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EDIÇÃO ESPECIAL 13/I 19 de Maio de 2010 Depois da EPADRV, a Suíça Coordenação - Comissão Administrativa Provisória: Miguel Tomás, Oriana Marcelino | Equipa EPAvê!: Cristina Gabriel, Fátima Laouini, Liliana Simões Colaboração: José Abreu, João Peixe, Valdemar Silva, Pessoal Docente, Alunos Edição Gráfica: Miguel Tomás, João Peixe, José Abreu FICHA TÉCNICA A EPADRV volta a apostar numa nova edi- ção do Curso Técnico de Restauração, uma área de educação e formação que já começa a caracterizar a identidade da Es- cola. Esta oferta formativa tem registado êxito assinalável e reconhecido, quer no âmbito da avaliação dos cursos que se encontram em fase de desenvolvimento, quer ao nível da elevada procura que este itinerário de formação continua a registar entre os jovens. Nos últimos anos, um processo de cons- tituição de parcerias a nível internacio- nal, vem proporcionando aos formandos possibilidades de estágio de qualidade reconhecida e uma oportunidade para o largamento de horizontes, com vista à potenciação do seu futuro pessoal e profissional. Também se têm vindo a de- senvolver vários projectos integrados nas medidas «Comenius» e «Leonard da Vin- ci», no âmbito da Agência Nacional para o “Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida”, com vista a desenvolver e diversificar as experiências formativas/profissionais no estrangeiro. A Escola dispõe de uma bolsa de empresas e instituições públicas e/ou privadas, re- sultado do envolvimento institucional que tem desenvolvido com o tecido económi- co e social, o que permite proporcionar aos seus formandos um leque variado de pro- postas para a diversificação da formação em contexto de trabalho (FCT), colocando à sua disposição, estágios e um primeiro contacto com a realidade do mundo de trabalho nos sectores afins aos respectivos Cursos. Merece destaque a colocação em estágio de numerosos alunos para lá das fronteiras nacionais; assim, por exemplo, no presen- te ano lectivo (2009/2010), foram coloca- dos 9 alunos no Reino Unido e 8 em Espa- nha, para além de 15 na região autónoma da Madeira. Os restantes alunos (53) ficam colocados um pouco por todo o território nacional, com predominância no sul, zona de maior pujança turística, unidades de grande categoria, na maioria, pertencen- tes ao grupo Pestana. Em conclusão, mais de um terço dos alunos de Restauração sai do continente nacional para realizar a FCT. No inverno de 2008, a EPADRV celebrou um protocolo de colaboração com o IMI – International Hotel Management Insti- tute – prestigiado centro universitário em Lucerna, na Suíça, que assegura a prosse- cução de estudos superiores aos melhores alunos que concluem o 12.º ano, reconhe- cendo mesmo equivalências em algumas disciplinas, de forma a abreviar os estudos. No ano de 2010, há já cinco ex-alunos da EPADRV a frequentar aquele estabeleci- mento de ensino superior. De salientar que, logo no primeiro ano, dois destes, alunos Pedro Quintaneiro e Edgar Feio, te- rão a oportunidade de estagiar como sub- chefes em hotéis de prestígio em Macau. Todos os anos, por altura da Primavera, um aluno do 12º de Restauração desloca-se a Lucerna, onde experimenta uma semana de aulas no referido centro, acolhido por um aluno-embaixador. Edgar Feio e Fabiana Aguiar, numa aula prática do IMI Roberto Conde, director do Curso de Restauração, aquando da visita aos ex-alunos na Suíça, Daniel Vareta, Edgar Feio, Pedro Quintaneiro, Inês Moço e Fabiana Aguiar Alunos de Restauração com o prosseguimento de estudos assegurado no país da Hotelaria

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Especial da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos - Maio 2010

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EDIÇÃO ESPECIAL

13/I

19 de Maio de 2010

Depois da EPADRV, a Suíça

Coordenação - Comissão Administrativa Provisória: Miguel Tomás, Oriana Marcelino | Equipa EPAvê!: Cristina Gabriel, Fátima Laouini, Liliana Simões

