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EQUIPE DE REDAÇÃO E EDIÇÃO:Capítulo I – Por Dentro do IAE2º Ten. Sju. Luciano Averaldo da SilvaTais Campos DestroCapítulo II – Destaques do BiênioCel. Av. Lincoln Valério Silva SenraCapítulo III – Realizações TécnicasTen. Cel. Com. R1 José Roberto De PaulaDr. José Bezerra Pessoa FilhoCapítulo IV – Fortalecendo RelaçõesTen. Cel. Eng. Diogo Câmara Pereira2º Ten. Rep. Isabele Moreira Morgado

ILUSTRAÇÃO E IMAGENSLaboratório de Registro de Imagens (LRI) do IAEArquivo de Imagens do IAE1º Ten. Fot. Renato César Coelho

CAPACentro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER)Traço Leal – Publicidade e Assessoria

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOTraço Leal – Publicidade e Assessoria

IMPRESSÃO:RB Comunicação Visual

DISTRIBUIÇÃO:Instituto de Aeronáutica e Espaço

PRESIDENTEMichel Temer

MINISTRO DA DEFESARaul Jungmann

COMANDANTE DA AERONÁUTICATen. Brig. Ar Nivaldo Luiz Rossato

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL

Diretor-GeralTen. Brig. Ar Antônio Carlos Egito do AmaralTen. Brig Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira

INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇODiretor

Brig Eng. Augusto Luiz de Castro OteroVice-Diretor

Cel. Av. Lincoln Valério Silva SenraChefe da Subdiretoria de AdministraçãoCel. Av. Elymar Guimarães Fonseca Junior

Chefe da Subdiretoria de EspaçoTen. Cel. Eng. José Antônio Azevedo Duarte

Ten. Cel. Eng. Alexandre Nogueira BarbosaChefe da Subdiretoria de Aeronáutica

Cel. Eng. Abílio Neves GarciaChefe da Subdiretoria de Defesa

Cel. Eng. Abílio Neves GarciaChefe da Subdiretoria Técnica

Ten. Cel. Eng. Alexandre Nogueira Barbosa

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MENSAGEM DO DIRETOR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

POR DENTRO DO IAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

DESTAQUES DO BIÊNIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

REALIZAÇÕES TÉCNICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

FORTALECENDO RELAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .90

MENSAGEM FINAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

SUMÁRIO

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O “DNA” do Instituto de Aeronáutica e Espaço é desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortale-cer o Poder Aeroespacial Brasileiro, em sistemas aeronáu-ticos, de acesso ao espaço e de defesa. Para tanto, faz-se necessário um conjunto de fatores críticos essenciais para o sucesso. São eles: investimento, capital humano, conhe-cimento, boas parcerias e tempo.

As atividades do IAE foram, são, e sempre serão desenvolvidas nas áreas da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, as quais sofrem com o crônico baixo nível de investimento do Estado Brasileiro. Como o IAE é uma Instituição Pública, não foram poucas as dificuldades do biênio 2016-2017. Aliado ao reduzido investimento somaram-se os necessários processos burocráticos da administração pública que impuseram um ritmo muitas vezes em descompasso com o do desenvolvimento de tecnologias relativas a sistemas aeronáuticos, de acesso ao espaço e de defesa, cuja evolução é muito rápida. Acompanhar o ritmo dessa evolução é fundamental para garantir a inovação. Mesmo com todas as dificuldades, ao final do biênio o IAE recebeu um aporte financeiro de 92 milhões de reais.

Em termos de capital intelectual, para o qual concor-rem pessoas e conhecimento, ao término do biênio, o Instituto contava com 849 funcionários civis e militares,

dos quais cerca de 75% dedicaram-se à atividade fim do IAE e 25% labutaram nas atividades de suporte. Muitos deles atingiram os critérios para a aposentadoria e dei-xaram o IAE, com impacto negativo no capital intelec-tual institucional.

Mesmo com as dificuldades presentes na vida de qual-quer pesquisador, pesquisadora e cientista brasileiro, o IAE ampliou o conhecimento, desenvolveu projetos e prestou serviços tecnológicos especializados, funda-mentais para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro. Relatar as atividades do Instituto, é prestar contas dos recursos investidos no IAE e apresentar os benefícios diretos e indiretos para a sociedade brasileira.

Assim, ao longo do relatório, o leitor conhecerá o IAE, ficando “por dentro” de quem somos, de onde viemos e como pretendemos chegar ao futuro, com todos os

01 . MENSAGEM DO DIRETOR

4IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

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desafios do presente. Como a insatisfação faz parte da natureza humana, o IAE não se deu por satisfeito com os resultados apresentados nos últimos anos, e como conti-nuar a executar as ações do mesmo modo e com a mesma estrutura não conduziria a melhores resultados, aliado à certeza que só a mudança trás benefícios, o IAE aceitou o desafio de mudar. A radical mudança que o Instituto experimentará trará, certamente, maior eficiência e efi-cácia nas ações e efetividade dos resultados que serão reportados nos futuros relatórios de atividades.

O leitor constatará o quanto os investimentos feitos pelo país no IAE foram bem aplicados por meio das gran-des realizações técnicas das Subdiretorias de Aeronáutica, de Acesso ao Espaço e de Defesa, gerando conhecimento por meio das pesquisas aplicadas documentadas nos diversos veículos técnicos institucionais no Brasil e no

exterior, superando os óbices que se apresentaram com conhecimento, inteligência, determinação e comprome-timento de todos.

Como não se chega a lugar algum sozinho, o leitor verificará que o IAE pertence a um sistema sinérgico de valores e que as relações institucionais com as escolas, as universidades de engenharia, as empresas do setor aeroes-pacial e de defesa, e as outras Instituições de Ciência e Tecnologia do campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e do exterior, são parcerias estratégicas fundamentais para fortalecer a hélice tripla Academia-Institutos de Pesquisa-Empresa, modelo de sucesso em todo o mundo e praticado no DCTA desde a sua criação, para promover o desenvolvi-mento dos setores de atuação do IAE.

Por ora, desejo uma agradável leitura deste Relatório de Atividades 2016-2017 e concito a sonharem conosco um futuro melhor para a Ciência, a Tecnologia, a e Inovação, para a Força Aérea Brasileira, e para o Brasil, por meio do desenvolvimento de projetos de aeronáutica, de acesso ao espaço e de defesa, “DNA” do Instituto de Aeronáutica e Espaço.

Aeronáutica, Espaço, Defesa, Brasil!

5INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

Brig. Eng. Augusto Luiz de Castro OteroDiretor do IAE no Biênio 2016-2017

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POR DENTRO DO IAE

A mudança não assegura necessariamente o progresso, mas o progresso implacavelmente requer mudança.H E N R Y S . C O M M A G E R

QUEM SOMOSLocalizado na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) é uma organização militar do Comando da Aeronáutica, subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Sua fina-lidade é realizar pesquisa e desenvolvimento nos cam-pos Aeronáutico, Espacial e de Defesa, conforme dire-trizes, planos e programas estabelecidos pelo DCTA e pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

Localização da cidade de São José dos Campos no mapa do Brasil.

6IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

02 . POR DENTRO DO IAE

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MISSÃOPara que estamos aqui?

“Ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro, por meio da Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação, Operações de Lançamento e Serviços Tecnológicos em Sistemas Aeronáuticos, Espaciais e de Defesa.”

VISÃOAonde queremos chegar?

“Ser reconhecido, no Brasil e no exterior, como uma Instituição de excelência capaz de transformar Pesquisa e Desenvolvimento em Inovação nas Áreas Aeroespacial e de Defesa.”

VALORES ESSENCIAISNossa identidade:

q Valorização do ser humano q Excelência q Espírito de Equipe q Ética q Iniciativa e criatividade q Rigor científico q Responsabilidade Social q Disciplina e Respeito à Hierarquia

OBJETIVOS ESTRATÉGICOSObjetivo 1: Ampliar e consolidar competências em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) nas áreas Aeroespacial e de Defesa, para atender aos desafios nacionais.Objetivo 2: Prospectar tecnologias estratégicas a serem desenvolvidas.Objetivo 3: Habilitar o País no desenvolvimento e construção de engenhos aeroespaciais.Objetivo 4: Otimizar a gestão organizacionalObjetivo 5: Prover infraestrutura adequada para o desenvolvimento científico e tecnológico.

CCISE CLA CLBI CO-DCTA COPAC CPOR IAE GAP SJ IEAV IFI IPEV ITA PASJ

EMAER

COMANDANTE DAAERONÁUTICA

COMPREP COMAE COMGAP DCTA COMGEP SEFA DECEA

POSICIONAMENTO DO IAE NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA DO COMANDO DA AERONÁUTICA

Adaptado de Http://www.fab.mil.br/organograma (acesso em 30/11/2017)

Entrada principal do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial onde se situa o IAE.

7INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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BREVE HISTÓRICOO IAE teve seu começo na década de 50, com a criação em 1954, do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), já no campus do então, Centro Técnico de Aeronáutica (CTA).

O objetivo do IPD era a realização de pesquisa e desenvolvimento em aeronáutica, eletrônica, materiais, sistemas e equipamentos especiais para aviação. Foi no IPD que surgiu o projeto do avião Bandeirante que, em 1969, permitiu a criação da Embraer a partir da trans-ferência de tecnologia no desenvolvimento de projetos de aviões, da cessão de toda a sua equipe de técnicos, pessoal de administração e da quase totalidade do acervo da sua Divisão de Aeronaves e parcelas menores de outras Divisões do instituto, para aquela estatal. Outro feito magnífico do IPD foi o desenvolvimento do motor auto-motivo a álcool, solução brasileira para a crise do petróleo que se instaurava no País na década de 70.

Com o advento da corrida espacial, travada entre as superpotências do pós-guerra, a Sociedade Interplanetária Brasileira (SIB) solicitou ao Presidente da República, em 1961, a criação de um Conselho Nacional de Pesquisas e Desenvolvimento Espacial e, desta forma, em 3 de agosto daquele mesmo ano, foi criado o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), subordinado ao Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), sendo a escolha natural para sua sede a cidade de São José dos Campos. Em 1964 este Grupo tornou-se a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE).

Ao mesmo tempo, em 1961, o Ministério da Aeronáutica formalizou seu interesse pela área espa-cial, visando o desenvolvimento de pequenos foguetes de sondagem meteorológica para a Força Aérea. Em 1963 foi criado um grupo que, em 1966, tornar-se-ia o Grupo Executivo e de Trabalhos e Estudos de Projetos Espaciais (GETEPE), vinculado ao Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), concretizando, assim, a inten-ção da Aeronáutica de se dedicar às pesquisas espaciais.

Os trabalhos iniciais desse grupo foram o planejamento de implantação do então Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI), atual Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), sediado no município de Parnamirim, próximo à cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

A partir daí, técnicos civis e militares da Aeronáutica receberam treinamentos nos EUA, o que possibilitou o lançamento de foguetes americanos e canadenses a partir do recém-criado centro de lançamento. A inauguração do CLBI ocorreu em outubro de 1965 e o primeiro lan-çamento aconteceu em dezembro daquele ano, com o foguete americano Nike Apache. Foi também na época do GETEPE que, em parceria com a empresa Avibras, foi desenvolvido o foguete de sondagem Sonda I, cujo primeiro lançamento ocorreu em 1967. Foi ainda no GETEPE que nasceu o projeto do foguete de sondagem Sonda II.

Em 17 de outubro de 1969 foi criado o Instituto de Atividades Espaciais (IAE), constituído de pessoal e ins-talações do GETEPE e da Divisão de Atividades Espaciais do IPD. O IAE foi efetivado em 20 de agosto de 1971, ano em que também foi criado o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a partir de pessoal e instala-ções da CNAE. Em 1970 ocorreu o primeiro lançamento bem sucedido do foguete de sondagem Sonda II. Em 1976, foi lançado o primeiro foguete Sonda III e, em 1984, o primeiro foguete Sonda IV, todos eles desenvolvidos no IAE e lançados a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno.

Em 1979, foi concebida a Missão Espacial Completa Brasileira, que objetivava a construção de satélites nacio-nais de coleta de dados e sensoriamento remotos lança-dos por veículos nacionais a partir do território brasileiro. O custo estimado para a missão, na época, era de 900 milhões de dólares, com previsão de conclusão em 1989. Ao INPE coube a construção dos satélites, enquanto a

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02 . POR DENTRO DO IAE

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Aeronáutica ficou responsável pela construção do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), por meio do IAE, e pela construção do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), uma vez que o CLBI não comportava o lança-mento de um foguete do porte de um VLS-1.

Os 30 anos decorridos entre o lançamento do Sonda I (1967) e do primeiro protótipo do VLS-1 (1997) revelam o extraordinário esforço conduzido pelo IAE. Enquanto o Sonda I possuía 3,90 metros de comprimento, o VLS-1 contava com 20 metros. A massa do Sonda I era de 54 kg, o que permitia alcançar a altitude de 70 km. O VLS-1 dispunha de uma massa de 50.000 kg e alcance de 750 km de altitude, atingindo a velocidade de 27.000 km/h. Enquanto o Sonda I era estabilizado aerodinamicamente (por empenas), o VLS-1 era dotado de piloto automático.

Projetos na área de sistemas bélicos também foram atribuídos ao IAE, visando o desenvolvimento de arma-mento aéreo nacional para equipar as aeronaves da Força Aérea Brasileira. Desta forma, em 1976, foi criada no IAE, a Divisão de Sistemas Bélicos (ESB), atualmente denomi-nada Divisão de Sistemas de Defesa (ASD).

Com o objetivo inicial de reduzir a dependência nacional do armamento aéreo importado, foram iniciados dois projetos: nacionalização das bombas de fins gerais e desenvolvimento de um míssil similar ao AIM9-B, em uso na época.

Em 1977 foi criado, no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Curso de Extensão em Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA), ministrado, desde então, em parceria com o IAE. A competência da ASD se conso-lidou e novos armamentos especificados e desenvolvidos com sucesso.

A fim de otimizar a utilização dos limitados recursos existentes à época, em 7 de janeiro de 1991 ocorreu a fusão do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento com o

Instituto de Atividades Espaciais, resultando no Instituto de Aeronáutica e Espaço, mantendo o acrônimo IAE.

Em 2 de novembro de 1997, ocorreu o lançamento do primeiro protótipo do VLS-1, que permitiu aos técnicos e engenheiros testarem e qualificarem em voo, alguns dos seus subsistemas apesar da falha de um dos propulsores do primeiro estágio. Em 11 de dezembro de 1999 ocorreu o lançamento do segundo protótipo que possibilitou a qualificação em voo de importantes subsistemas do Veículo Lançador de Satélites, mas que apresentou falha no propulsor do segundo estágio. A terceira tentativa ocorreria em 22 de agosto de 2003, mas com a ignição intempestiva de um dos propulsores do primeiro estágio, durante a montagem do veículo, houve a perda completa da Torre Móvel de Integração (TMI) e a morte de 21 técnicos que trabalhavam na montagem final do foguete no CLA.

No início da década de 2000, a pedido do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), o IAE desenvolveu um novo veículo suborbital denominado VSB-30. Seu primeiro voo de qualificação ocorreu em outubro de 2004, a partir do CLA. Desde então, 25 veículos VSB-30 foram lança-dos, 20 deles a partir da Europa, mais precisamente do Centro Espacial de Esrange, na cidade de Kiruna, Suécia e na base do Andoya Space Center (ASC), na Noruega, 1 Na Oceania no Centro de Lançamento de Woomera (WIR), Austrália e os outros 4 a partir do CLA.

Em 2005 teve início o projeto Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), no IAE; contando com as participa-ções do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e de um parceiro industrial representado pela Avibras. A primeira fase do projeto foi concluída em 2010, com o desenvol-vimento de um Sistema de Navegação e Controle (SNC), a segunda fase, direcionada para a decolagem e pouso automáticos (DPA) de VANT, foi concluída em 2013.

9INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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O IAE NOS DIAS DE HOJE

DIRETRIZ DE COMANDO 2016-2017

Após assumir a Direção do Instituto de Aeronáutica e Espaço, interinamente ao final de 2015, e oficialmente no início de 2016, o Brig Eng Augusto Luiz de Castro Otero publicou sua Diretriz de Comando para o biênio 2016-2017. O Documento apresenta, de forma clara, transparente e objetiva, o pensamento do Diretor a respeito de vários assuntos, de modo a assegurar que todos compreendam o que pretende; sua maneira de ver os diversos problemas; o que espera de cada seg-mento da Organização; qual o relacionamento interno e externo desejado; e, ainda, como alcançar o equilíbrio que deve existir entre os diversos setores do Instituto no cumprimento de sua missão e das atribuições previstas, no intuito de diminuir o tempo de resposta necessário ao estabelecimento do conhecimento mútuo e, assim, alcançar o cabal e franco desenvolvimento das ativida-des, rotineiras ou não, das tarefas imputadas, delegadas ou atribuídas pela Cadeia de Comando ou pela própria Direção do IAE.

Diretriz de Comando do Diretor do IAE, Brig. Eng. Augusto Luiz de Castro Otero, para o biênio 2016-2017

A GESTÃO E SEUS DESAFIOS

Como órgão pertencente à Administração Pública Federal Direta, o IAE possui regime jurídico de Direito Público, pautando-se nos princípios constitucionais e infraconstitucionais que regem suas atividades. Já as organizações privadas possuem maior flexibilidade nas suas relações, não se submetendo a planos e projetos do governo e podendo fazer tudo que a lei não proíbe, ao contrário da Administração Pública que só pode fazer o que a lei determina. Essa diferença, à primeira vista,

pode não parecer conflitante, mas na prática implica na dificuldade, entre outras, de implementar metodologias e ferramentas de gestão eficazes e oriundas das organi-zações privadas. Essas práticas vêm sendo copiadas e adaptadas pelos órgãos públicos por conta da necessidade de sobrevivência dentro do novo modelo de mercado ins-tável, dinâmico e competitivo, resultado da globalização e do avanço desenfreado da tecnologia da informação. Foi na década de 90, em resposta à Crise Fiscal do Estado,

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02 . POR DENTRO DO IAE

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que o Modelo de Administração Pública Gerencialista começou a ganhar espaço no setor público brasileiro. Em que pese o modelo prime pelo foco nos resultados e na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, não rompe totalmente com as práticas e princípios do modelo anterior, o Burocrático, cujas disfunções são evidentes obstáculos para que o setor público cumpra com efetivi-dade suas funções.

Conquanto, o IAE não se priva de buscar o alinha-mento de suas ferramentas aos preceitos legais exigidos, embora o prazo para sua implementação seja maior quando comparado às organizações privadas. Em conso-nância com as diretrizes advindas dos órgãos superiores – sobretudo do COMAER e do DCTA – apresentamos a seguir uma visão geral da gestão organizacional do IAE no biênio 2016-2017.

Estrutura OrganizacionalO organograma atual do IAE representa uma estrutura do tipo funcional, que consiste no agrupamento de funções especializadas afins. Porém, na prática, o desenvolvi-mento de suas atividades e projetos reflete uma estrutura matricial, combinação das funcional e por projetos.

Durante o ano de 2015 houve a revisão de seu Regimento Interno, documento que estabelece um con-junto de regras para regular seu funcionamento, e que estava vigente desde 2010. No início de 2016, o novo Regimento foi aprovado e publicado, sendo então utili-zado oficialmente pela unidade.

Desta revisão foi possível redefinir competências, atri-buições e responsabilidades de alguns setores. Divisões consideradas estratégicas para a gestão do Instituto foram transformadas em Coordenadorias e passaram a ser subordinadas à Vice-Direção com o intuito de trabalha-rem de forma holística e sistêmica dando o apoio a todo IAE. Outro reflexo da revisão foi a criação do Conselho de Programas Acadêmicos (CPA), da Assessoria de Contas a Pagar (ACP) e da Coordenadoria de Planejamento e Gestão (VDIR-PG). Cabe à CPA planejar, organizar e coordenar as atividades acadêmicas de pós-graduação e

de iniciação científica e tecnológica de programas institu-cionais desenvolvidas no âmbito do IAE, além de repre-sentar o Instituto junto a Instituições externas e órgãos de fomento à pesquisa científica. Já à ACP cabe assessorar o Ordenador de Despesas (atualmente o Diretor) no que tange aos adimplementos dos objetos licitados, empe-nhos liquidados, restos a pagar, instrução de processos administrativos de apuração de irregularidades de forne-cedores, entre outras. Quanto à VDIR-PG, o órgão possui como uma de suas principais competências coordenar a elaboração do Programa de Trabalho Anual (PTA) do IAE e acompanhar a execução das metas e tarefas nele contidas. O Programa é um documento de planejamento de curto prazo, válido para o período de um ano e está alinhado com o Plano Setorial (PLANSET) do DCTA, o Termo de Execução Descentralizada (TED) da AEB, e demais instrumentos de planejamento dos órgãos supe-riores. É por meio do PTA que o IAE planeja e suas ações em consonância com os recursos orçamentários/financei-ros recebidos para cada exercício, além se servir como um guia diário para a execução de suas atividades e projetos.

Com base no novo Regimento Interno, a estrutura básica do IAE é composta por: uma Direção, Vice-Direção e as Subdiretorias de Administração, Aeronáutica, Defesa e Espaço. Junto à Direção encontram-se os órgãos de Conselho, as Assessorias, as Comissões, o Gabinete e uma Ouvidoria. Subordinadas à Vice-Direção, situam-se as Coordenadorias e o Serviço de Proteção Radiológica. Por fim, abaixo das Subdiretorias encontram-se as Divisões que podem se desdobrar em Subdivisões e Seções.

Em maio de 2017, em caráter experimental, foi criada a Subdiretoria Técnica (SDTE). Essa criação foi o piloto que culminou com a decisão de iniciar o projeto de reestruturação do IAE, que se desdobrou no segundo semestre do mesmo ano (Leia mais sobre o Projeto de Reestruturação à pg. 18). O objetivo da criação da SDTE, inicialmente composta pela Divisão de Mecânica (AME), foi centralizar a gestão e o controle dos recursos humanos, maquinários e serviços técnicos especializa-dos prestados por esta área. Até então, existiam no IAE

11INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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uma Divisão de Mecânica, subordinada à Subdiretoria de Espaço, e focos de atuação dessa área espalhados pelo Instituto, e que estavam sob a responsabilidade de outras Subdiretorias. Com a gestão centralizada evita-se redun-dância na aplicação de insumos, materiais, homem-hora especializado, além de tornar o processo mais sistêmico. Ademais, visando atender com eficiência às demandas de uma estrutura hoje composta por 05 subdiretorias, 18 divisões e mais de 60 laboratórios, espalhados por uma área total de 2 milhões de m2 e 295 edificações, a

execução dos serviços prestados pela AME é feita de forma descentralizada.

Futuramente, a SDTE contemplará outras Divisões que prestem serviços técnicos especializados para atender às necessidades das pesquisas e projetos nos quais o IAE atua.

Na figura que segue pode ser observado o novo organograma do IAE com base no Regimento Interno publicado em 2016 e com a alteração promovida pela Portaria nº 151-T/SAER, de 12 de maio de 2017, que criou a SDTE.

CARH - Comissão de Aperfeiçoamento de Recursos HumanosCIPA - Comissão Interna de Prevenção de AcidentesCAPDI - Conselho de Assessoramento em PD&ICPA - Conselho de Programas Acadêmicos

VDIR - Vice-DireçãoVDIR-CP - Coordenadorias de Projetos Aeroespaciais e de DefesaVDIR-CS - Coordenadoria de SegurançaVDIR-CT - Coordenadoria de Informações de Ciência e TecnologiaVDIR-ES - Coordenadoria de Engenharia de SistemasVDIR-GC - Coordenadoria de Gestão e CapacitaçãoVDIR-GQ - Coordenadoria do Sistema de Gestão da QualidadeVDIR-GI - Coordenadoria de Gestão da Inovação Tecnológica e Propriedade IntelectualVDIR-PG - Coordenadoria de Planejamento e GestãoVDIR-RI - Coordenadoria de Relações InstitucionaisVDIR-TI - Coordenadoria de Tecnologia da InformaçãoSPR - Serviço de Proteção Radiológica

DIR - DireçãoGABIAE - GabineteACI - Assessoria de Controle InternoACP - Assessoria de Contas a PagarAIN - Assessoria de InteligênciaOUV - Ouvidoria

SDEF - Subdiretoria de DefesaASD - Divisão de Sistemas de Defesa

SDTE - Subdiretoria TécnicaAME - Divisão de Mecânica

SADM - Subdiretoria de AdministraçãoACO - Divisão de Controle OrçamentárioADA - Divisão de Apoio e InfraestruturaADP - Divisão de Pessoal

SAER - Subdiretoria de AeronáuticaALA- Divisão de AerodinâmicaAMR - Divisão de MateriaisAPA - Divisão de Propulsão AeronáuticaASA - Divisão de Sistemas Aeronáuticos

SESP - Subdiretoria de EspaçoACA - Divisão de Ciências AtmosféricasAEL - Divisão de EletrônicaAGE - Divisão de Gerenciamento de Projetos EspaciaisAGP - Divisão da Garantia do Produto EspacialAIE - Divisão de Integração e EnsaiosAPE - Divisão de Propulsão EspacialAPM - Divisão de Produção de MotoresAQI - Divisão de QuímicaASE - Divisão de Sistemas Espaciais

ACAAMEASDALAACO

ADP

ADA AMR

APA

ASA

AGE

AIE

APM AQI

ASE

APE

AGP

AEL

OUVAINACPACIGABIAECPACAPDICIPACARH

VDIR-CPVDIR-CP

DIRDIR

VDIR

SAERSADM SDEF SDTE SESP

VDIR-CTVDIR-CT VDIR-GCVDIR-GC VDIR-GQVDIR-GQ VDIR-RIVDIR-RI SPR

VDIR-CSVDIR-CS VDIR-ESVDIR-ES VDIR-GIVDIR-GI VDIR-PGVDIR-PG VDIR-TIVDIR-TI

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02 . POR DENTRO DO IAE

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Visão Geral dos Recursos HumanosApesar de ser uma organização militar, hoje, cerca de 70% da força de trabalho do Instituto é composta por servido-res federais estatutários, e 30% por militares de carreira, temporários, e da reserva, contratados para a Prestação de Tarefa por Tempo Certo (PTTC). Colaboram, ainda, com os projetos e atividades do IAE, bolsistas financiados diretamente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), também com o apoio daquele Conselho.

Somados ao grupo acima, encontram-se os funcio-nários de empresas terceirizadas de serviços de limpeza, obras, e manutenção da área verde.

Visão geral do efetivo do IAE ao final de 2017

Total = 849

Civil Auxiliar

Civil intermediário

Civil Superior

Cabos, soldadose taifeiros

Graduados

Oficiais13%13%

10%10%

8%8%

27%27%

40%40%

2%2%

Dos seus 849 funcionários, considerando civis e mili-tares, 337 ocupam cargos de nível superior, 425 de nível intermediário, e 87 ocupam cargos de nível auxiliar. Do efetivo de nível superior, 80% possuem uma ou mais pós--graduações latu e strictu senso (mestrado, doutorado e pós-doutorado) nas diversas áreas de atuação do IAE, como Engenharia Aeroespacial, Aeronáutica, Mecânica, de Armamento, Térmica, Elétrica, de Materiais, entre outras. O Instituto concentra um conhecimento de extrema relevância para o país, sendo uma das poucas organizações no Brasil que atua e possui profissionais especializados em determinadas áreas dos universos Aeronáutico, Espacial e de Defesa.

Entretanto, há algum tempo, o IAE enfrenta o grande desafio de manter seu corpo técnico, principalmente quanto aos servidores civis. No início de 2016, o efetivo era de 677 servidores. Durante o biênio ocorreram 99 vacâncias sendo 87 delas por aposentaria. Esse número corresponde a uma perda de cerca de 13% do capital humano em questão. Essas pessoas, ao deixarem o IAE, levaram consigo não somente a experiência adquirida ao longo de anos, como também grande parte do conheci-mento, sobretudo o tácito.

Seguindo a tendência de 45 aposentadorias por ano, constatada nos últimos 5 exercícios, caso não haja rea-lização de novos concursos públicos, o efetivo civil do IAE cairá pela metade ao longo dos próximos 6 anos. Outro agravante é o número de cargos vagos que atual-mente representa metade do quadro possível de lotação, hoje constituído por 1.165 cargos. Não obstante, o IAE encaminha anualmente por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial pedido para a reali-zação de novos concursos públicos já que o último rea-lizado em 2013 não foi suficiente para repor o efetivo perdido ao longo de anos. A última solicitação, realizada em setembro de 2016, encontra-se em análise junto ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), até a presente data.

Quadro Geral de Lotação Possível

NA Ocupados274274

NA Vagos224224

NI Ocupados286286

NI Vagos340340

NS Ocupados2323

NS Vagos1818

LotaçãoPossível: 1.165Ocupados: 582

Vagos: 583

NA = Civis de Nível Auxiliar (Auxiliares Técnicos e Auxiliares em C&T)NI = Civis de Nível Intermediário (Técnicos e Assistentes em C&T)NS = Civis de Nível Superior (Pesquisadores, Tecnologistas e Analistas em C&T)

13INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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Escritório de ProjetosA Coordenadoria de Projetos Aeroespaciais e de Defesa (VDIR-CP) é responsável por coordenar, elaborar, orientar e implementar as diretrizes e orientações advindas do Comando da Aeronáutica e do DCTA, relativas ao gerenciamento de projetos. Cabe ainda ao setor, a formalização da abertura dos projetos após apreciação e parecer do Conselho de Assessoramento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CAPDI) e da aprovação do Diretor. A Coordenadoria também atua no registro e acompanhamento do desenvolvimento dos pro-jetos, por meio de informações fornecidas pelos gerentes, remetendo-as aos órgãos superiores quando requisitadas.

Dentro das atividades da VDIR-CP está a dis-seminação do novo Sistema de Gestão Estratégica da Aeronáutica (GPAer), utilizado como uma ferra-menta de planejamento e gestão que, além de auxi-liar no gerenciamento de projetos, permite que as instâncias superiores do Comando da Aeronáutica, tenham uma maior visibilidade do status atual dos projetos.

