EPIDEMIOLOGIA

Click here to load reader

download EPIDEMIOLOGIA

of 30

Transcript of EPIDEMIOLOGIA

  • 1. Epidemiologia Prof.Cicera Patricia

2. Epidemiologia Histrico :A trajetria histrica da epidemiologia tem seus primeiros registros j na Grcia antiga (ano 400 a.C.), quando Hipcrates, num trabalho clssico denominado Dos Ares, guas e Lugares, buscou apresentar explicaes, com fundamento no racional e no no sobrenatural, a respeito da ocorrncia de doenas na populao. 3. Epidemiologia Histrico :J na era moderna, uma personalidade que merece destaque o ingls John Graunt, que, no sculo XVII, foi o primeiro a quantificar os padres da natalidade, mortalidade e ocorrncia de doenas, identificando algumas caractersticas importantes nesses eventos, entre elas: existncia de diferenas entre os sexos e na distribuio urbano-rural; elevada mortalidade infantil; variaes sazonais. 4. Epidemiologia Objetivos:O mtodo epidemiolgico , em linhas gerais, o prprio mtodo cientfico aplicado aos problemas de sade das populaes humanas. Para isso, serve-se de modelos prprios aos quais so aplicados conhecimentos j desenvolvidos pela prpria epidemiologia, mas tambm de outros campos do conhecimento (clnica, biologia, matemtica, histria, sociologia, economia, antropologia, etc.), num contnuo movimento pendular, ora valen dose mais das cincias biolgicas, ora das cincias humanas, mas sempre situando-as como pilares fundamentais da epidemiologia. 5. Epidemiologia sade pblica tem na epidemiologia o mais til instrumento para o cumprimento de sua misso de proteger a sade das populaes. A compreenso dos usos da epidemiologia nos permite identificar os seus objetivos, entre os quais podemos destacar os seguintes segundo Objetivos da epidemiologia (Adaptado de T. C. Timmreck, 1994): Identificar o agente causal ou fatores relacionados causa dos agravos sade; Entender a causao dos agravos sade; Definir os modos de transmisso; Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos sade; 6. Epidemiologia Identificar e explicar os padres de distribuiogeogrfica das doenas; Estabelecer os mtodos e estratgias de controle dos agravos sade; Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como cincia teve por objetivo final a melhoria das condies de sade da populao humana, o que demonstra o vnculo indissocivel da pesquisa epidemiolgica com o aprimoramento da assistncia integral sade. 7. Epidemiologia Relaes de causa e efeito: Causa, em epidemiologia, refere-se ao agente qued origem doena; efeito relaciona-se com a consequncia da doena, que pode ocorrer na pessoa ou extrapolar e atingir o seu grupo, comunidade, sociedade. ndices: ndice= Nvel de incidncia das doenas em epidemiologia. Caso ndice= Primeiro caso diagnosticado em um surto ou epidemia. 8. Epidemiologia Incidncia:Nmero de casos novos de uma doena ocorridos em uma particular populao durante um perodo especfico. Prevalncia: Quantifica o nmero de casos novos e dos casos antigos. 9. Epidemiologia Coeficientes sanitrios: Coeficiente especfico por faixa etria Coeficiente de fecundidade total Coeficiente de incidncia Coeficiente de morbidade Coeficiente de mortalidade Coeficiente de mortalidade ajustado pela idade Coeficiente de mortalidade infantil Coeficiente de mortalidade neonatal Coeficiente de mortalidade perinatal Coeficiente de prevalncia 10. Epidemiologia Coeficiente (sinnimo: taxa)Em epidemiologia, demografia e estatstica vital, coeficiente uma expresso da frequncia em que um evento ocorre em uma dada populao. Os coeficientes so essenciais para a comparao de experincias entre populaes durante diferentes perodos, diferentes lugares, ou entre diferentes variveis sociais e econmicas da populao. 11. Epidemiologia Coeficiente especfico por faixa etria:Taxa relativa a uma determinada faixa etria; o numerador e o denominador incluem pessoas do mesmo grupo de idade. Coeficiente de fecundidade total: Estimativa do nmero total de crianas que uma mulher viria a dar luz, se ela continuasse tendo filhos de acordo com os coeficientes vigentes de fecundidade de cada grupo etrio. 