Epidemiologia da Hipertensão Por: Poliana C. Ribeiro Vieira Professor: Adelson Luiz Araújo Tinôco...

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Epidemiologia da Hipertensão Por: Poliana C. Ribeiro Vieira Professor: Adelson Luiz Araújo Tinôco Orientadora: Sílvia Eloiza Priore Mestrado em Ciência da Nutrição UFV/CCB/DNS

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  • Epidemiologia da Hipertenso Por: Poliana C. Ribeiro Vieira Professor: Adelson Luiz Arajo Tinco Orientadora: Slvia Eloiza Priore Mestrado em Cincia da Nutrio UFV/CCB/DNS Viosa 2001
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  • EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL o ramo da cincia epidemiolgica, que estuda o indivduo ou populao, a base cientfica em que a Nutrio se apoia para explicar a ocorrncia e a distribuio de doenas e sua relao com a dieta. Fornecer atravs de mtodos, a informao para que se possa traar polticas de promoo, preveno e manuteno do estado nutricional de indivduos ou populao, considerando o padro ou sadio.
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  • HISTRICO Primeira referncia indireta sobre Hipertenso Arterial foi nos trabalhos de Bright, 1827 sobre nefropatias. Traube anos mais tarde confirmou as suspeitas de Bright porm ainda no se dispunha de aparelho de medida da Presso Arterial. Aparelho atual de medir a Presso Arterial (esfignomanmetro de mercrio ou de mola) foi inventado em 1896 por Riva-Rocci. (CHIAVERINI,1980) At o final da dcada de 40 pouco se conhecia no Brasil a respeito da Epidemiologia da Hipertenso Arterial.
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  • HISTRICO 1948, em Porto Alegre, Gonzalez realizou o primeiro estudo brasileiro sobre Presso Arterial a nvel populacional, porm no determinou a prevalncia da P.A. Em meados da dcada de 60, as doenas do aparelho circulatrio, assumiram a liderana como causa de morte nas regies brasileiras, exceto a norte. Em 1996 as doenas cardiovasculares tinha uma taxa de 1599 bitos em 100.000 indivduos idosos contra 632 das neoplasias. Foi a principal causa de internaes hospitalares.
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  • CONCEITO Presso Arterial definida como a presso exercida pela coluna de sangue na parede dos vasos sangneos o que varivel a cada instante. (Ribeiro, 1996) Entende-se por Hipertenso a elevao da Presso Arterial acima de certos limites normais. (Riella, 1996, Ribeiro,1996, CHIAVERINI et alli, 1980) Hipertenso Lbil a oscilao dos nveis pressricos entre a faixa elevada e a considerada normal. (Riella, 1996)
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  • ETIOLOGIA Hipertenso Arterial primria ou essencial - 90 a 95% dos casos, isto , de causa ou etiologia desconhecida (CHIAVERINI, 1980; RIELLA, 1996; Ribeiro, 1996) Hipertenso Arterial secundria - 5 a 10% dos casos - Renal Renovascular Endcrina: Tirede e Supra-renal Coarctao da aorta Medicamentosa Doena Hipertensiva Espcifica Da Gravidez Outras: hiperparatireodismo, tumores produtores de renina acromegalias, etc.
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  • PARMETROS
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  • Para crianas e adolescentes at 17 anos valores de presso arterial devem ser determinados pr percentil de acordo com o percentil da estatura. Valores abaixo do P 90 - normotenso Entre os percentis 90 e 95 = normal limtrofe Acima do percentil 95 = Hipertenso Arterial
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  • PARMETROS Quadro 1 - Classificao da Presso arterial de crianas e adolescentes
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  • FATORES QUE INTERFEREM NO DIAGNSTICO Presso arterial apresenta um certo ritmo circadiano, eleva- se pela manh logo ao acordarmos, tende a reduzir aps as refeies e sofre um descenso durante as horas de sono. S deve ser feito o diagnstico aps pelo menos trs determinaes das presses arteriais em momentos e circunstncias diferentes. O manguito deve ocupar 2/3 do comprimento do brao e sua parte inflvel deve ser colocada sobre a artria braquial. A presso sistlica deve ser considerado como o primeiro son de KOROTKOFF e a quinta para a diastlica. (Riella,1996)
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  • FATORES QUE INTERFEREM NO DIAGNSTICO Em crianas devem-se utilizar manguitos menores, em obesos devem-se utilizar manguitos maiores, ou pode-se usar tabelas de converso. Em idosos o endurecimento das artrias pode caracterizar uma pseudohipertenso. As medies devem ser realizadas com intervalos de pelo menos 5 minutos com o paciente deitado ou sentado.
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  • FATORES QUE INTERFEREM NO DIAGNSTICO Condies clnicas como diabetes mellitus, hipovolemia e vrias drogas anti-hipertensivas podem provocar hipotenso ao se assumir a posio ortosttica, deve-se tambm determinar a presso aps 2 a 3 minutos nesta posio. So fatores que podem alterar a presso arterial: exerccio, refeio, estresse, dor, distenso vesical, fumo e frio excessivo.
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  • FATORES QUE INTERFEREM NO DIAGNSTICO Vrios autores tem abordado o problema da variabilidade da PA e sua implicao no diagnstico da Hipertenso, demonstrando o decrscimo dos valores pressricos diante de medies repetidas. Segundo FUCUS et al 1997, os critrios contemporneos de diagnostico da HA no so satisfatrios devido a reduo da PA ante a aferio repetida. RUOTOLO, et alli 1992, encontraram menores valores de PAD e PAS na segunda medida em respeito da primeira ( PAD elevada de 14,7% 1 aferio para 8,7% na segunda aferio.)