Considerando a importância deste sistema para o COMAER, a VDIR-CP, no biênio, assessorou aos gerentes de projeto de PD&I no cadastramento de 27 projetos do Instituto no sistema. Ainda, para atender à demanda do DCTA, a Coordenadoria de Projetos elaborou manuais de utilização do GPAer e ministrou treinamentos internos aos futuros usuá-rios do sistema, visando harmonizar o conheci-mento entre gerentes e servidores envolvidos nos projetos do IAE.

A carteira de projetos do IAE, ao final do biênio, esteve composta por 23 Projetos: 02 classificados como estratégicos e 21 internos, sendo os recur-sos para execução destes advindos do COMAER, da AEB, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do CNPq, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Carteira de Projetos do IAE ao final de 2017

CARTEIRA DE PROJETOS DO IAE 2017

POLÍTICAESPACIAL

2056

AEBAgênciaEspacial

Brasileira

Desenvolvimentoe Lançamento

de FoguetesSuborbitais

Ação 20V0.0001

PSMPlataforma

Suborbital deMicrogravidade(Fase III e IV)

MRCEPMódulo de

Recuperaçãode Cargas

Espaciais porParaquedas

Desenvolvimentoe Lançamento

do VeículoLançador de

MicrossatélitesVLM-1

Ação 20V0.0003

VLM-1Veículo

Lançador deMicrossatélites

VS-50Veículo

Suborbital

Pesquisa eDesenvolvimentoem Tecnologias

Associadas àVeículos EspaciaisAção 20VB.0004

SARASatélite deReentrada

Atmosférica

L75Motor Foguete

a PropelenteLíquido de 75kN

deEmpuxo

P&D e Pró-Grupode Pesquisa7 projetos

POLITICANACIONALDE DEFESA

2058

COMAERComando

daAeronáutica

Desenvolvimentode Projetosde Sistemas

Bélicose Associados

Ação 20XB.0005

Alvo Aéreo E-1

FUNDONACIONAL DEDESENVOLVI-

MENTOCIENTÍFICO E

TECNOLÓGICO

FINEPFinanciadora de

Estudos eProjetos

Qualificação eCertificação deGargantas deTubeiras de

Motor Foguete

SPDSistema dePropulsão

para Defesa

TR5000Turborreator de

5.000 N

CONVÊNIOS EOUTROS

FINANCIADORES

CNPqConselhoNacional

de Desenvol-vimento

Científico eTecnológico

ChamadaPública

MCTI/CNPq/CTAeronáutico/

CT-Espacialnº 22/2013

04 projetos

ChamadaUniversal

MCTI/CNPqnº 14/2014

02 projetos

TOTAL

INTERNOS

ESTRATÉGICOS 02

21

23

14IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

02 . POR DENTRO DO IAE

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Visão Geral dos Recursos OrçamentáriosO Instituto de Aeronáutica e Espaço recebe, em sua maior parte, recursos advindos do Ministério da Defesa (MD) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ao longo do biênio foram alocados ao IAE R$ 92,1 milhões. Destes, R$ 58 milhões em 2016 e 34,1 milhões em 2017.

Os gráficos a seguir apresentam os valores investi-dos, por ano, pelos dois Ministérios, para a execução de todas as atividades e projetos do Instituto, incluindo manutenção da infraestrutura, capacitação, contratação de serviços e aquisição de produtos, não constando desses números o valor da folha de pagamento de seu efetivo.

RECURSOS RECEBIDOS PELO IAE NO BIÊNIO – MCTIC E MD

97%R$ 56 milhões

3%R$ 2 milhões

92%R$ 31,5 milhões

8%R$ 2,6 milhões

2016

MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

MD - Ministério da Defesa

340

23

2017

Em MCTIC estão considerados: Ações AEB, Convênios AEB e FINEP e bolsas CNPq.

Em MD estão considerados: Ações COMAER e Fundo Aeronáutico.Há ainda uma fonte de recurso não mencionada no gráfico, a saber:

R$ 125.798,91 (2016) e R$ 24.280,78 (2017) alocados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovaçãodo Estado de São Paulo (SDCETI), por meio da FAPESP.

Muito embora o montante de R$ 92 milhões investidos no IAE durante o biênio possa parecer elevado, não é o que o cenário mundial aponta. Dentre os países que aliam extensa área territorial, grande população, e ele-vado Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil é o único que ainda não conseguiu dominar o ciclo espacial completo, e não por coincidência é também aquele com o mais baixo nível de orçamento para o programa espacial. Enquanto os EUA, China, Rússia e Índia investem, respectivamente, 0,23%, 0,12%, 0,42% e 0,23% dos seus PIBs em seus pro-gramas espaciais, o Brasil investe apenas 0,01%, valor este inferior aos 0,20% investidos pela Argentina.

Ao compararmos os valores alocados ao IAE nos últimos 11 anos com aqueles previstos pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), no que tange ao acesso ao espaço, o déficit se mostra alarmante. Essa prática, acumulada ao longo de anos, resulta em um Programa Espacial, que apesar da extrema importância para o desenvolvimento nacional, tende a ficar no papel. Vale ressaltar que os dados apresentados no gráfico a seguir referem-se somente à área espacial, sendo que o IAE também atua nos campos Aeronáutico e de Defesa, o último sem previsão de alocação de recursos para desen-volvimento de projetos em 2018, conforme Projeto de Lei Orçamentária (PLOA).

15INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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VALOR PNAE X VALOR ALOCADO AO IAE ACESSO AO ESPAÇO – VEÍCULOS SUBORBITAIS E LANÇADORES Últimos 11 anos

Previsto PNAE

milh

ões

de re

ais

Alocado IAE

340

23

0

50

100

150

200

250

300

350

20172016

20152014

20132012

20112010

20092008

2007

Fontes: Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE, 4a e 5a Edições), Subdiretoria de Espaço do IAE e Divisão de Controle Orçamentário do IAE.

Além da diferença entre os valores necessários e os recebidos pelo IAE, outro desafio para a execução de suas atividades é superar os óbices de um engessado e buro-crático processo de aquisição de produtos e contratação de serviços. Mesmo que vencidas as etapas iniciais de elaboração do processo e de análise pelas instâncias supe-riores (que pode durar meses), o Instituto muitas vezes se depara com serviços e produtos de baixa qualidade, e que podem não atendem às particularidades e aos padrões necessários para a execução dos objetos. Mesmo havendo respaldo da legislação primando pelo interesse público e dando prerrogativas à Administração, é claro que na prática os impactos obtidos com a contratação de “maus fornecedores” prejudicam o andamento das atividades.

Visando atenuar essa dificuldade, e com amparo na Lei 10.973/2004, conhecida com “Lei da Inovação”, o Instituto aloca parte de seus recursos em Fundações de Apoio (vale ressaltar que esses recursos estão inseri-dos no Orçamento do Governo Federal). As Fundações

possuem uma estrutura que consegue cumprir com maior celeridade os processos de aquisição e contratação, além de alcançar fornecedores com maior qualidade a menores custos. Dessa maneira, o corpo técnico envolvido nos projetos, que hoje também se encontra excessivamente inserido no contexto burocrático, consegue dedicar mais tempo ao cumprimento das atividades-fim do IAE.

Exemplos de instrumentos com amparo na da “Lei da Inovação” foram os convênios firmados no biênio com a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais (FUNCATE):

I Em 2016, para captação e aplicação de recursos finan-ceiros em aquisições de itens e serviços específicos destinados à preparação de propulsores do projeto de desenvolvimento de Foguetes Suborbitais, com vigência de 30/09/2016 a 29/01/2020;

II E em 2017, para prestar apoio, na gestão adminis-trativa e financeira, à execução do projeto de desen-volvimento de Foguetes Suborbitais, com vigência de 22/11/2017 a 22/03/2020.

Muito embora o IAE tenha conseguido alcançar alguma flexibilização de ações voltadas às suas áreas de atuação, agora o desafio é interpretar e aplicar as ino-vações trazidas pela Lei 13.243/2016 conhecida como o “Marco Legal de CT&I” que visa estimular o desenvol-vimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação, além de alterar uma série de leis. Para tanto, servidores e militares do Instituto vêm estu-dando o conteúdo do “Marco Legal” a fim de estabelece-rem mecanismos para implementar os estímulos trazidos pela Lei e que poderão impactar de forma benéfica as atividades e projetos desenvolvidos no IAE. Em 2016, sob a coordenação da Assessoria de Controle Interno (ACI) foi promovido um Workshop versando sobre o tema que contou com a participação ativa dos profissionais envol-vidos nos projetos em desenvolvimento no Instituto, e contribuiu para a disseminação do Tema.

16IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

02 . POR DENTRO DO IAE

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REESTRUTURAÇÃO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA

O Planejamento, seja estratégico, tático, ou operacio-nal, é imprescindível para orientar o rumo de qual-quer organização.

No âmbito da Força Área Brasileira (FAB) não pode-ria ser diferente. A constante mudança do ambiente externo no qual estamos inseridos, força a necessidade de adaptação, que clama por representativas mudanças. Revisar periodicamente o planejamento e a estratégia de uma organização, sem perder de vista sua missão – a finalidade para a qual existe – é primordial para atenuar possíveis ameaças de cenários futuros.

Nesse contexto, em 2016 foi publicada pelo Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato, a “Concepção Estratégica Força Aérea 100”, documento que tem por finalidade estabelecer a visão para a FAB ao completar 100 anos de sua criação, que ocorrerá em 2041. Serve de orientação para todas as fases do Planejamento Institucional da Força, bem como apre-senta a parcela de contribuição da FAB na construção de capacidade militar para compor o esforço principal da Defesa Nacional.

Diversos foram os desdobramentos advindos da Concepção “FAB 100” e suas diretrizes.

Como reflexo da reestruturação, destaca-se no âmbito de toda a Força Aérea a criação dos Grupamentos de Apoio (GAPs), organização a qual compete gerir de forma centralizada as atividades administrativas de Organizações Militares (OMs) agrupadas em determina-das regiões. Em suma, algumas atividades até então geri-das pelas Divisões de Pessoal, de Controle Orçamentário, de Tecnologia da Informação e de Apoio e Infraestrutura do IAE passaram a ser de competência do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ). Espera-se que dessa centralização sejam otimizadas e racionaliza-das a utilização de recursos, buscando maior eficiência e desonerando as unidades gestoras de parte das ativida-des administrativas.

Outro aspecto que tende a impactar nas atividades do Instituto é a tendência à implementação do modelo de Gestão Por Processos. Mapear os processos existen-tes e identificar possíveis melhorias, além de tornar a execução das atividades mais sistêmica são alguns dos objetivos desse modelo. Em 2016, atendendo à “Diretriz de Comando da Aeronáutica para a Reestruturação da FAB” (DCA 11-53) foi realizado um trabalho com repre-sentantes de todas as OMs subordinadas ao DCTA, no qual foram mapeados e definidos seus macroprocessos e processos. O trabalho continua em andamento haja vista tratar-se de um modelo dinâmico e com grandes desafios para implementação, principalmente no âmbito da gestão pública onde fatores como cultura conservadora e as dis-funções burocráticas vão de encontro a visões orgânicas de gestão.

Como a reestruturação visa, além de outros objetivos, racionalizar a utilização de recursos estruturais, humanos e orçamentários, em 2016 o IAE passou a compartilhar as instalações de seu HANGAR X-40 com o Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), órgão subordinado ao Comando de Preparo (COMPREP). O compartilha-mento visou aumentar a sinergia entre os dois Institutos e estimular o trabalho conjunto para a elaboração de novos requisitos operacionais para aeronaves e seus sistemas, e a aplicação da tecnologia de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), junto ao operador, cuja tecnologia de navegação, guiamento e controle é dominada pelo IAE, além dos ganhos advindos da aproximação de profissio-nais capacitados em sistemas aeronáuticos e em aplica-ções operacionais.

17INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO DO INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

Desde 2015 o IAE busca adequar sua estrutura organi-zacional e a forma como seus processos estão desenha-dos e interligados para atender com maior qualidade as demandas de seus clientes, dadas as mudanças advindas de um cenário que impactou suas capacidades estrutu-rais, humanas e orçamentárias.

Para tanto, em 2016, o IAE implementou a estrutura organizacional ora vigente, e deu início a novos estudos que culminaram com a criação em caráter experimen-tal de uma nova Subdiretoria e, posteriormente, com o Projeto de Reestruturação de todo o Instituto.

Para elucidar as mudanças propostas pelo Projeto, cabe explicar, de forma sucinta, como o IAE encon-tra-se estruturado atualmente e por que esse desenho precisou ser modificado. Hoje, a organização conta com uma Direção, uma Vice-Direção, 11 Coordenadorias, 4 Subdiretorias, sendo a de Administração, a de Defesa, a de Aeronáutica e a de Espaço que juntas somam 18 Divisões. Muito embora o Instituto atue em três gran-des áreas técnicas, mantê-las em Subdiretorias distintas não tem sido mais efetivo. Em uma organização onde o conhecimento é a base de sua existência, o compartilha-mento das competências e experiências de seus profis-sionais se faz imprescindível, sobretudo ao somarmos ao atual cenário as restrições humanas que se agravam com o passar dos anos. Abaixo das Subdiretorias, o IAE conta com as Divisões. Muitas hoje são responsáveis por prestarem apoio técnico especializado às três grandes áreas de atuação do Instituto, apesar de estarem subor-dinadas a uma Subdiretoria específica, o que na prática também não se apresenta adequado. Além disso, com o passar dos anos, foram criados focos de apoio técnico especializado pelo Instituto, sob gestões distintas, que geram redundância na utilização de recursos. A racio-nalização dos recursos e a revisão dos processos impacta diretamente na qualidade e no tempo de resposta dos ser-viços prestados ao cliente, sejam eles internos ou exter-nos. Sendo o IAE uma Instituição Pública, juntamente

com a sua missão ele deve primar pela qualidade dos serviços prestados aos clientes-cidadãos uma vez que sua existência só se faz necessária para atender aos anseios da Sociedade Brasileira.

Além dos fatores mencionados, outros também foram considerados para que a atual gestão do IAE, conduzida pelo Brig Eng Augusto Luiz de Castro Otero, decidisse – juntamente com todo o Instituto – estudar e propor um Projeto de Reestruturação para o IAE. Mesmo sendo uma organização militar, onde a estrutura linear é predominante, as atividades desenvolvidas no IAE possuem característica orgânica e flexível e, portanto, trata-se de um necessário e potencial desafio alinhar esses modelos de gestão.

Então, no início de 2017, o primeiro ponto a ser estu-dado foi a questão dos serviços técnicos especializados prestados pelas Divisões. Em caráter experimental, por meio de uma Portaria, foi criada uma nova Subdiretoria denominada “Subdiretoria Técnica”, a qual foi atribuída a competência de realizar o planejamento, a coordenação, o acompanhamento e o controle das atividades técnicas especializadas de suas Divisões em apoio às Subdiretorias de Aeronáutica, de Espaço e de Defesa do IAE, e prestar serviços técnicos especializados em apoio aos projetos desenvolvidos. Como se tratava de um piloto, no pri-meiro momento, ficou subordinada a essa Subdiretoria apenas a Divisão de Mecânica.

Em continuidade aos estudos, porém agora visando reestruturar toda a organização, se fez necessário o envol-vimento de todas as frações do IAE e uma grande for-ça-tarefa foi implementada. A metodologia de trabalho contou com modelos e ferramentas de gestão eficazes como pesquisa organizacional, brainstorming, análise de cenários, gestão por competências, gestão por processos, entre outras. Até sua conclusão, o trabalho permeou uma fase de Pesquisa e Diagnóstico Institucional e três gran-des fases de estudo, das quais participaram cerca de 100 servidores e militares, designados por meio de Portaria, e alocados em grupos e subgrupos.

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Inicialmente, os trabalhos foram norteados pelos resultados coletados na pesquisa realizada com servido-res e militares do IAE, de diversos setores, e focados na elaboração de um diagnóstico da atual situação organiza-cional do Instituto e também no mapeamento do cenário onde o IAE está inserido, objetivando o planejamento de uma mudança organizacional com clareza e com base nas informações coletadas.

O resultado da pesquisa mostrou que 72,5% dos respondentes considera que a atual estrutura do IAE não oferece a oportunidade de trabalho em outras Subdiretorias. Porém, 72,5% dos que responderam a pesquisa considera válido o compartilhamento do conhecimento, experiências e lições aprendidas entre as áreas de Aeronáutica, Espaço e Defesa. Para 32,2% dos respondentes, na estrutura organizacional atual não há recursos humanos para suprir as demandas atribuídas a cada setor e a carga de trabalho é superior ao homem hora disponível. Entretanto, para 44,4% dos que res-ponderam a pesquisa, a estrutura organizacional atual

não favorece o compartilhamento de recursos humanos. Outro fato relevante apontado foi que 39,1% dos respon-dentes identificou que há setores de outras Subdiretorias que atuam na mesma área de conhecimento que o seus setores de trabalho.

Enfim, os dados apurados apontaram que a maioria dos que responderam a pesquisa ensejava uma necessi-dade urgente de uma reestruturação organizacional.

Após o resultado da pesquisa, deu-se início às três fases de estudos que, em sua conclusão, culminaram com a proposta do Projeto de Reestruturação do IAE.

Ao longo de 2018 a nova estrutura será implementada, em caráter experimental, com vistas a atingir os objetivos inicialmente propostos. Sabe-se que qualquer mudança implica em um período de adaptação e conta com forças impulsionadoras (positivas) e forças restritivas (negati-vas). Entretanto, para manterem-se vivas, as organiza-ções de hoje precisam se adaptar. Não se admite mais a manutenção do status quo. Conforme Weick e Quinn: “a mudança nunca começa porque ela nunca para”.

RECONHECIMENTO AOS NOSSOS PROFISSIONAIS E AOS “AMIGOS DO IAE”

Como ocorre todos os anos, visando reconhecer a con-tribuição pela prestação de relevantes serviços ao país e à FAB, servidores, militares e cidadãos são agraciados com a entrega de medalhas. No biênio, as homenagens ocorreram em 5 cerimônias militares: em comemora-ção ao dia do Especialista de Aeronáutica que marca a fundação da Escola de Especialistas, tiveram como des-taques a imposição da Medalha Bartolomeu de Gusmão, nos dias 21 de março de 2016 e 24 de março de 2017; em comemoração aos aniversários 143 e 144 anos do Marechal do Ar Alberto Santos Dumont, patrono da aeronáutica, que foram celebrados nos dias 20 de julho de 2016 e 2017, foram agraciados militares e servidores civis com a medalha “Mérito Santos Dumont”; no dia

25 de agosto o Brigadeiro Engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero, recebeu a “Medalha do Pacificador” em Cerimônia Militar realizada pelo Exército Brasileiro, em São Paulo; em celebração aos 62 e 63 anos do Instituto de Aeronáutica e Espaço, foram homenageados com a entrega de medalhas e menções honrosas aqueles que em 2016 e 2017 completaram 30 e 40 anos de serviços, e os que deixaram o Instituto por aposentadoria, por transferência para reserva remunerada, e por término de Prestação de Tarefa por Tempo Certo (PTTC). Da mesma forma, foram agraciados com a Distinção “Amigos do IAE” nos anos de 2016 e 2017, aqueles que, mesmo não pertencendo ao efetivo, se destacaram pela contribuição com o cumprimento da missão do Instituto.

19INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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1 e 2 Agraciados com a Medalha “Bartolomeu de Gusmão” na solenidade em comemoração ao Dia do Especialista nos anos de 2016 e 2017.

3 e 4 Agraciados com a Medalha “Mérito Santos Dumont”, nos 143 e 144 anos de Aniversário do patrono da Aviação.

5 Agraciado o Brig. Eng. Augusto Luiz de Castro Otero com a “Medalha do Pacificador”;

6 e 7 Servidores, Militares e “Amigos do IAE” homenageados em cerimônia pelos 62 e 63 anos de aniversário do Instituto.

8 e 9 Militares do IAE homenageados com a Medalha “Ordem do Mérito Aeronáutico”.

1 2

3 4 5

6 7

8 9

20IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

02 . POR DENTRO DO IAE

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DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO

Quando, por fatores internos ou externos à organização, alguns profissionais detêm relevante parte do conheci-mento ali desenvolvido, disseminá-lo é quase uma questão de sobrevivência. Com vasta experiência e capacitação nas áreas de Aeronáutica, Espaço e Defesa, os profissionais do IAE internalizaram, ao longo dos anos, um conhecimento que se torna cada vez mais difícil de ser externalizado, e que vem sendo perdido pela não reposição dos recursos humanos de maneira efetiva. Com o intuito de mitigar as consequências dessa perda, o IAE busca compartilhar com toda a organização as experiências, práticas e infor-mações técnicas de seus projetos e atividades através da realização de eventos, simpósios, palestras e workshops abertos a todos do Instituto. Durante o biênio, as inicia-tivas do IAE nessa transmissão contemplaram:

X e XI SEPP&D – Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias AssociadasEvento que ocorre desde 2006, visa divulgar os proje-tos de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Associadas a Veículos Espaciais, cujos recursos são oriundos da Agência Espacial Brasileira. Nos anos de 2016 e 2017, ocorreram respectivamente nos dias 28 e 22 de novembro. Ao longo das onze edições do SEPP&D foram mais de 100 apresentações de trabalhos e diver-sos palestrantes convidados, do Brasil e do exterior. O SEPP&D se consolida mais uma vez como oportunidade ímpar para a criação de um fórum de discussão e de divulgação das tecnologias desenvolvidas no IAE, além de possibilitar a identificação de parceiros ou colabora-dores nas respectivas áreas de pesquisa, concentrando esforços e despertando interesse da comunidade pelas tecnologias espaciais.

Foram apresentadas as seguintes palestras durante o biênio:• Motor foguete a propelente líquido de 75kN de

empuxo – L75;

• SISNAC – Sistema de Navegação e Controle;• Investigação dos fatores de Influência no comporta-

mento balístico de propelente sólido compósito;• Desenvolvimento de processo de infiltrações, por

meio de polímeros de silicona, para produção de compósitos a base de C/SiC, para utilização em pro-teções de veículos de reentrada atmosférica (SARA) e veículos lançadores (VLM);

• Estudo experimental da interferência aerodinâmica de antenas embarcadas na fuselagem de veículos aeroespaciais utilizando-se as técnicas de tintas sen-síveis a pressão (PSP) e a temperatura (TSP);

• Motor L75;• Estudo Teórico/Experimental do Sloshing em Tan-

ques Cilíndricos Verticais;• Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA I e II);• Sistemas de Atuadores para Tubera Móvel;• Sistema de Navegação e Controle (SISNAC);• Arquitetura de Software para Plataforma Computa-

cional Redundante em Veículos Espaciais;• Código de Propulsão Espacial (CPE).

VIII e IX SIPAS – Semana Interna de Prevenção de Acidente em ServiçoEm novembro de 2016, foi realizada a VIII Semana Interna de Prevenção de Acidentes em Serviço (SIPAS) em conjunto com o 10º Dia da Qualidade e em junho de 2017 a IX, organizadas pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

O evento contou com a participação do Diretor do IAE, Brig Eng Augusto Luiz de Castro Otero e o Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e Vice-Diretor do IAE, Cel. Av Lincoln.

As palestras apresentadas contribuíram para a refle-xão sobre hábitos sustentáveis e gestão da qualidade de forma integrada (segurança do trabalho, saúde ocupa-cional e meio ambiente). Os temas apresentados foram:

21INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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• Prevenção Contra Incêndio – Seção Contra Incên-dios do Grupamento de Apoio de São josé dos Cam-pos (GAP-SJ);

• Medidas preventivas de controle de animais sinatrópi-cos e peçonhentos presentes na área urbana de SJC – Srª Laura Raquel Braga e Srª Patrícia Aparecida Lima / Zoo santária do Centro de Controle de SJC;

• Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) – Conhecer para se prevenir – Célia Nascimento, Neuropsicóloga & Cognitivo Comportamental e Srª Beatriz Moura, Psicóloga Clínica;

• A engenharia, a ética e a política: Samarco, MG e coi-sas afins – Prof. Dr. Wilson Cabral (ITA) ;

• Mobilidade Segura, Atitude de Todos – Secretaria de Mobilidade Urbana de São josé dos Campos;

• Impactos de omissão no trágico acidente da Boate Kiss – 1S Oberdan Jose da Silva.

XII e XIII Encontros de Iniciação Científica (ENIC) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto de Aeronáutica e EspaçoOcorreram respectivamente nos dias 04 de agosto de 2016 e dia 03 de agosto de 2017, o evento acontece anualmente ao fim da vigência das bolsas de iniciação científica do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq – Programa PIBIC/CNPq/IAE. A iniciação científica é um instrumento que permite introduzir os estudantes na pesquisa científica, e tem papel fundamental na formação e estabelecimento de competências aos discentes e futuros profissionais. É uma oportunidade de alunos trocarem ideias com profissio-nais e pesquisadores na sua área de competência e apre-sentarem as pesquisas que vêm realizando no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto de Aeronáutica e Espaço, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIBIC/IAE/CNPq). O Programa traz para dentro do IAE alunos ainda em formação, que entram em contato com uma realidade que não conseguem ver na faculdade.

Na XIII edição, o evento pode contar, pela primeira vez, com um palestrante internacional, o engenheiro Günter Langel da Airbus.

Dia da Qualidade!O Dia Mundial da Qualidade foi introduzido pelas Nações Unidas em 1990, três anos depois da primeira edição da ISO 9000:1987. Seu objetivo é encorajar a par-ticipação e o engajamento de indivíduos e aumentar a conscientização mundial da importante contribuição que a qualidade oferece para o crescimento e prosperidade das organizações. No IAE, foi realizado no dia 08 de novem-bro de 2017, quando foi realizada a palestra “Mudança é Sobrevivência”, ministrada pelo Cap. PM Fernando Edson Mendes, Chefe da Central de Operações Policias Militares (COPOM). Em seguida a palestra “Estresse e Depressão: Importância do Exercício Físico”, ministrada pelo Professor Doutor Raul Santo de Oliveira.

Workshops de Execução OrçamentáriaNo dia 17 março de 2016 no IAE, ocorreu o I Workshop de Execução Orçamentária, com o tema central “Elaboração de Pedido e Aquisição de Material e Serviço”, organizado pela Assessoria de Controle Interno (ACI) e Divisão de Controle Orçamentário (ACO) do IAE, tendo como objetivo principal a apresentação de ferramentas para a utilização eficaz dos recursos financeiros destinados ao IAE por meio do orçamento público, contando com a participação de integrantes do instituto, entre chefes de divisões e coordenadorias e servidores e militares diretamente envolvidos nos processos de elaboração e acompanhamento de pedidos de compras. Em 5 de outu-bro de 2016 aconteceu o II Workshop de Execução, o qual se destinou, prioritariamente, aos setores envolvidos no processo de elaboração de Pedidos de Aquisição de Material/Serviço (PAM/S), Pedidos Parciais de Material/Serviço (PPM/S) e Solicitação de Importação de Material (SIM), nos dia 25 de janeiro de 2017 e 23 de fevereiro de 2017 e dia 23 de março, foram complementadas as informações sobre os processos de elaboração de PAM/S,

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PPM/S e SIM e sendo realizado no dia 06 de dezembro de 2017 o III Workshop de Execução Orçamentária do IAE 1ª Etapa, onde foi discutido o “Planejamento para a Execução Orçamentária 2018” contando com a presença e apoio, também, do Chefe do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ), Cel Int Marcelo Antenuzzi de Almeida.

O evento destina-se prioritariamente aos setores envolvidos no processo de elaboração de PAM/S, PPM/S e SIM, devendo participar, obrigatoriamente, os inte-grantes da Assessoria de Controle Interno (ACI), e da Divisão de Controle Orçamentário (ACO) (envolvidos com o processo) e os servidores e militares habitualmente envolvidos na elaboração de pedidos.

Workshop – Experiências na Aplicação da Lei nº 13.243/2016No dia 26 outubro de 2016 o IAE realizou o WORKSHOP – Experiências na Aplicação da Lei nº13.243/2016, o marco civil da ciência, tecnologia e inovação, dando início a uma nova fase para a pesquisa e inovação tec-nológica no Brasil.

Diante deste cenário foram abordados assuntos de extrema relevância, passando pelas questões mais expres-sivas do regime jurídico de CT&I abordadas no âmbito da cooperação técnica Consultoria Jurídica da União (CJU)/Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE)/ Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), experiên-cias e perspectivas do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) – INPE sobre a Lei 13.243/2016, nova redação da Lei de Inovação, encomenda tecnológica de risco men-surável, modelos de Contratos para o Oferecimento de Capacitação e Formação de Recursos Humanos e con-vênios e Assessoria do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) aos Projetos Finalísticos de Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs) do COMAER.

Workshop de Patentes e Modelos de UtilidadeNo dia 23 de novembro de 2017, realizou-se no Instituto o Workshop de Patentes e Modelos de Utilidade, o qual

levou ao público interno do IAE conhecimentos acerca do conteúdo de pedidos de patente de invenção, Modelos de Utilidade e de sua importância com conhecimentos sobre o processo de pedido de patente. Tendo sido abordado, ainda, o uso de patentes ou outras formas de proteção de propriedade intelectual no COMAER e experiências no licenciamento de Propriedade Intelectual (PI).

I Workshop de Meteorologia Aeroespacial do IAEO 1º Workshop de Meteorologia Aeroespacial do IAE , realizou-seu no dia 12 de setembro de 2017. O objetivo principal deste Workshop foi apresentar a comunidade técnico-científica, os resultados alcançados ao longo de 15 anos de pesquisas desenvolvidas no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), financiadas por ações governamentais, Plano Plurianual (PPA) e o objetivo secundário foi propiciar um ambiente favorável para troca de ideias e busca de sinergia com diversos setores envolvidos com atividades aeroespaciais, que tenham interesse e/ou possam se beneficiar desses conhecimen-tos adquiridos.