Colaboração: José Abreu, João Peixe, Valdemar Silva, Pessoal Docente, Alunos Edição Grá� ca: Miguel Tomás, João Peixe, José Abreu

FICHA TÉCNICA

A EPADRV volta a apostar numa nova edi-ção do Curso Técnico de Restauração, uma área de educação e formação que já começa a caracterizar a identidade da Es-cola. Esta oferta formativa tem registado êxito assinalável e reconhecido, quer no âmbito da avaliação dos cursos que se encontram em fase de desenvolvimento, quer ao nível da elevada procura que este itinerário de formação continua a registar entre os jovens.

Nos últimos anos, um processo de cons-tituição de parcerias a nível internacio-nal, vem proporcionando aos formandos possibilidades de estágio de qualidade reconhecida e uma oportunidade para o largamento de horizontes, com vista à potenciação do seu futuro pessoal e profi ssional. Também se têm vindo a de-senvolver vários projectos integrados nas medidas «Comenius» e «Leonard da Vin-ci», no âmbito da Agência Nacional para o “Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida”, com vista a desenvolver e diversifi car as experiências formativas/profi ssionais no estrangeiro.

A Escola dispõe de uma bolsa de empresas

e instituições públicas e/ou privadas, re-sultado do envolvimento institucional que tem desenvolvido com o tecido económi-co e social, o que permite proporcionar aos seus formandos um leque variado de pro-postas para a diversifi cação da formação em contexto de trabalho (FCT), colocando à sua disposição, estágios e um primeiro contacto com a realidade do mundo de trabalho nos sectores afi ns aos respectivos Cursos.

Merece destaque a colocação em estágio de numerosos alunos para lá das fronteiras nacionais; assim, por exemplo, no presen-te ano lectivo (2009/2010), foram coloca-dos 9 alunos no Reino Unido e 8 em Espa-nha, para além de 15 na região autónoma da Madeira. Os restantes alunos (53) fi cam colocados um pouco por todo o território nacional, com predominância no sul, zona de maior pujança turística, unidades de grande categoria, na maioria, pertencen-tes ao grupo Pestana. Em conclusão, mais de um terço dos alunos de Restauração sai do continente nacional para realizar a FCT.

No inverno de 2008, a EPADRV celebrou um protocolo de colaboração com o IMI

– International Hotel Management Insti-tute – prestigiado centro universitário em Lucerna, na Suíça, que assegura a prosse-cução de estudos superiores aos melhores alunos que concluem o 12.º ano, reconhe-cendo mesmo equivalências em algumas disciplinas, de forma a abreviar os estudos. No ano de 2010, há já cinco ex-alunos da EPADRV a frequentar aquele estabeleci-mento de ensino superior. De salientar

que, logo no primeiro ano, dois destes, alunos Pedro Quintaneiro e Edgar Feio, te-rão a oportunidade de estagiar como sub-chefes em hotéis de prestígio em Macau. Todos os anos, por altura da Primavera, um aluno do 12º de Restauração desloca-se a Lucerna, onde experimenta uma semana de aulas no referido centro, acolhido por um aluno-embaixador.

Edgar Feio e Fabiana Aguiar, numa aula prática do IMI

Roberto Conde, director do Curso de Restauração, aquando da visita aos ex-alunos na Suíça, Daniel Vareta, Edgar Feio, Pedro Quintaneiro, Inês Moço e Fabiana Aguiar

Alunos de Restauração com o prosseguimento de estudos assegurado no país da Hotelaria

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19 de Maio de 2010

Por que se matriculou na EPADRV no curso de Técnico de Restauração, variante de Cozinha-Pastelaria?

Ao terminar o 9º ano, tive de fa-zer a escolha entre continuar no ensino regular ou optar por um curso profi ssional que me desse acesso tanto ao ensino superior como ao mercado de trabalho. Escolhi o curso profi ssional, pois, assim, teria duas possibilidades quando o terminasse. Optei pelo curso Técnico de Restauração, va-riante de cozinha-pastelaria, por-que é uma área que sempre me despertou grande interesse.

