EQUOTERAPIA: A PSICOLOGIA ALÉM DA CLÍNICA...A Equoterapia, no entanto, só despertou mesmo a...
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Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 9 nº 2 Especial 2018 ISSN 2359-3938
EQUOTERAPIA: A PSICOLOGIA ALÉM DA CLÍNICA
Eneide de Brito Indalécio1
Aneide Ribeiro de Souza Silva2
Lilian Nicácio Gusmão3
RESUMO : A psicologia como ciência, estuda os comportamentos e seus processos mentais.
Nessa perspectiva, o psicólogo busca abrir espaços em diversos contextos onde a sua atuação
era desconhecida e mostrar uma nova prática de serviço, explorando assim novos campos onde
não havia reconhecimento.A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o
cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação,
visando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades
especiais. A escolha do cavalo como fator primordial para execução desta terapia se dá pela
semelhança da marcha humana com sua andadura. O objetivo deste trabalho é divulgar os
benefícios trazidos pela Equoterapia aliado à psicologia no tratamento de crianças com
necessidades especiais. O estudo descritivo e exploratório aconteceu a partir do estágio
profissionalizante, disciplina do 8º período de Psicologia e foi realizado na APAE de Ji Paraná,
juntamente com outros estagiários nas áreas de fisioterapia e educação física, cujas sessões
aconteciam semanalmente num período de quatro horas, durante seis semanas e, análise dos
casos de Paralisia Cerebral e Transtorno do Espectro Autista, com execução de abordagens
dinâmicas realizadas por uma equipe multidisciplinar, onde a elaboração de condutas e
protocolos era individualizada para cada participante, na qual se puderam perceber os aspectos
positivos da Equoterapia juntamente com a psicologia. Pode se perceber o quanto a Equoterapia
favorece a reintegração social, uma vez que o praticante tem contato com outros pacientes, com
a equipe, com o animal, aproximando-o dessa maneira, mais da comunidade que convive.
Palavras Chaves: Psicologia. Equoterapia. Necessidades Especiais.
INTRODUÇÃO
Através de um modelo científico, a psicologia como ciência, estuda os
comportamentos e seus processos mentais. Nesse sentido o psicólogo torna-se
1 Acadêmica do 80 período do Curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA.
E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do 80 período do Curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA.
E-mail [email protected]. 3 Mestre em Engenharia Ambiental, São Paulo/SP (2017).Pós-Graduada em Gestalt-terapia pelo Instituto
de Gestalt-terapia da Bahia –IGTBa (2011). Pós-Graduada em Metodologia e Didática do Ensino
Superior e em Gestão da Clínica pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio Libanês, São Paulo/SP (2011).
Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003).
E-mail: [email protected].
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responsável por diagnósticos e prevenções no trato das doenças mentais, além de cuidar
dos vários problemas emocionais que os desencadeiam.
Nessa perspectiva cada psicólogo busca abrir espaços em diversos contextos que
outrora eram desconhecidas a sua atuação, buscando mostrar alternativas para auxiliar
no tratamento de diferentes limitações, explorando assim novos campos onde não havia
reconhecimento.
Uma das muitas alternativas trata-se do trabalho desenvolvido com cavalos - a
Equoterapia, usada como recurso terapêutico para tratamento de pessoas deficientes ou
portadoras de necessidades especiais.
O cavalo está presente na vida do homem há milhões de anos e a prática de
atividades eqüestres com diversas finalidades, segundo estudos recentes, vem se
mostrando eficaz como reeducação psicomotora e reintegração social uma vez que os
cavalos são animais muito sensíveis, andam em agrupados, o que os torna mais atentos
aos sentimentos e linguagem corporal dos seus semelhantes.
O presente trabalho busca mostrar a importância da presença do psicólogo junto
a outros profissionais que atuam em equipe nesta técnica da Equoterapia, uma vez que
ela é trabalhada de maneira multidisciplinar e interdisciplinar.
Nesse sentido, na Equoterapia, o psicólogo tem como atividade principal
planejar a sessão, orientar a família e a equipe no sentido de dar suporte, avaliar o
praticante buscando informações a respeito de suas potencialidades e necessidades,
auxiliando esse praticante no contato com o cavalo e desenvolver capacidades no que
diz respeito a enfrentamento de novas situações e tolerar frustrações entre outras.