IAE participa da 14a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2017Realizada nacionalmente desde 2004, sempre no mês de outubro, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e tem como coordenador o Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) e conta com a colaboração de empresas e órgãos públicos, esco-las, fundações de apoio, institutos de pesquisa, museus, universidades e secretarias estaduais e municipais. A proposta é que os eventos apresentem linguagem acessí-vel, por meios inovadores que estimulem a curiosidade e motivem o público a aprofundar seu interesse.

O IAE participou da 14ª SNCT em Brasília (DF). O evento, que aconteceu do dia 23 a 29 de outubro de 2017, foi de responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio da Coordenação-Geral de Popularização e Divulgação

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da Ciência, da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (CGPC/SEPED).

Tendo como objetivo principal, aproximar a Ciência e a Tecnologia da sociedade por meio de atividades de divulgação científica que estimulem a curiosidade, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) con-tou com a colaboração de universidades e instituições de ensino e pesquisa, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica, dentre outras entidades. Com o tema “A Matemática está em tudo” o Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, na capital federal, foi ocupado por números que, acompanhados por música, cores e jogos, facilitam a compreensão da disciplina.

Organizações militares voltadas à pesquisa e desen-volvimento de tecnologia da FAB também estiveram

no evento e os interessados puderam interagir e conhe-cer um pouco mais sobre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto de Estudos Avançados (IEAV) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

O IAE criou um laboratório de integração e ciência com um jogo de recuperação de carga útill do VSB-30 e um software de foguete virtual do VLM-1.

Durante o evento, o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral Oliveira, e o Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), Brig Ar Antonio Ramirez Lorenzo visitaram o estande da FAB e conhece-ram os trabalhos dos Institutos.

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1 e 2 X e XI SEPP&D – Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias Associadas;

3 e 4 VIII e IX SIPAS – Semana Interna de Prevenção de Acidente em Serviço;

5 e 6 XII e XIII Encontro de Iniciação Científica (ENIC) 7 Dia da Qualidade;

8,9,10 e 11 Workshops de Execução Orçamentária;12 Workshop Experiências na Aplicação da Lei n° 13.243/2016;13 Workshop de Patentes e Modelos de Utilidade;14 I Workshop de Meteorologia Aeroespacial do IAE;15 14a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2017

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Inside the IAELocated in São José dos Campos city, interior of São

Paulo, the Institute of Aeronautics and Space (IAE) is a military organization of the Brazilian Aeronautical Command, subordinated to the Department of Aerospace Science and Technology (DCTA). Its purpose is to carry out research and development in the Aeronautical, Access to Space and Defense fields, according to guidelines, plans and programs established by DCTA and the Brazilian Space Agency (AEB).

During the biennium 2016-2017, approximately 92 million reais were invested in the Institute for research and development of 23 projects in its Portfolio. Also included in this amount were the necessary resources to supply consumer and permanent materials and mainte-nance of its infrastructure, currently composed by 295 buildings and more than 60 laboratories, located in an area around 2 million square meters.

Its staff is made up of 70% of civilian employees of Science and Technology (S & T) careers and 30% of mili-tary personnel. By the end of the biennium 2016-2017, the Institute had 849 members, and this number tends to decrease gradually due to the absence of public tender and the high rate of retirements.

Knowledge, besides being part of its mission, is fun-damental to keep its technical staff at the level of excel-lence. To this end, some practices are developed to foster the exchange of experiences and knowledge within the Institute. These practices are made possible through the organization of events and meetings such as workshops, seminars and meetings, as well as the support and encou-ragement of its employees and the military in partici-pating in graduate programs strictu senso promoted by Brazilian and foreign universities.

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DESTAQUES DO BIÊNIO

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23 de Janeiro: Lançamento, do Campo de Lançamento de Esrange (Kiruna – Suécia), do VSB-30 V23 com a carga útil da Operação TEXUS 53Após o lançamento o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) receberam do DLR (Deutsches Zentrum Für Luft – und Raumfahrt – Centro Aeroespacial Alemão) o Certificate of Apreciation, em reconhecimento aos 10 anos de coo-peração no lançamento de foguetes suborbitais com cargas úteis científicas.

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25 de Janeiro: Visita da comitiva da empresa Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC)A comitiva foi coordenada pelo Maj Brig R1 Viana, Ex-Diretor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), e foi recebida pelo Diretor Interino do IAE, Cel Otero. Foram apresentados os projetos da Divisão de Sistemas Aeronáuticos (ASA), com ênfase no Projeto DPA-VANT (Decolagem e Pouso Automáticos – Veículo Aéreo Não Tripulado), e da Divisão de Materiais (AMR).

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03 de Fevereiro: Lançamento do foguete VS-30 V12 do Campo de Lançamento de EsrangeO foguete contava com as cargas úteis SPIDER (Small Payloads for Investigation of Disturbances in Electrojet by Rockets) e LEEWAVES (Local Excitation and Effects of Waves on Atmospheric VErtical Structure), e atingiu um apogeu de 138 km.

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04 de Fevereiro: Ação de Cidadania de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti no InstitutoOs participantes foram divididos em equipes para investigação em todo o Instituto quanto a possíveis objetos ou locais que represassem água e pudessem ser ou vir a ser locais de reprodução do mosquito.

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15 de Fevereiro: Visita do Diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Prof. Dr. Predicto Rocha FilhoO objetivo da visita foi apresentar alguns dos projetos e laboratórios do IAE financiados pela FINEP.Também foram apresentados, em exposição estática, os principais proje-tos do Instituto de Estudos Avançados (IEAv).

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18 de Fevereiro: Artigo de Pesquisadores do IAE recebe prêmio internacionalA Tecnologista Luciene Dias Villar, da Divisão de Química (AQI), recebeu a comunicação de que o trabalho intitulado Time-Temperature Superposition Principle Applied to Thermally Aged Composite Propellant, em coautoria com o Tecnologista Luis Claudio Rezende, aposentado, foi premiado como Solid Rockets Best Paper pelo American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA).

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29 de Fevereiro: Investigações do acidente com o Veículo Suborbital VS-40M ocorrido na Operação São LourençoOs resultados destas investigações foram apresentados pelo Cel Av Anderson ao efetivo do Instituto. Em seguida, em função das recomen-dações do relatório de investigação e de outros fatores de projeto, e aten-dendo à política de total transparência na gestão do Instituto, a Direção do IAE aproveitou a oportunidade para abordar a situação atualizada do projeto do Veículo Lançador de Satélites VLS-1.

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07 de Março: Visita do Maj Brig Ar Egito e do Brig Eng Fernando, futuros Diretor e Vice-Diretor do DCTAO Diretor Interino do IAE, Coronel Otero, fez uma apresentação institucio-nal e os Oficiais-Generais tiveram a oportunidade de conhecer alguns dos laboratórios do Instituto.

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11 de Março: “Café e Tecnologia”O Chefe da ASA, Eng Escosteguy, fez a abertura do ciclo de palestras apre-sentando o Plano de Ação 2016-2017 para a Divisão. Na apresentação foram abordadas as metas de todas as subdivisões e os desafios.

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14 de Março: Programa de Integração de Militares e CivisCerca de 70 novos integrantes do Instituto, entre civis e militares, foram recebidos pelo Diretor Interino do Instituto, Cel. Otero. Em seguida, os par-ticipantes assistiram a uma apresentação institucional e receberam as ins-truções relativas à Segurança do Conhecimento e Segurança Patrimonial.

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17 de Março: I Workshop de Execução Orçamentária IAE com o tema: “Elaboração de Pedido de Aquisição de Material e Serviço (PAMS)”O I Workshop destinou-se prioritariamente aos setores envolvidos no processo de elaboração dos PAMS, com destaque para a participação dos integrantes da Assessoria de Controle Interno (ACI), da Divisão de Controle Orçamentário (ACO), bem como outros servidores e militares habitualmente envolvidos na elaboração de PAMS.

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29 de Março: Visita de Oficiais-Alunos do Curso de Especialização em Meteorologia Aeronáutica – MET001, realizado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA)Os visitantes foram recebidos pelo Chefe da Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA), pesquisador Dr. Gilberto Fisch, que deu as boas vindas aos participantes e ressaltou a importância da meteorologia para o apoio das operações ligadas ao lançamento de veículos espaciais.

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04 de Abril: Curso Básico de Segurança em Operações de Lançamento (CBSOL)Com o objetivo de capacitar especialistas de diversas áreas que participam de missões de lançamento, para identificar riscos e eliminar e/ou mitigá--los, por meio de procedimentos de segurança aplicados antes, durante e/ou após uma operação de lançamento, 30 militares/civis foram treinados entre os dias 04 e 15 de abril.

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04 de Abril: Campanha de ensaios do modelo de desenvolvimento da bomba de oxidante do Motor L75 nas instalações do Banco de Testes de Bombas Hidráulicas (BTBH)A Divisão de Propulsão Espacial (APE) deu início aos ensaios que tinham como objetivo a verificação dos requisitos funcionais deste componente crítico e a realimentação de seu projeto. Além disso, permitiu o recebi-mento do BTBH com a realização do primeiro ensaio em suas instalações.

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06 de Maio: Encerramento da 1º Reunião do Grupo de Interfaces de Lançamento de 2016 (GIL 1/2016) e da Reunião de Acompanhamento de Interfaces (RAI) da Operação Rio VerdeAs reuniões, realizadas no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)-MA, contaram com a participação dos representantes permanentes do GIL e dos responsáveis pelas fichas RAI, assim como dos diretores do IAE, do CLA, do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), e da Diretoria de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira (DTEL-AEB).

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09 de Maio: Campanha de queima de flares na Arena de Detonação.Tal atividade teve como finalidade realizar a medição da emissão infraver-melha de flares com diferentes níveis de envelhecimento. Os ensaios foram parte da Dissertação de Mestrado do Cap Av Humberto, do Programa de Pós Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

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11 de Maio: Ensaios de desempenho e cavitação do indutor da bomba de oxigênio líquido (LOx) da Turbobomba do Motor L75Mais um desdobramento da parceria entre IAE-AEB-DLR, tal campanha de ensaios foi realizada nas instalações da Universidade de Kaiserslautern (Uni-Kl) na Alemanha.

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12, 13 e 17 de Maio: Discussão da proposta de fornecimento de 8 motores S50, propulsor do veículo suborbital VS-50 e dos 1º e 2º estágios do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1As discussões fizeram parte do processo de seleção de fornecedores e atenderam a um calendário de eventos para elaboração de uma proposta de fornecimento desses motores, com base nas especificações e desenhos desenvolvidos no IAE.

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17 de maio: Visita do Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Egito, e do Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, à Usina Cel Abner (UCA)Os Oficiais Generais foram recebidos pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero, sendo apresentadas todas as instalações da Divisão de Produção de Motores (APM), as fases do processo de produção de motores foguetes, os bancos de prova, as capacidades atuais das instalações, bem como as dificuldades de ordem técnica e de recursos humanos.

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18 de Maio: Lançamento do foguete suborbital VS-30/IO V12 com a carga útil Hypersonic International Flight Research Experimentation Program (HiFire) 5BO lançamento ocorreu no Centro de Lançamento de Woomera – WIR (Woomera Instrumeted Range) – Austrália, sendo que voo do foguete foi nominal (apogeu de 278 km; alcance de 390 km) e o experimento foi rea-lizado com sucesso.

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19 de Maio: Visita dos Oficiais-Alunos do Curso de Piloto de Aeronaves, de Gerente de Manutenção de Aviônicos, do Curso de Gerente de Manutenção de Aeronaves e do Curso de Gerência Administrativa do Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAVEx)Os Oficiais foram recebidos na ASA, e assistiram a uma apresentação insti-tucional do IAE, ministrada pelo Chefe da Divisão, Engenheiro Escosteguy.

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1º de Junho: Apresentação sobre a elaboração do PLANO DE GESTÃO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL (PLS)O IAE promoveu evento para sensibilizar o efetivo sobre o tema, sendo que a data para tal fora escolhida visando coincidir com a “Semana Mundial do Meio Ambiente”.

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05 de Junho: Diretor do IAE, Brig Eng Otero, é entrevistado pela TV Câmara de São José dos Campos, visando à apresentação futura na programação de aniversário da cidadeNa entrevista foram destacados a história do DCTA, os projetos desenvol-vidos ao longo dos 65 anos do Departamento, e a relevância do DCTA para o complexo científico tecnológico aeroespacial brasileiro e para a cidade de São José dos Campos.

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14 de Junho: Certificado de Compromisso pelo engajamento ao Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Prefeitura Municipal recebido pelo IAEA cerimônia contou com a presença do Secretário do Meio Ambiente, Sr Antônio Carlos Wolff Nadolny, sendo ressaltado que o objetivo do evento foi reconhecer e incentivar iniciativas que corroboram com a gestão inte-grada de resíduos do município.

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14 de Junho: Ensaios de queima de motores teste com a configuração de queima cigarroOs dois ensaios realizados ocorreram no Banco de Provas de 100 kN da Divisão de Integração e Ensaios (AIE), e tinham por objetivo avaliar a bor-racha a ser utilizada para proteção térmica do envelope motor S50.

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15 de Junho: Visita dos Estagiários do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra (ESG)A visita teve como objetivo coletar dados e informações para o desen-volvimento de exercícios elaborados pelos grupos de trabalho do curso.A delegação, formada por 90 estagiários civis e militares e por membros do Corpo Permanente e Administrativo da ESG, foi recebida pelo Maj Brig Fernando, Vice-Diretor do DCTA, e pelo Cel Lincoln, Vice-Diretor do IAE.

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03 de Julho: Observatório Astronômico do IAE, em Parceria com o Astroclube Cunha, promoveu a Sétima Edição da “Star Party” – Lua na Luneta A novidade nesta edição do Lua na Luneta, que contou com centenas de visitantes, foi a presença de Fernando Gabeira, documentando o evento para o canal Globo News.

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10 de Julho: Participação de Militar na equipe de defesa cibernética nas Olimpíadas Rio 2016O IAE participou deste esforço através da cessão, pelo período de 10/07 a 23/09, do 2S Fonseca, da Coordenadoria de Tecnologia de Informação da Vice-Direção (VDIR-TI).

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12 de Julho: Testes da primeira versão do software de operação do Manual do Comando da Aeronáutica MCA 136-1-Manual de Seleção de ArmamentoApós sete meses de trabalho conjunto entre a Divisão de Sistemas de Defesa (ASD) do IAE e a Divisão de Geointeligência (EGI) do IEAv, foi libe-rada para fase final de testes a primeira versão do software de operação do MCA 136-1 Manual de Seleção de Armamento.

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15 de Julho: Ensaios de queima da câmara de empuxo capacitiva do motor L75Os ensaios da primeira câmara de empuxo do Motor L75 foram rea-lizados no banco de ensaios P8, no complexo de ensaios do DLR em Lampoldshausen, Alemanha. Ao todo, foram realizados 10 dias de ensaios a quente que permitiram a medição de diversos parâmetros da câmara, para verificação de seu projeto.

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25 de Julho: Visita dos Oficiais Alunos do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA) da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR)O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu o Comandante da ECEMAR, Brig. Ar Arnaldo, sua equipe de Oficias instrutores e 27 Oficiais-Alunos. Foi profe-rida uma palestra institucional do Instituto pelo Vice Diretor, Cel Av Lincoln, e, em seguida, a comitiva visitou diversos laboratórios do Instituto.

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28 de Julho: Visita dos Oficiais-Alunos do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx)A visita dos 37 Oficiais se iniciou pela manhã e contou com palestra sobre o Instituto proferida pelo Cel Av Lincoln, Vice-Diretor do IAE.

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04 de Agosto: XII Encontro de Iniciação Científica (XII ENIC)A 12ª Edição do ENIC, que é o Encontro de Iniciação Científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Aeronáutica e Espaço, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ocorreu na AMR.

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19 de Setembro: X Escola de Primavera de Transição e Turbulência (EPTT 2016)A EPTT 2016 foi realizada na cidade de São José dos Campos com orga-nização conjunta do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A abertura do evento contou com a presença do Exmo. Sr Diretor, Brig Eng Otero.

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30 de Setembro: Assinatura do Convênio de captação e aplicação de recursos financeiros destinados a propulsores do Projeto Foguetes Suborbitais de Pesquisa e Plataformas de Reentrada e Experimento Científicos e TecnológicosO Convênio foi assinado na sala de Reuniões da Direção do IAE e con-tou com a presença do Presidente da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), Sr. Luiz Carlos Moura Miranda, e do Diretor do Instituto, Brig Otero.

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05 de Outubro: Visita da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME)A visita da comitiva composta por 8 Oficiais se iniciou pela manhã e contou com palestra sobre o Instituto proferida pelo Cel Av Lincoln, Vice-Diretor do IAE, e, posteriormente, visita a Divisões e instalações do Instituto.

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14 de Outubro: IAE comemora 62 anos de criaçãoDurante a cerimônia militar, presidida pelo Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, foram homenageados civis e militares que fizeram história no Instituto. Também foram homenageados: Graduado Padrão : SO André Ricardo; Praça Padrão: Cabo Vilas Boas e Servidor Padrão: Sr Lucindo.

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26 de Outubro: EEAR visita o Túnel de VentoO IAE recebeu visita de 19 estagiários da especialidade BEI (Eletricidade e Instrumentos)  do Curso de Formação de Sargentos da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR). Os alunos visitaram o Túnel de Vento, o Projeto VANT e o Laboratório de Ensaios Estruturais, onde buscaram aprimorar conhecimentos adquiridos nas aulas.

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31 de Outubro: WORKSHOP – Experiências na Aplicação da Lei nº13.243/2016

Foram abordados diversos assuntos e experiências nas apresentações como: “Questões relevantes do regime jurídico de CT&I abordadas no âmbito da cooperação técnica Consultoria Jurídica da União (CJU)/INPE/DCTA”; “Experiências e Perspectivas do Núcleo de Inovação Tecnológica NIT-INPE sobre a Lei 13.243/2016”; e “Nova redação da Lei de Inovação”.

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01 de Novembro: Carga útil a ser lançada pelo VSB-30 na Operação Rio Verde em fase de integração finalO laboratório da Divisão de Eletrônica (AEL), onde ocorreu a integração final da carga útil para o MicroG2 – Operação Rio Verde, recebeu o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Egito, o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, o Diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Cel Av Follador, e o Professor Bussanra do ITA, acompanhados pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero.

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03 a 07 de Novembro: Ensaios de Propriedades de Massa da Carga Útil MICROG2Os ensaios ocorreram no Laboratório de Propriedades de Massa da Divisão de Integração e Ensaios (AIE).

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07 a 11 de Novembro: VIII SIPAS – Semana Interna de Prevenção de Acidentes em ServiçoO Instituto de Aeronáutica e Espaço promoveu a sua 8ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes em Serviço – VIII SIPAS, organizada pelos partici-pantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes em Serviço (CIPA).

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09 de Novembro: Ensaios Dinâmicos de Aceitação da carga útil MicroG2O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Egito, para assistirem aos Ensaios Dinâmicos de Aceitação da Carga Útil MICROG2, a ser lançada na Operação Rio Verde, no Laboratório de Ensaios Dinâmicos, da Divisão de Integração e Ensaios do IAE.

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28 de Novembro: 10º Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias Associadas (SEPP&D)O Seminário foi realizado no Auditório da AMR e contou com apresenta-ções, seção de pôsteres, palestras e estandes. O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, esteve presente no evento e prestigiou os Projetos apresentados.

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05 de Dezembro: Visita de Professores da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)Os professores participantes da OBA estiveram em visita ao IAE, onde puderam conhecer os Projetos e Laboratórios da ASA e da Divisão de Aerodinâmica (ALA).

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07 de Dezembro: Lançamento durante a Operação Rio VerdeO vigésimo segundo foguete VSB-30 foi lançado do CLA, no Maranhão.Os motores S30 e S31 funcionaram conforme os parâmetros de projeto, assim como o sistema de recuperação. Entretanto, em virtude da separa-ção intempestiva da carga útil, nem todos os experimentos puderam ser ensaiados em sua totalidade, pois o ambiente de microgravidade não foi alcançado.

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22 de Dezembro: Assinatura do contrato de produção dos motores S50Estiveram presentes o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Egito, o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, o Presidente da Avibras, Eng João Brasil Carvalho Leite e demais integrantes da empresa, e o Diretor de Projetos da FUNCATE, Dr. Donizeti Andrade.

2017

1

06 de Fevereiro: Projeto CaSSIS (Carbon Sub-Scaled IMC Demonstration System) – Revisão Crítica de Projeto do tubo-motor S50Na semana de 6 a 9 de fevereiro, realizou-se a Revisão Crítica de Projeto (Tailored Critical Design Review – TCDR) do tubo-motor S50 que está sendo desenvolvido em conjunto pelo IAE e a empresa MT Aerospace, e será fabricado na Alemanha de acordo com os protocolos estabelecidos entre a AEB e o DLR.

2

15 de Fevereiro: Iniciado o desenvolvimento do primeiro propelente gera-dor de gás à base de GAP (GLYCIDYL AZIDE POLIMER), NIGU (GUANIDINE NITRATE) e TDI (TOLUENE DIISOCYANATE)O desenvolvimento foi iniciado pela AQI, mais especificamente pelo Laboratório de Oxidantes (AQI-P LAOX), em cooperação com o Laboratório de Síntese (AQI-C LASI), responsável pela síntese do GAP.

3

15 de Fevereiro: Visita da CGU, COJAER, DECOR, CJU e FINEPOs Advogados da Controladoria Geral da União (CGU), da Consultoria Jurídica da Aeronáutica (COJAER), do Departamento de Coordenação e Orientação dos Órgãos Jurídicos (DECOR) e da Consultoria Jurídica da União (CJU), e o Diretor e Superintendente da FINEP visitaram o IAE, onde puderam conhecer, acompanhados do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, os Projetos e Laboratórios da Divisão de Propulsão Aeronáutica (APA) e Divisão de Sistemas Espaciais (ASE). Também estiveram presentes o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, e demais Diretores.

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02 de Março: Concluído o Detonador Elétrico de 1A/1W/5minA Subdivisão de Pirotecnia da APE concluiu com êxito o desenvolvimento e a qualificação do Detonador Elétrico de 1A/1W/5min após mais de 3.000 ensaios elétricos, ambientais, ensaios de segurança e funcionais, bem como inspeções dimensionais, visuais e por raios-x.

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07 de Março: Palestra Amyr Klink e Reunião do EfetivoRecebido pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero, Amyr contou sobre suas experiências, projetos e abordou o tema “Segurança, Gerenciamento de Riscos, Estratégia e Resultados” para o efetivo do Instituto. Logo após a palestra, houve a 1ª reunião da Direção de 2017 com os servidores e mili-tares do IAE.

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22 de Março: Alunos do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do ITA visitam o IAENo dia 22 de março, o IAE recebeu os Alunos do PPGAO que visitaram a ASA e conheceram o Projeto VANT, os Laboratórios da AMR, o Túnel Balístico e a Centrífuga na ASD.

7

30 de Março: Integrantes do IAE participam de corridaUm grupo de integrantes do IAE participou da “III Corrida Rústica do CPORAER-SJ” em comemoração ao 64º aniversário do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica de São José dos Campos.

805 de Abril: Visita de Alunos do CIAARO IAE recebeu a visita de 18 Oficiais Estagiários do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) de diversas especialidades.

9

10 de Abril: Visita de Estagiários do EATO IAE recebeu a visita de 6 Oficiais Estagiários do Estágio de Adaptação Técnico (EAT), realizado no CPORAER-SJ. As especialidades dos estagiários eram Engenharia Eletrônica, Mecânica, Metalúrgica, Química e Segurança do Trabalho.

10

18 de Abril: Visita do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)Engenheiros do BNDES visitaram os Laboratórios do IAE acompanhados pelo Diretor do Instituto, Brig Eng Otero.

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09 de Maio: Operação Python 2017O DCTA, por meio da Divisão de Projetos, coordenou a campanha de certificação da integração do míssil de treinamento Python-4, TP-4, na aeronave F-5EM, denominada “Operação Python”. Tal campanha contou com a participação de engenheiros e técnicos da ASD.

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14 de Maio: Transporte dos motores do VSB-30 V12 para a AustráliaNo dia 12 de Maio de 2017, ocorreu o transporte dos motores S31 e S30 do VSB-30 V12 da Usina Coronel Abner para o embarque no cargueiro C-17 da Força Aérea Australiana. A decolagem ocorreu no dia 14 de Maio, sendo que o VSB-30 V12 foi utilizado no lançamento da carga útil HiFire 4 do Campo de Lançamento de Woomera, Austrália.

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15 de Maio: Visita do Ministro de Minas e EnergiaO Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho visitou o Laboratório da Divisão de Propulsão Aeronáutica (APA) e conheceu o Projeto da Turbina TR5000, acompanhado pelo Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar AMARAL, o Reitor do ITA, Prof. Dr Anderson Ribeiro Correia e o Chefe da Subdiretoria de Administração do IAE, Cel Av Fonseca.

1413 de Maio: Lançado com sucesso o VSB-30 V25 na EuropaÀs 11h20min, horário local, do Campo de Lançamento de Esrange, Suécia, foi lançado com sucesso o VSB-30 V25 com a carga útil Mapheus 6.

15

17 de Maio: Visita dos Alunos do Curso de Formação de Sargentos da Especialidade Material BélicoA ASD recebeu a visita de 14 Alunos do Curso de Formação de Sargentos da Especialidade Material Bélico, que tiveram a oportunidade de conhecer laboratórios e assistir palestras.

1618 de Maio: Visita de alunos do CFS com especialidade em eletricidade e instrumentosO IAE recebeu a visita de 19 alunos do Curso de Formação de Sargentos da Especialidade Eletricidade e Instrumentos.

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24 de Maio: I Seminário ABQ/UniAPVE – Qualidade Aeronáutica & EspaçoDurante o Seminário promovido pela UniAPVE (Universidade Aberta da Associção de Pioneiros e Veteranos da EMBRAER – APVE) e a ABQ (Associação Brasileira de Qualidade), servidores do IAE, Engª Delma Felicio e Engº Paulo R. Sakai, representaram o segmento “Espaço” com palestra intitulada “Qualidade Na Área Espacial do IAE – Instituto de Aeronáutica e Espaço – Sinergia entre o sistema de gestão e a qualidade do produto”.

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26 de Maio: Curso de Capacitação da CIPA 2017 é concluído no IAEO IAE concluiu o Curso de Capacitação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e contou, na cerimônia de encerramento, com a pre-sença do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, e o Presidente da CIPA e Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln.

1929 de Maio: Integrantes do IAE participam de corridaUm grupo de integrantes do IAE participou da Corrida do 35º Aniversário do Instituto de Estudos Avançados (IEAv).

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05 de Junho: Abertura da IX Semana Interna de Prevenção de Acidentes em Serviço (SIPAS).O evento contou com a participação do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, e o Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln, e demais Oficiais Superiores.

21

07 de Junho: Visita de Alunos do Curso de Inspetor de Material Bélico.O IAE recebeu a visita de 20 alunos do Curso de Inspetor de Material Bélico (CIMBE).Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer laboratórios e assistir palestra sobre as atividades da ASD.

22

08 de Junho: Workshop com a AEB sobre Propulsão LíquidaRealizada a primeira etapa do Workshop AEB – IAE sobre Propulsão Líquida na Sala de Reuniões da Direção. Estiveram presentes o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, Diretor do IAE, Brig Eng Otero, Chefe do Subdepartamento Técnico (SDT) do DCTA, Brig Eng Demétrio, e o Diretor Ricardo Douglas Baia Lira, da DTEL/AEB, além de técnicos do DCTA, IAE e AEB e representantes de empresas envolvidas no Projeto L75.

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08 de Junho: Encerramento da IX SIPASApós a apresentação do Esquete Teatral: “Paródias Seguras: Segurança no Trabalho” realizada pelo Grupo Teatro de Gravata, ocorreu o cerimonial de encerramento e entrega de prêmios aos vencedores do Concurso de Frases da IX SIPAS. O evento contou com a participação do Presidente da CIPA e Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln.

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08 de Junho: IAE se torna membro efetivo da Subsonic Aerodynamic Testing Association (SATA)O IAE enviou os pesquisadores Marcos da Silva e Souza e Maria Luísa C. Costa Reis, da Divisão de Aerodinâmica, para participarem do 53º encon-tro da SATA, ocorrido de 4 a 8 de junho de 2017, Wichita, Kansas, EUA. A candidatura do túnel de vento subsônico TA-2 a membro da Associação foi proposta e aceita, permitindo ao IAE retornar à condição de membro efetivo da SATA após 12 anos de afastamento.

25

21 de Junho: Passagem de Chefia da Subdiretoria de Espaço (SESP)Em cerimônia presidida pelo Exmo Sr. Diretor do IAE, Brig Eng Otero, foi realizada a Passagem de Chefia da Subdiretoria de Espaço. O Ten Cel Eng Barbosa assumiu a chefia no lugar do Ten Cel Duarte que foi transferido para reserva.

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22 de Junho: Oficiais Alunos da ECEMAR visitam as instalações do IAEUma comitiva com 85 Oficiais-Alunos do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR) realizou uma visita de estudos ao IAE.

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28 de Junho: DCTA realiza Inspeção no IAEO Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, o Chefe do Subdepartamento de Administração do DCTA, Brig Eng R1 Kasemodel e demais Oficiais Superiores.

28

29 de Junho: Ensaio do Motor S43 ocorre com sucessoA Operação Harpia, o ensaio em banco do Motor a Propelente Sólido S43, ocorreu com sucesso no Banco de Provas Horizontal da UCA, de capacidade de 1000kN. Estiveram envolvidos nestes 60 dias de atividades mais de 100 profissionais, incluindo-se as equipes do IAE e apoio do Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP-SJ) e equipe de bombeiros da EEAR.

29

30 de Junho: Projeto 3D do VSB-30A Subdivisão de Projetos (ASE-P) da Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) finalizou os trabalhos de desenho e projeto do Projeto Completo 3D do veículo VSB-30, com apresentação ao Diretor do IAE, Brig Eng Otero.