Quais eram as expectativas em relação a este curso? Até ago-ra, como tem corrido o curso: suplantou ou fi cou aquém do que esperava?

As expectativas eram de aprender a parte mais técnica da elabora-ção de pratos e menus e também a gestão de uma cozinha; essas expectativas foram em grande parte atingidas pelo que até ago-ra, quase no fi m do curso, sinto que fi z uma boa opção. Aprendi as mais variadas vertentes que englobam o trabalho na cozinha,

sendo que se abriram no-vos horizon-

tes e estou pronta para aceitar novos desafi os ao nível de estu-dos superiores.

Como viu o facto de ter sido seleccionada de entre os seus colegas de curso para se deslo-car à IMI, na Suíça?

Desde o momento em que tomei conhecimento desta oportunida-de, tive curiosidade em conhecer a universidade, pois seguir os es-tudos foi sempre a hipótese que mais ponderei. Ter a oportunida-de de conhecer uma escola fora do país foi fabuloso. Em relação a ter sido escolhida entre todos os colegas, penso ter sido uma escolha justa, pois foram os pro-fessores que, mediante critérios estabelecidos por eles próprios, chegaram até mim.

Quais são as suas impressões de viagem? Que lhe pareceu o sistema suíço?

A viagem correu bem, sem so-bressaltos. Em relação ao sistema suíço, fi quei bastante agradada, pois durante o tempo que passei em aulas vi organização, respeito e empenho, valores que ainda não vejo totalmente enraizados no nosso país ao nível do ensino.

Que sentiu quando chegou a

Lucerna e encontrou cinco dos seus ex-colegas mais velhos, que concluíram o curso no ano passado?

Foi muito bom encontrá-los de novo e sentir que estavam total-mente adaptados à escola e ao país. Esse facto deu-me ainda mais alento para enfrentar sem medos um curso superior no es-trangeiro.

Caraterize um pouco a univer-sidade suíça onde “viveu” du-rante uma semana? Que tipo de actividades desenvolveu?

A universidade fi ca numa zona rural muito perto da cidade de Lucerna, apenas a cerca de 12 mi-nutos de distância de autocarro. A universidade tem as suas insta-lações num antigo edifício agora totalmente renovado e moder-nizado, as instalações didácticas são óptimas e equipadas com os mais modernos suportes de infor-mação, os dormitórios são bons e bem localizados. As actividades em que participei foram as aulas, e também a Noite Internacional onde pudemos provar petiscos das várias nações apresentadas pelos alunos da IMI.

Apesar de ter escolhido a va-riante de Cozinha-Pastelaria,

sabemos que pretende pros-seguir estudos superiores em Lucerna na área da Gestão Hoteleira. Quais os motivos da sua opção e que expectativas profi ssionais tem em relação a esse curso?

Como já referi, os estudos ao ní-vel secundário mostraram-me todo o funcionamento de uma cozinha nas várias vertentes. Por isto, e por saber que essa área também será abrangida no curso de Gestão Hoteleira, decidi optar por este, pois, desta forma, outras opções serão abertas e não fi carei

limitada a uma área da Hotelaria.

Que tipo de conselhos ou su-gestões daria a um jovem que pretenda seguir uma carreira de sucesso na área da Hotela-ria e Restauração?

Penso que sou ainda muito jo-vem para dar qualquer tipo de conselho; no entanto, posso apenas dizer que se é uma área em que estão interessados de-vem esforçar-se ao máximo por atingir a excelência, estudando e praticando.

No âmbito do protocolo com o IMI, instituto de Gestão Hoteleira suíço, este ano esteve pre-sente nesta prestigiada universidade de Lucerna, entre 21 e 29 de Abril, a aluna Filipa Vieira, do 12º ano, para frequentar aulas de diversos planos curriculares (Línguas, Finanças, Marketing, Turismo) e participar na Noite Internacional. A universidade realiza anualmente actividades de promoção cultural e gastronómica, onde os alunos dos diferentes países têm a oportunidade de expor algumas tradições dos seus países de origem. Assim, no dia 23 de Abril, os 5 ex-alunos da EPADRV serviram mel e doces produzidos na escola e que foram enviados através da colega Filipa. Confeccionaram também algumas iguarias nacionais: chouriço à bombeiro, bolos de ba-calhau, bacalhau à Brás e caldo verde.