12. Epidemiologia Coeficiente de incidncia:Taxa em que novos eventos ocorrem em dada populao. O numerador o nmero de novos eventos ocorridos em perodo definido; o denominador, a populao exposta ao risco durante aquele perodo. Coeficiente de morbidade: Medida de freqncia de doena em uma populao. Existem dois grupos importantes de taxa de morbidade: as de incidncia e as de prevalncia. 13. Epidemiologia Coeficiente de mortalidade:Medida de frequncia de bitos em uma determinada populao durante um intervalo de tempo especfico. Se incluirmos os bitos por todas as causas, temos a taxa de mortalidade geral. Caso venhamos a incluir somente bitos por determinada causa, teremos a taxa de mortalidade especfica. A taxa tambm pode ser calculada para cada sexo e faixa etria, obtendo-se uma taxa de mortalidade especfica para uma doena em determinado sexo e faixa etria. Coeficiente de mortalidade ajustado pela idade: Coeficiente de mortalidade modificado estatisticamente para eliminar o efeito de diferentes distribuies de idade em diferentes populaes 14. Epidemiologia Coeficiente de mortalidade infantilMedida do grau em que ocorrem mortes no primeiro ano de vida. Coeficiente de mortalidade neonatal Nmero de mortes de crianas menores de 28 dias de vida em um dado perodo, normalmente um ano, por 1.000 nascidos vivos no mesmo perodo. 15. Epidemiologia Coeficiente de mortalidade perinatal:Nmero de mortes fetais tardias (28 semanas ou mais de gravidez) mais as mortes ps natais na primeira semana de vida, dividido pelo nmero de mortes fetais mais o total de nascidos vivos na mesma populao no mesmo perodo. Em alguns pases onde os registros de estatsticas vitais no so bons, as mortes fetais so excludas do denominador. Normalmente apresentada como uma taxa por 1.000 nascimentos por ano. 16. Epidemiologia Coeficiente de prevalncia:Nmero total de casos, eventos ou problemas em um determinado ponto no tempo, dividido pela populao total sob risco no mesmo ponto no tempo. As taxas de prevalncia so usadas mais frequentemente para doenas ou eventos que tenham uma durao mdia longa. 17. Epidemiologia VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA: o processo sistemtico e continuo de coleta, analise, interpretao e disseminao de informao com a finalidade de recomendar e adotar medidas de preveno e controle de problemas de sade. No Brasil a Lei 8.080 que constituiu em 1990 o sistema nico de sade SUS- Define a vigilncia epidemiolgica como um Conjunto de aes que proporciona o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual ou coletivo, com a fifinalidade de recomendar e adotar medidas de preveno e controle de doenas e agravos. 18. Evoluo natural das doenas e os conceitos de epidemia Epidemia: a manifestao, em uma coletividade ou regio, de um grupo de casos de alguma enfermidade que excede claramente a incidncia prevista. O nmero de casos que indica a existncia de uma epidemia varia com o agente infeccioso, o tamanho e as caractersticas da populao exposta, sua experincia prvia ou falta de exposio enfermidade e o local e a poca do ano em que ocorre. Por decorrncia, a epidemicidade guarda relao com a frequncia comum da enfermidade na mesma regio, na populao especificada e na mesma estao do ano. 19. Evoluo natural das doenas e os conceitos de epidemia Epidemia:O aparecimento de um nico caso de doena transmissvel que durante um lapso de tempo prolongado no havia afetado uma populao ou que invade pela primeira vez uma regio requer notificao imediata e uma completa investigao de campo; dois casos dessa doena associados no tempo ou no espao podem ser evidncia suficiente de uma epidemia. 20. Evoluo natural das doenas e os conceitos de epidemia Epidemia por fonte comum (sinnimos: epidemiamacia ou epidemia por veculo comum): Epidemia em que aparecem muitos casos clnicos dentro de um intervalo de tempo igual ao perodo de incubao clnica da doena, o que sugere a exposio simultnea (ou quase simultnea) de muitas pessoas ao agente etiolgico. O exemplo tpico o das epidemias de origem hdrica. Epidemia progressiva (sinnimo: epidemia por fonte propagada): Epidemia na qual as infeces so transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal a animal, de modo que os casos identificados no podem ser atribudos a agentes transmitidos a partir de uma nica fonte. 