30

05 de Julho: Visita dos Alunos do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante José Maria do Amaral Oliveira (CIAAN) da Marinha do BrasilOs 46 alunos do CIAAN conheceram as instalações da Divisão de Sistemas Aeronáuticos e da Divisão de Materiais.

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06 de Julho: Visita de representante do Ministério da BaváriaO IAE recebeu o Chefe da Divisão de Tecnologia Aeroespacial e Ambiental do Ministério da Bavária, Eng. Dietmar Schneyer, acompanhado do Diretor de Op. Espaciais e Treinamento de Astronauta do DLR, Prof. Dr. Felix Huber, e Sr. Rainer Kirchhartz, do DLR Moraba. Todos foram recebidos pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero, e demais Chefes das Subdiretorias e Divisões do Instituto. Durante a visita da comitiva ao Brasil foi assinado um protocolo de intenções com o Governo de São Paulo para apoio ao desenvolvimento dos projetos L75 e VLM-1.

32

10 de Julho: Participação do IAE no Propulsion and Energy Forum – AIAA 2017Nos dias 10 a 12 de julho de 2017 ocorreu em Atlanta, EUA, o “Propulsion and Energy Forum”, evento organizado pelo “The American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA)”. Durante o evento foram apresenta-dos três artigos referentes ao desenvolvimento do projeto do Motor L75, sendo dois destes artigos em coautoria com pesquisadores alemães da DLR e do Ariane Group.

33

11 de Julho: Revisão Preliminar do Projeto (PDR) VS-50/VLM-1Entre os dias 11 e 14 de julho foi realizada a PDR do VS-50/VLM-1 nas instalações do DLR-RB (Space Operations and Astronaut Training), em Oberpfaffenhofen, Alemanha, com a participação de diversos institutos do DLR e das Divisões de Sistemas Espaciais (ASE), de Eletrônica (AEL) e de Mecânica (AME) do IAE, assim como da gerência do VS-50/VLM-1, do Diretor do Instituto e de representante da AEB, por parte da comitiva brasileira.

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26 de Julho: Visita do Instituto Militar de Engenharia (IME)O Instituto recebeu a visita dos alunos e instrutores do Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército Brasileiro. Os 80 Oficiais presentes foram recebidos pelo Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln e, em seguida, assistiram a uma palestra institucional proferida pelo Maj Eng Lacerda.

35

31 de Julho: Abertura do Curso de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Fator Material 2017O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, procedeu a abertura do Curso acompa-nhado do Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln, o Chefe da Subdiretoria de Aeronáutica (SAER), Cel Eng Garcia, o Chefe da AMR, Dr. Cairo e o Gerente de Segurança de Voo da Embraer, Sr. Sérgio Rodrigues Pereira.

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03 de Agosto: Abertura XIII ENICA abertura do XIII Encontro de Iniciação Científica (ENIC) contou com a presença do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, do Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln e demais Oficiais Superiores. O evento ocorreu nas instalações da AMR.

3707 de Agosto: Tarde de autógrafos com o Dr. PalmérioO Instituto realizou uma tarde de autógrafos, com o Dr. Palmério, do livro intitulado “Introdução à Tecnologia de Foguetes”.

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07 de Agosto: Visita de Alunos da Escola Superior de Guerra (ESG)O Diretor Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, ao lado do Vice-Diretor do DCTA, Maj Bri Eng Fernando, e do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu uma comitiva com 100 Estagiários e Instrutores do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) da Escola Superior de Guerra (ESG) com um briefing institucional do DCTA.

39

07 de Agosto: Mutirão de LimpezaO mutirão de limpeza no IAE foi realizado na semana do dia 07 a 11 de agosto. Cerca de 100 militares intensificaram a ação, dividiram-se em equi-pes e movimentaram-se para rastelar e limpar o excesso de folhas e galhos. Além deste, outros mutirões ocorreram em datas anteriores no âmbito de algumas Divisões, como a ASA e a AMR.

40

07 de Agosto: Ensaio de Queima do Motor Foguete Híbrido – H1O Instituto de Aeronáutica e Espaço realizou de 07 a 14 de agosto, ensaios de queima do motor-foguete a propulsão híbrida (H1) no banco de ensaios do Laboratório de Propulsão Líquida da APE.

41

08 de Agosto: Exercício de Desocupação PredialPara a execução do exercício, na parte da tarde, foi acionado o alarme de incêndio dos prédios, o que sinalizou o começo da prática. Os militares da brigada de emergência realizaram a ação de evacuação dos prédios e resgate de vítimas.

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09 de Agosto: Visita de Alunos do 4º ano do ITAUma comitiva composta por 34 alunos do 4º ano do ITA, pelo Comandante do Corpo de Alunos do Centro de Preparação de Oficias da Reserva da Aeronáutica de São José dos Campos (CPORAER-SJ), Ten Cel Inf Nogueira, e por dois Oficiais instrutores, realizaram uma visita aos Laboratórios e Instalações do IAE.

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10 de Agosto: Visita de Alunos do CPEAEx da ECEMEO Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu a comitiva com 53 Alunos e Instrutores do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx) da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) no Auditório da Direção. Em seguida, a comitiva visitou diversos laboratórios do Instituto.

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18 de Agosto: Servidores do IAE recebem Carta PatenteO Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) comemorou seu aniversário de 46 anos e, durante o evento, prestigiou dois Inventores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Dr. Carlos Alberto Alves Cairo, Chefe da AMR, e o Dr. Francisco Cristovão Lourenço de Melo, que contri-buíram, entre os anos de 2016 e 2017, para a obtenção de patentes a partir de pesquisas desenvolvidas no âmbito do DCTA.

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21 de Agosto: Visita do Grupo de Foguetes da UERJO Instituto recebeu a visita de 06 alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) que fazem parte do Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ) acompanhados do Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle, Coordenador da  Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, da  Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e dos Encontros Regionais de Ensino de Astronomia.

46

22 de Agosto: Visita de Oficiais da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA)O IAE recebeu a visita de 10 Oficiais da CDA, que assistiram a uma apre-sentação institucional proferida pelo Maj Eng Lacerda e conheceram labo-ratórios e instalações do Instituto.

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25 de Agosto: Sargento do IAE é condecorado na Cerimônia Militar alusiva ao Dia da IntendênciaO Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, presidiu a cerimônia militar. Durante a cerimônia, foi entregue a condecoração Estrela “Capitán General Gerardo Barrios”, ao Terceiro Sargento Especialista em Meteorologia Daniel Lincoln dos Santos Gonçalves, do efetivo do IAE, em reconhecimento por haver obtido o primeiro lugar no Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica, na especialidade de meteorologia, no ano de 2014.

48

26 de Agosto: Observatório do IAE no Parque Vicentina AranhaO projeto Ciência no Parque, coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Stempniak (ITA), promoveu o evento “Astronomia no Parque” que recebeu um público estimado de 1200 pessoas no Parque Vicentina Aranha. O Observatório Astronômico do IAE apoiou o projeto com telescópios e pessoal para orientar o público.

4928 de Agosto: Cadetes da AFA conhecem o InstitutoUma comitiva de 25 Cadetes Intendentes da Academia da Força Aérea (AFA) realizou visita aos Laboratórios do IAE.

50

28 de Agosto: 1º Ensaio de queima em ponto fixo à temperatura ambiente para revalidação do Motor Foguete Skyfire M9Dando continuidade à revalidação e extensão de vida útil dos motores foguetes Skyfire M9, foi realizada, na Divisão de Integração e Ensaios (AIE), a queima em ponto fixo de motores foguetes à temperatura ambiente.

51

31 de Agosto: Oficiais do efetivo feminino do IAE promovidas em Cerimônia MilitarDurante a cerimônia, as Oficiais promovidas do IAE: Maj Int Paula, Cap Eng Andréa Ferraz, Cap Int Thatiana e a 2º Ten QOCON Schiavo, receberam das mãos do Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, do Diretor do IAE, Brig Eng Otero e padrinhos as platinas e os cumprimentos pela promoção.

52

04 de Setembro: Alunos do 1º ano do ITA conhecem as Instalações do InstitutoTrinta e cinco alunos do 1º ano do ITA, da Esquadrilha “AMX”, realizaram uma visita aos Laboratórios e Instalações do Instituto. As visitas das demais esquadrilhas (Xavante, Xingu e Tucano) ocorreram nos dias 11 e 18 de setembro.

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04 de Setembro: Instituto recebe projeto Integra DCTAO Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, o Reitor do ITA, Prof. Dr. Anderson, Presidente, Maj Brig Ar Aguiar, e integrantes da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), além dos Comandantes, Chefes, Diretores e Prefeito da Guarnição Aeronáutica de São José dos Campos. Em seguida, foi realizada a palestra sobre o Instituto e apresentadas algumas instalações.

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04 de Setembro: Militares do IAE praticam o Tiro Militar Básico (TMB)De  4 a 21 de setembro, os militares do Instituto de Aeronáutica e Espaço participaram de Instruções de tiro, com pistola 9 mm, como parte da programação do ano letivo.

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06 de Setembro: Ensaio do Extrator do Paraquedas de ArrastoRealizados experimentos em solo que fazem parte do cronograma de projeto previsto para o Módulo de Recuperação de Cargas Espaciais por Paraquedas (MRCEP).

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06 de Setembro: Observatório do IAE participa de Feira de Ciências em Escola Pública de Praia GrandeO evento foi uma oportunidade singular de fomentar o interesse na astro-nomia, na atividade espacial e divulgar os meios de ingresso nas carreiras técnicas e científicas no âmbito da Força Aérea Brasileira.

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12 de Setembro: Abertura I Workshop de Meteorologia Aeroespacial do IAEO 1º Workshop de Meteorologia Aeroespacial do IAE  teve início pela manhã, no Auditório da Divisão de Ciências Atmosféricas (ACA), com a presença do Diretor do Instituto, Brig Eng Otero. Durante a abertura a Chefe da ACA, Dra. Rosa Marques, deu as boas vindas aos presentes e exibiu os objetivos do Workshop.

58

13 de Setembro: Visita de Estudantes do CeFeT/RJO Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) recebeu Alunos e Professores do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CeFeT/RJ).

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26 de Setembro: IAE recebe a comitiva do CGERD/ESGNo dia 26 de setembro o Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral e o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, receberam os alunos do Curso de Gestão de Recursos de Defesa (CGERD) da Escola Superior de Guerra (ESG).

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29 de Setembro: IAE recebe comitiva do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e representantes do Ministério da DefesaO Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, receberam o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, Ten Brig Ar Machado, o Secretário de Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Augusto Akira Chiba, o Chefe do Estado-Maior do Comando-Geral do Pessoal, Maj Brig Ar Veras, o Diretor do Departamento de Pessoal do Ministério da Defesa, Herval Lacerda Alves e demais assistentes.

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03 de Outubro: DCTA realiza encontro interforças de cooperação em C&TO DCTA realizou o Encontro Interforças de Cooperação em C&T. Estiveram presentes o Ten Brig Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, o Almirante de Esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, o General de Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha e demais Oficiais-Generais das Três Forças Armadas. A comitiva visitou o Laboratório de Identificação, Controle e Simulação (LICS) no IAE.

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16 de Outubro: Visita de secretários de MinistériosO Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, receberam o Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Dr. Álvaro Prata, o Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), Sr. Jorge Saba Arbache Filho, o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (MD), Sr. Flávio Augusto Corrêa Basílio, o Secretário do Desenvolvimento e Competitividade Industrial do MDIC e o Chefe da Sexta Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Brig Ar Vasconcellos.

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19 de Outubro: IAE reinaugura observatório astronômicoO Observatório passou por uma manutenção na sua infraestrutura predial nos últimos meses após um incidente que danificou parte de sua cúpula. Os reparos necessários na estrutura foram realizados e o Observatório voltou a abrir suas portas todas as terças-feiras.

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19 de Outubro: Visita da Chefia de Logística e Mobilização (CHELOG)O Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar AMARAL, o Diretor do IAE, Brig Eng Otero e o Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA, Brig Eng Demétrio receberam o Chefe de Logística e Mobilização (CHELOG), Almirante de Esquadra Leonardo Puntel e sua comitiva.

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20 de Outubro: IAE comemora 63 anos em Cerimônia MilitarInstituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realizou cerimônia de aniversário em comemoração aos seus 63 anos. Neste dia foram premiados o Graduado, o Praça e o Servidor Padrão, escolhidos através de votação interna. Foram homenageados no ano de 2017, respectivamente, o 2S Moises, o Cabo Rômulo e o: Ass C&T Sóstenes Pereira de Carvalho.

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23 de Outubro: 14ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2017O Instituto de Aeronáutica e Espaço, representado pelo 1º Ten Souza, pela 2º Ten Isabele, pelo CV Elias Lobo e pelo CV Jorge Periles, participou da 14ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília (DF).

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24 de Outubro: Visita da Escola de Inteligência do Exército (Es IMEx)os Alunos receberam palestras sobre o Projeto do VLM-1 e sobre o fun-cionamento de segurança e sobre medidas protetivas das pesquisas rea-lizadas no Instituto.

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06 de Novembro: Militar do IAE ministra disciplina para Oficiais da Marinha do BrasilNo período de 06 a 23 de novembro, o Cap Eng Paulo desempenhou a função de Instrutor, para os tenentes armamentistas, na disciplina de Materiais Energéticos (MEN) do Curso de Aperfeiçoamento Avançado em Sistemas de Armas (C-ApA-SA) no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW) na Ilha das Enxadas – Rio de Janeiro.

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07 de Novembro: Integrantes da AEB/MDIC/ANATEL/ABDI conhecem o InstitutoO Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu, na parte da tarde, a visita do Diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Petrônio Noronha de Souza e sua equipe, além de integrantes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

48IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

03 . DESTAQUES DO BIÊNIO

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07 de Novembro: Representantes do DLR/AEB/CLA/IFI realizam reunião no InstitutoEntre os dias 07 e 14 de novembro de 2017, o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu membros do DLR e representantes da AEB, do CLA e do IFI para concluir a Revisão Preliminar de Projeto (PDR) do projeto VS-50.

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08 de Novembro: Abertura do Dia da Qualidade 2017No Instituto de Aeronáutica e Espaço, o Dia da Qualidade, com o tema “Mudanças”, contou com duas palestras. O Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln, realizou a abertura do evento e em nome do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, agradeceu a presença dos convidados.

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09 de Novembro: Abertura do Workshop sobre Cooperação Internacional em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, realizou a abertura do Workshop sobre Cooperação Internacional em P&D, destinado ao público interno do IAE, no Auditório das Divisões de Sistemas Espaciais e de Eletrônica (ASE/AEL).

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09 de Novembro: Alunos do Mestrado Profissional – Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada (MP-Safety) visitam o IAEUma comitiva composta pelo Prof. Dr. Donizeti de Andrade e 44 Alunos do Mestrado Profissional – Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada (MP-Safety), que acontece em Fortaleza/CE, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), recebeu instruções sobre Aerodinâmica e visitou Laboratórios do Instituto.

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10 de Novembro: Visita de Alunos do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR)Trinta Alunos do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), de Belo Horizonte (MG), do Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), acompanhados pelo Comandante do Corpo de Alunos, Cel Av Alessandro, participaram de uma visita de instrução ao IAE.

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16 de Novembro: Diretor do IAE apresenta a Campanha Dimensão 22 da FAB ao efetivoO Diretor do IAE, Brig Eng Otero, apresentou a Campanha Dimensão 22 da FAB para aproximadamente 600 civis e militares. A Campanha tem como intuito disseminar o conceito para os diversos públicos e ilustrar a abrangência de atuação da Força Aérea nas ações de controlar, defender e integrar em um cenário de 22 milhões de quilômetros quadrados.

49INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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13 de Novembro: Recebimento do Primeiro Modelo de Desenvolvimento da Turbobomba do Motor Foguete a Propelente Líquido L75A APE recebeu da Empresa TGM Turbinas Indústria e Comércio Ltda o pri-meiro Modelo de Desenvolvimento da Turbobomba do Motor Foguete L75.

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13 de Novembro: Ensaio da Guilhotina para Corte de Umbilicais de ParaquedasO grupo de trabalho da ASD em conjunto com a Subdivisão de Pirotecnia (APE-X) e Divisão de Gerenciamento de Projetos Espaciais (AGE) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) desenvolveu o projeto de uma Guilhotina, baseada em elementos pirotécnicos, que visa garantir o corte de umbilicais de paraquedas

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16 de Novembro: Aluna do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Espacial (IAE/IEAV/ITA) defende mestrado em grafeno e é pio-neira no uso do material no IAELudmila Resende Vargas é orientada do Pesquisador Prof. Dr. Eng. Emerson Sarmento Gonçalves, chefe do Laboratório de Caracterização Físico-Química (LCFQ) da AMR.

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20 de Novembro: Finalizada etapa de campanha de ensaios de impacto na aeronave KC-390 no Laboratório de Ensaios de Impacto (LEIM)Visando a certificação da aeronave, a etapa verificou o efeito do impacto de pássaros contra o dispositivo denominado tail boom, localizado na empenagem vertical do KC-390.

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22 de Novembro: Instituto realiza 11º Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Veículos Espaciais e Tecnologias Associadas (SEPP&D)A abertura do Seminário foi realizada pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero, e o Seminário aconteceu durante todo o dia, havendo apresentações dos militares e servidores do IAE, seção de pôsteres, palestras, estandes e coffee break.

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22 de Novembro: Assinatura do Convênio de apoio de gestão administra-tiva e financeira à execução do Projeto Foguetes Suborbitais de Pesquisa e Plataformas de Reentrada e Experimento Científicos e TecnológicosO Convênio foi assinado na sala de Reuniões da Direção do IAE e con-tou com a presença do Presidente da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), Sr. Josiel Urbaninho de Arruda, e do Diretor do Instituto, Brig Eng Otero.

50IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

03 . DESTAQUES DO BIÊNIO

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23 de Novembro: Abertura do Workshop de Patentes e Modelos de UtilidadeO Workshop objetivou proporcionar ao público interno do IAE conhe-cimentos acerca do conteúdo de pedidos de patente de invenção e de Modelos de Utilidade e de sua importância, do processo de pedido de patente, do uso de patentes ou outras formas de proteção de proprie-dade intelectual no COMAER e das experiências no licenciamento de Propriedade Intelectual (PI).

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06 de Dezembro: Abertura do III Workshop de Execução Orçamentária do IAE 2017A abertura foi realizada pelo Vice-Diretor do IAE, Cel Av Lincoln. O evento destinou-se, prioritariamente, aos setores envolvidos no processo de ela-boração de Pedido de Aquisição de Material e Serviço (PAMS), Pedido Parcial de Material e Serviço (PPMS) e Solicitação de Importação de Material (SIM), e contou com a participação dos integrantes da ACI, da ACO e os servidores e militares habitualmente envolvidos na elaboração de pedidos.

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12 de Dezembro: Visita de Delegação de Empresas Espaciais dos EUAUma comitiva composta por 12 americanos e 03 brasileiros de diversas empresas espaciais norte-americanas como: Boeing, Lockheed Martin, SpaceX e Vector, foram recepcionados no DCTA pelo Diretor Geral, Ten Brig Ar Amaral. Logo após a recepção, a comitiva americana dirigiu-se ao IAE para conhecer os Laboratórios e Projetos realizados. O objetivo da visita foi explorar uma possível parceria Brasil-EUA na área espacial.

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18 de Dezembro: Ensaio para o projeto Módulo de Recuperação de Cargas Espaciais por Paraquedas (MRCEP)O ensaio aconteceu no túnel de vento da ALA e contemplou diversos eventos, como a extração de paraquedas por intermédio de um pistão extrator (dispositivo pirotécnico) e corte de umbilical de paraquedas por intermédio de uma guilhotina. Trata-se de um ensaio, até então, nunca realizado em âmbito nacional.

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19 de Dezembro: Retrospectiva IAE 2017O evento ocorreu no Auditório Lacaz Neto e contou com a presença do efe-tivo do Instituto e convidados, que participaram de um café da manhã no saguão do referido auditório e, em seguida, assistiram à apresentação do Diretor. Ao final, foi realizado o sorteio de brindes para o público interno.

51INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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Como em muitas áreas de atuação profissional, os desafios se fazem presentes cotidianamente. Contudo, em alguns casos o nível se mostra mais intenso pelo simples fato de se trabalhar com atividades e circunstâncias cujo desenvolvi-mento em nada é simples, barato e rápido de ser executado. Neste contexto, a área aeroespacial pode ser considerada um referencial, pois tudo nela é complexo, caro e demorado, o que exige daqueles que nela atuam, ou seja, o governo, as instituições de pesquisa e a sociedade em geral, um compromisso de parceria que os tornam partes vitais de um mesmo corpo, cuja falta de um deles significa o insucesso de todos. Tais fatos tornam o trabalho daqueles que se dedicam à área aeroespacial uma verdadeira profissão de fé, de abnegação

Um povo que não desenvolve sua Ciência e Tecnologia está fadado a transformar-se em carregador de lenha e latas d’água para os povos civilizados.L O R D R U T H E R F O R D ( 1 9 0 8 )

REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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e de um eterno exercício de automotivação e adaptação, pois as adversidades são uma rotina, sejam elas de cará-ter orçamentário, de mão de obra ou de infraestrutura. Dentro desse contexto e a despeito do biênio 2016-2017 ter sido caracterizado por recursos financeiros inferiores aos necessários, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) rea-lizou diversas atividades nas áreas de Aeronáutica, Defesa e Espaço, buscando cumprir sua missão de “Ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnoló-gicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro, por meio da Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação, Operações de Lançamento e Serviços Tecnológicos em sistemas aeronáuticos, espaciais e de defesa”. Dessa feita, ao longo desse período, foram realizados, no Brasil e no exterior, lançamentos bem-sucedidos dos foguetes VS-30 e VSB-30, assim como foram realizadas importantes etapas no desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM) e do Propulsor L75.

Na área de aeronáutica, cabe destaque aos avan-ços ocorridos nos projetos TCA VANT (Técnicas de Controle Avançado de Veículo Aéreo Não Tripulado) e

Turbina Aeronáutica de Pequena Potência. Além disso, cabe ressaltar a participação do Instituto nas investiga-ções de acidentes aeronáuticos, o que contribuiu signifi-cativamente para a manutenção da segurança de voo e o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo.

No contexto nacional, coube também ao IAE acompa-nhar e executar importantes etapas do desenvolvimento do avião KC-390, desenvolvido pela Embraer, com base nas especificações e no acompanhamento da Força Aérea Brasileira.

O desenvolvimento de novos materiais, com destaque para materiais resistente a altas temperaturas, continuou sua trajetória de sucesso de anos anteriores.

Na área de Defesa, destaca-se a participação do Instituto no desenvolvimento do míssil A-Darter, por meio do suporte técnico ao projeto. Este projeto é uma parceria binacional entre o Brasil e a África do Sul.

Diante dessas exposições e com vistas a prestar uma justa e necessária prestação de contas à sociedade, apre-sentam-se, nas seções seguintes, as principais realiza-ções técnicas das subdiretorias de Espaço, Aeronáutica e Defesa, todas relativas ao biênio 2016-2017.

SUBDIRETORIA DE ESPAÇO (SESP)

LANÇAMENTOS REALIZADOS NO BIÊNIO 2016-2017Os veículos suborbitais VS-30, VS-30/IO e VSB-30 foram projetados para lançamentos de cargas úteis embarcadas com experimentos científicos e tecnológicos, em territó-rio nacional e internacional.

LANÇAMENTOS REALIZADOS EM 2016

VSB-30Em 23 de janeiro de 2016 ocorreu a partir do Esrange Space Center, na Suécia, o lançamento do vigésimo ter-ceiro veículo suborbital VSB-30. O objetivo do voo era levar a carga útil europeia TEXUS 53 ao espaço, visando

à realização de experimentos em ambiente de microgra-vidade pelo período de 6 minutos.

VS-30O décimo-segundo voo do veículo brasileiro VS-30 ocorreu em 03 de fevereiro de 2016. O VS-30 levou ao espaço duas cargas úteis: SPIDER (Small Payloads for Investigation of Disturbances in Electrojet by Rockets) e LEEWAVES (Local Excitation and Effects of Waves on Atmospheric VErtical Structure), ambas do Conselho Espacial Sueco (Swedish National Space Board (SNSB). O apogeu foi de 138 km, sendo as car-gas úteis recuperadas em segurança à 82 km do ponto de lançamento.

53INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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Lançamento do VSB-30 com a carga útil TEXUS 53.

VS-30 pronto para lançamento.

VS-30/IOO lançamento do VS-30/IO V12 em 18 de maio de 2016 marcou a estreia de um foguete brasileiro sendo lançado de território australiano. Diferentemente do VS-30, que possui um único estágio (motor-foguete) o VS-30/IO é equipado com dois motores-foguetes, sendo o primeiro estágio o motor S30, que equipa o VS-30, e o segundo estágio o motor Improved Orion de fabricação norte-americana. O décimo segundo voo do VS-30/IO ocorreu a partir do Centro de Lançamento do Woomera Instrumented Range (WIR), Woomera, Austrália. O VS-30/IO V12 levou ao espaço (apogeu de 278 km) a car-ga-útil HiFire (Hypersonic International Flight Research Experimentation Program), parte de um programa de cooperação internacional entre os EUA e a Austrália, com participação do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

Lançamento do Experimento HIFIRE.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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Operação Rio VerdeO ano de 2016 se encerrou com Operação Rio Verde, realizada em dezembro, com a missão atribuída de rea-lizar o lançamento do foguete suborbital VSB-30 V11, o rastreio e o resgate da carga útil no mar, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), utilizando-se o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) como estação remota.

O VSB-30 V11 levou ao espaço a carga-útil MICROG2, contendo experimentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), IAE, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A maior parte desses experimentos foi financiada pela AEB por meio do seu Programa Microgravidade.

A fabricação, integração e testes dos componentes estruturais, as redes elétricas e pirotécnicas e o sistema propulsivo do foguete VSB-30, composto pelos propul-sores S31, S30 e indutores de rolamento, foram reali-zados integralmente pelo IAE. A responsabilidade pela fabricação e preparação da carga útil Foi dividida entre o IAE e o DLR. Os módulos de serviço, de recuperação, de separação com o sistema ioiô, o sistema de controle de rolamento e a coifa foram fornecidos pelo DLR.

Devido à separação prematura da carga útil, os requisitos de sucesso previstos para essa operação foram atendidos parcialmente, pois o voo não proporcionou o ambiente de microgravidade necessário à parte dos experimentos embarcados. Entretanto, os requisitos de verificação dos meios de rastreio do foguete e de resgate da carga útil no mar foram cumpridos com sucesso.

VSB-30 V11 em apronto para lançamento. Carga útil MICROG2 e equipe de experimentadores e do IAE.

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Experimentos embarcados na Operação Rio Verde.

Nome Resumo do Experimento Instituição desenvolvedora

MPM-A e MPM-BNovas tecnologias de meios porosos para dispositivos com mudança de fase.

Os minitubos de calor fazem uso do calor latente de fusão para transportar energia de uma fonte quente para uma fria. Para um mesmo diâmetro e comprimento, esses dispositivos transportam 1.000 vezes a quantidade de energia que seria transportada por um tubo de cobre equivalente.

UFSC

VGP2Os efeitos da microgravidade real no sistema vegetal cana de açúcar.

Analisar utilizando ferramentas moleculares o efeito da microgravidade de plantas de cana-de-açúcar expostas à microgravidade.

UFRN

MEMSO Instrumento para a Determinação da Atitude de Pequenos Veículos Espaciais através de Sensores MEMS.

O objetivo do experimento é fazer uso de sensores comerciais para determinação de atitude de sistemas espaciais.

UEL

SLEMSolidificação de Ligas Eutéticas em Microgravidade.

Contempla o desenvolvimento, construção e qualificação de um aquecedor elétrico com capacidade de fundir (300 °C) e de solidificar amostras de 3 materiais em ambiente de microgravidade.

INPE

SMASensor Mecânico Acelerométrico.

Equipamento de segurança para aplicações em veículos suborbitais.

IAE

CCACircuito de Comutação e Acionamento.

Trata-se do novo sistema de sequenciamento de eventos para aplicações em veículos suborbitais.

IAE

GPS-AEGPS Aeroespacial.

Utilização de Sistemas de Posicionamento por Satélites em veículos suborbitais.

UFRN/IAE

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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1, 2 e 3 Ensaios da Carga Útil MICROG2 realizados na Divisão de Integração e Ensaios (AIE) do IAE

4 e 5 Segundo estágio do VSB-30 V11 sendo transportado e integrado ao lançador móvel, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão

6 VSB-30 V11 integrado ao lançador momentos antes do lançamento

7 Lançamento realizado8 Equipe do IAE e do CLA na “Blockhouse” 9 Carga Útil MICROG2 recuperada

1 2 3

6

5

4

7 8

9

57INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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LANÇAMENTOS REALIZADOS EM 2017

Para a área espacial do IAE, 2017 teve início com o lan-çamento, em 23 de janeiro, de mais um VSB-30. O voo ocorreu e Esrange, Suécia, ocasião em que foi levada ao espaço a carga útil MAIUS 1 (Matter-WaveInterferometry in Microgravity).

Em maio foi realizado mais um voo do VSB-30 a partir do Esrange Space Center, situado ao norte da Suécia. Naquela ocasião o veículo brasileiro levou a carga útil europeia MAPHEUS 6 (Material Physics Under Microgravity Conditions) ao espaço.

Em 30 de junho foi realizado mais um lançamento de um foguete brasileiro a partir do território australiano. Naquela ocasião o VSB-30 V12 levou a carga útil HiFire 4 (Aerodynamic, Stability, and Control Hypersonic Flight Experiments) ao espaço, a qual é o resultado de uma cooperação entre os EUA e Austrália, com colaboração alemã (DLR).

MAPHEUS 6 rumo ao espaço a bordo do VSB-30.

Lançamento do VSB-30 da Austrália.