Filipa Vieira, embaixadora da EPADRV

Uma semana em terras helvéticas para conhecer a excelência da formação em Gestão Hoteleira

14/II

Inês Moço, Filipa Vieira e Fabiana Aguiar, na Noite Internacional do IMI

Vestindo a camisola por Portugal na Noite Internacional

19 anos, fi nalista do Curso Técnico de Restauração, variante de Cozinha-Pastelaria

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A EPADRV aposta na auto-sufi ciência energética e na qualifi cação dos seus formandos, no âmbito de um acordo tecnológico com a empresa, RedeRia Innova-tion S.A., empresa certifi cada, pela ISO.9001:2008, e credenciada nas áreas das novas tecnologias, energias sustentáveis e ambiente, com instalações na Zona In-dustrial de Vagos, e escritórios no TagusPark - Parque de Ciência e Tecnologia em Lisboa.O estabelecimento desta parceria entre a EPADRV e a RedeRia Innovation já terá envolvido um relaciona-mento próximo e duradouro. Esta cooperação visa con-tribuir para o desenvolvimento e aprofundamento de interesses mútuos nas áreas das Energias Renováveis, através da partilha de informação, formação e receben-do formandos em estágios dentro da própria empresa, possibiliando a qualifi cação dos formandos e a dimi-nuição da emissão de CO2 na óptica de preservação ambiental e económica. Os alunos da EPADRV, juntamente com professores e técnicos da RedeRia, iniciaram a instalação de uma unidade de microgeração, com a instalação dos painéis

fotovoltaicos nas diversas valências da Escola, promo-vendo o aprofundamento dos domínios pedagógicos e permitindo a especialização de técnicos de energias renováveis/sistemas solares. O protocolo possibilitará um acompanhamento contínuo na qualifi cação dos formandos na óptica da programação, organização, coordenação e execução da instalação, na manutenção e na reparação de sistemas solares térmicos e de siste-mas solares fotovoltaicos, de acordo com as normas, os regulamentos de segurança e as regras de boa prática aplicáveis. A solução instalada na EPAVDR consiste na produção de electricidade em instalações de energias renováveis de pequena potência para consumo próprio, permitin-do que a escola e os seus formandos, a médio prazo, tornem a escola completamente auto-sufi cientes em termos energéticos. Uma instalação deste tipo é de-signada por “unidade de microprodução”. A aposta na instalação do sistema fotovoltaico está em linha com os objectivos traçados pela ratifi cação do Protocolo de Quioto que visa a redução de emissão de gases poluen-

tes para a atmosfera.O sistema fotovoltaico é composto por um gerador eléctrico (módulos solares que produzem corrente contínua a partir da energia solar), um inversor que converte a corrente contínua em corrente alterna 220V, contadores que medem a electricidade produzida pela unidade, e todos os acessórios necessários à produção e transporte da energia produzida Este sistema foi colocado numa superfície com boa ex-posição solar e de forma a optimizar o rendimento, a instalação foi adaptada às características arquitectó-nicas da escola sendo instalada em frente do Centro Novas oportunidades e da Residência Escolar. As estru-turas de suporte foram dimensionadas conforme o tipo de superfície, permitindo o ajuste do ângulo de inclina-ção, regulado de acordo com a localização geográfi ca. O sistema está dimensionado para garantir uma eleva-da disponibilidade do sistema, e simultaneamente a protecção dos utilizadores dos equipamentos.

