Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

4
FACULDADE DEHONIANA ESCATOLOGIA Aluno: Rogério Viana Professor: Padre Marcelo Batalioto Tema: Novíssimos; o Céu Data: 29/05/2015 Introdução Escatologia, do grego "eskaton" (eskhaton), estudo do futuro absoluto ou extremo, trata das coisas extremas que acontecerão ao mundo e às pessoas. 1 Na escatologia (reflexão sobre as últimas coisas) 2 sabemos da reflexão a respeito dos “novíssimos”; tudo o que “diz respeito ao céu, inferno, purgatório, morte, vida, ressurreição, ascensão etc.” 3 Fazer Escatologia é um grande desafio e ao mesmo tempo "o estudo dos novíssimos é limitado: apela para uma linguagem indicativa, que aponta para..., que sinaliza para..., mas que jamais poderá descrever o que continua sendo futuro para todos os seres vivos." 4 “O Céu veio até nós através de Jesus e se tornou uma possibilidade e promessa para todos.” 5 As sagradas escrituras usam várias expressões ao termo teológico Céu (“coelum”, calon = cavidade; ousanoj = coberta); reino dos céus; reino de Deus, vida, vida eterna, salvação, reino, paraíso, glória do Senhor, banquete nupcial, banquete, etc. Portanto, não devemos considerar o céu como um lugar senão como um estado de eterna recompensa para os justos. (cf. Jo 14,2-3). 6 Faremos a seguir um pequeno esboço a respeito de um dos novíssimos, a saber, o Céu; “estado definitivo e consumado de felicidade do homem agraciado com a autocomunicação de Deus” 7 , mas a partir de três momentos: bíblico; antigo e novo testamento, patrístico e moderno. 1. Fundamentação Bíblica 1.1 Antigo Testamento O Antigo Testamento representa Deus como habitante de um lugar determinado, em companhia com seus anjos e santos e das legiões dos espíritos. O livro da sabedoria, que constitui o ponto culminante da escatologia do Antigo Testamento; afirma que os justos estão junto de Deus, na paz e na vida eterna; brilham como centelhas ardentes, com aspecto de rei e de juízes (3,1-8); trazem coroas na cabeça (4,2); o Senhor é sua recompensa e confere-lhes sua beleza e honra (5,16-17). Em Daniel os bons despertam para a vida eterna e os sábios brilham eternamente como estrelas no esplendor do Céu (Dn 12,2-3). 8 Não devemos formalizar excessivamente sobre a palavra “céu” no AT. Aqui se usa a expressão “terra nova”, “novo céu” (Isaias), por muito tempo, para indicar o lugar da sanção eterna no futuro, quando vier a ressurreição dos mortos e os justos morarem na nova Jerusalém. No livro da Sabedoria os bem-aventurados repousam nas mãos de Deus (3,1), em paz (3,3), na esperança da imortalidade (3,4), Deus será seu rei por toda a eternidade (3,8), que os pôs a salvo (4,17), e sabe que os maus estarão entre os mortos, na vergonha sempiterna (4,19). 9 A fé na vida eterna, no Antigo Testamento, sofre uma evolução: inicialmente, entende-se a morte como fim total, mas com o tempo, começa-se a falar em ressurreição dos justos e até mesmo em imortalidade da alma. 10 1 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 98. 2 Frei Eurides Divino Vaz, Reflexão sobre o Céu, Inferno e Purgatório, p. 83. 3 Ibid., p. 84. 4 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 98. 5 Ibid. 6 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 430. 7 Karl Rahner, Curso Fundamental da Fé, p. 502. 8 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 430. 9 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 435-436. 10 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 119.

description

Este é um trabalho realizado para Faculadde Dehoniana no meu curso de convalidação da teologia.Neste, foi pedido para escolher um dos novíssimos e apresentar três pontos (explicitados no trabalho), para fim de pesquisa sobre o novíssimo em questão, neste caso o Céu.Boa leitura! Só lembrando que não tenho pretensões de esgotar o tema, até porque tinha um número limitado de páginas para exposição.