METODOLOGIA
A APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ji Paraná abriu
espaço para o Estágio profissionalizante I das estagiárias do Curso de Psicologia,
disciplina constante do 8º período do referido curso. O estágio foi realizado num total
de 27 horas, para atendimento de sete (07) crianças, com encontros semanais de quatro
horas durante seis semanas envolvendo os meses de agosto e setembro de 2017.
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Para elaboração deste artigo e melhor compreensão do assunto em pauta, o
método utilizado durante o estágio foi o que tem referência como forma de abordagem
do problema, o de princípios qualitativos a fim de elucidar a riqueza dos fenômenos
observados.
Sob a orientação da psicóloga C, foi possível conhecer o trabalho que vem sendo
desenvolvido naquela instituição na prática da Equoterapia com uso do cavalo. No
encontro em 22/08/2017, realizado entre a psicóloga e as estagiárias das áreas de
psicologia, fisioterapia e um estudante voluntário de educação física, a Psicóloga fez
uma explanação elucidando sobre a prática da Equoterapia, que de acordo com Janiro
(2015), abrange desde técnicas de equitação até outras atividades eqüestres, que
objetivem a reabilitação de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais.
Foi esclarecido também sobre o processo da terapia que é realizada por uma
equipe multidisciplinar e interdisciplinar nas áreas de educação, saúde e equitação,
buscando o desenvolvimento biopsicossocial dos praticantes.
Durante um período de seis semanas, entre os dias 23/08 a 20/09/17, o estágio
ocorreu com atividades práticas de Equoterapia, atendendo crianças com Paralisia
Cerebral, Transtorno Autista, além de conversas em particular com os pais e/ou
familiares para entender a demanda de cada criança, uma parte importante da
Equoterapia.
Dentro desse período aconteceram também dois encontros com a Psicóloga C. e
a Fisioterapeuta D. para explicar a importância da Equoterapia e seus efeitos positivos
nos casos de Paralisia Cerebral e Transtorno Autista, pois todos os casos em
atendimento compreendiam essas especificidades.
Uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto também enriqueceu o trabalho no
sentido de explicar os problemas, utilizando o conhecimento disponível na vivencia de
vários autores com teorias publicadas cujo teor ajuda conhecer e analisar as
contribuições existentes referente ao tema aqui abordado.
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A EQUOTERAPIA
Segundo GALVÃO et al, (2007), a Equoterapia, termo criado pela ANDE-
BRASIL (Associação Nacional de Equoterapia, fundada em 1989), reconhecida no
Brasil em 1997 pelo Conselho Regional de Medicina, compreende as práticas que
envolvem o cavalo para a terapia.
Ainda são escassas as literaturas científicas a respeito da Equoterapia, contudo,
existem estudos sobre os muitos benefícios do cavalo no tratamento de pessoas
portadoras de necessidades especiais, pois o cavalo “é um agente cinesioterapêutico,
pedagógico e de inserção social”, (GALVÃO et al, 2007, p.1).
Lermontov (2004) ressalta que a Equoterapia data desde 370 a.C. quando
Hipócrates na tentativa de sanar algumas doenças aconselhava esta prática para prevenir
distúrbios ligados à insônia, acreditando também que a mesma ajudava na regeneração e
melhoria do tônus muscular.
A Equoterapia, no entanto, só despertou mesmo a classe médica ao interesse nas
atividades eqüestres, quando Liz Hartel nas olimpíadas de 1952, foi premiada com
medalha de prata, ela que oito anos antes da competição havia sido acometida de
poliomielite grave, o que a deixaria em cadeira de rodas, mas ainda assim competiu com
os melhores da época. (MENEZES, et al 2014).
A Equoterapia:
Trata-se de um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo
dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde,
educação e equitação, visando o desenvolvimento biopsicossocial de
pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. (JANIRO
2015, p.1).
Segundo Marcosoni et al (2012), na Equoterapia “praticante” é o termo usado
para se referir à pessoa quando em atividade no processo terapêutico para reabilitação à
medida que este interage com o cavalo e Bueno et al, (2011), acrescenta que como os
movimentos do cavalo são tridimensionais, possibilita aos “praticantes”, que sejam
trabalhados aspectos como a atenção, equilíbrio e autoconfiança.
