL/

COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

LINO, CELSO CAMPOS, LUÍS AMÉRICO FERNANDES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

DISTRIBUIÇÃO: NARCISO GONÇALVES.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 621 - 14 FEVEREIRO 2019

Os desafios do “Brexit” e o‘calcanhar de Aquiles’ Irlandês

Nestes últimos tempos e, sobretudo nesteinício de ano, o tema da saída das IlhasBritânicas do mapa da União Europeia,para cuja instituição do Parlamento Euro-peu com sede em Estrasburgo vamos serchamados a votar em maio, tornou-se-nosomnipresente e avassalador. Natural-mente esta saída ou “Brexit”, como a gíriapolítica no-lo impôs, obriga-nos a refletirsobre esta “crise” que afasta os britânicosdo “continente” e que, no fundo, é umacrise da União Europeia como um blocoque gostaríamos de ver fortalecido e nãoenfraquecido desta maneira com a retira-da do mais antigo aliado da nossa na-ção milenar. E, com isto, eu próprio doucomigo a refletir sobre algo de que nemeu próprio estava bem consciente.

O Reino Unido, conglomerado deilhas e nações monárquicas, reunindo aInglaterra ou Grã-Bretanha, o País deGales, a Escócia e, na Irlanda, a Irlandado Norte ou Ulster, só em 1973 adere àUnião Europeia juntamente com a Repú-blica da Irlanda e a Dinamarca elevandopara nove o conjunto dos Estados-Mem-bros, terminando assim com uma políti-ca de isolacionismo mas mantendo umaequidistância tímida no que toca a ou-sadias que levariam à criação posteri-or do Mercado Único, do alargamentoda União e à criação da Moeda Única aque nunca veio a aderir. Hoje, passadasestas décadas de avanços no sentido

À Suasemelhança

Deus criou o Homem para nãose sentir sozinho. Os anjos vie-ram primeiro, mas só Lúcifer foiuma companhia. Os outros nãopenavam por si, eram ocos deespírito e cegos a tudo o quenão fosse a Palavra. Na sua re-belião, Lúcifer terá feito mais pe-la sanidade do seu Pai do quequalquer outro até então, poisfoi um ato reacionário, que que-brou com a monotonia divina.

O Homem não é como osanjos: não é perfeito e, não osendo, tem espaço tanto paracrescer como para diminuir. So-mos companhia para o Senhorpor não seguirmos as Suas or-dens incondicionalmente. Aténas mais básicas: do amor e tole-rância, falhamos diariamente.Por vezes, Ele zanga-se ou ficatriste, e isso é bom, é sentido.

Fomos, tal como os nossosmeios-irmãos de asas, criadosà Sua imagem, com um deta-lhe significativamente diferen-te: nós aparecemos num mo-mento de maior maturidade.Para os anjos, Deus pegou noque tinha de bom e personifi-cou-o; para o Homem, deixou-Se refletir por completo e trans-pôs tudo o que conseguiu ver

de uma Europa, ela própria um conglo-merado de instâncias mais eficientes derepresentação supra-nacional dos povose países que a ela aderiram, o Reino Uni-do faz marcha atrás e dispõe-se a batercom a porta com acordo prévio ou semele até 29 de março do corrente ano.Ironia dos destinos, uma nova “dama deferro” com sorriso azul desafiante, TheresaMay, que no Referendo dera a cara pelacontinuidade na UE, cumpre agora o des-tino fatídico de desatar os nós e os laçosque os mais contumazes seguidores doBrexit não sabem como reconfigurar eque os que se sentem à beira de umprecipício económico gostariam de mini-mizar ou reverter. Theresa May, à frentede um periclitante Governo Conserva-dor, após quase dois anos de negocia-ção com Bruxelas, apresentou ao Parla-mento Britânico o texto de um Acordoque foi chumbado rotundamente e já seapressou a apresentar um plano B paratentar convencer os deputados a vota-rem um Acordo de Saída onde fique cla-ro “uma rejeição da União Aduaneira, deuma saída sem acordo no prazo estabele-cido e de um segundo referendo”; noentanto, a saída sem acordo é um cenáriode que os trabalhistas nem querem ouvirfalar e, lá no fundo, a hipótese de umsegundo referendo não é de excluir e assondagens apontam-no até como favorá-vel à manutenção. O impasse está insta-lado e Theresa May já não esconde a suaimpaciência e, no limite, se a não destituí-rem até lá, ou não for prorrogado o prazo,operará a saída caótica e abrupta que os27 genericamente temem e demonizam.

Porém falar do Reino Unido sem abor-dar o drama das duas Irlandas, saídasde um longo confronto étnico-ideológi-co, o Ulster protestante e a Irlanda cató-

lica, a primeira ligada à Coroa inglesa ea segunda à República da Irlanda, inde-pendente esta desde 1930, e que, peloseu pé e vontade soberana aderiu à UEno mesmo ano da antiga colónia que atutelou, é, não só impossível, como im-parcial. Digamos que é justamente aquique se encontra o “calcanhar de Aquiles”de ambos os lados em confronto: o Rei-no Unido vai querer salvaguardar nestalinha de fronteira os seus direitos alfan-degários em nome da defesa da suamoeda própria, a libra esterlina, e Bruxe-las, em apoio às pretensões e interessesdo seu aliado irlandês não vai desistirde manter no território irlandês para to-dos os seus naturais, independentementede pertencerem ao Reino Unido ou àRepública, a solução de livre intercâm-bio de pessoas, bens, serviços e merca-dorias que foi sendo prática corrente emambos os lados da ilha nestes últimosanos. E aqui, na ilha, já ninguém queracordar os fantasmas e os demónios deuma guerra atroz, mais atroz no norte queno sul, em nome de um unionismo britâ-nico que vai persistindo, até porque oextraordinário progresso do milagre ir-landês sob a influência do Euro nestesúltimos anos, sem paralelo no Continen-te Europeu, já será bastante para fazerofuscar o que resta do protecionismobritânico sobre este território insular. |||||

Falar do Reino Unido semabordar o drama dasduas Irlandas, saídas deum confronto étnico-ideo-lógico, é, não só impos-sível, como imparcial.”

para a carne de lama e barro.Por que é difícil aceitar que

as coisas podem ser assim, queo Criador é tão imperfeito? Su-ponho que seja porque, tal co-mo Ele, somos teimosos nasconvicções e carentes de dire-ção. Sem um sentido de propó-sito artificial, não é qualquer umque se levanta quando cai e,por isso mesmo, é mais simplese mais fácil nunca largar o an-darilho e não aprender a cami-nhar direito e sem assistência.

Acredito que muito poucosficariam contentes se se provarque a finalidade da nossa exis-tência é de companhia e en-tretenimento. Para mim, é com-pletamente razoável que assimseja: não tem de existir um gran-de Destino Universal só por-que achamos que não somoscompletos sem isso. Não somoscompletos por defeito e, se umdia o formos, não será porquealguém o planeou, será por-que os Seus filhotes crescerampara além do previsto e deixá-Lo-á tão admirado quanto nósficamos quando vemos os nos-sos animais a demonstrar umbocadinho de inteligência. |||||

Não é qualquer umque se levantaquando cai e, porisso mesmo, é maisfácil nunca largaro andarilho.”

Luís Américo Fernandes Tiago Grosso

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

“PEDRO FONSECA

A “pequena” Berna

Berna, capital da Suiça, não é umadaquelas cidades que nos vêm à me-mória quando nos disponibilizamospara fazer um ‘short break’ numa cida-de europeia. Pensamos primeiro emParis, Londres ou Roma. Mas Berna,que tenho a felicidade de conhecerbem, é uma princesa à espera de serdesposada. Pequenina mas formo-sa, cuidada e elegante, segura e tran-quila, com as suas ruas pedonais, assuas lojas, as suas esplanadas, osseus cafés, os seus bares e restau-rantes, os seus jardins, o seu rio, os

A mobilidade sustentável tem esta-do na ordem do dia dos discursosdos políticos, pretende-se que cadavez mais as pessoas tenham facilida-de de se movimentarem e da formamais amiga do ambiente possível.

A Câmara Municipal de Santo Tir-so não é excepção e incorporou estetema no seus discursos e, diga-se jápassou à acção, com um plano de maisde 2 milhões de euros em cicloviasna cidade de Santo Tirso. O nossopresidente até foi andar de bicicletapara a recente ciclovia de 1,8km, entrea Central de Camionagem e o Juncalem Santa Cristina do Couto.

Fazendo uma consulta ao site base.gov.pt (site onde consta toda a infor-mação sobre a contratação pública)vemos que a Câmara de Santo Tirsodeu mais um passo para esta dita mo-bilidade: gastou 135 mil e 750 eurosmais IVA em 35 bicicletas o que dá166 mil e 972 euros o que faz umvalor médio de 3 mil e 800 eurospor bicicleta.

O ponto importante aqui é perce-bermos a prioridade em gastar maisde 166 mil euros para dispor de 35bicicletas na Cidade de Santo Tirso,quando nas freguesias do concelhotemos dezenas e dezenas de ruas emterra, sem qualquer pavimentação.

Uma questão de prioridade, cla-ramente. O Sr. Presidente da Câmaradevia andar com uma destas bicicle-tas nas ruas em terra que temos emmuitas destas freguesias e, aí perce-beria certamente que com estes 166mil euros pavimentava duas ou trêsruas, ou faria uns bons quilómetrosde passeios.