EPADRV aposta na auto-sufi ciência energética e na qualifi cação dos formandos

Instalação de um “Girassol”19 de Maio de 2010

15/III

Aromáticas à Venda

A EPADRV vai colocar à disposição de toda a co-munidade (educativa e envolvente) uma diversi-dade de ervas aromáticas e medicinais, que se-rão vendidas na Loja de Produtos Regionais.As ervas aromáticas e medicinais que se encontram plantadas nesta escola, a saber: Tomilho; Salsa; Orégãos; Alecrim; Rosmaninho; Salva; Funcho; Hortelã Pimenta e

Vulgar; Erva Príncipe; Limonete (Lúcia Lima); Coentros; Arruda; Alfazema de folha lisa e dentada; Segurelha; Erva Cidreira; Manjerona; Manjericão e Poejo, serão di-rectamente colhidas para posterior venda ao público.Esta diversidade de ervas aromáticas e medicinais cons-titui-se objecto de estudo pelos formandos e formandas dos Cursos de Educação e Formação de Adultos, regime nocturno, que irão apresentar os seus trabalhos no de-correr da semana de 31 de Maio a 4 de Junho. Esta ini-ciativa é reveladora do contributo desta escola no sentido de despertar as consciências para a necessidade de uma preocupação crescente com a alimentação saudável.A sociedade contemporânea nacional, consciente das difi culdades que o país atravessa, e consequentemente da redução do poder de compra, deverá apostar no con-sumo destas ervas aromáticas e medicinais, porque além

de serem produtos naturais, têm uma enorme utilida-de, tanto no plano gastronómico, como no terapêutico.É de salientar que os nossos ancestrais não tinham ao seu dispor todo o “recheio” que encontramos hoje numa farmácia, mas o seu senso comum permitiu-lhes fazer um uso devido das ervas aromáticas e medicinais. Por que não haveremos nós de cultivar este legado cultural?Há que preservar os bons hábitos que nos foram incutidos!

Álvaro MarquesOtília Rocha

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17/V

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Caminhada pela Saúde

1. Perante a crise económica que o país está a atravessar o que é que o nosso Governo deve fazer?2. De que modo cada um de nós pode contribuir para ultrapassar esta crise económica que o país atravessa?

PAINEL1. A situação do nosso país é difícil e algumas medidas de aus-teridade têm de ser tomadas. No entanto, estas medidas acabam por desfavorecer os mais desfa-vorecidos, como por exemplo, o aumento de impostos. Assim, para uma política mais justa os grandes investimentos e as gran-des obras devem ser repensados (TGV; Aeroporto).

2. Devemos ter alguma contenção na utilização de fundos públicos, quando a eles podemos re-correr. Individualmente é necessária uma contenção em gastos, isto é, não devemos consumir por consumir.

Ana Arede, professora

1. Mais investimentos em infra-estruturas tanto para criar mais postos de traba-lho, como para criar mais condições para o futuro. Por exemplo, sou a favor do TGV porque cria mais postos de trabalhos e facilita importa-ções e exportações.

2. Comprar mais produtos nacionais que ajudem a eco-nomia portuguesa. Investir individualmente quer em pequenas quer em médias empresas para tentar valorizar o seu capital.

Alexandre Pereira, estudante

1. O problema está nas altas taxas de desemprego, muita pobreza encoberta que deve ser combatida com a criação de novos postos de trabalho. Assim, será necessário por parte do Executivo um maior incentivo ao investimento. As receitas do Estado devem ser canalizadas não para despesas correntes, mas para as grandes obras.

2. O Estado em vez de fi nanciar externamente deve promover o fi nanciamento interno, por exemplo emissão de certifi cados de aforro com um juro atractivo dirigido às famílias.

Glória Abreu , professora

1. Se calhar aumentar um bocadinho os ordenados, quem recebe o ordenado mínimo não consegue fazer muito…Também se deve baixar alguns preços para aumentar o incentivo ao consumo e consequentemente dinamizar a economia.

2. Deve-se poupar e quem não tem outra escolha deve lutar pe-los seus direitos, nomeadamente subsídios.

Micaela Oliveira – estudante

1. Sou apologista de serem travadas as grandes obras públicas, como por exemplo TGV, não é o momento adequado para avançar com esses investimentos.