Operação MutitiPara o segundo semestre de 2017 estava prevista a Operação Mutiti, que consistia do lançamento do foguete VS-30 V14, a partir do CLA. Nesse voo seria levada ao espaço a carga útil PSR-01 (Plataforma Suborbital de Reentrada), na qual seriam embarcados experimentos do ITA, do INPE, da UEL e do IAE.

Em virtude do calendário e das limitações orçamen-tárias, foi decidido, pelos coordenadores das diversas áreas envolvidas, priorizar a utilização de componentes já disponíveis no IAE e, na medida do possível, minimi-zar a contratação de materiais e serviços. Mesmo assim, fazia-se necessária a contratação da usinagem de alguns componentes do VS-30 e da PSR-01, bem como da manu-tenção da infraestrutura necessária ao carregamento do motor S30.

Os recursos necessários às atividades da Operação Mutiti seriam oriundos da AEB, por meio de um Plano Orçamentário específico para o desenvolvimento de veículos suborbitais. No entanto, o corte no orçamento ocorrido no primeiro semestre de 2017 reduziu em aproximadamente 44% os recursos financeiros original-mente previstos.

Diante desse cenário tentou-se obter recursos por meio de um Convênio firmado entre o IAE e a FUNCATE. O Convênio nº 001/2016 previa o apoio da FUNCATE ao IAE, por meio de recursos captados junto ao DLR, com o qual o IAE coopera há décadas. Infelizmente, a Controladoria Geral da União (CJU) emitiu um parecer desfavorável ao uso desse Convênio.

Finalmente, em dezembro de 2017, o IAE firmou o Convênio Nº 001/2017 para apoio da FUNCATE na gestão administrativa e financeira da execução do pro-jeto “Foguetes Suborbitais de Pesquisa e Plataformas de Reentrada & Experimentos Científicos e Tecnológicos,” para o qual a AEB repassou recursos que permitirão a realização da Operação Mutiti no primeiro semestre de 2018.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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VEÍCULO LANÇADOR DE SATÉLITES – VLS-1

Breve históricoO Projeto VLS-1 surgiu no final da década de 1970, quando foi concebida a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), que objetivava o desenvolvimento de satélites nacionais de coleta de dados e sensoriamento remoto, lançados por veículos nacionais a partir do território bra-sileiro. Ao INPE coube a construção dos satélites. O então Ministério da Aeronáutica ficou responsável pelo pro-jeto e desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), o qual se deu por meio do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPED), ao qual estava subordinado o IAE. O Ministério da Aeronáutica ficou ainda responsável pela construção do CLA, necessário para o lançamento de veículos desse porte.

O VLS-1 deveria ser capaz de colocar um satélite de 115 kg em uma órbita equatorial de 750 km. Para tanto, o VLS-1 deveria alcançar a velocidade final de 27.000 km/h, por meio da queima de 41 toneladas de pro-pelente, distribuídas em sete motores-foguetes, dispostos em quatro estágios, ao longo dos seus dezenove metros de comprimento. Àquela época, o IAE tinha desenvolvido uma família de foguetes da série Sonda, cuja velocidade máxima não atingia os 7.000 km/h. O diâmetro daqueles foguetes era pouco maior que meio metro, e a quantidade de propelente era da ordem de uma tonelada.

Uma vez que o VLS-1 faria uso de motores-foguetes com um metro de diâmetro e necessitaria de um sistema de navegação, guiamento e controle, o IAE desenvolveu o foguete biestágio Sonda IV, até então o maior foguete de sondagem fabricado no Brasil.

Diferentemente dos foguetes Sonda I, Sonda II e Sonda III, que eram estabilizados por empenas, o Sonda IV era dotado de sensores inerciais, computador de bordo, con-trole do vetor empuxo e controle de rolamento. Seguindo estratégia de sucesso até então empregada pelo IAE, o segundo estágio do foguete Sonda IV seria o primeiro estágio do Sonda III, denominado S30, com 900 kg de propelente. Quanto ao primeiro estágio, foi desenvolvido

um novo motor, denominado S40, com um metro de diâmetro e quatro toneladas e meia de propelente. Entre 1984 e 1989 foram lançados do CLBI quatro foguetes Sonda IV.

Coube às empresas Eletrometal, Usiminas e Acesita o desenvolvimento do aço 300M, utilizado para fabricação dos envelopes motores do 1º, 2º e 3º estágios do VLS-1. Para o tratamento térmico desses envelopes motores o IAE adquiriu no mercado internacional um forno capaz de abrigar peças acima de sete metros de comprimento e de um metro e meio de diâmetro.

Também no contexto do desenvolvimento do VLS-1, foram realizados do CLBI, em 1985 e 1989, dois voos do VLS-R (foguete com aproximadamente um terço das dimensões geométricas do VLS-1).

VLS-R montado no lançador do CLBI.

Ante a necessidade de testar o motor S44 (4º estágio do VLS-1) sob o vácuo do espaço, desenvolveu-se o foguete biestágio VS-40. O 1º estágio desse novo foguete foi o motor S40, enquanto o segundo foi o motor S44, fabricado

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pela indústria nacional em material composto. Em 1993 ocorreu o primeiro voo do VS-40 a partir do CLA.

Na medida em que o Projeto Sonda IV se desenvolvia, o cenário internacional sofria profundas alterações, que culminaram, em 1987, com o Missile Technology Control Regime (MTCR), o qual era liderado pelos Estados Unidos e apoiado pela Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido. A principal consequência do MTCR foi a limitação significativa à cooperação internacional na área de lançadores de satélites.

Apesar do conhecimento e da infraestrutura estabe-lecidos no IAE, esse novo cenário retardou o desenvolvi-mento do VLS-1, em função das dificuldades de aquisição de alguns componentes no mercado internacional. Os desafios desse período, que coincide com a queda do Muro de Berlim, são apresentados no livro Introdução à Tecnologia de Foguetes (disponível para download em http://www.sindct.org.br/files/livrofoguetes.pdf), escrito por um dos líderes do projeto à época, Dr. Ariovaldo Félix Palmério.

VLS-1 V01 montado na TMI do CLA, 1997.

O Brasil também passou por profundas transforma-ções no início dos anos 1990. No campo político ocorreu o processo de redemocratização e a assunção do primeiro presidente eleito após quase três décadas sem eleições para presidente. No campo econômico houve a necessi-dade de atrair investimentos internacionais para o Brasil o que levou a sucessivos planos econômicos que visavam debelar a inflação e ajustar as contas públicas.

Diante da necessidade de obtenção de orçamentos superavitários, houve corte de despesas, corte de pessoal e congelamento de salários nas organizações públicas, concomitante à introdução de novas práticas de plane-jamento e gestão. No campo espacial houve a criação da AEB em 1994 e, por conseguinte, a extinção da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (COBAE), o que signi-ficou a transferência do processo decisório do Programa Espacial Brasileiro para órgãos civis do Estado.

Esse conjunto de transformações contribuiu para a insuficiência de recursos humanos e financeiros planeja-dos para o VLS-1. A partir de 1990, o VLS-1 operou com um quadro técnico inferior às necessidades inicialmente previstas pela MECB. Eram 742 servidores, ante os 1.245 previstos. Sob o aspecto orçamentário, as dificuldades tiveram início ainda em meados da década de 1980, oca-sião em que os recursos alocados foram inferiores aos previstos chegando, em 1995, a um déficit acumulado de 310 milhões de dólares.

Na tentativa de se ajustarem a essa nova realidade, civis e militares realizaram mudanças nos planos de desenvolvimento e qualificação de importantes subsis-temas do VLS-1, incluindo a diminuição na quantidade de protótipos e ensaios em solo e em voo. A década de 1990 culminou com dois lançamentos do VLS-1, sendo o primeiro em novembro de 1997 (VLS-1 V01) e o segundo em dezembro de 1999 (VLS-1 V02).

Esses voos não lograram êxito na colocação dos satélites Satélite de Coleta de Dados (SCD-2A) e Satélite de Aplicações Científicas (SACI-2), desenvolvidos pelo INPE, mas foram importantes para o aprendizado dos técnicos envolvidos no projeto.

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Aos que consideram essas falhas como fracassos do Programa Espacial Brasileiro, vale mencionar que o VLS-1 é composto por milhares de componentes, os quais precisam ser concebidos, estudados, fabricados, testados, montados e, finalmente, lançados ao espaço, sem falha alguma. A confiabilidade do produto final é fortemente dependente dos recursos humanos e finan-ceiros disponibilizados.

Não é incomum que as atividades espaciais sejam relacionadas a países desenvolvidos. Essa percepção, con-tudo, não condiz com a realidade dos fatos, como bem demonstra a Coreia do Norte.

Dentre os países que aliam extensa área territorial, grande população e elevado PIB (Rússia, China, Estados Unidos, Índia e Brasil), o Brasil é o único que ainda não conseguiu acesso autônomo ao espaço.

Lançamento do VLS-1 V02 em dezembro de 1999.

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Neste contexto, faz-se oportuna uma comparação com a Índia, que em 1963 realizou o primeiro lançamento de foguete a partir do seu território. Na ocasião, foi lançado um foguete norte-americano Nike-Apache. O Programa Espacial Brasileiro, que começou em 1961, realizou o seu primeiro lançamento em dezembro de 1965, tam-bém com o lançamento de um foguete norte-americano Nike-Apache, a partir do CLBI.

Em 1980 a Índia lançou seu primeiro satélite (Rohini 1), com o seu próprio veículo SLV (Satellite Launch Vehicle). Dentre as recentes conquistas do Programa Espacial Indiano vale destacar:• Em 2008 a ISRO (Indian Space Research Organization)

lançou a sonda Chandrayaan-1, que completou 3.400 órbitas em torno da Lua;

• Em 2013 a espaçonave não tripulada Mangalyaan foi colocada na órbita de Marte. Até então, somente EUA, Rússia e União Europeia tinham alcançado este feito;

• Em função da decisão americana de limitar o acesso da Índia ao sistema GPS, por ocasião da Guerra de Kargil (Índia x Paquistão, maio-julho de 1999), os indianos decidiram desenvolver o seu próprio sis-tema de navegação via satélites, conhecido pela sigla NavIC. Os 7 satélites (3 em órbita geoestacionária e 4 em órbita geossíncrona) já estão em órbita e o sistema torna-se-á operacional em 2018.

Os indianos conferem ao seu programa espacial um caráter estratégico. Além de sua soberania, eles enxer-gam a possibilidade de gerar desenvolvimento científico e tecnológico, empregos e oportunidades de negócios. O mercado espacial mundial movimenta 340 bilhões de dólares anualmente. A Índia pretende fazer parte desse mercado como fornecedora de serviços, como demons-tram os exemplos a seguir:• Em 2017 o veículo indiano PSLV (Polar Satellite

Launch Vehicle) colocou 104 (cento e quatro) micros-satélites em órbita da Terra, 88 dos quais pertencentes a uma empresa americana; e

• Para 2018 está previsto o lançamento do cubesat desenvolvido pelo ITA: ITASAT 1, a bordo de um veículo indiano PSLV.

Vale registrar que os cubesats surgiram na virada do século, em decorrência da miniaturização da eletrônica. Esses pequenos satélites, com de cerca de 5 kg, pretendem realizar tudo aquilo que os satélites de algumas centenas de quilogramas realizam. Desde o seu surgimento, mais de 1.000 cubesats foram colocados em órbita da Terra e a tendência é a de que esse mercado cresça de maneira exponencial nos próximos anos.

Retornando à questão dos recursos humanos e finan-ceiros, a Indian Space Research Organization emprega 18.000 pessoas. Apenas a título de comparação no Brasil são cerca de 1.000 servidores e militares trabalhando no Programa Espacial Brasileiro. Apesar do sucesso do seu veículo PSLV, a ISRO continua desenvolvendo veícu-los maiores, como é o caso do GSLV (Geosynchronous Satellite Launch Vehicle), que se encontra em sua terceira versão, GSLV Mark III, sendo capaz de colocar satélites em órbita de transferência geoestacionária. Para alcançar esses resultados, a Índia investe, anualmente, mais de 1 bilhão de reais no desenvolvimento de veículos lançado-res de satélites.

À primeira vista esses dados fazem supor que a Índia é um país mais educado, mais rico e mais desenvolvido que o Brasil, mas, mais uma vez, as aparências não cor-respondem aos fatos. A taxa de analfabetismo na Índia é de 29%, 3 vezes superior à brasileira. A expectativa de vida no Brasil é superior à indiana (74 contra 68 anos). No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) a Índia ocupa a 131º posição, enquanto o Brasil a 79º. O PIB (Produto Interno Bruto) per capta da Índia é equivalente a 1.700 dólares americanos, sendo a do Brasil quase dez vezes superior. Então, por que os resultados dos progra-mas espaciais desses dois países são tão distintos? Uma das razões é que enquanto a Índia investiu, anualmente, e de modo consistente ao longo das últimas décadas,

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quantias superiores a um bilhão de dólares em seu pro-grama espacial, o Brasil investiu 10 vezes menos.

Mas para além da decisão política e dos recursos apor-tados, é imperativo reconhecer que a atividade espacial é uma atividade de elevado risco e complexidade em qual-quer lugar do mundo. Neste caso, é apropriado mencionar o caso do ITASAT 1. Trata-se de um cubesat tecnológico de 5 kg, aproximadamente, desenvolvido pelo ITA, com apoio da AEB e do INPE. O seu lançamento estava previsto para 2017 por meio do foguete americano Falcon 9, da empresa Space X. Entretanto, um foguete Falcon 9 explodiu na plata-forma de lançamento em 1º de setembro de 2016, levando à perda do foguete, de sua plataforma de lançamento e do satélite israelense Amos-6. Em decorrência desse acidente, o voo do ITASAT 1 foi transferido para o veículo lançador indiano PSLV. Entretanto, após 36 lançamentos sucessivos com sucesso, o foguete indiano PSLV, que transportava o oitavo satélite da constelação NavIC, apresentou problema na abertura de sua coifa, invólucro que protege o satélite durante o voo dentro da atmosfera terrestre. Em função do insucesso da missão, ocorrida em 31 de agosto de 2017, os voos do PSLV foram interrompidos, até que uma Comissão de Investigação avaliasse as prováveis razões dessa falha. Ainda não há uma data prevista para o lançamento do ITASAT 1, mas espera-se que ele ocorra em 2018.

Os problemas com o Falcon 9 e o PSLV ocorreram com veículos já operacionais, mas não custa também recordar que no início da Corrida Espacial, soviéticos e americanos, que contaram com a ajuda dos cientistas alemães e ilimitados recursos, apresentavam, índice de sucesso de 50% para os seus engenhos. O programa de satélites espiões dos EUA, Projeto Corona, iniciado em 1958, somente logrou êxito em 1960, após doze malo-gradas tentativas. No Japão, o quarto país a colocar um satélite em órbita da Terra, a situação foi similar. Mesmo contando com a ajuda dos americanos, somente na quarta tentativa os japoneses orbitaram um satélite de 24 kg. Portanto, os problemas ocorridos com o VLS-1 em 1997 e 1999 não serviram de desestímulo àqueles comprometidos com o seu desenvolvimento.

Mesmo diante das dificuldades técnicas, orçamentá-rias e de pessoal, civis e militares do IAE não desistiram do sonho de oferecer ao Brasil o estratégico acesso autô-nomo ao espaço. Aliás, o exemplo do ITASAT-1, pronto desde 2015, bem ilustra o que é não dispor de acesso ao espaço de forma autônoma. Infelizmente, na tarde de 22 de agosto 2003, a ignição intempestiva de um dos pro-pulsores do primeiro estágio do VLS-1 causou a morte de 21 civis que trabalhavam na Torre Móvel de Integração (TMI) no CLA, no Maranhão. Houve uma investigação criteriosa do acidente, cujos resultados foram tornados públicos pelo Relatório de Investigação do Acidente ocor-rido com o VLS-1 V03.

Finalizada a investigação do acidente, foi iniciada a revisão do Projeto VLS-1, que contou com a participa-ção de especialistas russos. Desse processo resultaram recomendações de alterações em alguns subsistemas do veículo, incluindo: Sistemas de Redes Elétricas; Sistema de Atuação da Tubeira Móvel; e Redes Pirotécnicas. Definiu-se, então, uma nova estratégia para o desenvol-vimento do VLS-1, composta dos seguintes veículos:• VLS-1 MIR (Mockup de Integração Mecânica e

das Redes Elétricas): montagem do veículo na TMI do CLA para integração mecânica e testes das redes elétricas;

• VLS-1 XVT-01: realização de um voo com primeiro e segundo estágios ativos, para testes de funcionamento e separação;

• VLS-1 XVT-02: realização de um segundo voo com os quatro estágios ativos, objetivando a inserção de uma carga tecnológica em órbita; e

• VLS-1 V04: realização de um voo para colocação de um satélite em órbita.

A comoção vivida com o acidente e a promessa de que desta feita não faltariam recursos humanos e financeiros conferiram um novo ânimo ao projeto. O ambiente polí-tico-social vivido no Brasil a partir de 2005 colaborou também para com esse otimismo. Diretrizes, emanadas do Governo Federal, estabeleceram, formalmente, o

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acesso autônomo ao espaço como estratégico ao País. Neste contexto, podem-se citar os seguintes documentos:• Estratégia Nacional de Defesa (2008, com atualização

em 2012);• Programa Nacional de Atividades Espaciais

(PNAE 2005-2014);• Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE

– 2012);• Livro Branco de Defesa (2012);• Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER

2010-2031); e• Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inova-

ção (2012-2015).

Paralelamente, na tentativa de explorar comercial-mente o mercado de lançamento de satélites foi criada, em 2003, a Alcântara Cyclone Space (ACS), binacional Brasil-Ucrânia para lançamento do veículo lançador de satélites ucraniano Cyclone 4, a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA). Tal qual a participação brasileira no projeto da Estação Espacial Internacional (ISS) na década anterior, essa empreitada não logrou êxito, mas tirou foco e o aporte de recursos para o Programa Espacial Brasileiro. Essas iniciativas tiveram, contudo, o mérito de demonstrar que não há atalhos para o acesso autônomo ao espaço.

Em outubro de 2005 o IAE apresentou formalmente o Programa Cruzeiro do Sul. Esse programa propunha o desenvolvimento gradativo de veículos maiores, par-tindo do VLS-1. A proposta contemplava os seguintes veículos lançadores de satélites: VLS-Alfa, VLS-Beta, VLS-Delta, VLS-Epsilon e VLS-Gama. O Programa Cruzeiro do Sul contemplava o uso de propulsão líquida, e contaria com consultoria russa. O projeto do VLS-Alfa foi iniciado, mas acabou interrompido pela ausência de recursos. Apenas como exemplo, o plano de investimen-tos que consta do PNAE 2012-2021 previa para o ano de 2013 a aplicação de cento e doze milhões de reais, assim divididos:• Foguetes suborbitais: R$ 19,2 milhões;• VLS-1: R$ 45,7 milhões;• VLM-1: R$ 25 milhões;• VLS-Alfa: R$ 19 milhões; e• VLS-Beta: R$ 3,5 milhão.

Contudo, menos de 20% desse total foram alocados naquele ano, levando à paralisação dos projetos VLS-Alfa e VLS-Beta, além do cancelamento de atividades do VLS-1 XVT02 e VLS-1 V04.

O gráfico a seguir demonstra para o período 2007-2017 a relação entre a demanda de recursos e o que foi disponibilizado para os veículos de acesso ao espaço.

0

50

100

150

200

250

300

350

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Previsto PNAE

Alocado IAE2007

milh

ões

de re

ais

VALOR PNAE X VALOR ALOCADO AO IAE ACESSO AO ESPAÇO – VEÍCULOS SUBORBITAIS E LANÇADORES Últimos 11 anos

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O quadro atual não é muito distinto. Para 2018 o Programa de Trabalho Anual (PTA) do IAE, no que diz respeito ao acesso ao espaço, prevê a demanda de recur-sos em torno de 77 milhões de reais. Entretanto, consta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA/2018), algo pouco acima de 25 milhões de reais. A repetir--se o ano de 2017, os valores a serem disponibilizados ao IAE poderão ser ainda menores em decorrência dos contingenciamentos.

Além do aspecto citado, vale frisar que, historica-mente, a maior parte dos recursos somente é disponibi-lizada pouco antes do meio do ano, o que traz dificuldade à sua execução.

Em decorrência desse quadro, o plano de desenvol-vimento do VLS-1, estabelecido pós-acidente de 2003, ficou defasado e exigiu adequações. Nesse processo, subsistemas críticos que já estavam confeccionados tor-naram-se obsoletos ou perderam o prazo de validade (caso dos itens pirotécnicos, por exemplo). Para com-plementar, as redes elétricas do VLS-1, contratadas a uma importante empresa do setor aeroespacial brasileiro, não obtiveram êxito nos testes de qualificação para voo, reali-zados nos laboratórios do IAE, levando à interrupção do contrato. Finalmente, o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 2012-2021) não previa recursos para o VLS-1 a partir de 2016. Diante desse contexto, o IAE e a AEB, decidiram pela descontinuidade do Projeto VLS-1.

VEÍCULO LANÇADOR DE MICROSSATÉLITE – VLM-1

De 1994 a 2003: conceito de um novo lançadorEm junho de 1994 o IAE e o INPE se reuniram para discu-tir uma missão de lançamento de um satélite de até 100 kg. A AEB, então, solicitou ao IAE o início de estudos pre-liminares para conceber um veículo lançador capaz de satelitizar cargas úteis de massa entre 20 e 100 kg.

Desde o início dos estudos, optou-se por uma confi-guração de estágios tandem, ou seja, os motores são mon-tados uns sobre os outros, com os seus eixos longitudinais alinhados, diferentemente do VLS-1, no qual os motores do primeiro estágio têm seus eixos longitudinais paralelos ao eixo principal do veículo. Diversas propostas foram analisadas, e, em outubro daquele ano, surgiu o conceito do veículo VLM20, um lançador de quatro estágios uti-lizando os motores S43, S40, S44 e S33.

Foram realizados estudos e cálculos nas áreas de aero-dinâmica, propulsão, vibração, guiamento, navegação e controle, todos aplicados à configuração do VLM20.

Em 1998, o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 1998-2007) incluiu o VLM-1 numa família de lançadores de pequeno porte, mas em 2003 as

atividades do projeto foram suspensas devido à prioriza-ção do projeto VLS-1.

De 2009 a 2014: nova missão e um novo propulsorNos anos 2000 o DLR iniciou o programa denominado SHEFEX (Sharp Edge Flight Experiment), cujo objetivo era testar em voo novas geometrias, materiais e técni-cas de guiamento, navegação e controle. A realização de tais testes requeria a utilização de veículos espaciais que atingissem o regime de voo hipersônico dentro da atmosfera terrestre.

O lançamento do primeiro protótipo do SHEFEX-I ocorreu em outubro de 2005, utilizando um VS-30, veí-culo suborbital desenvolvido pelo IAE. Em junho de 2012 ocorreu o segundo lançamento, com o SHEFEX-II sendo lançado por um veículo brasileiro VS-40M. Ambos os lançamentos ocorreram a partir da Noruega.

O terceiro veículo da série, SHEFEX-III, exigia um veículo com capacidade superior ao VS-30 e VS-40M, assemelhando-se àquela necessária à satelitização de car-gas úteis com massa de até 100 kg.

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Em 2009, após discussões entre DLR e IAE, formu-lou-se a missão de lançamento do SHEFEX-III, cujo objetivo era colocar a carga útil de 400 kg a 100 km de altitude, à velocidade de 7 km/s, a qual se aproxima à velocidade orbital. Para a AEB, o DCTA e o IAE, a missão do SHEFEX-III trouxe a oportunidade de desenvolver um veículo lançador de satélites com envelopes-motores feitos em material composto, ao invés de aço.

No contexto do IAE, a missão de lançamento do SHEFEX-III foi, inicialmente, tratada como uma amplia-ção das missões realizadas com o VS-30 e VS-40M, mas os estudos preliminares revelaram que a configuração de dois estágios não atenderia ao requisito de velocidade final de 7 km/s. Passou-se ao estudo de novas configu-rações compostas de três e quatro estágios, baseadas nos motores S40, S43 e S44, já disponíveis no IAE. Foi também avaliada uma nova configuração de três estágios baseada em um motor hipotético então denominado P10. Os resultados de simulação demonstraram que o uso do motor P10 atenderia aos requisitos do SHEFEX III.

Em outubro de 2009 foi selecionada uma configuração composta por dois motores P10 e um motor S44, já utili-zado no VS-40 e no VLS-1. Essa configuração, denomi-nada, VLM-1, atenderia não somente ao SHEFEX – III, mas também à possibilidade de colocar microssatélites em órbita terrestre.

Em março de 2010 o motor P10 passou a ser denomi-nado S50 e teve seu desempenho estabelecido na forma de especificações preliminares. A principal característica desse motor, que o diferencia dos demais desenvolvidos pelo IAE, é a massa de propelente sólido. Os primeiros estudos do S50 estabeleciam uma massa de 10 tonela-das de propelente, superior, portanto, ao maior motor fabricado no IAE até então, S43, com aproximadamente 7 toneladas de propelente. Estudos subsequentes elevaram a massa de propelente do S50 para 12 toneladas.

O desenvolvimento do VLM-1 buscou, desde sua gênese, seguir normas consagradas de gestão de projetos espaciais. Tendo em vista a parceria com o DLR, optou-se pela utilização das Normas ECSS (European Cooperation

for Space Standardization), empregadas na Comunidade Europeia. Em 2009 e 2010, desenvolveram-se as fases de análise de missão e de viabilidade.

A partir de então, as discussões entre DLR e IAE passaram a ser tratadas pelas agências espaciais dos dois países, de forma a firmar intenções mútuas de desenvol-vimento. Em janeiro de 2011, um Protocolo de Intenções foi assinado entre AEB e DLR para que, dentre diversos objetos de interesse, os países desenvolvessem técnicas de manufatura de estruturas de fibra de carbono visando à confecção do envelope-motor do S50.

Maquete do envelope motor do S50.

Constava também desse protocolo a análise de desempenho e o cálculo de possíveis trajetórias para o VLM-1. Em outubro do mesmo ano, um novo Protocolo de Intenções, assinado pelo DCTA, IAE, AEB e DLR, estendeu a cooperação para o desenvolvimento do VLM-1, tanto para a missão do SHEFEX-III quanto para lançamento de microssatélites, sendo este o prin-cipal documento de referência para as atividades con-juntas de desenvolvimento do lançador entre Brasil e Alemanha.

Em março de 2012, o VLM-1 passou a ser oficial-mente um Projeto de Desenvolvimento Tecnológico do IAE. Além disso, foi classificado como Estratégico pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

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O gerenciamento administrativo do Projeto, especial-mente na área de aquisições, foi realizado, entre o final de 2012 e o início de 2014, por intermédio de um convênio firmado entre a AEB e a Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (FUNDEP), sediada em Belo Horizonte – MG, possibilitando o desenvolvimento inicial de métodos de manufatura e carregamento do motor S50 junto à indús-tria nacional, através de contratos com a CENIC e Avibras.

O desenvolvimento do veículo atingiu um importante marco em agosto de 2013, quando os pacotes de traba-lho do projeto foram definidos dentro de uma estrutura WBS (Work Breakdown Structure), que detalhava todas as atividades necessárias para o desenvolvimento dos subsistemas, ensaios em solo e em voo, qualificações, integração e lançamento.

Com isso, o VLM-1 tinha sua arquitetura definida em torno de uma configuração de três estágios com dois motores S50 e um motor S44 para injeção da carga útil na órbita desejada.

VLM-1 com carga útil SHEFEX-III.

Findo o convênio entre a AEB e a FUNDEP, e a execu-ção das atividades de desenvolvimento para o motor S50 no IAE, foi iniciada a produção dos envelopes-motores visando os testes em solo e em voo.

Em 2014, criou-se um Plano Orçamentário especí-fico para o desenvolvimento e lançamento do VLM-1,

representando o início do Projeto nas Ações do Programa Espacial.

Ao final de 2014, um novo convênio foi firmado entre o IAE e a FUNCATE, possibilitando a gestão de contratos e a execução orçamentária para produção dos primeiros motores S50.

De 2015: consolidação do Projeto VLM-1Ao longo de 2015, continuaram sendo realizados pelo IAE e DLR estudos para melhoria do projeto conceitual do motor S50, a partir da base inicial estabelecida nos contratos com as empresas CENIC e Avibras.

No âmbito do convênio IAE-FUNCATE, foram esta-belecidos contratos para produção da proteção térmica e para nacionalização de alguns componentes pirotécnicos.

Ao final de 2015, foi elaborado um Termo de Referência para a contratação do fornecimento dos motores S50. As discussões com as empresas interessadas evoluíram durante o ano de 2016 e em 16 de dezembro daquele ano foi firmado um contrato entre a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais (FUNCATE) e a Avibras, para o fornecimento de 6 motores S50. Em setembro de 2017, IAE, FUNCATE, AEB e Avibras concluíram a Revisão Preliminar de Projeto (PDR – Preliminary Design Review) do motor S50.

Também em 2017 foram intensificadas as discussões técnicas com o DLR, objetivando a definição de requi-sitos em nível de sistema do veículo VS-50, visando à qualificação em voo do motor S50, das redes elétricas, do sistema de navegação, guiamento e controle e do sistema de atuação da tubeira móvel. Trata-se de uma estratégia de desenvolvimento similar àquela adotada no Projeto VLS-1, na qual se utilizou o Sonda IV como plataforma de desenvolvimento de novas tecnologias. De fato, cerca de 90% do VS-50 será utilizado no VLM-1.

Em julho, em Oberpfafenhofen, na Alemanha, ocor-reu a Revisão Preliminar de Projeto (PDR) do veículo VS-50, quando foi definida a sua configuração de refe-rência. Os questionamentos resultantes dessa PDR foram respondidos em novembro de 2017, ocasião em que os

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especialistas do DLR, AEB e IAE se reuniram em São José dos Campos e concluíram o ciclo de discussões ao nível de PDR.