Transcript of Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

Page 1: Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

FACULDADE DEHONIANA ESCATOLOGIA Aluno: Rogério Viana Professor: Padre Marcelo Batalioto Tema: Novíssimos; o Céu Data: 29/05/2015

Introdução Escatologia, do grego "eskaton" (eskhaton), estudo do futuro absoluto ou extremo, trata das

coisas extremas que acontecerão ao mundo e às pessoas.1 Na escatologia (reflexão sobre as últimas coisas)2 sabemos da reflexão a respeito dos “novíssimos”; tudo o que “diz respeito ao céu, inferno, purgatório, morte, vida, ressurreição, ascensão etc.”3

Fazer Escatologia é um grande desafio e ao mesmo tempo "o estudo dos novíssimos é limitado: apela para uma linguagem indicativa, que aponta para..., que sinaliza para..., mas que jamais poderá descrever o que continua sendo futuro para todos os seres vivos."4 “O Céu veio até nós através de Jesus e se tornou uma possibilidade e promessa para todos.”5

As sagradas escrituras usam várias expressões ao termo teológico Céu (“coelum”, calon = cavidade; ousanoj = coberta); reino dos céus; reino de Deus, vida, vida eterna, salvação, reino, paraíso, glória do Senhor, banquete nupcial, banquete, etc. Portanto, não devemos considerar o céu como um lugar senão como um estado de eterna recompensa para os justos. (cf. Jo 14,2-3).6

Faremos a seguir um pequeno esboço a respeito de um dos novíssimos, a saber, o Céu; “estado definitivo e consumado de felicidade do homem agraciado com a autocomunicação de Deus”7, mas a partir de três momentos: bíblico; antigo e novo testamento, patrístico e moderno.

1. Fundamentação Bíblica

1.1 Antigo Testamento

O Antigo Testamento representa Deus como habitante de um lugar determinado, em

companhia com seus anjos e santos e das legiões dos espíritos. O livro da sabedoria, que constitui o ponto culminante da escatologia do Antigo Testamento; afirma que os justos estão junto de Deus, na paz e na vida eterna; brilham como centelhas ardentes, com aspecto de rei e de juízes (3,1-8); trazem coroas na cabeça (4,2); o Senhor é sua recompensa e confere-lhes sua beleza e honra (5,16-17). Em Daniel os bons despertam para a vida eterna e os sábios brilham eternamente como estrelas no esplendor do Céu (Dn 12,2-3).8

Não devemos formalizar excessivamente sobre a palavra “céu” no AT. Aqui se usa a expressão “terra nova”, “novo céu” (Isaias), por muito tempo, para indicar o lugar da sanção eterna no futuro, quando vier a ressurreição dos mortos e os justos morarem na nova Jerusalém. No livro da Sabedoria os bem-aventurados repousam nas mãos de Deus (3,1), em paz (3,3), na esperança da imortalidade (3,4), Deus será seu rei por toda a eternidade (3,8), que os pôs a salvo (4,17), e sabe que os maus estarão entre os mortos, na vergonha sempiterna (4,19).9

A fé na vida eterna, no Antigo Testamento, sofre uma evolução: inicialmente, entende-se a morte como fim total, mas com o tempo, começa-se a falar em ressurreição dos justos e até mesmo em imortalidade da alma.10

1 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 98. 2 Frei Eurides Divino Vaz, Reflexão sobre o Céu, Inferno e Purgatório, p. 83. 3 Ibid., p. 84. 4 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 98. 5 Ibid. 6 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 430. 7 Karl Rahner, Curso Fundamental da Fé, p. 502. 8 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 430. 9 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 435-436. 10 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 119.