2. Devemos estar atentos à situação e devidamente actu-alizados. Devemos reduzir a nossa dimensão consumista e preocuparmo-nos com a elaboração de um plano de poupança.

Álvaro Pereira, professor

1. Criação de postos de traba-lho que passa por incentivos e apoios à criação de empre-sas, primeiro para as empre-sas nacionais, depois para as empresas estrangeiras.

2. Cada um de nós deve conter as despesas, “apertar o cinto”, evitando coisas su-pérfl uas e dar o devido valor às coisas. A melhoria tem de partir de nós.

Paulo Sarabando, administrativo

1. Eu acho que devemos sensibilizar os mais jovens para trabalharem. Depois, os mais jovens deviam poder investir, devia haver ajudas para os investimentos.

2. Não podemos poupar mais, já apertámos muito o cinto. Temos de educar os nossos fi lhos para valores que já estão esquecidos.

Otília Rocha, assistente operacional

1. Corrigir um conjunto de ques-tões de fundo como por exem-plo, a formação para a cidadania, o problema actual é estrutural e vem de trás, de uma estrutura que fi cou corroída devido a um certo laxismo que os governos in-conscientemente promoveram. É pela educação dos nossos jovens, que actualmente pensam que tudo se alcança com o mínimo de esforço, que tem de come-çar. A partir daqui conclui-se que as coisas se resolvem com trabalho assente numa estrutura social sólida e na mudança de mentalidade.

2. Cada um de nós pode contribuir de forma positiva para vencer a crise. Quero dizer com isto que ao realizarmos o nosso trabalho com consciência e responsabilidade, devemos procu-rar fazer as coisas da melhor forma e desse modo, sem margem de dúvida, não direi anular a crise mas atenuá-la, porque para vencermos a crise temos ainda de percorrer um longo caminho.

Carlos Martins, professor

1. Não avançar com os in-vestimentos previstos, o TGV não se revela útil nesta altura. Os prémios milionários para gestores devem ser cortados.

2. Devemos comprar pro-dutos nacionais, em vez de irmos buscar ao estrangeiro, evitar o recurso ao crédito para não vivermos endivi-dados.

Florian Martins, estudante

18/VI

No dia 24 de Abril, ele-mentos da equipa do CNO, adultos do processo RVCC e das UFCDs e a docente Filomena Martins, logo de manhãzinha e devida-mente equipados, encon-traram-se na escola para juntos realizarem uma caminhada até à Praia da Vagueira, actividade inte-grada no plano anual de actividades. Durante todo o percurso, ida e volta, o ambiente foi de verdadei-ro convívio e descontrac-ção, sem esquecer o ritmo adequado a uma verdadei-ra caminhada.Depois de tantos quilóme-tros percorridos, algumas calorias gastas e os ine-vitáveis benefícios para a saúde, dirigiram-se para o Parque de Merendas da Va-gueira, onde se partilhou o almoço, a boa disposição e as experiências de cada

um. A meio da tarde ainda havia quem não quisesse arredar pé.No fi nal, alguns dos adul-tos acompanharam a Coordenadora e as For-madoras na visita ao es-paço da escola. Crianças e adultos deliciaram-se a ver os animais: vacas, porcos, cavalos e aves, algumas de grande porte como a avestruz. O pavão também lá estava mas nesse dia não se mostrou interessa-do em “evidenciar as suas competências”.Terminada a visita deu-se por encerrado o convívio, fi cando no ar a vontade de, para o próximo ano, se repetir esse dia tão anima-do.11/05/2010

Antónia Cabo (Formadora do CNO)