Para o ano de 2018, estão previstos ensaios estruturais de envelopes motores do S50, finalização da caracteriza-ção dos materiais empregados na sua fabricação, ensaios de queima em escala reduzida e fabricação de parte dos meios de solo. O voo do VS-50 está previsto para ocorrer em 2019.

Motor-foguete L75O Motor-foguete a Propelente Líquido L75, projetado para utilização em estágios superiores de veículos lan-çadores de satélites, utiliza o par propelente oxigênio líquido e etanol, pressurizados por turbobomba com capacidade de gerar 75kN de empuxo no vácuo.

O objetivo principal deste projeto é a fabricação de um primeiro modelo completo e a construção de um banco de ensaios capaz de realizar seus testes de desen-volvimento. Dentre os principais desafios encontram-se a manufatura e testes da câmara de combustão, da tur-bobomba, do gerador de gás, das válvulas e reguladores e do sistema de controle, além da integração desses sis-temas complexos.

Na primeira fase, encerrada em novembro de 2017, o projeto foi apoiado pela AEB, sendo os recursos aplica-dos na contratação de equipe técnica e de empresas para fabricação dos componentes do motor, na aquisição de equipamentos, softwares, insumos e componentes para equipar os bancos de testes da Divisão de Propulsão Espacial (APE).

Adicionalmente, foram executadas atividades de pro-jeto, fabricação e ensaios de componentes dos seguin-tes sistemas:• Sistema de Combustão;• Sistema de Alimentação;• Sistema de Ignição; e• Sistema de Ancoragem.

No sistema de combustão, destaca-se a fabricação das câmaras de empuxo capacitivas (CTC), utilizadas para

realização dos ensaios à quente no Banco de Ensaios P8, em Lampoldshausen, na Alemanha. Os ensaios, finaliza-dos em outubro de 2016, foram os primeiros ensaios à quente de um modelo da câmara de empuxo do Motor L75 e permitiram a medição de diversas características de projeto, bem como aspectos relacionados à estabilidade de combustão e à resistência mecânica da câmara.

Além da utilização do Banco de Ensaios P8 para os ensaios da CTC, de propriedade da Centro Aeroespacial Alemão (DLR), foram montadas e revitalizadas diversas infraestruturas de ensaios no Laboratório de Ensaios de Propulsão Líquida (LEPL) do IAE. O Banco de Ensaios de 20kN é capaz de realizar ensaios do gerador de gás do Motor L75 e o IAE possui o Banco de Ensaios de Bombas Hidráulicas e Turbinas (BTBH).

Maquete do Motor-foguete L75.

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Ensaios a quente da CTC na Alemanha.

Banco de Ensaios de Bombas Hidráulicas e Turbinas (BTBH).

Turbina instalada para ensaios no BTBH.

Foi definida a arquitetura do Sistema de Controle e de suas partes, bem como a sequência lógica de funcio-namento do Motor, além da montagem de um demons-trador de bancada.

Motor a Propulsão Híbrida – H1Em 2012, o IAE iniciou estudos em propulsão híbrida. A tecnologia encontra aplicações diversas como em mano-bras de correção de trajetória, desaceleração de aparatos espaciais e estágios superiores de veículos suborbitais.

Neste tipo de motor, um oxidante líquido é atomizado sobre o combustível no estado sólido que, após ignição, inicia o processo de combustão. Uma vez que a chama é estabelecida sobre a superfície do combustível, o processo é autossustentável.

Ensaio do Motor H1 a base de Parafina e PBLH.

Ensaios são sistematicamente executados buscan-do-se a otimização dos sistemas que compõem o motor à propulsão híbrida, como os sistemas de injeção e de ignição. Adicionalmente, novos combustíveis vêm sendo propostos no interesse de aliar o maior desempenho pro-pulsivo da parafina às propriedades mecânicas do PBLH (Polibutadieno Líquido Hidroxilado), objetivo principal dos ensaios realizados em 2016 e 2017.

Combustível à base de Parafina.

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Código Computacional para Simulação de Propulsão EspacialO desempenho de um motor-foguete envolve um con-junto de especificidades que pode ser avaliado compu-tacionalmente por meio do equacionamento e solução numérica das equações físicas que regem os fenôme-nos envolvidos.

Neste contexto, foi desenvolvido no IAE o Código de Propulsão Espacial (CPE). Utilizando-se o CPE, enge-nheiros e pesquisadores executam a complexa tarefa de simular e analisar o desempenho de um motor-foguete.

Durante o biênio, o CPE foi utilizado no estudo de estabilidade de funcionamento do motor-foguete S50, que equipará o VS-50 e o VLM-1.

Plataforma Suborbital de MicrogravidadeO veículo VSB-30 é utilizado pelos programas espaciais do Brasil e da Europa para realização de experimentos em ambiente de microgravidade. No âmbito da cooperação AEB – DLR, cabe ao Brasil, por meio do IAE, fornecer os motores S30 e S31, que representam o primeiro e segundo estágios do VSB-30. Ao DLR cabe fornecer a plataforma responsável pela fixação, alimentação elétrica e proteção ambiental dos experimentos embarcados durante todas as fases do voo. Além disso, essa plataforma é dotada de controle de velocidade angular, sistema de telemetria para a transmissão de dados de voo e dos experimentos, e de um sistema de recuperação para resgate no mar.

Com o intuito de tornar os lançamentos dos VSB-30 independentes da plataforma alemã, a AEB con-tratou, junto à indústria nacional, o desenvolvimento da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), a qual oferecerá condições similares à alemã. Iniciada em 2014, a PSM foi planejada para ser executada em quatro fases: Fase I: Engenharia de Sistemas; Fase II: Modelo de Engenharia; Fase III: Modelo de Qualificação; e Fase IV: Modelo de Voo, incluindo o Banco de Controle.

Em 2016, foram realizados os ensaios de quali-ficação dos equipamentos eletrônicos embarcados, incluindo o Computador de Bordo. Adicionalmente,

foram concluídos os ensaios de vibração dos módulos de serviço, de separação/ioiô, de gás frio, de controle e de recuperação. O ano foi encerrado com a conclusão da fabricação da coifa em material composto, uma novidade em relação ao Modelo de Engenharia.

Em 2017, os trabalhos prosseguiram com a integração dos equipamentos aos módulos e, posteriormente, com os testes elétricos.

Ensaio de vibração mecânica do Computador de Bordo da PSM.

Satélite de Reentrada Atmosférica – SARAO Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA) objetiva o desenvolvimento de uma plataforma de 350 kg para experimentos em uma órbita aproximada de 300 km, com tempo de permanência de até 10 dias. Para viabi-lizar o atingimento do objetivo principal, este projeto foi dividido em fases (duas suborbitais e duas orbitais) caracterizadas por incrementais tecnológicos.

Com o aprendizado e os ganhos obtidos durante a Operação São Lourenço (2015) o projeto passou por uma reavaliação, sendo, desde então, denominado SARA Suborbital I-v.2.

Nesse processo de reavaliação e reconstrução estão presentes, dentre outras, as seguintes atividades: a rea-dequação do projeto estrutural para reduzir os níveis de vibração sobre os componentes eletrônicos e mecâni-cos; a simplificação da Rede Elétrica com o emprego de

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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componentes e sistemas que poderão ser utilizados em veículos suborbitais; e o estudo para a modificação do projeto aerodinâmico com vistas a garantir a estabilidade e a redução de velocidade durante a reentrada atmosférica.

Modelo do SARA Suborbital I-v.2, incluindo freio aerodinâmico.

Estudo de nuvens sobre o CLANo CLA, uma grande parte da precipitação provém de nuvens rasas (Cumulus) que se tornam profundas (Cumulonimbus). Para avaliar o número de dias em que essa transição seria possível, realizou-se uma pes-quisa, cujos resultados são úteis para apoiar a previsão de ocorrência de precipitação durante as campanhas de lançamento de veículos espaciais. Essa pesquisa teve o suporte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do IAE (PIBIC-IAE).

Ilustração de uma nuvem rasa e profunda.

5 km

chuva

nuvem rasa( topo < 5 km)

nuvem profunda(topo > 5 km)

Os resultados mostraram que, no trimestre chuvoso, pode haver transição de nuvens rasas para profundas em 60% dos dias. No trimestre seco, a possibilidade de tran-sição diminui para 15% dos dias e a transição espontânea reduz-se para 4 %. A menor possibilidade de transição no trimestre seco decorre da presença de uma camada de ar seco nos médios níveis da troposfera.

Dispersão de gases no CLADentre os produtos da queima de propelente pelos foguetes, encontra-se o ácido clorídrico (HCl), que pos-sui certa toxidez aos seres humanos. Com o intuito de avaliar como esses gases se dispersam na atmosfera no entorno da plataforma de lançamento do CLA, realizou--se uma pesquisa.

Uma das simulações considerou o lançamento do VLS-1, tendo sido avaliadas três regiões, com foco naque-las onde ocorrem atividades humanas. Um dos resultados obtidos foi a concentração de gases a partir do instante de lançamento.

Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação Ciência e Tecnologia Espacial (CTE), do qual o IAE participa junto ao Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e o ITA.

Séries temporais de ácido clorídrico (HCL).

1e-0

40.

002

0.05

0.5

520

200

2000

HC

I (pp

mv)

SPL 0,8 km

HCI

1000 ppmv - curto período

100 ppmv -1h50 ppmv - 1h

35 ppmv - poucas horas

5 ppmv - tosse

00minutos

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

5,9 km9,1 km7,5 km

SMTALCVTA

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SUBDIRETORIA DE AERONÁUTICA (SAER)

Investigação de acidentes aeronáuticosAs solicitações de investigação de acidentes aeronáuticos, no fator material, chegam ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) por intermédio da Divisão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DPAA) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

Essas atividades são realizadas com o propósito de prevenir novos acidentes aeronáuticos, uma vez que os relatórios emitidos pelo IAE apontam, sempre que possível, os fatores contribuintes para a sua ocor-rência. Esses relatórios contribuem para a emissão de Divulgações Operacionais (DIVOP), através do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), e são utilizados para aumentar a segurança operacional de voo e para a disseminação, no âmbito interno e externo à Força Aérea Brasileira, de informa-ções sobre a prevenção de fatores que levem a ocorrência de acidentes aeronáuticos.

O destino final dos relatórios emitidos pelo IAE é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O CENIPA é responsável pela emissão dos relatórios finais contendo as conclusões ofi-ciais e as Recomendações de Segurança de Voo (RSV). Com a divulgação dos resultados das investigações, espe-ra-se que os profissionais envolvidos em atividades aéreas sejam informados e instruídos a fim de evitar que outros acidentes aéreos semelhantes venham a ocorrer.

As Divisões do IAE que participam das atividades de investigação de acidentes aeronáuticos em apoio ao CENIPA são: a Divisão de Propulsão Aeronáutica (APA) que é responsável por avaliar o grupo motopropulsor e realizar ensaios físico-químicos nos combustíveis e lubri-ficantes da aeronave; a Divisão de Materiais (AMR) que analisa os mecanismos de falha dos materiais por razões de excesso de carga ou por fadiga; a Divisão de Química (AQI) responsável por identificar substâncias suspeitas encontradas no grupo motopropulsor por meio de aná-lises espectrométricas no infravermelho.

No biênio 2016-2017, o IAE emitiu 97 relatórios técni-cos relativos a falhas mecânicas e 63 relativos a falhas de materiais em diversos tipos de motores aeronáuticos. Os investigadores do IAE realizaram 42 missões, no Brasil e no exterior, em apoio à investigação de acidentes aeronáu-ticos em campo e à participação em palestras de eventos ligados à formação e à divulgação da segurança de voo.

Motor cuja aeronave colidiu contra a água.

Degradação do material de proteção do motor e sucção do mesmo pela turbina de uma aeronave A-320.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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Helicóptero acidentado em fase de desmontagem.

Transferência tecnológica – Projeto H-XBRNo âmbito do Projeto H-XBR foram adquiridos 50 heli-cópteros EC725 para atender as demandas das Forças Armadas, numa contratação conjunta pioneira. O Projeto H-XBR configurou uma das formas de atuação do Governo Federal para alavancar a indústria brasileira na capacitação tecnológica para conceber, desenvolver e produzir aeronaves de asas rotativas.

Por meio de um acordo de cooperação industrial, a empresa francesa Eurocopter ficou incumbida de transfe-rir tecnologias para empresas e instituições beneficiárias no Brasil.

Como transferência tecnológica, a empresa brasileira BrasCopter e o IAE receberam o programa de computador ROTOR da Eurocopter. Neste contexto, um pesquisador do IAE recebeu treinamento nas instalações da Onera, na França, para a operação do referido código. A utiliza-ção do código ROTOR visa à determinação dos limites de estabilidade aeroelástica para projeto de helicópteros e, em especial, será utilizado no aperfeiçoamento do projeto de helicóptero nacional denominado AlphaOne, pertencente à empresa BrasCopter. Com esta nova capa-cidade técnica, desde 2017 a empresa Brascopter conta com a participação do IAE no aperfeiçoamento do pro-jeto AlphaOne.

Integração de míssil na aeronave F-5EMO IAE, através da Divisão de Aerodinâmica (ALA), par-ticipou da integração da versão de treinamento do míssil Python 4 na aeronave F-5EM. A participação da ALA consistiu em realizar uma série de análises aeroelásticas desse míssil, integrado ao F-5EM, através da utilização do programa de computador ZAERO.

Ensaios em Túnel de Vento TransônicoO Túnel de Vento Transônico Piloto (TTP) do IAE é uti-lizado para realizar pesquisa e desenvolvimento nas áreas de aerodinâmica, aeroelasticidade e dinâmica dos fluidos no regime de escoamento transônico do ar.

No biênio 2016-2017, foi realizada no TTP uma campanha de ensaios utilizando o modelo do Veículo Suborbital VS-40 para visualização de ondas de choque com o uso de tintas sensíveis à pressão (PSP) e à tempe-ratura (TSP). Os resultados dos ensaios obtidos foram, ainda, utilizados para comparação com simulações em Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD) a fim de validar o modelo computacional desenvolvido.

Em 2016, o TTP foi utilizado pela Embraer, através da contratação de pesquisadores do IAE, para realizar ensaios de sondas do tipo trailing cone, ou cone de esteira, para o desenvolvimento de soluções de engenharia àquela empresa.

Em apoio a atividades acadêmicas para a formação de recursos humanos especializados, o TTP foi utilizado por alunos e professores da pós-graduação do ITA, culmi-nando com a obtenção de resultados que levaram à con-fecção três dissertações de mestrado e duas de doutorado.

Ensaios em túnel de vento subsônicoNo biênio 2016-2017, diversas campanhas de ensaios aerodinâmicos experimentais foram realizadas no Túnel de Vento Subsônico nº 2 (TA-2) do IAE. Essas campanhas compreenderam ensaios para as áreas de aeronáutica e naval, dentre outras.

Dentre os ensaios para a área de aeronáutica des-tacaram-se o da semiasa de uma aeronave de cinco

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passageiros para a empresa INPAER; o do modelo da aeronave militar B-250 da empresa NOVAER; o estudo de configurações não convencionais de aeronaves para o ITA; o ensaio de um modelo de aeronave turboélice da Embraer; e um modelo de asa voadora para o ITA.

Ensaios para visualização de linhas de corrente.

Para a Marinha do Brasil realizou-se o ensaio de um modelo da corveta Barroso. O objetivo deste ensaio foi o de mapear o escoamento de ar sobre o convés, para con-fecção do envelope de pouso e decolagem de helicópteros na embarcação.

Ensaio de escoamento na Corveta Barroso.

Para áreas diversas da iniciativa privada, foram reali-zadas 19 campanhas para análise de resistência ao vento de painéis solares e de antenas parabólicas.

No ano de 2017, a Divisão de Aerodinâmica adqui-riu um modelo aeronáutico padrão denominado M5/

ONERA/IAE. Esse modelo servirá como padrão itine-rante em um programa de intercomparação de resultados de ensaios aerodinâmicos obtidos em diferentes túneis de vento ao redor do mundo. Nesse mesmo ano, a Divisão de Aerodinâmica reconquistou o status de membro da Associação Internacional de Túneis de Vento Subsônicos da Subsonic Aerodynamic Testing Association (SATA). Fazem parte da SATA renomados centros de pesquisa e universidades como o NASA-Langley, o Centro de Pesquisas Aeroespaciais ONERA (França), o Instituto Aerohidrodinâmico TsAGI (Rússia), e as Universidades de Glasglow (Reino Unido), de Maryland (EUA) e de Wichita (EUA).

Ainda em 2017, no campo de desenvolvimento de veículos espaciais, realizou-se o ensaio em túnel de vento para o projeto Módulo de Recuperação de Cargas Espaciais por Paraquedas (MRCEP). Este ensaio contem-plou diversos eventos como a extração de paraquedas por intermédio de um pistão extrator (dispositivo pirotéc-nico), corte de cordão umbilical de paraquedas por inter-médio de uma guilhotina pirotécnica e abertura simul-tânea de dois paraquedas no interior do túnel de vento TA-2. Tratou-se de um ensaio, até então, nunca realizado em âmbito nacional. Para esse ensaio, estavam envolvi-das a Divisão de Gerenciamento de Projetos Espaciais (AGE), a Divisão de Integração e Ensaios (AIE), a Divisão de Propulsão Espacial (APE) e a Divisão de Mecânica (AME), todas da Subdiretoria de Espaço; a Divisão de Sistemas de Defesa (ASD), da Subdiretoria de Defesa; a Divisão de Aerodinâmica (ALA), da Subdiretoria de Aeronáutica; a Divisão de Apoio e Infraestrutura (ADA), da Subdiretoria de Administração; além das coordena-dorias de Tecnologia da Informação (VDIR-TI) e de Segurança (VDIR-CS), subordinadas à Vice-Direção.

Entre 2016 e 2017, nas instalações do túnel de vento subsônico TA-3, utilizado para ensaios de calibração de instrumentos, foram realizados diversos ensaios de verifi-cação de anemômetros em apoio ao Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), ao CLA e ao CLBI, totalizando 33 campanhas de ensaios.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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Ensaio do módulo de recuperação do MRCEP no TA-2.

Ensaio de um modelo de aeronave da Embraer.

Investigação experimental através da técnica PSPEssa investigação consistiu na utilização da técnica de Tinta Sensível à Pressão (PSP) para avaliar experimen-talmente escoamentos em torno de aerofólios e corpos rombudos. O regime de escoamento considerou números de Mach variando entre 0,3 e 0,4, sendo os ensaios rea-lizados no TTP.

A investigação proposta consistiu na primeira aplica-ção da técnica PSP no Brasil para estudos em regime não estacionário. Em uma próxima etapa, pretende-se com-parar os resultados experimentais com aqueles obtidos a partir de simulações computacionais.

Aerofólio NACA 0012 pintado com tinta PSP e instalado na seção de ensaios do TTP.

Análise do escoamento ao redor de corpos rombudosEm 2017, foi realizada uma investigação experimental em túnel de vento para obtenção das distribuições de pressão e de velocidades ao redor de corpos rombudos conside-rando os de base circular e os de base quadrada, os quais pretendiam representar a Torre Móvel de Integração, que serve de base para montagem de veículos lançadores de satélites no Centro de Lançamento de Alcântara.

Para obtenção dos coeficientes globais de pressão foi utilizada a técnica PSP, enquanto para obtenção do campo de velocidade utilizou-se a técnica de Velocimetria por Imagem de Partículas (PIV).

Desenvolvimento de turbinas aeronáuticasDesde 2005, existem, no âmbito do IAE, projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de uma turbina aero-náutica que visa à motorização de mísseis de cruzeiro e alvos aéreos de alto desempenho com peso máximo de decolagem na ordem de 1.500 kg. Atualmente, encontram--se ativos os projetos Sistema de Propulsão para Defesa (SPD) e o Turborreator de 5.000 N (TR-5000). Esses pro-jetos são desenvolvidos em parceria com, respectiva-mente, o ITA e a empresa TGM Turbinas Ltda. Ambos os projetos contam com financiamento da Financiadora de

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Estudos e Projetos (FINEP) e são apoiados pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais.

Complementares entre si, e considerando a possibili-dade de emprego dual das tecnologias desenvolvidas, os projetos SPD e TR-5000 visam, ainda, o desenvolvimento de um motor estacionário para geração de eletricidade.

Turbojato TR-5000 em banco de ensaio de motor completo.

Turbina aeronáutica TR-5000 em exposição.

As metas em curso dos projetos supracitados são, além do desenvolvimento do motor e de seus sistemas periféricos, a ampliação da infraestrutura laboratorial existente, visando à construção de bancos de ensaios de compressor, de turbina e de câmara de combustão.

Em 2016 e 2017 foram realizados diversos ensaios de desenvolvimento dos protótipos do motor em duas ver-sões distintas. No primeiro protótipo, foi alcançado 2/3 do valor de máximo empuxo previsto no projeto inicial, obtendo-se os melhores resultados de desempenho até então. No segundo protótipo, pela primeira vez, foram feitos ensaios a quente do motor com querosene de avia-ção como combustível. O segundo protótipo incorporou uma série de melhorias em relação ao primeiro, notoria-mente, nova câmara de combustão, novos bicos injetores de combustível e novas fixações entre os diversos estágios do compressor que levaram à simplificação do processo de fabricação do conjunto rotativo.

Caracterização de jatos coaxiais bináriosA eficiência de sistemas de combustão em turbinas a gás (motores tipicamente aeronáuticos) e motores-foguetes depende fortemente da mistura adequada de combustível e oxidante. Os perfis de temperatura na saída da câmara de combustão, a estabilidade de chama, o acoplamento ter-moacústico e a emissão de poluentes são alguns dos parâ-metros que precisam ser controlados em um combustor.

A dinâmica do escoamento envolve a evolução de perturbações acústicas, hidrodinâmicas e térmicas, que estão relacionadas, e podem entrar em ressonância com as frequências naturais da câmara de combustão, levando à sua destruição.

Com o objetivo de estudar as características de jatos compressíveis, coaxiais, tipicamente encontrados em sis-temas propulsivos, o IAE está conduzindo um projeto em cooperação com a Universidade do Estado da Pensilvânia, com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Além do IAE, colaboram nesse projeto o Instituto de Ciências Matemáticas e Computacionais (ICMC) da USP de São Carlos, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o ITA e, mais recentemente, o INPE, por meio do Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP).

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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Apoio ao projeto KC-390O projeto da aeronave KC-390 é um dos mais impor-tantes projetos existentes no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER) na atualidade. Desenvolvido pela Embraer, a partir de requisitos do COMAER, este projeto conta com participação do IAE.

Ao longo dos anos de 2016 e 2017, o IAE realizou uma extensa campanha de ensaios previstos no processo de certificação da aeronave KC-390. No Laboratório de Ensaios de Impacto (LEI), foram realizados 36 disparos de projéteis contra o para-brisas e as empenagens vertical e horizontal do KC-390. Esses ensaios tiveram por obje-tivo simular o impacto de aves em voo contra a aeronave a fim de evidenciar que a mesma suporta tais impactos sem sofrer uma falha estrutural catastrófica.

Ensaio de impacto em bordo de ataque.

Veículo Aéreo Não TripuladoA utilização de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), ou drone, é cada vez mais comum, tanto em aplicações civis como militares. Suas vantagens em relação às aeronaves tripuladas incluem a redução do custo de operação, a eli-minação do risco de perda de tripulação e a versatilidade em missões de longa duração ou em áreas de alto risco. Por isso, é essencial dominar as tecnologias que permitem o desenvolvimento desse tipo de aeronave.

Recentemente, o IAE desenvolveu o Projeto de Sistema de Navegação e Controle para VANT (Projeto SNC-VANT) e o Projeto de Decolagem e Pouso Automáticos para VANT (Projeto DPA-VANT).

VANT Acauã no hangar da Divisão de Sistemas Aeronáuticos.

Ao longo dos anos de 2016 e de 2017, foram inicia-dos e concluídos, pela Divisão de Sistemas Aeronáuticos (ASA), estudos relacionados a sistemas de navegação e controle, que contribuirão para a realização do futuro Projeto TCA-VANT (Projeto de Técnicas de Controle Avançado para VANT). O Projeto TCA-VANT está pre-visto para se iniciar em 2018 e prevê a incorporação, no software de navegação e controle já desenvolvido pela ASA, as capacidades de realização autônoma de lança-mento de armamento e de manobras de evasão para evi-tar colisões com outras aeronaves e/ou VANTs em voo.

Ensaios e análises estruturaisA Divisão de Sistemas Aeronáuticos prestou, no biênio 2016-2017, diversos serviços de análises estruturais e de ensaios em estruturas aeronáuticas para diferentes Organizações do Comando da Aeronáutica e para a ini-ciativa privada.

Para o Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG), a ASA efetuou análises estruturais com vistas à certificação do cubo de roda nacionalizado do trem de pouso prin-cipal da aeronave C-95. Também foram concluídos os estudos para a realização de ensaios estáticos, de rolagem, de estouro de pneu e de torque da roda principal dessa aeronave, para a futura certificação do cubo de roda.

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Em apoio às atividades de certificação desenvolvidas pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), a ASA realizou a avaliação de relatórios de análises estru-turais estáticas e de ensaios estruturais para a aeronave KC-390 da Embraer. Também foram realizadas análises estruturais em apoio à integração da versão de treinamento do míssil Python 4 e do tanque de combustível no ventre central da aeronave F-5EM; e em diversas configurações de armamento e taques subalares na aeronave A-29.

Junto ao Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), ao CELOG, ao IFI e à Embraer, a ASA realizou estudos visando uma possível extensão de vida em fadiga dos trens de pouso principal e auxiliar para a frota de aeronaves T-27 da FAB. Foram planejados os ensaios estruturais necessários a essa extensão de vida com base no método safe life. O início desses ensaios estruturais foi programado para o primeiro trimestre de 2018.

Em relação à prestação de serviços para a inicia-tiva privada, destacam-se os realizados para a empresa NOVAER. Foram executados os ensaios estruturais isotérmicos e de queda livre do trem de pouso auxiliar e principal da aeronave B-250, com o objetivo de certi-ficar esses componentes junto ao IFI. Ainda em relação à aeronave B-250, a NOVAER encomendou à Divisão de Sistemas Aeronáuticos o planejamento dos ensaios estruturais da fuselagem completa daquela aeronave. Esses ensaios foram programados para se iniciarem em janeiro de 2018.

Em apoio às atividades de desenvolvimento na área de materiais, da Divisão de Materiais do IAE, e às ativida-des acadêmicas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foram realizados inúmeros ensaios de tração, com-pressão e fadiga em corpos de prova fabricados em aço, em ligas de alumínio e em materiais compósitos.

Desenvolvimento de ligas de titânio-alumínio para aplicações aeroespaciaisEste projeto visa desenvolver tecnologia para fabricação de ligas gama-titânio-aluminídeo por metalurgia do pó. Essas ligas são utilizadas em sistemas de proteção térmica de veículos suborbitais e compressores de alta e baixa pressão de turbinas a gás. Além disso, podem também ser aplicados em sistemas de proteção térmica de veícu-los aeroespaciais.

Em 2016, foi produzido pó pré-ligado de titânio-alu-mínio a partir da moagem de lingotes produzidos por fusão a arco em atmosfera de argônio. O pó obtido foi misturado com cromo e nióbio para obtenção de amos-tras da liga Ti-48Al-2Cr-2Nb. As amostras foram caracte-rizadas por microscopia eletrônica de varredura, difração de raios-X e análises de densidade.

Os resultados demonstraram a eficiência do uso do pó pré-ligado de Ti-Al na redução da porosidade.

Em 2017, foi desenvolvido um processo para intro-dução de cobre (de 1 a 3% em peso) na liga Ti-48Al-2Cr-2Nb visando à redução da porosidade verificada em eta-pas anteriores. Os resultados evidenciaram que pequenas adições de cobre (até 2%) melhoram a densificação final da liga, praticamente eliminando sua porosidade.

Microestrutura da liga Ti-48Al-2Cr-2Nb sinterizada a 1300° C (com adição de 2% de cobre), onde se observa a eliminação da porosidade pela formação de uma fase rica em cobre.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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Evolução microestrutural de amostras da liga Ti-48Al-2Cr-2Nb utili-zando pós pré-ligados de Ti-Al, após prensagem a frio e sinterização entre 1100°C e 1400°C.

Materiais cerâmicosO desenvolvimento de ferramentas para usinagem de alto desempenho é de grande interesse da indústria de peças, máquinas e equipamentos em geral, visando o aumento da produtividade e o melhor acabamento das peças.

A Divisão de Materiais do IAE desenvolve ferramen-tas de corte cerâmicas para aplicação na usinagem de fer-ros fundidos, aços ligados de alta resistência e superligas.

Devido às suas propriedades de alta dureza e alta resistência ao desgaste, composições à base de alumina (Al₂O₃) com adições de carbetos de tungstênio, silício e cromo estão sendo desenvolvidas, por um processo de sinterização especial, obtendo-se durezas na faixa de 24 a 30 GPa, bem acima da dureza da alumina pura, que é de 13 a 15 GPa.

Em 2017, o desenvolvimento foi focado na obtenção de cerâmicas à base de alumina (Al₂O₃) alterando as com-posições (aditivos). Essas cerâmicas foram caracterizadas quanto à microestrutura, massa específica e dureza. As composições mais promissoras foram sinterizadas na geometria de ferramenta de corte para torneamento e enviadas para uma empresa terceirizada para lapidação. Testes de usinagem foram planejados em ligas de uso aeronáutico tais como: Inconel 625 e Nimonic 80A.

Modelos produzidos de Material Cerâmico.

Teste de usinagem com fermenta de corte cerâmica.

Vitrocerâmicas com alta resistência ao impacto balísticoVitrocerâmicas associam alto desempenho com facili-dade de manufatura, pois podem ser conformadas como se fossem vidros.

Neste projeto estão sendo desenvolvidas vitrocerâ-micas de alta resistência ao impacto a partir do sistema LAS (Lítio-Alumino-Silicato), com nucleação a partir de óxido de zircônio (ZrO₂) e óxido de titânio (TiO₂).