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Em se tratando da Equoterapia, Brentegani (2008) afirma também que esta não
trabalha apenas exercícios de estimulação neuromusculares, mas se constitui num
tratamento complementar de apoio à reabilitação de pessoas portadoras de dificuldades
ou deficiências físicas, mentais e/ou psicológicas envolvendo a pessoa por completo.
A terapia fundamentada no movimento tridimensional da andadura ao passo do
cavalo proporciona ao corpo do praticante montado, deslocamentos para frente e para
trás, para um lado e para outro, para cima e para baixo, associado a movimentos de
cintura pélvica do paciente (ALVES, 2012).
Oliveira et al, (2012), acrescenta que nesse andamento e no trote do cavalo, os
movimentos que a terapia proporciona aos pacientes, acontecem em ambos os lados de
forma simétrica.
Sendo a Equoterapia um trabalho com o ser humano dentro de uma visão global,
torna-se de suma importância que esta seja realizada por intermédio da atuação de uma
equipe interdisciplinar composta por vários profissionais nas seguintes áreas: educação
física, equitação, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, pedagogos, enfermeiros e psicólogos,
(MENEZES, et al, 2014).
Brentegani (2008) afirma que na Equoterapia, não se consegue separar as
funções de cada terapeuta, pois o trabalho é realizado em equipe e esta precisa obter
conhecimento de toda as áreas, para que a terapia tenha sucesso em todos os programas
(hipoterapia, educação/reeducação, pré-esportivo), pois ela:
Facilita a organização do esquema corporal, a aquisição do esquema
espacial, desenvolve a estrutura temporal, a graça, o raciocínio e o
sentido de realidade, desperta uma profunda comunhão criança-
realidade, proporciona e facilita a aprendizagem da leitura, da escrita e
do raciocínio matemático, aumenta a cooperação e a solidariedade,
minimiza os distúrbios comportamentais, promove a auto-estima e a
segurança, facilita e acelera no processo de aprendizagem.
(BRENTEGANI 2008, p.1, 2).
Alves (2012) comenta que a Equoterapia favorece a reintegração social, uma vez
que o praticante tem contato com outros pacientes, com a equipe, com o animal,
aproximando-o dessa maneira cada vez mais da comunidade que convive. Ainda
segundo o autor os efeitos terapêuticos na Equoterapia ocorrem em quatro ordens:
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a) Melhoramento da relação – considerando aspectos de comunicação,
autocontrole, vigilância, autoconfiança, atenção e tempo da atenção;
b) Melhoramento da psicomotricidade – nos aspectos do tônus muscular,
mobilidade, articulações da coluna e da bacia, da percepção do esquema
corporal, do equilíbrio e da postura do tronco ereto, da coordenação e
dissociação de movimentos, precisão de gestos, etc;
c) Melhoramento de natureza técnica – facilita o aprendizado referente aos
cuidados com o cavalo e técnicas de equitação;
d) Melhoramento da socialização – integração das pessoas com danos cognitivos
ou corporais, com a equipe e com os demais integrantes da terapia.
O BENEFICIO DA EQUOTERAPIA NAS CRIANÇAS PORTADORAS DE
NECESSIDADES ESPECIAIS – PARALISIA CEREBRAL E AUTISMO
A Paralisia Cerebral (PC) pode ser descrita como um grupo de desordens no
desenvolvimento do movimento e da postura, provocando limitações funcionais, devido
uma lesão não progressiva que ocorre no cérebro ainda imaturo, antes durante ou logo
após o nascimento. (MARCONSONI et al, 2012). A autora acrescenta que a paralisia
cerebral:
Caracteriza-se pela apresentação de uma musculatura espástica,
levando a uma grande dificuldade de mobilidade. Esse quadro pode
influenciar no tratamento do paciente, pois o tratamento da
espasticidade depende do grau de incapacidade funcional presente.
(MARCONSONI et al 2012, p.85).