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19/VII

Mais uma vez, a EPADRV participou na V Semana Cul-tural de Vagos que decorreu entre o dia 24 de Abril e o dia 2 de Maio. A temática deste ano foi “Biodi-versidade” e contou também com a participação do Colégio de Calvão, Escola Secundária e Agrupamen-to de Escolas de Vagos na dinamização do atelier da Ciência. O tema foi explorado recriando habitats da região: dunas, praia e floresta, tendo sido expostas as espécies que se encontram com mais frequência na zona e contou-se com o especial contributo de dois patinhos provenientes da EPADRV que fizeram as de-lícias das crianças. O atelier funcionou durante toda a semana assegurado pelas várias escolas atrás men-cionadas e recebeu todas os alunos do primeiro ciclo e pré-escolar do concelho.A “Hora do conto” no espaço da Biblioteca Municipal,

foi dinamizada pelas alunas do Curso de Animador Sociocultural que encantaram os mais pequenos, com as histórias do «Botão» sonhador e do «senhor mago».Esteve ainda patente ao público um stand alusivo à oferta formativa da escola bem como algumas acti-vidades desenvolvidas pelos alunos ao longo do ano lectivo.A semana cultural contou ainda com um magnífico e animado espectáculo nocturno no dia 27 de Abril dinamizado na íntegra por professores e alunos da escola que foi transmitido em directo na Rádio Terra-nova no programa da escola: «2 dedos de conversa».

Ana AredeAna Arede

EPADRV NA SEMANA CULTURAL DE VAGOS

A convite da Câmara Municipal de Vagos e integrado na Semana Cultural, professores e alunos da EPADRV promoveram a apresen-tação da obra Os Sacrificados de João Grave. O projecto foi coorde-nado pelo professor bibliotecário Valdemar Silva e apresentado pela professora Sara Santos e teve a participação de alguns alunos da Escola Profissional. Esta iniciativa ocorreu na tarde de 25 de Abril da espaço da Semana Cultural e inscreveu-se no projecto de reedi-ção das obras de João Grave que a Câmara Municipal de Vagos tem vindo a dar ao prelo nos últimos anos, com o objectivo de promo-ver a leitura e dar mais visibilida-de a um dos mais proeminentes escritores do concelho.A sessão de divulgação com-preendeu um datashow onde os presentes puderam percorrer os momentos mais marcantes da vida do escritor vaguense,

falecido em 1934, guiados pelas palavras eloquentes de Frederico de Moura, outra figura incon-tornável do panorama cultural e literário de Vagos.Seguiu-se a apresentação das linhas essenciais da obra, cons-tituída por 17 pequenas narrati-vas cujo elemento aglutinador estruturante era a participação portuguesa na I Guerra Mundial (1914-1918). Os vários diapo-sitivos iam dando conta das diferentes categorias da obra literário em análise, devidamente ilustradas com imagens e excertos de filmes que consubstanciavam as informações veiculadas. Aqui e ali foi pontuada com leitura de transcrições da obra feita por alunos da EPADRV que exempli-ficavam aspectos apontados na projecção.O evento de divulgação literária terminou com uma pequena viagem literária por alguns poetas

que abordaram o tema estrutu-rante desta obra de João Grave, a guerra, e que plasmaram nos seus versos as perplexidades, angústias, tragédias, contradições da guerra pela voz de alunos da escola.