Esta prioridade não passa por do-tar todas as freguesias do concelhodo básico, boas acessibilidades e, de-pois passávamos para a fase seguin-te, a mobilidade sustentável. SantoTirso não pode estar a fazer o mes-mo que outros concelhos, porque es-

Rui Miguel Baptista

Santo Tirso aduas pedaladas

teve parado nos últimos 30 anos.Mas o mais curioso é que no man-

dato anterior a construção de pas-seios na Estrada da Barca em Vila dasAves foi adiada pela Câmara porquenão havia dinheiro para tudo e 166mil euros era uma boa ajuda parafazer uma ligação “pedonal” entre aIgreja das Aves e Riba D’Ave.

Ruas pavimentadas ou passeiospara as pessoas poderem andar tam-bém são mobilidade, a mobilidadeque todos merecemos. |||||| Texto escritode acordo com a antiga ortografia

O ponto importanteaqui é percebermos aprioridade em gastarmais de 166 mil eurospara dispor de 35bicicletas na Cidade deSanto Tirso, quandonas freguesias doconcelho temos dezenase dezenas de ruasem terra, sem qual-quer pavimentação”.

Pedro Fonseca

seus monumentos, os seus parques.Berna é qualidade de vida, frui-

ção do espaço público, lazer. Aqui-lo que uma cidade moderna, cos-mopolita e que aposte no turis-mo deve ser. Santo Tirso pode bemser a nossa “pequena” Berna.

Com a requalificação do centroda cidade, o investimento na pedo-nalização de várias artérias, com evi-dentes benefícios para os municípes eos comerciantes, os jardins e as nos-sas praças plenas de vida e movimen-to, a nossa segurança, a nossa vidanoturna animada, temos tudo parapodermos ser - insisto - a ‘pequena’Berna do Norte de Portugal, comooutrora fomos a pérola do Ave.

O caminho que está a ser trilha-do aponta nesse sentido. Para com-pletar a ‘obra’ deixo três propostas:a pedonalização da artéria entre osCTT e a pastelaria Algarve (passe a

publicidade), atravessando toda azona dos bares; uma maior apostana requalificação das margens do rio,criando mais zonas de lazer e restau-ração (cabe aqui o aproveitamentoda estação velha, para um núcleo mu-seológico, com serviços de bar e res-taurante); a modernização do merca-do municipal, através do lançamen-to de um concurso de ideias - espa-ço comercial e de cultura - e do espa-ço da feira - inevitavelmente um par-que de estacionamento moderno, comvalências comerciais, lúdicas, servi-ços públicos, (por exemplo, retirar oEspaço do Cidadão do sítio ondeestá e localizado nesta área) etc...

Que não faltem as ideias para po-dermos contribuir para uma cidadecada vez mais orgulhosa, atrativa,charmosa e dona de um “glamour”irresistível. A nossa “pequena” Ber-na é uma cidade que vale a pena. |||||

Berna é qualidade de vida, fruição do espaço público,lazer. Aquilo que uma cidade moderna,cosmopolita e que aposte no turismo deve ser.Santo Tirso pode bem ser a nossa “pequena” Berna.

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08 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

ATUALIDADETermolan abrenovo roteiroempresarial

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Com mais de quatro décadas de ati-vidade, centena e meia de trabalha-dores em duas unidade produtivas,em Vila das Aves e Argemil, e umvolume de negócio que ascende aos22 milhões de euros, a Termolan ésinónimo da indústria em Santo Tirso.

Integrada no grupo de empresasda família Abreu, a Termolan é espe-cializada no fabrico de lã de rochapara isolamento térmico, acústico ede proteção ao fogo, com especialtendência para a exportação.

Em conversa com os jornalistas nofinal da visita do presidente da câ-mara à unidade de Argemil, AntónioAbreu, administrador da Termolan, re-

PRODUTORA DE LÃ DE ROCHA PARA ISOLAMENTO É UMNOME HISTÓRICO DO TECIDO EMPRESARIAL DOCONCELHO DE SANTO TIRSO E PREPARA UMINVESTIMENTO PARA ENFRENTAR O FUTURO.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Viajar de comboio até Santo Tirso eaceder ao centro da cidade acaboude se tornar mais fácil. A câmara tir-sense vai garantir a ligação da esta-ção ferroviária até à central de trans-portes através de um shuttle, umacarrinha de nove lugares que fará opercurso de forma gratuita para osutilizadores durante os dias úteisentre as 7 e as 21 horas.

“Este era um compromisso eleito-ral que tomamos nas eleições passa-das”, assinalou Joaquim Couto, presi-dente da câmara que realizou acom-panhado pelo seu vice, Alberto Cos-ta, a viagem inaugural no passadodia 4 de fevereiro.

O problema da ligação da estaçãoferroviária ao centro da cidade, que

‘Shuttle’ ligacomboiosa autocarros

SANTO TIRSO | MOBILIDADE

TRANSPORTE GRATUITO VAI CONECTAR A ESTAÇÃOFERROVIÁRIA COM A CENTRAL DE TRANSPORTES NOS DIASÚTEIS. SERVIÇO ESTARÁ AINDA DISPONÍVEL ATÉ AOAEROPORTO SÁ CARNEIRO ATRAVÉS DE MARCAÇÃO PRÉVIA

não é novo, fica agora asseguradode forma gratuita pelo shuttle naqui-lo que o autarca considera “um pas-so importante porque permite melho-rar as ligações entre a central e a es-tação para toda a gente, os que tra-balham, os que nos visitam, portantoé um serviço público de grande rele-vância social.”

Novidade também é a extensãodo serviço shuttle até ao aeroportoFrancisco Sá Carneiro mediante mar-cação prévia. O investimento nesteserviço está avaliado em 50 mil eu-ros anuais.

Para Joaquim Couto, esta apostasurge no âmbito do “plano de mobi-lidade sustentável” com o intuito depromover a utilização de transportespúblicos, encontrando-se também “en-cadeado com o sistema de transpor-tes em triângulo (Santo Tirso, Trofa, Fa-malicão) melhorando significativa-mente as ligações entre os três municí-pios numa estratégia a longo prazo.”

O percurso terá a possibilidade deefetuar paragens na av. Sousa Cruz eSoeiro Mendes da Maia (em direçãoà estação) e na Via Panorâmica e, no-vamente, na av. de Sousa Cruz (emdireção à central).

As reservas para a ligação ao aero-porto Francisco Sá Carneiro poderãoser efetuadas até às 17h00 do diaútil anterior ao dia da viagem, atra-vés do telefone 252 830 412. |||||

SANTO TIRSO | MOBILIDADE velou que a empresa está a “realizarum investimento para o aumento deprodução e inovação de produtos.”

“São investimentos até de sobre-vivência, de renovação de produtos,de adequação ao mercado, porquecomo nós sabemos em termos deindústria tem que haver inovaçãoconstante, caso contrário a genteperde o caminho”, assinalou o em-presário que aponta para um cresci-mento de produção na ordem dosvinte por cento.

No que diz respeito ao mercado,a Termolan tem apresentado “um cres-cimento sustentado acima de tudona exportação”, com especial relevân-cia para os mercados espanhol e fran-cês. “Em França, a Termolan detêm15% do mercado lã de rocha paraisolamento o que é uma brutalidadese formos ver o tamanho do merca-do francês”, frisou António Abreu,explicando ainda que as característi-cas do produto e a importância dofator transportes, condiciona o tipode mercados para os quais a empre-sa pode operar.

Este investimento que, segundonota informativa da câmara munici-pal ronda os 900 mil euros, seráefetuado com capitais próprios comoé apanágio da empresa.

“É preciso não esquecer que va-mos ter um ano muito difícil com umabrandamento natural de toda a eco-nomia e com a previsão da aumentoda taxa de juro, portanto temos queestar preparados para num ano deinvestimento”, adiantou AntónioAbreu, garantindo uma operação “compassos curtos e investimentos não

A TERMOLAN PREVÊPASSAR PARA UMVOLUME DE NEGÓCIOSENTRE OS 25 E OS 26MILHÕES DE EUROSAPÓS A CONCLUSÃODESTE INVESTIMENTO.

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 |09

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Um dia de festa com ânimos entusi-ásticos e um pavilhão da empresarepleto com cerca de duas centenasde convidados. Uma data simbólicanaquele é um quarto de século desucesso de uma empresa que come-çou familiar e hoje mantém esse ADNmas a uma escala bem superior.

Domingos Silva & Cunha (DSC)conjuga os nomes de Domingos Silvae da esposa Madalena Cunha que em1994 se lançaram à aventura com trêsmáquinas e quatro funcionários. Pri-meiro Madalena Cunha assumia o dia-a-dia das operações e mais tarde Do-mingos Silva deixaria o seu empregopara dar cem por cento a esta criaçãoque começava a ganhar dimensão.

Domingos Silva, em declaraçõesaos jornalistas, sublinhou que foram

Um quarto de séculodourado paraDomingos Silva & CunhaEMPRESA DE RORIZ CELEBROU 25 ANOS DE EXISTÊNCIA NOPASSADO SÁBADO. CONTA COM 50 TRABALHADORES NO SETOR DACONFEÇÃO DE DERIVADOS DE ALGODÃO E UM VOLUMEDE NEGÓCIOS QUE ASCENDEU AOS 1,8 MILHÕES DE EUROS.

recorrendo a créditos, mas sim comcapitais próprios, a uma velocidademenor, mas de maneira a que possa-mos cá estar para ultrapassar todasessas adversidades.”

A visita de Joaquim Couto, presi-dente da câmara de Santo Tirso, in-sere-se numa nova fase dos roteirosàs empresas do município que, nospróximos seis meses vai levar o autarcaa perto de meia centena.