Sobre a PC, Moraes et al, (2015, p.547), concorda que a característica por
desordens posturais, de tônus e de movimentos da Paralisia Cerebral, são decorrentes
“de uma lesão progressiva que ocorre em um cérebro ainda em desenvolvimento e sua
influência na maturação neurológica”. Ainda acrescenta a autora que a PC é um
problema comum com incidência mundial variando entre 2 a 2,5 para cada 1000
nascidos vivos e ocorrem mais em crianças nascidas prematuramente.
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Para Nadal (2011), a PC acontece em geral, quando falta oxigênio no cérebro do
bebê, durante a gestação, no parto, ou pode ocorrer até dois anos após o nascimento, que
em geral é provocada por traumatismos ou doenças graves, que dependendo onde
ocorrera lesão a paralisia danifica o funcionamento de diversas partes do corpo.
Segundo Cirilo (2017) o tratamento da criança portadora de PC, inclui
tratamentos médicos com outros profissionais, pois o objetivo é a melhora da
capacidade funcional do paciente. Uma das terapias utilizadas com êxito é a
Equoterapia, onde o cavalo é utilizado no seu movimento tridimensional, para
estimulação da postura, do equilíbrio, da coordenação da força e o sistema sensório-
motor da criança.
Ainda segundo o autor, a Equoterapia é também bastante utilizada com crianças
portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome caracterizada por
alterações em idades precoces, que se manifesta sempre por desvios nas áreas de relação
interpessoal, linguagem/comunicação.
De acordo com o DSM-IV e a CID-10, trata-se de um transtorno invasivo do
desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou
comprometido, manifestado até aos três anos de idade envolvendo três áreas: interação
social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. (FREIRE,2009).
Afirma ainda Freire (2009) que a utilização do cavalo no tratamento da
Equoterapia, produz importante resultado no aspecto psíquico, além da função
cinesioterápica, pois o animal é usado para desenvolver e modificar comportamentos,
melhorando assim as relações sociais da criança autista, favorecendo melhor percepção
do mundo externo, além do ajuste tônico-postural adequado.
Ainda segundo o autor “a inteiração com o cavalo, desde o primeiro contato e
cuidados preliminares até a montaria, também desenvolve novas formas de
comunicação, socialização, autoconfiança e autoestima”(FREIRE, 2009 p. 1).
A IMPORTÂNCIA DO FISIOTERAPEUTA
Para realização da Equoterapia, é necessária a disponibilidade de vários
profissionais, pois a terapia funciona de maneira multidisciplinar atuando de forma
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interdisciplinar para que o tratamento dos portadores de necessidades especiais alcance
êxito, além da boa interação com os profissionais que formam a equipe.
Nesse sentido destaca-se a importante função do Fisioterapeuta, cuja formação
lhe dá habilidades para a construção do diagnóstico dos “distúrbios cinéticos funcionais,
a prescrição das condutas fisioterapêuticas, sua ordenação e indução do paciente”, onde
o profissional utiliza varias alternativas e técnicas para melhora motora do alinhamento
corporal, e aumento do equilíbrio estático e dinâmico, (ZAMO, 2013, p. 1).
Tavares et al (2014), afirma também a importância do fisioterapeuta quanto a
Equoterapia uma vez que a utilidade do cavalo como precursor da cinesioterapia,
possibilita através dos movimentos tridimensional e multidirecional a reabilitação e
desenvolvimento do quadro clínico do paciente.
A PSICOLOGIA NA EQUOTERAPIA
Como a Equoterapia contribui de forma prazerosa para a execução dos
exercícios de coordenação motora, agilidade, flexibilidade, ritmo, concentração e
lateralidade ela também desenvolve a sensibilidade física e psíquica à proporção em que
exige a constante percepção e reação frente aos vários estímulos. (BRENTEGANI
2008).
Dessa maneira a Psicologia como ciência, permite ao profissional um campo de
atuação bem diversificado, exigindo, porém, dinamismo para acompanhar as várias
práticas emergentes.