Freiheit.Freedom.Liberté.Liberdade.A liberdade é uma palavra tão profunda quanto a pró-pria existência do ser humano. Esta tem a sua origem etimológica na palavra grega “Eleutheria”, que tem como significado a liberdade de movimentos a nível corporal, não abrangendo contudo a parte espiritual.Embora a sua existência seja globalmente conhecida, muitos têm sido os que têm tentado suprimir o seu significado. Ao longo da caminhada do Homem por este mundo, muitos têm sido os obstáculos que se têm atravessado na sua estadia. Desde os primórdios dos tempos muitos foram subjugados, escravizados, comprados, vendidos, trocados, violados e até mortos. Viveram assim durante horas, dias, meses e anos. Alguns deles nunca saborearam uma vida plena de liberdade, uma vida de escolhas, uma vida da forma como sempre desejaram.Hoje em dia, apesar de vivermos num mundo tão evoluído e “full of technology” (repleto de tecnologia), ainda há sinais de falta de liberdade ou de não cum-primento desta na sua íntegra. Felizmente esses sinais já não são tão fortes quanto há uns séculos atrás, pois foram criados uniões, associações, movimentos, ideais, para tentar quebrar esse silêncio “ruidoso” que é a falta de liberdade, seja ela corporal ou espiritual.O mundo actual, em comparação com o que se habitava há uns poucos de séculos atrás, apesar de ser mais poluído, humanamente mais preenchido e visualmente mais degradado, tem a vantagem de ser um pouco mais livre. Se presentemente ambicionar-mos ser alguém, apenas o nosso intelecto nos poderá impedir de prosseguir; a opressão sentida no passado, parental, social ou politicamente, e a falta de igual-dade não se fazem sentir da mesma forma como há trinta ou quarenta anos.Agora, os tempos têm mudado, as pessoas têm ten-tado (re) ajustar-se aos mesmos, mas infelizmente o mundo tem vindo a ser destruído devido ao excesso de liberdade de inúmeros líderes mundiais, que num momento tiram o espaço de manobra a seres, pessoas tão iguais quanto eu e eles, mas que noutro instante abusam da liberdade do seu estatuto e elevam o seu ego, levantando a sua mão controladora e estenden-do-a a tudo (mundo) e a todos (humanos e animais).Por vezes deleito-me a pensar como seria viver sem liberdade. Seria interessante muitos de nós passarmos por uma privação total ou parcial desta, para futura-mente darmos um pouco mais de valor à vida que levamos. Nos últimos tempos o ser humano chega a ser tão livre que até perde a noção do limite da liberdade. O ladrão que rouba, o patrão que abusa dos empregados, o marido que viola a esposa, o aluno que falta às aulas. Todos estes acontecimentos têm origem no excesso de liberdade e na falta de respeito pelos outros. Quando a nossa liberdade e acção são justas, as dos outros também devem ser, independentemente do seu contexto social, cultural e étnico.

EPADRV DIVULGA OBRA DO VAGUENSE JOÃO GRAVE

Valdemar Silva

OPINIÃO

Daniel Santos

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20/VIII

Pólo Tecnológico viabiliza aposta em novos cursos

Espaço para “arregaçar as mangas”

O espaço agora conhecido por Pólo Tecnológico é um conjunto de instalação reconvertidas e requalifi cadas, pensadas na formação da área da Metalomecânica e Electricidade. Trata-se de um conjunto de equipamentos que, pela batuta do responsável, Adélio Reis, oferece condições

excelentes para os Cursos Profi ssionais de Técnico de Energias Renováveis, Técnico de Manutenção Industrial e Técnico de Produção Agrária (área da Mecanização Agrícola). As instalações são ainda dis-ponibilizadas a outras escolas, para aulas práticas de serralharia.

EM DESTAQUE:Na sala de maquinação (PT2), com os seguintes equipamentos:• Dois tornos mecânicos;• Duas fresadoras;• Uma máquina ferramenteira (3 em 1), para calandrar, quinar e cortar chapa;• Uma serra de corte circular;• Um aparelho de soldar a eléctrodo;• Dois aparelhos de soldar (Inverter);• Dois aparelhos de soldar a MIG (fi o);• Um aparelho de soldar por pontos;. Um aparelho de soldar a TIG; . Uma serra de corte de disco abrasivo;• Uma lixadeira mecânica• Um berbequim de coluna;• Dois berbequins de mão;• Duas rebarbadoras;• Uma serra tico-tico;• Duas serras de disco.. Uma máquina de rebitagem.

EM DESTAQUE:EM DESTAQUE:EM DESTAQUE:FICHA TÉCNICAO Pólo Tecnológico é constituído por seis salas de aulas, quatro espaços fechados para arrumos, dois balneários e três casas de banho.As salas de aulas são as seguintes: PT1 – Sala de aulas sem equipamento; PT2 – Sala de maquinação e ferramentaria; PT3 – Sala de informática; PT4 – Sala de Electricidade e Pneumática; PT5 – Sala de Hidráulica; PT6 – Sala da Mecanização Agrícola.

Responsável: Adélio Reis

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