“Este retomar das visitas às empre-sas insere-se no nosso guião do man-dato”, começou por dizer o edil tirsen-se. “Com o Invest Santo Tirso estamosa dar um forte apoio aos nossos em-presários, porque criámos um conjun-to de benefícios fiscais e licenciamen-to muito atrativos que também têm per-mitido que o investimento tenha au-mentado”, referiu Joaquim Couto. “Acâmara funciona quase como um ta-pete vermelho para o investimento epara o investidor”, destacou.

Para o município é importante apoi-ar não só os investimentos que vêmde fora, mas também aqueles que sãoefetuados por empresas já implanta-das no concelho, em especial com ahistória da Termolan.

“Daí o nosso carinho e preocu-pação em apoiar não só o que vemde fora, mas primeiro o que está cádentro, que quer reinvestir e fez umesforço muito grande ao longo dosanos para ultrapassar todas as crisese estar hoje com toda a pujança”, elo-giou Joaquim Couto.

A Termolan prevê passar a um vo-lume de negócios entre os 25 e os26 milhões de euros após a conclu-são deste investimento. |||||

25 anos de “muita alegria, muita fe-licidade e muito trabalho”, conseguin-do ultrapassar as várias crises quemarcaram este período de tempo, datêxtil no Vale do Ave à internacionalque afetou o país já esta década.

“De facto, começamos com 4 co-laboradores, três máquinas e sentimo-nos muito orgulhosos porque con-seguimos ultrapassar muitas dificulda-des e sabemos que manter 50 pos-tos de trabalho é muito importante paraa nossa vila”, realçava o empresário.

A palavra que definiu o fim detarde do passado sábado foi mesmofamília. Não só pelo referente ao iní-cio da empresa, mas sobretudo por-que define o ambiente dos que delafazem o seu dia-a-dia.

Carla Guimarães é contabilista daDomingos Silva & Cunha desde aprimeira hora e refere-se precisamente

a essa génese que se tem mantidoao longo dos anos. Remanescendosobre o passado, Carla diz que em1994 era “uma contabilista em iníciode carreira”, tecendo elogios à perse-verança na face da adversidade deDomingos Silva e Madalena Cunha,fazendo a empresa crescer, contan-do “com um património substancialem termos de maquinaria, imoveis eprincipalmente em termos de patri-mónio humano porque é esse queajuda à sua continuidade.”

A cerimónia contou com as pre-senças das autoridades autárquicas,da junta de freguesia de Roriz, MoisésAndrade, e da câmara municipal, Joa-quim Couto, Alberto Costa e AnaMaria Ferreira, e de inúmeros repre-sentantes da comunidade empresa-rial. Foram homenageados todos os50 colaboradores da empresa comuma menção especial para as três fun-cionárias que se encontram na em-presa desde o seu início.

Aos jornalistas, Alberto Costa, vice-presidente da câmara municipal, focouna génese familiar da empresa, “factocomum ao tecido empresarial da re-gião” que cresceu e é hoje “uma em-presa pujante, desenvolvendo o seutrabalho, com o empenho, competên-cia e profissionalismo.”

Com um volume de negócios arondar os 1,8 milhões de euros noano transato, Alberto Costa sublinhaque depois da crise “só os bons, aque-les que se souberam virar para o futu-ro, modernizar-se e acompanhar estaevolução é que se mantiveram”, re-alçando a Domingos Silva & Cu-nha como um” exemplo de modelode gestão” que passa pelo bem-estar,segurança e o envolvimento dos co-laboradores.”

A DSC produz “tudo o que é deri-vado de algodão, toalhas de banho,praia, luvas e aplicações” e vai agorainiciar uma nova fase com o desen-volvimento de um novo produto paraque, segundo Domingos Silva, “dêmais sustentabilidade à empresa”. |||||

SANTO TIRSO | MOBILIDADE

Começamos com 4colaboradores, 3máquinas esentimo-nos muitoorgulhosos porqueconseguimos ultra-passar muitasdificuldades.Manter 50 postosde trabalho é mui-to importantepara a nossa vila”DOMINGOS SILVA

FIM DE SEMANA GASTRONÓMICO DE 15 A 17 DE FEVEREIROSanto Tirso recebe a 11ª edição da iniciativa em que se destacam a patanisca de bacalhau, o arroz de patoe o pudim condessa Aldara. No total são 27 restaurantes e seis alojamentos que durante três dias vãooferecer descontos de 10 por cento no menu oficial e nas dormidas realizadas sexta e sábado. Paraconsultar a lista completa de estabelecimentos aderentes visite o site da câmara municipal de Santo Tirso.

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10 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

ATUALIDADE

Pelos desertosde Marrocoscom umLand Rover de 1967

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Apaixonados pelo todo-o-terreno.Apaixonados sobretudo pela LandRover. Luís Silva é de Vila das Aves.Rui Abreu é de São Salvador do Cam-po. No próximo mês de abril vão par-

LUÍS SILVA E RUI ABREU VÃO AVENTURAR-SE NO MAROC CHAL-LENGE NO PRÓXIMO MÊS DE ABRIL E JÁ ESTÃO PREPARARO CLÁSSICO TODO-O-TERRENO DA MARCA BRITÂNICAQUE VÃO LEVAR ÀS DUNAS DO PAÍS DO NORTE DE ÁFRICA.

tir em direção a Marrocos para partici-par na 16ª edição do “Maroc Chal-lenge”, prova que leva pilotos ama-dores e amantes dos tração às qua-tro rodas a aventurarem-se pelo ima-ginário que, na maioria só pode mes-mo ver na televisão, do mítico Dakar.

“Já seguimos a prova há algunsanos, esta é a 16ª edição de uma provaque para nós amadores nos diz sem-pre alguma coisa”, começou por di-zer Luís Silva. “Desde pequenos queestamos habituados a ver o Dakarou o Africa Race e há sempre aquelebichinho para quem gosta de TT departicipar numa prova dessas, o quenormalmente está longe de poderacontecer por causa da preparaçãodos carros, dos custos associados.”

Destinado a pilotos amadores e acarros pouco preparados, o objetivodo “Maroc Challenge” é proporcio-

é chegar ao fim sem avarias, o queacredito ser possível”, assegura. “Des-de a medida dos pneus, trabalhámosa suspensão, com molas e amortece-dores novos, vamos alterar as rela-ções dos eixos para conseguirmos umbocadinho mais de velocidade deponta. Vamos instalar um overdrive,uma espécie de quinta velocidadeque nos vai permitir andar mais umbocadinho, tudo material que seriaum extra em 1967”, para conferir oregulamento de um carro stock, adi-anta Rui Abreu.

Para Luís Silva, esta será a sua ter-ceira vez em Marrocos, depois deuma viagem em autocaravana e ou-tra num todo-o-terreno, mas de for-ma mais recreativa. Já com viagenspor toda a europa, o piloto avensenão troca nenhuma dessas experi-ências pelas viagens por Marrocos.“Para mim, o que é bom em Marro-cos é a cultura marroquina. É issoque me fascina”, revela Luís Silva quecompara a amabilidade e entreajudado povo marroquino com Portugal.

Na sua estreia, Rui Abreu, confes-sa entre risos que o que mais esperaé enfrentar as dunas porque, diz, nãosabe se o carro terá “capacidade demotor para subir”, apontando os per-cursos nas praias atlânticas como oque mais anseia.

Mas nem tudo é aventura. A or-ganização da prova dedica um espa-ço importante à vertente solidária e adupla do concelho de Santo Tirsoestá a preparar uma campanha paralevar para Marrocos o máximo deroupa e material escolar que carroconseguir levar.

“O projeto solidário da organiza-ção este ano tem a ver com sistemasde rega, mas nós decidimos que se-ria mais vantajoso enveredar pela re-colha de material escolar, que terá umimpacto muito grande nas crianças”,explicou Luís Silva que está muitosatisfeito com a adesão das pessoasà iniciativa. “As pessoas vão po-derajudar até ao último dia, mas a malacomeça a ficar cheia porque temostido muita gente a querer ajudar.”

O “Maroc Challenge” decorreentre 12 a 20 de abril, sendo que aplataforma da organização vai per-mitir seguir em tempo real a partici-pação dos pilotos. “Quem tiver curi-osidade de ver, consegue seguir emtempo real onde estamos e a veloci-dade louca a que estamos a percor-rer os desertos marroquinos. Se nosvirem muito tempo parados, nãoestamos avariados só estamos a tirarfotografias”, concluiu, em tom joco-so, Luís Silva. |||||

nar os mesmos desafios, as mesmassensações dessas grandes provas deforma acessível aos apaixonados pelaaventura. “É uma prova que está ali adois passos e é muito mais possíveldo que outra prova qualquer”, sinte-tizou o piloto avense.

Luís Silva e Rui Abreu vão partirpara Marrocos aos comandos daque-le que será o mais velho veículo quealguma vez participou na prova: umLand Rover de 1967. Porquê? Porpaixão e espírito de aventura.

Comecemos pela primeira, paixão.Paixão pela Land Rover, marca britâ-nica de automóveis 4x4, jipes comocorriqueiramente são conhecidos. “So-mos os dois apaixonados por LandRover”, notou Luís Silva e nenhumdeles sabe de onde vem este inte-resse especial.

Ambos são possuidores de car-ros da marca. Fazem passeios e aven-turas por todo o lado com eles. RuiAbreu trabalha mesmo profissional-mente com eles. “Fazemos passeiosde todo-o-terreno nos nossos LandRover por todo o país. Nas férias, an-dámos sempre de Land Rover. Vamosde Land Rover para toda a parte”,explicou sucintamente Rui Abreu.