Bueno e Monteiro (2011) enfatizam o viés psicanalítico denominado diagnóstico
diferencial, referencial este que segundo as autoras, preconiza atendimentos a partir da
diferenciação da imagem corporal e da concepção de um corpo cênico/lúdico. As
autoras explicam:
O terapeuta deverá possibilitar a construção de um cenário simbólico
onde se desenrola a cena, porque o prazer sensório-motor deverá se
inscrever entre a esfera sensorial e a esfera motora, como experiência
de satisfação.Com base nessas cenas (marcas), são instrumentalizados
os espelhos e as representações que irão funcionar como ponte
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simbólica entre o sensitivo e o motor, guiando a atividade da
criança..(BUENO E MONTEIRO, 2011, p.174-175).
MENEZES, et al, (2014), afirma que das muitas atividades e técnicas em que o
psicólogo assiste como recurso terapêutico, a Equoterapia vem ganhando um campo
cada vez maior, onde o cavalo usado como agente promotor, revela na atualidade sua
importância, mostrando os vários benefícios obtidos pelos praticantes, principalmente
os portadores de deficiências e de necessidades especiais.
Acrescenta ainda Galvão et al (2007), que no atendimento o animal permite
trabalhar o afeto e a autonomia do ir e vir, onde há ganho físico proporcionado pelo
movimento e ganho emocional pela sensação de liberdade de se locomover.
Nesse sentido, a psicologia na Equoterapia, tem por objetivo acompanhar e
orientar praticantes e seus familiares, realizando avaliações psicológicas tanto quanto
possível para maior compreensão dos envolvidos, auxiliando também na aproximação
do praticante com o animal, ajudando-o na montaria, quando já estabelecido o vínculo
afetivo entre este e o animal processo fundamental para o tratamento. (GUERREIRO,
2016).
Desta forma, o psicólogo por sua vez utilizará o cavalo como agente facilitador
para estimular os aspectos psicológicos e cognitivos do praticante a fim de possibilitar
seu desenvolvimento na conscientização corporal e sua autoconfiança, de forma a re-
significar a maneira do praticante se relacionar consigo mesmo e com o mundo.
(SILVA et al, 2016).
Ferrari (2003), afirma que o ato de cavalgar, possibilita ao praticante experiência
no sentido de sentimentos de independência, liberdade e capacidade que contribui
sobremaneira para o desenvolvimento da afetividade.
Menezes, et al, (2014), acrescentam ainda que com relação ao praticante, o
psicólogo deve estabelecer o rapport, analisar e avaliar a situação do praticante antes do
início da terapia, buscando fazer um levantamento de suas características e
necessidades, principalmente às de ordem emocionais e afetivas que se dão por meio de
aspectos biológicos, sociais ou mentais.
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Alem das avaliações com o paciente e sua família, o psicólogo trabalhará no
intuito de melhor compreender as potencialidades e limitações e a partir daí propor
procedimentos de intervenção. (GALVÃO,2007).
Enfim, o papel do psicólogo na Equoterapia é trazer ao máximo à consciência do
praticante os benefícios de todo o processo, estendo-os a outros âmbitos de sua vida.
DISCUSSÃO
O estágio junto a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais a
princípio se deu com um levantamento inicial da instituição, a fim de conhecer os
aspectos organizacionais e detectar a ideologia aos objetivos expressos ou implícitos
daquela instituição.
No primeiro encontro o acesso inicial foi o da observação com relação ao
processo do parecer psicológico no trabalho desenvolvido por aquela instituição além de
busca das informações quanto aos procedimentos realizados pela equipe engajada nas
diversas demandas que se apresentam diariamente.
A partir desse ponto, após as apresentações, o contato inicial foi com a psicóloga
orientadora, que desenvolve um trabalho com crianças portadoras de deficiências físicas
e necessidades especiais através da Equoterapia, utilizando o cavalo como recurso
terapêutico. Segundo Galvão et al, (2007) este é um recurso benéfico a essa população
pois o cavalo é um agente cinesioterápico, pedagógico e de interação social. .
Nesse encontro, o estágio começou a partir de uma palestra com a psicóloga C.
que relatou um breve histórico da Equoterapia e de seu envolvimento nesta área.
Explicou com entusiasmo o funcionamento da atividade proposta para as crianças
praticantes da Equoterapia e esclareceu também que esta terapia é realizada de forma
multidisciplinar e interdisciplinar, conforme argumenta Janiro (2015), a Equoterapia é
um método terapêutico que utiliza o cavalo e através de uma abordagem interdisciplinar
envolve saúde, equitação, educação para o desenvolvimento biopsicossocial do
indivíduo com necessidades especiais.
