Ergonomia IIda

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1.ERGONOMIA Surgiu na segunda guerra mundial como consequência do trabalho interdisciplinar de alguns profissionais. Ela é o estudo adaptação do trabalho ao homem. Entende-se como o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem estar e a eficácia da atividades humanas. Os Ergonomistas trabalham em domínios especializados, tais como: Ergonomia física: características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física. Postura, manuseio de materiais, movimentos repetitivos. Ergonomia cognitiva: processos mentais, percepção, memoria, raciocínio. Carga mental, tomada de decisão, homem-computação, estresse e treinamento. Ergonomia organizacional: otimização dos sistemas sócio técnicos, estruturas organizacionais, politica e processos. Projeto do trabalho, cultura organizacional, organizações em rede, gestão da qualidade.

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1.ERGONOMIASurgiu na segunda guerra mundial como consequncia do trabalho interdisciplinar de alguns profissionais. Ela o estudo adaptao do trabalho ao homem.Entende-se como o estudo das interaes das pessoas com a tecnologia, a organizao e o ambiente, objetivando intervenes e projetos que visem melhorar, de forma integrada e no dissociada, a segurana, o conforto, o bem estar e a eficcia da atividades humanas.Os Ergonomistas trabalham em domnios especializados, tais como:Ergonomia fsica: caractersticas da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecnica, relacionados com a atividade fsica. Postura, manuseio de materiais, movimentos repetitivos.Ergonomia cognitiva: processos mentais, percepo, memoria, raciocnio. Carga mental, tomada de deciso, homem-computao, estresse e treinamento.Ergonomia organizacional: otimizao dos sistemas scio tcnicos, estruturas organizacionais, politica e processos. Projeto do trabalho, cultura organizacional, organizaes em rede, gesto da qualidade.Objetivos: Procura reduzir a fadiga, estresse , erros e acidentes, proporcionando segurana, satisfao e sade dos trabalhadores, durante o seu relacionamento com o sistema produtivo. Visa em primeiro lugar: sade, segurana e satisfao do trabalhador.Sade: a sade do trabalhador atingida quando as exigncias do trabalho no ultrapassam as limitaes energticas e cognitivas.Segurana: conseguida com projetos de posto de trabalho, ambiente e organizao do trabalho.Satisfao: atendimentos das necessidades e expectativas do trabalhador.Eficincia: consequncia de um bom planejamento e organizao. Ela deve ter limites pois pode ocorrer de aumenta-la e prejudicar a segurana pois aumenta riscos de acidentes. Historia:Nasceu em 12 de julho de 1949 onde reuniram-se pela primeira vez na Inglaterra ERGON= trabalho NOMOS= regras.A preocupao em adaptar o trabalho ao homem desde muito tempo esteve presente, como na poca da pedra, que eles escolhiam qual a melhor pedra para o desenvolvimento do trabalho. Na guerra, muitas foram as preocupaes para desenvolver produtos blicos adaptados, para melhorar o desempenho, reduzindo fadiga e acidentes.A primeira associao criada foi na Inglaterra, ergonomics reseach society., depois nos EUA, human factors society. No brasil foi criado em 1983 a Abergo.Taylorismo e ergonomia: Taylor estudava os tempos e movimentos, cronometra as atividades e os trabalhadores recebiam incentivos salariais, proporcionais s produtividades de cada um. Os trabalhadores no se sentiam a vontade com a cronometragem, taylorismo atribua a baixa produtividade a vadiagem dos trabalhadores e os acidentes as negligencias. Taylorismo defendia que o homem era motivado pelo dinheiro apenas, homem econmico. Hoje defende-se o trabalho em grupo.Abrangencia: pode-se trabalhar com ergonomia: mdicos do trabalho, engenheiro de projeto, engenheiro de produo, engenheiro de segurana e manuteno, desenhista industrial...