História ainda mais curiosa é docarro que vão pilotar pelo desertomarroquino. O veículo de 1967 per-tence a Luís Silva que o comprou co-mo surpresa para a mulher especifi-camente para o seu dia de casamen-to para servir de carro dos noivos.“Toda a gente fala em alugar a limusi-ne, mas o bichinho pelo Land Rover,que a mulher também partilha, levou-me a comprar este carro de 1967como surpresa.”

Como mecânico do carro, RuiAbreu tem estado a realizar a manu-tenção do veículo em preparação dagrande aventura com o objetivo dealcançar o máximo de fiabilidade. “Ocarro não é potente”, confessa o co-piloto. “A nível de velocidade estamosmuito limitados, mas o nosso objetivo

MAROC CHALLENGE

Toda a gentefala em alugar

a limusine,mas o bichinho

pelo LandRover, que amulher tam-

bém partilha,levou-me a

comprar estecarro de 1967

como surpresa[para o dia

do nossocasamento].”

LUÍS SILVA

PORMENOR DO INTERIOR DOLAND ROVER QUE LUÍS SILVA ERUI ABREU (NA IMAGEM EMCIMA) LEVAM ATÉ MARROCOS

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 11

Um prazo que não vai ser cumpridoe que tem deixado os condutoresdesesperados durantes meses a fio.As obras de repavimentação da EN-105 entre Santo Tirso e Vila das Avesestão a deixar os milhares de utili-za-dores desta via de comunicaçãocom os cabelos em pé, não só pelademora, mas pelo estado do piso.

Em comunicado oficial, a câma-ra municipal de Santo Tirso mostra-se “solidária com os automobilistasque utilizam a via diariamente”. A in-tervenção, da responsabilidade daIP – Infraestruturas de Portugal, pro-prietária e gestora do troço, decorredesde agosto de 2018 e tinha emvista “melhoria do pavimento e pas-

Câmara solidária com condutorespelo atraso nas obras da EN-105EM COMUNICADO A AUTARQUIA TIRSENSE MOSTRA-SE SOLIDÁRIA COM O DESESPERODE CONDUTORES E HABITANTES PELA DEMORA DOS TRABALHOS DE REQUALI-FICAÇÃO DO PISO DA EN-105 POR PARTE DA IP – INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL

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A continuação de um projeto inicia-do com a resolução dos problemasde trânsito no cruzamento, a segun-da fase da requalificação da Praça Ca-milo Castelo Branco tem como prin-cipal preocupação os peões. A obrairá criar uma zona de circulação “to-talmente livre de barreiras para pes-soas de mobilidade reduzida”, pas-sando os peões a ter a possibilidadede “utilizar toda a largura da via”,informa a câmara municipal de San-to Tirso via nota de imprensa.

Esta opção irá limitar o espaçoautomóvel, tal como tem acontecidonoutras praças da cidade requalifica-das no âmbito do plano de mobili-dade sustentável. “Queremos conti-nuar a desenvolver a cidade de modoa aproximar as pessoas do usufrutodo espaço público e estamos certosde que a continuação desta obra tra-rá isso mesmo”, afirma Joaquim Cou-to, citado pela nota do município, en-fatizando que a linha seguida pelaautarquia “é transversal a toda a cida-de e pretende não só melhorar a cir-culação, como aumentar a seguran-

Segunda fase daPraça CamiloCastelo Brancoconclui em julhoINVESTIMENTO DE 300 MIL EUROS CONTEMPLA RUA DR.JOAQUIM PIRES DE LIMA E LIGAÇÃO À RUA DOS CARVA-LHAIS PRETENDENDO AUMENTAR A SEGURANÇA DOS PEÕES

seios, tendo também sido solicitadoà empresa Águas do Norte que fi-zesse a instalação de rede de sane-amento, dado as obras em curso.”

Os condicionamentos de trânsi-to, naturais neste tipo de empreita-das, têm ultrapassado o calendárioestipulado. “A requalificação emquestão está, contudo, a alongar-sepor mais tempo do que o estipula-do, prolongando os constrangimen-tos, nomeadamente ao nível do es-tado do piso”, refere o municípiotirsense, alheio à execução da obra.

Pode ler-se ainda no texto dacâmara de Santo Tirso, que o muni-cípio “tem mantido um diálogo cons-tante com as empresas responsáveis

pela obra, a Infraestruturas de Por-tugal e a Águas do Norte”, sendoque a mais recente garantia dada éque “as obras estarão terminadas nopróximo mês de maio.”

Relevando o papel vital da EN-105 nas ligações inter e intra con-celhias, a câmara afirma que “conti-nuará a encetar todas as diligênciasjunto das entidades envolvidas noprocesso, por forma a que a conclu-são dos trabalhos possa ser feita omais cedo possível e, desta forma,criar inegáveis vantagens que irãoter impactos muito positivos no diaa dia dos seus utilizadores e aju-darão a resolver alguns dos cons-trangimentos da via.” |||||

SANTO TIRSO | OBRAS

SANTO TIRSO | OBRAS

ça e tornar os peões os utilizadoresprimordiais das vias do centro da ci-dade” de Santo Tirso.

A obra contempla a instalação deinfraestruturas de drenagem de águaspluviais e residuais, de abastecimen-to de gás, eletricidade, telecomunica-ções e rede de rega aliada à arboriza-ção e mobiliário urbano. Os senti-dos de trânsito irão convergir nasduas extremidades da Rua Dr. Joa-quim Pires de Lima, de modo a per-mitir a subida na Rua dos Carvalhais.

O trânsito estará condicionadodurante 150 dias. |||||

PONTAS SOLTAS NA NOITE TIRSENSEGrupo que dá nova roupagem a temas da música tradicional e popular portuguesa sobe ao palco doCultural Municipal de Vila das Aves no dia 23, pelas 21h30, com entrada livre. Filipe Fernandes,Luís Miguel Carvalho, Vera Ferreira, Nuno Salgado, Miguel Correia e Ângela Ferreira vêm ànoite tirsense dar um espetáculo que explora a identidade nacional e a leva às novas gerações.

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

PSD | SANTO TIRSO

Foi em clima de celebração que a con-celhia do PSD deu posse à nova co-missão política do núcleo da Uniãode Freguesias de Santo Tirso, Couto(Santa Cristina e São Miguel) e Bur-gães, sendo Manuel Mirra o novorosto do partido nesta agregação ad-ministrativa.

A sessão solene de tomada deposse, que juntou cerca de duas cen-tenas de militantes do partido ‘laran-ja’ incluindo José Pedro Miranda, presi-dente da comissão política concelhia,Alberto Machado, presidente da co-missão política distrital do PSD e ain-da Andreia Neto, deputada na As-sembleia da República e vereadora nacâmara municipal de Santo Tirso.

||||| tEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Uma necessidade premente da popula-ção de Roriz. Um investimento reivindica-do há anos começa agora a ser concre-tizado. A câmara municipal de Santo Tirsoem parceria com a Águas do Norte estáa realizar um investimento na ordem dos635 mil euros na freguesia de Roriz paraexpansão da rede pública de saneamen-to em mais de seis quilómetros, com umtotal de 555 ramais que permitirão a li-gação a mais de 900 fogos.

Em visita ao local para marcar o iníciodos trabalhos, Joaquim Couto, presiden-te da câmara, assinalou que “estas obrasfazem parte de um conjunto alargado deinvestimentos que têm vindo a ser feitosnos últimos três anos a nível de sanea-mento”, recordando os quatro milhõesinvestidos na ponta final do mandato an-terior e os cinco milhões de euros que deinvestimento agora no terreno, no qualesta frente de obra em Roriz integra.

Relevando a importância do investimen-

Obras desaneamentoavançamem RorizINVESTIMENTO DE 635 MIL EUROS IRÁ PERMITIRQUE O SANEAMENTO CHEGUE A MAIS DE 900 FOGOS

SESSÃO SOLENE CONTOU COM A PRESENÇA DE CERCADE DUAS CENTENAS DE MILITANTES NO HOTEL CIDNAY.

Manuel Mirra tomaposse comopresidente do núcleoda UF de Santo Tirso

Nas suas intervenções políticas,quer José Pedro Miranda, quer Alber-to Machado confluíram num ponto-chave, o facto de em Santo Tirso nãoexistir alternância democrática há maisde 30 anos na câmara municipal, fac-to que na opinião de ambos prejudi-ca o concelho que tem perdido rele-vância na região para os vizinhos VilaNova de Famalicão, Trofa, Paços deFerreira ou Maia.

O núcleo agora presidido por Ma-nuel Mirra criou ainda um conselhoconsultivo, “órgão autónomo, hete-rogéneo, intergeracional e indepen-dente de aconselhamento e reflexãopolítica” que tem como função “iden-tificar e sinalizar necessidades e apre-sentar propostas e ideias para ala-vancar Santo Tirso.”

Parte integrante deste grupo estãonomes como Alcindo Ferreira dosReis, Gonçalves Afonso, Carlos Oli-veira, João Abreu, Tiago Orlando, VítorBaía, Carlos Resende, a violoncelistaCarina Vieira, Luís Andrade, AntónioJorge Ribeiro, Ricardo Dinis, Gil Bal-semão, Vladimiro Dias, Pedro Azeve-do, Isabel Morais, Manuel Monteiro,Sónia Almeida, Abílio Lima, e os jo-vens estudantes Francisco Moreira,Luísa Mirra, Francisco Martins eAvelino Moura. |||||

to que, quando concluído chegará a oi-tenta por cento da população, “situaçãonormal a nível europeu”, o presidente nãodeixou de apontar o aparente paradoxoentre os desejos da população para quese instale o saneamento e a efetiva taxa deligação à rede pública.