Page 2: Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

1.2 Novo Testamento

No Novo Testamento, “céu” tem um tríplice significado: 1) O céu estrelado material; 2) a

morada de Deus; 3) o lugar da felicidade eterna dos filhos de Deus, e este último encontra-se mais correntemente.11

Jesus usa imagens para falar do céu e da felicidade que lá se goza. Lá se mora como na casa paterna; lá se sente alegria, saciados, à mesa de Deus, entre luzes e cantos de júbilo. O pai de família está nos céus, admite os seus na maior intimidade e os recompensa por seus méritos. Assim se revela o paraíso no Sermão da Montanha e nas parábolas do reino celeste. Jesus não podia deixar de usar essas imagens sensíveis falando do mundo invisível do além. Às vezes, seu falar eleva-se a um tom mais espiritual.12

A vida eterna consiste no conhecimento de Deus (Jo 17,3). Lá não haverá matrimônio ou procriação, todos serão como anjos (Mt 22,30).13

São Paulo fala de sua arrebatação ao terceiro céu, mas o que lá ouviu era misterioso e não pode exprimir (II Cor 12,1-4), dizendo que olho não viu, ouvido não ouviu, coração humano não experimentou... (I Cor 2,9), pois para nós Deus é luz inacessível (I Tm 6,15-16) e o paraíso é a vida eterna junto de Deus (Rm 2,7; 5,21;6,22; Gl 6,8; I Tm 4,8; Tt 3,7) e sua glória (Rm 8,18; Cl 1,27; I Tm 1,11; Hb 2,10).14

Segundo São João ainda não se manifestou o que seremos, mas o veremos como ele é (I Jo 3,1-2.14). Deus é luz para nós, conhecimento luminoso (I Jo 1,5.7) como sol sobre a terra (Ap 22,4-5), o céu é a nova Jerusalém, a cidade de Deus (Ap 21,1-22; cf. 19,7-8; 14,3-4; 7,15; I Pd 3,22; Tg 2,5; Jd 21.15

A vida eterna se torna mais clara e segura no Novo Testamento. Os escritos mostram que nossa vida possui a semente da eternidade a partir de Jesus morto e ressuscitado e caminha para uma plenitude após a morte. Ela é promessa e graça de Deus para nós.16 2. Fundamentação Patrística

Na teologia patrística é mais acentuada a dimensão coletiva e histórica; os temas da

reflexão escatológica são em primeiro lugar; o juízo final, o fim do mundo, a ressurreição dos mortos.17 Os santos Padres em geral dependem da cosmologia vigente então. Contudo, não se sentem atrapalhados por essa cosmologia e logram situar-se no plano teológico. O céu é o reino de Deus. A descrição do céu esquece a perspectiva da salvação.18

Os Padres ensinaram que os anjos e os bem-aventurados vivem no céu, uma vida de alegria e de felicidade. Assim Hermas, São Policarpo, São Justino, São Teófilo, Santo Irineu, Tertuliano, São Cipriano. Para a visão divina dos bem-aventurados, eles fundam-se em Mt 5,8; I Cor 13,12; I Jo 3,2. Alguns Padres (Orígenes, Teodureto de Ciro, Teodoro de Mopsuéstia e talvez São João Crisóstomo) creram que um espírito criado não pode ver o Espírito incriado. Mas isso é exato só na medida em que espírito criado necessita de uma luz de graça sobrenatural (lumen gloriae), que Deus concede.19

Santo Agostinho é o único a tratar a fundo essa questão, que segundo ele a bem aventurança consiste na visão de Deus; também os olhos do corpo glorificado participarão talvez 11 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 435. 12 Ibid., p. 430-431. 13 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 431. 14 Ibid. 15 Ibid. 16 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 119. 17 Reinold J. Blank, Nosso mundo tem futuro, p. 21. 18 Juan-José Tamayo-Acosta. Para comprender la Escatologia Cristiana, p. 227. 19 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 431