Utilizando-se tratamentos térmicos com longos pata-mares de nucleação e de cristalização foi possível obter vitrocerâmicas com microdureza acima de 10 GPa.

Por meio de ensaios balísticos, foi comprovado que as vitrocerâmicas estudadas são fortes candidatas a aplicações em proteções balísticas, devido ao excelente desempenho apresentado frente a munições de calibres 7,62 mm e 5,56 mm.

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(a) (b) (c)

a) Alvo com vitrocerâmica CDP10 após ensaio balístico com projétil 7,62 mm a uma velocidade de 848 m/s; (b) Alvo com vitrocerâmica CDP10 após ensaio balístico com projétil 5,56 mm a uma velocidade de 1.002 m/s; (c) Penetração provocada por um disparo de projétil 5,56 mm diretamente em placa de Polietileno (PE).

Materiais contra impacto balísticoO projeto Materiais Especiais de Alta Resistência (MAEAR), concluído em 2017, visou à obtenção de sis-temas de proteção de baixo peso contra impacto balís-tico. Para a obtenção dessa propriedade, foram utilizadas placas ultrafinas e nanopartículas cerâmicas combinadas com fibras e filmes poliméricos.

Placas cerâmicas ultra finas.

O desempenho do material obtido foi avaliado pela dimensão da deformação da face posterior do painel de blindagem e pela extensão da área danificada, que refle-tem na capacidade de resistir a impactos sucessivos.

Redução dos danos e da deformação da face posterior nos painéis de Kevlar aditivados com nanopartículas, após disparo com projétil de 9 mm.

Sem nanopartículas Com nanopartículas

Sistemas de proteção térmica ablativo e resistente ao desgasteEste projeto visa à obtenção de compósitos termoestru-turais a partir de fibras de carbono e matriz de carbono/carbeto de silício para uso em temperaturas elevadas (1.500 °C), com aplicação aeroespacial e de defesa.

Entre 2013 e 2016, o projeto desenvolveu tecnologia de obtenção de compósitos reforçados com fibras de carbono e matriz híbrida de carbono/carbeto de silício (CRFC/C-SiC). O material obtido, compósito CRFC/C-SiC, é utilizado em empenas de vetoração de mísseis, freios aeronáuticos, gargantas de tubeira de motores-foguetes e proteções térmicas de veículos de reentrada atmosférica.

Poucos países dominam a tecnologia de manufatura desses materiais, cujo projeto utilizou processo alterna-tivo aos existentes no mercado internacional.

O processo de manufatura foi conduzido com sucesso entre 2015 e 2016 e os novos materiais foram caracteri-zados mediante ensaios mecânicos, para obter valores referência de projeto, e para avaliação de desgaste erosivo (fricção) e térmico (ablação).

Foram caracterizadas as propriedades elétricas, tanto em corrente alternada quanto em corrente contínua, abrangendo o espectro de tratamento térmico correspon-dente à conversão de compósitos de fibras de carbono e resina fenólica em compósitos de carbono reforçado

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com fibras de carbono, bem como os compósitos híbridos modificados com carbeto de silício.

Essa caracterização permitiu estabelecer critérios de controle de qualidade e critério de aceitação para mate-riais fabricados no país ou importados. A quantidade de resultados obtidos permite desenhar um mapa de pro-priedades e definir condições de processo que melhor se adequam à aplicação desejada.

Realização da 10ª Escola de Primavera de Transição e Turbulência (EPTT)A instabilidade de escoamentos laminares, a transição de regime laminar para turbulento e a turbulência são tópicos de grande interesse em dinâmica dos fluidos. Nesse contexto, pesquisadores do Brasil e do exterior trabalham no desenvolvimento de ferramentas teóricas e experimentais para estudar esses fenômenos.

Em 1998 ocorreu a 1ª Escola de Primavera de Transição e Turbulência (EPTT), realizada no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, em organização conjunta com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde então, tem sido um evento da Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM) de grande sucesso.

A 10ª EPTT foi realizada, em 2016, na cidade de São José dos Campos, tendo participado de sua organização o IAE, o ITA, o IEAv e o INPE.

O evento contou com 210 participantes e seguiu o for-mato já consagrado em outras escolas, sendo oferecidas palestras de pesquisadores do exterior, minicursos pre-parados por pesquisadores brasileiros e sessões técnicas com a apresentação de trabalhos de grupos de pesquisa do Brasil e do exterior.

Adicionalmente, foram oferecidas visitas aos túneis de vento da Divisão de Aerodinâmica do IAE, ao Laboratório Prof. Feng do ITA, ao túnel hipersônico do IEAv e ao Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE.

Cerimônia alusiva ao EPTT 2016.

SUBDIRETORIA DE DEFESA (SDEF)

No biênio de 2016-2017, a Subdiretoria de Defesa, através da Divisão de Sistemas de Defesa (ASD), teve um incre-mento significativo em suas atividades em relação ao ano de 2015. Essas atividades são descritas a seguir.

Alvo Aéreo E-1 (AAE-1)O projeto Alvo Aéreo E-1 (AAE-1) tem por objetivo dotar a FAB de um alvo aéreo não manobrável para uso

em ensaios de desenvolvimento de mísseis ou em missões de avaliação de desempenho de armamentos modernos que persigam radiação infravermelha, a exemplo dos mísseis Python 4 e A-Darter.

No biênio 2016-2017 foram realizadas inúmeras ati-vidades afetas ao projeto, sendo as principais a atualiza-ção do projeto da câmara de combustão, que atingiu os níveis de intensidade radiante esperados para o projeto

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e fabricação de 2 protótipos que integrarão o Alvo Aéreo E-1; a integração e elaboração de software para visuali-zação de resultados de ensaios da câmara de combus-tão em bancada; a finalização do projeto do subsistema de ignição e montagem e ensaio do protótipo da placa eletrônica; a preparação de dispositivos para os ensaios de vibração e temperatura da câmara de combustão; e a confecção da segunda versão das especificações do alvo, do subsistema de ignição e dos ensaios de temperatura e de vibração.

Ensaio de propriedade de massa do Alvo Aéreo E-1.

Kit de planeio e de guiamento para bombas de fins geraisO emprego do armamento aéreo em operações de bom-bardeio ar-solo tem se caracterizado, cada vez mais, pelo lançamento de artefatos a grandes distâncias do alvo, de forma a aumentar as chances de sobrevivência da força atacante. Nesse sentido, bombas de fins gerais conven-cionais têm sido dotadas de sistemas de asas e de guia-mento, conferindo a tais artefatos a capacidade de um voo à longa distância e com precisão de acerto.

Em 2016, foram iniciados os estudos para se verificar a viabilidade do desenvolvimento de um kit de planeio e guiamento por Sistema de Navegação Inercial e por Satélite (INS/GPS), a fim de ser aplicado nas bombas da série BA-FG (Baixo Arrasto de Fins Gerais). O traba-lho foi concluído com a elaboração de um documento denominado Necessidade Operacional (NOP), que foi

encaminhado ao Estado Maior da Aeronáutica. Também foi realizada uma avaliação da maturidade tecnológica da indústria nacional em desenvolver o kit. Em 2017, foram realizados estudos relativos aos requisitos de espoletagem do sistema.

Guiamento LASER para aplicação em míssil ar-superfícieA proposta deste estudo é avaliar a possibilidade de se realizar adaptações no míssil ar-ar MAA-1A, o qual possui guiamento infravermelho passivo. O objetivo do

Configuração de engenharia da câmara de combustão do Alvo Aéreo E-1.

Kit de planeio em bomba de fins gerais.

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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estudo é desenvolver uma concepção tecnológica baseada em guiamento LASER semiativo a partir da qual possa ser desenvolvido um míssil superfície-ar.

No ano de 2016, foram iniciados os estudos sobre as tecnologias atualmente empregadas; os ganhos em potencial com o emprego de guiamento LASER semiativo num cenário de combate, em conjunto com outros arma-mentos; a avaliação da logística associada e dos riscos ao empregar designadores LASER em campo; e a verificação do projeto do míssil MAA-1A (óptica, detector, eletrô-nica) por meio da documentação disponível.

Para subsidiar tais estudos, foi solicitada à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) a disponi-bilização de autodiretores, os quais, depois de recebidos, foram desmontados a fim de mensurar o espaço disponí-vel para acomodar um novo conjunto óptico e eletrônico de guiamento e controle.

Bomba de Exercício BEX-11B em substituição à bomba BEX-11O projeto teve como objetivo conceber uma nova bomba de exercício para substituir a bomba de exercí-cio nacional BEX-11. Como referência de projeto, foram adotados artefatos similares disponíveis no mercado. O estudo foi concluído com a elaboração dos relatórios de projeto, com ênfase para o dossiê de definição e norma de recebimento.

Representação da BEX-11B.

Em 2017, foram fabricados cinco protótipos, bem como elaborada a documentação técnica relativa ao pro-cesso de certificação, que se pretende iniciar em 2018, com ensaios em solo e em voo. Ao final da referida etapa, a FAB estará dotada de um artefato sobre o qual deterá o controle de configuração e, também, permitirá à Base Industrial de Defesa (BID), por meio de transferência de tecnologia, a possibilidade de fabricação para forneci-mento ao mercado interno e externo.

Cabeça de guerra de exercício para emprego em foguetes SBAT-70Este projeto tem como objetivo conceber uma cabeça de guerra de exercício com similaridade balística à cabeça de guerra antipessoal do SBAT-70 (CAB-70 AP).

No biênio 2016-2017, foram elaborados a Necessidade Operacional, o dossiê de definição, e a norma de recebimento.

Ainda em 2017, foram fabricados sete protótipos nas oficinas do IAE. Além disso, foi elaborada a documen-tação técnica relativa ao processo de certificação, que se pretende iniciar em 2018, com a realização dos ensaios em solo e em voo.

CAB-70 EX IN M1.

Formulações químicas de flares despistadores de mísseis com guiamento infravermelhoComposições pirotécnicas de Magnésio/Teflon®/Viton® (MTV) são amplamente utilizadas em flares despista-dores de mísseis com guiamento infravermelho. Essas composições têm mostrado excelentes estabilidades ambientais e térmicas (envelhecimento, resistência à umidade, vibração e temperatura) e boa compatibilidade

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química com a maior parte dos materiais usados em arte-fatos pirotécnicos.

No estudo iniciado em 2016, foram selecionadas for-mulações baseadas em 4 diferentes composições de MTV, as quais foram testadas em 2017.

Corpos de prova de Magnésio/Teflon®/Viton® (MTV).

Para a caracterização dessas formulações, corpos de prova foram submetidos a ensaios de estabilidade quí-mica à vácuo, análise termogravimétrica, calorimetria exploratória diferencial, resistência à compressão (radial e axial), resistência ao atrito, calor de combustão, calor de explosão, análise de temperatura com câmara térmica e análise espectrorradiométrica.

Por meio da comparação dos resultados obtidos com dados de flares-padrões disponíveis na literatura, será possível, a partir de 2018, avaliar a possibilidade da utilização, ou aprimoramento, de uma ou mais formu-lações como flares despistadores de mísseis com guia-mento infravermelho.

Espoleta Eletrônica para Bombas de Fins GeraisNo contexto do Curso de Especialização em Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA), realizado em parceria com o ITA, foi desenvolvido o anteprojeto de uma espo-leta eletrônica para a iniciação da detonação de bombas de fins gerais e bombas de penetração. O trabalho foi

desenvolvido no Laboratório de Eletrônica da Divisão de Sistemas de Defesa e consistiu de uma demonstração de conceito de uma espoleta eletrônica, tendo como referên-cia as características funcionais de espoletas disponíveis no mercado. O desenvolvimento foi concentrado no sis-tema eletrônico e no algoritmo de funcionamento.

Ainda em 2017, foi elaborada uma NOP para enca-minhamento ao EMAER.

Programa de computador FA100O Manual do, à época, Ministério da Aeronáutica, MMA 136-1, é utilizado para a seleção de armamento em opera-ções de ataque ao solo. Além de um texto que trata dos efei-tos dos armamentos sobre diversos alvos, o manual apre-senta um extenso conjunto de gráficos, tabelas e ábacos.

O objetivo do FA100 foi o de obter um programa de computador em que as informações contidas no MMA 136-1, disponíveis na forma de gráficos, tabelas e ábacos, fossem fornecidas ao operador de forma automatizada, a partir do fornecimento de dados de entrada ao programa.

Em 2017, o programa de computador desenvolvido pelo IAE, que contou com a participação do Instituto de Estudos Avançados, foi encaminhado para avaliação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e do Comando de Preparo (COMPREP).

Tela inicial do programa FA100.

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Cursos oferecidos às Forças ArmadasO IAE, por meio da Divisão de Sistemas de Defesa, elabo-rou propostas de cursos a serem oferecidos a militares da FAB envolvidos com as atividades de emprego e seleção de armamento. De caráter essencialmente militar, desses cursos também poderão participar oficiais das demais Forças Armadas.

Curso Básico de Sistemas de Armas (CBSA)A proposta desse novo curso é a de fornecer aos oficiais envolvidos com as atividades de tiro e bombardeio, dos esquadrões operacionais, o conhecimento básico dos sistemas de armas empregados pela FAB.

No período 2016-2017 foram iniciadas as ativida-des de definição do conteúdo programático do curso; de revisão do material didático disponível na FAB; e de preparação de novos materiais didáticos.

Após a conclusão dessas atividades, o material didá-tico será apresentado, a partir de 2018, ao Grupo de Instrução Tática e Especializado (GITE) para análise e aprovação.

Curso de Avaliação e Seleção de Sistemas de Armas (CASSA)Esse curso, a ser oferecido pelo ITA em parceria com o IAE, tem como finalidade fornecer uma base teórica sobre a avaliação e seleção de sistemas de armas para

os oficiais das Forças Armadas envolvidos em ativida-des de planejamento de emprego de armamento aéreo e seleção de alvos. Além disso, pretende-se que esse curso se torne um pré-requisito para o curso de mestrado em armamento no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Atividades Operacionais (PPGAO), do ITA.

No período 2016-2017, foi definido o conteúdo programático do curso, tendo sido submetido ao ITA para aprovação.

Sistema IFF Modo 4 nacionalSistemas Identification Friend or Foe (IFF) são compostos por radares que transmitem interrogações na forma de desafios criptográficos e de um transponder embarcado em aeronaves, que voluntariamente as respondem. As aeronaves que forem detectadas além do alcance visual (Beyond Visual Range – BVR), por um radar de vigilân-cia, são então identificadas para que se evitem eventos de fratricídio (fogo amigo).

Dominar um sistema IFF Modo 4 significa ter a capacidade de identificação remota segura de aeronaves militares visando a soberania aeroespacial.

No segundo semestre de 2016, a proposta de um projeto de Sistema IFF Modo 4 nacional foi apresentada ao Alto-Comando da Aeronáutica, estando sua aprovação pendente de disponibilidade de recursos financeiros e de definições técnicas relativas ao Programa FX-2 (aeronave Gripen NG).

ATIVIDADES DE APOIO A OUTROS PROJETOS

Projeto A-DarterO míssil A-Darter é um projeto conjunto entre Brasil e África do Sul. O objetivo é o desenvolvimento de um Míssil Ar-Ar de 5ª Geração e a transferência de tecnologia de mísseis para a indústria de defesa brasileira.

O IAE participa do projeto disponibilizando suporte técnico especializado à Comissão Programa Aeronave de Combate (COPAC).

Durante os anos de 2016 e 2017, o IAE acompanhou as atividades relacionadas ao início da Industrialização do A-Darter no Brasil.

Ao longo desse período as realizações mais signifi-cativas ocorridas no Brasil, foram a produção do pri-meiro DPA (Digital Processing Assembly) e a produção da primeira espoleta de proximidade, ambas seguindo os processos de industrialização adaptados à realidade brasileira. Adicionalmente, a equipe do IAE acompanhou

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as atividades relativas à PDR (Preliminary Design Review) do motor-foguete, na empresa Avibras.

Na África do Sul, os fatos mais relevantes ocorridos, entre 2016 e 2017, foram a CDR (Critical Design Review) do míssil, uma campanha de ensaios em voo cativo, as FQR (Final Qualification Review) do Atuador, do MCP (Missile Control Processor) e da Espoleta de Proximidade.

Ilustração do Míssil A-Darter.

Projeto MRCEPNas últimas décadas, o Brasil teve significativa evolu-ção no domínio de tecnologia de veículos suborbitais, como o VSB-30. Este veículo é utilizado desde 2004, em lançamentos no Brasil e no exterior, possibilitando a realização de experimentos científicos em ambiente de microgravidade.

Atualmente o sistema de recuperação da carga útil é fornecido pelo Centro Aeroespacial Alemão.

Diante deste cenário, O IAE desenvolve um sis-tema de recuperação de cargas espaciais denominado MRCEP (Módulo de Recuperação de Cargas Espaciais por Paraquedas).

Um dos itens críticos do MRCEP são os paraquedas, os quais necessitam atender aos rigorosos requisitos de operação. Neste contexto, uma das principais atividades realizadas, em 2017, foi a realização de ensaios no Túnel de Vento do IAE desses paraquedas.

Além dos ensaios em túnel, também foram realizados ensaios de extração de paraquedas e de corte de umbilical. A partir destes ensaios foi possível estimar algumas das

características aerodinâmicas dos paraquedas de arrasto e piloto do MRCEP que serão ensaiados em voo em 2018.

Ensaio em túnel de vento do paraquedas de arrasto.

Projeto SMAO Sensor Mecânico Acelerométrico (SMA) é um dispo-sitivo concebido para aumentar a segurança em lança-mentos de foguetes multiestágios.

Em 2016, os modelos produzidos foram testados por meio da realização de ensaios em solo e em voo, por ocasião da Operação Rio Verde. Os resultados dos ensaios demonstraram que o SMA atendeu aos padrões internacionais exigidos com níveis superiores a 99,9% de confiabilidade e 95% de confiança.

Esse projeto, que contou com financiamento do CNPq, foi encerrado em 2017 e aguarda, por parte do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial, a emis-são do certificado de qualificação.

Sensor Mecânico Acelerométrico em teste.

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Programa de revalidação/extensão de vida útil de foguetes ar-solo 70 mm SKYFIRE M9A FAB emprega foguetes ar-solo em suas aeronaves de ataque, de asas fixas e/ou rotativas. Esse tipo de arma-mento possui prazo de validade, o qual, mediante aná-lise técnica e ensaios, pode ser estendido garantindo-se a segurança de sua operação.

No final de 2016, tiveram início as atividades relati-vas ao planejamento dos ensaios de revalidação/extensão de vida útil dos foguetes SKYFIRE M9, fabricados pela empresa Avibras e pertencentes ao estoque do Parque de Material Bélico da Aeronáutica (PAMB).

Em 2017, foram realizados ensaios ambientais, ins-peções de raios-X, queimas em banco e análises quími-cas para verificar o comportamento e desempenho dos foguetes em condições que simulam o envelhecimento acelerado do grão propelente. O processo de revalidação terá continuidade no ano de 2018.

Ensaio de queima de um motor-foguete SKYFIRE M9.

Ensaios diversos da área de defesaAlém das atividades inerentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento, o IAE também presta serviços a outras Organizações do COMAER e a empresas privadas.

No período 2016-2017, a Divisão de Sistemas de Defesa realizou as seguintes prestações de serviços:• Coordenação e apoio aos ensaios radiográfi-

cos de motores do míssil MAA-1A para estudo de revalidação;

• Coordenação e ensaios de motores-foguetes do míssil MAA-1A, em apoio ao desenvolvimento de tese de

mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ativi-dades Operacionais do ITA;

• Ensaios para testes de material com resistência balística do Projeto Materiais de Alta Resistência (MAEAR) no Túnel Balístico;

• Ensaios de revalidação de munição 7,62 mm, 0,50 pol, 20 mm e 30 mm, em conjunto com equipe do PAMB;

• Ensaios de funcionamento de metralhadoras aéreas 0,50 pol do Comando de Aviação do Exército (CAVEx), com medida de cadência de tiro;

• Ensaios de material com resistência balística (à base de Kevlar), desenvolvido por alunos de graduação do ITA;

• Participação na integração do míssil Phyton 4 de trei-namento da FAB (Operação Arcanjo);

• Ensaio de queima de motor-foguete, desenvolvido por alunos do ITA, no Banco de Provas da ASD;

• Ensaios no Túnel Balístico de blindagem da empresa Aerotron para a aeronave KC-390; e

• Destruição de material ativo vencido do DCTA no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV).

Túnel Balístico – set up de ensaio de tiro.

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The Institute of Aeronautics and Space (IAE) conducts applied research in aerospace and defense systems. The IAE’s technical achievements included the development of projects and the provision of specialized technical ser-vices in compliance with the guidelines of the Aeronautics Command and in support of other Brazilian government agencies and private industry.

In the field of aeronautical research, IAE has worked in the development of an aeronautical engine for applica-tions in cruise missiles and high-performance aerial tar-gets; developed the technique of obtaining titanium-alu-minum alloys through powder metallurgy for aerospace applications; produced and tested ceramic materials of

high resistance to ballistic impacts; developed the tech-nique of obtaining reinforced carbon / silicon carbide based composites for the manufacture of rocket motor nozzles, missile vectoring fins and thermal protections for temperatures up to 1,500 degrees Celsius; worked in the area of aeronautical accident investigation in support of military and civil aviation; carried out several wind tunnel tests, tests and analyzes in aeronautical struc-tures in support of national industry and COMAER; conducted impact tests to support the certification of the EMBRAER KC-390 aircraft; and participated in the integration campaign of the Python 4 training missile on the F-5EM aircraft.

TECHNICAL ACHIEVEMENTS

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04 . REALIZAÇÕES TÉCNICAS

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In the field of defense systems, the IAE worked on developing a non-maneuverable air target drone for assessing the performance of missiles pursuing infrared radiation; proposed to the General Staff of Aeronautics the opening of a project of a glide kit coupled with laser guidance for MK series bombs, also proposed a project of a low collision damage bomb made out of carbon fiber coiled body; produced five prototypes of a new exercise bomb intended to replace the current BEX-11; developed the FA100 computer program that automated the selec-tion of armaments for ground attack operations based on MCA 136-1; elaborated for the Brazilian Air Force the proposals of a course of weapon systems fundamen-tals and a course of evaluation and selection of weapon systems for ground attack; submitted to the Aeronautical High Command the opening of an IFF mode 4 system project; technically supported the A-Darter fifth-gener-ation missile project, the space vehicle cargo-recovery system project and the accelerometer mechanical sensor for multistage rockets project.

In the field of space research, the IAE carried out operational activities for launching suborbital vehicles, in national and international territory, and space vehicle development activities, with a high degree of innovation. In 2016, there were three launches abroad and one launch in Brazil. In 2017, there were three launches abroad. The vehicles VS-30, VS-30/IO and VSB-30 were launched, with the objective of bringing to the space payloads loaded with scientific and technological experiments. The Operation Rio Verde, held in December 2016, at the Alcântara Launch Center (CLA), took experiments from Brazilian institutions with funding from the Brazilian Space Agency (AEB). In spite of the premature separa-tion of the payload, which made it impossible to carry out the experiments in microgravity, the vehicle track-ing and the payload rescue operation were successfully performed. Regarding the development of space vehicles, the Microsatellite Launcher Vehicle (VLM-1) emerged as the space access project that will give Brazil the autonomy

that a country with its territorial dimensions needs to promote economic development and guarantee the safety of its natural wealth. In 2016, IAE analyzed the com-mercial proposals for the supply of S50 engines, through FUNCATE, which in December of that year signed a con-tract with Avibras to supply six engines. In 2017, techni-cal discussions with the DLR were intensified, aiming at the definition of system-level requirements of the VS-50, a vehicle that aims to qualify in flight the first stage of the VLM-1 vehicle. In February of that year, the Critical Design Review (CDR) of the CaSSIS Project was held, which was supposed to be an alternative to the S50 engine design and to anticipate results through assays. In July 2017, the Preliminary Design Review (PDR) of the VS-50 was carried out, resulting in the definition of its reference configuration. Discussions of the VS-50 at the PDR level were completed in a meeting with the DLR in November 2017. In the area of liquid propulsion, the L75 engine component tests were highlighted despite the disruption of this strategic project in November 2017, for lack of financial support. In May 2016, testing of the compo-nents of the L75 engine was carried out at the facilities of the University of Kaiserslautem, Germany. In July 2017, representatives of the Bavarian Ministry visited Brazil and signed a memorandum of understanding with the Government of São Paulo to support the development of the L75 and VLM-1 projects, demonstrating the impor-tance of these projects in cooperation between Brazil and Germany for the development of these technologies. In 2017, the L75 project resulted in the publication of three articles in the Propulsion and Energy Forum - AIAA. Also, in that year, the IAE hosted the Workshop with AEB on Liquid Propulsion, at which the Institute defended the continuity of the L75 project. Finally, during the biennium 2016 and 2017, the Institute progressed in the re-evaluation of the SARA Project, based on the lessons learned during Operation São Lourenço (2015); and in the atmospheric sciences, carrying out cloud study and gas dispersion in CLA.

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FORTALECENDO RELAÇÕES

O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos.M I C H A E L J O R D A N

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90IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

05 . FORTALECENDO RELAÇÕES

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O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e suas relações institucionaisO IAE, Instituição Científico-Tecnológica (ICT) do Comando da Aeronáutica, cuja missão é ampliar o conhe-cimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro, por meio da Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação, Operações de Lançamento e Serviços Tecnológicos em Sistemas Aeronáuticos, Espaciais e de Defesa, relacionou-se com diversos atores, no biênio 2016-2017, para cumprir sua missão, sendo os principais:

• Órgãos financiadores – Agência Espacial Brasileira (AEB), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligados ao Ministério da Ciên-cia, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC); Comando da Aeronáutica ligado ao Ministério da Defesa (MD); a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ligada ao Ministé-rio da Educação; e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, os quais fornece-ram recursos para o desenvolvimento de projetos e ampliação de estrutura laboratorial;

• Outras ICT – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Instituto Tecnológico de Aero-náutica (ITA), Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), Cen-tro de Lançamentos de Alcântara (CLA), Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), Centro Tecnoló-gico do Exército (CTEx), que estabeleceram diretrizes, atuaram na execução de cursos e programas de pós-graduação, no compartilhamento de laboratórios, na realização de ensaios em vôo, na disponibilização de

infraestrutura para lançamentos de veículos espaciais e na certificação de itens aeroespaciais.

• Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP--SJ), que executou as atividades de saúde, de infraes-trutura e de apoio administrativo;

• Fundações de apoio – Fundação de Ciência, Aplica-ções e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (FUNDEP), que realizaram gestão administrativa e financeira nos projetos apoiados;

• Consultoria Jurídica da União de São José dos Cam-pos (CJU), que orientaram e emitiram pareceres jurí-dicos relativos a Contratos e Convênios;

• Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), participando de comissões de estudos do Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Espaço e Subcomitê de Atividades Espaciais de Normas Técnicas.

• Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), apoiando na prestação de assessoria técnica especializada em projetos contra-tados por esta OM, destacando-se o projeto da aero-nave KC-390;

• Centro Aeroespacial Alemão (DLR), no desenvolvi-mento conjunto do motor a propulsão líquida L75 e do veículo lançador de microssatélites (VLM-1);

• Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), prestando serviços de aná-lise de acidentes aeronáuticos (fator material);

• Empresas que contrataram o IAE para apoio no desen-volvimento de novos produtos, tais como Novaer Craft Empreendimentos, Embraer e Avibras;

• Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), da Marinha do Brasil, disponibilizando instrutores para disciplinas no Curso de Aperfeiçoamento Avan-çado em Sistemas de Armas oferecido neste Centro.

91INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), disponibilizando servidores para atuarem como consultores ad hoc; e

• Universidade da Força Aérea (UNIFA), apoiando ini-ciativa desta Instituição na implantação da Cátedra de Meteorologia Aeronáutica.

No biênio 2016-2017 o IAE buscou fortalecer o seu relacionamento com a sociedade e realizou as seguin-tes atividades:• participou de eventos e recebeu visitas onde pode

apresentar as atividades desenvolvidas e os projetos em andamento;

• disponibilizou um relatório, de freqüência bianual, denominado Relatório de Atividades;

• disponibilizou uma revista da qualidade;• fomentou um jornal internacional, o Journal of Aeros-

pace Technology and Management (JATM);• disponibilizou uma página sobre o IAE na internet

acessível em www.iae.cta.br contendo informações sobre o Instituto que incluem missão, visão e valo-res, histórico, estrutura organizacional, notícias e as publicações mencionadas anteriormente;

• elaborou 1669 publicações técnico científicas;• estimulou jovens do ensino superior a realizarem pes-

quisa através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC);

• colaborou para a capacitação aeroespacial e de defesa através do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias Espaciais (PG-CTE) e por meio do Curso de Especialização em Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA);

• realizou seminários, simpósios e workshops.• estimulou o interesse de jovens do ensino funda-

mental, médio em Astronomia e Astronáutica,

disponibilizando um Observatório Astronômico, colaborando com a Olimpíada Brasileira de Astrono-mia (OBA) e disponibilizando maquetes e palestran-tes para o Memorial Aeroespacial Brasileiro, uma das principais atrações turísticas de São José dos Campos.

O IAE apoiou o desenvolvimento da aeronave KC-390

Aeronave KC-390 pousando

No cenário nacional, destaca-se o projeto da aeronave de transporte e reabastecimento KC-390, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), sob gerência da COPAC, no qual o IAE colabora em diver-sas atividades. Dentre os eventos realizados destacam--se: a) em 2016, o IAE participou ativamente do 1º ao 7º Workshop do programa KC-390 prestando assessoria técnica ao gerente do projeto; b) em 2017, foram realiza-dos, com a participação do IAE, Ensaios de Interferência e Compatibilidade Eletromagnética (EMI/EMC) entre as aeronaves F-5-M e KC-390 para liberação aos ensaios de desenvolvimento do Sistema de Reabastecimento em Voo (REVO) e Ensaios de impacto de pássaros para a certificação da aeronave KC-390.