Contribuio da ergonomia: Ergonomia da concepo: ocorre no projeto de produto, maquina ambiente ou sistema. Nessa fase recomenda-se criao de modelos de postos de trabalho em madeira ou papelo.Ergonomia da correo: aplica em situaes reais. s vezes pode ser feito de forma fcil, mas s vezes no, como reduo da carga mental os rudos.Ergonomia da conscientizao: capacitar os trabalhadores para identificar e corrigir os problemas do dia a dia. Deve saber o q fazer, por exemplo, desligar uma maquina e chamar o tcnico, quando apresenta riscos.Ergonomia da participao: envolve o usurio a participar. Envolve de forma mais ativa, na busca de soluo do problema.Analise dos postos de trabalho: estuda um trabalhador, analise da tarefa, postura e movimentos e exigncias fsicas e cognitivas.Numa situao IDEAL a ergonomia deveria ser empregada desde o projeto das maquinas, ambiente e local de trabalho.ERGONOMIA NA INDUSTRIA: contribuiu para melhorar a eficincia, confiabilidade e qualidade das operaes industriais.( aperfeioamento do homem-maquina, organizao do trabalho-reduzir fadiga, monotonia, trabalhos repetitivos, falta de motivao; melhorias das condies de trabalho- temperatura, rudo, vibraes). Para aplicar a ergonomia nas industrias, faz-se um estudos das reas que ocorre maior ndice de acidentes, doenas, absentesmos e rotatividades de empregados.ERGONOMIA AGRICULTURA, MINERAO E CONSTRUO CIVIL: estudam-se muito os tratores, cortes de cana, efeitos danosos dos agrotxicos sobre sade. Nesses setores esto os trabalhos mais rduos.ERGONOMIA SETOR DE SERVIO: setor que mais se expande. Comercio, sade, educao, bancos...ERGONOMIA VIDA DIARIA: meios de transporte mais cmodos, moblia domesticas confortveis, aparelhos eletrnicos mais eficientes e seguros.Custo beneficio: deve apresentar uma relao igual ou menor que 1.Risco do investimento: pode ser provocado pelo avano tecnolgico. Exemplo eliminao dos caixas nos bancos por caixas eletrnicos, 80% dos investimentos tiveram que ser mudados.Fatores intangveis: nao quantificveis em termos monetrios. Moral, motivao, conforto.CAP2 metodos e tcnicas em ergonomia