Page 3: Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

dessa visão (cf. Cidade de Deus, traça um magnifico quadro da vida do além). Quando despontar o dia sem ocaso, lá descansaremos e veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos, eis o que será no fim sem fim.20

Para concluir, os Padres falam da bem-aventurança do céu, sem a mínima preocupação pelo lugar, além do mais, o símbolo da fé rezado jamais deu azo a indagações curiosas, mas sempre foi pura e simplesmente objeto de fé.21

3. Uma das visões modernas na teologia

De forma rápida uma pequena reflexão, uma vez que a exposição será breve. BLANK 1993, nos apresenta uma mudança em relação à estruturação dos enfoques da

escatologia do século XX; a) enfoque apocalíptico-neo-escolástico: a escatologia trata dos fim do mundo; b) enfoque utópico-finalista: trata da nova era a vir depois do fim do mundo; e c) enfoque cristológico-transformador: trata da salvação escatológica como plenificação de processo de transformação que já começou na história atual.22

A crítica racionalista afirma ser uma questão espinhosa e difícil para a dogmática, a de estabelecer o lugar do Paraíso. Esta é uma questão sem resposta. Não existe uma “topografia do além” e mesmo com os dados da revelação, não estamos em condições de estabelecer alguma. Nada nos disse Jesus Cristo sobre o tempo e a hora, muito menos acerca do lugar e a situação. Lubenow aconselha a não se usar mais no ensinamento a palavra “céu”, e ainda Davi Strauss sarcasticamente dizia que no céu já não há lugar para Deus e os santos, pois sabe-se que o céu está todo ocupado por uma grande quantidade de outras coisas, estrelas, etc.23

Nosso dever é considerar a revelação; a) a revelação não oferece a representação do mundo em três andares de que se fala; b) nenhuma doutrina apresenta sobre um além local, a não ser algumas alusões aos lugares do além, ela fala unicamente da felicidade ou das penas que lá se encontram.24

Uma crítica atual sobre o céu cristão está no livro em espanhol de Juan-José Tamayo-Acosta, "Para comprender la Escatologia Cristiana"25 cujo subtítulo é muito sugestivo: "O céu como projeção, ideal e arquétipo da consciência coletiva". Veremos um resumo desta abordagem.

Inicia afirmando: "O céu cristão não é outra coisa que projeção de desejos, e projeção ilusória, fantasmagórica, alheio à realidade, evasivo, e, portanto, algo para expor e desmistificar." (p. 222)

Leva em consideração a antropologia de Feruerbach que dizia que a existência dos anseios, a essência da divindade manifestada objetivamente e a subjetividade é a expressão sincera dos pensamentos mais íntimos da religião. E, os deuses são os desejos do coração humano que se tornam reais.

Citando Marx; a crítica do céu se converte em crítica da terra e a crítica da religião na crítica do direito e a crítica da teologia em crítica da política. A religião é uma ilusão que tem os dias contados na medida em que a ciência se faz com as rédeas da realidade.

Enquanto Ernest Bloch, filósofo da esperança e teórico da utopia, defende o caráter essencial e irrenunciável projetivo, utópico, desiderativo, do ser humano, Freud "ignorou o aguilhão da fome" presente no proletariado cujos conflitos neurológicos não consistem, desgraçadamente, em coisas tão elevadas como a fixação da libido em certas zonas erógenas, dando ao homem uma ideia "mecânico-materialista" de natureza. Ou seja, a crítica antropológica da religião libera da consciência supersticiosa. Qual a conclusão? O ateísmo pode libertar e de fato liberta, do medo, porém não pode libertar dos conteúdos desiderativos, dos tesouros da religião, a não ser que se caia em formas mesquinhas de ateísmo.

Por isso, Bloch defende a fé como uma fé de esperança, que não se pode considerar em absoluto como superstição, e sim a contempla no marco da utopia concreta e de uma concepção aberta, dinâmica e processual do mundo.