“Se perguntarmos às pessoas o que acâmara deve fazer de forma mais urgentetodos dizem água e esgotos, mas quandofazemos a água e os esgotos verificámos35 a 40% das casas que já têm água eesgotos à porta não fizeram ainda as suasligações”, denunciou Joaquim Couto. “Énecessário que toda a gente se compene-tre que para a saúde pública, o bem-estardas populações, para uma melhor qualida-de de vida, havendo rede pública de águae esgotos à porta, todos devem ligar.”

Da mesma opinião é Moisés Andrade,presidente da junta de freguesia de Roriz,vincando que “o trabalho da junta é e fre-guesia é motivar as pessoas para fazer essaligação”, estando convicto que a popula-ção da vila está sensibilizada para o facto.

O autarca local assinala ainda a “im-portância enorme” deste investimento quejá “deveria ter sido feito”. “É um pedidodas pessoas”, apontou, “se querem umamelhor qualidade de vida têm que fazeressa ligação.”

Apesar da importância da obra, os tra-balhos e consequentes cortes de trânsi-to na principal via de comunicação deRoriz têm trazido também alguns incon-venientes. Quanto a isso, Joaquim Coutodeixa a garantia que “a situação está a serconsiderada como urgência”, devido àimportância da estrada para os transpor-tes públicos. As obras já estão a avançarna EM 209-2, na rua Aldeia Nova, narua D. João IV, na rua do Rato, na traves-sa e rua das Flores, com intervenções naQuinta da Fonte, na rua das Tulipas e naAvenida da Coutada, devendo estar con-cluídas durante o mês de maio. |||||

RORIZ | SANEAMENTO

A CÂMARA DESANTO TIRSO EMPARCERIA COM AÁGUAS DO NORTEESTÁ A REALIZARUM INVESTIMENTONA ORDEM DOS635 MIL EUROS NAFREGUESIA DERORIZ PARAEXPANSÃO DAREDE PÚBLICA DESANEAMENTO EMMAIS DE SEISQUILÓMETROS.

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 13

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

A decisão de criação das 12 zonas a me-recer a atenção paroquial saiu da reuniãodo Conselho da Fábrica da Igreja e foi co-municada aos conselheiros avenses. Nu-no Roque Faria, um dos membros da Fá-brica da Igreja, explicou que a paróquiapretende “dar resposta ao desafio de ‘SerEsperança’”, definida pela Arquidiocesede Braga neste ano pastoral 2018/2019.

CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL IDENTIFICOU 12 ZONAS A EVANGELIZAR

Vila das Aves quer chegar “àsperiferias” dos apartamentosRESPONDENDO AO DESAFIO DO PAPA FRANCISCO, A PARÓQUIA DE VILA DAS AVESIDENTIFICOU 12 ZONAS, MAIS PROPRIAMENTE 12 BLOCOS HABITACIONAIS DEAPARTAMENTOS ONDE ENTENDE SER NECESSÁRIO CHEGAR E EVANGELIZAR.PARA AJUDAR NESSE TRABALHO O PADRE ARMINDO PAULO DEU PISTAS DE AÇÃO.

A identificação das doze zonas coin-cide com os locais onde existem urbani-zações e onde, claramente, “há dificulda-de em evangelizar”. nesse sentido “que-remos ser esperança onde parece nãohaver esperança”. Nuno Roque Faria re-conhece ser uma “missão difícil”, por issoé mais desafiante, advertindo que “temosde ser esperança para os outros”.

As doze zonas constituem um total demais um milhar de apartamentos, sendo

no documento pastoral para este ano de2018/19, indicou que “somos desafia-dos a ser pedras vivas”, cumprindo odesígnio do Evangelho. Não tem dúvi-das de que o programa pastoral “é pro-vocador porque nos desinstala e abrehorizontes”, convidando a arquidiocesea sermos “semeadores de esperança”.

Partiu dos temas que derivam de cadaletra da palavra “PÁSCOA”, o arcipreste,identificou-os: Participação ativa e criati-va; Avaliação sobre a missão; Servir e aco-lher a todos; Conversão ao Evangelho;Oração e vida espiritual; e Alargar os ho-rizontes da missão.

O padre Armindo Paulo indicou queo “grande desafio é ter comunidades aco-lhedoras e, indo ao encontro do desafiodo papa Francisco, olhar para as periferi-as. Como chegar até eles, é esse o desa-fio do arcebispo”. Noutra perspetiva, a dio-cese também está a trabalhar no desafioà missão, mesmo na nossa terra. Ao fazerisso, “estamos a ir às periferias e a ir tercom o meu irmão que está afastado, di-zendo que o lugar dele na Igreja existe eestá à espera dele. Há lugar para todos”.

O também pároco nas freguesias deLandim, Bairro e Carreira, exortou a convo-catória a um “serviço de conversão e con-vida-nos à misericórdia. Ao ir para as peri-ferias temos de levar a luz, pois essas pes-soas apenas estão a precisar de um clique”.

Este caminho para a Páscoa é “muitodesafiante”, indicou Armindo Paulo, porisso temos de ter Jesus “sempre no cen-tro da nossa ação. Temos de pensar comofaria Jesus em cada coisa”. Confessou queo mais preocupante e temeroso para si éa parábola dos talentos, pois significa“despertar na minha vida o que Deus medeu e que me leva a por em prática. To-dos os dias quero andar descansado,sendo um pecado não os por a render,a começar na nossa família”, salientou.

Por fim, o arcipreste desafiou os avensesa alargar horizontes, pois a Igreja não éapenas a nossa paróquia, mas sim o mun-do inteiro, lembrando que “não somoscomunidades isoladas” e que a salvaçãoestá “ao alcance de todos”, pedindo que“confiemos na ação do Espírito Santo”. |||||

que há zonas com menos de uma deze-na de apartamentos, mas outros com maisde 250, como é o caso da zona das Fon-taínhas, o maior aglomerado populacio-nal identificado. A ideia é levar a men-sagem do ano pastoral a estes locais, du-rante os próximos tempos, coincidindocom a caminhada para a festa da Páscoa.

Para ajudar a dar pistas de ação, este-ve na reunião do CPP o padre ArmindoPaulo, Arcipreste de Famalicão. Com base

NA IMAGEM, AMESA QUEPRESIDIU ÀREUNIÃO COMO PADREARMINDOPAULO(AO CENTRO)

“ESTÁS AÍ, PIPOCA?” É O PRÓXIMO ESPETÁCULO PARA BEBÉSO Centro Cultural Municipal de Vila das Aves volta a explorar a vertente de teatro sensorial eapresenta: “Estás aí, Pipoca?”. A sessão irá decorrer no sábado, dia 16 de fevereiro, pelas11h00, com entrada gratuita, mediante inscrição prévia. Com produção e interpretação daAtrapalhArte, companhia especializada em teatro pedagógico, “Estás aí, pipoca?” é inspiradonas histórias do “bolinha” e acompanha as aventuras num mundo mágico de música, luz e cor.

www.ortoneves.pt

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14 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

Reabilitação decineteatro arrancana primavera||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Proposta de adjudicação da obrafoi aprovada pelo executivo muni-cipal em sede de reunião da câma-ra e tem data prevista para o inícioda intervenção, avaliada em cercade três milhões de euros, para maiopróximo, informa o município fa-malicense em nota de imprensa.

O cineteatro, inaugurado em1944 e nomeado em honra de umdos mais importantes empresáriostêxteis do Vale do Ave durante oséculo XX, vai voltar a abrir portas edevolver à vila de Riba de Ave umdos seus espaços históricos, agoracom um novo futuro.

Para Paulo Cunha, “este é maisum passo que estamos a dar, numprocesso que já vai longo e que játem muitos passos.” Recorde-se quea autarquia adquiriu o direito desuperfície à Fundação Narciso Fer-reira, em 2006.

Mais de uma década passada,“chegamos ao fim da linha e é commuita satisfação que anunciamosaos ribadavenses a execução da obrano terreno”, afirmou o autarca acres-centando que “aquilo que para mui-tos era uma miragem e para outrosuma mera promessa política, vai acon-tecer, é uma obra real, que está a cum-prir uma das suas últimas etapas”.

A intervenção, projetada peloarquiteto Noé Diniz, passará assimpela reabilitação integral do edifica-

REABERTURA PROJETADA PARA MEADOS DE 2020.

||||| TEXTO: SÍLSÍLSÍLSÍLSÍLVIAVIAVIAVIAVIA ABREUABREUABREUABREUABREU

A necessidade da “elaboração ime-diata” de um Plano de Despoluição eRevitalização do rio Ave foi o que le-vou os representantes das concelhiasdo PSD do Ave a unirem-se.

No comunicado enviado à impren-sa no dia 5 de fevereiro, os represen-tantes do PSD das concelhias de San-to Tirso, Guimarães, Famalicão, Vieirado Minho, Póvoa de Lanhoso, Trofae Vila do Conde afirmam que estatomada de posição está “assente naunião de propósitos contíguos”, ape-lando a que o governo seja “sensívelao problema e faça avançar de ime-diato para a elaboração de um diag-nóstico, avaliação, identificação dasprincipais áreas de intervenção e ela-boração de um plano urgente”.

Os sociais-democratas referemainda a “importância crucial do rio Avepara a economia da região”, sendofundamental “para a saúde, ambien-te e para a valorização do elementoágua para as gerações vindouras», nosrespetivos territórios.