Feito o reconhecimento da área na qual seria realizada a Equoterapia, neste
estágio, a equipe ficou assim estabelecida: psicóloga, fisioterapeuta, o funcionário que
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cuida do animal, a participação de um voluntário estudante de educação física além das
estagiárias em formação de psicologia e de fisioterapia.
O trabalho propriamente dito da terapia aconteceu nos dias que se sucederam a
cada encontro semanal, quando cada estagiária experinciou a vivência da montaria bem
como o toque no animal e o volteio. Esta experiência segundo a psicóloga orientadora é
importante para que o psicólogo viva as emoções obtidas a fim de compreender não só
as suas explicações sobre todo o processo, os ganhos físicos e psíquicos que se obtém,
durante e depois da terapia, mas sentir também das emoções vividas pelo praticante uma
vez que conforme argumenta Brentagani (2008) a Equoterapia trabalha com o ser
humano por completo.
A psicóloga ressaltou também o que Alves (2012), comenta, que esses ganhos
físicos e psíquicos obtidos pela Equoterapia exige a participação do corpo inteiro do
participante, pois contribui para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento,
conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do
equilíbrio, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
A prática de observação foi realizada com sete crianças praticantes
acompanhadas de seus respectivos pais. Durante todo o tempo a psicóloga realizou a
terapia com a participação das duplas de estagiárias e cada praticante foi atendido em
sequência por período de 20 minutos, mediante hora previamente marcada. Dos
praticantes da Equoterapia, uma é portadora da Síndrome de Rett (transtorno autista) um
(01) adquiriu deficiência física e pouco retardo no processo do parto, um (01) é vítima
de meningite e os demais são portadores de retardo mental congênitos.
Nos intervalos dos atendimentos as estagiárias conversavam com os pais para se
inteirarem do histórico de saúde da criança e como a Equoterapia tem influenciado no
tratamento de seu filho. Os pais cooperavam revelando as informações sem reservas.
Todos expressaram contentamento sobre a Equoterapia, pelos ganhos ofertados aos seus
filhos, dizendo trazer a eles alegria, ânimo e relaxamento. Na prática da Equoterapia,
argumenta Guerreiro (2016), o psicólogo tem como função acompanhar e orientar os
praticantes e seus familiares.
O praticante E, com 12 anos de idade, acompanhado de perto pelas estagiárias,
possui retardo mental congênito. Seu pai explicou que tudo aconteceu depois do parto
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quando precisou ser adiantado na vigésima quarta semana de gravidez em função de
uma súbita alta da pressão arterial. O garoto não fala, não anda; quando lhe dirigem a
palavra segue com seus olhos que expressam alegria ou outro sentimento e, o som oral é
ininteligível. Seu desenvolvimento parecia normal até aos nove meses de idade quando
começou apresentar musculatura frouxa, sendo então diagnosticada Paralisia Cerebral
seguido de convulsões. Atualmente as convulsões cessaram porque continua medicado.
O pai comentou que a Equoterapia tem trazido ao garoto muitos benefícios, pois agora
ele tem um sono tranquilo, desenvolveu mais a audição, o paladar e se apresenta mais
calmo. No dia de vir para a Equoterapia, demonstra alegria através dos seus
movimentos e seu balbuciar. Galvão et al, (2007) explica que a utilização do animal no
tratamento da PC, existe ganho físico em função do movimento do animal e ganho
emocional pela sensação de liberdade de se locomover. O psicólogo, segundo a autora,
nesse sentido é de fundamental importância tanto ao praticante como auxiliando na
harmonia necessária à equipe que compõe o tratamento para assim otimizar os
trabalhos.
Outro praticante L.P., com sete anos de idade, devido a complicações no parto
também é portador de Paralisia Cerebral. Há dois anos estava afastado da prática por ter
passado mal após montaria solo devido complicação alimentar. Ao retornar nesta
Equoterapia fez somente a etapa de aproximação com o animal por se mostrar
resistente. Segundo Guerreiro (2016), o trabalho do psicólogo e do fisioterapeuta
quando isso acontece, é o de atuar nos aspectos de aproximação do praticante com o
cavalo, processo este crucial para a realização do tratamento até a montaria que só
acontecerá quando o vínculo afetivo entre o praticante e o animal estiver estabelecido.