Os principais eventos nos quais o IAE partici-pou foram:

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05 . FORTALECENDO RELAÇÕES

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Latin America Aerospace and Defence (LAAD) – Defense and Security

Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Rossato, recebeu apresentação sobre o Projeto Motor-foguete à propulsão líquida L75.

O IAE participou como expositor, da LAAD, evento bianual, realizado no Rio de Janeiro-RJ, cuja edição de 2017 foi realizada no período de 04 a 07 de abril. A LAAD é a maior feira de segurança da América Latina que tem como objetivo reunir diversas empresas e expositores nacionais e internacionais do setor de Segurança e Defesa.

Para esta feira, o IAE expôs maquetes do Veículo Suborbital VSB30, do Satélite de Reentrada Atmosférica VS40-SARA, do Motor-foguete L75, da Turbina Aeronáutica (TR-5000) e da Bomba de Penetração.

Portões Abertos

Maquetes de Sistemas de Defesa em exposição

O DCTA, em seu evento “Portões Abertos”, realizado em 19 de agosto de 2017, permitiu que a comunidade conhe-cesse algumas das atividades desenvolvidas nos Institutos.

Nesse evento, o IAE expôs maquetes de sistemas de defesa desenvolvidos pelo IAE e uma maquete do VSB-30.

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT)

Alunos jogando no Laboratório Virtual

O IAE participou como expositor em 2017, da 14ª SNCT, realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade de Brasília-DF, no período de 23 a 29 de outu-bro. O evento é promovido pelo Mistério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e des-tina-se a aproximar a Ciência e a Tecnologia da sociedade por meio de atividades de divulgação científica.

Para esse evento o IAE desenvolveu um laboratório virtual contendo um jogo de recuperação de carga útil de um Veículo Suborbital e um software de foguete virtual de um veículo lançador de satélites.

As principais visitas recebidas pelo IAE foram:

Diretor de Inovação da FINEP

Comitiva FINEP com Diretor do IAE, Brig Eng Otero, no Laboratório de Ensaio de Turbina a Gás (LETG)

93INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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No dia 15 de fevereiro de 2016, o Diretor do IAE rece-beu a visita do Diretor de Inovação da FINEP, Prof. Dr. Predicto Rocha Filho.

O objetivo da visita foi apresentar alguns dos projetos e laboratórios do IAE financiados pela FINEP.

Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA) e Comitiva

Comitiva SEFA e Oficiais Generais do DCTA no Laboratório de Ensaios Dinâmicos (LED).

No dia 12 de agosto de 2016, o então Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Ten Brig Ar Egito, o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando e o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, receberam o Secretário da SEFA, Ten Brig Ar Araújo, e demais Oficiais Generais do DCTA, e Comandantes da Guarnição de Aeronáutica de São José dos Campos (GUARNAE-SJ).

Diretor-Geral do DCTA conheceu carga útil, em fase de integração, lançada pelo VSB-30 na Operação Rio Verde.

Diretor-Geral do DCTA, Vice-Diretor do DCTA, Diretor do IAE, Diretor do IEAv e Prof. do ITA no Laboratório de Integração.

No dia 1º de novembro de 2016, o então Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Egito, o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, o Diretor do IEAv, Cel Av Follador, e o Professor Bussamra do ITA, acompa-nhados pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero, e demais Oficiais Superiores observaram a integração da carga útil MicroG2, cujo lançamento foi realizado em 07 de dezem-bro daquele ano, na Operação Rio Verde.

Integrantes da CGU/COJAER/DECOR/CJU/FINEP

Comitiva e Diretor do IAE, Brig Eng Otero, no Painel de controle, operação e aquisição de dados da Divisão de Propulsão Aeronáutica (APA).

Os Advogados do Controladoria Geral da União / Consultoria Jurídica Adjunta do Comando da Aeronáutica / Departamento de Coordenação e Orientação de Órgãos Jurídicos/ Consultoria Jurídica da União (CGU/COJAER/DECOR/CJU) e o Diretor e Superintendente da FINEP visitaram o IAE, acompanhados do Diretor do IAE, Brig Eng Otero, no dia 15 de fevereiro de 2017, onde puderam conhecer, os Projetos e Laboratórios da Divisão de Propulsão Aeronáutica (APA) e Divisão de Sistemas Espaciais (ASE). Também estiveram presentes o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando, e demais Comandantes e Diretores das Organizações Militares (OM) da GUARNAE-SJ.

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Oficiais-Generais do DCTA e Comandantes e Diretores da GUARNAE-SJ

Oficiais-Generais, Comandantes e Diretores da GUARNAE-SJ no LED.

No dia 04 de setembro de 2017, o IAE recebeu a visita do Diretor-Geral do DCTA, Ten Brig Ar Amaral, do Reitor do ITA, Prof. Dr. Anderson Ribeiro Correia, do Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Maj Brig Ar Aguiar, e integrantes, Comandantes, Chefes, Diretores e Prefeito da GUARNAE-SJ, no intuito de promover o Projeto Integra DCTA 2017.

Secretários de Ministérios conheceram os Laboratórios

Secretários visitaram o Laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação (LINCS).

No dia 16 de outubro de 2017, o Vice-Diretor do DCTA, Maj Brig Eng Fernando e o Diretor do IAE, Brig Eng Otero, receberam o Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Prof. Dr. Álvaro Toubes Prata, o Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), o Secretário de Produtos de Defesa do MD, Sr. Jorge Saba Arbache Filho, o Secretário do Desenvolvimento e Competitividade Industrial do MDIC, Sr. Flávio Augusto Corrêa Basílio, e o Chefe da Sexta Subchefia do Estado-Maior (EMAER), Brig Ar Vasconcellos.

Integrantes da AEB/MDIC/ANATEL/ABDI

Comitiva visitou o LINCS.

O Diretor do IAE, Brig Eng Otero, recebeu, no dia 07 de novembro de 2017, a visita do Diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Dr. Petrônio Noronha de Souza e sua equipe, além de inte-grantes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

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1. Comitiva da Empresa Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC)2. Diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)3. Diretor do DCTA visita o IAE4. Alunos da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAr)5. Alunos do Centro de Instrução e Aviação do Exército Brasileiro (CIAvEx)6. Alunos do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra (ESG)

7. Alunos do Curso de Política e Estratégias Aeroespaciais da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR)8. Alunos do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército Brasileiro (CPEAEx)9. Alunos do Instituto Militar de Engenharia do Exército Brasileiro (IME)10. Comitiva da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA)

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11. Diretor e Vice-Diretor do DCTA visitam a Centrífuga na Divisão de Sistemas de Defesa (ASD) do IAE12. Alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)13. Alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro (ECEME)14. Alunos da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAr)15. Diretor do DCTA visita a Divisão de Eletrônica do IAE

16. Diretor do DCTA visita o Laboratório de Ensaios Dinâmicos do IAE17. Alunos da Escola da Agência Espacial Brasileira (AEB)18. Alunos do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk da Marinha do Brasil (CIAW)19. Novo Diretor e Vice-Diretor do DCTA visitam o Túnel Balístico na Divisão de Sistemas de Defesa (ASD) do IAE

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1. Representantes da Controladoria-Geral da União (CGU), Consultoria Jurídica Adjunta do Comando da Aeronáutica (COJAER), Departamento de Coordenação e Orientação de Órgãos Jurídicos (DECOR), Consultoria Jurídica da União (CJU) e Superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).2. Alunos do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)3. Alunos do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR)

4. Estagiários do Estágio de Adaptação Técnico do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica de São José dos Campos (CPORAER-SJ/EAT)5. Comitiva do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)6. Alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS) – Especialidade Material Bélico da EEAr7. Alunos do Curso de Formação de Sargentos (CFS) – Especialidade Eletricidade e Instrumentos da EEAr8. Comitiva do Ministério de Minas e Energia do Brasil

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9. Alunos do Curso de Inspetor de Material Bélico (CIMBE) da EEAr10. Alunos da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR)11. Alunos do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval. Almirante José Maria do Amaral Oliveira (CIAAN) da Marinha do Brasil12. Comitiva do Ministério da Bavária13. Alunos do Instituto Militar de Engenharia do Exército Brasileiro (IME)14. Alunos da Escola Superior de Guerra (ESG)15. Alunos do 4° ano do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)16. Alunos do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército Brasileiro (CPEAEx)

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17. Alunos do Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 18. Oficiais da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA) 19. Cadetes da Academia da Força Aérea Brasileira (AFA) 20. Alunos do 1° ano do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) 21. Oficiais-Generais do DCTA, da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE) e da GUARNAE-SJ 22. Alunos do 1° ano do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)23. Alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CeFeT) do Rio de Janeiro24. Comitiva e Alunos do Curso de Gestão de Recursos de Defesa (CGERD) da Escola Superior de Guerra (ESG)

25. Comitivas dos Ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e da Defesa (MD) 26. Oficiais-Generais do Encontro Interforças de Cooperação em Ciência e Tecnologia (C&T) 27. Secretários dos Ministérios da Defesa (MD) e da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações (MCTIC) e Chefe da 6° Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Brig Ar Vasconcellos. 28. Alunos do Curso Avançado de Defesa Sul-Americano (CAD-SUL) da Escola Superior de Guerra (ESG)

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29. Comitiva da Chefia de Logística e Mobilização (CHELOG) do Ministério da Defesa (MD)30. Alunos da Escola de Inteligência Militar do Exército Brasileiro (EsIMEx)31. Comitiva da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)32. Alunos do Mestrado Profissional Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada do ITA

33. Alunos do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR)34. Alunos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)35. Alunos do Mestrado Profissional em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB)36. Alunos e Professores da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)37. Delegação de Empresas Espaciais Norte-Americanas (Boeing, Lockheed Martin, SpaceX e Vector)

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PUBLICAÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS ELABORADAS

No biênio 2016-2017, foram elaborados pelo IAE 1669 documentos, conforme tabela de publicações. A documen-tação produzida foi registrada no Instituto através do soft-ware Sistema de Informações Gerenciais e Tecnológicas (SIGTEC), disponibilizado pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer ligada ao MCTIC.

Publicações do IAE

Tipos de Publicação 2016 2017

Artigos publicados em periódicos 16 40

Artigos apresentados em congressos 12 46

Capítulos de livro 1 0

Teses Defendidas, Orientadas ou Coorientadas

5 17

Acervo Técnico Científico 1004 528

Total 1038 631

Disponibilização de tecnologias produzidasBuscando estimular a inovação, alinhado com as leis nº 10.973/2014 e nº 13.243/2016, o IAE disponibilizou à sociedade tecnologias, mediante ofertas tecnológicas apresentadas na página Internet do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e mediante patentes concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Há tecnologias desenvolvidas que, por serem estraté-gicas, são mantidas em sigilo e não são patenteadas, mas que são disponibilizadas através de contratos de forneci-mento de tecnologia. Há outras tecnologias, públicas, que são patenteadas e que podem ser acessadas pela Internet, diretamente no banco de patentes do INPI ou através de softwares de busca de patentes. As tecnologias patentea-das podem ser comercializadas e empregadas somente após autorização formal pelo titular da patente.

Há ainda outras tecnologias, reconhecidas pelo INPI como Registro de Software.

Por meio de contratos de fornecimento e licencia-mento de tecnologia, a União e os inventores podem obter ganhos econômicos, alimentando o círculo vir-tuoso do desenvolvimento tecnológico no país.

No biênio 2016-2017 o IAE obteve do INPI a con-cessão dos seguintes registros de propriedade industrial:• Carta Patente PI 0006540-4 de título “Processo para

obtenção de Materiais Absorvedores de Radiação eletromagnética (MARE) isotrópicos e anisotrópicos, utilizando matrizes poliméricas e partículas esféricas e/ou filamentos de óxido de ferro policristalino, com valências II e III, na faixa de 1 a 20 GHz”.

• Cartas Patentes PI 0605598-2 e PI 0606094-3 de título “Processo de Fabricação de Ferritas Nano Estruturadas MnO-ZnO-Fe2O3, caracterizadas por moagem por Laser CuHBr” e título “Processo de Fabricação de Ferritas Nano Estruturadas MnO-M-gO-Fe2O3, caracterizadas por moagem por Laser CuHBr” respectivamente.

• Registro do programa de computador “Guara – Cálculo de Ajuste do Lançador”, depositado sob nº 03966-4.

• Carta Patente PI 0503773-5 de título “Processo de Fabricação e produto composto de Substrato para Utilização em Implantes Cirúrgicos”.

O IAE também realizou a oferta tecnológica nº 01/IAE/2017 intitulada “Veículo Suborbital VSB-30”, des-tinada a disponibilizar a tecnologia de fabricação do Veículo Suborbital VSB-30 para empresa(s) nacional(is) ou consórcio(s) de empresas, que atendam requisitos téc-nicos de habilitação e que tenham interesse em receber a tecnologia e fabricar o referido VSB-30 sob licença. Uma empresa se interessou pela tecnologia e o processo foi iniciado, aguardando o fornecimento de informações complementares por parte desta.

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Fomento a periódico científico internacionalO Journal of Aerospace Technology and Management (JATM) que foi criado no IAE em 2009, está classificado no extrato B3 no Qualis, sistema de estratificação da qua-lidade da produção intelectual dos programas de pós-gra-duação, mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Além disso, o JATM integra a base Emerging Sources Citation Index da Web of Science™ Core Collection, sendo este um importante avanço para integrar a base Science Citation Index, requi-sito para um periódico fazer parte do Journal of Citation Report e tem o seu Fator de Impacto (FI) calculado.

A partir de 2017 o JATM passou a fazer parte da cole-ção SciELO (Scientific Electronic Library Online), uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecio-nada de periódicos científicos e necessitou incluir editor de área e pareceristas de outros países.

O JATM publica em média 50 artigos por ano, todos na língua inglesa, em quatro fascículos (março, junho, setembro e dezembro) online e impresso, mantendo assim sua periodicidade e pontualidade.

Os artigos são publicados na versão online em http://www.jatm.com.br e http://www.scielo.br/jatm.

O JATM é publicado pelo DCTA com apoio finan-ceiro da Fundação Conrado Wessel e do CNPq.

Participação na elaboração de normas técnicasServidores do IAE participaram de algumas Comissões de Estudos do Comitê Brasileiro de Aeronáutica e

Espaço e Subcomitê de Atividade Espacial da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), conhecidos pela sigla CB-08/SC010. A superintendência do CB-08 é de responsabilidade do IFI. Para realizar os seus trabalhos, o CB-08/SC010 conta com a colaboração de servidores de várias organizações ligadas ao setor aeroespacial bra-sileiro, incluindo, além do IFI, o IAE, o CLA, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), o Instituto Nacional e Pesquisas Espaciais (INPE) e representantes das indústrias aeroespaciais. A AEB fornece os recur-sos financeiros relativos ao desenvolvimento das ativi-dades do CB-08/SC010. O mesmo modelo se aplica à International Organization for Standardization (ISO), da qual o Brasil, representado pela ABNT, é um dos 12 membros com direito a voto. Sob a coordenação do IFI e com recursos da AEB, servidores do IAE participam de diversas atividades no Comitê Técnico Aircraft and Space Vehicles e Subcomitê Space Systems and Operations, conhecidos pela sigla ISO/TC20/SC14.

A norma que recebe a designação NBR ISO é a tra-dução da norma ISO original.

É a partir da publicação das versões em português que empresas nacionais têm acesso às normas da ABNT incorporando-as aos seus processos produtivos. Dessa forma, possibilitam elevar a qualidade de seus produtos e serviços aeroespaciais, possibilitando uma melhor inser-ção no mercado nacional e internacional.

Em função das diversas atividades desenvolvidas no âmbito do CB-08, foram publicadas as seguintes normas no biênio 2016-2017:

• ABNT NBR ISO 24917: 2016 – Sistemas espaciais – Requisitos gerais de ensaios para veículos lançadores• ABNT NBR ISO 10789: 2016 – Sistemas espaciais – Gestão do programa – Gestão da informação

e documentação• ABNT NBR ISO 15388: 2016 – Sistemas espaciais – Controle da limpeza e da contaminação• ABNT NBR ISO 16091: 2016 – Sistemas espaciais – Apoio logístico integrado• ABNT NBR ISO 16404: 2016 – Sistemas espaciais – Gestão do programa – Gestão de requisitos• ABNT NBR ISO 17255: 2016 – Sistemas espaciais – Gestão do programa – Declaração de trabalho• ABNT NBR ISO 22538-1: 2017 – Sistemas espaciais – Segurança de oxigênio

103INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO

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Parte 1: Projeto de componentes e sistemas de oxigênio• ABNT NBR ISO 22538-2: 2017 – Sistemas espaciais – Segurança de oxigênio

Parte 2: Seleção de materiais metálicos para sistemas de oxigênio e componentes• ABNT NBR ISO 22538-3: 2017 – Sistemas espaciais – Segurança de oxigênio

Parte 3: Seleção de materiais não metálicos para sistemas de oxigênio e componentes• ABNT NBR ISO 22538-4: 2017 – Sistemas espaciais – Segurança de oxigênio

Parte 4: Análise das condições perigosas para sistemas de oxigênio e componentes• ABNT NBR ISO 22538-6: 2017 – Sistemas espaciais – Segurança de oxigênio

Parte 6: Planejamento e implementação de instalações• ABNT NBR ISO 23462: 2017 – Sistemas espaciais – Guia para a definição da estrutura de gestão para um

projeto espacial• ABNT NBR ISO 11893: 2017 – Sistemas espaciais – Gestão do programa – Organização do projeto• ABNT NBR ISO 18238: 2017 – Sistemas espaciais – Gestão de solução de problemas em malha fechada• ABNT NBR ISO 23460: 2017 – Projetos espaciais – Gestão do programa – Requisitos de garantia

de dependabilidade• ABNT NBR ISO 14625:2017 – Sistemas espaciais – Equipamentos de apoio para uso em lançamento,

aterrissagem ou locais de recuperação – Requisitos gerais

CAPACITAÇÃO DE PESSOAL PARA O SETOR AEROESPACIAL E DE DEFESA

Apoio a Universidade da Força Aérea (UNIFA)No ano de 2017, o IAE apoiou a iniciativa da UNIFA na implantação da Cátedra de Meteorologia Aeronáutica. Esta participação ocorreu no Comitê Científico criado por esta Cátedra, que tem como objetivo orientar o convênio formado entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para a realização de pesquisas em Meteorologia Aeronáutica e formação de recursos huma-nos dos quadros de oficiais do DECEA.

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)O IAE colabora com o Programa PIBIC, mantido pelo CNPq, cujo objetivo é apoiar a política de Iniciação

Científica (IC) desenvolvida nas Instituições de Ensino e/ou Pesquisa, por meio da concessão de bol-sas de IC a estudantes de graduação integrados na pes-quisa científica.

As pesquisas relacionadas ao programa PIBIC/IAE abrangem as principais áreas de atuação do Instituto: Materiais, Química, Aerodinâmica, Meteorologia, Integração e Ensaios, Propulsão, Sistemas Aeronáuticos e Eletrônica.

No biênio 2016-2017, o CNPq disponibilizou 46 bol-sas ao IAE para aplicação no PIBIC. Neste biênio foram realizadas a décima segunda edição e a décima terceira edição do Encontro de Iniciação Científica (ENIC), ambas com a abertura do evento realizada pelo Diretor do IAE, Brig Eng Otero.

104IAE — RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2016–2017

05 . FORTALECENDO RELAÇÕES

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No XII ENIC, a palestra de abertura foi proferida pelo Dr. Carlos Alberto Cairo, Chefe da Divisão de Materiais (AMR) do IAE, que discorreu sobre o tema “Pesquisa em Materiais do IAE”. Nesta edição o aluno Gabriel Miller de Oliveira, orientado do Dr. Marcos Daisuke Oyama, foi homenageado pela indicação do trabalho “Fatores Termodinâmicos Associados à Convecção Profunda Sobre a Região do Centro de Lançamento de Alcântara” ao Prêmio Destaque de Iniciação Científica no período 2014-2015. Já no XIII ENIC, a palestra inaugural foi proferida pelo Sr. Günter Langel, engenheiro da empresa Airbus, que abordou o tema “Engineering Tasks and Challenges in Rocket Propulsion Development” (Atividades de Engenharia e Desafios no Desenvolvimento da Propulsão de Foguete). Nesta última edição a aluna Jéssica Santos Gomes, orien-tada pelo Dr. Marcio Yuji Nagamachi, foi homenageada pela indicação do trabalho “Pesquisa e Desenvolvimento de Aditivos e Aglutinantes Energéticos para Motor Híbrido” ao Prêmio Destaque de Iniciação Científica no período 2015-2016.

Participantes do XII ENIC

Aluna recebeu homenagem no XIII ENIC

Capacitação em Pós-Graduação na Área Aeroespacial e de DefesaO IAE colaborou com a capacitação de pessoal na área aeroespacial e de defesa, atuando nos seguintes cursos e programas:• Curso de Especialização em Engenharia de Arma-

mento Aéreo (CEEAA), oferecido pelo ITA, em par-ceria com o IAE;

• Programa de Pós-Graduação na Área de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, oferecido pelo ITA, em parceria com o IAE e o Instituto de Estudos Avan-çados (IEAv);

• Curso de Aperfeiçoamento Avançado em Sistemas de Armas (C-ApA-SA), oferecido pelo Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW) da Marinha do Brasil; e

• Disciplinas em cursos de graduação e pós-graduação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O IAE também orienta trabalhos de especialização, mestrado e doutorado e agrega aos seus projetos parte

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da foca de trabalho qualificada existente na academia. Deste modo, o IAE colabora para a formação de futu-ros profissionais.

Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA, Brig Eng Demétrio entrega condecoração por excelente desempenho acadêmico obtido a formando do CEEAA da turma 2017

O ITA oferece em parceria com o IAE, desde 1977, o Curso de Especialização de Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA), que tem como objetivo formar espe-cialistas em sistemas de defesa. O CEEAA tem duração de um ano, totalizando cerca de 720 horas. Este curso capacitou, até 2017, 148 especialistas.

Em 2012, teve início o Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias Espaciais (PG-CTE), resul-tante da associação do IAE com o ITA e o IEAv.

As linhas de pesquisas do PG-CTE estão distribuí-das em seis áreas de concentração: Física e Matemática Aplicadas; Química dos Materiais; Propulsão Espacial e Hipersônica ; Sensores e Atuadores Espaciais; Sistemas Espaciais, Ensaios e Lançamentos (CTE-E) e Gestão Tecnológica (CTE-G). Até 2017 foram matriculados no programa 140 alunos (54 no doutorado) e o corpo docente é constituído por 70 professores.

Desde seu início, o PG-CTE já formou 148 mestres e doutores. No período de 2016 a 2017, o PG-CTE for-mou 80 alunos (68 mestres e 12 doutores). Neste mesmo

período, o IAE participou com 16 pesquisadores no qua-dro docente que orientaram 22 (17 mestres e 5 doutores) dos 80 alunos que se formaram.

Em sua avaliação inicial, o PG-CTE obteve nota 4 em uma escala de 3 a 7. Em 2017 na avaliação quadrienal (2013-2016), a mesma classificação foi mantida.

Em 2017, houve um aumento no número de doutores formados no CTE, o que será importante para aumentar a chance de alcançar nota 5 no próximo quadriênio (2017-2020). Outra contribuição para esta meta foi o aumento da quantidade de publicações dos docentes e discentes em periódicos indexados com classificação A1, A2 e B1, as mais altas do Qualis da CAPES. Estes números tam-bém refletem positivamente na qualidade da produção técnico-científica do IAE.

Curso de Aperfeiçoamento Avançado em Sistemas de Armas (C-ApA-SA)

Instrutor do IAE e alunos do C-Apa-SA

Em 2017, o IAE colaborou com o ITA em sua parce-ria com o CIAW, disponibilizando engenheiros especia-lizados em sistemas de defesa para ministrar disciplinas no curso C-ApA-SA oferecido pelo referido Centro. Este curso tem a finalidade de capacitar os oficiais da Marinha do Brasil para a elaboração de especificações técnicas, como por exemplo, do novo navio escola para os próximos 30 anos.

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Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB)Criado em 2004 e mantido pelo DCTA, o MAB possui parte da história do DCTA em sua exposição permanente que se confunde com a história do desenvolvimento téc-nico-científico nacional.

O MAB, localizado em um terreno com área de 75 mil m2, com fauna e flora preservadas, abriga um salão de exposições e um auditório com capacidade para 120 pessoas.

No MAB, exposto à visitação, entre protótipos de aeronaves brasileiras, encontra-se o segundo protótipo do avião Bandeirante, desenvolvido na segunda metade da década de 1960. Outra preciosidade é um dos primei-ros automóveis a álcool do Brasil, um Dodge Polara, que viajou em teste por todo o país.

O visitante também poderá conhecer a história do Marechal-do-ar Casimiro Montenegro Filho, criador do ITA e do DCTA, bem como uma exposição de minia-turas de diversos balões e aeronaves desenvolvidas pelo patrono da Aviação Brasileira, Alberto Santos-Dumont.

O MAB também abriga maquetes em tamanho real dos foguetes da família Sonda, dos veículos suborbitais VS-30, VSB-30, VS-40, do veículo lançador de satélites VLS-1 e de algumas cargas úteis que foram ao espaço. Adicionalmente, artefatos de defesa estão expostos à visitação.

O MAB é aberto ao público nos sábados, domin-gos e feriados das 9:00 às 17:00 h, e, ao público escolar, mediante agendamento prévio, de terça a sexta-feira, das 08h00 às 12h00 e das 13h30 às 17h00. Os acessos ao MAB e ao estacionamento são gratuitos. No biênio 2016-2017, o MAB recebeu cerca de 35.000 visitantes, incluindo comitivas de autoridades nacionais e estran-geiras, constituindo-se como uma das principais atrações turísticas de São José dos Campos.

Observatório AstronômicoO IAE mantém um Observatório Astronômico no Campus do DCTA, aberto ao público às terças-feiras no horário das 19 h às 22 h. No Observatório Astronômico do DCTA encontra-se o primeiro telescópio produzido no Brasil na década de 60, que contribuiu para a forma-ção dos primeiros astrônomos brasileiros. Para grupos de visitantes solicita-se agendamento antecipado. As visitas ao Observatório do DCTA podem ser realizadas por brasileiros, mediante apresentação de documento de identificação na portaria do DCTA. O Observatório não conta com fornecimento ou venda de alimentos, bebidas e serviço de transporte para visitantes e fica localizado a uma distância de 2,6 km da portaria do DCTA.

Em agosto de 2017, um incêndio atingiu um dos prédios do Observatório Astronômico, que afetou a cúpula de proteção do telescópio, sem afetar os equi-pamentos localizados em seu interior. O Observatório passou por uma reforma e foi reaberto em 19 de outubro de 2017. Anualmente visitam o Observatório cerca de 1000 visitantes.

Informações adicionais sobre o Observatório podem ser obtidas pela internet através do ende-reço <www.iae.cta.br/observatorio>.

Ações para estimular o interesse de alunos e professores dos Ensinos Fundamental e Médio pela área aeroespacialO IAE participou de ações que visam difundir as temá-ticas de Astronomia e Astronáutica (foguetes, satélites e aplicações) nas escolas de ensino fundamental e médio. O Instituto colaborou com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e com o Programa AEB Escola, realizando as seguintes atividades:

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• OBA: é um evento que ocorre há vinte anos em milha-res de escolas do Brasil. Participam dela, anualmente, cerca de setecentos mil alunos e cinquenta mil pro-fessores. As provas são realizadas em mais de sete mil escolas. Desde o seu início, em 1998, já participaram da OBA quase nove milhões de alunos;

• Jornada Espacial: os sessenta alunos do Ensino Médio com as melhores notas nas questões de Astronáutica

participantes da OBA são convidados, junto aos profes-sores representantes da OBA em suas escolas, a passarem uma semana em São José dos Campos. Durante a Jornada Espacial, os participantes têm a oportunidade de conhe-cer o polo de tecnologia aeroespacial de São José dos Campos e de interagir com os pesquisadores e técnicos que nele atuam. Das quinze edições da Jornada Espacial participaram cerca de 1.400 alunos e professores.

Vista superior do Observatório Astronômico do IAE, após reforma.

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STRENGTHENING RELATIONSHIPSThe Institute of Aeronautics and Space (IAE) is con-cerned about offering the results of its developments to the Brazilian Society. As an institution subordinated to the Ministry of Defense, IAE participates, along with other similar institutions from the Army and the Navy, in the effort to provide Brazil with technical capability and equipments for the defense of the national territory and sovereignity. In this context, IAE researches, develops and tests defense, aeronautic and space systems.

Between 2016 and 2017, IAE produced 1669 technical documents, fostered the Journal of Aerospace Technology

and Management (JATM), provided technological offer to generate innovative products or productive process, provided unique laboratory services, took part in the elaboration of technical regulations, collaborated in the training of personnel for the aerospace and defense sec-tors, stimulated undergraduate students through intern-ship programs, presented projects already developed at the Brazilian Aerospace Memorial (Memorial Aeroespacial Brasileiro – MAB), made its Astronomical Observatory available to the public, and participated in numerous activ-ities aimed at getting young people interested in sciences.

Source: Agência Força Aérea.

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O biênio 2016-2017 foi marcado com grandes desafios que, graças ao comprometimento, profissionalismo e dedicação dos integrantes do Instituto, foram superados, mantendo elevado o valoroso nome da instituição na qual labutamos, honrando aqueles que nos antecederam.

Registrar e divulgar, ainda que resumidamente, cons-titui ato de reconhecimento e justiça para com os que colaboraram com a construção da história destes dois

anos, além de atender à demanda da Sociedade Brasileira quanto à transparência de nossas atividades.

Deste modo, parabenizo a todos aqueles que, obs-tinadamente, esmeraram-se no cumprimento de seus deveres e fizeram a diferença para que a missão institu-cional do IAE fosse cumprida, e, sobretudo, destaco meu agradecimento à equipe de elaboração deste Relatório de Atividades.

Cel Av. Lincoln Valério Silva SenraVice-Diretor do IAE no Biênio 2016-2017

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06 . MENSAGEM FINAL

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