Analise ergonmica do trabalho: aplica conhecimentos de ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situao real de trabalho. Constitui de:Analise da demanda: descrio do problema, procura entendera natureza e a dimenso do problema.Analise da tarefa: saber o que cada pessoa faz e como deve ser feito, o que est escrito que deve ser feito. o planejamento do trabalho pode ter documentos formais, como descrio de cargos.Analise da atividade: o comportamento do trabalhador na realizao de uma tarefa.Formulao do diagnostico: procura descobrir as causas que provocam o problema descrito na demanda.Recomendaes ergonmicas: as providencias a serem tomadas.Cago, tarefa, atividade e ao: cargo: conjunto de tarefa ou atribuies e responsabilidade a serem exercidas regularmente por uma pessoa. Tarefa, atividade: conjunto de atribuies de um cargo. Atividade pode significar tambm ao. Cargo: pedreiro. Tarefa: construir parede. Aes: colocar argamassa.Ergonomia participativa: um mtodo pela qual os usurios finais da ergonomia desempenham um papel ativo na identificao e analise dos problemas assim como na formulao e implementao de suas solues.Projeto participativo: designer de novos produtos. O usurio envolvido desde a etapa inicial. Incorpora as reais necessidades e desejos dos consumidores, ao projeto do produto.CAP 3- ORGANISMO HUMANOFuno neoromuscular: sistema nervoso: constitudos de neurnios que so caracterizados por irritabilidade(estmulos) e condutibilidade(sinais eltrico). Os estmulos do exterior ( luz, som, tato) so conduzidos ate o sistema nervoso central, onde interpretado e processado, gerando uma deciso.Sinapses: a conexo que as clulas nervosas fazem para se formar uma cadeia de transmisso de sinais, transmite as informaes. Caracteriza por ter: sentido nico, entra pelas dendrite e sair pelo axnio. Fadiga: quando recebem muitas informaes, pode acabar que no consegue absorver nenhuma. Efeito residual: aprende e depois fica mais fcil realizar novamente. Desenvolvimento: repetio mas a sinapse ocorrer com maior facilidade. Acidez: o aumento da acidez tende a diminuir consideravelmente a atividade neural.Msculos: movimentos do corpo. Lisos: nas paredes do intestino, bexiga, aparelho respiratrio. Musculo do corao: so diferentes dos demais. Estriados: sob comando consciente. 40% deles. Os estriados possui sarcmeros que so constitudos de filamentos de protenas: Miosina o mais grosso e a actina mais fina. A alternncia desses filamentos que produz imagens de estrias. Na contrao os filamentos de actina deslizam para os filamentos de miosina, reduzindo o comprimento do sarcmeroFadiga muscular: a reduo da fora causada pela deficincia da irrigao sangunea do musculo.Coluna vertebral: 33 vertebras. 7 no pescoo= cervical; 12 no trax= dorsais ou torcicas; 5 no abdmen= lombares; 5 estao fundidas= sacro; 4 inferiores= cccix.Deformaes da coluna: lordose: aumento posterior da concavidade na regio cervical ou lombar. Acompanhado por uma inclinao dos quadris para frente.Cifose: o corcunda. Comum em idosos.Escoliose: devio lateral da coluna.Lombalgia: dor na regio lombar. Ocorre quando permanece por muito tempo em uma mesma postura, em casos graves as dores so fortes e pode impossibilitar a pessoa de trabalhar. Pode-se prevenir praticando exerccios de fortalecimento da musculatura dorsal e adotando posturas corretas.Metabolismo: o estudo dos aspectos energticos do organismo humano. Parte do combustvel que vem dos alimentos responsvel por realizar trabalho, outra parte transforma-se em gordura.Metabolismo basal: energia necessria para manter apenas as funes vitais do organismo, sem realizar trabalho externo.Subnutrio e rendimento: quando o trabalhador no tem uma energia necessria para o desenvolvimento da atividade, este perder peso e poder diminuir seu rendimento.Viso: importante para realizao do trabalhoAcomodao: capacidade que os olhos tem de focalizar objetos a varias distanciasConvergencia: capacidade dos dois olhos se moverem para focalizar um objeto.Audio: o som classificado por trs variveis: frequncia: numero de vibraes por segundo. Sons de baixa frequncia so os graves e de alta frequncia os agudos.Intensidade:depende da energia de oscilao, potencia por unidade de rea.Durao: medido em segundos.

Antropometria : medidas do corpo.Variaes das medidasPara que o consumidor no fique desconfortvel quando for usar o produto, necessrio que realize trs tipos de providencias: definir a natureza das dimenses antropomtricas exigidas em cada situao; realizar medies para gerar dados confiveis; aplicar adequadamente os dados.- diferenas entre os sexos: os homens so mais pesados e maiores. No entanto as mulheres possuem maior quantidade de gordura no corpo.- variao intra-individuais: so aquelas que ocorrem durante a vida, as pessoas crescem ate mais ou menos 20 anos, permanecendo ate os 50, logo aps descrece.As variaes iner-individuais: variaes tnicas: na africa central encontram-se os menores homens, e na regio sul do sudo esto os maiores.Devidos a essas diferenas o mesmo produto deve ser fabricado em diversas verses ou ter regulagens para que possa ser importado e assim adequar ao consumidor.As propores corporais so tpicas de cada etnia e se mantm inalteradas, mesmo que haja uma evoluo da estatura media da populao.Influencia do clima: povo de clima quente tem o corpo mais fino e membro mais longos. De clima frio tem o corpo mais cheios, volumosos.Segundo Sheldon: ectomorfo: formas alongadas, mnimo de gordura e msculos, ombros cados.Mesomorfo: tipo fsico musculoso. Peitos largos e abdmen pequeno, pouca gordura subcutnea.Endomorfo: formas arredondadas, caracterstica de uma peraVariaes extremas: em caso de engordar e emagrecer, gravidezVariaes seculares: estudos apontam que o ser humano tem aumentado de peso e dimenses corporais, pela melhoria da alimentao, saneamento, esporte. Avanos tecnolgicos dos alimentos, no qual consegue fornecer determinado alimento durante toda poca do ano.Hoje muitos produtos so comercializados em diversos pases, sendo assim necessrio seguir um padro, no entanto deve-se considerar as caractersticas do usurio.Medidas, deve-se definir os objetivos Onde ou Para Qu sero utilizadas as medidasAntropometria esttica: corpo parado ou poucos movimentos.Antropometria funcional: tarefas especificas.Definio das medidas: com ou sem calado, com ou sem roupa.Escolha dos mtodos de medio: mtodos diretos: entram em contato fsico com o organismo, rguas, trenas, fitas mtricas. Metodos indiretos: envolve fotos do corpo.Seleo da amostra: das caractersticas biolgicas: sexo, idade, bitipo, deficincia fsica. As adquiridas so devido a profisso, esporte, nvel de renda, entre outros.Antes de comear a medir, deve haver um planejamento: descrio das variveis; preciso desejada que vai fluir do tamanho da amostra; quantidade a ser medida; procedimentos a ser adotados.