21. Evoluo natural das doenas e os conceitos de epidemia Endemia: a presena contnua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso dentro de uma zona geogrfica determinada; podendo expressar a prevalncia usual de uma doena particular numa zona geogrfica. O termo hiperendemia significa a transmisso intensa e persistente e holoendemia, um nvel elevado de infeco que comea a partir de uma idade precoce e afeta a maior parte da populao, como, Ex: malria em algumas regies. Pandemia: Epidemia de uma doena que afeta pessoas em muitos pases e continentes. 22. Evoluo natural das doenas e os conceitos de epidemia Prosodemia:Epidemia em que o contgio se faz de indivduo para indivduo, em vez de atacar grande nmero de pessoas. Epidemias e endemias atuais: As doenas transmissveis endmico-epidmicas ainda so relevante problema de sade pblica no Brasil. Novas tecnologias na deteco precoce e identificao de cepas de microrganismos explicam melhor os caminhos da transmisso. Integrao da sociedade civil na corresponsabilidade de deteco de epidemias. Melhor formao tcnica do pessoal que atua em sade. Dengue, febre amarela, hansenase, influenza, aids, tuberculose, doena meningoccica, hepatites virais e malria. Maior exigncia da sociedade civil. 23. Doenas comunicveis Portaria n o 1.943, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001 - Define Relao de doenas de notificao compulsria para todo territrio nacional. 10. Febre Amarela 1. Botulismo 2. Carbnculo ou antraz 3. Clera 4. Coqueluche 5. Dengue 6. Difteria 7. Doena de Chagas(casos agudos) 8. Doena Meningoccica e outras Meningites 9.Esquistossomose (em rea no endmica) 11. Febre Maculosa 12. Febre Tifoide 13. Hansenase 14. Hantaviroses 15. Hepatite B 16. Hepatite C 17. Infeco pelo vrus daimunodeficincia humana (HIV) em gestantes e crianas expostas ao meio de transmisso vertical 24. Doenas comunicveis Portaria n o 1.943, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001 - Define Relao de doenas de notificao compulsria para todo territrio nacional. 26. Raiva Humana 18. Leishmaniose Tegumentar, Americana 19. Leishmaniose Visceral 20. Leptospirose 21. Malria (em rea no endmica) 22. Meningite por Haemophilus influenzae 23. Peste 24. Poliomielite 25. Paralisia Flcida Aguda27. Rubola 28. Sndrome da Rubola Congnita 29. Sarampo 30. Sfilis Congnita 31. Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (AIDS) 32. Ttano 33. Tularemia 34. Tuberculose 35. Varola 25. Epidemiologia Investigao epidemiolgica de campo(classicamente conhecida por investigao epidemiolgica) Estudos efetuados a partir de casos clnicos ou de portadores com o objetivo de identificar as fontes de infeco e os modos de transmisso do agente. Pode ser realizada em face de casos espordicos ou surtos. 26. Epidemiologia Medidas profilticas: Profilaxia; Tratamento profiltico; Imunoprofilaxia. 27. Epidemiologia Medidas profilticas: Profilaxia:Conjunto de medidas que tm por finalidade prevenir ou atenuar as doenas, suas complicaes e consequncias. Tratamento profiltico: Tratamento de um caso clnico ou de um portador com a finalidade de reduzir o perodo de transmissibilidade. 28. Epidemiologia Imunoprofilaxia:Preveno da doena atravs da imunidade conferida pela administrao de vacinas ou soros a uma pessoa ou animal. Desinfestao: Destruio de metazorios, especialmente artrpodes e roedores, com finalidades profilticas. 29. Epidemiologia Doena quarentenrias: Doenas de grande transmissibilidade, emgeral graves, que requerem notificao internacional imediata Organizao Mundial da Sade, isolamento rigoroso de casos clnicos e quarentena dos comunicantes, alm de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar a sua introduo em regies at ento indenes. Entre as doenas quarentenrias, temos a clera, a febre amarela e o tifo exantemtico 30. Reflexo