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  • UTILIZAO DO MAPA A utilizao da monitorizao ambulatorial da Presso Arterial (MAPA) durante 24 horas til nas seguintes condies: grandes variaes na Presso Arterial (Feocrocitoma, hipertenso lbil) Hipertenso do avental branco Para avaliar eficcia de Tratamentos No deve ser utilizado em estudos com bases populacionais para obter-se a prevalncia de hipertenso arterial
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  • ESTUDO DOS FATORES DE RISCO Hipertenso Arterial e possveis fatores de risco Ceclia Amaro de Llio, et alli, 1993 - Populao civil de 15 a 74 anos residentes na zona urbana de Araraquara. Estudo transversal Processo de amostragem equipobabrilstico por conglomerados n= 1199 indivduos. Variveis: - Obesidade (IMC)- Idade - Ocupao - Sexo - Renda Familiar- Escolaridade - Hipertenso Arterial
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  • Resultados: Prevalncia de Hipertenso Arterial alta e crescente com a idade Prevalncia > para pessoas de Renda + baixa. Prevalncia + alta para a raa negra. Homens prestadores de servios e em ocupaes tcnico cientficas tem > Prevalncia. Em Mulheres a prevalncia e mais alta para o setor primrio Alta prevalncia em obesos.
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  • FATORES DE RISCO HEREDITARIEDADE Fuchs, et all 1994; encontraram maior prevalncia para homens de menor escolaridade com histria familiar de HA. SEXO - Mais freqentemente em homens (Llio et al, 1993; Riella 1996), inverte-se aps a menopausa.(Riella, 1996) IDADE - aos 20 anos a prevalncia de 5 em 100 indivduos, aos 50 anos 40 em 100 indivduos aos 70 anos ou + 60 em 100 indivduos. A prevalncia de HA tem relao crescente com a idade. Llio, C.A. et al, 1993; FUCHS et alli, 1994.
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  • FATORES DE RISCO ETNIA - Maior prevalncia em negros/ mulatos ( Llio et al, 1993; Riella 1996), que tambm tm as formas mais graves.(Riella, 1996). Gilium,R.F. 1987, encontrou maiores valores de presso arterial em homens do que em mulheres e maior entre mulheres negras do que brancas, Porm o aumento da gordura abdominal aumentava o risco de hipertenso entre homens e mulheres independentes da cor.
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  • FATORES DE RISCO OBESIDADE - duas a trs vezes mais freqente em obesos Llio, C.A. et al, 1993 & Fuchs, 1994 encontraram maior prevalncia para IMC mais altos. Gus M., et alli,1998, estudaram a associao entre os diferentes indicadores de obesidade e hipertenso arterial, encontrando maiores prevalncias entre indivduos com excesso de peso,sendo que o IMC 27 kg/m 2 apresentou associao positiva tanto em homens quanto mulheres, j a razo cintura/quadril apresentou associao estatisticamente significativa apenas entre as mulheres.
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  • FATORES DE RISCO EXCESSO DE SAL - quanto maior a ingesto de sdio na populao, maior a prevalncia. MILL, MOLLINA, e colaboradores, encontraram ingestes de sdio e valores de Presso Arteriais crescentes, assim como a excreo de sdio, da classe econmica A at a E. EXCESSO DE LCOOL - consumo superior a 40 ml de lcool por dia aumenta o risco Fuchs, 1994 et al encontraram maior prevalncia para homens abusadores de lcool ( > 30g dia).
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  • FATORES DE RISCO VIDA SEDENTRIA - predispe a obesidade e hipertenso FUMO - fumantes tm presso arterial mais elevada durante o dia
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  • FATORES DE RISCO ESTRESSE - indivduos com predisposio familiar tm maior elevao pressrica frente ao estresse. Llio, C.A. et al, 1993 encontrou menores prevalncias em homens com atividades mais simples, ocorrendo o contrrio no sexo feminino onde as prevalncias foram maiores no setor primrio ( correspondente principalmente pelas donas de casa.). Renda e escolaridade no se mostraram fatores de risco quando as outras variveis foram controladas. Martins, et alli, 1998 encontraram maiores prevalncias no sexo masculino entre os nveis de renda mais mais alto e o mais baixo e no sexo feminino as maiores prevalncias foram no nvel de renda mais baixo.
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  • Distribuio da Presso Arterial na populao Grfico 1 Distribuio da Presso Sistlica e o risco Relativo de mortalidade cardiovascular em homens
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  • Distribuio da Presso Arterial na populao Grfico 1 Distribuio da Presso Distlica e o risco Relativo de mortalidade cardiovascular em homens
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  • PREVALNCIA Dados parciais revelam uma prevalncia de 8,00 em cada 100 indivduos com glicemia alterada.
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  • PREVALNCIA Dados parciais revelaram uma prevalncia de 28 em cada 100 pacientes com glicemia alterada.
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  • PREVALNCIA
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  • CONCLUSO A Hipertenso Arterial Essencial por ser uma doena grave e ainda de etiologia desconhecida, necessita de um controle severo dos seus fatores de risco, visto que, estudos relatam que a remisso ou diminuio deles contribui significativamente para o decrscimo dos nveis pressricos. Neste contexto se d a importncia do nutricionista para controlar alguns dos fatores de risco que iro contribuir para a Hipertenso Arterial. E tambm da, a importncia da Epidemiologia Nutricional como cincia que tem como principal objetivo proporcionar a melhor evidncia cientfica para sustentar uma discusso e compreenso da nutrio nas causas e preveno da m-sade.
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  • DVIDAS???
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