A garota R. de sete anos, é diagnosticada com Síndrome de Rett (transtorno
autista), tem extrema preocupação e ocupação o tempo todo com as mãos. Fala pouco,
inclusive com a família, se estressa muito fácil, chora, e se bate. Freire, (2009) destaca
que a utilização do cavalo na Equoterapia no trabalho com crianças autistas produz
excelente resultado no aspecto psíquico, pois além das funções sinestésicas, o animal é
usado para desenvolver e modificar comportamento, melhorando as relações da criança
autista, bem como favorecer melhor percepção do mundo externo, além do ajuste
tônico-postural adequado. Freire (2009) ainda comenta que a inteiração do autista com o
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cavalo desde o primeiro contato até a montaria desenvolve novas maneiras de se
comunicar, socializar, autoconfiança e autoestima.
Nos demais encontros que se sucederam, as estagiárias em dupla trabalharam
juntamente com toda a equipe, ora auxiliando o praticante de um e outro lado na
montaria, ora guiando o cavalo, sempre orientados pela psicóloga C e a fisioteraputa D.
Segundo afirmação de Freire (2009), na Equoterapia é necessária a disponibilidade de
vários profissionais pois a terapia se desenvolve de maneira multidisciplinar atuando de
forma interdisciplinar com os praticantes e toda a equipe.
O trabalho realizado no estágio foi enriquecedor proporcionando um vasto aprendizado,
ampliando a visão sobre o trabalho do psicólogo no processo desenvolvido pela
Equoterapia e nos diversos benefícios que a terapia pode proporcionar. A supervisão da
psicóloga no local foi esclarecedora, direcionando nas atividades ao mesmo tempo
dando liberdade para atuação e contribuindo também com o feedback após cada
atividade realizada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Psicologia pode ser inserida em inúmeros contextos, dentre eles a
Equoterapia. Nesse sentido suas atribuições se remetem ao praticante e seus familiares,
quanto ao processo e a equipe.
Em relação à intervenção, a Psicologia em geral vai buscar ter uma visão global
sobre os envolvidos, sobre suas necessidades, suas potencialidades, o que reforça a
importância do psicólogo e seu papel na Equoterapia.
Além disso, a utilização do cavalo e a participação afetiva e efetiva da família
contribuem no processo, onde a Psicologia exerce papel fundamental: trabalhar com um
corpo lúdico/cênico que como afirma Bueno e Monteiro (2011), sobre o qual se produz
diferentes significações e produções, buscando estabelecer ganhos psíquicos e
corporais.
A experiência vivida durante as seis (06) semanas do estágio, particularmente
com o praticante E, (portador de Paralisia Cerebral, ocorrida após o nascimento), foi
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extraordinária no sentido de observar que durante a montaria em dupla e mesmo apenas
no toque ao animal, ele respondia com seus sons próprios e um largo sorriso.
Foi possível às estagiárias vivenciarem que a Equoterapia como forma de terapia
e como processo educacional cria espaço que contribui para a construção e reconstrução
não só do conhecimento, mas desenvolvendo habilidades e adquirindo competências
dentro de suas potencialidades, levando o praticante a uma auto-realização, através das
várias atividades que tem como meio motivador o cavalo.
REFERÊNCIAS
ALVES, Amanda dos Santos Sobreira; BARBOSA, Luiz Fernandes da Silva; LEMOS,
Moema Teixeira Maia; MENEZES, Miguel Angel Ribera; PORPINO, Letícia Maia. A
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especiais. Disponível em:
www.prac.ufpb.br/enex/trabalhos/6CCSDFTPROBEXX2013428.pdf Acesso em 25 set
2017
ALVES, Gilson. FISIOTERAPIA: Equoterapia. Disponível em:
http://fisioviver.blogspot.com.br/2012/11/equoterapia.html Acesso em 25 set 2017
BRENTEGANI, Thaís Rocha. A Equoterapia no Ponto de Vista Psicológico.
Disponível em: http://www.profala.com/artet11.htm. Acesso em 08 out. 2017
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