Movimento do corpo que tende a afastar chama-se abduo, e de aproximao chama-se aduo.Faz-se construo de modelos bidimensionais (papelo, plstico e madeira), tridimensionais (manequins), computacionais (Cyberman; Combiman posturas sentadas) e matemticos.

Antropometria: aplicaesInfluem nos resultados das medidas: etnia/ profisses/ poca/ faixa etria/ condies especiais.Pra a empresa o ideal seria produzir apenas um tipo de produto, no entanto para o usurio isso no seria agradvel, desta forma, necessrio que haja adaptaes possveis para os produtos. Devem seguir alguns princpios para conseguir fazer tais adaptaes. Projetos para a media da populao: aplicado em produtos de uso coletivo. Os projetos para os extremos da populao: as vezes necessrio utilizar os extremos e no a media, ex: mesa, utiliza-se os 95%, painel de controle: 5%. Para faixas da populao: P, M, G, so exemplos de elaborao de produtos que foram feitos com foco na faixa da populao. Dimenses regulveis: adaptaes para os usurios, cadeira, encosto. So adaptados ao individuo: aparelhos ortopdicos, roupas feitas no alfaiate sobre medidas, mais oneroso, s se justifica em casos de extrema necessidade.Postura: o aspecto mais importante do espao do trabalho.Tipo de atividade manual: alavancas ou registos devem ficar de 5 a 6 cm mais prximos do operador pois utilizam o centro da mo.Vesturio: pode atrapalhar a pessoa pois em alguns casos aumenta o volume ocupado.Cadeira de rodas: devem ter 110 cm de comprimento, 65 largura.Espao pessoal: cada pessoa tem necessidade do seu espao pessoal, sendo que quando ocupado por outra pessoa o seu rendimento pode ate cair.Dimenses da mesa: 3 a 4 cm do cotovelo. A altura da mesa pode oscilar de 54 cm a 74 cm.Alcance: o desejvel um arco de raio de 35 a 45 cm. A rea de alcance mximo sera obtida girando os braos em um raio de 55 a 65 cm.Bancada para trabalho em p: em geral deve ficar de 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos. Para atividades de preciso ate 5 cm. Trabalhos grosseiros ate 30 cmO problema do assentoExistem vantagens de trabalhar sentado: gasta menos energia; reduz presso das pernas; alivia o trabalho do corao; facilita manter o ponto de referencia para o trabalho; permite uso simultneo dos ps (pedais) e mos.As desvantagens o aumento da presso sobre as ndegas e restrio dos alcances, pode causar estrangulamento da circulao das coxas e pernas.1) As dimenses do assento devem ser adequadas as dimenses antropomtricas do usurio.2) O assento deve permitir variao de postura.3) O assento deve ser resistente e durvel.4) Assento adequado para cada tipo de funo5) O encosto e apoio brao devem ajudar no relaxamento.6) Assento e mesa formam um conjunto integrado.Postura semi-sentada: recomenda-se o uso de cadeiras inclinadas, que proporcione o alivio das presses das pernas.