“Quase 40 anos depois de inicia-do o processo de despoluição do rioAve e mais de 500 milhões de eurosde investimento, há resultados visíveise positivos que importa prosseguir”, afir-mam os representantes das concelhias.

Concelhias do PSD exigem“elaboração imediata” deplano de despoluição do AveAS CONCELHIAS DO PSD ACUSAM O GOVERNO DE NÃO TER CUMPRIDO ARECOMENDAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DE DESPOLUIR EREVITALIZAR O RIO AVE E EXIGEM A ELABORAÇÃO DE UM PLANO.

A tomada de posição das conce-lhias do Vale do Ave, do PSD, refe-re-se à resolução aprovada una-nimemente, há dois anos, na As-sembleia da República, depois depetição com mais de quatro milassinaturas intitulada “Salvar o rioVizela”. Para além de medidas espe-cíficas para este rio, a resoluçãoparlamentar recomendava ao go-verno a implementação de “um pla-no de despoluição e recuperaçãoambiental de toda a bacia hidro-gráfica do Ave” e a elaboração “emarticulação com os municípios etodas as entidades responsáveis”de “um plano de vigilância, pre-venção, controlo e mitigação paraproceder à despoluição e recupe-ração de toda a zona”.

Esta tomada de posição enqua-dra-se numa visão global e abran-gente da bacia do Ave. O que é que,entretanto, mudou no pequenoAve, o rio Vizela, cujo estado depoluição e abandono espoletouo debate? Esperamos voltar aoassunto. ||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS

FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

FAMALICÃO | TEATRO NARCISO FERREIRA

VALE DO AVE | AMBIENTE

Ao longo das próximas semanasos sociais-democratas “vão promover,através dos seus representantes elei-tos nas autarquias locais, uma tomadade posição conjunta nas câmaras as-sembleias municipais e assembleias defreguesias a exigir do governo a ela-boração imediata do Plano de despo-luição e revitalização do rio Ave”.

Os representantes das concelhiasPSD da bacia do Ave deixam aindauma acusação. “O Governo não cum-priu a resolução 63/2017 de 11 deabril, onde a Assembleia da Repúbli-ca, por unanimidade, recomenda aimplementação de um plano de des-poluição e recuperação ambiental dabacia hidrográfica do Ave”, implemen-tando apenas um plano de interven-ção nos rios Vizela, Burgo e Ferro.

As concelhias afirmam ainda quedesta forma “o governo descrimina ne-gativamente as populações que vivem,estudam e trabalham na área de açãoda bacia hidrográfica do rio Ave”.

Ao Entre Margens José Pedro Mi-randa, presidente da comissão políti-ca concelhia de Santo Tirso, explica omotivo da tomada de posição. “O be-nefício da dúvida acabou, é hora dedizer basta. Esta região, que tanto re-presenta a economia e cultura dopaís, não pode nem deve ser maisadiada”, afirma.

No caso específico de Santo Tirso,José Pedro Miranda revela que “o con-celho tem intenção de investir forte-mente numa ligação ao Rio Ave”. Anível interno, o representante assume:“É preciso determos a capacidade depressionar o poder central. A própriaautarquia tirsense tem de lutar efetiva-mente para que seja implementadoo plano».

Já Paulo Cunha, presidente da Câ-mara de Famalicão, revela que a toma-da de posição acontece na sequên-cia da decisão que o Governo tomourecentemente ao “implementar um

plano de despoluição da bacia dorio Vizela, deixando de fora desseplano a bacia do Ave”.

No caso específico de Famalicãoa não implementação de um planode despoluição no rio Ave deixa oconcelho privado de fruição de umimportante elemento natural. “A suafauna e flora não se poderão desen-volver como desejado e toda a co-munidade, com um enfoque especialnos que vivem na proximidade, con-tinuarão a ser afetados pela sua pa-tente e persistente poluição”, relata opresidente da Câmara. |||||

A POLUIÇÃO DOSRIOS AVES

do com preservação dos seus ele-mentos caracterizadores, tanto aonível da linguagem arquitetónica, co-mo da sua caracterização volumé-trica e espacial. O espaço interiorserá, contudo, totalmente interven-cionado para responder à realiza-ção de espetáculos com uma tipo-logia contemporânea, sendo dota-do de todas as condições técnicasexigidas. A sala de espetáculos teráuma lotação variável, possibilitadaatravés de bancada retrátil e da re-dução da área útil do palco, entre168 e 250 lugares sentados, exis-tindo a possibilidade de utilizaçãoda plateia para espetáculos em pécom lotação de 500 pessoas.

Para além do auditório principale das áreas para a administração,receção, ensaios, camarins e ofici-nas, está prevista a criação de umterraço/logradouro ao ar livre dimen-sionado como espaço de lazer e con-vívio para utentes e visitantes, con-templando condições para acolherpequenos eventos e espetáculos.

“É um grande projeto para VilaNova de Famalicão, muito particu-larmente para a zona nascente doconcelho, que ficará dotado de umequipamento cultural moderno e mul-tifacetado e que vai alavancar umaprogramação cultural regular de qua-lidade, ao mesmo tempo que servi-rá de charneira para a criação artís-tica local”, explicou ainda Paulo Cu-nha, presidente da Câmara. |||||

VALE DO AVE

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 15

18 - FEIRENSE21 18 17 - CHAVES21 14

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - FC PORTO 21 51

2 - BENFICA 21 50

3 - BRAGA 21 49

4 - SPORTING 21 425 - MOREIRENSE 21 35

7 - BELENENSES SAD 21 30

9 - PORTIMONENSE 21 27

10 - SANTA CLARA 21 24

11 - TONDELA 21 23

6 - V. GUIMARÃES 21 32

21

13 - V. SETÚBAL 21 22

16 - MARÍTIMO

21 2114 - CD AVES21 20 15 - NACIONAL21 20

12 - BOAVISTA 21 22

288 - RIO AVE

MOREIRENSE 1 - FC PORTO 1

MARÍTIMO 0 - CD AVES 1

PORTIMONENSE 0 - RIO AVE 1

TONDELA 1 - V. GUIMARÃES 0BRAGA 2 - CHAVES 1

BENFICA 10 - NACIONAL 0

RIO AVE - SANTA CLARA

NACIONAL - FEIRENSE

BOAVISTA 1 - SANTA CLARA 0

FC PORTO - V. SETÚBALMOREIRENSE - TONDELABELENENSES SAD - MARÍTIMO

CHAVES - BOAVISTA

V. GUIMARÃES - PORTIMONENSE

JORNADA 21 - RESULTADOS

SPORTING - BRAGA

FEIRENSE 1 - SPORTING 3V. SETÚBAL 0 - BELENENSES SAD 0

CD AVES - BENFICA JOR

NADA

22

| 15

- 18

FEV

EREI

RO

DESPORTOLIGA NOS | CD AVES

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Augusto Inácio tem estado em gran-de forma desde que chegou ao Des-portivo das Aves. Dentro e fora dosrelvados. As conferências de impren-sa do técnico têm sido as mais inte-ressantes e ricas em termos de con-teúdo de toda a primeira a liga. E aequipa, com mais ou menos baixasno plantel, vai superando as adversi-dades e somando pontos vitais nes-te início de segunda volta.

A deslocação à Ilha da Madeirapara enfrentar o também aflito Marí-timo revelava-se de importância re-dobrada também pelo modo comoestava encrostada no calendário en-tre receções ao SC Braga e SL Benfica.

Inácio que tem apostado numa li-nha de três defesas de modo a soltaros laterais Rodrigo e Vítor Costa, foiobrigado a fazer uma alteração nomeio-campo devido à lesão de últi-ma hora de Falcão, médio de tarefasmais defensivas da equipa. Na suaausência, Vítor Gomes recuou noterreno e foi emparelhado com Braga.

Na linha ofensiva, o trio rapidís-simo composto por Luquinhas, Baldée Derley prometia causar estragos. Eestragos foi o que causaram à passa-gem do minuto 20’. A recuperaçãode bola no meio campo verde-rubrofoi do jovem brasileiro que rapida-mente combinou com uma tabela bem

As invenções de Ináciodão vitórias a triplicar

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

COM PROBLEMAS DE LESÕES E UM MERCADO DE INVERNO INSATISFATÓRIONA ÓTICA DO TREINADOR, INÁCIO VAI FAZENDO O CARAPAU PASSAR PORCAVIAR E SOMA TRÊS VITÓRIAS EM TRÊS JOGOS FRENTE A ADVERSÁRIOS DIRETOS

conseguida com Derley, correu desen-freado pela esquerda do ataque e cru-zou rasteiro com precisão para a en-trada à ponta de lança de Baldé, emantecipação aos centrais adversários,para desviar para dentro da baliza.

O jogo, com muito pouco interes-se, quer na primeira, quer na segun-da metade revelou sobretudo umagrande incapacidade dos insulares eum Desportivo que apesar das escas-sas soluções foi sempre melhor e con-trolou a partida.

BRAGA É DE OUTRO CAMPEONATOA receção ao SC Braga na jornadatransata foi um recordar que efetiva-mente existem dois campeonatos,dentro da Liga NOS. Os candidatosao título e os outros.

Durante os primeiros 45 minutos,o Aves conseguiu equilibrar a balan-ça, com bloco defensivo baixo, muitís-simo organizado que não permitiu àequipa de Abel Ferreira criar qualquersituação para marcar. Uma jogada demestre de Augusto Inácio que mon-tou a equipa avense na formação.