20 Ibid. 21 Ibid., p. 437. 22 Reinold J. Blank, Nosso mundo tem futuro, p. 24-25. 23 Bernardo Bartmann, Teologia Dogmática, p. 432. 24 Ibid. 25 Juan-José Tamayo-Acosta. Para comprender la Escatologia Cristiana, 1993, p.222-224

Page 4: Escatologia - Novíssimos, Ceú - Rogério Viana

Concluindo esta reflexão, a crítica continua: "Hoje está diminuindo a crença no céu, é verdade", citando J. Kerkhofs26, porém, como asseveram lucidamente B. Van Iersel e E. Schillebeeckx, "o céu segue sendo um dos arquétipos da consciência coletiva da maior parte dos povos, e influi todavia de maneira considerável no mundo imaginativo cristão". Mas, ainda constitui um dos mais elevados ideais aspirados, ao que resulta difícil renunciar se se contempla a realidade desde sua perspectiva utópico-emancipadora.

E, e interessante a sua conclusão a este respeito, porque o que vemos é um desenrolar que justifica seu pensamento: "Sob a imagem do céu você tentar responder à pergunta sobre o sentido último da vida, da realidade, da história."27

Fechando seu raciocínio, ACOSTA 1993; "Além de suas conotações mítico-cosmológicas, o céu constitui para o cristianismo o futuro absoluto (L. Boros), o cumprimento absoluto da vida (Libânio-Bingemer), a plenitude definitiva da existência humana graças ao amor consumado (Ratzinger), toda a felicidade que vem com o estar com Deus (Nocke).

Conclusão O mundo não tem sido capaz de fazer reflexões transcendentes porque está muito preso

àquilo que é imediato, que pode ser comprovado. Tristeza maior quando um teólogo sofre a mesma tentação. Culpa, em partes da ciência com sua análise empírica (aquilo que é palpável) e por outro a falta da aproximação do objeto da teologia; Deus.

A Boa-nova de Jesus é uma mensagem de esperança e não de condenação. A esperança do céu não pode apagar, nem a esperança e a luta por um mundo e uma sociedade novos.28

Ao verificar os pontos de vista da imagem do céu; antigo e novo testamento, a visão dos Padres da Igreja e a reflexões atuais, percebemos a conclusão do final da terceira parte quando o autor coloca justamente a realidade de que “hoje, está diminuindo a crença no céu”.

Por um lado, a responsabilidade está no fato de talvez a pregação ter se voltado para outros horizontes; aquilo que é terreno esquecendo, alguns, que foram constituídos para lembrar como Paulo afirmava, “Nós, porém, somos cidadãos dos Céus” (Fl 3,20)

Referências ACOSTA, Juan José Tamayo. Para comprender la Escatologia Cristiana, El cielo como proyección, ideal y arquetipo de la conciencia colectiva, pp. 222-224 [Espanhol: Tradução Nossa], Navarra: Editorial Verbo Divino, 1993. BARTMANN, Bernardo. Teologia dogmática: Sacramentos - Escatologia. São Paulo: Paulinas, 1962. 521 p. BLANK, Renold Johann. Nosso mundo tem futuro: Escatologia cristã, 2. São Paulo: Paulinas, 1993. 165 p. (Teologia sistemática) MANZATTO, Antônio; PASSOS, João Décio; VILLAC, Sylvia. De esperança em esperança: escatologia. São Paulo: Paulus, 2009. 152p. RAHNER, Karl. Curso fundamental da fé: Introdução ao conceito de cristianismo. 4. ed. São Paulo: Paulus, 2008. 531p. VAZ, Eurides Divino, Fr. Escatologia: reflexão sobre o céu, inferno e purgatório. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 7, n. 23 , p. 83-98, 1997.

26 Juan-José Tamayo-Acosta. Para comprender la Escatologia Cristiana, 1993, p. 224. 27 Ibid. 28 Antônio Manzatto, João Décio Passos, Sylvia Villac, De esperança em esperança, p. 119.