Só que no segundo tempo, o Bra-ga tirou Palhinha, fez entrar Fransérgioaumentando a capacidade de criaçãoofensiva e rapidamente se viu que onulo iria durar poucos minutos. Pau-linho e Dyego Souza, atacantes arse-nalistas, iam fazendo a cabeça em águaà defesa avense e quando o golo fi-

nalmente apareceu ninguém ficousurpreendido. Marcelo Goiano, late-ral bracarense rompeu pelo seu cor-redor combinou com Dyego Souza efinalizou para o 1-0 ao 60’.

Seis minutos depois foi a vez dePaulinho, que tanto massacrara os cen-trais do Desportivo, dilatar a vanta-

gem na conclusão de uma jogadamagistral do ataque arsenalista. O re-sultado estava feito.

Na próxima jornada, o Desportivodas Aves recebe o Sport Lisboa e Ben-fica em jogo a disputar-se na próxi-ma segunda-feira, dia 18 de feverei-ro pelas 20h15. |||||

NA IMAGEM, O JOGODO DESPORTIVO DASAVES COM O SC DEBRAGA. NA PRÓXIMAJORNADA O AVESRECEBE O SPORTLISBOA E BENFICA. OJOGO ESTÁ MARCADOPARA SEGUNDA, DIA18, AS 20H15.FOTO: VASCO OLIVEIRA

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16 | ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019

DESPORTOSERIE 2 - DIVISÃODE ELITE

SERIE A - CAMPEONATODE PORTUGAL

18 - GIL VICENTE21 10 17 - GD MIRANDÊS00 00

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - VIZELA 21 46

2 - TROFENSE 21 46

3 - FAFE 21 43

4 - S. MARTINHO 21 405 - FELGUEIRAS 1932 21 38

7 - CHAVES SATÉLITE 21 33

9 - MERELINENSE 21 23

10 - PEDRAS SALGADAS 21 20

11 - MARIA DA FONTE 21 20

6 - MIRANDELA 21 37

21

13 - LIMIANOS 21 18

16 - VILAVERDENSE

21 1714 - AD OLIVEIRENSE

21 17 15 - C. TAIPAS21 11

12 - TORCATENSE 21 19

258 - MONTALEGRE

São Martinhosai vencedorde um jogode loucosNOVE GOLOS, PENALTIS,MUDANÇAS NO MARCADOR,PARTIDA FRENTE AOMONTALEGRE TEVE DETUDO ATÉ UMA PRECIOSAVITÓRIA CASEIRA.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Um jogo para ficar na memória dospresentes do Estádio ComendadorAbílio Ferreira de Oliveira. Um do-mingo de futebol à antiga com go-los, espetáculo e polémica à mistura.

É um campeonato em verdadeiraroda-livre onde tudo pode aconte-cer a qualquer momento. A Série 2da Divisão de Elite AF Porto vai serdisputada até ao último segundo e aderrota do Tirsense este fim de se-mana em casa do Ermesinde 1936só prova isso mesmo. Com 23 jor-nadas decorridas Lixa, Aliados deLordelo, Sousense, Tirsense e Frea-munde estão separados por míserosdois pontos com apenas um lugarde acesso à fase de subida em jogo.O Tirsense de Tonau vinha de umalonga série de jogos sem perder e aganhar pontos aos seus adversáriosdiretos e chegou a Ermesinde comofavorito. Logo aos três minutos con-firmou esse favoritismo com Bobô ainaugurar o marcador para os jesuí-tas. Só que os homens da casa res-ponderam bem e aos 15’ Marco igua-lava a contenda. Tudo se agravoupara as cores da equipa de Santo Tirsoquando já na fase final da primeiraparte, aos 41’, Maicon consumou areviravolta no marcador e carimboua vitória para os anfitriões.

Já na jornada anterior, perante umaassistência record a rondar os oito mil

Derrota doTirsensedeixacampeonatoao rubroCINCO EQUIPAS SEPARADASPOR DOIS PONTOS ADISPUTAR UM ÚLTIMOLUGAR DE ACESSO À FASEDE PROMOÇÃO. DUPLADERROTA DEIXA VILARINHOEM APUROS.

espectadores no Estádio Abel AlvesFigueiredo, o Tirsense empatou a umabola com o líder isolado da tabela clas-sificativa, o Rebordosa AC. Foram mes-mo os forasteiros que abriram o mar-cador aos 4’ de jogo por intermédiode Paulo Oliveira. A resposta da for-mação de Tonau não se fez esperar eaos 7’ Ben igualou o marcador.

VILARINHO EM APUROSA equipa da zona nascente do con-celho de Santo Tirso averbou duasderrotas consecutivas e caiu perigo-samente na tabela. As derrotas poruma bola a zero frente ao Vila Caizfora de portas e por três bolas a umano seu terreno atiraram o Vilarinhopara o 15º lugar e a precisar urgen-temente de somar pontos.

Na próxima jornada, o Tirsenserecebe o Aliança de Gandra e o Vila-rinho enfrenta o segundo classifica-do Freamunde em jogos a disputareste domingo. |||||

O Desportivo das Aves conseguiucom distinção um lugar entre osseis primeiros da tabela classifica-tiva da primeira edição da Liga Re-velação, o campeonato nacionalpara jogadores sub-23. A equipaavense vai disputar agora o apu-ramento do campeão com Rio Ave,Estoril Praia, Sporting, Benfica eSporting de Braga.

O jogo que carimbou o aces-so à fase seguinte foi uma vitóriacontundente na academia de Al-cochete frente ao Sporting por trêsbolas a zero, golos de João Batis-ta, Bura e Tiago Nani. Já na derra-deira jornada da fase regular dacompetição, o CD Aves recebeu oBenfica numa partida que terminouempatada a uma bola, com golosde Marcelo para os anfitriões eEdi Semedo para os forasteiros.

O sorteio da fase final reali-zou-se ontem, quarta-feira, já de-pois do fecho desta edição do En-tre Margens.

JUNIORES INICIAM LUTAPELA MANUTENÇÃOA equipa de sub-19 concluiu a pri-meira fase do campeonato nacio-nal de Juniores A – Zana Norte nooitavo lugar, tendo conquistado25 pontos, e vão agora disputara fase de manutenção entre oitoequipas. Nesta nova fase, as equi-pas começam com metade dos pon-tos amealhados durante a fase re-gular. Assim, o Desportivo inicia aprova com 13 pontos, no quartaposição da tabela, a três pontosdo líder Rio Ave e mais cinco queo último classificado Freamunde.

A primeira jornada joga-se jáeste domingo, dia 17, pelas 15h,em casa, perante o Boavista. |||||

‘Revelações’vão competirpara oapuramentodo CampeãoFORMAÇÃO SUB-23 DOAVES CONSEGUIU OAPURAMENTO PARA OPLAY-OFF DE CAMPEÃOCOM UMA VITÓRIAFRENTE AO SPORTING

O São Martinho chegava à partida acontar para a 21ª jornada do cam-peonato pressionado depois da der-rota por uma bola a zero no fim desemana anterior frente ao Mirandela.Com a possibilidade de ver os ad-versários na luta pelo topo da tabelafugirem, o São Martinho treinado porAgostinho Bento entrou a perder,quando ao minuto 7’ o árbitro CarlosMacedo assinalou uma grande pe-nalidade a favor dos visitantes queAnderson Zagão não desperdiçou.Em desvantagem no marcador, o SãoMartinho correu atrás da igualdadeque chegou pouco depois, aos 10’por intermédio de Vasco Costa, aca-bando a equipa da casa por benefi-ciar também de uma grande penali-dade, convertida por João Abreu aos12’. Um quarto de hora de jogo, trêsgolos, dois penaltis, nada mau.

Só que a primeira parte não che-garia ao fim sem que fosse assinala-da mais uma grande penalidade fa-vorável aos transmontanos, mais umavez Anderson Zagão assumiu a res-ponsabilidade e igualou novamenteo marcador. O incrível aconteceu jáao cair do pano dos primeiros 45’,quando Bela Tavares consumou a re-viravolta e levou o Montalegre a ven-ce para os balneários.

No segundo tempo, os campensessurgiram determinados e os 47’, JoãoAbreu fez novamente o gosto ao pée empatou tudo a três golos. Aos 55’,foi a vez do São Martinho virar o re-sultado a seu favor quando o GeorgeOfosu fez o seu golo e o resultadoem 4-3.

Quando tudo parecia encaminha-do, surgiu o balde de água fria datarde quando aos 73’, Rogério Pinto,suplente utilizado pelos transmon-tanos, voltou a igualar o resultado.Só que desta vez, o calafrio seria decurta duração, porque dois minutosdepois, aos 75’, o avançado brasilei-ro Nei colocou um ponto final namarcha louca do marcador e estabe-leceu aquele que acabaria por ser oresultado final de 5-4.

Na próxima jornada a equipa doSão Martinho tem uma deslocaçãovital para as suas aspirações, viajan-do até Fafe para defrontar os locaisque estão precisamente na posiçãoacima na tabela classificativa. |||||

Um domingo de futebolà antiga comgolos, espetáculo epolémica à mistura.Um jogo paraficar na memória.

Com 23 jornadasdecorridas Lixa,Aliados de Lordelo,Sousense, Tirsense eFreamunde estãoseparados por míserosdois pontos comapenas um lugar deacesso à fase de subidaem jogo.

18 - BAIÃO23 15 17 - NUN’ÁLVARES23 13

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - REBORDOSA AC 23 49

2 - FREAMUNDE 23 41

3 - TIRSENSE 23 414 - SOUSENSE 23 405 - ALIADOS LORDELO 23 39

7 - SÃO PEDRO DA COVA 23 36

9 - ALIANÇA GANDRA 23 32

10 - BARROSAS 23 29

11 - VILA MEÃ 23 26

6 - LIXA 23 39

23

13 - GONDOMAR B 23 25

16 - VILA CAIZ

23 2414 - ERMESINDE 1936

23 23 15 - VILARINHO23 22

12 - CD SOBRADO 23 26

368 - LOUSADA

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ENTRE MARGENS | 14 FEVEREIRO 2019 | 17

KARATÉ

Um percurso praticamente imaculado.Uma liderança reforçada. A época daequipa do Desportivo das Aves nasegunda divisão nacional, numa sé-rie que contava com o regresso de umdos grandes do desporto nacional,tem sido um sonho concretizado se-mana a semana.

Com um calendário tremenda-mente preenchido, as jogadoras aven-ses não deixaram os créditos por mãosalheias e venceram mesmo os qua-tro encontros em dois fins de sema-na, jornadas duplas na capital e nopavilhão do Desportivo.

Na passagem por Lisboa, a forma-ção aos comandos de Manuel Bar-bosa começou por levar a melhor fren-te ao CV Lisboa por 1-3 com os par-ciais de 25-18; 15-25; 9-25 e 11-25.

No dia seguinte, logo pela ma-nhã, a visita ao pavilhão João Rocha,casa das modalidades do SportingClube de Portugal. Aí, perante um ad-

CD AVES | VOLEIBOL FEMININO

Mesmo com a fasefinal garantida,as vitórias não paramVITÓRIA NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA, CASA DOSPORTING, FOI PONTO ALTO DE UMAQUINZENA AGITADA E CEM POR CENTO VITORIOSA. O Sporting revalidou o título de cam-

peão europeu de corta-mato, em provarealizada em Albufeira depois de noano passado ter conseguido o feito emMira. Parte integrante da equipa leonina,Sara Moreira terminou os 6090 me-tros de prova de corta-mato na sextaposição, sendo a terceira melhor atletaverde e branca.

A competição individual foi ganhapela leoa Fancy Cherono com o tempode 20:15 minutos que se impôs a JeptooKimely (Kasimpasa) que ficou a três se-gundos, e Trihas Gebre (Bilbao Atletis-mo Santutxo) a 28 segundos da ven-cedora.

No total das contas, o Sporting so-mou menos 22 pontos do que as rivaisdo Bilbao Atletismo Santutxo e menos30 do que a equipa do Podlasie Bialystok,que completaram o pódio por equipas.

A equipa do Sporting conseguiu talresultado através das classificações deFancy Cherono, vencedora, Sara CatarinaRibeiro, quinta, Sara Moreira, sexta, eJéssica Augusto, 13ª classificada. |||||

O Karate Shotokan Vila das Avesesteve presente na prova orga-nizada pelo Centro Português deKarate (CPK) para os escalõesde infantis, iniciados e juvenis,realizada em Bucelas, Loures,conquistando três pódios emsete atletas presentes.

Em iniciados, Pedro Costaconseguiu o 3º lugar em kumite-40kg; Afonso Silva foi 2º classi-ficado em kumite -44kg, em ju-venis, Diogo Ribeiro foi 3º em ku-mite -45kg. Não foram ao pódioFrancisco Ribeiro, Duarte Ferreira,João Carneiro e Igor Pereira.

Entretanto, mestre Joaquim

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Shotokan Vila das Avescom três pódios naTaça Nacional CPK

versário reforçado me janeiro, o jogovoltou a ser equilibradíssimo comojá acontecera na Vila das Aves, termi-nando também da mesma forma, umavitória avense na quinta e derradeirapartida. O Desportivo consumou a vi-tória por 2-3 com os parciais de 20-25; 25-23; 25-19; 19-25 e 10-15.

De regresso a casa, o sabor da vitó-ria não desapareceu. Contra a AAS Ma-mede, a equipa do Aves venceu por3-1 com os parciais de 25-20; 25-27; 25-19 e 25-18. No tarde seguin-te, foi a vez do GDC Gueifães ser derro-tado pela margem máxima, 3-0, comos parciais de 25-18; 25-15 e 31-29.

Com o apuramento para a fase fi-nal garantido, o Desportivo das Avesé líder da sua série à frente do Spor-ting. Este fim de semana jogam-se osquartos de final da Taça de Portugal,frente à Associação Académica JoséMoreira (AAJM) no sábado, dia 16de fevereiro. ||||| PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Fernandes esteve presente nocampeonato da europa realiza-do na cidade de Aalborg na Di-namarca. Joaquim Fernandes foiarbitrar sendo nomeado Chefede Tatami, função que exigemuita responsabilidade e conhe-cimento, também fez durante ostrês dias várias finais.

Ainda do Karate ShotokanVila das Aves foi selecionado pa-ra representar Portugal o atletaRodrigo Azevedo, sendo esta asua primeira internacionalização.Rodrigo Azevedo fez um bomdesempenho mas insuficientepara chegar ao pódio. |||||

Sara Moreiraé bicampeãeuropeia porequipas com oSporting

ATLETISMO

DANIELA FERREIRA, ‘PISKO’ NOMEADA PELAFPF ATLETA DE FUTSAL DO SÉCULODaniela Ferreira, natural de Vila das Aves, onde cedo deu os primeiros passos nofutsal com a camisola do CD Aves, irá disputar o europeu da competição emGondomar. A ala de 29 anos que atua no Novasemente, foi ainda recentementenomeada pela Federação Portuguesa de Futebol como a atleta de futsal do século.

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20 | ENTRE MARGENS | 31 JANEIRO 2019

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

28 de fevereiro

COMITIVAS DE PROFESSORES DE ESPANHA E FINLÂNDIA PASSARAM PELA SECUNDÁRIA D. AFONSO HENRIQUES PARA DELINEAR OS TRAÇOSGERAIS DE UM NOVO PROJETO A DESENVOLVER NOS PRÓXIMOS ANOS QUE INCLUIRÁ PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO DE ALUNOS.

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Promover a cidadania, a ligação coma comunidade e o espírito europeu.A escola secundária D. Afonso Hen-riques foi anfitriã de comitivas de pro-fessores provenientes de Uusikau-punki, Finlândia e Vérin, Espanha que,em conjunto com Itália e Hungria,estão delinear um novo projeto paramelhorar a motivação dos alunos,alerte para a consciência social e in-tervenção cívica e alargue horizontesa nível europeu.

Este novo projeto está assente emcinco pilares fundamentais: eu e aminha escola; escola e as instituiçõeslocais; escola e solidariedade; escolae a inclusão; a minha escola europeia,estando planeado também “um inter-câmbio de alunos entre os países en-volvidos”.

“Estamos a tentar encontrar novas

Da Finlândia a Portugal por uma escola mais europeiaVILDA DAS AVES | INTERCÂMBIO ESCOLAR

formas de aprender coisas novas en-tre todos e tentar melhorar a motiva-ção dos nossos alunos que é um pro-blema comum em todos os países”,revela Kalle Tamminen, professor fin-landês.

Kalle e Pauliina Lahtinen ensinamnuma escola da pequena cidade dosul da Finlândia, pouco maior que aVila das Aves. “A zona tem uma gran-de indústria automóvel que empregauma larga comunidade de estrangei-ros que não conhecem a área, não fa-lam a língua ou não têm roupa suficien-te para o inverno”, entre outras coisasbásicas, diz Pauliina Lahtinen. Este cons-tante fluxo de pessoas, para uma esco-la, é muito complicado de equilibrar.

“Por exemplo, na semana passadaalguém simplesmente chegou prove-niente da Roménia e começou a es-cola a meio de janeiro, quando fala-va zero palavras de finlandês”, conta

Kalle Tamminen, acrescentando quea única tarefa da escola nestas cir-cunstâncias é ajudar na integração omáximo que conseguir.

Embora o contexto económico se-ja diferente em Vérin, uma zona maisrural e menos industrial, os proble-mas são muito similares. Como assi-nala Josefina Perez,” a nossa escola émuito diversa. Temos pessoas da Amé-rica do Sul, de Marrocos, uma grandecomunidade cigana e para nós é umdesafio motivar esses estudantes. Mui-tas vezes não começam na escola noinício do ano letivo, chegam a meiodo ano o que para nós é complicado.”

Ora, perante estas disparidades edesafios socioeconómicos, as esco-las precisam de mais ferramentas deintegração, quer no meio escolar, co-mo na comunidade onde estão in-seridas. “Um aspeto muito importan-te é encontrar formas de os estudan-

tes influenciarem a sociedade e a pró-pria escola”, remata Pauliina Lahtinen,sintetizando os objetivos do projeto.

Para Maria Antónia Brandão, re-presentante da secundária D. Afon-so Henriques no projeto, “a ideia prin-cipal é fazer com que o espírito euro-peu faça parte dos nossos alunos emelhorar a sua presença na comuni-dade para que a Vila das Aves saibaque estamos aqui.”

É precisamente essa ligação entreentidades, escolares e administrati-vas, que está em falta e tem de serestimulada. Em Uusikaupunki, as reu-niões do executivo têm lugar desig-nado para um representante dos jo-vens, sendo que faz parte do currícu-lo escolar pelo menos duas sema-nas de trabalho comunitário. Contu-do, é preciso fazer mais. Envolver acomunidade escolar nas tarefas dasociedade civil. Relação essa especi-

almente relevante no caso da inte-gração de jovens que vêm de fora enão têm qualquer ligação ou conhe-cimento com a nova terra.

Ainda numa fase embrionária, esteencontro serviu para balizar os parâ-metros do projeto e criar uma basepara que possa florescer. |||||